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FET 
(FIELD EFFECT 
TRANSISTOR) 
OBJETIVOS: 
a) entender o funcionamento de um transistor unipolar; 
b) analisar e entender as curvas características de um transistor unipolar; 
c) analisar o funcionamento de um transistor unipolar, através de circuitos de 
polarização básicos. 
INTRODUÇÃO TEÓRICA 
O FET (Field Effect Transistor) que traduzindo para o português significa 
Transistor de Efeito de Campo (TEC), é um transistor unipolar. 
Nos transistores bipolares, para que haja controle de corrente, torna-se 
necessário envolver correntes de elétrons e lacunas. Nos transistores unipolares para que 
haja controle de corrente estão envolvidas correntes de elétrons quando o mesmo é do 
tipo canal n ou estão envolvidas correntes de lacunas quando o mesmo é do tipo canal p. 
Os FETs possuem algumas vantagens com relação aos transistores bipolares 
como: impedância de entrada elevadíssima; relativamente imune à radiação; produz 
menos ruído e possui melhor estabilidade térmica. No entanto, apresentam algumas 
desvantagens como: banda de ganho relativamente pequena e maior risco de dano 
quando manuseado. 
A exemplo do transistor bipolar, o FET é um dispositivo de três terminais, 
contendo uma junção p-n básica, podendo ser do tipo de junção (JFET) ou do tipo 
metal-óxido-semicondutor (MOSFET). 
A figura abaixo mostra a estrutura física de em FET canal n com seus 
respectivos terminais: 
D - (drain) ou dreno: de onde os portadores majoritários saem; 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 1
S - (source) ou fonte: é o terminal no qual os portadores majoritários entram; 
G - (gate) ou porta: são regiões fortemente dopadas em ambos os lados do canal. 
Quando o canal é n o gate é p. 
VDD é a tensão aplicada entre o dreno e a fonte; 
VGG é a tensão aplicada entre o gate (porta) e a fonte; 
VDS é a tensão medida entre o dreno e a fonte; 
VGS é a tensão medida entre o gate (porta) e a fonte. 
Comparativamente a um transistor bipolar, podemos então estabelecer as 
equivalências entre os terminais: 
D - (drain) = coletor 
S - (source) = emissor 
G - (gate) = base 
Através do canal portanto, circulam os portadores majoritários, da fonte (S) para 
o dreno (D). 
A figura a seguir mostra a simbologia para os FETs de canal n e canal p: 
CONFIGURAÇÕES: A exemplo dos transistores bipolares, são três as configurações 
básicas para os transistores unipolares, como mostra a figura abaixo: 
As equivalências são as seguintes: 
Fonte comum = emissor comum 
Porta comum = base comum 
Dreno comum = coletor comum 
A configuração dreno comum também é denominada seguidor de fonte. 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 2
POLARIZAÇÃO CONVENCIONAL: A figura abaixo mostra um FET de canal n 
polarizado de forma convencional. É importante verificar a polaridade das baterias VGG 
e VDD . Quando o FET é de canal n a tensão de dreno é positiva. 
O FET também pode ser usado como amplificador de sinal, desde que 
adequadamente polarizado. 
A grande vantagem na utilização do mesmo está na sua impedância muito 
elevada de entrada e sua quase total imunidade à ruídos. 
O FET possui uma impedância de entrada extremamente alta, da ordem de 
100MW ou mais. Por ser praticamente imune a ruídos é muito utilizado para estágios de 
entrada de amplificadores de baixo nível, mais especificamente em estágios de entrada 
de receptores FM de alta fidelidade. 
A figura abaixo mostra um amplificador convencional: 
Trata-se de um amplificador com autopolarização, pois possui uma única fonte 
de alimentação e um resistor RS para se obter a tensão de polarização gate-source. 
A presença do resistor RS resulta em uma tensão devido a queda de tensão IDRS, 
provocando uma queda de tensão em RS. Como a tensão no gate é zero, pois não há 
corrente DC no gate ou no resistor RG , a tensão entre gate e source é uma tensão 
negativa, que constitui a tensão de polarização VGS . Assim teremos: 
VGS = 0 - IDRS = - IDRS 
FUNCIONAMENTO: Consideremos o FET canal n conforme mostra a figura abaixo, 
para VGS = 0. 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 3
a) VDD normal b) Aumento de VDD 
A medida que a tensão VDD aumenta, aumenta a polarização inversa e a corrente 
de dreno circula através do canal, produzindo uma queda de tensão ao longo do canal, 
que é mais positiva no terminal drain (dreno), produzindo a região de depleção. 
Conforme a tensão VDD aumenta, a corrente ID também aumenta, resultando em 
uma região de depleção maior. O aumento da região de depleção provoca um aumento 
da resistência entre drain e source. O aumento da região de depleção pode ser feito até 
que todo o canal seja abrangido (veja fig. b). 
A partir daí, qualquer aumento de VDD resultará apenas em aumento da tensão 
nos terminais da região de depleção e a corrente ID permanece constante. 
A curva a seguir mostra que o aumento de ID ocorre até que toda a região de 
depleção esteja totalmente formada, após o que, a corrente de dreno satura e permanece 
constante para qualquer aumento de VDD . 
IDSS é um parâmetro importante usado para especificar a operação de um FET, 
que significa corrente de drain para source com gate-source em curto (VGS = 0). 
CARACTERÍSTICA DRAIN-SOURCE (DRENO-FONTE): A curva abaixo mostra 
que aumentando VGS (mais negativa para um FET de canal n), a corrente de saturação 
será menor, e desta forma, o gate atua como controle. 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 4
Nestas condições, ID diminui a medida que VGS fica mais negativa (observe o 
ponto de saturação com -2V). Tornando VGS mais negativa, haverá um momento em que 
não haverá mais ID , independentemente do valor de VDS . 
Essa tensão denomina-se tensão de estrangulamento gate-source representada 
por VGS(OFF) ou Vp . 
A figura abaixo mostra a curva para um FET de canal p. A única diferença é a 
polaridade de VGS que neste caso é positiva. 
CARACTERÍSTICA DE TRANSFERÊNCIA: A figura a seguir mostra o gráfico de 
transferência da corrente de dreno ID em função da tensão gate-source (VGS), para um 
valor constante de VDS. 
No gráfico acima, observa-se a característica de transferência quando VGS = 0, ID 
= 0, VGS = Vp . 
A figura abaixo nos mostra que quando ocorre o estrangulamento, este 
estrangulamento se verifica com valores menores de VDS e quando mais negativa for a 
tensão VGS . Esta curva recebe o nome de curva de dreno. 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 5
Normalmente o FET é polarizado para operar após o estrangulamento na região 
de saturação da corrente, onde nesta região o dispositivo tem sua operação definida mais 
facilmente pela equação de Schockley. Vejamos um exemplo: 
Determinar a corrente de dreno de em FET canal n com tensão de 
estrangulamento = - 3V e corrente de saturação drain-source (IDSS) de 10mA para 
as seguintes tensões VGS: 
a) 0V 
b) - 1,4V 
c) - 1,8V 
Solução: 
pela equação de Schockley, ID = IDSS(1 - VGS / Vp) 2, temos: 
a) ID = 10mA[1 - (0/-3)] 2 = 10mA 
b) ID = 10mA[1 - (-1,4/-3)] 2 = 2,84mA 
c) ID = 10mA[1 - (-1,8/-3)] 2 = 1,6mA 
PARÂMETROS IMPORTANTES: 
IDSS : corrente de saturação dreno-fonte (drain-source). É a corrente na qual o 
canal é estrangulado quando os terminais gate e source estão em curto (VGS = 0). É um 
parâmetro importantíssimo do dispositivo. 
VGS(OFF) = Vp : tensão de corte (estrangulamento) gate-source. Tensão entre gate 
e source para a qual o canal drain-source é estrangulado, resultando em praticamente 
nenhuma corrente de dreno. 
Os circuitos a seguir são usados para medir IDSS e VGS(OFF) : 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 6
BVGSS : tensão de ruptura source-gate. A tensão de ruptura de uma junção 
source-gate é medida em uma corrente especificada com os terminais drain-source em 
curto. 
O valor da tensão de ruptura indica um valor limite de tensão nos terminais 
gate-source, acima do qual a corrente do dispositivo deve ser limitada pelo circuito 
externo para evitar danos ao FET. 
A tensão de ruptura é um valor limite de tensão e deve ser usado na escolha da 
fonte de tensão de dreno. 
gfs = gm : transcondutância de transferência direta em fonte-comum. Ela é medida 
com os terminais drain-source em curto, sendo uma indicação da amplificação do FET 
em termos de sinal alternado. 
A unidade de medida de gm é em Siemens com valores típicos da ordem de 1mS 
a 10mS. 
gfs = DIP / DVGS , com VDS = 0 
gm = gmo[1 - (VGS / VGS(OFF))] 
gmo é parâmetro ganho de “ac” máximo do FET e ocorre para a polarização VGS 
= 0. 
Exemplo: calcular a transcondutância (gm) de um FET com as 
especificações: IDSS = 15mA e VGS(OFF) = -3V, nos seguintes pontos de polarização: 
a) VGS = 0 
b) VGS = -1,2V 
c) VGS = -1,7V 
Solução: 
pela equação gmo = 2IDSS / ½VGS(OFF)½ , temos: 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 7
gmo = 2(15mA) / ½-3V½ = 30 x 10 -3 / 3 = 10mS ou 10.000mS 
a) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1- (0 / -3)] = 10mS ou 10.000mS 
b) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1 - (-1,2 / -3)] = 6mS ou 6.000mS 
c) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1 - (-1,7 / -3)] = 4,33mS ou 4.330mS 
rds(on) : resistência drain-source para o dispositivo ligado. A resistência dreno-fonte 
para o dispositivo ligado é importante quando se utiliza o mesmo como chave 
eletrônica. 
Quando o FET está polarizado em sua região de saturação, ou ôhmica, de 
operação, apresenta uma resistência entre dreno e fonte de dezenas e algumas vezes 
centenas de ohms. 
PARTE PRÁTICA 
MATERIAIS NECESSÁRIOS 
1 - Gerador de áudio 
1 - Fonte de alimentação 0-20V 
1 - Osciloscópio 
1 - Multímetro analógico ou digital 
1 - Módulo de ensaios ELO-1 
CIRCUITO AMPLIFICADOR FONTE COMUM: 
Como sabemos, a curva de transcondutância do FET é parabólica, e por isso a 
operação do amplificador fonte comum produz uma distorção quadrática. 
Em virtude disso, é um amplificador muito utilizado para operar somente com 
sinais de pequena amplitude. 
Devido ao fato de gm ser relativamente baixo, o amplificador fonte comum tem 
como conseqüência um ganho de tensão relativamente baixo. 
Desta forma, os amplificadores com FET não podem competir com 
amplificadores com transistores bipolares, quando o ganho de tensão é fator 
preponderante. 
1 - Monte o circuito da figura a seguir: 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 8
2 - Suponha que o FET usado no circuito tenha um ganho típico da ordem de 2.000mS. 
Calcule o ganho de tensão sem carga (A), a tensão de saída (Vout) e a impedância de 
saída (rout). Anote esses valores na tabela 1. 
3 - Para o amplificador com carga infinita (sem o resistor de carga RL), ajuste o gerador 
de áudio na entrada para 0,1Vpp a uma freqüência de 1kHz. 
4 - Observe o sinal na saída, o qual deve ser uma senóide amplificada. Meça e anote a 
tensão de saída de pico a pico. Depois calcule o ganho de tensão. Anote suas respostas 
na tabela 1. 
5 - Ligue o potenciômetro de 4,7kW como carga variável e ajuste a carga até que a 
tensão na saída seja a metade da tensão sem carga. 
(procedendo desta forma, você estará encontrando a impedância Thèvenin pelo método 
de casamento de impedâncias). 
6 - Desligue o potenciômetro e meça sua resistência, anotando esse valor na tabela 1. 
7 - Repita os passos 2 a 6 usando outro FET. 
TABELA 1 
VALOR CALCULADO VALOR MEDIDO 
FET VOUT A rout VOUT A rout 
1(T7) 
2(T8) 
SEGUIDOR DE FONTE (DRENO COMUM): 
O amplificador dreno comum ou seguidor de fonte é análogo ao amplificador 
seguidor de emissor ou coletor comum. O ganho de tensão aproxima-se da unidade 
enquanto que a impedância de entrada aproxima-se do infinito, limitada apenas pelos 
resistores externos conectados ao terminal gate. 
É um circuito muito utilizado na entrada dos instrumentos de medida. 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 9
1 - Monte o circuito da figura abaixo: 
2 - Suponha que o FET usado no circuito tenha um ganho típico da ordem de 2.000mS. 
Calcule o ganho de tensão sem carga (A), a tensão de saída (Vout) e a impedância de 
saída (rout). Anote esses valores na tabela 2. 
3 - Para o amplificador com carga infinita (sem o resistor de carga RL), ajuste o gerador 
de áudio na entrada para 1Vpp a uma freqüência de 1kHz. 
4 - Meça e anote a tensão de saída de pico a pico. Depois calcule o ganho de tensão. 
Anote suas respostas na tabela 2. 
5 - Meça a impedância de saída pelo método de casamento de impedâncias, usado 
anteriormente. 
6 - Desligue o potenciômetro e meça sua resistência, anotando esse valor na tabela 2. 
7 - Repita os passos 2 a 6 usando outros FETs. 
TABELA 2 
VALOR CALCULADO VALOR MEDIDO 
FET VOUT A rout VOUT A rout 
1(T7) 
2(T8) 
FORMULÁRIO: 
Ganho de tensão (amplificador fonte comum): 
A = - gmRD 
onde: 
A = ganho de tensão sem carga 
gm = transcondutância 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 10
RD = resistência de dreno 
Resistência de saída (amplificador fonte comum): 
rs = 1/gm 
Resistência de saída (amplificador dreno comum): 
rs = RS // 1/gm 
QUESTÕES: 
1 - A principal vantagem de um amplificador com FET é: 
a) seu alto ganho de tensão; 
b) sua baixa corrente de dreno; 
c) sua alta impedância de entrada; 
d) seu alto valor de transcondutância. 
2 - Em relação a um amplificador convencional com transistor bipolar, podemos afirma 
que um amplificador com FET apresenta maior ganho de tensão: 
a) certo b) errado 
3 - Em um FET de canal n em que condições ocorre a saturação? 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
4 - O que é tensão de estrangulamento? 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
5 - Determine a corrente de dreno de um FET canal n com tensão de estrangulamento 
(Vp) = -3,75V; IDSS = 9mA, para as seguintes tensões gate-source (VGS): 0V; -1,15V; 
-1,5V; -1,75V e -2,3V (apresentar cálculos). 
Cálculos: 
Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 11

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Fet

  • 1. FET (FIELD EFFECT TRANSISTOR) OBJETIVOS: a) entender o funcionamento de um transistor unipolar; b) analisar e entender as curvas características de um transistor unipolar; c) analisar o funcionamento de um transistor unipolar, através de circuitos de polarização básicos. INTRODUÇÃO TEÓRICA O FET (Field Effect Transistor) que traduzindo para o português significa Transistor de Efeito de Campo (TEC), é um transistor unipolar. Nos transistores bipolares, para que haja controle de corrente, torna-se necessário envolver correntes de elétrons e lacunas. Nos transistores unipolares para que haja controle de corrente estão envolvidas correntes de elétrons quando o mesmo é do tipo canal n ou estão envolvidas correntes de lacunas quando o mesmo é do tipo canal p. Os FETs possuem algumas vantagens com relação aos transistores bipolares como: impedância de entrada elevadíssima; relativamente imune à radiação; produz menos ruído e possui melhor estabilidade térmica. No entanto, apresentam algumas desvantagens como: banda de ganho relativamente pequena e maior risco de dano quando manuseado. A exemplo do transistor bipolar, o FET é um dispositivo de três terminais, contendo uma junção p-n básica, podendo ser do tipo de junção (JFET) ou do tipo metal-óxido-semicondutor (MOSFET). A figura abaixo mostra a estrutura física de em FET canal n com seus respectivos terminais: D - (drain) ou dreno: de onde os portadores majoritários saem; Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 1
  • 2. S - (source) ou fonte: é o terminal no qual os portadores majoritários entram; G - (gate) ou porta: são regiões fortemente dopadas em ambos os lados do canal. Quando o canal é n o gate é p. VDD é a tensão aplicada entre o dreno e a fonte; VGG é a tensão aplicada entre o gate (porta) e a fonte; VDS é a tensão medida entre o dreno e a fonte; VGS é a tensão medida entre o gate (porta) e a fonte. Comparativamente a um transistor bipolar, podemos então estabelecer as equivalências entre os terminais: D - (drain) = coletor S - (source) = emissor G - (gate) = base Através do canal portanto, circulam os portadores majoritários, da fonte (S) para o dreno (D). A figura a seguir mostra a simbologia para os FETs de canal n e canal p: CONFIGURAÇÕES: A exemplo dos transistores bipolares, são três as configurações básicas para os transistores unipolares, como mostra a figura abaixo: As equivalências são as seguintes: Fonte comum = emissor comum Porta comum = base comum Dreno comum = coletor comum A configuração dreno comum também é denominada seguidor de fonte. Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 2
  • 3. POLARIZAÇÃO CONVENCIONAL: A figura abaixo mostra um FET de canal n polarizado de forma convencional. É importante verificar a polaridade das baterias VGG e VDD . Quando o FET é de canal n a tensão de dreno é positiva. O FET também pode ser usado como amplificador de sinal, desde que adequadamente polarizado. A grande vantagem na utilização do mesmo está na sua impedância muito elevada de entrada e sua quase total imunidade à ruídos. O FET possui uma impedância de entrada extremamente alta, da ordem de 100MW ou mais. Por ser praticamente imune a ruídos é muito utilizado para estágios de entrada de amplificadores de baixo nível, mais especificamente em estágios de entrada de receptores FM de alta fidelidade. A figura abaixo mostra um amplificador convencional: Trata-se de um amplificador com autopolarização, pois possui uma única fonte de alimentação e um resistor RS para se obter a tensão de polarização gate-source. A presença do resistor RS resulta em uma tensão devido a queda de tensão IDRS, provocando uma queda de tensão em RS. Como a tensão no gate é zero, pois não há corrente DC no gate ou no resistor RG , a tensão entre gate e source é uma tensão negativa, que constitui a tensão de polarização VGS . Assim teremos: VGS = 0 - IDRS = - IDRS FUNCIONAMENTO: Consideremos o FET canal n conforme mostra a figura abaixo, para VGS = 0. Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 3
  • 4. a) VDD normal b) Aumento de VDD A medida que a tensão VDD aumenta, aumenta a polarização inversa e a corrente de dreno circula através do canal, produzindo uma queda de tensão ao longo do canal, que é mais positiva no terminal drain (dreno), produzindo a região de depleção. Conforme a tensão VDD aumenta, a corrente ID também aumenta, resultando em uma região de depleção maior. O aumento da região de depleção provoca um aumento da resistência entre drain e source. O aumento da região de depleção pode ser feito até que todo o canal seja abrangido (veja fig. b). A partir daí, qualquer aumento de VDD resultará apenas em aumento da tensão nos terminais da região de depleção e a corrente ID permanece constante. A curva a seguir mostra que o aumento de ID ocorre até que toda a região de depleção esteja totalmente formada, após o que, a corrente de dreno satura e permanece constante para qualquer aumento de VDD . IDSS é um parâmetro importante usado para especificar a operação de um FET, que significa corrente de drain para source com gate-source em curto (VGS = 0). CARACTERÍSTICA DRAIN-SOURCE (DRENO-FONTE): A curva abaixo mostra que aumentando VGS (mais negativa para um FET de canal n), a corrente de saturação será menor, e desta forma, o gate atua como controle. Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 4
  • 5. Nestas condições, ID diminui a medida que VGS fica mais negativa (observe o ponto de saturação com -2V). Tornando VGS mais negativa, haverá um momento em que não haverá mais ID , independentemente do valor de VDS . Essa tensão denomina-se tensão de estrangulamento gate-source representada por VGS(OFF) ou Vp . A figura abaixo mostra a curva para um FET de canal p. A única diferença é a polaridade de VGS que neste caso é positiva. CARACTERÍSTICA DE TRANSFERÊNCIA: A figura a seguir mostra o gráfico de transferência da corrente de dreno ID em função da tensão gate-source (VGS), para um valor constante de VDS. No gráfico acima, observa-se a característica de transferência quando VGS = 0, ID = 0, VGS = Vp . A figura abaixo nos mostra que quando ocorre o estrangulamento, este estrangulamento se verifica com valores menores de VDS e quando mais negativa for a tensão VGS . Esta curva recebe o nome de curva de dreno. Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 5
  • 6. Normalmente o FET é polarizado para operar após o estrangulamento na região de saturação da corrente, onde nesta região o dispositivo tem sua operação definida mais facilmente pela equação de Schockley. Vejamos um exemplo: Determinar a corrente de dreno de em FET canal n com tensão de estrangulamento = - 3V e corrente de saturação drain-source (IDSS) de 10mA para as seguintes tensões VGS: a) 0V b) - 1,4V c) - 1,8V Solução: pela equação de Schockley, ID = IDSS(1 - VGS / Vp) 2, temos: a) ID = 10mA[1 - (0/-3)] 2 = 10mA b) ID = 10mA[1 - (-1,4/-3)] 2 = 2,84mA c) ID = 10mA[1 - (-1,8/-3)] 2 = 1,6mA PARÂMETROS IMPORTANTES: IDSS : corrente de saturação dreno-fonte (drain-source). É a corrente na qual o canal é estrangulado quando os terminais gate e source estão em curto (VGS = 0). É um parâmetro importantíssimo do dispositivo. VGS(OFF) = Vp : tensão de corte (estrangulamento) gate-source. Tensão entre gate e source para a qual o canal drain-source é estrangulado, resultando em praticamente nenhuma corrente de dreno. Os circuitos a seguir são usados para medir IDSS e VGS(OFF) : Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 6
  • 7. BVGSS : tensão de ruptura source-gate. A tensão de ruptura de uma junção source-gate é medida em uma corrente especificada com os terminais drain-source em curto. O valor da tensão de ruptura indica um valor limite de tensão nos terminais gate-source, acima do qual a corrente do dispositivo deve ser limitada pelo circuito externo para evitar danos ao FET. A tensão de ruptura é um valor limite de tensão e deve ser usado na escolha da fonte de tensão de dreno. gfs = gm : transcondutância de transferência direta em fonte-comum. Ela é medida com os terminais drain-source em curto, sendo uma indicação da amplificação do FET em termos de sinal alternado. A unidade de medida de gm é em Siemens com valores típicos da ordem de 1mS a 10mS. gfs = DIP / DVGS , com VDS = 0 gm = gmo[1 - (VGS / VGS(OFF))] gmo é parâmetro ganho de “ac” máximo do FET e ocorre para a polarização VGS = 0. Exemplo: calcular a transcondutância (gm) de um FET com as especificações: IDSS = 15mA e VGS(OFF) = -3V, nos seguintes pontos de polarização: a) VGS = 0 b) VGS = -1,2V c) VGS = -1,7V Solução: pela equação gmo = 2IDSS / ½VGS(OFF)½ , temos: Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 7
  • 8. gmo = 2(15mA) / ½-3V½ = 30 x 10 -3 / 3 = 10mS ou 10.000mS a) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1- (0 / -3)] = 10mS ou 10.000mS b) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1 - (-1,2 / -3)] = 6mS ou 6.000mS c) gm = gmo(1- VGS / Vp) = 10mS[1 - (-1,7 / -3)] = 4,33mS ou 4.330mS rds(on) : resistência drain-source para o dispositivo ligado. A resistência dreno-fonte para o dispositivo ligado é importante quando se utiliza o mesmo como chave eletrônica. Quando o FET está polarizado em sua região de saturação, ou ôhmica, de operação, apresenta uma resistência entre dreno e fonte de dezenas e algumas vezes centenas de ohms. PARTE PRÁTICA MATERIAIS NECESSÁRIOS 1 - Gerador de áudio 1 - Fonte de alimentação 0-20V 1 - Osciloscópio 1 - Multímetro analógico ou digital 1 - Módulo de ensaios ELO-1 CIRCUITO AMPLIFICADOR FONTE COMUM: Como sabemos, a curva de transcondutância do FET é parabólica, e por isso a operação do amplificador fonte comum produz uma distorção quadrática. Em virtude disso, é um amplificador muito utilizado para operar somente com sinais de pequena amplitude. Devido ao fato de gm ser relativamente baixo, o amplificador fonte comum tem como conseqüência um ganho de tensão relativamente baixo. Desta forma, os amplificadores com FET não podem competir com amplificadores com transistores bipolares, quando o ganho de tensão é fator preponderante. 1 - Monte o circuito da figura a seguir: Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 8
  • 9. 2 - Suponha que o FET usado no circuito tenha um ganho típico da ordem de 2.000mS. Calcule o ganho de tensão sem carga (A), a tensão de saída (Vout) e a impedância de saída (rout). Anote esses valores na tabela 1. 3 - Para o amplificador com carga infinita (sem o resistor de carga RL), ajuste o gerador de áudio na entrada para 0,1Vpp a uma freqüência de 1kHz. 4 - Observe o sinal na saída, o qual deve ser uma senóide amplificada. Meça e anote a tensão de saída de pico a pico. Depois calcule o ganho de tensão. Anote suas respostas na tabela 1. 5 - Ligue o potenciômetro de 4,7kW como carga variável e ajuste a carga até que a tensão na saída seja a metade da tensão sem carga. (procedendo desta forma, você estará encontrando a impedância Thèvenin pelo método de casamento de impedâncias). 6 - Desligue o potenciômetro e meça sua resistência, anotando esse valor na tabela 1. 7 - Repita os passos 2 a 6 usando outro FET. TABELA 1 VALOR CALCULADO VALOR MEDIDO FET VOUT A rout VOUT A rout 1(T7) 2(T8) SEGUIDOR DE FONTE (DRENO COMUM): O amplificador dreno comum ou seguidor de fonte é análogo ao amplificador seguidor de emissor ou coletor comum. O ganho de tensão aproxima-se da unidade enquanto que a impedância de entrada aproxima-se do infinito, limitada apenas pelos resistores externos conectados ao terminal gate. É um circuito muito utilizado na entrada dos instrumentos de medida. Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 9
  • 10. 1 - Monte o circuito da figura abaixo: 2 - Suponha que o FET usado no circuito tenha um ganho típico da ordem de 2.000mS. Calcule o ganho de tensão sem carga (A), a tensão de saída (Vout) e a impedância de saída (rout). Anote esses valores na tabela 2. 3 - Para o amplificador com carga infinita (sem o resistor de carga RL), ajuste o gerador de áudio na entrada para 1Vpp a uma freqüência de 1kHz. 4 - Meça e anote a tensão de saída de pico a pico. Depois calcule o ganho de tensão. Anote suas respostas na tabela 2. 5 - Meça a impedância de saída pelo método de casamento de impedâncias, usado anteriormente. 6 - Desligue o potenciômetro e meça sua resistência, anotando esse valor na tabela 2. 7 - Repita os passos 2 a 6 usando outros FETs. TABELA 2 VALOR CALCULADO VALOR MEDIDO FET VOUT A rout VOUT A rout 1(T7) 2(T8) FORMULÁRIO: Ganho de tensão (amplificador fonte comum): A = - gmRD onde: A = ganho de tensão sem carga gm = transcondutância Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 10
  • 11. RD = resistência de dreno Resistência de saída (amplificador fonte comum): rs = 1/gm Resistência de saída (amplificador dreno comum): rs = RS // 1/gm QUESTÕES: 1 - A principal vantagem de um amplificador com FET é: a) seu alto ganho de tensão; b) sua baixa corrente de dreno; c) sua alta impedância de entrada; d) seu alto valor de transcondutância. 2 - Em relação a um amplificador convencional com transistor bipolar, podemos afirma que um amplificador com FET apresenta maior ganho de tensão: a) certo b) errado 3 - Em um FET de canal n em que condições ocorre a saturação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4 - O que é tensão de estrangulamento? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5 - Determine a corrente de dreno de um FET canal n com tensão de estrangulamento (Vp) = -3,75V; IDSS = 9mA, para as seguintes tensões gate-source (VGS): 0V; -1,15V; -1,5V; -1,75V e -2,3V (apresentar cálculos). Cálculos: Transistor de efeito de campo (FET) – Prof. Edgar Zuim 11