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Universidade Federal de Viçosa
    Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
       Departamento de Nutrição e Saúde
    Disciplina: Higiene e Saúde (NUT 350)




Doenças causadas por
   poluição do ar
                                     Trabalho    apresentado   ao
                                     Professor Renato Silva como
                                     parte das exigências da
                                     Disciplina-NUT - 350 Higiene
                                     e Saúde.




                                   Janaína S. Castro Pereira -67147
                                   Kamilla Dias de Oliveira - 67151




                 Viçosa - MG
                  Março/2013
Índice



INTRODUÇÃO..................................................................................02

OBJETIVOS.......................................................................................03

REVISÃO DE LITERATURA..........................................................04

METODOLOGIA..............................................................................08

DOENÇAS CAUSADAS PELA POLUIÇÃO DO AR.....................09

CONCLUSÃO................................................................................... 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................. 24




                                                                                                     2
Introdução


     A poluição atmosférica é reconhecidamente um fator de risco para a saúde. Nas
cidades industriais, a emissão na atmosfera de gases tóxicos e partículas pelas indústrias
somam-se à poluição provocada pela circulação de veículos, gerando muitas vezes
situações críticas para a saúde da população. As fontes de poluição estão no nosso
cotidiano: escapamentos de carros e veículos de transporte, chaminés das indústrias,
queimadas, poeiras vindas das estradas e da erosão causada pelo vento. O transporte ou
diluição dessas fontes vai depender do movimento da atmosfera, o que é dado pelos ventos,
ou pela estabilidade, ou pela variação da temperatura.
     Nos dias de hoje, quase todas as grandes cidades mundiais sofrem com os efeitos da
poluição do ar. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Tóquio, Nova Iorque e Cidade
do México estão na relação das mais poluídas do mundo. A poluição gerada nos centros
urbanos de hoje são resultado, principalmente, da queima dos combustíveis fósseis como,
por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e diesel). A queima destes
produtos tem lançado um alto nível de monóxido e dióxido de carbono na atmosfera
terrestre. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que, alimenta
os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo.
Portanto, colocá-los de lado atualmente é extremamente complicado.
       O ar atualmente, principalmente dos centros urbanos, se apresenta muito poluído.
Esta poluição provoca sérios danos à saúde, causando doenças respiratórias e também
doenças causadas por microorganismos presentes no ar poluído. Várias doenças
respiratórias como a bronquite, rinite e asma levam milhares de adultos e crianças aos
hospitais todos os anos. Sabe-se que a exposição à poluição do ar acelera o envelhecimento
por aumentar as substâncias oxidantes no organismo. Mas não é só isso, o monóxido de
carbono causa lentidão dos reflexos e sonolência. O dióxido de nitrogênio pode agravar a
asma e reduzir as funções do pulmão. O ozônio também causa inflamação nos pulmões,
diminuindo a sua capacidade enquanto as partículas menores podem se alojar nos alvéolos
pulmonares e provocar enfermidades respiratórias e cardiovasculares. Além disso, a poeira
pode criar alergias, irritação da vista e da garganta. A poluição também tem causado danos
aos ecossistemas e ao patrimônio histórico e cultural.



                                                                                        3
Diante das notícias negativas, o homem tem procurado encontrar medidas para
solucionar estes problemas ambientais. Os sistemas tecnológicos estão avançando no
sentido de criar máquinas e combustíveis cada vez menos poluentes ou que não gerem
nenhuma poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível.




                                                                                        4
Objetivos


Objetivo geral:


     Apresentar de forma clara e objetiva os principais poluentes do ar e os seus efeitos
nocivos à saúde, bem como as doenças que acometem o ser humano em decorrência deste
tipo de poluição. Verificando quais medidas estão sendo tomadas para solucionar ou
amenizar este problema.




Objetivos específicos:


       Identificar as ações preventivas e o tratamento adequado para cada doença;
       Analisar quais são as doenças causadas e os seus agentes causadores;
       Identificar quem são os indivíduos mais vulneráveis a essas doenças;
       Verificar onde há maior incidência dessas doenças;
       Analisar quais são as formas para evitar estas doenças.




                                                                                       5
Revisão de literatura




                        6
Metodologia


      O trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico, através de artigos
científicos, livros e buscas na internet.



         O trabalho se baseia em levantamentos bibliográficos, onde serão utilizadas
referências     dos     autores JOINER      (2005),    LEAL      (2006),    MENDENGO
FILHO (s/d), dentre outros que abordam a temática em questão, bem como a utilização
do Guia Epidemiológico as doenças parasitárias de maior interesse para saúde pública
causadas por protozoários, helmintos e artrópodes, elaborado pelo Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. E de
acordo com este guia serão selecionadas doenças bacterianas, viróticas e parasitárias. A
partir de tais escolhas o procedimento será a caracterização das doenças elencadas, como
elas são transmitidas e a medida de controle das mesmas.




                                                                                      7
Fontes de poluição do ar


      As fontes que provocam a poluição do ar são divididas em três principais: as fixas,
que são as indústrias e os aterros; móveis, que têm origem em meios de transporte em
geral; e as agrossilvipastoris, como a agricultura, queimadas e o desmatamento.
      A poluição é caracterizada pelas alterações na composição e nas propriedades do ar,
tornando-o nocivo, impróprio ou ainda inconveniente à saúde humana, à vida animal e
também aos vegetais
      Durante muito tempo, a humanidade viveu num equilíbrio harmônico com a
natureza, devido à baixa densidade demográfica e ao caráter empírico das atividades
desenvolvidas. No entanto, com o aumento vertiginoso da população, especialmente nas
últimas décadas, o que levou a uma ocupação desordenada da superfície da Terra, aliada à
explosão econômica e ao grande avanço industrial e tecnológico, ocorreu um grande
desequilíbrio na biosfera.
      O ar é um dos elementos do ecossistema que tem sofrido grandes ataques de
poluentes oriundos das atividades do homem, principalmente nas aglomerações urbanas.
Assim, enormes conflitos contra a natureza têm se verificado ao longo dos últimos anos,
atingindo fortemente o ar que respiramos.
      Atualmente, a poluição do ar é talvez o problema mais preocupante que deve ser
resolvido ou, ao menos, amenizado com urgência, para que se possa continuar com uma
razoável qualidade de vida na Terra.
      A poluição do ar pode ser de várias origens. Assim, tem-se a poluição tóxica causada
por gases que apresentam toxicidade, como o dióxido de enxofre (SO2), oriundo
principalmente dos vulcões; o óxido de nitrogênio (NO), resultante da queima de
combustíveis energéticos a altas temperaturas; o monóxido de carbono (CO), oriundo dos
veículos automotores, e outros gases em menor escala, mas igualmente tóxicos. Também
as emissões de partículas liberadas pelas queimas de qualquer natureza contribuem para a
alteração da composição do ar, entre as quais se destacam as poeiras, a fumaça e o vapor
d'água, emitidos pelas chaminés, e as fuligens, resultantes da deficiente combustão da
lenha, carvão ou do gás, que são eliminados pelos complexos industriais.
      Várias são as fontes de poluição do ar. Entre elas, destacam-se:



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- os grandes empreendimentos industriais que, embora aplicando eficientes medidas
preventivas, ainda causam intensa poluição da atmosfera. Nesse aspecto, é importante
observar que os complexos industriais normalmente têm localização pontual, o que permite
um controle adequado;
      - as residências e as pequenas indústrias que usam lenha ou carvão para suas
atividades, ao emitirem fumaça, poeiras e óxido de enxofre;
      - a circulação de milhares de veículos automotores nas cidades de todos as países do
mundo, liberando grandes volumes de monóxido de carbono, chumbo, partículas sólidas,
óxido de nitrogênio e outros;
      - a prática permanente de queimadas de florestas e campos, resíduos agrícolas e os
incêndios, em geral, além de contribuírem para a diminuição da fertilidade do solo, causam
grande poluição do ar;
      - a utilização de clorofluorcarbono através de sprays, refrigeradores e aparelhos de ar
condicionado ajuda fortemente na poluição, atingindo principalmente a camada de ozônio
da atmosfera.


                            Camada de Ozônio x Poluição


      A camada de ozônio é uma “capa” desse gás (ATMOSFERA) que envolve a Terra e
a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é
a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento
industrial, passaram a serem utilizados produtos que emitem Clorofluorcarbonos (CFC),
um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3),
causando assim a destruição dessa camada da atmosfera.

      Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos a Terra fica
sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer.

      A origem dos atuais problemas ambientais está no estilo de vida das nações
industrializadas. O aumento da industrialização no hemisfério norte trouxe riquezas
materiais às custas do meio ambiente. A mineração a céu aberto deixou cicatrizes na área
rural, cidades e fábricas se espalharam, liberando substâncias químicas nocivas no ar.



                                                                                            9
Os carros estão se multiplicando, acrescentando poluentes à atmosfera. O uso
generalizado de artigos descartáveis que são “energeticamente ineficientes” é um
desperdício de recursos escassos, as pilhas usadas em rádios precisam de 50 vezes mais
energia para serem fabricadas, do que àquela que produzem. Se o Terceiro Mundo seguir
essas práticas ao se desenvolver, poderá levar a terra a um holocausto ecológico.

     Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo
assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a
população mundial.

     As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de
se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse
aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na
tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em
todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC,
aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros
produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando
a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar
uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização
desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.

     A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento
da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além
disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar
desequilíbrio no clima, resultando no “efeito estufa“, o que causaria o descongelamento
das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se
encontram em condições de habitação.




                  Efeitos da poluição do ar na saúde humana



     Sabe-se que a exposição à poluição do ar acelera o envelhecimento por aumentar as
substâncias oxidantes no organismo. Mas não é só isso. O monóxido de carbono causa
                                                                                        10
lentidão dos reflexos e sonolência. O dióxido de nitrogênio pode agravar a asma e reduzir
as funções do pulmão. O ozônio também causa inflamação nos pulmões, diminuindo a sua
capacidade enquanto os particulados menores (com menos de 1/2.400 de uma polegada)
podem se alojar nos alvéolos pulmonares e provocar enfermidades respiratórias e
cardiovasculares. Além disso, a poeira pode criar alergias, irritação da vista e da garganta.
      A inalação de poluentes do ar (partículas e gases) causa uma resposta inflamatória no
aparelho respiratório induzida pela ação de substâncias tóxicas oxidantes. Essa inflamação,
além dos pulmões, compromete outros órgãos vitais, como o coração. Crianças e idosos
são mais vulneráveis às agressões resultantes da exposição aos poluentes do ar. Os estudos
têm demonstrado que o aumento nos níveis desses poluentes está associado ao aumento de
doenças respiratórias e cardiovasculares, e mortes, mesmo quando os níveis de poluição
não ultrapassam os padrões de qualidade do ar. Portanto, hoje sabemos que não existe nível
de poluição do ar seguro.
      Qualquer exposição faz mal à saúde, porém, suas conseqüências irão depender de
vários fatores, principalmente do tempo e de sua intensidade, do tipo de poluente e das
características dos indivíduos expostos. Os efeitos da poluição do ar na saúde humana
podem ser agudos, logo após a exposição, ou de longo prazo. Os principais são:


• mal-estar geral, dor de cabeça, irritação nos olhos e na garganta;
• aumento das infecções respiratórias – resfriado, gripe, amigdalite, faringite, otite,
sinusite, pneumonia e tuberculose;
• aumento das alergias respiratórias – rinite, faringite, otite, asma e bronquite;
• diminuição da capacidade pulmonar, especialmente em crianças;
• piora nos portadores de doenças respiratórias crônicas – rinite, asma, doença pulmonar
obstrutiva crônica;
• piora das doenças cardíacas – hipertensão arterial, arritmia, angina, infarto do miocárdio;
• aumento da incidência de câncer de pulmão;
• aumento das consultas médicas e internações hospitalares por doenças respiratórias;
• aumento das mortes por problemas respiratórios e cardiovasculares.


      É fundamental a importância do cidadão na tomada de atitudes para evitar a
poluição, como exemplo: privilegiar o transporte público, de bicicleta ou a pé, sempre que
possível; repensar e diminuir o consumo, uma vez que, para a fabricação da maioria dos

                                                                                            11
produtos industrializados, emitem-se poluentes no ar. É fundamental entendermos a
relação entre o consumo e a poluição do ar, pois o consumismo, que é o dispêndio
exagerado dos bens, sobretudo de coisas supérfluas ou desnecessárias, tem elevado a
geração de lixo, o que ocasiona aumento da poluição do ambiente. Um dos tipos de
poluição é a do ar, dada pela liberação de gases da degradação dos resíduos, pela queima
de lixo, entre outros. Em caso de dúvida, aparecimento ou piora dos sintomas respiratórios
e cardiovasculares, um médico deve ser procurado procure o mais rápido possível.



                    Doenças causadas por poluição do ar
                           que afetam o ser humano


     Ao nível da saúde humana a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório
podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas tais como a asma,
bronquite crônica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, doenças do coração e
cancro do pulmão.


     A poluição do ar se dá de duas formas principais:


         1. Por gases poluentes, como o monóxido de carbono (CO), o dióxido de
             enxofre e o ozônio, são as doenças de pele, causada pela chuva ácida, a
             intoxicação pelo CO, que causa tonturas, desmaios e até a morte, se a pessoa
             não for tirada a tempo do ambiente contaminado.
         2. Emissão de material particulado (principalmente pequenas partículas de
             carvão), que constituem a fumaça. São principalmente afecções do sistema
             respiratório, como o agravamento da asma, as rinites, bronquites e tosses.


     Algumas Doenças e seu respectivo tratamento:


          Asma:

     É o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) que dificulta
a passagem do ar provocando contrações ou bronco espasmos. As crises comprometem a

                                                                                          12
respiração, tornando-a difícil. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco o
que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma
vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. A asma
acomete pessoas de qualquer idade. A maioria dos casos, todavia, é diagnosticada na
infância e é comum manifestar-se em pessoas de uma mesma família.

     Sintomas: Os sintomas mais freqüentes são falta de ar, tosse seca, chiado e opressão
     no peito. Gripes e resfriados costumam agravá-los.

     Recomendações:

             Não fume. Numa família de asmáticos ninguém deve fumar. Evite o contato
             com fumaça e com fumantes;
             Todos os membros de uma família de asmáticos precisam ser orientados a
             respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda
             a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes;
             Identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias para
             que não se tornem graves;
             Submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma
             substância específica;
             Evite apanhar resfriados e gripes;
             Fumaças, gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza ou de higiene
             pessoal e perfumes podem ser prejudiciais aos asmáticos. Fuja deles;
             Evite mudanças abruptas de temperatura;
             Exercite-se moderadamente todos os dias. Não cometa excessos. A asma não
             deve limitar a vida ou a atividade física de ninguém. Caminhar, nadar e
             pedalar são atividades muito saudáveis;
             Tome muito líquido. Recomenda-se ingerir de cinco a oito copos por dia. Isso
             ajuda a diluir a secreção brônquica e facilita a expectoração;
             Pratique exercícios respiratórios. Ioga pode ser uma boa sugestão;* Não tome
             medicamentos indutores do sono, que usualmente tornam a respiração mais
             lenta;




                                                                                         13
Se café, chá ou outro produto qualquer mantêm você desperto, não os tome
             no fim da tarde ou à noite;
             Se tosse ou outros sintomas não o deixam dormir, eleve a cabeceira da cama
             com calços ou utilize travesseiros extras;
             Use broncodiltadores ou outros medicamentos prescritos por seu médico.
             Evite a chamada medicação caseira. Inaladores orais podem ser muito
             eficientes;
             Combata a azia, que predispõe as pessoas a crises de asma;
             Evite o pânico nos momentos de crise;
             Observe corretamente as orientações do seu médico. Mantenha-o informado
             sobre todo tratamento caseiro que eventualmente você adote;
             A asma não controlada pode causar sérias complicações. Consulte o médico
             na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração
             difícil, falta de ar e dor no peito.


          Bronquite crônica ou alérgica:

     É uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar inalado até os alvéolos
pulmonares. Ela se instala quando os minúsculos cílios que revestem o interior dos
brônquios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de
secreção faz com que eles fiquem permanentemente inflamados e contraídos. A bronquite
pode ser aguda ou crônica. A diferença consiste na duração e agravamento das crises, que
são mais curtas (uma ou duas semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não
desaparecem, pioram pela manhã e se manifestam por três meses ou mais durante pelo
menos dois anos consecutivos.

     Causas: A bronquite aguda é causada geralmente por vírus, embora, em alguns
casos, possa ser resultado de uma infecção bacteriana. As crises também podem ser
desencadeadas pelo contato com poluentes ambientais e químicos (poeira, inseticidas,
tintas, ácaros, etc.). O cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença.

     A bronquite crônica aumenta o risco de outras infecções respiratórias,
particularmente o da pneumonia. A doença pode instalar-se como extensão da bronquite


                                                                                          14
aguda, mas a principal causa da doença é a fumaça do cigarro. Por ser uma enfermidade
rara entre os não fumantes, é conhecida também por “tosse dos fumantes”.

      Sintomas: Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da
bronquite. Na bronquite aguda, ela pode ser seca ou produtiva. Na crônica, é sempre
produtiva e a expectoração clara no início, pode tornar-se amarelada e espessa com a
evolução da enfermidade. Falta de ar e chiado são outros sintomas da bronquite crônica.

      Diagnóstico: O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, o histórico do
paciente e o exame clínico. Em algumas situações, a Prova de Função Pulmonar, ou
Espirometria, ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial.

      Tratamento: A bronquite aguda é uma doença autolimitada, que dura no máximo
dez, quinze dias. Não existe tratamento específico para combater os episódios provocados
por vírus. Boa hidratação uso de vaporizadores, de analgésicos, de descongestionantes e
evitar a exposição aos fatores de risco são recursos úteis para aliviar os sintomas e prevenir
as crises. A medida mais importante no tratamento da bronquite crônica é parar de fumar.
Também é importante não permanecer em ambientes em que haja pessoas fumando.
Medicamentos bronco dilatadores, antibióticos, mucolíticos e anti-inflamatórios só devem
ser utilizados sob orientação médica depois de uma avaliação criteriosa. Portadores da
bronquite crônica devem ser vacinados contra a gripe e contra a pneumonia.

      Recomendações:

             Reúna todas as forças e tente parar de fumar. Se não conseguir, tente fumar
             menos e evite locais onde haja pessoas fumando;
             Beba bastante água, pois ela ajuda a diluir as secreções brônquicas e facilita a
             expectoração;
             Lave as mãos com freqüência;
             Utilize máscara ou outro equipamento protetor, se você está sujeito à inalação
             de elementos irritantes;
             Evite contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças
             transmissíveis por via respiratória;
             Não iniba a tosse produtiva;


                                                                                           15
Evite permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado ou em
               locais com ar seco demais.


          Rinite:



     O nariz é um dos componentes das vias respiratórias. Na verdade, é o primeiro local
por onde o ar passa até alcançar os pulmões. Dentre outras atribuições, ele é responsável
pela limpeza, umidificação e aquecimento do ar inspirado.

     Para exercer essa função corretamente, o nariz possui um complexo mecanismo de
defesa. Por isso, ao entrar em contato com alguma substância tóxica, desencadeia uma
resposta para impedir que essa substância alcance os pulmões. O surgimento da obstrução
nasal provoca o bloqueio da passagem do agente agressor e, através dos espirros e coriza, a
remoção dessa substância. Essa reação é normal e todas as pessoas, ao entrarem em contato
com algumas substâncias tóxicas, apresentam tais sintomas. Por isso, quando fica gripada,
a pessoa apresenta obstrução nasal, espirros e coriza, pois seu organismo está tentando
protegê-la, impedindo que os vírus alcancem seus pulmões através do ar.

     Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo. Ao contrário,
indica uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser
humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é hiperreativa a determinadas substâncias que numa
pessoa normal não despertam nenhuma resposta.

     O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas, interpreta
que determinada substância é tóxica, e que precisa proteger o organismo contra sua
entrada. Por essa razão, algumas pessoas convivem normalmente com fatores que causam a
alergia, como a poeira de casa, sem ter sintomas, ao passo que outras pessoas, ao entrarem
em contato com essa mesma poeira, podem ter rinite e asma.

     O paciente alérgico não nasce hiperreativo (com alergia), mas sim com a capacidade
de sensibilizar-se a determinado fator. Tornar-se sensível significa passar a ter uma
resposta de defesa a uma substância que antes era tolerada. Isso significa que podemos
conviver com determinada substância por muitos anos, e vir a desenvolver sintomas apenas
tardiamente.
                                                                                        16
Essa característica é herdada dos pais. Quando um homem e uma mulher alérgicos
tem um filho, a probabilidade dessa criança ser alérgica é de cerca de 50%. No entanto,
mesmo que nenhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode ter
manifestações alérgicas, como rinite, conjuntivite, asma e alguns tipos de alergia de pele.
A forma mais comum, porém, é a rinite. Cerca de 10% a 25% das pessoas sofrem de rinite
alérgica.

      Sintomas: Os sintomas que os pacientes portadores de rinite alérgica apresentam
são obstrução nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais
20 vezes seguidas) e coceira no nariz. Essa coceira pode ser na garganta ou nos olhos.
Todos os doentes apresentam tais sintomas minutos após o contato com o alérgeno, e cerca
de metade deles terão novamente sintomas cerca de 4 a 6 horas depois.

      Causas: Poeira, pólen e alguns alimentos são substâncias que podem causar alergia.
Aqui no Brasil a poeira domiciliar é o fator de risco mais importante. Ela é constituída por
descamação da pele humana e de animais, por restos de pelos de cães e gatos, restos de
barata e outros insetos, fungos, bactérias e por ácaros, organismos microscópicos da
família dos aracnídeos.

      Existem vários tipos de ácaros. Entre todos, o que mais frequentemente está
relacionado com a alergia é o Dermatophagoides ssp., nome que significa “aquele que se
alimenta de pele”, visto que uma de suas fontes de alimentos é a descamação da pele.

      No colchão de nossas camas e nos móveis estofados de nossas casas, podem
acumular-se muitos fragmentos de descamação de pele. Exatamente por essa razão, nesses
locais, é grande a quantidade de ácaros, aracnídeos que vivem nas camadas profundas dos
tecidos, abraçados as fibras. Ácaros não são capazes de viver sobre uma superfície lisa, por
exemplo, em paredes.

      Em São Paulo e outras regiões do Brasil, onde não há clara definição das quatro
estações do ano, a forma de rinite alérgica que predomina é causada por ácaros, e as
pessoas alérgicas, em geral, apresentam sintomas durante o ano inteiro. Já em outras
regiões (como no sul do País), na primavera, quando ocorre a polinização das flores, é
comum surgir um tipo de rinite alérgica chamada, nos países do hemisfério norte, de febre
do feno.
                                                                                         17
Apesar do nome, os pacientes não apresentam febre e tampouco o feno é responsável
pelos sintomas. Na verdade, são os fungos que proliferam nos maços de feno as
substâncias que desencadeiam os sintomas.

      Tratamento: O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto
por três pontos fundamentais:

      a) Higiene ambiental;

      b) Tratamento medicamentoso;

      c) Vacinas antialérgicas.

      a) Higiene ambiental

      A forma mais simples de tratar alergia é evitar o contato com a substância que
desencadeia os sintomas. Por exemplo, se o paciente apresenta obstrução nasal, coriza e
espirros quando ingere determinado alimento, o mais fácil a fazer é deixar de comê-lo.

      O problema é que não é tão fácil evitar o contato com o ácaro, a principal causa de
rinite alérgica. No entanto, algumas medidas simples podem ser adotadas para diminuir a
proliferação desses insetos.

      A casa e principalmente o quarto onde o doente dorme devem ser limpos com
bastante freqüência. Infelizmente, vassoura e espanador de pó apenas espalham o pó pelo
ambiente. Os aspiradores são capazes de reter alguma sujeira, porém normalmente seu
filtro não é desenvolvido para limpar o ar por completo. Infelizmente, muitas vezes, o que
ele faz é uma pulverização da poeira no ambiente. Aspiradores com filtros especiais e de
alta eficiência existem, mas têm custo elevado.

      O ideal é que não existam carpetes, cortinas, tapetes, bichos de pelúcia, almofadas,
móveis e outros e utensílios que possam acumular poeira nos ambientes em que os
portadores de rinite vivem. Nesse caso, o uso de pano úmido na limpeza é uma forma
bastante eficaz para remover a poeira.




                                                                                         18
Deve-se também evitar o uso e contato com travesseiros e almofadas de penas. A
utilização de capas protegendo os colchões e travesseiros, assim como de substâncias para
eliminar os ácaros do ambiente apresentam eficácia quando aplicados corretamente.

      Outro ponto importante a considerar é a existência de boa ventilação na casa e no
quarto. Em ambientes ensolarados, é mais difícil o bolor (fungo) se desenvolver.

      Outra medida fundamental é evitar o contato com substâncias capazes de irritar o
nariz. Perfumes, produtos de limpeza, produtos para deixar os ambientes com odor
agradável, fumaça de cigarro, tintas, inseticidas e poluição, são alguns exemplos de
substâncias capazes de irritar o nariz, e desencadear sintomas. Outros fatores inespecíficos
como as mudanças bruscas de temperatura, frio e umidade do ar são igualmente
prejudiciais aos doentes com rinite alérgica.

      b) Tratamento medicamentoso

      O critério médico, se essas medidas não forem suficientes para controlar os sintomas
do paciente, poderemos recorrer à indicação de medicamentos.

      Existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona
preventivamente e outro apenas alivia os sintomas.Do ponto de vista farmacológico,
dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e
corticosteróides.

      Cada uma dessas drogas atua de forma diferente, e nenhuma é isenta de efeitos
colaterais que, algumas vezes, podem ser graves. Por isso, o ideal, é não realizar
automedicação e procurar seu médico.

      c) Vacinas antialérgicas

      Quando o tratamento feito nestas condições (higiene ambiental e medicamentos)
falha, pode-se associar o uso de vacinas antialérgicas. Esse tratamento é longo, porém,
quando feito corretamente, diminuí a sensibilidade do doente àquela substância ao qual era
alérgico. Muitas vezes, chegamos ao ponto em que não há mais necessidade do uso de
medicamentos.


                                                                                         19
Alérgicos: A rinite alérgica pode causar outros problemas, como otites (inflamação
dos ouvidos), sinusites (inflamação de cavidades existentes na face) e roncos (pelo
entupimento do nariz) que interferem na qualidade de sono do paciente. No entanto, ele só
vai apresentar esses sintomas, quando estiver em contato com as substâncias aos quais é
alérgico. Essas substâncias recebem o nome de alérgicos. Quanto maior o contato, mais
intensos tendem a ser os sintomas.

      Normalmente o paciente com rinite alérgica, só apresenta os sintomas quando entra
em contato com o alérgico. Em geral, eles são proporcionais à quantidade de alérgico a que
foram expostos. Na época do inverno, costumam sofrer mais, pois acabam usando s
cobertores e roupas que ficaram guardados por muito tempo e podem estar cheios de
ácaros e fungos.

      Além disso, esses doentes são mais susceptíveis a resfriados. Na verdade, o resfriado
é uma inflamação do nariz, que compromete os mecanismos de proteção nasal, o que
facilita a entrada dos alérgicos.

      Para diminuir a ocorrência das doenças respiratórias, há uma série de medidas que
podem ser tomadas. Ter uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas,
beber muito líquido e evitar o tabagismo são essenciais na prevenção. A qualidade do ar
nos ambientes, tanto em casa como no trabalho é ainda mais importante. Os ambientes mal
arejados aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo o aparecimento das
infecções.




                   Indivíduos mais vulneráveis a essas doenças


      As pessoas mais vulneráveis aos impactos causados pela poluição atmosférica são os
pneumopatas, cardiopatas, crianças e idosos. São também as que mais sofrem nos dias em
que o nível de poluição no ar aumenta.


                                                                                        20
Os pacientes pneumopatas são portadores de doenças relacionadas ao pulmão; São
pessoas que possuem algum tipo de doença respiratória, tendo um aumento progressivo na
dificuldade de realizar atividades simples do dia-a-dia. As pneumopatias podem ser:
Parasitárias, quando causadas por um parasita; Fúngicas, causadas por fungos; Veno-
Oclusiva, obstrução de pequenas e médias artérias do pulmão por proliferação fibrosa ou
trombose; Hipertensão Pulmonar, aumento da resistência vascular na circulação pulmonar,
geralmente ocasionada por doenças cardíacas ou pulmonares; Intersticiais Difusas, é o
acometimento difuso e bilateral dos septos alveolares (parênquima), que ficam
inicialmente inflamados e posteriormente fibrosados;       Ocupacionais, causadas em
decorrência das condições de trabalho e Crônicas, que pode ser em decorrência da anemia,
imunodeficiência, patologia perinatal, aleitamento artificial, sarampo, coqueluche e
tuberculose.
               Além desse grupo dos mais vulneráveis, vale ressaltar que existe um
   conjunto de fatores que são cruciais ao se discutir a vulnerabilidade às doenças
   causadas pela poluição atmosférica, dentre elas enfatiza-se as pessoas que mais tem
   contato com a poluição em si:


       Pessoas que direta ou indiretamente têm contato com a fumaça de cigarros;
       Não-fumantes expostos à ambientes de trabalho enfumaçados, que expiram em
       média 8 horas por dia a fumaça;
       Pessoas que utilizam pesticidas e solventes empregados para limpeza;
       Agricultores que muito utilizam agrotóxicos;
       Donas de casa e outras pessoas que expiram fumaça produzida pela combustão de
       biomassa (lenha, folhas, esterco, etc);
       Moradores de áreas mais poluídas e industriais;
       Moradores de locais onde a inversão térmica ocorre com maior freqüência;
       Pessoas que diariamente enfrentam o congestionamento do trânsit


               Formas de evitar as doenças causadas pelo ar



     Para diminuir a ocorrência das doenças respiratórias, há uma série de medidas que
podem ser tomadas. Ter uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas,

                                                                                     21
beber muito líquido e evitar o tabagismo são essenciais na prevenção. A qualidade do ar
nos ambientes, tanto em casa como no trabalho é ainda mais importante. Os ambientes mal
arejados aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo o aparecimento das
infecções.


     Uma das formas de evitar as doenças causadas pelo ar é tomando determinadas
atitudes para reduzir os problemas de poluição no ar. A educação é uma maneira de
contribuição com meio ambiente, uma vez que as pessoas se conscientizem da seriedade do
problema, espera-se que haja uma mudança no comportamento das mesmas. No portal São
Francisco, cita alguns exemplos de ações para contribuir com a higiene a do ar, como
exemplo, dirigir mais devagar, reduz quantidade de óxido de nitrogênio produzida pelos
motores, assim em alguns países, os limites de velocidade poderiam ser reduzidos. Outra
medida para contribuir com a higiene do ar é a utilização do transporte coletivo, em vez de
se deslocarem em seus próprios carros.


       Para a prevenção de doneças causas pela poluição do ar, como, manter boas
condições ambientais e garantir uma boa ventilação em todos os lugares; Caso tenha um
sistema de ar condicionado, deverá permanecer com entrada máxima de ar fresco, bem
como mante-lo sempre limpo, trocando periódicamente as redes de filtros, além de fazer
uma manutenção periódica. O ideal é eliminação de carpetes, bichos de pelúcias, móveis,
cortinas, tapetes e outros e utensílios que acumule poeira nos ambientes dentro de casa.
Não fumar, beber 2 a 3 litros de água por dia, para facilitar a eliminação de secreções,
evitar contato com animais domésticos, fuligem, fumaça, objetos mofados. Outro ponto
significante a considerar é uma boa ventilação na casa e nos cômodos, considerando que
ambientes ensolarados, esta medida dificulta o desenvolvimento de fungos. Indica-se o uso
de pano úmido na limpeza, que uma forma bastante eficaz para remover a poeira.




              Políticas públicas aliadas na prevenção de doenças
                                      causadas pelo ar




                                                                                        22
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, em 31 de agosto de 1981
criou uma lei, onde nela considera acelerado o crescimento urbano e industrial brasileiro e
da frota de veículos automotores; conseqüentemente há também aumento da poluição
atmosférica principalmente nas regiões metropolitanas, e tem seus impactos negativos
sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. Essa lei reconhece a necessidade de se
constituir estratégias a preservação e recuperação da qualidade do ar, são válidas para todo
o território nacional, conforme que fundou a Política Nacional do Meio Ambiente. Assim
foram designadas estratégias que estipulam limites máximos de emissão a quantidade de
poluentes permissível de ser lançada por fontes poluidoras para a atmosfera que será
diferenciada em função da classificação de usos pretendidos para as diversas áreas e serão
mais rígidos para as fontes novas de poluição.

       Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (2007) a política Livre de
Tabaco a exposição ao fumo de tabaco diminui, logo a saúde das pessoas melhora.

     Também são eficazes em termos de preços, especialmente quando comparadas com
“alternativas” indevidas são solicitadas pela indústria do tabaco, geralmente através de
terceiros. Estes fracassos fazem com que seja difícil sensibilizar a opinião pública e
elaborar políticas para a prevenção, diagnóstico e controle das doenças respiratórias
crônicas, bem como prever futuras doenças na população. Será necessário melhorar a
estandardização das definições de doença e métodos para monitorizar o impacto e
providenciar vigilância em longo prazo.


      Para controlar a qualidade do ar no País, foi criado, em 1989, o Programa Nacional
de Controle de Qualidade do Ar (Pronar), que, entre outros objetivos, estabelece metas
para a área. Com o passar dos anos, outros programas foram incorporados ao Pronar.


     O Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores (Proconve), que
atualiza os padrões para carros, ônibus e caminhões novos. Em 2012, o Proconve entrou
na fase para veículos pesados.


     Com relação às fontes fixas que provocam a poluição atmosférica, a Resolução
382/2006 do Conama, define os limites máximos de emissão de poluentes pelas indústrias
que iniciaram atividade a partir de 2007. Faltava uma resolução que atingisse também as

                                                                                         23
indústrias mais antigas. Em 2011, essa lacuna foi preenchida durante a 104ª Reunião
Ordinária do Conselho, que estabeleceu novos padrões de emissão para as unidades
industriais que entraram em operação antes de 2007. A meta é reduzir as emissões de
poluentes aos níveis adotados para as novas plantas.


     Assim como o Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Organização Mundial de
Saúde, dentre outras políticas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida, nota-
se que criar apenas leis para serem compridas, tornam-se apenas bons ideais, uma vez que
a fiscalização no Brasil não acontece exatamente como deveria.




                                      Conclusão



       Contudo, este estudo tem como finalidade, ressaltar sobre os problemas causados
pelo aumento da poluição do ar, sendo estes prejudiciais tanto para o meio ambiente tanto
para os habitantes dos grandes centros urbanos, já que o grande processo de urbanização e

                                                                                      24
a industrialização têm contribuído para com a concentração de poluentes em suspensão na
atmosfera.

       Para tanto existe medidas que podem amenizar os efeitos da poluição do ar, sendo
esses a arborização das áreas mais movimentadas nas cidades, criação de corredores de
ventilação, criação de leis que regulamentem a emissão de poluentes veiculares e o
principal a educação ambiental, pois este tem a principal função de conscientizar à
preservação do meio ambiente e sua preservação, amenizando dessa a forma os efeitos da
poluição do meio ambiente e conseqüentemente as doenças causadas pela poluição.




                          Referências Bibliográficas



        Poluição. http://www.brasil.gov.br/sobre/meioambiente/climas/poluicao/print
        http://drauziovarella.com.br/wiki-saude


                                                                                      25
26

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Doenças causadas pela poluição do ar

  • 1. Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Nutrição e Saúde Disciplina: Higiene e Saúde (NUT 350) Doenças causadas por poluição do ar Trabalho apresentado ao Professor Renato Silva como parte das exigências da Disciplina-NUT - 350 Higiene e Saúde. Janaína S. Castro Pereira -67147 Kamilla Dias de Oliveira - 67151 Viçosa - MG Março/2013
  • 3. Introdução A poluição atmosférica é reconhecidamente um fator de risco para a saúde. Nas cidades industriais, a emissão na atmosfera de gases tóxicos e partículas pelas indústrias somam-se à poluição provocada pela circulação de veículos, gerando muitas vezes situações críticas para a saúde da população. As fontes de poluição estão no nosso cotidiano: escapamentos de carros e veículos de transporte, chaminés das indústrias, queimadas, poeiras vindas das estradas e da erosão causada pelo vento. O transporte ou diluição dessas fontes vai depender do movimento da atmosfera, o que é dado pelos ventos, ou pela estabilidade, ou pela variação da temperatura. Nos dias de hoje, quase todas as grandes cidades mundiais sofrem com os efeitos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na relação das mais poluídas do mundo. A poluição gerada nos centros urbanos de hoje são resultado, principalmente, da queima dos combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e diesel). A queima destes produtos tem lançado um alto nível de monóxido e dióxido de carbono na atmosfera terrestre. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que, alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Portanto, colocá-los de lado atualmente é extremamente complicado. O ar atualmente, principalmente dos centros urbanos, se apresenta muito poluído. Esta poluição provoca sérios danos à saúde, causando doenças respiratórias e também doenças causadas por microorganismos presentes no ar poluído. Várias doenças respiratórias como a bronquite, rinite e asma levam milhares de adultos e crianças aos hospitais todos os anos. Sabe-se que a exposição à poluição do ar acelera o envelhecimento por aumentar as substâncias oxidantes no organismo. Mas não é só isso, o monóxido de carbono causa lentidão dos reflexos e sonolência. O dióxido de nitrogênio pode agravar a asma e reduzir as funções do pulmão. O ozônio também causa inflamação nos pulmões, diminuindo a sua capacidade enquanto as partículas menores podem se alojar nos alvéolos pulmonares e provocar enfermidades respiratórias e cardiovasculares. Além disso, a poeira pode criar alergias, irritação da vista e da garganta. A poluição também tem causado danos aos ecossistemas e ao patrimônio histórico e cultural. 3
  • 4. Diante das notícias negativas, o homem tem procurado encontrar medidas para solucionar estes problemas ambientais. Os sistemas tecnológicos estão avançando no sentido de criar máquinas e combustíveis cada vez menos poluentes ou que não gerem nenhuma poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. 4
  • 5. Objetivos Objetivo geral: Apresentar de forma clara e objetiva os principais poluentes do ar e os seus efeitos nocivos à saúde, bem como as doenças que acometem o ser humano em decorrência deste tipo de poluição. Verificando quais medidas estão sendo tomadas para solucionar ou amenizar este problema. Objetivos específicos: Identificar as ações preventivas e o tratamento adequado para cada doença; Analisar quais são as doenças causadas e os seus agentes causadores; Identificar quem são os indivíduos mais vulneráveis a essas doenças; Verificar onde há maior incidência dessas doenças; Analisar quais são as formas para evitar estas doenças. 5
  • 7. Metodologia O trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico, através de artigos científicos, livros e buscas na internet. O trabalho se baseia em levantamentos bibliográficos, onde serão utilizadas referências dos autores JOINER (2005), LEAL (2006), MENDENGO FILHO (s/d), dentre outros que abordam a temática em questão, bem como a utilização do Guia Epidemiológico as doenças parasitárias de maior interesse para saúde pública causadas por protozoários, helmintos e artrópodes, elaborado pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. E de acordo com este guia serão selecionadas doenças bacterianas, viróticas e parasitárias. A partir de tais escolhas o procedimento será a caracterização das doenças elencadas, como elas são transmitidas e a medida de controle das mesmas. 7
  • 8. Fontes de poluição do ar As fontes que provocam a poluição do ar são divididas em três principais: as fixas, que são as indústrias e os aterros; móveis, que têm origem em meios de transporte em geral; e as agrossilvipastoris, como a agricultura, queimadas e o desmatamento. A poluição é caracterizada pelas alterações na composição e nas propriedades do ar, tornando-o nocivo, impróprio ou ainda inconveniente à saúde humana, à vida animal e também aos vegetais Durante muito tempo, a humanidade viveu num equilíbrio harmônico com a natureza, devido à baixa densidade demográfica e ao caráter empírico das atividades desenvolvidas. No entanto, com o aumento vertiginoso da população, especialmente nas últimas décadas, o que levou a uma ocupação desordenada da superfície da Terra, aliada à explosão econômica e ao grande avanço industrial e tecnológico, ocorreu um grande desequilíbrio na biosfera. O ar é um dos elementos do ecossistema que tem sofrido grandes ataques de poluentes oriundos das atividades do homem, principalmente nas aglomerações urbanas. Assim, enormes conflitos contra a natureza têm se verificado ao longo dos últimos anos, atingindo fortemente o ar que respiramos. Atualmente, a poluição do ar é talvez o problema mais preocupante que deve ser resolvido ou, ao menos, amenizado com urgência, para que se possa continuar com uma razoável qualidade de vida na Terra. A poluição do ar pode ser de várias origens. Assim, tem-se a poluição tóxica causada por gases que apresentam toxicidade, como o dióxido de enxofre (SO2), oriundo principalmente dos vulcões; o óxido de nitrogênio (NO), resultante da queima de combustíveis energéticos a altas temperaturas; o monóxido de carbono (CO), oriundo dos veículos automotores, e outros gases em menor escala, mas igualmente tóxicos. Também as emissões de partículas liberadas pelas queimas de qualquer natureza contribuem para a alteração da composição do ar, entre as quais se destacam as poeiras, a fumaça e o vapor d'água, emitidos pelas chaminés, e as fuligens, resultantes da deficiente combustão da lenha, carvão ou do gás, que são eliminados pelos complexos industriais. Várias são as fontes de poluição do ar. Entre elas, destacam-se: 8
  • 9. - os grandes empreendimentos industriais que, embora aplicando eficientes medidas preventivas, ainda causam intensa poluição da atmosfera. Nesse aspecto, é importante observar que os complexos industriais normalmente têm localização pontual, o que permite um controle adequado; - as residências e as pequenas indústrias que usam lenha ou carvão para suas atividades, ao emitirem fumaça, poeiras e óxido de enxofre; - a circulação de milhares de veículos automotores nas cidades de todos as países do mundo, liberando grandes volumes de monóxido de carbono, chumbo, partículas sólidas, óxido de nitrogênio e outros; - a prática permanente de queimadas de florestas e campos, resíduos agrícolas e os incêndios, em geral, além de contribuírem para a diminuição da fertilidade do solo, causam grande poluição do ar; - a utilização de clorofluorcarbono através de sprays, refrigeradores e aparelhos de ar condicionado ajuda fortemente na poluição, atingindo principalmente a camada de ozônio da atmosfera. Camada de Ozônio x Poluição A camada de ozônio é uma “capa” desse gás (ATMOSFERA) que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a serem utilizados produtos que emitem Clorofluorcarbonos (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos a Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer. A origem dos atuais problemas ambientais está no estilo de vida das nações industrializadas. O aumento da industrialização no hemisfério norte trouxe riquezas materiais às custas do meio ambiente. A mineração a céu aberto deixou cicatrizes na área rural, cidades e fábricas se espalharam, liberando substâncias químicas nocivas no ar. 9
  • 10. Os carros estão se multiplicando, acrescentando poluentes à atmosfera. O uso generalizado de artigos descartáveis que são “energeticamente ineficientes” é um desperdício de recursos escassos, as pilhas usadas em rádios precisam de 50 vezes mais energia para serem fabricadas, do que àquela que produzem. Se o Terceiro Mundo seguir essas práticas ao se desenvolver, poderá levar a terra a um holocausto ecológico. Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie. A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no “efeito estufa“, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. Efeitos da poluição do ar na saúde humana Sabe-se que a exposição à poluição do ar acelera o envelhecimento por aumentar as substâncias oxidantes no organismo. Mas não é só isso. O monóxido de carbono causa 10
  • 11. lentidão dos reflexos e sonolência. O dióxido de nitrogênio pode agravar a asma e reduzir as funções do pulmão. O ozônio também causa inflamação nos pulmões, diminuindo a sua capacidade enquanto os particulados menores (com menos de 1/2.400 de uma polegada) podem se alojar nos alvéolos pulmonares e provocar enfermidades respiratórias e cardiovasculares. Além disso, a poeira pode criar alergias, irritação da vista e da garganta. A inalação de poluentes do ar (partículas e gases) causa uma resposta inflamatória no aparelho respiratório induzida pela ação de substâncias tóxicas oxidantes. Essa inflamação, além dos pulmões, compromete outros órgãos vitais, como o coração. Crianças e idosos são mais vulneráveis às agressões resultantes da exposição aos poluentes do ar. Os estudos têm demonstrado que o aumento nos níveis desses poluentes está associado ao aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares, e mortes, mesmo quando os níveis de poluição não ultrapassam os padrões de qualidade do ar. Portanto, hoje sabemos que não existe nível de poluição do ar seguro. Qualquer exposição faz mal à saúde, porém, suas conseqüências irão depender de vários fatores, principalmente do tempo e de sua intensidade, do tipo de poluente e das características dos indivíduos expostos. Os efeitos da poluição do ar na saúde humana podem ser agudos, logo após a exposição, ou de longo prazo. Os principais são: • mal-estar geral, dor de cabeça, irritação nos olhos e na garganta; • aumento das infecções respiratórias – resfriado, gripe, amigdalite, faringite, otite, sinusite, pneumonia e tuberculose; • aumento das alergias respiratórias – rinite, faringite, otite, asma e bronquite; • diminuição da capacidade pulmonar, especialmente em crianças; • piora nos portadores de doenças respiratórias crônicas – rinite, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica; • piora das doenças cardíacas – hipertensão arterial, arritmia, angina, infarto do miocárdio; • aumento da incidência de câncer de pulmão; • aumento das consultas médicas e internações hospitalares por doenças respiratórias; • aumento das mortes por problemas respiratórios e cardiovasculares. É fundamental a importância do cidadão na tomada de atitudes para evitar a poluição, como exemplo: privilegiar o transporte público, de bicicleta ou a pé, sempre que possível; repensar e diminuir o consumo, uma vez que, para a fabricação da maioria dos 11
  • 12. produtos industrializados, emitem-se poluentes no ar. É fundamental entendermos a relação entre o consumo e a poluição do ar, pois o consumismo, que é o dispêndio exagerado dos bens, sobretudo de coisas supérfluas ou desnecessárias, tem elevado a geração de lixo, o que ocasiona aumento da poluição do ambiente. Um dos tipos de poluição é a do ar, dada pela liberação de gases da degradação dos resíduos, pela queima de lixo, entre outros. Em caso de dúvida, aparecimento ou piora dos sintomas respiratórios e cardiovasculares, um médico deve ser procurado procure o mais rápido possível. Doenças causadas por poluição do ar que afetam o ser humano Ao nível da saúde humana a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas tais como a asma, bronquite crônica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, doenças do coração e cancro do pulmão. A poluição do ar se dá de duas formas principais: 1. Por gases poluentes, como o monóxido de carbono (CO), o dióxido de enxofre e o ozônio, são as doenças de pele, causada pela chuva ácida, a intoxicação pelo CO, que causa tonturas, desmaios e até a morte, se a pessoa não for tirada a tempo do ambiente contaminado. 2. Emissão de material particulado (principalmente pequenas partículas de carvão), que constituem a fumaça. São principalmente afecções do sistema respiratório, como o agravamento da asma, as rinites, bronquites e tosses. Algumas Doenças e seu respectivo tratamento:  Asma: É o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou bronco espasmos. As crises comprometem a 12
  • 13. respiração, tornando-a difícil. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. A asma acomete pessoas de qualquer idade. A maioria dos casos, todavia, é diagnosticada na infância e é comum manifestar-se em pessoas de uma mesma família. Sintomas: Os sintomas mais freqüentes são falta de ar, tosse seca, chiado e opressão no peito. Gripes e resfriados costumam agravá-los. Recomendações: Não fume. Numa família de asmáticos ninguém deve fumar. Evite o contato com fumaça e com fumantes; Todos os membros de uma família de asmáticos precisam ser orientados a respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes; Identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias para que não se tornem graves; Submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma substância específica; Evite apanhar resfriados e gripes; Fumaças, gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza ou de higiene pessoal e perfumes podem ser prejudiciais aos asmáticos. Fuja deles; Evite mudanças abruptas de temperatura; Exercite-se moderadamente todos os dias. Não cometa excessos. A asma não deve limitar a vida ou a atividade física de ninguém. Caminhar, nadar e pedalar são atividades muito saudáveis; Tome muito líquido. Recomenda-se ingerir de cinco a oito copos por dia. Isso ajuda a diluir a secreção brônquica e facilita a expectoração; Pratique exercícios respiratórios. Ioga pode ser uma boa sugestão;* Não tome medicamentos indutores do sono, que usualmente tornam a respiração mais lenta; 13
  • 14. Se café, chá ou outro produto qualquer mantêm você desperto, não os tome no fim da tarde ou à noite; Se tosse ou outros sintomas não o deixam dormir, eleve a cabeceira da cama com calços ou utilize travesseiros extras; Use broncodiltadores ou outros medicamentos prescritos por seu médico. Evite a chamada medicação caseira. Inaladores orais podem ser muito eficientes; Combata a azia, que predispõe as pessoas a crises de asma; Evite o pânico nos momentos de crise; Observe corretamente as orientações do seu médico. Mantenha-o informado sobre todo tratamento caseiro que eventualmente você adote; A asma não controlada pode causar sérias complicações. Consulte o médico na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração difícil, falta de ar e dor no peito.  Bronquite crônica ou alérgica: É uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar inalado até os alvéolos pulmonares. Ela se instala quando os minúsculos cílios que revestem o interior dos brônquios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de secreção faz com que eles fiquem permanentemente inflamados e contraídos. A bronquite pode ser aguda ou crônica. A diferença consiste na duração e agravamento das crises, que são mais curtas (uma ou duas semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não desaparecem, pioram pela manhã e se manifestam por três meses ou mais durante pelo menos dois anos consecutivos. Causas: A bronquite aguda é causada geralmente por vírus, embora, em alguns casos, possa ser resultado de uma infecção bacteriana. As crises também podem ser desencadeadas pelo contato com poluentes ambientais e químicos (poeira, inseticidas, tintas, ácaros, etc.). O cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença. A bronquite crônica aumenta o risco de outras infecções respiratórias, particularmente o da pneumonia. A doença pode instalar-se como extensão da bronquite 14
  • 15. aguda, mas a principal causa da doença é a fumaça do cigarro. Por ser uma enfermidade rara entre os não fumantes, é conhecida também por “tosse dos fumantes”. Sintomas: Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da bronquite. Na bronquite aguda, ela pode ser seca ou produtiva. Na crônica, é sempre produtiva e a expectoração clara no início, pode tornar-se amarelada e espessa com a evolução da enfermidade. Falta de ar e chiado são outros sintomas da bronquite crônica. Diagnóstico: O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, o histórico do paciente e o exame clínico. Em algumas situações, a Prova de Função Pulmonar, ou Espirometria, ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial. Tratamento: A bronquite aguda é uma doença autolimitada, que dura no máximo dez, quinze dias. Não existe tratamento específico para combater os episódios provocados por vírus. Boa hidratação uso de vaporizadores, de analgésicos, de descongestionantes e evitar a exposição aos fatores de risco são recursos úteis para aliviar os sintomas e prevenir as crises. A medida mais importante no tratamento da bronquite crônica é parar de fumar. Também é importante não permanecer em ambientes em que haja pessoas fumando. Medicamentos bronco dilatadores, antibióticos, mucolíticos e anti-inflamatórios só devem ser utilizados sob orientação médica depois de uma avaliação criteriosa. Portadores da bronquite crônica devem ser vacinados contra a gripe e contra a pneumonia. Recomendações: Reúna todas as forças e tente parar de fumar. Se não conseguir, tente fumar menos e evite locais onde haja pessoas fumando; Beba bastante água, pois ela ajuda a diluir as secreções brônquicas e facilita a expectoração; Lave as mãos com freqüência; Utilize máscara ou outro equipamento protetor, se você está sujeito à inalação de elementos irritantes; Evite contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças transmissíveis por via respiratória; Não iniba a tosse produtiva; 15
  • 16. Evite permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado ou em locais com ar seco demais.  Rinite: O nariz é um dos componentes das vias respiratórias. Na verdade, é o primeiro local por onde o ar passa até alcançar os pulmões. Dentre outras atribuições, ele é responsável pela limpeza, umidificação e aquecimento do ar inspirado. Para exercer essa função corretamente, o nariz possui um complexo mecanismo de defesa. Por isso, ao entrar em contato com alguma substância tóxica, desencadeia uma resposta para impedir que essa substância alcance os pulmões. O surgimento da obstrução nasal provoca o bloqueio da passagem do agente agressor e, através dos espirros e coriza, a remoção dessa substância. Essa reação é normal e todas as pessoas, ao entrarem em contato com algumas substâncias tóxicas, apresentam tais sintomas. Por isso, quando fica gripada, a pessoa apresenta obstrução nasal, espirros e coriza, pois seu organismo está tentando protegê-la, impedindo que os vírus alcancem seus pulmões através do ar. Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo. Ao contrário, indica uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é hiperreativa a determinadas substâncias que numa pessoa normal não despertam nenhuma resposta. O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas, interpreta que determinada substância é tóxica, e que precisa proteger o organismo contra sua entrada. Por essa razão, algumas pessoas convivem normalmente com fatores que causam a alergia, como a poeira de casa, sem ter sintomas, ao passo que outras pessoas, ao entrarem em contato com essa mesma poeira, podem ter rinite e asma. O paciente alérgico não nasce hiperreativo (com alergia), mas sim com a capacidade de sensibilizar-se a determinado fator. Tornar-se sensível significa passar a ter uma resposta de defesa a uma substância que antes era tolerada. Isso significa que podemos conviver com determinada substância por muitos anos, e vir a desenvolver sintomas apenas tardiamente. 16
  • 17. Essa característica é herdada dos pais. Quando um homem e uma mulher alérgicos tem um filho, a probabilidade dessa criança ser alérgica é de cerca de 50%. No entanto, mesmo que nenhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode ter manifestações alérgicas, como rinite, conjuntivite, asma e alguns tipos de alergia de pele. A forma mais comum, porém, é a rinite. Cerca de 10% a 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica. Sintomas: Os sintomas que os pacientes portadores de rinite alérgica apresentam são obstrução nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais 20 vezes seguidas) e coceira no nariz. Essa coceira pode ser na garganta ou nos olhos. Todos os doentes apresentam tais sintomas minutos após o contato com o alérgeno, e cerca de metade deles terão novamente sintomas cerca de 4 a 6 horas depois. Causas: Poeira, pólen e alguns alimentos são substâncias que podem causar alergia. Aqui no Brasil a poeira domiciliar é o fator de risco mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, por restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e por ácaros, organismos microscópicos da família dos aracnídeos. Existem vários tipos de ácaros. Entre todos, o que mais frequentemente está relacionado com a alergia é o Dermatophagoides ssp., nome que significa “aquele que se alimenta de pele”, visto que uma de suas fontes de alimentos é a descamação da pele. No colchão de nossas camas e nos móveis estofados de nossas casas, podem acumular-se muitos fragmentos de descamação de pele. Exatamente por essa razão, nesses locais, é grande a quantidade de ácaros, aracnídeos que vivem nas camadas profundas dos tecidos, abraçados as fibras. Ácaros não são capazes de viver sobre uma superfície lisa, por exemplo, em paredes. Em São Paulo e outras regiões do Brasil, onde não há clara definição das quatro estações do ano, a forma de rinite alérgica que predomina é causada por ácaros, e as pessoas alérgicas, em geral, apresentam sintomas durante o ano inteiro. Já em outras regiões (como no sul do País), na primavera, quando ocorre a polinização das flores, é comum surgir um tipo de rinite alérgica chamada, nos países do hemisfério norte, de febre do feno. 17
  • 18. Apesar do nome, os pacientes não apresentam febre e tampouco o feno é responsável pelos sintomas. Na verdade, são os fungos que proliferam nos maços de feno as substâncias que desencadeiam os sintomas. Tratamento: O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto por três pontos fundamentais: a) Higiene ambiental; b) Tratamento medicamentoso; c) Vacinas antialérgicas. a) Higiene ambiental A forma mais simples de tratar alergia é evitar o contato com a substância que desencadeia os sintomas. Por exemplo, se o paciente apresenta obstrução nasal, coriza e espirros quando ingere determinado alimento, o mais fácil a fazer é deixar de comê-lo. O problema é que não é tão fácil evitar o contato com o ácaro, a principal causa de rinite alérgica. No entanto, algumas medidas simples podem ser adotadas para diminuir a proliferação desses insetos. A casa e principalmente o quarto onde o doente dorme devem ser limpos com bastante freqüência. Infelizmente, vassoura e espanador de pó apenas espalham o pó pelo ambiente. Os aspiradores são capazes de reter alguma sujeira, porém normalmente seu filtro não é desenvolvido para limpar o ar por completo. Infelizmente, muitas vezes, o que ele faz é uma pulverização da poeira no ambiente. Aspiradores com filtros especiais e de alta eficiência existem, mas têm custo elevado. O ideal é que não existam carpetes, cortinas, tapetes, bichos de pelúcia, almofadas, móveis e outros e utensílios que possam acumular poeira nos ambientes em que os portadores de rinite vivem. Nesse caso, o uso de pano úmido na limpeza é uma forma bastante eficaz para remover a poeira. 18
  • 19. Deve-se também evitar o uso e contato com travesseiros e almofadas de penas. A utilização de capas protegendo os colchões e travesseiros, assim como de substâncias para eliminar os ácaros do ambiente apresentam eficácia quando aplicados corretamente. Outro ponto importante a considerar é a existência de boa ventilação na casa e no quarto. Em ambientes ensolarados, é mais difícil o bolor (fungo) se desenvolver. Outra medida fundamental é evitar o contato com substâncias capazes de irritar o nariz. Perfumes, produtos de limpeza, produtos para deixar os ambientes com odor agradável, fumaça de cigarro, tintas, inseticidas e poluição, são alguns exemplos de substâncias capazes de irritar o nariz, e desencadear sintomas. Outros fatores inespecíficos como as mudanças bruscas de temperatura, frio e umidade do ar são igualmente prejudiciais aos doentes com rinite alérgica. b) Tratamento medicamentoso O critério médico, se essas medidas não forem suficientes para controlar os sintomas do paciente, poderemos recorrer à indicação de medicamentos. Existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona preventivamente e outro apenas alivia os sintomas.Do ponto de vista farmacológico, dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e corticosteróides. Cada uma dessas drogas atua de forma diferente, e nenhuma é isenta de efeitos colaterais que, algumas vezes, podem ser graves. Por isso, o ideal, é não realizar automedicação e procurar seu médico. c) Vacinas antialérgicas Quando o tratamento feito nestas condições (higiene ambiental e medicamentos) falha, pode-se associar o uso de vacinas antialérgicas. Esse tratamento é longo, porém, quando feito corretamente, diminuí a sensibilidade do doente àquela substância ao qual era alérgico. Muitas vezes, chegamos ao ponto em que não há mais necessidade do uso de medicamentos. 19
  • 20. Alérgicos: A rinite alérgica pode causar outros problemas, como otites (inflamação dos ouvidos), sinusites (inflamação de cavidades existentes na face) e roncos (pelo entupimento do nariz) que interferem na qualidade de sono do paciente. No entanto, ele só vai apresentar esses sintomas, quando estiver em contato com as substâncias aos quais é alérgico. Essas substâncias recebem o nome de alérgicos. Quanto maior o contato, mais intensos tendem a ser os sintomas. Normalmente o paciente com rinite alérgica, só apresenta os sintomas quando entra em contato com o alérgico. Em geral, eles são proporcionais à quantidade de alérgico a que foram expostos. Na época do inverno, costumam sofrer mais, pois acabam usando s cobertores e roupas que ficaram guardados por muito tempo e podem estar cheios de ácaros e fungos. Além disso, esses doentes são mais susceptíveis a resfriados. Na verdade, o resfriado é uma inflamação do nariz, que compromete os mecanismos de proteção nasal, o que facilita a entrada dos alérgicos. Para diminuir a ocorrência das doenças respiratórias, há uma série de medidas que podem ser tomadas. Ter uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas, beber muito líquido e evitar o tabagismo são essenciais na prevenção. A qualidade do ar nos ambientes, tanto em casa como no trabalho é ainda mais importante. Os ambientes mal arejados aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo o aparecimento das infecções. Indivíduos mais vulneráveis a essas doenças As pessoas mais vulneráveis aos impactos causados pela poluição atmosférica são os pneumopatas, cardiopatas, crianças e idosos. São também as que mais sofrem nos dias em que o nível de poluição no ar aumenta. 20
  • 21. Os pacientes pneumopatas são portadores de doenças relacionadas ao pulmão; São pessoas que possuem algum tipo de doença respiratória, tendo um aumento progressivo na dificuldade de realizar atividades simples do dia-a-dia. As pneumopatias podem ser: Parasitárias, quando causadas por um parasita; Fúngicas, causadas por fungos; Veno- Oclusiva, obstrução de pequenas e médias artérias do pulmão por proliferação fibrosa ou trombose; Hipertensão Pulmonar, aumento da resistência vascular na circulação pulmonar, geralmente ocasionada por doenças cardíacas ou pulmonares; Intersticiais Difusas, é o acometimento difuso e bilateral dos septos alveolares (parênquima), que ficam inicialmente inflamados e posteriormente fibrosados; Ocupacionais, causadas em decorrência das condições de trabalho e Crônicas, que pode ser em decorrência da anemia, imunodeficiência, patologia perinatal, aleitamento artificial, sarampo, coqueluche e tuberculose. Além desse grupo dos mais vulneráveis, vale ressaltar que existe um conjunto de fatores que são cruciais ao se discutir a vulnerabilidade às doenças causadas pela poluição atmosférica, dentre elas enfatiza-se as pessoas que mais tem contato com a poluição em si: Pessoas que direta ou indiretamente têm contato com a fumaça de cigarros; Não-fumantes expostos à ambientes de trabalho enfumaçados, que expiram em média 8 horas por dia a fumaça; Pessoas que utilizam pesticidas e solventes empregados para limpeza; Agricultores que muito utilizam agrotóxicos; Donas de casa e outras pessoas que expiram fumaça produzida pela combustão de biomassa (lenha, folhas, esterco, etc); Moradores de áreas mais poluídas e industriais; Moradores de locais onde a inversão térmica ocorre com maior freqüência; Pessoas que diariamente enfrentam o congestionamento do trânsit Formas de evitar as doenças causadas pelo ar Para diminuir a ocorrência das doenças respiratórias, há uma série de medidas que podem ser tomadas. Ter uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas, 21
  • 22. beber muito líquido e evitar o tabagismo são essenciais na prevenção. A qualidade do ar nos ambientes, tanto em casa como no trabalho é ainda mais importante. Os ambientes mal arejados aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo o aparecimento das infecções. Uma das formas de evitar as doenças causadas pelo ar é tomando determinadas atitudes para reduzir os problemas de poluição no ar. A educação é uma maneira de contribuição com meio ambiente, uma vez que as pessoas se conscientizem da seriedade do problema, espera-se que haja uma mudança no comportamento das mesmas. No portal São Francisco, cita alguns exemplos de ações para contribuir com a higiene a do ar, como exemplo, dirigir mais devagar, reduz quantidade de óxido de nitrogênio produzida pelos motores, assim em alguns países, os limites de velocidade poderiam ser reduzidos. Outra medida para contribuir com a higiene do ar é a utilização do transporte coletivo, em vez de se deslocarem em seus próprios carros. Para a prevenção de doneças causas pela poluição do ar, como, manter boas condições ambientais e garantir uma boa ventilação em todos os lugares; Caso tenha um sistema de ar condicionado, deverá permanecer com entrada máxima de ar fresco, bem como mante-lo sempre limpo, trocando periódicamente as redes de filtros, além de fazer uma manutenção periódica. O ideal é eliminação de carpetes, bichos de pelúcias, móveis, cortinas, tapetes e outros e utensílios que acumule poeira nos ambientes dentro de casa. Não fumar, beber 2 a 3 litros de água por dia, para facilitar a eliminação de secreções, evitar contato com animais domésticos, fuligem, fumaça, objetos mofados. Outro ponto significante a considerar é uma boa ventilação na casa e nos cômodos, considerando que ambientes ensolarados, esta medida dificulta o desenvolvimento de fungos. Indica-se o uso de pano úmido na limpeza, que uma forma bastante eficaz para remover a poeira. Políticas públicas aliadas na prevenção de doenças causadas pelo ar 22
  • 23. O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, em 31 de agosto de 1981 criou uma lei, onde nela considera acelerado o crescimento urbano e industrial brasileiro e da frota de veículos automotores; conseqüentemente há também aumento da poluição atmosférica principalmente nas regiões metropolitanas, e tem seus impactos negativos sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. Essa lei reconhece a necessidade de se constituir estratégias a preservação e recuperação da qualidade do ar, são válidas para todo o território nacional, conforme que fundou a Política Nacional do Meio Ambiente. Assim foram designadas estratégias que estipulam limites máximos de emissão a quantidade de poluentes permissível de ser lançada por fontes poluidoras para a atmosfera que será diferenciada em função da classificação de usos pretendidos para as diversas áreas e serão mais rígidos para as fontes novas de poluição. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (2007) a política Livre de Tabaco a exposição ao fumo de tabaco diminui, logo a saúde das pessoas melhora. Também são eficazes em termos de preços, especialmente quando comparadas com “alternativas” indevidas são solicitadas pela indústria do tabaco, geralmente através de terceiros. Estes fracassos fazem com que seja difícil sensibilizar a opinião pública e elaborar políticas para a prevenção, diagnóstico e controle das doenças respiratórias crônicas, bem como prever futuras doenças na população. Será necessário melhorar a estandardização das definições de doença e métodos para monitorizar o impacto e providenciar vigilância em longo prazo. Para controlar a qualidade do ar no País, foi criado, em 1989, o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (Pronar), que, entre outros objetivos, estabelece metas para a área. Com o passar dos anos, outros programas foram incorporados ao Pronar. O Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores (Proconve), que atualiza os padrões para carros, ônibus e caminhões novos. Em 2012, o Proconve entrou na fase para veículos pesados. Com relação às fontes fixas que provocam a poluição atmosférica, a Resolução 382/2006 do Conama, define os limites máximos de emissão de poluentes pelas indústrias que iniciaram atividade a partir de 2007. Faltava uma resolução que atingisse também as 23
  • 24. indústrias mais antigas. Em 2011, essa lacuna foi preenchida durante a 104ª Reunião Ordinária do Conselho, que estabeleceu novos padrões de emissão para as unidades industriais que entraram em operação antes de 2007. A meta é reduzir as emissões de poluentes aos níveis adotados para as novas plantas. Assim como o Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Organização Mundial de Saúde, dentre outras políticas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida, nota- se que criar apenas leis para serem compridas, tornam-se apenas bons ideais, uma vez que a fiscalização no Brasil não acontece exatamente como deveria. Conclusão Contudo, este estudo tem como finalidade, ressaltar sobre os problemas causados pelo aumento da poluição do ar, sendo estes prejudiciais tanto para o meio ambiente tanto para os habitantes dos grandes centros urbanos, já que o grande processo de urbanização e 24
  • 25. a industrialização têm contribuído para com a concentração de poluentes em suspensão na atmosfera. Para tanto existe medidas que podem amenizar os efeitos da poluição do ar, sendo esses a arborização das áreas mais movimentadas nas cidades, criação de corredores de ventilação, criação de leis que regulamentem a emissão de poluentes veiculares e o principal a educação ambiental, pois este tem a principal função de conscientizar à preservação do meio ambiente e sua preservação, amenizando dessa a forma os efeitos da poluição do meio ambiente e conseqüentemente as doenças causadas pela poluição. Referências Bibliográficas Poluição. http://www.brasil.gov.br/sobre/meioambiente/climas/poluicao/print http://drauziovarella.com.br/wiki-saude 25
  • 26. 26