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Relações interpessoais

Processos de influência entre
        indivíduos.
Psicologia social

• É “uma tentativa para compreender
  e explicar como o pensamento, o
  sentimento e o comportamento dos
  indivíduos são influenciados pela
  presença real, imaginada ou
  implícita de outras pessoas”.
                             Allport, 1954
Existem cinco características que definem as relações
    interpessoais:
• manifestam-se através de interacções (ou seja, de processos
    que ocorrem no interior das relações);
• revelam factores cognitivos (percepção sobre a situação e
    significado atribuído à relação) e emocionais (sentimentos e
    afectos implicados na relação);
• regem-se por normas sociais de conduta (cada um dos
    interlocutores assume um papel na relação e desempenha-o
    em função do que é socialmente desejável);
• dependem do contexto social em que ocorrem (marcado por
    sistemas simbólicos);
• organizam-se de acordo com a função psicossocial dos
    interlocutores (distinguindo-se as relações simétricas — onde
    os sujeitos assumem posições idênticas — das relações
    complementares — onde as posições assumidas são distintas).
Influência social

• Ocorre
  – quando “as acções de uma pessoa
    são condição para as acções de outra”
                       Secord & Backman, 1964
• Pode incluir:
  – Tentativas óbvias para alguns indivíduos
    alterarem as atitudes ou comportamentos
    de outros;
  – Processos mais subtis que ocorrem no
    interior dos grupos ou da sociedade.
Processos centrais de influência social




•   Normalização
•   Conformismo
•   Obediência
•   Inovação
Normalização



• Processo de influência recíproca
  quando nenhuma das partes da
  interacção dispõe de um juízo ou
  norma prévia.
“A   normalização exprime a pressão
que se exerce durante uma interacção
em vista da adopção de uma
posição aceitável por todos os
indivíduos. Num grupo, ela exprime a
convergência das opiniões e a adesão a
um compromisso aceite por todos os
membros desse grupo.
Normalização

• O que é a norma?
  Escala ou referência de avaliação que
  define uma margem de
  comportamentos, atitudes e opiniões,
  permitidas ou condenáveis.
  (Sherif)



  São inevitáveis e úteis.
Inevitáveis:                Úteis




                              As normas formam-se
   A ausência de normas é     para reduzir a
   paralisante da vida e      incerteza e a confusão
   interacções sociais.       ao nível das opiniões,
                              comportamentos e
                              sentimentos.
Muzafer Sherif:
       Processo de normalização.
• Compreensão da actividade subjectiva
  na criação de quadros de referência.



Experiência:
Efeito auto-cinético
Experiência de Sherif.
• Sherif pediu aos sujeitos para calcularem a
  distância percorrida pelo ponto luminosos em
  vários ensaios: as suas estimativas convergiram
  num valor idiossincrático (típico de cada
  sujeito);
• Sherif pediu então aos sujeitos para estimarem
  o movimento da luz em grupos de 2 ou 3: as
  suas estimativas convergiram num valor
  normativo (típico do grupo).
• Quando os sujeitos eram testados de novo
  sozinhos as suas estimativas continuam a ser
  consistentes com a norma grupal.
Experiência de Sherif
Experiência de Sherif

• Ambiguidade e incerteza da situação
• Definição de um quadro de referência
  subjectiva que é adoptado pelo sujeito;
• Busca de consenso para evitar conflitos
  através do compromisso;
• „Necessidade de certeza e confiança na
  correcção das suas acções;
• „Uma vez desenvolvida, a norma persiste
  para além da situação imediata.
Experiência de Sherif

• Colocados numa situação ambígua e não
  dispondo de aprendizagem anterior
  relevante, os sujeitos desenvolvem
  quadros de referência idiossincráticos,
  estáveis e padronizados;

• Numa situação de grupo os sujeitos
  utilizaram o comportamento dos outros
  para a construção dos seus quadros de
  referência individuais.
“O fundamento psicológico do
  estabelecimento de normas sociais, tais
  como os estereótipos, as modas, as
  convenções, os costumes e os valores,
  é a formação de quadros de referência
  comuns enquanto produtos do
  contacto dos indivíduos entre si”
(Sherif, 1947)
Conformismo.

O conformismo ou a conformidade, de modo
diferente da normalização, ocorre em situações
onde existe uma norma maioritária claramente
definida. Neste caso, uma minoria “desviante”
conforma-se com a maioria “legítima”, reduzindo a
tensão criada por duas perspectivas mutuamente
exclusivas. A influência da maioria gera a redução do
conflito inter-individual e conduz à adesão do grupo
minoritário à posição defendida pelo grupo
maioritário.

Ocorre então um fenómeno de conformidade.
Conformismo.
O conformismo ou a conformidade, por sua vez, ocorre em
situações onde existe uma norma maioritária claramente
definida. Neste caso, uma minoria “desviante” conforma-se
com a maioria “legítima”, reduzindo a tensão criada por duas
perspectivas mutuamente exclusivas. A influência da maioria
gera a redução do conflito inter-individual e conduz à
adesão do grupo minoritário à posição defendida pelo grupo
maioritário. Ocorre então um fenómeno de conformidade.
Conformidade: corresponde a um fenómeno de influência
social que se caracteriza pela modificação de crenças ou de
comportamentos num indivíduo na sequência da procura de
maior ajuste às normas do grupo.
Solomon Asch
    Tendência para a conformidade.
• Experiência de Asch




    Texto em Inglês de Solomon Asch, 1955
    Copia da Scientific American, de 1955, com o texto de Solomon Asch
Experiência de Asch

• Estudo das reacções individuais face à
  influência de um grupo;
Experiência de Asch
Experiência de Asch
• Os sujeitos são solicitados a realizar numa
  “simples tarefa de percepção”.
• „São mostrados slides com várias linha verticais, e
  eles têm que dizer qual das 3 linhas de
  comparação (A, B, ou C) é similar a uma outra (a
  linha padrão X).
• „ A tarefa é realizada num grupo que (sem o
  conhecimento do sujeito) é constituído por
  comparsas do experimentador. A maior parte dos
  comparsas respondem antes do sujeito.
• Em 11 ocasiões diferentes, os comparsas dão
  unanimemente uma resposta claramente
  errada, antes de o sujeito ser solicitado a
  responder.
Experiência de Asch (1951)

Resultados:
• „O conflito foi resolvido maioritariamente
  no sentido da independência (68%), no
  entanto foi nítida a influência da maioria
  (32%)
• 75% dos sujeitos seguem (conformam-se)
  a opinião do grupo, e dão a resposta
  errada em uma ou mais ocasiões;
• Quanto maior a magnitude do erro
  cometido pelos comparsas, menor a
  percentagem de respostas conformistas.
Experiência de Asch

Factores do conformismo.
• A unanimidade do grupo: - a quebra de
  unanimidade reduz significativamente
  o conformismo (basta um elemento);
• „Autoconfiança: o conformismo é
  inversamente proporcional à
  autoconfiança.
• Tamanho do grupo.
Experiência de Asch

• Contudo para sabermos quais as
  condições que permitem a alteração
  das percepções de um indivíduo
  minoritário por uma maioria
  quantitativa é necessário recorrer à
  experiência efectuada por Deutsch e
  Gerard (1955), onde estes apontam
  como condições a dependência
  informativa e a dependência
  normativa.
Conformismo
• O pensamento grupal     • CONFORMISMO
  acontece quando um      • Ceder ao conformismo
  grupo toma decisões       T63
  erradas devido a
  pressões grupais que
  levam à a
  deterioração da
  eficiência mental,
  observação da
  realidade e avaliação
  moral (Irving Janis,
  1972, p. 9).
Obediência




  Modificação do comportamento através
  da qual um indivíduo responde pela
  submissão a uma ordem que lhe vem de
  um poder legítimo.

(FISCHER, 2002)
Stanley Milgram
          Experiência.




Clicar na imagem.
•   O efeito autocinético de Sherif
•   Um indivíduo é colocado num quarto escuro e levado a observar um ponto luminoso fixo. Em
    plena escuridão, as percepções visuais perdem o seu quadro de referência habitual o ponto
    luminoso parece deslocar-se: é o fenómeno da ilusão autocinética.
    Pede-se então ao sujeito que faça um estimativa do deslocamento do ponto. Ele formula uma
    série de estimativas que pouco se estabilizam em torno de uma estimativa que corresponde à
    sua norma pessoal, norma que ele tenderá a reproduzir noutras tentativas. Essa norma pessoal
    pode apresentar grandes diferenças das estimativas dos outros sujeitos. Isto porque, numa
    segunda fase, quando as normas pessoais forem assim fixadas, cada sujeito é colocado diante
    das estimativas dos outros e todos exprimem as suas estimativas em voz alta.
    Nessa situação, as interacções dos membros acarretam uma modificação progressiva das
    estimativas de cada um dos indivíduos, que abandonam as suas próprias normas pessoais para
    estabelecerem com os outros uma norma de grupo. Durante a experiência, o sujeito toma
    consciência de um desvio entre as suas próprias estimativas e as dos outros membros do grupo.
    Sente um mal-estar que o leva pouco a pouco a reduzir o desvio através de um processo de
    ajustamento recíproco. As diferenças são progressivamente reduzidas e constitui-se uma norma
    para o conjunto do grupo. Cada indivíduo reduz assim a incerteza e encontra maior segurança
    num julgamento comum. A norma é a fonte da estabilidade.
    Se existe no grupo uma pessoa cuja competência ou posição é reconhecida pelos membros do
    grupo, a norma do mesmo tenderá a fixar-se em torno da avaliação dessa pessoa. Nesse caso, há
    ajustamento em torno da sua posição. A sua norma individual torna-se um ponto de referência
    numa situação em que a ausência de indicações cria um mal-estar.
    A norma é um processo de redução da incerteza. Uma posição comum adoptada a partir de um
    consenso tem um efeito mais tranquilizador do que a percepção de diferenças de desvios. Uma
    vez estabelecida a norma do grupo, torna-se difícil desviar-se dela: o indivíduo deve conformar-
    se.
•    SHERIF E O ESTUDO DA NORMA
•    Sherif (1936) é autor daquela que continua a ser uma das experiências mais reveladoras no que
     respeita ao fenómeno da produção de normas. A questão era saber o que faria um indivíduo
     colocado numa situação ambígua a que os modos habituais de comportamento não se adaptam.
     (…)
•    A fim de criar essa situação ambígua, Sherif recorreu a uma experiência de ilusão óptica
     chamada “efeito autocinético”: apresentado na obscuridade, a uma certa distância, um ponto
     luminoso fixo dá a impressão de se mover, pelo facto de não haver qualquer ponto de referência
     em relação ao qual possa ser situado. Para Sherif, esta situação ambígua pode revelar-se de
     maneira particularmente significativa, tendo em conta que o observador não dispõe de nenhum
     apoio objectivo para apreciar o movimento aparente da luz.
•    A experiência desenrola-se da seguinte maneira: o sujeito é introduzido num quarto escuro e
     colocado a cinco metros da fonte luminosa. Sherif pede-lhe que avalie o movimento da luz de
     forma tão exacta e independente quanto possível. Depois de trabalhar com os sujeitos
     individualmente, junta-os em pequenos grupos e propõe-lhes a mesma tarefa.
•    Os resultados indicam que, em situação individual, as respostas começam por ser bastante
     diferentes umas das outras, mas depois, progressivamente, essa variabilidade diminui: o sujeito
     tende a situar as suas estimativas no interior de uma «grelha» pessoal. Ou seja, quando o
     indivíduo percepciona movimentos em nenhuma base de comparação estabelece uma escala de
     variação e, no interior dessa escala, um ponto de referência que lhe é próprio. Esse ponto e essa
     escala podem ser diferentes dos que foram de terminados pelos outros indivíduos. Em
     contrapartida, no caso de um grupo de duas ou três pessoas, constata-se que as estimativas
     convergem no sentido de uma média das estimativas feitas individualmente; a esse valor médio
     comum chama Sherif uma norma.
FISCHER, G. (2002), Os conceitos fundamentais de psicologia social, págs. 81 e 82, Lisboa: Instituto
     Piaget.
•   ASCH E O ESTUDO DA CONFORMIDADE
•   Oito estudantes estão em frente a um quadro. O investigador informa-os que vão participar numa experiência
    destinada a testar a exactidão da sua percepção visual. Põe no quadro, 18 vezes seguidas, dois cartões
    rectangulares separados por um metro de distância. No cartão da esquerda está desenhada uma só linha
    preta, enquanto no cartão da direita há três linhas de comprimentos diferentes. Uma dessas linhas tem um
    comprimento igual à do cartão da esquerda. Em cada tentativa, o investigador pergunta qual das três linhas é
    equivalente à linha de referência. Os participantes dão a sua avaliação a seguir aos outros, em voz alta, sempre na
    mesma ordem, começando pela esquerda. A primeira tentativa não apresenta nenhuma dificuldade; todas as
    pessoas concordam.
•   Aliás, a tarefa é desprovida de ambiguidade. O mesmo se passa na tentativa dois. Na terceira tentativa, no
    entanto, acontece um fenómeno estranho, O primeiro participante responde sem qualquer hesitação, bem como
    os cinco seguintes, que dão a mesma resposta que o primeiro. Entretanto, o participante 7 agita-se cada vez
    mais, cruza e descruza as pernas, passa a mão pelos cabelos e pela cara. O participante 8 continua impassível. Na
    tentativa quatro manifesta-se o mesmo contraste de emoções: o participante 7 está muito nervoso e os outros
    muito calmos. O que se passa na cabeça do participante 7?
•   Primeira tentativa: “Vejamos, é fácil, a resposta é a linha 2. Aliás todas as pessoas concordam. Realmente, isto é
    coisa para crianças.”Segunda tentativa: É evidente! É 1... Certo, concordamos todos.”Terceira tentativa: „É 3, desta
    vez. O quê? Que disse o primeiro? Não foi 1 que ele disse? Bem, é original... O quê? O número 2 também diz 1. Mas
    o que é que se passa nesta sala? Uma reunião de tolos… ou serei eu? O número 3 também diz 1, e o 4 e o 5 e o 6.
    Agora é a minha vez. Vou dizer o quê? Parece que estão a olhar para mim. Bom, se dissesse 1 como os outros? Mas
    não, a resposta certa é 3, ou então tenho de ir ao
•   oculista. Vamos lá, vejo 3, digo 3. Três! Já está, todos olham para mim, parecem divertidos. E o número 8 diz 1. Não
    podia dizer 3 como eu? Sentir-me-ia melhor: talvez os outros tivessem imitado o primeiro”.Quarta tentativa: “O
    que disse ele agora? 2? Mas é 1! E os outros que dizem todos o mesmo outra vez. Realmente, isto está a agravar-
    se; que hei-de fazer? Se disser 1, pois é 1, sem dúvida, não estou cego, se disser 1 vou fazer cara de quê? Vão
    desatar a rir, achar que sou parvo. Não podem estar todos enganados. Se pelo menos um deles dissesse 1.
    Mas, nada a fazer.., é 1. Pronto! Sozinho seria muito mais fácil mas para a próxima vez não me apanham... nunca
    mais me hão-de apanhar.”
•   Como já adivinhou, este cenário foi manobrado. O desgraçado do participante 7 está numa cilada astuciosamente
    montada pelo investigador. O estratagema consiste em fazê-lo acreditar que os outros sujeitos da experiência
    também são participantes autênticos. Na realidade, eles encenam um plano bem definido que visa abalar a
    confiança do único verdadeiro participante no estudo. Em 12 das 18 avaliações de linhas, os cúmplices têm por
    missão dar, em unanimidade, uma resposta errada.
•   LEYENS, J. e YZERBYT, V. (2002) Psicologia Social, págs. 165- 167- Lisboa: Edições 70Os dois estudos clássicos
    apresentados demonstram claramente a relevância d

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Influência Social e Processos de Conformismo

  • 1. Relações interpessoais Processos de influência entre indivíduos.
  • 2. Psicologia social • É “uma tentativa para compreender e explicar como o pensamento, o sentimento e o comportamento dos indivíduos são influenciados pela presença real, imaginada ou implícita de outras pessoas”. Allport, 1954
  • 3. Existem cinco características que definem as relações interpessoais: • manifestam-se através de interacções (ou seja, de processos que ocorrem no interior das relações); • revelam factores cognitivos (percepção sobre a situação e significado atribuído à relação) e emocionais (sentimentos e afectos implicados na relação); • regem-se por normas sociais de conduta (cada um dos interlocutores assume um papel na relação e desempenha-o em função do que é socialmente desejável); • dependem do contexto social em que ocorrem (marcado por sistemas simbólicos); • organizam-se de acordo com a função psicossocial dos interlocutores (distinguindo-se as relações simétricas — onde os sujeitos assumem posições idênticas — das relações complementares — onde as posições assumidas são distintas).
  • 4. Influência social • Ocorre – quando “as acções de uma pessoa são condição para as acções de outra” Secord & Backman, 1964 • Pode incluir: – Tentativas óbvias para alguns indivíduos alterarem as atitudes ou comportamentos de outros; – Processos mais subtis que ocorrem no interior dos grupos ou da sociedade.
  • 5. Processos centrais de influência social • Normalização • Conformismo • Obediência • Inovação
  • 6. Normalização • Processo de influência recíproca quando nenhuma das partes da interacção dispõe de um juízo ou norma prévia.
  • 7. “A normalização exprime a pressão que se exerce durante uma interacção em vista da adopção de uma posição aceitável por todos os indivíduos. Num grupo, ela exprime a convergência das opiniões e a adesão a um compromisso aceite por todos os membros desse grupo.
  • 8. Normalização • O que é a norma? Escala ou referência de avaliação que define uma margem de comportamentos, atitudes e opiniões, permitidas ou condenáveis. (Sherif) São inevitáveis e úteis.
  • 9. Inevitáveis: Úteis As normas formam-se A ausência de normas é para reduzir a paralisante da vida e incerteza e a confusão interacções sociais. ao nível das opiniões, comportamentos e sentimentos.
  • 10. Muzafer Sherif: Processo de normalização. • Compreensão da actividade subjectiva na criação de quadros de referência. Experiência: Efeito auto-cinético
  • 11. Experiência de Sherif. • Sherif pediu aos sujeitos para calcularem a distância percorrida pelo ponto luminosos em vários ensaios: as suas estimativas convergiram num valor idiossincrático (típico de cada sujeito); • Sherif pediu então aos sujeitos para estimarem o movimento da luz em grupos de 2 ou 3: as suas estimativas convergiram num valor normativo (típico do grupo). • Quando os sujeitos eram testados de novo sozinhos as suas estimativas continuam a ser consistentes com a norma grupal.
  • 13. Experiência de Sherif • Ambiguidade e incerteza da situação • Definição de um quadro de referência subjectiva que é adoptado pelo sujeito; • Busca de consenso para evitar conflitos através do compromisso; • „Necessidade de certeza e confiança na correcção das suas acções; • „Uma vez desenvolvida, a norma persiste para além da situação imediata.
  • 14. Experiência de Sherif • Colocados numa situação ambígua e não dispondo de aprendizagem anterior relevante, os sujeitos desenvolvem quadros de referência idiossincráticos, estáveis e padronizados; • Numa situação de grupo os sujeitos utilizaram o comportamento dos outros para a construção dos seus quadros de referência individuais.
  • 15. “O fundamento psicológico do estabelecimento de normas sociais, tais como os estereótipos, as modas, as convenções, os costumes e os valores, é a formação de quadros de referência comuns enquanto produtos do contacto dos indivíduos entre si” (Sherif, 1947)
  • 16. Conformismo. O conformismo ou a conformidade, de modo diferente da normalização, ocorre em situações onde existe uma norma maioritária claramente definida. Neste caso, uma minoria “desviante” conforma-se com a maioria “legítima”, reduzindo a tensão criada por duas perspectivas mutuamente exclusivas. A influência da maioria gera a redução do conflito inter-individual e conduz à adesão do grupo minoritário à posição defendida pelo grupo maioritário. Ocorre então um fenómeno de conformidade.
  • 17. Conformismo. O conformismo ou a conformidade, por sua vez, ocorre em situações onde existe uma norma maioritária claramente definida. Neste caso, uma minoria “desviante” conforma-se com a maioria “legítima”, reduzindo a tensão criada por duas perspectivas mutuamente exclusivas. A influência da maioria gera a redução do conflito inter-individual e conduz à adesão do grupo minoritário à posição defendida pelo grupo maioritário. Ocorre então um fenómeno de conformidade. Conformidade: corresponde a um fenómeno de influência social que se caracteriza pela modificação de crenças ou de comportamentos num indivíduo na sequência da procura de maior ajuste às normas do grupo.
  • 18. Solomon Asch Tendência para a conformidade. • Experiência de Asch Texto em Inglês de Solomon Asch, 1955 Copia da Scientific American, de 1955, com o texto de Solomon Asch
  • 19.
  • 20. Experiência de Asch • Estudo das reacções individuais face à influência de um grupo;
  • 22. Experiência de Asch • Os sujeitos são solicitados a realizar numa “simples tarefa de percepção”. • „São mostrados slides com várias linha verticais, e eles têm que dizer qual das 3 linhas de comparação (A, B, ou C) é similar a uma outra (a linha padrão X). • „ A tarefa é realizada num grupo que (sem o conhecimento do sujeito) é constituído por comparsas do experimentador. A maior parte dos comparsas respondem antes do sujeito. • Em 11 ocasiões diferentes, os comparsas dão unanimemente uma resposta claramente errada, antes de o sujeito ser solicitado a responder.
  • 23. Experiência de Asch (1951) Resultados: • „O conflito foi resolvido maioritariamente no sentido da independência (68%), no entanto foi nítida a influência da maioria (32%) • 75% dos sujeitos seguem (conformam-se) a opinião do grupo, e dão a resposta errada em uma ou mais ocasiões; • Quanto maior a magnitude do erro cometido pelos comparsas, menor a percentagem de respostas conformistas.
  • 24. Experiência de Asch Factores do conformismo. • A unanimidade do grupo: - a quebra de unanimidade reduz significativamente o conformismo (basta um elemento); • „Autoconfiança: o conformismo é inversamente proporcional à autoconfiança. • Tamanho do grupo.
  • 25. Experiência de Asch • Contudo para sabermos quais as condições que permitem a alteração das percepções de um indivíduo minoritário por uma maioria quantitativa é necessário recorrer à experiência efectuada por Deutsch e Gerard (1955), onde estes apontam como condições a dependência informativa e a dependência normativa.
  • 26. Conformismo • O pensamento grupal • CONFORMISMO acontece quando um • Ceder ao conformismo grupo toma decisões T63 erradas devido a pressões grupais que levam à a deterioração da eficiência mental, observação da realidade e avaliação moral (Irving Janis, 1972, p. 9).
  • 27. Obediência Modificação do comportamento através da qual um indivíduo responde pela submissão a uma ordem que lhe vem de um poder legítimo. (FISCHER, 2002)
  • 28. Stanley Milgram Experiência. Clicar na imagem.
  • 29. O efeito autocinético de Sherif • Um indivíduo é colocado num quarto escuro e levado a observar um ponto luminoso fixo. Em plena escuridão, as percepções visuais perdem o seu quadro de referência habitual o ponto luminoso parece deslocar-se: é o fenómeno da ilusão autocinética. Pede-se então ao sujeito que faça um estimativa do deslocamento do ponto. Ele formula uma série de estimativas que pouco se estabilizam em torno de uma estimativa que corresponde à sua norma pessoal, norma que ele tenderá a reproduzir noutras tentativas. Essa norma pessoal pode apresentar grandes diferenças das estimativas dos outros sujeitos. Isto porque, numa segunda fase, quando as normas pessoais forem assim fixadas, cada sujeito é colocado diante das estimativas dos outros e todos exprimem as suas estimativas em voz alta. Nessa situação, as interacções dos membros acarretam uma modificação progressiva das estimativas de cada um dos indivíduos, que abandonam as suas próprias normas pessoais para estabelecerem com os outros uma norma de grupo. Durante a experiência, o sujeito toma consciência de um desvio entre as suas próprias estimativas e as dos outros membros do grupo. Sente um mal-estar que o leva pouco a pouco a reduzir o desvio através de um processo de ajustamento recíproco. As diferenças são progressivamente reduzidas e constitui-se uma norma para o conjunto do grupo. Cada indivíduo reduz assim a incerteza e encontra maior segurança num julgamento comum. A norma é a fonte da estabilidade. Se existe no grupo uma pessoa cuja competência ou posição é reconhecida pelos membros do grupo, a norma do mesmo tenderá a fixar-se em torno da avaliação dessa pessoa. Nesse caso, há ajustamento em torno da sua posição. A sua norma individual torna-se um ponto de referência numa situação em que a ausência de indicações cria um mal-estar. A norma é um processo de redução da incerteza. Uma posição comum adoptada a partir de um consenso tem um efeito mais tranquilizador do que a percepção de diferenças de desvios. Uma vez estabelecida a norma do grupo, torna-se difícil desviar-se dela: o indivíduo deve conformar- se.
  • 30. SHERIF E O ESTUDO DA NORMA • Sherif (1936) é autor daquela que continua a ser uma das experiências mais reveladoras no que respeita ao fenómeno da produção de normas. A questão era saber o que faria um indivíduo colocado numa situação ambígua a que os modos habituais de comportamento não se adaptam. (…) • A fim de criar essa situação ambígua, Sherif recorreu a uma experiência de ilusão óptica chamada “efeito autocinético”: apresentado na obscuridade, a uma certa distância, um ponto luminoso fixo dá a impressão de se mover, pelo facto de não haver qualquer ponto de referência em relação ao qual possa ser situado. Para Sherif, esta situação ambígua pode revelar-se de maneira particularmente significativa, tendo em conta que o observador não dispõe de nenhum apoio objectivo para apreciar o movimento aparente da luz. • A experiência desenrola-se da seguinte maneira: o sujeito é introduzido num quarto escuro e colocado a cinco metros da fonte luminosa. Sherif pede-lhe que avalie o movimento da luz de forma tão exacta e independente quanto possível. Depois de trabalhar com os sujeitos individualmente, junta-os em pequenos grupos e propõe-lhes a mesma tarefa. • Os resultados indicam que, em situação individual, as respostas começam por ser bastante diferentes umas das outras, mas depois, progressivamente, essa variabilidade diminui: o sujeito tende a situar as suas estimativas no interior de uma «grelha» pessoal. Ou seja, quando o indivíduo percepciona movimentos em nenhuma base de comparação estabelece uma escala de variação e, no interior dessa escala, um ponto de referência que lhe é próprio. Esse ponto e essa escala podem ser diferentes dos que foram de terminados pelos outros indivíduos. Em contrapartida, no caso de um grupo de duas ou três pessoas, constata-se que as estimativas convergem no sentido de uma média das estimativas feitas individualmente; a esse valor médio comum chama Sherif uma norma. FISCHER, G. (2002), Os conceitos fundamentais de psicologia social, págs. 81 e 82, Lisboa: Instituto Piaget.
  • 31. ASCH E O ESTUDO DA CONFORMIDADE • Oito estudantes estão em frente a um quadro. O investigador informa-os que vão participar numa experiência destinada a testar a exactidão da sua percepção visual. Põe no quadro, 18 vezes seguidas, dois cartões rectangulares separados por um metro de distância. No cartão da esquerda está desenhada uma só linha preta, enquanto no cartão da direita há três linhas de comprimentos diferentes. Uma dessas linhas tem um comprimento igual à do cartão da esquerda. Em cada tentativa, o investigador pergunta qual das três linhas é equivalente à linha de referência. Os participantes dão a sua avaliação a seguir aos outros, em voz alta, sempre na mesma ordem, começando pela esquerda. A primeira tentativa não apresenta nenhuma dificuldade; todas as pessoas concordam. • Aliás, a tarefa é desprovida de ambiguidade. O mesmo se passa na tentativa dois. Na terceira tentativa, no entanto, acontece um fenómeno estranho, O primeiro participante responde sem qualquer hesitação, bem como os cinco seguintes, que dão a mesma resposta que o primeiro. Entretanto, o participante 7 agita-se cada vez mais, cruza e descruza as pernas, passa a mão pelos cabelos e pela cara. O participante 8 continua impassível. Na tentativa quatro manifesta-se o mesmo contraste de emoções: o participante 7 está muito nervoso e os outros muito calmos. O que se passa na cabeça do participante 7? • Primeira tentativa: “Vejamos, é fácil, a resposta é a linha 2. Aliás todas as pessoas concordam. Realmente, isto é coisa para crianças.”Segunda tentativa: É evidente! É 1... Certo, concordamos todos.”Terceira tentativa: „É 3, desta vez. O quê? Que disse o primeiro? Não foi 1 que ele disse? Bem, é original... O quê? O número 2 também diz 1. Mas o que é que se passa nesta sala? Uma reunião de tolos… ou serei eu? O número 3 também diz 1, e o 4 e o 5 e o 6. Agora é a minha vez. Vou dizer o quê? Parece que estão a olhar para mim. Bom, se dissesse 1 como os outros? Mas não, a resposta certa é 3, ou então tenho de ir ao • oculista. Vamos lá, vejo 3, digo 3. Três! Já está, todos olham para mim, parecem divertidos. E o número 8 diz 1. Não podia dizer 3 como eu? Sentir-me-ia melhor: talvez os outros tivessem imitado o primeiro”.Quarta tentativa: “O que disse ele agora? 2? Mas é 1! E os outros que dizem todos o mesmo outra vez. Realmente, isto está a agravar- se; que hei-de fazer? Se disser 1, pois é 1, sem dúvida, não estou cego, se disser 1 vou fazer cara de quê? Vão desatar a rir, achar que sou parvo. Não podem estar todos enganados. Se pelo menos um deles dissesse 1. Mas, nada a fazer.., é 1. Pronto! Sozinho seria muito mais fácil mas para a próxima vez não me apanham... nunca mais me hão-de apanhar.” • Como já adivinhou, este cenário foi manobrado. O desgraçado do participante 7 está numa cilada astuciosamente montada pelo investigador. O estratagema consiste em fazê-lo acreditar que os outros sujeitos da experiência também são participantes autênticos. Na realidade, eles encenam um plano bem definido que visa abalar a confiança do único verdadeiro participante no estudo. Em 12 das 18 avaliações de linhas, os cúmplices têm por missão dar, em unanimidade, uma resposta errada. • LEYENS, J. e YZERBYT, V. (2002) Psicologia Social, págs. 165- 167- Lisboa: Edições 70Os dois estudos clássicos apresentados demonstram claramente a relevância d