Este documento discute vários tipos de cistos encontrados na cavidade oral, incluindo cistos odontogênicos de desenvolvimento e inflamatórios, assim como cistos não odontogênicos. Ele fornece detalhes sobre as características clínicas, radiográficas e tratamento de cistos comuns como cistos dentígeros, periapicais e do ducto nasopalatino.
3. Cavidade patológica com conteúdo fluido ou semi-fluido, a
qual não é formada pelo acúmulo de pus, sendo
freqüentemente revestido por epitélio e suportado por
tecido conjuntivo fibroso.
Cistos
(NEVILLE,2000)
Fonte: Curso de extensão - Antonio Varela, Jener Farias, Weber Cavalcante (2007)
6. Cistos de Desenvolvimento
Resultante da proliferação de remanescentes epiteliais
associados á formação dos dentes. Esse epitélio
compreende a lâmina dentária, o órgão do esmalte e a
bainha de hertwig.
A maioria dos cistos maxilares são limitados por epitélios
que se origina do epitélio odontogênico.
(POLITANO ET AL, 2009)
(NEVILLE, 2000)
7. Cistos Desenvolvimento
1. Cisto dentígero
2. Cisto de erupção
3. Cisto gengival do recém nascido
4. Cisto gengival do adulto
5. Cisto periodontal lateral
6. Cisto odontogênico calcificante
7. Cisto odontogênico glandular
(NEVILLE, 2004)
8. Formado a partir do órgão do esmalte e inicia seu desenvolvimento
logo após a coroa do dente está formada.
Tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento.
Se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso.
Envolve a coroa de um dente incluso e está unido ao dente na junção
esmalte-cemento.
Patogênese desconhecida – acúmulo de líquido entre o epitélio
reduzido do esmalte e a coroa do dente.
Relacionado a má oclusão.
1. Cisto Dentígero
(MOREIRA, 2000)
(NEVILLE, 2004)
9. Pode estar associado a qualquer dente incluso,
Ocorrem com maior freqüência nos 3°MI, 3°MS, CS, 2°PMI.
Raramente envolvem dentes decíduos inclusos
Ocorrer em paciente com idade entre 10 e 30 anos – homem branco
Pequenos são assintomáticos, descobertos em exames radiográficos
ou para verificar falha na erupção de um dente
Pode infectar-se e estar associado a tumefação e dor
• Características clínicas
(NEVILLE, 2004)
10. • Características
radiográficas
Lesão radiotransparente unilocular associada à coroa.
Os cistos dentígeros podem deslocar o dente.
A reabsorção dos dentes adjacentes erupcionados pode ocorrer.
Cistos infectados podem mostrar limites mal definidos.
O diagnóstico não deve ser somente baseado em evidências
radiográficas, pois, os ceratocistos odontogênicos, ameloblastoma
uniloculares e outros tumores podem ter imagens idênticas.
(NEVILLE, 2004)
11. Fonte: Curso de extensão - Antonio Varela, Jener Farias, Weber Cavalcante (2007)
12. Fonte: Curso de extensão - Antonio Varela, Jener Farias, Weber Cavalcante (2007)
13. • Tratamento
Enucleação do cisto e remoção do dente incluso associado
O dente pode ser mantido no local, após remoção parcial da parede
do cisto, se a erupção do dente for viável
Cistos grandes – marsupialização
O prognóstico é excelente e raramente ocorre recorrência após
remoção completa do cisto
(NEVILLE, 2004)
14. Corresponde ao cisto Dentígero em 3°M
Desenvolve-se devido a separação do fóliculo dentário que envolve a
coroa de um dente em erupção dentro dos tecidos moles sobre o
osso alveolar
Tumefação mole na mucosa gengival recobrindo a coroa de um
dente decíduo ou permanente em erupção
Comum em crianças com menos de 10 anos de idade (1°s MP e IS)
Quando são retirados intactos não são enviados para o histológico.
Tratamento – simples excisão da corbetura do cisto.
2. Cisto de erupção
(NEVILLE, 2004)
16. Cisto incomum originado de restos da lâmina dentária (restos de
serres)
60 a 75% dos casos ocorre na região do CI e PMI.
Mais comum em pacientes entre 50 e 60 anos
4. Cisto gengival do
adulto
(NEVILLE, 2004)
17. Crescimento lento, assintomáticos, lesões circunscrita menores que
1 cm na gengiva inserida ou na papila interdentária
Superfície lisa, coloração igual da gengiva normal ou azulada
Lesões moles, flutuantes, dentes adjacentes vitais
Tratamento – excisão cirúrgica e prognóstico excelente
4. Cisto gengival do
adulto
(NEVILLE, 2004)
19. 5. Cisto Periodontal
Lateral
Se origina dos restos de lâmina dentária
Incomum, ocorre ao longo da superfície lateral da raíz de um
dente com vitalidade e em geral são pequenos( inferior a 1 cm)
5ª e 7ª década, mais prevalente sexo masculino
Lesão assintomática, detectado com exame radiográfico
Mais comum nas regiões de incisivo lateral, canino e PM inferior
(NEVILLE, 2004)
20. 5. Cisto Periodontal
Lateral
Radiograficamente apresenta-se como uma área radiotransparente
bem circunscrita, localizada lateralmente à raiz de dente com
vitalidade
Variante botrióide – aparência policística, semelhante a cachos de
uvas e aparência radiográfica multilocular
Para o diagnostico com precisão é necessário o estudo
histopatológico da lesão
Tratamento – enucleação, afetam dentes ajacentes e são raras a
sua recorrência
(NEVILLE, 2004)
24. 1. Cisto Periapical
(Radicular)
Associado ao ápice de um dente necrosado
Em geral possuem crescimento lento e não atinge tamanho grande
Se origina dos restos epiteliais de Malassez
Assintomáticos, a menos que exista inflamação aguda
(NEVILLE, 2004)
25. Necrose pulpar
Apresentam-se como radio transparência arredondada circunda o
ápice do dente
Observa-se perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente
A reabsorção é comum
• Características
Radiográficas
(NEVILLE, 2004)
26. Pode ocorrer em dentes decíduos
Tratamento – da mesma forma que o granuloma periapical
Exodontia, endodontia , cirurgia p/ lesões > 2cm de dentes q não
podem ser tratados endodonticamente
Necessário a biópsia / em geral não recidiva
• Características
Radiográficas
(NEVILLE, 2004)
27. Fonte: Curso de extensão - Antonio Varela, Jener Farias, Weber Cavalcante (2008/09)
28. Forma-se no interior do alvéolo
Radio transparência de forma circular a oval
2. Cisto Periapical
Residual
(CASTRO et al, 2008)
29. Fonte: Curso de extensão - Antonio Varela, Jener Farias, Weber Cavalcante (2008/09)
30. 3. Cisto Paradentário
Originado de remanescentes do epitélio reduzido do órgão do
esmalte ou de restos epiteliais de Malassez no periodonto
Região distal dos terceiros molares inferiores (semi-inclusos e com
história prévia de pericoronarite)
Radiograficamente: Área radiolúcida bem delimitada normalmente
localizada lateralmente (mais comum na distal) a um elemento
dentário
(CASTRO et al, 2008)
33. Cistos não odontogênicos
“São cistos de desenvolvimento oriundos da linha de fusão
dos ossos ou processos embrionários dos maxilares”
1. Cisto do ducto Nasopalatino
2. Cistos Nasolabial
3. Cisto Epidermoide da pele
4. Cisto Dermoide
(NEVILLE, 2001)
(NEVILLE, 2001)
34. Cisto não odontogênico da cavidade oral mais comum
Sugere-se que sua origem seja de remanescentes do ducto
nasopalatino(estrutura embrionária que liga as cavidades oral e
nasal da região do canal incisivo)
Comum entre 40 e 60 anos
Sintomas: tumefação da região anterior do palato, drenagem e dor
Radiograficamente podem variar de pequenas lesões (menores que
6cm) a maiores.Alguns têm formato de pêra invertida
Tratamento – enucleação cirúrgica
1. Cisto do Ducto
Nasopalatino
(NEVILLE, 2004)
36. 2. Cisto Nasolabial
Características clínicas – caracteriza-se por uma tumefação do
lábio superior localizada lateralmente à linha mediana levantando a
asa do nariz.
Assintomático
Acomete mulheres entre 40 e 50 anos
A maioria dos casos não há alteração radiográfica, pois se origina
nos tecidos moles
Tratamento – excisão cirúrgica, recorrência rara
(NEVILLE, 2004)
39. Referências
CASTRO, Alvimar Lima de; BERNABÉ, Daniel Galera; RANIERI, Antonio
Augusto Polizel; CRIVELINI, Marcelo Macedo. Cisto Paradental – uma
utilização e relato de caso. RFO, v.13. Birigui – SP. Maio/agosto 2008
NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
POLITANO, Gabriel Tilli et al. Cisto radicular – Relato de caso clínico,
Conscientiae saúde,São Paulo, 2009, p. 129-132, fev 2009
MOREIRA, Carlos Antonio. Diagnóstico por imagem em odontologia. São
Paulo: Robe Editorial, 2000