2. Raccord e elipse
A continuidade da narrativa pode ser
assegurada, entre outros aspectos, por
ligações credíveis nas passagens de uns
planos para os outros
4. Raccord
1. Movimento ou acção
Ex:
se uma personagem entra pela esquerda e
sai pela direita no plano 1,
deve entrar pela esquerda no plano 2,
se não quisermos que o espectador julgue
que ele vai voltar para trás...
5. Raccord
1. Movimento ou acção
Ex:
se no plano 1 a personagem leva um copo à
boca, no plano 2 ela deve continuar a beber...
se no plano 1 a personagem A olha para a
personagem B, da esquerda para a direita, no
plano 2 B olha para A, da direita para a esquerda
6.
7.
8.
9. Raccord
1. Movimento ou acção
pode então ser construído relativamente
ao ângulo de visão ou à escala,
à direcção, ao gesto, ao olhar,
ao campo/contra-campo (regra dos 180º),
10. Regra dos 180 graus
A regra dos cento e oitenta graus é a que permite
evitar planos cruzados.
Para uma dada sequência, devemos traçar um eixo
imaginário que atravesse a acção e colocar a câmara
sempre do mesmo lado dessa linha.
Respeitando a regra dos 180 graus as personagens
estão sempre do mesmo lado do ecrã.
Nos jogos de futebol, quando isso não acontece,
aparece a observação “ângulo inverso”.
12. Regra dos 180 graus
Quando uma das câmeras ultrapassa o eixo dos 180 graus, dizemos que ela “saltou o eixo”
13. Regra dos 30 graus
Dois planos que tenham entre si um ângulo menor ou igual a 30 graus e que
estejam a capturar o mesmo objecto em planos parecidos não podem ser
montados, pois a montagem fica estranha (dá um salto), dando a sensação
de que a câmara foi desligada e que a voltaram a ligar enquanto estavam a
gravar.
14. Raccord
2. de elementos fixos
Cuidado com os “toques” que se dão aos
adereços entre o registo do plano 1 e do
plano 2.
Ex.: cinzeiros, candeeiros, cadeiras, outros
objectos do cenário...
ou relógios que trocam de braço, fitas de
cabelo, mudanças de roupa sem justificação
de mudança no tempo...
15. Raccord
3. Raccords técnicos
Mudanças na luz,
nas condições da captação de som,
utilização de câmaras que dêem
imagens muito diferentes, etc.
16. A elipse
forma de “fabricar” a condensação do tempo
resumir uma acção, suprimindo uma
quantidade de elementos narrativos e/ou
descritivos
é indispensável que, apesar dessa
supressão se transmitam dados suficientes
para fazer supor que aqueles elementos
existem
17. A elipse
Ex.:
O nosso protagonista entra na cama e
apaga a luz (plano 1)
O nosso protagonista está a tomar o
pequeno almoço (plano 2)
Resultado: espectador admite que
tivessem passado algumas horas
18. A elipse
A ELIPSE PODE SERVIR PARA
TORNAR A NARRATIVA MENOS
PESADA