SlideShare a Scribd company logo
1 of 14
Download to read offline
DQOI - UFC Prof. NunesDQOI - UFC Prof. Nunes
Prof. Nunes
Reações de
Substituição Nucleofílica
em Aromáticos
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Química Orgânica II
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
nunes.ufc@gmail.com103
DQOI - UFC Prof. Nunes
Para que ocorram as reações de substituição nucleofílica aromática:
1) O anel deve conter um grupo retirador de elétrons poderoso (tipicamente
um grupo nitro).
2) O anel deve conter um grupo abandonador (normalmente um halogênio).
3) O grupo abandonador deve estar -orto ou -para em relação ao grupo
retirador de elétrons. Se o grupo abandonador estiver -meta em relação ao
grupo nitro, a reação não é observada.
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
104
X
DQOI - UFC Prof. Nunes
É importante frisar que a quantidade e posição dos grupos nitro influenciarão
a reatividade do haleto de arila.
O isômero meta-nitroclorobenzeno é mais reativo que o clorobenzeno, mas é
milhares de vezes menos reativo que os isômeros orto e para.
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
Cl
NO2
NO2
Cl Cl
NO2
Cl
NO2
NO2
NO2
Reatividade aumenta
105
0
DQOI - UFC Prof. Nunes
Dados experimentais também mostram que os iodetos de arila são os menos
reativos, enquanto os fluoretos de arila são os mais reativos. Uma
constatação contrária a observada nas reações de substituição nucleofílica
em carbonos saturados.
O entendimentos destas observações é obtido quando analisamos o
mecanismo da reação.
X
NO2
KOMe
MeOH
NO2
OMe
X Reatividade Rel.
F 312
Cl 1,0
Br 0,8
I 0,4
aumenta
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
106
DQOI - UFC Prof. Nunes
Mecanismo Adição-EliminaçãoMecanismo Adição-Eliminação
107
ataque nucleofílico
saída do grupo
abandonador
complexo Meinsenheimer
DQOI - UFC Prof. Nunes
Quando hidróxido é usado de como nucleófilo, o produto resultante é um
derivado do fenol,
 que será desprotonado pelo hidróxido para se obter um íon
fenolato.
 Portanto, um ácido é necessário em num passo subsequente para
protonar o íon fenolato, e obter um produto neutro.
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
108
DQOI - UFC Prof. Nunes
Na seção anterior, explicamos porque um grupo nitro é necessário para que
uma reação de substituição nucleofílica aromática para prosseguir.
Na ausência de um poderoso substituinte retirador de elétrons, a
reação simplesmente não ocorre.
No entanto, se a temperatura e a pressão forem aumentadas de forma
significativa, a reação ocorre.
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
109
não há reação
DQOI - UFC Prof. Nunes
A reação também pode ser realizada a temperaturas mais baixas utilizando o
íon amindeto (H2N-) como um nucleófilo.
Quando outros substituintes estão presentes no anel, o resultado
regioquímico não é o que esperaríamos.
Neste caso, dois produtos são obtidos. Este resultado regioquímico
inicialmente confundiu os químicos, uma vez que não pode ser explicado
com um mecanismo de SNA simples. Em vez disso, é um mecanismo
diferente necessário para explicar estes resultados.
Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática
110
DQOI - UFC Prof. Nunes
Uma pista para esse quebra-cabeça vem de uma experiência de marcação
isotópica.
 Clorobenzeno pode ser preparados de modo a que o carbono que
suporta o átomo de cloro é um 14C, um isótopo radioativo de
carbono.
 A posição do marcador isotópico (indicado com um asterisco)
pode, então, ser rastreada antes e após a reação.
111
Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
DQOI - UFC Prof. Nunes
Observe a posição do carbono isotópico nos produtos.
 O mecanismo proposto mais consistente com estas observações
envolve a formação de um intermediário chamado benzino.
112
benzino
Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
DQOI - UFC Prof. Nunes
A eliminação de H e Cl produz um intermediário chamado benzino com
energia muito alta.
 Este intermediário não sobrevive por muito tempo porque é
rapidamente atacado pelo nucleófilo, produzindo um reacção de
adição. O ataque nucleófilo pode ocorrer em:
 (a) a posição da marcação isotópica ou
 (b) a outra extremidade da ligação tripla.
113
benzino
benzino
Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
DQOI - UFC Prof. Nunes
114
benzino
Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
I II III IV
I. O hidróxido atua como base e desprotona o anel aromático
II. O grupo abandonador é eliminado, gerando o intermediário benzino.
III. O hidróxido atua como um nucleófilo e ataca o benzino.
IV. O ânion resultante remove um proton da água para gerar o produto final.
DQOI - UFC Prof. Nunes
115
Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
DQOI - UFC Prof. Nunes
116
ResumindoResumindo
I. Substituição Nucleofílica Aromática
II. Eliminação-Adição

More Related Content

What's hot

Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e DerivadosReações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e DerivadosJosé Nunes da Silva Jr.
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosGustavo Silveira
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 
Aula 16 19 substituição nucleofílica
Aula 16 19 substituição nucleofílicaAula 16 19 substituição nucleofílica
Aula 16 19 substituição nucleofílicaGustavo Silveira
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Adrianne Mendonça
 
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaUnidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaJosé Nunes da Silva Jr.
 
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)Wilson Xavier
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaPriscila Siqueira
 

What's hot (20)

Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e DerivadosReações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados
 
Reações de Eliminação
Reações de EliminaçãoReações de Eliminação
Reações de Eliminação
 
Analise conformacional
Analise conformacionalAnalise conformacional
Analise conformacional
 
Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e ÉteresReações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
 
Estereoquimica - Pós-graduação
Estereoquimica - Pós-graduaçãoEstereoquimica - Pós-graduação
Estereoquimica - Pós-graduação
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
ALCOOL
ALCOOLALCOOL
ALCOOL
 
Aula 16 19 substituição nucleofílica
Aula 16 19 substituição nucleofílicaAula 16 19 substituição nucleofílica
Aula 16 19 substituição nucleofílica
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2
 
Reações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e CetonasReações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e Cetonas
 
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaUnidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
 
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)
191634109 tabela-de-correlacao-de-infravermelho (2)
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação Potenciométrica
 
Aula funções oxigenadas
Aula  funções oxigenadasAula  funções oxigenadas
Aula funções oxigenadas
 
Aula 6 aromaticidade
Aula 6   aromaticidadeAula 6   aromaticidade
Aula 6 aromaticidade
 
Unidade 01 Teoria Estrutural
Unidade 01   Teoria EstruturalUnidade 01   Teoria Estrutural
Unidade 01 Teoria Estrutural
 
Roteiros de Química Orgânica I
Roteiros de Química Orgânica IRoteiros de Química Orgânica I
Roteiros de Química Orgânica I
 
Aula 01 - Forças Intermoleculares
Aula 01 - Forças IntermolecularesAula 01 - Forças Intermoleculares
Aula 01 - Forças Intermoleculares
 

Similar to Substituição Eletrofílica Aromática

substituicao nucleofilica aromatico .pdf
substituicao nucleofilica aromatico .pdfsubstituicao nucleofilica aromatico .pdf
substituicao nucleofilica aromatico .pdfAnaCarolineFlor1
 
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaHaletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaEduardo Macedo
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1Katyuscya Veloso
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1Katyuscya Veloso
 
Substituição nucleofílica aromática(seminário)
Substituição nucleofílica aromática(seminário)Substituição nucleofílica aromática(seminário)
Substituição nucleofílica aromática(seminário)Lucas Pereira
 
Aula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoAula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoJOQUEBEDEFERREIRADAC
 
Exercicios reações de substituição
Exercicios   reações de substituiçãoExercicios   reações de substituição
Exercicios reações de substituiçãoProfª Alda Ernestina
 

Similar to Substituição Eletrofílica Aromática (12)

substituicao nucleofilica aromatico .pdf
substituicao nucleofilica aromatico .pdfsubstituicao nucleofilica aromatico .pdf
substituicao nucleofilica aromatico .pdf
 
Roteiros de Química - Farmácia
Roteiros de Química - FarmáciaRoteiros de Química - Farmácia
Roteiros de Química - Farmácia
 
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaHaletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
 
aula_8.pdf
aula_8.pdfaula_8.pdf
aula_8.pdf
 
Aula 18 20 eliminação
Aula 18 20 eliminaçãoAula 18 20 eliminação
Aula 18 20 eliminação
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1
 
Substituição nucleofílica aromática(seminário)
Substituição nucleofílica aromática(seminário)Substituição nucleofílica aromática(seminário)
Substituição nucleofílica aromática(seminário)
 
Aula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoAula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismo
 
Exercicios reações de substituição
Exercicios   reações de substituiçãoExercicios   reações de substituição
Exercicios reações de substituição
 
Benzeno
BenzenoBenzeno
Benzeno
 
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
 

More from José Nunes da Silva Jr. (19)

Unidade 05 - Introdução às Reações Orgânicas
Unidade 05 - Introdução às Reações OrgânicasUnidade 05 - Introdução às Reações Orgânicas
Unidade 05 - Introdução às Reações Orgânicas
 
Unidade 04 - Ácidos e Bases
Unidade 04 - Ácidos e BasesUnidade 04 - Ácidos e Bases
Unidade 04 - Ácidos e Bases
 
Unidade 02 - Estereoquímica
Unidade 02 - EstereoquímicaUnidade 02 - Estereoquímica
Unidade 02 - Estereoquímica
 
Unidade 02 - Análise Conformacional
Unidade 02 - Análise ConformacionalUnidade 02 - Análise Conformacional
Unidade 02 - Análise Conformacional
 
Unidade 01 - Teoria Estrutural
Unidade 01 - Teoria EstruturalUnidade 01 - Teoria Estrutural
Unidade 01 - Teoria Estrutural
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
 
Estereoquímica
EstereoquímicaEstereoquímica
Estereoquímica
 
Grupos Funcionais e Nomenclatura
Grupos Funcionais e NomenclaturaGrupos Funcionais e Nomenclatura
Grupos Funcionais e Nomenclatura
 
Say My Name
Say My NameSay My Name
Say My Name
 
Teoria das práticas CE0880
Teoria das práticas  CE0880Teoria das práticas  CE0880
Teoria das práticas CE0880
 
Teoria das práticas CE0873
Teoria das práticas  CE0873Teoria das práticas  CE0873
Teoria das práticas CE0873
 
Portfolio 06
Portfolio 06Portfolio 06
Portfolio 06
 
Portfolio 04
Portfolio 04Portfolio 04
Portfolio 04
 
Portfolio 03
Portfolio 03Portfolio 03
Portfolio 03
 
Portfolio 02
Portfolio 02Portfolio 02
Portfolio 02
 
Portfolio 05
Portfolio 05Portfolio 05
Portfolio 05
 
Portfolio 01
Portfolio 01Portfolio 01
Portfolio 01
 
Stereogame
StereogameStereogame
Stereogame
 
Forças Intermoleculares
Forças IntermolecularesForças Intermoleculares
Forças Intermoleculares
 

Recently uploaded

Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 

Recently uploaded (20)

Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 

Substituição Eletrofílica Aromática

  • 1. DQOI - UFC Prof. NunesDQOI - UFC Prof. Nunes Prof. Nunes Reações de Substituição Nucleofílica em Aromáticos Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Química Orgânica e Inorgânica Química Orgânica II Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. nunes.ufc@gmail.com103
  • 2. DQOI - UFC Prof. Nunes Para que ocorram as reações de substituição nucleofílica aromática: 1) O anel deve conter um grupo retirador de elétrons poderoso (tipicamente um grupo nitro). 2) O anel deve conter um grupo abandonador (normalmente um halogênio). 3) O grupo abandonador deve estar -orto ou -para em relação ao grupo retirador de elétrons. Se o grupo abandonador estiver -meta em relação ao grupo nitro, a reação não é observada. Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática 104 X
  • 3. DQOI - UFC Prof. Nunes É importante frisar que a quantidade e posição dos grupos nitro influenciarão a reatividade do haleto de arila. O isômero meta-nitroclorobenzeno é mais reativo que o clorobenzeno, mas é milhares de vezes menos reativo que os isômeros orto e para. Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática Cl NO2 NO2 Cl Cl NO2 Cl NO2 NO2 NO2 Reatividade aumenta 105 0
  • 4. DQOI - UFC Prof. Nunes Dados experimentais também mostram que os iodetos de arila são os menos reativos, enquanto os fluoretos de arila são os mais reativos. Uma constatação contrária a observada nas reações de substituição nucleofílica em carbonos saturados. O entendimentos destas observações é obtido quando analisamos o mecanismo da reação. X NO2 KOMe MeOH NO2 OMe X Reatividade Rel. F 312 Cl 1,0 Br 0,8 I 0,4 aumenta Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática 106
  • 5. DQOI - UFC Prof. Nunes Mecanismo Adição-EliminaçãoMecanismo Adição-Eliminação 107 ataque nucleofílico saída do grupo abandonador complexo Meinsenheimer
  • 6. DQOI - UFC Prof. Nunes Quando hidróxido é usado de como nucleófilo, o produto resultante é um derivado do fenol,  que será desprotonado pelo hidróxido para se obter um íon fenolato.  Portanto, um ácido é necessário em num passo subsequente para protonar o íon fenolato, e obter um produto neutro. Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática 108
  • 7. DQOI - UFC Prof. Nunes Na seção anterior, explicamos porque um grupo nitro é necessário para que uma reação de substituição nucleofílica aromática para prosseguir. Na ausência de um poderoso substituinte retirador de elétrons, a reação simplesmente não ocorre. No entanto, se a temperatura e a pressão forem aumentadas de forma significativa, a reação ocorre. Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática 109 não há reação
  • 8. DQOI - UFC Prof. Nunes A reação também pode ser realizada a temperaturas mais baixas utilizando o íon amindeto (H2N-) como um nucleófilo. Quando outros substituintes estão presentes no anel, o resultado regioquímico não é o que esperaríamos. Neste caso, dois produtos são obtidos. Este resultado regioquímico inicialmente confundiu os químicos, uma vez que não pode ser explicado com um mecanismo de SNA simples. Em vez disso, é um mecanismo diferente necessário para explicar estes resultados. Substituição Nucleofílica AromáticaSubstituição Nucleofílica Aromática 110
  • 9. DQOI - UFC Prof. Nunes Uma pista para esse quebra-cabeça vem de uma experiência de marcação isotópica.  Clorobenzeno pode ser preparados de modo a que o carbono que suporta o átomo de cloro é um 14C, um isótopo radioativo de carbono.  A posição do marcador isotópico (indicado com um asterisco) pode, então, ser rastreada antes e após a reação. 111 Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
  • 10. DQOI - UFC Prof. Nunes Observe a posição do carbono isotópico nos produtos.  O mecanismo proposto mais consistente com estas observações envolve a formação de um intermediário chamado benzino. 112 benzino Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
  • 11. DQOI - UFC Prof. Nunes A eliminação de H e Cl produz um intermediário chamado benzino com energia muito alta.  Este intermediário não sobrevive por muito tempo porque é rapidamente atacado pelo nucleófilo, produzindo um reacção de adição. O ataque nucleófilo pode ocorrer em:  (a) a posição da marcação isotópica ou  (b) a outra extremidade da ligação tripla. 113 benzino benzino Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
  • 12. DQOI - UFC Prof. Nunes 114 benzino Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição I II III IV I. O hidróxido atua como base e desprotona o anel aromático II. O grupo abandonador é eliminado, gerando o intermediário benzino. III. O hidróxido atua como um nucleófilo e ataca o benzino. IV. O ânion resultante remove um proton da água para gerar o produto final.
  • 13. DQOI - UFC Prof. Nunes 115 Mecanismo Eliminação-AdiçãoMecanismo Eliminação-Adição
  • 14. DQOI - UFC Prof. Nunes 116 ResumindoResumindo I. Substituição Nucleofílica Aromática II. Eliminação-Adição