1. MANUAL DE ELABORAÇÃO DO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO – TCC DA PÓS-
GRADUAÇÃO FLEX
FTC EAD – 5ª EDIÇÃO
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2. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO – TCC
DA PÓS-GRADUAÇÃO FLEX
Apresentação
Querido aluno e querida aluna,
A escrita possibilitou ao ser humano criar formas de registrar suas
idéias e de se comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a
vida que levamos hoje seja conhecida pelas gerações futuras.
Durante toda a vida é necessário escrever textos, sejam cartas, bilhetes
ou textos mais complexos, que necessitem de alguns detalhamentos na forma
e estruturação, de modo que se tornem mais concisos e claros. Esses textos
podem ser exemplificados por Trabalhos de Conclusão de Cursos de
Graduação ou de Especialização, Dissertações de Mestrado, Teses de
Doutorado, dentre outros.
Este manual aborda estes tópicos, de forma a dar a vocês, estudantes,
base para a construção de seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Através de conceitos e exemplos, será apresentado como se deve iniciar,
desenvolver e concluir o TCC. Portanto, o objetivo desse texto é auxiliar na
elaboração do TCC da Pós-Graduação da FTC EAD.
Vamos, então, iniciar nosso estudo para a construção do TCC e nos
aventurar nessa nova etapa e deixar nossas marcas, nossos registros e
apresentar ao mundo como você concebe os estudos dessa pós-graduação,
como os vê, como os interpreta e como pode contribuir para uma ação justa na
nossa sociedade.
Um grande abraço.
Coordenação de Ensino da Pós-Graduação
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3. 1. QUESTÕES SOBRE UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
1.1 O estudante de Pós Graduação frente ao TCC
A nova etapa da formação acadêmica, a partir do ensino
superior, requer do estudante uma exigência específica para a
continuidade dos estudos onde se demanda a conscientização
que o resultado do processo depende fundamentalmente dele
mesmo.
Essa visão é sustentada na fala de Severino (2002:23), quando afirma que
(...) Seja pelo próprio desenvolvimento psíquico e intelectual, seja
pela própria natureza do processo educacional desse nível, as
condições de aprendizagem transforma-se no sentido de exigir do
estudante maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior
independência em relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos
recursos institucionais que ainda continuam sendo oferecidos. O
aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma
postura de auto-atividade didática que será, sem dúvida, crítica e
rigorosa. Todo o conjunto de recursos que está na base do ensino
superior não pode ir além de sua função de fornecer instrumentos para
uma atividade criadora.
Diante da consciência da autonomia frente a sua
formação acadêmica, o estudante deve se “(...) empenhar num
projeto de trabalho (...), apoiado no domínio e na manipulação
de uma série de instrumentos que devem estar contínua e
permanentemente ao alcance de suas mãos”. (idem, p.24)
Assim, é a partir desses instrumentos que se organiza e
disciplina a sua pesquisa.
Ainda segundo Severino, “Este material didático e
científico serve de base para o estudo pessoal e para a
complementação dos elementos adquiridos no decurso do
processo coletivo de aprendizagem (...)” (p. 24).
Portanto, o embasamento teórico, apoiado em
bibliografias e justificado por esse nível de ensino, é de
fundamental importância para a aprendizagem e para a
elaboração do projeto de trabalho. Dessa forma, torna-se
necessário a construção de uma biblioteca pessoal ou a ida a
bibliotecas para a leitura de livros fundamentais para o
desenvolvimento dos estudos.
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4. Severino salienta que
O estudante precisa munir-se de textos básicos para o estudo de sua
área específica, tais como um dicionário, um texto introdutório, um
texto de história, algum possível tratado mais amplo, algumas
revistas especializadas, todas obras específicas à sua área de
estudo e a áreas afins. (p.25)
Tais estudos possibilitarão ao estudante a criação de um contexto, um quadro
teórico geral e a maturação do próprio pensamento frente ao seu projeto acadêmico.
Com a base teórica estudada e refletida, inicia-se o processo de construção
do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
De acordo com a ABNT – NBR 14724 um TCC é um:
(...) documento que representa o resultado de estudo, devendo
expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser
obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito
sob a coordenação de um orientador.
Um TCC varia de acordo com a Instituição de Ensino e, principalmente, de
acordo com o curso. Algumas instituições oferecem a possibilidade de escolha entre
diferentes modalidades de TCC. Assim, independente da modalidade oferecida ao
aluno, um TCC constitui-se numa atividade da graduação e/ou da pós-graduação, de
sistematização do conhecimento sobre um objeto de estudo ou problema
relacionado a determinado curso e é desenvolvido mediante orientação e
avaliação docente, cuja exigência é um requisito essencial e obrigatório para
integralização curricular.
Dessa forma, cada programa de graduação e pós-graduação define, através
de regulamento próprio, o perfil do TCC, conforme a natureza do ensino e do
profissional que pretende formar, tomando como base, as normas estabelecidas
pela ABNT. No caso da Pós-Graduação FLEX da FTC EAD, optou-se pelo
desenvolvimento de um TCC, que se desdobra em 3 tipos:
- Plano de Curso (Abrange os cursos de Docência do Ensino Superior,
Educação à Distância, Educação Inclusiva, Educação Matemática com Novas
Tecnologias, Gestão Ambiental, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas em
Ambiente Organizacional, Gestão Empresarial, Gestão Escolar, Gestão Financeira,
História das Culturas Afro-Brasileira, Metodologia do Ensino de Língua Espanhola,
Metodologia do Ensino de Língua Inglesa, Metodologia do Ensino de Filosofia e
Sociologia e Psicopedagogia Institucional)
- Plano de Ação Estratégica (Abrange os cursos de Docência do Ensino
Superior, Educação à Distância, Educação Inclusiva, Educação Matemática com
Novas Tecnologias, Gestão Ambiental, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas em
Ambiente Organizacional, Gestão Empresarial, Gestão Escolar, Gestão Financeira,
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5. História das Culturas Afro-Brasileira, Metodologia do Ensino de Língua Espanhola,
Metodologia do Ensino de Língua Inglesa, Metodologia do Ensino de Filosofia e
Sociologia e Psicopedagogia Institucional)
- Artigo (Abrange os cursos de Direito, História das Culturas Afro-Brasileira e
Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia)
Os objetivos da elaboração do TCC estão voltados para a criação de uma
visão do ser humano como centro e, conseqüentemente, o seu diferencial; o que não
seria possível através de uma avaliação focada no tradicional modelo dicotômico
entre as áreas do saber.
Nesse sentido, o TCC busca aprofundar a visão do estudante sobre o seu
campo de ação, aprofundando a sua compreensão crítica sobre as nuances teóricas
e práticas e as particularidades históricas que as diversas abordagens que a sua
área de conhecimento tem no mundo contemporâneo.
A proposta do TCC da Pós pretende consolidar a formação de cidadãos
capazes de se colocar criticamente na sociedade. Assim, este se consiste em uma
atividade de natureza prática, a ser desenvolvida pelo aluno, sobre um tema do
curso, que seja de seu interesse.
Para isto, o aluno deverá escolher dentre os 5 eixos disponíveis, os quais
giram em torno de temáticas, tais como: estudo das culturas, das sociedades, dos
poderes, dos desenvolvimentos e das políticas e os desafios postos para as
Humanidades na compreensão e na transformação da vida.
Os aspectos formais de apresentação do TCC devem atender às Orientações
das Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cuja
elaboração está sujeita à mediação entre o/a Professor/a Orientador/a e o
estudante.
1.2. A redação de um texto
A quem se dirige ao escrever um texto? Essa é uma pergunta que se deve
fazer ao iniciar uma produção escrita.
No caso de um TCC, ou outro trabalho acadêmico,
digamos que, por razões ocasionais, se dirige ao examinador,
ao professor, mas presume-se que este possa ser lido e
consultado, de fato, por muitos outros, mesmo estudiosos não
versados diretamente na disciplina do qual se fundamenta o
texto. Portanto, ao iniciar qualquer texto, é necessário que o
autor tenha clareza interna do que se pretende obter.
Uma vez decidido a quem se escreve (à humanidade, não ao professor!),
cumpre então resolver como se escreve, lembrando-se que a redação do texto é a
própria expressão da visão do estudante sobre determinado tema.
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6. Segundo Brenner e Jesus, (2007,8)
Escrever um texto, científico ou não, é sempre uma arte. Arte
envolve criatividade e está diretamente relacionada ao estilo do
autor. Este estilo é importante na redação de qualquer texto e
pode constituir-se em um elemento diferencial do trabalho.
Toda produção científica deve conter a criatividade que
caracteriza o autor, acrescentando o estilo pessoal ao seu
conteúdo e à sua forma de apresentação.
É necessário ter em mente que “a escrita de um trabalho
científico impõe exigência para o uso da linguagem técnica
específica de cada área de conhecimento. O significado das
palavras deve ser claro, preciso e com fronteiras bem
demarcadas”. (ibdem)
Segundo Brenner e Jesus (idem), a produção de qualquer trabalho científico
envolve três elementos:
CONTEÚDO
São as questões epistemológicas e as metodológicas.
No que se refere à epistemologia, esta está relacionada a teoria do
conhecimento. Segundo Schaff (in Brenner e Jesus, p 7) é a “análise
filosófica do processo de conhecimento e dos seus produtos, constituindo a
essência do que se chama teoria do conhecimento”.
Dessa forma, os fichamentos dos recursos teóricos, citadas no tema anterior,
são de fundamental importância. Nesse processo de escrita, o estudante se
posiciona frente a sua interpretação sob diversas abordagens dos cientistas sobre
um mesmo fenômeno.
Em relação à questão metodológica, esta é a que determina o conteúdo que
decorre nos capítulos que se seguem.
EXPRESSÃO
É a própria redação do trabalho acadêmico. Nesse momento, o estudante
deve atentar para a coerência do texto, evitando contradições, tanto em relação ao
assunto, como em relação às diversas partes do trabalho.
6
7. FORMA
É maneira do qual se apresenta o trabalho. Esta apresentação deve estar de
acordo com as normas determinadas pela comunidade científica. A entidade que
atua nacionalmente para a normatização desses trabalhos é a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Ainda para as autoras, o trabalho acadêmico apresenta as seguintes
características:
A linguagem deve ser técnica específica de cada área
Deve haver a unidade gramatical e estrutural
O significado das palavras deve ser claro, preciso e com fronteiras bem
demarcadas
Impessoalidade
Originalidade
Criatividade (elementos subjetivos)
Coerência
Forma simples, direta e acessível (elementos objetivos)
Estilo do autor
Algumas dicas sugeridas por Eco (p. 119-123)
“Abra parágrafos com freqüência. Quando for necessário, para arejar o texto;
mas quanto mais vezes, melhor”.
“Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas em rascunho. Depois
perceberá que o ímpeto lhe arrebatou a mão e o afastou do núcleo do tema”.
“Use o orientador como cobaia. Faço-o ler os primeiros capítulos (e depois,
aos poucos, o resto) com boa antecedência antes da entrega do trabalho. As
reações dele poderão ser de grande utilidade”.
“Não se obstine em iniciar o primeiro capítulo. Talvez esteja mais
preparado e documentado para o quarto capítulo”.
“Não use reticências ou ponto de exclamação, nem faça ironias. Pode-se
falar em linguagem absolutamente referencial ou uma linguagem figurada”.
“Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela primeira vez. Não sabendo
defini-lo, evite-o”.
“Eu ou nós? Alguns acham mais honesto usar a primeira pessoa. Não
concordo. Dizemos nós por presumir que o que afirmamos possa ser
compartilhado pelos leitores. Escrever é um ato social”.
“Não aportuguese jamais os nomes próprios estrangeiros”.
COMO SABER MAIS
www.universia.com.br
7
8. www.letramento.iel.unicamp.br/publicacoes
www.olharvirtual.ufrj.br
www.seama.edu.br
www.administradores.com.br
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1.3. Estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso TCC
A apresentação Gráfica do TCC será conforme as normas da ABNT, sendo
elas:
Papel A4 (21,0 cm x 29,7 cm)
Espaçamento entre linhas 1,5.
Exceção: as citações diretas (com mais de três linhas), as notas de rodapé, as
legendas de tabela, ilustrações e referências – espaço simples.
Os títulos devem estar separados do texto por dois espaços.
Os subtítulos, separados por entre-linhas 1,5.
Letras:
Times New Roman ou Arial
Corpo do trabalho 12
Título dos capítulos 16
Subtítulos 14
Citações 1011
Notas 10
Margens:
Superior 3,0 cm
Esquerda 3,0
Inferior 2,0
Direita 2,0
As páginas devem ser numeradas em algarismo arábico. A contagem se inicia
na folha do rosto, porém deve ser colocada somente a partir da primeira folha de
texto (introdução), seguindo corrida até o fim do trabalho.
Cada item inicia folha nova. O título deve ser digitado cerca de 3 cm da borda
superior. O texto se inicia cerca de 3 espaços após o título.
Os parágrafos devem ter um recuo de 1,25 na primeira
linha.
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9. As palavras estrangeiras devem ser escritas em itálico.
O TCC será constituído de três elementos:
Elementos pré-textuais:
São os que antecedem o texto do TCC, sendo necessários:
i. Capa:
Nome da Instituição
Nome do curso
TÍTULO DO TRABALHO
Nome completo do autor
Local
Ano
ii. Folha de rosto:
NOME DO AUTOR
TÍTULO DO TRABALHO
Nota, indicando a
natureza do trabalho, o
grau pretendido, o nome
da instituição. Nome do
orientador
Local
Ano
XEROX Severino, 2002 p. 87
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10. Sumário:
É a numeração das partes do TCC, em que aparecem suas divisões e subdivisões,
através de uma numeração coerente, devendo ter a mesma ordem do texto.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................XX
1.TÍTULO DO TÓPICO...........................XX
1.1 .....................................................XX
1.2. (se houver)
2. TÍTULO DO TÓPICO..........................XX
2.1......................................................XX
2.2 (se houver)
3. TÍTULO DO TÓPICO..........................XX
Apêndice e anexos..................................XX
Referências.............................................XX
Elementos opcionais:
Dedicatória, agradecimentos, epígrafe, lista de tabela e outras ilustrações.
Elementos Textuais:
i. Desenvolvimento: É a parte mais importante do trabalho. Devido a sua
extensão, normalmente é dividida em seções.
COMO SABER MAIS
Lembrete: Durante a elaboração do TCC não podemos
esquecer das citações, que é a menção, no texto, de uma
informação extraída de outra fonte. A forma da citação textual
deve também de acordo com a ABNT.
“A citação textual é fruto da reprodução do texto da obra
consultada como se encontra na fonte. Neste tipo de citação,
há uma transcrição, inclusive de possíveis erros ortográficos”.
Escolhendo um ou mais autores para fundamentar o seu
trabalho, no desenvolvimento de sua fundamentação teórica,
o pesquisador deverá inserir no texto, na íntegra, o
pensamento do autor. Essa citação, no entanto, não pode ser
muito longa e deverá estar intimamente integrada ao texto que
desenvolve e à sua linha de pensamento para não criar uma
ruptura. Segundo a NBR 10520:2002 da ABNT, há várias
formas de apresentação de uma citação textual:
10
11. . A citação de até 3 (três) linhas aparece entre aspas dupla,
inserida no texto.
Exemplo: A atividade reflexiva serve também, pois, para a
projeção, para esboçar o novo, para abrir novas possibilidades,
criar o ainda não existente: “o possível cognitivo é
essencialmente inversão e criação” (PIAGET, 1985, p. 8).
A citação com mais de 3 (três) linhas deve constituir um
parágrafo novo, com recuo de 4cm da margem esquerda,
entre linhas simples, espaço duplo entre a citação e o
parágrafo anterior e o parágrafo posterior. Não deve conter
aspas e deve ser redigida com letra menor que a do texto
utilizado.”
(BRENNER e JESUS, 2007 p. 57-58)
Elementos pós-textuais:
i. Referências: Bibliográficas ou eletrônicas, devem ser colocadas no
fim do trabalho, juntas, por ordem alfabética, segundo as normas vigentes da
ABNT.
REFERÊNCIA:
Livro:
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação: Editora, ano de
publicação. Número de volumes e/ou total de páginas.
Somente um autor:
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico.22.
ed. São Paulo:Cortez, 2002. STEIL, Carlos Alberto. O Sertão das
Romarias: um estudo antropológico sobre o Santuário de Bom Jesus da
Lapa – Bahia. Petrópolis: Vozes, 1996.
Até três autores:
BRENNER, E. de M.; JESUS, D. M. N. de. Manual de Planejamento de
Apresentação de Trabalhos
Acadêmicos: Projeto de Pesquisa, Monografia e Artigo.
Mais de três autores:
PEZET, Georges et al. Gestão orçamentária. São Paulo: EPU, 1975.
Autor (es) sobrenomes compostos (ou designativos de parentesco).
OLIVEIRA LIMA, Lauro de. Piaget: sugestões aos
educadores. Petrópolis RJ: Ed. Vozes, 1999. JORDÃO NETO,
Antônio. Título. Local: Editora, ano.
11
12. Capítulo de livro
Mesmo autor:
COLINAVAUX, P. Predation the population consequences. In: _.
Ecology. New York: John Wilwy,
1986. p. 210-240.
Obra coletiva:
COSTA, M. A Educação em tempos de conservadorismo. In:
GENTILI, P. (Org.) Pedagogia da exclusão: Crítica ao neoliberalismo na
educação. 7ª ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 43-76.
Organização de obra coletiva:
BRENNER, E. de M. (Org.) Estudos e reflexões acadêmicas. Salvador:
FABAC, 2003.
Artigos de revistas
LOWERNKRON, A. Maternidade: novas configurações? Revista Brasileira
de Psicanálise, v. 35, 2001, p. 823-842.
Dissertação, Teses e Trabalho de Graduação
FURLAN, R.L. Efeito da restrição alimentar sobre o crescimento e
composição corporal da carcaça de frangos de corte. 1996. 102 f. Tese
(Doutorado em Produção Animal) - Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 1996.
Artigo de Jornal
LANDIM, P.M.B. Situação Dramática. Folha de S.Paulo, São Paulo, 9 jan.
1991. Cidades, p.8.
Boletins e Relatórios
CAMARGO, O.A. de. Análise de um modelo envolvendo cinética e
equilíbrio para estudo do movimento do fósforo no solo. Campinas:
Instituto Agronômico, 1980. 29 p. (Boletim Técnico, 66).
Trabalhos apresentados em congressos, reuniões científicas, seminários, etc
VALLE, J.L.E. Características e usos do leite de bubalinos. In:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BUBALINOS, 27.,
1990, Campinas. Anais... Campinas: Sociedade Brasileira de Bubalinos,
1990. P. 739-743.
Eletrônica - Artigos:
BUDÓ, Maria Dernadim. Flexibilização do
Direito Civil. Disponível em:<http
www.usfmdireitoartigos. SãoPaulo, 3 de maio de 2005>, acesso em:24
abr.2005.
MOURA, Gevilacio A. C. de (1996). Citações e referências a documentos
eletrônicos. Disponível em
<http://www.elogica.com.brusersgmourareferehtml. Acesso em: 15 dez
2000.
12
13. Leis
BRASIL, Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 dez. Disponível em
http://portal.mec.gov.br, Acesso em: 22 dez, 1999.
Elementos opcionais:
Glossário, apêndice, anexos.
Lembrete: “A citação não textual é obrigatória nas
revisões bibliográficas utilizadas nos trabalhos
acadêmicos, envolvendo, inclusive, questões éticas e
demonstrando a capacidade de síntese e análise crítica
do estudante”.
Durante a realização de um trabalho, deve ser feita a referência
a muitos autores, através das citações não textuais, pois não
existe trabalho acadêmico sem referências não textuais.
A citação não textual é aquela em que o pesquisador faz a
reprodução do conteúdo do pensamento do autor da obra
consultada, extraindo a idéia principal em forma de um resumo
informativo.
Nesse tipo de citação, é feita a síntese da idéia do autor que
serviu de sustentação teórica para o trabalho e, posteriormente,
é desenvolvidos o pensamento crítico e o ponto de vista do
autor do trabalho que está sendo realizado sobre o assunto.
Assim toda a vez que se usar o pensamento de um autor,
deve-se fazer este tipo de citação. Essa referência é usada
em forma de um texto corrido, coerente, indicando sempre a
fonte consultada.
A citação não textual faz parte do texto. Exemplo:
Maroni e Soares (2000) consideram hipóteses como uma
solução provisória para o problema estabelecido pelo
pesquisador. “
(BRENNER e JESUS, 2007 p. 50-60).
Notas
“As notas são utilizadas para apresentar comentários paralelos
ou esclarecimentos sobre palavras o sobre texto ou, mesmo,
para indicar referências para o leitor que deseja aprofundar-se
no assunto. Essas notas não são integradas ao conteúdo
desenvolvido. Por isso, são extraídas do texto, tornando- se
elementos elucidativos”.
As notas explicativas podem ser apresentadas sob duas
formas:
-nota de rodapé;
-nota de fim de capitulo.
13
14. As notas de rodapé, colocadas com letra menor ao pé da folha,
facilitam a leitura do texto, porém tornam mais difícil sua
digitação.
As notas de fim de capítulo são colocadas no fim de cada
capítulo do trabalho e são apresentadas com uma fonte menor
do que as do texto. Antes da numeração dessas notas, deve-se
colocar o título “Notas”.
Não há uma obrigatoriedade sobre o uso desta ou daquela
forma, porém, atualmente, as notas de fim de capítulo são as
mais utilizadas. O pesquisador que optar por uma destas
formas deverá utilizá-la durante todo o trabalho.
O “sistema numérico” é a forma mais simples de apresentá-las.
Nesse sistema, coloca-se um número de chamada sobrescrito
ao parágrafo, expressão ou palavra que se pretende apresentar
os comentários ou esclarecimentos. A cada número de
chamada deverá corresponder um número idêntico, sempre
em ordem crescente, ao parágrafo, expressão ou palavra que
foi destacado no texto, com a respectiva nota
explicativa.”(BRENNER e JESUS, 2007 p. 60-61)
COMO SABER MAIS
Normas ABNT
Normas da ABNT:
NBR 14724 – Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos – apresentação
– agosto 2002
NBR 6023 – Informação e documentação – Referências – Elaboração – agosto de
2000
NBR 10520 – Informação e documentação – Apresentação de citações em
documentos – agosto de 2002
NBR 10524 – Preparação de folha de rosto de livro – outubro de 1988.
NBR 6028 – Resumos – maio de 1990.
NBR 6027 – Sumário – maio de 2003.
NBR 6024 – Numeração progressiva das Seções de um documento – maio de 2003
14
15. 2. A CONSTRUÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
Para desenvolver o seu TCC, você deverá escolher o tipo de plano de
intervenção que deseja elaborar, dentre os indicados pela FTC EAD. No entanto,
independente do tipo de TCC escolhido, existem tópicos e aspectos comuns, tais
como.
2.1 Escolha do Tema e definição do problema
Podemos definir o tema com sendo o assunto, o estudo sobre o qual versará
o trabalho. Cabe ao aluno delimitar, com precisão, o tema indicado, ou seja “é
preciso distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio sobre o qual vai
trabalhar.” (Severino, 2002, p 74). O tema é o aspecto mais genérico de um assunto.
É imprescindível, também, ter idéia clara do problema a ser resolvido antes da
elaboração do trabalho.
Nenhum tema pode ser tratado se não for de um problema.
De fato, toda ação humana, seja prática, seja teórica, volta-se à
solução de dificuldades. E é exatamente essa a definição do
problema: uma dificuldade, teórica ou prática, que o
pesquisador sente que não foi resolvida, pelos autores que ele
consultou. Viera (2002, p. 12)
O trabalho tem por objetivo último apresentar uma proposta de
intervenção na realidade sócio-cultural onde se encontra o problema.
A partir do tema escolhido, do problema definido, a questão está na
escolha da modalidade da proposta de intervenção (Projeto de Lei, Plano de
Ação Estratégica ou Plano de Curso). Sugerimos que o problema seja
elaborado a partir da própria atividade profissional, as dificuldades
práticas vivenciadas no dia-a-dia, como por exemplo: Qual é o problema que
você percebe que interfere na aprendizagem do aluno? E como essa
dificuldade pode ser superada?
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16. “O levantamento de problemas referentes a um tema exige: criatividade e
método. Alguns comportamentos compatíveis com a problematização, ou
seja, a localização de problemas dentro de temas, é: postura indagante, típica
da pessoa que pergunta mais e mais, dizendo: “não aceito o que aí está”; o
hábito da leitura crítica, que procura fichar a literatura, sempre em busca de
pontos críticos; e a atitude de análise e síntese, que consiste de , primeiro,
dividir (análise) o assunto em partes, de acordo com certos critérios, e, depois,
recompô-lo (síntese) no todo, para ver se encontra, ao fracionar e em
seguida reintegrar, furos, descontinuidades, crises de passagem, em suma,
problemas.” (Vieira, 2002, p. 12)
A partir da tirinha a seguir, que problema poderia ser elaborado?
http://falamenino.locaweb.com.br/index.html acesso em 31102007
2.2. Desenvolvimento
O desenvolvimento é a parte principal do texto, contém a exposição ordenada
e pormenorizada do assunto; divide-se em seções e subseções, que variam em
função do plano de intervenção escolhido.
É necessário fazer o levantamento bibliográfico da literatura relevante que deu
base à investigação do trabalho, com revisão da literatura e com a discussão das
idéias: Fundamentos, problemas, sugestões dos vários autores pertinentes e
selecionados, demonstrando que os trabalhos foram efetivamente examinados e
criticados.
Nessa etapa, são apresentados os pressupostos teóricos: O que já foi dito
sobre o assunto? (elaborar texto sobre uma visão geral do problema – com base em
autores consultados – fazer citações indiretas e preferência e mencionar as fontes
consultadas no texto).
No decorrer do desenvolvimento, onde são expostos os argumentos que
darão forças ao TCC, muitas vezes utilizamos não só as ideais implícitas de diversos
autores, como também partes de textos retirados das fontes. Para isso, é necessário
identificar cada autor. É imprescindível o registro das fontes (citações) utilizadas
(livros, publicações).
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17. A ABNT sugere as expressões com abreviaturas da seguinte forma:
apud – citado por;
idem ou Id. – o mesmo autor;
ibidem ou Ibid. – na mesma obra;
sequentia ou et. Seq. – seguinte ou que se segue;
opus citatum, opere citato ou op. Cit. – na obra citada;
cf. – confira, confronte;
loco citato ou loc. Cit. – no lugar citado;
passim – aqui e ali, em diversas passagens.
17
18. REFERÊNCIAS
BRENNER, Eliana de Moraes e JESUS, Dalena Maria Nascimento de. Manual
de Planejamento e Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: Projeto de
Pesquisa, Monografia e Artigo.São Paulo: Atlas, 2007.
ECO, Humberto. Como se faz uma tese. Trad. Gilson César Cardoso de
Souza. São Paulo: Perspectiva, 2006
OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica:Projetos de
Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo:Pioneira
Thomson Learnegr, 2002.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. rev
e ampl. De acordo com a ABNT – São Paulo:Cortez, 2002.
VIEIRA, Leociléa Aparecida. Projeto de Pesquisa e Monografia: O que é?
Como se faz ? Normas da ABNT. 2ª ed. Curitiba: Ed. do Autor, 2002
18
19. 3 - Processo de Orientação para o TCC
Chegou o momento de iniciar a orientação do seu Trabalho de
Conclusão de Cursos – TCC da Pós-Graduação FLEX.
Para que você possa se familiarizar com o processo de orientação e
importante ler este documento, pois descreve os procedimentos desta etapa.
3.1 - A Orientação do TCC
A defesa do Trabalho de Conclusão de Cursos - TCC é obrigatória para
todos os estudantes dos Cursos de Pós-graduação da FTC EAD, obedecendo
as normas definidas pelo MEC/Conselho Nacional de Educação/Câmara de
Educação Superior, consoante a Resolução n° 1, de 8 de junho de 2007.
A proposta de TCC da Pós FTC EAD se consiste em uma atividade de
natureza teórico-prática, a ser desenvolvida pelo aluno, sobre um tema de seu
interesse, desde que ligado aos conteúdos do curso e em consonância com os
objetivos do mesmo. Para isto, o aluno deverá escolher dentre os eixos
temáticos disponíveis e elaborar um “TCC”, optando por um dos 3 modelos
oferecidos (conforme modelo e instruções fornecidas neste Manual):
o Plano de Curso (Abrange os cursos de Docência do Ensino Superior,
Educação à Distância, Educação Inclusiva, Educação Matemática com
Novas Tecnologias, Gestão Ambiental, Gestão e Desenvolvimento de
Pessoas em Ambiente Organizacional, Gestão Empresarial, Gestão
Escolar, Gestão Financeira, História das Culturas Afro-Brasileira,
Metodologia do Ensino de Língua Espanhola, Metodologia do Ensino de
Língua Inglesa, Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia e
Psicopedagogia Institucional);
o Plano de Ação Estratégica (Abrange os cursos de Docência do Ensino
Superior, Educação à Distância, Educação Inclusiva, Educação Matemática
com Novas Tecnologias, Gestão Ambiental, Gestão e Desenvolvimento de
Pessoas em Ambiente Organizacional, Gestão Empresarial, Gestão
Escolar, Gestão Financeira, História das Culturas Afro-Brasileira,
Metodologia do Ensino de Língua Espanhola, Metodologia do Ensino de
Língua Inglesa, Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia e
Psicopedagogia Institucional);
19
20. o Artigo (Abrange os cursos de Direito, História das Culturas Afro-Brasileira e
Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia).
A fim de auxiliar os alunos na elaboração do “TCC”, a FTC EAD
disponibilizará como suporte, a orientação por parte de professores
qualificados a esta atividade. Esta estratégia visa auxiliar os discentes nos
aspectos de cunho mais geral da escrita e da metodologia do TCC. No
REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DOS CURSOS
encontram-se definidas as normas desta etapa.
Aspectos de cunho mais geral, referentes aos direitos e deveres do
processo de orientação estão elencados abaixo:
3.2 - Direitos e Deveres do Orientando
• Se inscrever para orientação, definindo o eixo temático e preenchendo
o formulário do Projeto de TCC (em formato eletrônico), no prazo
designado para tal, sendo necessária a conclusão das Avaliações
Virtuais das doze disciplinas.
Obs: Vale ressaltar que a orientação só se iniciará se o Projeto de TCC
houver sido preenchido por completo no ato da inscrição.
• A orientação é individual e ocorrerá no AVA, com o orientador que for
designado a cada aluno, conforme prazo estabelecido no cronograma.
• É obrigatória a participação do aluno, respondendo à, pelo menos, 70
% das mensagens de orientação do seu professor.
• Não será aceito que o TCC seja entregue de uma só vez. A
construção deste deverá ocorrer por etapas, seção a seção, de forma
a possibilitar uma análise gradual do trabalho.
• A falta total de comunicação por parte do aluno para com o seu
orientador ao longo de 1 mês, datado do início da orientação,
acarretará em desligamento do aluno das atividade de orientação
daquele período, tendo como resultado a reprovação do aluno.
• O aluno deverá defender o seu TCC no mesmo período que concluiu a
orientação. Caso o TCC seja recomendado, o aluno deve se inscrever
para Defesa. A não inscrição configurará desistência e acarretará na
necessidade de iniciar uma nova orientação. Vale ressaltar que, para
este fim, será cobrada uma nova taxa.
• O aluno reprovado só poderá retornar às atividades de elaboração do
TCC quando a próxima orientação for iniciada (em calendário
divulgado pela FTC EAD) e deverá cumprir as exigências previstas no
Regulamento do TCC. Vale ressaltar que, para este fim, será cobrada
uma nova taxa.
20
21. 3.3 - Descritivo do Processo de Orientação do TCC
a
1 ETAPA - Aprovação do Projeto de TCC
A partir da data do início da orientação, o orientador analisará o projeto de
TCC publicado pelo aluno e postará o seu parecer. O parecer contemplará uma
análise da coerência do conteúdo e a indicação do tipo de TCC a ser
elaborado.
Tão logo receba o parecer do seu professor orientador, o orientando
deverá iniciar a elaboração do TCC propriamente dito, de acordo com
cronograma de trabalho estabelecido pelo orientador.
Obs: Caso o projeto de TCC esteja confuso e/ou sem foco, será solicitada
uma nova versão; sendo o prazo máximo para reformulação e
apresentação da revisão do projeto 72 horas.
a
2 ETAPA – A Construção do TCC
Uma vez o projeto havendo sido aprovado, inicia-se a fase de elaboração
do TCC.
Este processo prevê que:
• O orientando enviará, nos prazos estabelecidos em cronograma de
trabalho as etapas que compõe o plano de trabalho indicado.
Obs: É esperado que ocorra o mínimo de 06 orientações ao longo do
processo.
a
3 ETAPA – Conclusão do Processo de Orientação
A orientação será dada como encerrada de acordo com as datas
estabelecidas em calendário. Uma vez concluído o prazo de orientação, cabe
ao orientador recomendar ou não o TCC para a defesa. Em qualquer uma das
situações, o aluno e o coordenador de curso devem ser informados da decisão.
O aluno deverá defender o seu TCC no mesmo período que for
recomendado. Caso decida não defendê-lo naquele momento, o aluno deverá
iniciar uma nova orientação, pois será considerada desistência do processo.
21
22. 3.4 - Critérios de Avaliação
Ao longo do processo de orientação, o aluno deve ter em mente que os
fatores que nortearão a avaliação do seu trabalho, correspondem aos critérios
estabelecidos no Barema apresentado abaixo.
Critérios Pontuação Máxima
CONTEÚDO
• Relevância do trabalho. 4,0
• Originalidade ou aplicabilidade do assunto.
• Qualidade do texto. (4 pontos)
• Consistência da argumentação.
• Adequação da metodologia utilizada.
• Qualidade das conclusões: consecução do objetivo proposto.
FORMA
1,0
• Correção da linguagem e ortografia.
(1 ponto)
• Atendimento às normas da ABNT.
• Boa diagramação - disposição do texto, imagens e tabelas.
REDAÇÃO 1,0
• Organização do texto. (1 ponto)
• Articulação lógica das idéias e clareza na sua apresentação.
DEFESA ESCRITA
4,0
• Boa fluência escrita.
• Capacidade de responder às perguntas da banca. (4 pontos)
• Clareza e objetividade das respostas.
• Qualidade das respostas.
Total 10 pontos
22
23. 4 - DESCRIÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE PLANOS DE
INTERVENÇÃO OFERECIDOS
A seguir, será descrito como elaborar cada um dos tipos de TCC
oferecidos.
4.1 Plano de Curso
Aprendizado é um processo que envolve a integração de informação
nova com conhecimento pré-existente. O conhecimento que o aluno traz para o
processo de aprendizagem é tão diverso quanto o próprio aluno. Como
podemos planejar um curso que acomode tanta diversidade e mesmo assim,
se mantenha coerente?
Uma forma eficaz é a de especificar os resultados desejados,
determinando o que se espera que os alunos alcancem em termos de
aprendizado ao final da instrução.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM CURSO
O processo de desenvolvimento de um curso envolve uma série de
etapas que estão sistêmica e sistematicamente relacionadas. As etapas podem
ser conceitualizadas através de um planejamento pedagógico, que serve como
um organizador do processo. O uso da abordagem sistêmica para planejar o
ensino-aprendizagem garante que o mesmo seja desenvolvido de acordo com
os pré-requisitos e pré-supostos do processo ensino-aprendizagem. Isto
possibilita o monitoramento do progresso do aluno e por conseqüência, o
diagnóstico das dificuldades enfrentadas. Assim, o planejamento pedagógico
pode ser revisado e modificado. Então, o processo é, por natureza, sistêmico.
A maioria dos modelos de planejamento pedagógico incorporam etapas
básicas que constituem o corpo do processo e que por tanto, podem ser
genéricas. O modelo geral de planejamento pedagógico deve ser
suficientemente flexível, de forma a permitir modificações necessárias a cada
curso.
Para a concepção, planejamento e desenvolvimento de cursos online,
utilizaremos um modelo pedagógico bastante conhecido: ADDIE (Analysis,
Design, Development, Implementation, e Evaluation). Este modelo possui uma
perspectiva de desenvolvimento do planejamento do processo de ensino-
aprendizagem em cinco etapas:
• Análise das necessidades
• Design – concepção pedagógica
• Desenvolvimento do conteúdo e dos materiais didáticos
• Implementação do conteúdo e das atividades do curso
• Avaliação do progresso dos alunos e da qualidade do ensino.
23
24. Cada etapa envolve, desde restrições e concepções de ordem
institucional, até definições quanto aos recursos de multimídia à serem
utilizados, estruturando assim um conjunto de abordagens didáticas, que
possibilitam ao autor de cada curso (provedor de conteúdo) ir tecendo a rede
de significados que irá compor o produto final (curso).
O planejamento do curso segue o sequenciamento da metodologia
ADDIE, iniciando-se pela análise das restrições e concepções de ordem
institucional e as relacionadas com o ambiente tecnológico. O próximo passo é
definir o design da aprendizagem, tendo como função a concepção do ensino,
definindo os objetivos e o encadeamento do conteúdo. A etapa de
desenvolvimento se refere a definição de como serão elaborados os materiais
didáticos à serem utilizados no curso. Juntas, as etapas de design e
desenvolvimento compõem a elaboração do conteúdo do curso.
A tabela a seguir demonstra as fases contidas nas cinco etapas
referentes ao processo de planejamento pedagógico, e para cada uma delas é
dado um exemplo do produto final a ser gerado após as atividades daquela
etapa haverem sido completadas.
Processo de Planejamento Pedagógico
Etapa Atividade Produto
Análise Levanta necessidades Perfil do aluno
Identifica problemas Restrições descritas
Estabelece os pré-requisitos para Experiência profissional
aprendizagem requerida, pré requisitos de
cursos anteriores
necessários
Estabelece a forma de Tamanho da turma
agrupamento
Define política de obsolescência Prazos e validade
do curso
Design Define a estrutura do curso Encadeamento do
Processo de concepção e conteúdo
definição do que deve ser
aprendido
Desenvolvimento Escreve objetivos pedagógicos Objetivos mensuráveis
Processo de especificar qual
será o conteúdo e como este Planeja ensino Metodologia/Didática
deverá ser ensinado
Identifica as abordagens didáticas Recursos didáticos e
e os recursos à serem utilizados mecanismos de
interatividade especificados
24
25. Trabalha no desenvolvimento do Planejamento das aulas
conteúdo e das atividades
Implementação Implementa conteúdo Curso
O processo de implementação do
curso Implementa atividades Instrumentos de Feedback
Capacita envolvidos no processo Participantes treinados
Realiza piloto do curso Avaliação e
recomendações
Avaliação Desenha instrumento de Instrumentos de avaliação
O processo de determinar a avaliação
adequação do curso
Participantes utilizam curso Comentários dos usuários
do curso
Interpreta os resultados dos Relatórios da avaliação
exercícios de fixação
Pesquisa opinião dos Materiais didáticos
participantes revisados
Revisa atividades Protótipo revisado
Aspectos Gerais de um Plano de Curso
Objetivos
Gerais
Objetivos expressam os comportamentos ou ações esperadas dos
alunos após completarem o curso. Estes comportamentos ou ações refletem o
domínio do conteúdo e devem ser passíveis de observação e mensuração.
Um objetivo é:
• Uma declaração descrevendo: o objetivo do processo de ensino-
aprendizagem, os comportamentos, habilidades e tarefas que os alunos
serão capazes de desempenhar quando o processo de ensino-
aprendizagem estiver encerrado.
• Mensurável e observável.
Exemplos:
• O aluno deve ser capaz de nomear os metais da tabela periódica, quando
perguntado.
• O aluno pode argumentar contra ou a favor dos programas previdenciários e
fundamentar os aspectos principais de sua argumentação com evidências
históricas.
25
26. • Utilizando um editor de texto, o aluno deve ser capaz de elaborar um
comunicado interno para uma empresa, que esteja livre de erros
gramaticais.
• Utilizando a assistência de um artista gráfico, o aluno deverá ser capaz de
elaborar um comunicado interno para uma empresa, que esteja bem
apresentado, atrativo e de fácil leitura.
Específicos
É uma descrição detalhada do que os alunos serão capazes de realizar
ao final de cada aula.
Exemplo:
• Tendo sido dado um diagrama do corpo humano com todos os órgãos
graficamente representados, o aluno deve identificar os órgãos, escrevendo
o nome de cada um.
Descreve exatamente o que o aluno irá fazer após a aula: Ser capaz de
identificar o órgão pelo seu nome. É também observável e mensurável, pois o
professor pode olhar as respostas do aluno no diagrama e mensurar se o aluno
completou ou não a tarefa.
Metodologia
Os tipos de aprendizado podem estar fortemente relacionados a
diferentes tipos de tarefas cognitivas do comportamento (que serão utilizadas
enquanto o aprendizado ocorre ou que serão alvo do aprendizado). Como
exemplo, Kearsley (1993) relaciona as seguintes tarefas cognitivas de
comportamento:
• Pesquisando/recebendo informação (detecta, observa, inspeciona,
identifica, lê, pesquisa).
• Processando informação (categoriza, calcula, codifica, iteniza, tabula,
traduz).
• Resolvendo problemas (analisa, formula, estima, planeja).
• Tomando decisões (examina, escolhe, compara, avalia).
• Comunicando (aconselha, pergunta, direciona, informa, instrui, requisita,
transmite).
• Processo senso-motor (ativa, ajusta, conecta, regula, registra).
Combinando-se as várias tipologias, pode-se imaginar o desafio que a
teoria de planejamento pedagógico enfrenta quando tenta operacionalizar
como se ensinar algo.
Em alguns ambientes de aprendizagem (especialmente os inteiramente
online), as estratégias de ensino-aprendizagem estão integradas no
planejamento pedagógico, em outros não. Princípios e estratégias
educacionais variam de acordo com o tipo de aprendizado e as diferentes
fundamentações teóricas.
26
27. Bruner (1966), inspirado por Piaget, focou em como as pessoas
constroem o novo conhecimento. Sua abordagem construtivista (métodos de
descoberta e estágios intelectuais) ainda hoje inspira teorias.
Segundo ele:
• O ensino deve se preocupar com experiências e contextos que façam com
que os alunos queiram e possam aprender (prontidão).
• O ensino deve estar estruturado, de forma que seja facilmente absorvido
pelo aluno (organização do currículo em espiral).
• A instrução deve ser desenhada para facilitar a extrapolação ou preencher
os vazios (ir além da informação recebida).
Outra contribuição recente foi a teoria de Ausubel (1963), que se
preocupava em como, em um ambiente escolar, indivíduos aprendem grandes
blocos de informação significativa apresentadas verbal/textualmente (ao invés
de aprendizado por auto descoberta). Ele propôs uma seqüência educacional
cujo objetivo era tornar o conteúdo mais significativo para o aluno.
Ele postula (apud. Kearsley, 1993, Reigeluth, 1983 pp. 339) que:
• A instrução (de informação verbal) deve começar com informação geral
sobre o conteúdo e ir gradualmente aprofundando os detalhes e
especificidades.
• Mais geral, os materiais didáticos devem tentar integrar os novos conteúdos
com a informação previamente apresentada através de comparações e
referências cruzadas.
Após os objetivos do processo de ensino-aprendizagem haverem sido
especificados é chegado o momento de tomar decisões sobre o conteúdo.
Nesse momento, inicia-se a hierarquização dos conteúdos, seguida da
definição dos encadeamentos e das prioridades entre os módulos a serem
produzidos, com as devidas estratégias e recursos. Pode-se começar,
perguntando o que se sabe sobre os alunos e suas motivações. Isto irá ajudar
a definir o escopo do que os alunos precisam aprender.
Por exemplo:
1. Qual a necessidade do curso para os alunos?
2. O conteúdo terá mais importância para algum aluno em especial?
3. Como o conhecimento aprendido no curso está relacionado ao dia a dia
dos alunos?
4. Quando é esperado que os alunos apliquem o conhecimento adquirido no
curso?
5. No seu dia a dia, o aluno utilizará o conteúdo do curso: muito,
razoavelmente ou pouco?
6. O curso se desdobrará em módulos mais avançados?
7. O assunto do curso exige conhecimento prévio?
8. Que atividades e tarefas irão demonstrar que o aluno adquiriu domínio do
conteúdo?
27
28. Encadeamento do conteúdo
Após haver sido identificado o que os alunos precisam conhecer – em
termos de comportamento que deve ser exibido, a próxima questão que se
apresenta é a estrutura na qual o conteúdo deve estar organizado. Este é o
momento de se perguntar: Para que o aprendizado ocorra de fato, qual é a
melhor forma de encadear o conteúdo?
Utilizando a "Ordem Natural"
Algumas vezes, a "ordem natural" parece estar implícita no conteúdo.
Por exemplo:
• Um curso sobre o progresso de uma doença deveria ser organizado em
uma seqüência que espelhasse o próprio processo da doença.
• Um curso de computador deveria estar organizado em formato espiral,
começando pelo nível mais superficial e repetidamente explorando os
mesmo temas, de forma a que cada vez mais se torne profundo e específico
na medida em que os alunos adquirem experiência.
• Uma atividade de pesquisa colaborativa sobre o padrão sazonal de
migração dos pássaros poderia levantar os tópicos na medida em que eles
fossem aparecendo na observação dos alunos. A ordem natural pode ser
tanto linear quanto não linear.
Utilizando Hierarquia de comportamentos
Outra forma de organizar o conteúdo é arranjar as atividades de forma
que requeiram ao aluno arrumar os tópicos progressivamente, por nível de
complexidade do conhecimento Em 1956, o time de pesquisa de Benjamin
Bloom introduziu a idéia de que o conhecimento pode ser arrumado em uma
hierarquia de comportamentos:
O mais baixo nível de compreensão é refletido na habilidade do aluno
de:
• Nomear ou lembrar da informação, exatamente como lhe foi ensinada.
Na medida em que o aluno progride para níveis mais profundos de
compreensão de um assunto, ele aprende:
• A descrever as coisas com suas próprias palavras.
• A aplicar o que sabe a problemas.
• A analisar situações a procura de elementos e estruturas que pertençam
àquele assunto.
O nível mais alto de domínio do assunto é demonstrado pelo aluno
quando ele é capaz de:
• Avaliar e sintetizar informação sobre o assunto.
Tipicamente, instrução incorpora as duas abordagens:
• Ela tira vantagens de qualquer ordem implícita que o tema possa vir a ter.
• Emprega uma seqüência de parâmetros de desempenho que correspondem
à taxonomia de Bloom.
28
29. Recursos
Recursos Didáticos (texto, imagem, animação, áudio, vídeo, hipertexto e links
externos)
Assim como se pode utilizar uma variedade de estratégias de ensino,
tais como: aula expositiva, leituras, imagens, áudio/vídeo, dentre outras, para
apresentar um novo conteúdo em uma aula presencial, o mesmo pode ocorrer
online. Variedade de estratégias é mais do que o "tempero" do ensino;
variedade permite que você alcance os alunos em seus diferentes estilos de
aprendizagem e conjunto de habilidades.
Leituras ou aula expositiva não são os únicos métodos para apresentar
novo conteúdo. A Web suporta formatos que vão além do texto -- som,
imagens e vídeo.
Em uma sala de aula presencial, empregam-se várias estratégias para
atrair o interesse dos alunos, como por exemplo:
• Contar uma história interessante ou mostrar figuras.
• Levantar um problema que diz respeito aos alunos.
Porém é importante considerar:
• Seja claro na apresentação do conteúdo.
• Evite confundir os alunos com recursos que são irrelevantes para o
aprendizado.
Recursos de Comunicação - síncrona e assíncrona (chat, áudio e vídeo
conferência, email, mensagem e fórum)
A teoria cognitiva nos diz que aprendizado é o processo de conectar
idéias novas e pouco familiares a algo que já conhecemos. Em salas de aula
presenciais, o aprendizado acontece através do diálogo com e entre os
participantes. O feedback desta interação subsidia o ajuste das estratégias de
ensino. Os alunos virtuais podem ter a mesma chance e desta forma, fazer de
seu aprendizado algo que faça sentido, assim como também fornecer
feedback. Lembre-se que o aprendizado também acontece em trocas entre
pessoas e que a Internet pode ser explorada como um meio de comunicação.
Podem ocorrer dois tipos de interação na Internet:
• Interação síncrona: requer que todos os comunicadores participem ao
mesmo tempo
• Interação assíncrona: não requer agendamento.
Enquanto a interação síncrona pode conduzir a uma interação imediata
entre aluno-aluno e aluno-professor, ela nem sempre é prática. Muitas pessoas
não podem se comprometer com cronogramas fixos. Como a comunicação
síncrona é totalmente dependente da interação em tempo real, isto a torna
contra produtiva para a participação de todos. Também, se o estudante ou o
professor experenciar problemas técnicos, seja com o software, o hardware ou
a rede durante uma atividade agendada em tempo real, esta pessoa esta
cortada da atividade.
29
30. Interação assíncrona significa comunicação que não requer que os
participantes estejam online ao mesmo tempo. Tecnologias assíncronas
suportam diálogos e troca de arquivos entre os usuários que tem conflito de
agenda ou que vivam em regiões com diferentes fuso horários. Quando se
planejar a utilização de comunicação assíncrona no design instrucional, deve-
se assegurar de que o cronograma está claro e acessível aos participantes.
Estes métodos podem ser utilizados para: fornecer assistência aos
alunos, promover uma discussão tópica entre alunos ou entregar as tarefas de
casa. Então é importante que os prazos sejam considerados, de forma a
oferecer, a cada participante, tempo suficiente para leitura, reflexão e resposta.
Avaliação
Por avaliação, entende-se um evento formal ou um processo que revela
o quanto cada aluno progrediu em direção aos objetivos do processo de
ensino-aprendizagem previamente definidos no planejamento pedagógico. A
avaliação pode ser formativa, somativa ou a combinação de ambas.
Avaliação Formativa
• É um processo contínuo que deve considerar todos os estágios do processo
de ensino-aprendizagem.
• Possibilita ao professor melhorar o curso durante a sua condução.
• Facilita a adaptação do curso e de seu conteúdo.
• Identifica desde a necessidade de realizar pequenos ajustes, até a grandes
falhas no planejamento pedagógico.
Avaliação Somativa
• Mede a eficácia de um produto final ou de um curso.
• Pode ser um ponto de partida para o desenvolvimento de um plano de
revisão.
• Pode servir como base de informação para o desenho de um novo plano,
programa ou curso.
• Não auxilia aos alunos que estão participando do curso, pois é conduzida
após a conclusão do mesmo.
Em práticas convencionais de ensino, avaliação significa "testagem", de
uma forma ou outra. Porém, parece haver consenso entre educadores da
atualidade quanto à testagem convencional revelar somente parte do que o
aluno realmente aprendeu e existe muito debate sobre qual seria uma
alternativa melhor a testagem. Abaixo, sugerem-se exemplos de formas de
avaliação formativa e somativa:
• Exercícios de fixação
• Leituras programadas, seguidas de discussão ou debate
• Tarefas para casa enviadas por email ou postadas no fórum
• Teste ou prova
• Análise do tempo despedido cursando as aulas
• Qualidade das contribuições nos fóruns e debates
30
31. FORMULÁRIO DE PLANO DE CURSO
CONCEPÇÃO
FINALIDADE
Objetivo Geral:
Objetivo Específico:
ÁREA(S) DE CONHECIMENTO DO CURSO
PÚBLICO-ALVO
31
32. GRADE CURRICULAR
Ordem Nome da Disciplina Ementa
1
2
3
4
5
Carga horário de 60 horas, distribuída em 2 à 5 disciplinas.
32
33. Plano de Disciplina (1 para cada disciplina)
JUSTIFICATIVA
FINALIDADE
Objetivo Geral:
Objetivo Específico:
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA:
33
34. PLANO DE AULA
PLANEJAMENTO
Tópicos da Aula
•
Objetivos:
•
Pré-requisitos (opcional)
•
Recursos e Materiais Sugeridos
•
Estratégias Didáticas
•
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
• Introdução
• Desenvolvimento
• Fechamento
34
35. 4.2 Plano de Ação estratégica
O que é?
É um plano que pode ser desenvolvido em qualquer setor de uma
organização/empresa. Nele, são estabelecidas diretrizes específicas para resolução
de ‘situação-problema’ detectada na organização/empresa.
Um plano estratégico de ação deve ser elaborado em consonância com o
planejamento estratégico da empresa/organização, sendo assim, um desdobramento
da fase de implementação do planejamento estratégico.
Por isso, um plano de ação recebe o nome de estratégico, pois deve estar
firmemente articulado aos objetivos maiores da organização.
Neste caso, antes de se formular um plano estratégico de ação propriamente
dito, é necessário contextualizá-lo, ou seja, demonstrar em que base estrutural ele
está sendo gerado.
Objetivo
o Interferir numa determinada área da organização para solucionar/
aperfeiçoar/criar alternativas de melhoria e aprimoramento.
o Apresentar atividades e metas para resolução de um ‘problema’ na
organização/empresa.
o Diagnosticar e propor ações de intervenção para melhoria do posicionamento
estratégico da empresa no mercado, envolvendo não só ações operacionais
como também as próprias da área de desenvolvimento de pessoas e
sustentabilidade.
Exemplos de tipos de Plano de Ação Estratégico
o Ações envolvendo capacitação e treinamento visando a melhoria da
aprendizagem organizacional
o Plano de Carreira/Cargos e Salários
o Plano de Marketing para lançamento de novo produto ou reposicionamento do
produto/marca/ serviço no mercado
o Implantação de um Programa de Qualidade de vida
o Implantação de Código de Ética
o Ações voltadas para Responsabilidade Social Empresarial
o Economia da Cultura: financiamento cultural, patrocínio cultural derivado da
responsabilidade social empresarial.
o Empresa e Diversidade: relações de gênero, opção sexual e portadores de
necessidades especiais.
o Gestão do capital intelectual: modelo de implantação de Universidade Corporativa
o Elaboração de plano de recrutamento e seleção
o A organização sustentável: gestão ambiental, políticas ambientais, gestão de
resíduos, etc
35
36. Fases para o desenvolvimento de um Plano de Ação Estratégico
Introdução
Apresentação do projeto que deve contemplar: histórico da
organização/setor, situação-problema, objetivos geral e específicos do plano.
Contextualização
Descrever o planejamento estratégico da empresa (se houver), que deverá
contemplar no mínimo os seguintes itens:
• Análise ambiental (oportunidades e ameaças do ambiente externos e
pontos fortes e fracos do ambiente interno)
• Objetivos organizacionais
• Metas
• Estratégias
• Implantação
Se a organização/empresa não tiver um planejamento estratégico
sistematizado levantar os pontos:
• Análise ambiental (oportunidades e ameaças do ambiente externo e pontos
fortes e fracos do ambiente interno com base no modelo da matriz SWOT – figura 1)
• Objetivos organizacionais
• Metas
A ação estratégica
Deve ser descrita e diagnosticada a área específica de aplicação do plano de
ação estratégico (RH, Marketing, Comunicação, Vendas, entre outras).
Definir então:
• A análise específica do ambiente em estudo (oportunidades e ameaças do
ambiente externo e pontos fortes e fracos do ambiente interno);
• Análise das necessidades empresariais relacionadas ao setor em questão;
• Formulação dos objetivos e metas;
• Definição das estratégias para o alcance dos objetivos e metas;
• Apresentação das fases para implementação do plano (recursos
necessários: materiais, humanos e financeiros);
• Descrição do cronograma das atividades do plano de ação estratégico;
• Apresentação dos procedimentos de acompanhamento e controle do plano;
• Cronograma de Atividades
• Considerações e resultados esperados.
Observações
No plano de ação estratégico pode ser especificado um item com
apresentação de questionários e entrevistas aplicados na
organização/empresa/setor em estudo.
COMO SABER MAIS
36
37. Exemplo de descritivo de um plano de ação para a área de RH: visite o site
http://www.sato.adm.br/rh/planejamento_estrategico_de_recu.htm
Figura 1 - Matriz SWOT
37
38. Formulário de Plano de Ação Estratégico
Diagnóstico:
Neste item deve ser apresentado os dados da organização (nome, nº. de funcionários, setor de atuação, entre
outras descrito em detalhes o setor a ser implantado o plano de ação estratégico apresentando: suas principais
características, limitações e potencialidades. Indicar o número de funcionários do setor e o perfil de gestão.
Indicação, traçado o diagnóstico detalhado e minucioso das principais deficiências do setor, abordando qual o
problema detectado. Indicação: mínimo de 6 páginas.
Situação-problema:
Apresentar nesta seção a situação-problema que norteará o desenvolvimento do plano de ação estratégico.
Indicação: mínimo de 1 página.
Objetivos:
Indicar neste item quais os objetivos (geral e específico) que direcionarão as atividades do plano de ação
estratégico. Indicação: mínimo de 1 página.
- Geral
- Específicos
38
39. Análise ambiental:
Nesta seção, devem ser definidos os objetivos estratégicos para o setor e a partir deles, quais seriam as
estratégias para ação, que se desdobraram nas metas para o setor no plano de ação estratégico. Indicação:
mínimo de 2 páginas.
- Oportunidades:
- Ameaças:
- Pontos Fortes:
- Pontos Fracos:
Estratégias:
Nesta seção, a partir dos objetivos estratégicos quais seriam as estratégias para ação, que se desdobraram
nas metas para o setor no plano de ação estratégico. Indicação: até 1 lauda.
Cronograma de Atividades:
Apresentar, neste item, o cronograma detalhado de cada ação, designando também os responsáveis por cada
atividade. Indicação: mínimo de 2 páginas.
Considerações e Resultados Esperados:
Indicar, nesta seção, as considerações acerca do plano de ação estratégico, sua importância para a
organização e para o setor específico e destacar os resultados esperados com a implantação do plano de ação
estratégico. Indicação: mínimo de 2 páginas.
39
40. 4.3 Artigo
i
Artigo científico
Artigo, na ABNT (2003), é definido como um “texto com autoria declarada, que
apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas
áreas do conhecimento”. Ele é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito,
dos resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão.
O seu objetivo essencial é ser um meio eficiente e sucinto de divulgar e tornar
conhecidos os resultados de estudos ou pesquisas. Geralmente, aborda questões que
são historicamente polemizadas, quer sejam teóricas, quer sejam práticas.
Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que
apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas
áreas do conhecimento. Ele se divide em:
Artigo original: apresenta temas ou abordagens próprias. Geralmente relata resultados
de pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigo científico.
Artigo de revisão: resume, analisa e discute informações já publicadas. Geralmente é
resultado de pesquisa bibliográfica.
Vários os motivos justificam um pesquisador redigir um artigo científico,
especialmente quando se é aluno dos cursos de graduação e pós-graduação, pois os
estudos e pesquisas desenvolvidos ao longo da vida acadêmica podem se converter
em uma publicação de qualidade, sob forma de artigo. Ademais, os pesquisadores
redigem artigos quando:
Não foram estudados certos aspectos de um assunto ou o foram insuficientemente; ou
ainda, se já tratados amplamente por outros, novos estudos e pesquisas permitem
encontrar uma solução diferente.
Uma questão antiga, conhecida, pode ser exposta de maneira nova.
Os resultados de uma pesquisa ainda não se constituem em material suficiente para a
elaboração de um livro.
Ao se realizar um trabalho, surgem questões secundárias que não serão aproveitadas
na obra.
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41. ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ARTIGO CIENTÍFICO
Elementos pré-textuais
Cabeçalho: título (e subtítulo) do trabalho; autor(es); credenciais do(s) autor(es)
e local de atividades.
Resumo: parágrafo na língua do texto que sintetiza os objetivos do autor ao
escrever o texto, a metodologia e as conclusões alcançadas. Composto de frases
concisas e objetivas, não ultrapassando 250 palavras.
Palavras-chave: termos na língua do texto escolhidos para indicar o conteúdo
do artigo, abaixo do resumo, separadas entre si por um ponto e finalizadas também
por ponto.
Elementos textuais
Texto composto basicamente por: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Se
for divido em Seções, deverá seguir o Sistema de Numeração Progressiva (consultar a
ABNT).
Introdução: parte inicial, na qual devem constar a delimitação do assunto, os objetivos
da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do artigo.
Desenvolvimento: parte principal, que contém a exposição ordenada e pormenorizada
do assunto. Divide-se em seções e subseções.
Conclusão: parte final, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos
objetivos e hipóteses.
Elementos pós-textuais
Título (e subtítulo) do trabalho em língua estrangeira.
Resumo em língua estrangeira apresentação do resumo, precedido do título, em língua
diferente daquela na qual foi escrito o artigo.
Palavras-chave em língua estrangeira.
Nota (s) explicativa (s).
Referências: lista de documentos citados nos artigos de acordo com norma da ABNT.
Glossário.
Apêndice: documento que complementa o artigo.
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42. Anexo: documento que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação.
Agradecimentos.
Data de entrega.
i
Texto retirado do Módulo Metodologia da Pesquisa Científica, autora: Tatiane de
Lucena
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