Este documento apresenta uma introdução sobre editoração ministrada por Fernando de Assis Rodrigues na Universidade Estadual Paulista. Ele inclui informações sobre o objetivo do curso, conteúdo programático, composição de notas, seminários e contatos do professor.
1. Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”
Introdução a Editoração
M.Sc. Fernando de Assis Rodrigues
Departamento de Ciência da Informação
Faculdade de Filosofia e Ciências
Campus Marília, SP
2. Contatos
E-mail: fernando (at) elleth.org
Twitter: @orionx7
Facebook: Fernando de Assis Rodrigues
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3. Objetivo
A partir dos conhecimentos
adquiridos nesta disciplina, o
aluno conhecerá
caraterísticas sobre a área de
editoração para uso em sua
vida acadêmica e
profissional. Fonte: Gizmodo
Disponível em: <http://bit.ly/RBjXw0>.
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4. Computadores e outros dispositivos
trabalhando para vocês...
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5. Conteúdo Programático
● Editoração
● História
● Editoração Digital
● Composição do Preço de um Livro
● Seminários
● Desenvolvimento em PageMaker/InDesign
● Debate
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6. Composição de Notas
Descrição Nota
Participação em Sala/Debate 1,0
Trabalhos 1,5
6,0 (3,0 texto e 3,0
Seminários
seminário)
Desenvolvimento no
1,5
PageMaker/InDesign
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7. Seminários
● Texto elaborado de 10 a 15 laudas
● ABNT
● A posteriori editado no PageMaker ou InDesign
● Abordagem do tema é livre ao grupo/aluno
● Apresentação de até 30 minutos
● Objetivo: gerar discussão
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8. Seminários
1.Historia da editoração e do Livro
2.A editoração no Brasil
3.Fases do processo de Editoração
4.Classes de Documentos e tipos de textos/publicações
5.As Partes de um Livro
6.Normalização: Notas, Citações e Ref. Bibliog.,Vocab.
Ortografia e Redução
7.O sinais e as fases do processo de revisão
8.Os sistemas de impressão
9.Lei do Livro: Lei 10.753, de 30 de outubro de 2003 – Política
Nacional do Livro
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9. Seminários
10.As novas tecnologias no processo da produção de livros
11.O impacto dos novos suportes tecnológicos na editoração
12.O Mercado do Livro e o Mercado Editorial Brasileiro
13.Editoração Eletrônica
14.Creative Commons
15.Texto e Imagem: evolução da editoração e as novas
tecnologias
16.Direito Autoral e o trabalho do Editor
17.Design e Editoração
18.O Trabalho Editorial nos Periódicos Científicos
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11. “Façam o que fizerem, os autores não
escrevem livros. Os livros não são de
modo nenhum escritos. São
manufaturados por escribas e outros
artesãos, por mecânicos e outros
engenheiros, e por impressoras e outras
máquinas” (CHARTIER, R.)
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12. Para pensar...
Sejamos claros: o que é que eu tenho de fazer num concerto de
Rock?
Pagar o bilhete, bem mais caro que um livro (de cujo preço caro
sempre nos lastimamos, sem esquecer todo um universo que ele
tem de alimentar);E aplaudir.
Desse concerto, o que fica? Uma recordação.
Com um livro, é diferente.
É como entrar numa ilha desconhecida. Passados 5 anos, volta-se
à ilha e descobre-se novos caminhos que se julgava não existirem.
(SARAMAGO, 2005)
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13. Objetivos
● O Editor;
● Mercado Editorial;
● Modos de Edição;
● Prática Editorial Brasileira;
● Trabalho Editorial.
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15. O Editor
● Editor
● Origem Latina
● Dar à luz
● Publicar
● Início
● Na Roma antiga eram aqueles que assumiam a
responsabilidade de multiplicar e de cuidar das
cópias dos manuscritos originais dos autores,
zelando para que fosse correta a sua reprodução.
● Escravos copistas
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16. O Editor
Em latim “publicar um livro” se diz geralmente
edere, emittere, (di)vulgare, conforme Tönnes
Kleberg em “Comercio librario y actividad editorial
en el Mundo Antiguo”, in Cavallo, 1995, p. 71.
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17. O Editor
● Em português:
● a palavra editor foi dicionarizada pela primeira vez
no início do século XIX, em 1813 (CUNHA, 1982, p.
284).
● Para Emanuel Araújo:
● “Pessoa encarregada de organizar, selecionar,
normalizar, revisar e supervisionar, para
publicação, os originais de uma obra e, às vezes,
prefaciar e anotar os textos de um ou mais autores”
Araújo (1986, p. 35)
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18. O Editor
● Para Antônio Houaiss:
● “pessoa sob cuja responsabilidade, geralmente
comercial, corre o lançamento, distribuição e venda
em grosso do livro, ou de instituição, oficial ou não,
que, com objetivos comerciais ou sem eles, arca
com responsabilidade do lançamento, distribuição
e, eventualmente, venda do livro.” Houaiss (1983,
p.3)
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19. O Editor
● No inglês:
● Publisher → ação de:
– Multiplicar o exemplar em muitos outros identicos;
– Fazê-lo conhecido e acessível;
– Distribuído e vendido pelos canais competentes;
– “Proprietário ou responsável de uma empresa
organizada para a publicação de livros”.
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20. O Editor
● Lei 9.610/98:
● “Altera, atualiza e consolida a legislação sobre
direitos autorais e dá outras providências”.
● http://bit.ly/YO1BKb
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21. O Editor
● Lei 9.610/98, 5º artigo:
● IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou
interpretação ou de outros sons, ou de uma representação
de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra
audiovisual;
● X - editor - a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o
direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de
divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição;
● XI - produtor - a pessoa física ou jurídica que toma a
iniciativa e tem a responsabilidade econômica da primeira
fixação do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que
seja a natureza do suporte utilizado;
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22. O Editor
● Lei 9.610/98, 5º artigo:
● XII - radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por
satélites, de sons ou imagens e sons ou das representações
desses, para recepção ao público e a transmissão de sinais
codificados, quando os meios de decodificação sejam
oferecidos ao público pelo organismo de radiodifusão ou com
seu consentimento;
● XIII - artistas intérpretes ou executantes - todos os atores,
cantores, músicos, bailarinos ou outras pessoas que
representem um papel, cantem, recitem, declamem,
interpretem ou executem em qualquer forma obras literárias ou
artísticas ou expressões do folclore.
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23. O Editor
● Editor ou Autor?
● Podem se confundir em determinadas situações:
● Pode ser “a causa principal” ou “a origem de”
(atributos do autor).
– Enciclopédias;
– Dicionários;
– Atlas geográficos;
– Almanaques;
– Coletâneas de textos;
– Antologias literárias.
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24. O Editor
● Sua participação:
● Incisões;
● Revisão;
● Copidesque (copy desk) – “[...] revê, corrige,
aperfeiçoa, quanto ao conteúdo e à forma, textos
literários, científicos, jornalísticos etc. / Corpo de
redatores encarregados desse trabalho. / Ato ou
efeito de copidescar” (KINGHOST, 2012);
● Intervenções no título.
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25. O Editor
● Ponte entre o autor e o leitor;
● Todo o processo se concretiza a partir de sua
decisão na seleção de originais:
● Publicar ou Recusar?!
Fonte: Toonpool.com
Disponível em: <http://bit.ly/SxmTa5>.
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26. O Editor
● Grandes preocupações:
● Qual o público-alvo?!
● Como serão produzidos!?
● Como serão distribuídos?!
● Como serão divulgados!?
● Impresso ou digital? Ou os dois?
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27. O Editor
● Características específicas:
● Saberes:
– Escolher;
– Fabricar;
– Distribuir.
● Responsabilidades:
– Profissionais;
– Sociais;
– Econômicas, Financeiras e Administrativas;
– Judiciais (junto com os autores).
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28. O Editor
● Com a produção em série do livro:
● O domínio sobre a produção “liberta-se” dos
poderes estabelecidos:
– Poder religioso;
– Monarquias.
● Os livros antes restritos passam a ser produzidos e
distribuídos a um público mais amplo:
– Novos leitores podiam comprar e levar para casa;
– Volumes portáteis e a preços menores.
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30. O Mercado Editorial
● Século XV:
● Livreiros começam a se organizar;
● Editores não possuíam o monopólio de suas
edições.
● Editores, Livreiros e Impressores:
● Vigiados pelas igrejas e por regulamentações;
● Muitos editores e livreiros pagaram com a vida;
● Outros enriqueceram trabalhando para o poder
instituído.
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31. O Mercado Editorial
● Séculos XVI e XVII:
● Vendedores ambulantes;
● (fins do séc. XV na Alemanha e início do XVI na França e
Inglaterra) privilégios começam a ser concedidos para
manuscritos submetidos e aprovados:
– Aumento do controle das autoridades.
● Os escritores recebiam apenas alguns exemplares:
– Quando havia pagamento as somas eram baixas.
● Pagamento pelo trabalho Intelectual = Decadência do escritor;
● Grande desenvolvimento do comercio de livraria:
– Ampliação do público-leitor;
– Bibliofilia.
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32. O Mercado Editorial
● Séculos XVI e XVII:
● Desenvolvimento do Capitalismo Europeu:
– Especialização:
● Impressores (Fabricação);
● Livreiros (Comercialização).
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33. O Mercado Editorial
● Século XVIII:
● (início) a Inglaterra passa a reconhecer ao autor a propriedade sobre
seus textos e o direito sobre a reprodução (copyright);
● (até o final) outros países reconhecem esses direitos.
● Século XIX:
● Surge o editor-empresário → Sem vínculos com a tipografia nem com a
livraria.
● Surge o editor-escolar;
● Coleções voltadas para os segmentos populares:
– Preços muito reduzidos.
● Expansão do comércio de livros;
● Internacionalização;
● Formação de grandes redes editoriais.
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34. O Mercado Editorial
● Século XX:
● Hegemonia do editor-empresário;
● Emergência da chamada cultura da imagem:
– Industria do cinema;
– Era do rádio;
– Televisão.
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35. O Mercado Editorial
● Século XX:
● Busca de novas fórmulas editoriais:
– Coleções em formato de bolso:
● Penguin Books (1935).
– Projetos com grandes tiragens;
– Novas tecnologias gráficas;
– Coleções baratas e acessíveis;
– Produto simples;
– Padrão editorial comum para toda a série;
– Obras de grande valor cultural;
– Redução de custos e lucros por unidade;
– Preferência para domínio público.
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36. O Mercado Editorial
● Século XX:
● Novos tipos de editores:
– Editor-executivo, editor-autônomo;
– Ampliação da função:
● Diferentes mídias;
● Mundo digital (final do Séc XX, início do Séc XXI).
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38. Modos de Edição
Os três modos de edição (Chartier, 1994, 13-40)
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39. Modos de Edição
● O primeiro, anterior à imprensa:
● […] constitui-se pelo ato de tornar público um texto,
cujo manuscrito tenha sido verificado e autenticado
pelo autor.
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40. Modos de Edição
● O segundo, chamado do “antigo regime
tipográfico”:
● França, de 1470 até os anos de 1830;
● Controle total por parte dos mercadores livreiros e
baixos resultados para os escritores.
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41. Modos de Edição
● No terceiro, surge a edição como profissão
autônoma e o editor no sentido moderno do
termo:
● Com as primeiras iniciativas de controle e garantias
de direito autoral e regulamentação de mercado.
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43. Prática Editorial Brasileira
● Antes:
● Proibido pela corte.
Fonte: Blog do Jean Ganso
Disponível em: <http://bit.ly/YO25jr>.
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44. A Prática Editorial Brasileira
(Araújo, 1986)
● Primeira fase:
● 13/05/1808 – Impressão Régia;
● Necessidades do governo;
● Tipografias de jornais e revistas;
● Pequeno repertório;
● Papel de baixa qualidade;
● Preocupação com a impressão maior que com a
técnica da editoração;
● Principais títulos impressos na França ou em
Portugal (status).
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46. A Prática Editorial Brasileira
(Araújo, 1986)
● Segunda fase:
● Propiciada durante e após a Primeira Guerra
Mundial;
● Monteiro Lobato (Revista do Brasil) (1917 a 1925):
– Surgimento de novos talentos.
● Companhia Editora Nacional com a coleção
Brasiliana.
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47. Fonte: Blog Acervo Monteiro Lobato
Disponível em: <http://bit.ly/QGXcoT>.
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48. A Prática Editorial Brasileira
(Araújo, 1986)
● Coleção Brasiliana
● Editada originalmente pela Companhia Editora
Nacional no período de 1931 a 1993, a Coleção
Brasiliana reunia 415 volumes de autores
brasileiros e estrangeiros.
● O projeto Brasiliana Eletrônica vai digitalizar todo o
acervo da Coleção e exibi-lo de forma aberta neste
website.
– http://www.brasiliana.com.br/
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49. A Prática Editorial Brasileira
(Araújo, 1986)
● Terceira fase:
● Editoração profissional;
● Maior preocupação com os originais;
● Meados da década de 60 e 70:
– Antônio Houaiss, Editora Vozes
● Definidos os limites do ensino para a atividade;
● Fortalecimento dos primeiros cursos específicos
(FGV,USP, etc.).
– http://emec.mec.gov.br/
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51. Trabalho Editorial
● Exame do conteúdo;
● Produção;
● Comercialização.
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52. Trabalho Editorial
● Exame do conteúdo:
● Seleção:
– Conteúdo vs Linha Editorial;
– Originalidade do Texto;
– Situação do Mercado;
– Qualidade do material;
– Adequação de Textos estrangeiros;
● Consultores externos.
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53. Trabalho Editorial
● Exame do conteúdo:
● Aspectos legais:
– Lei 9.610/98
– Public domain tracker → http://bit.ly/RHH0hK
● Transformações, cortes e ampliações:
– Toda modificação é sempre discutida com o autor;
– (-)Poesia -> textos técnicos(+);
– Em alguns casos o editor se confundo com o papel de autor;
● como exemplo, pode-se incluir muitas obras conhecidas de referência, como
enciclopédias, dicionários, atlas geográficos, almanaques, coletâneas de
textos, antologias literárias, etc., que, não por acaso, recebem no título,
muitas vezes, o nome dos editores, como se autores fossem.
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54. Trabalho Editorial
● Produção:
● Projeto Gráfico:
– Todas as partes do livro.
● Compaginação:
– Respeitando limitações técnicas;
– Adequando ao público-alvo:
● Formato
● Tamanho;
● Fórmulas;
● Diagramas.
– Normalização interna:
● Citações;
● Tipos e tamanhos de letras;
● Sequência de ilustrações.
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55. Trabalho Editorial
● Produção:
● Revisão das Provas:
– Concordância do autor.
● Apresentação formal do livro:
– Projeto da capa;
– Relação texto/imagem;
– Caixa de texto;
– Início de Parágrafo;
– Cor da Tinta.
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56. Trabalho Editorial
● Produção:
● Análise Econômica:
– Custos;
– Relação com o público;
– Adequação as tecnologias.
● Acabamento:
– Dobras;
– Tamanho das folhas;
– Cadernos.
● Planejamento da Publicação (cronograma).
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57. Trabalho Editorial
● Comercialização:
● Promoção e Divulgação:
– Adequação ao público-alvo;
– Criar demanda;
– Buscar meios de divulgação;
● Tv, Resenhas, material promocional, mala direta, eventos, etc.
– Adequação custo/benefício.
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63. A Cadeia Produtiva do Livro
● A cadeia produtiva do livro é formada pelos setores autoral,
editorial, gráfico, produtor de papel, produtor de máquinas
gráficas, distribuidor, atacadista, livreiro e bibliotecário,
cada um deles composto por um grande número de
empresas. (NARDON, C. M., 2010)
● O relacionamento entre empresas de dois setores é o que
forma um mercado.
● Mercado de direitos autorais, que envolve autores e editores;
● Mercado da manufatura gráfica, que envolve editores e gráficos;
● Mercado do papel;
● Mercado das máquinas;
● ...
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64. A Cadeia Produtiva do Livro
● O Mercado do Livro é composto por:
● As relações entre editor e livreiro;
● Com intervenções de Atacadistas e Distribuidores;
● E a interação entre varejistas e consumidores
finais;
● Consumidores Finais: Indivíduos e Bibliotecas.
● Todas as relações envolvidas nesse tipo de
mercado contribuem para a definição do preço
livro.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 64
65. A Cadeia Produtiva do Livro
A produção de livros pelas editoras, da forma
como se dá atualmente, pode ser descrita como
um tipo de economia de escala, ou seja, o
aumento da produção das empresas é
acompanhado pela redução do custo unitário
médio dos livros editados, porquanto o preço dos
insumos utilizados aumenta menos do que
proporcionalmente.
(EARP KORNIS apud NARDON, C. M. 2010).
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 65
66. A Cadeia Produtiva do Livro
Segundo Gabriel Zaid, para financiar qualquer
livro, basta encontrar três mil leitores dispostos a
pagar o equivalente a seis horas de salário
mínimo. Se o número de leitores interessados
subir para trinta mil, será possível diminuir o
preço desse mesmo livro pela metade.
(NARDON, C. M. 2010)
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67. A Composição do Preço de um Livro
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 67
68. A Composição do Preço
● O que compõe o preço de um livro:
● Custos, que podem ser:
– Diretos e Indiretos;
– Fixos e Variáveis.
Custos Diretos Indiretos
Fixos
Variáveis
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 68
69. A Composição do Preço
● Custos Diretos:
● São todos os custos que podem ser atribuíveis a um
determinado produto (porém não necessariamente
custos de um único exemplar:
– Revisão;
– Preparação de original;
– Ilustrações;
– Desenhos;
– Composição;
– Processo de produção;
– Promoção específica;
● Folhetos, cartazes, evento de lançamento da obra, etc.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 69
70. A Composição do Preço
● Custos Indiretos:
● Despesas gerais da editora, que não podem ser
atribuídas diretamente a determinadas obras:
– Alugueis;
– Salários e Bonificações;
– Custos de Capital;
– Logística;
– Comercialização.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 70
71. A Composição do Preço
● Custos Fixos:
● Independem do volume produzido (tiragem) da
obra;
● São exigidos para produção de um ou milhares de
exemplares.
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72. A Composição do Preço
● Custos Variáveis:
● Relacionados diretamente ao volume produzido:
– Papel;
– Acabamento e outros.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 72
73. A Composição do Preço
Custos Diretos Indiretos
Aluguel
Redação
Salários
Fixos Composição
Luz e telefone
1a. Folha impressa
Redação
Impressão
Custo do capital
Variáveis Papel
Comercialização
Acabamento
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74. A Composição do Preço
● Outros fatores a serem considerados:
● Margem de comercialização:
– Descontos concedidos aos livreiros e distribuidores.
● Direitos autorais:
– Percentual sobre o preço de venda de cada livro
vendido.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 74
75. A Composição do Preço
● Os custos ocorrem em:
● Percentuais (%):
– Direitos autorais;
– Comercialização.
● Valores absolutos (R$):
– Custos diretos e indiretos.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 75
76. A Composição do Preço
A despeito de a produção de livros ser uma
atividade barata e de um único sucesso editorial
pagar uma centena de fracassos (a maior parte
do lucro de uma editora provém de alguns títulos,
e às vezes de apenas um), a atividade de
publicar livros envolve grande risco. A maior
dificuldade das editoras é que nunca se sabe qual
será a reação do consumidor diante de um
produto.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 76
77. A Composição do Preço
No caso do livro, do disco e do cinema, por
exemplo, aproximadamente a cada 10 obras,
uma dá lucro, duas se pagam e sete dão prejuízo.
(EARP e KORNIS, 2005)
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 77
78. A Composição do Preço
● Na prática, os editores baseiam seus cálculos
em fatores de mercado, mas o cálculo é sua
referência inicial:
● Poder aquisitivo do público-alvo;
● “Peso” do autor;
● Dimensão do público-alvo;
● Possíveis concorrentes.
● São considerados também a questão das
possíveis reimpressões no cálculo.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 78
79. A Composição do Preço
● Para o editor, a melhor opção é o maior
número de reimpressões com a menor
quantidade de alterações;
● O melhor catalogo (para o editor) é aquele que
se pode reimprimir anualmente com grandes
tiragens;
● O difícil é identificar em que faixa cada título
pertencerá (lucro, “se paga”, prejuízo).
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80. Item Descrição Cálculo Resultado
1 Direito do autor 10% do valor R$ 6,32
2 Custo fixo indireto R$ 500,00 R$ 500,00
R$ 2,00
3 Custo variável indireto R$ 200,00
(x100 pontos de publicação)
36 horas
4 Custo Fixo Direto R$ 360,00
(R$ 10,00 por hora)
R$ 8,00 + R$2,00 + R$ 10,00
5 Custo variável Direto R$ 20,00
(Impressão, Papel e Acabamento de 1 exemplar)
Comercialização e
6 50% R$ 31,60
Distribuição
7 Margem da Editora 5% R$ 3,16
8 Tiragem 500 -
9 Custo Total de Produção Itens: 2+3+4+(5*8) R$ 11.060,00
10 Custo por Exemplar R$ 11.060,00/500 R$ 22,12
Custo por Exemplar/(100%-(Dir. Aut - Desconto Com.
11 Valor de Venda R$ 63,20
Dist. - Margem Edit.))
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Custo Total de Produção / (Custo por Exemplar +
12 Quantidade Mínima 438 unidades
Margem da Editora)
81. Exercício
● Simular a venda de um best-seller, acertando o
melhor preço, sua sua opinião (tuning).
● Leitura:
● http://bit.ly/OypPyX
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 81
85. e-Book
● Livro “eletrônico”:
● Formato Digital (Suporte);
● Textos;
● Imagens;
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 85
86. e-Book
● Em alguns casos, possui estrutura “idêntica” ao
impresso.
● Também pode existir apenas no formato digital.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 86
87. e-Book
● Leitores
● E-Book readers
– Dispositivos que tornam “legíveis” os e-books, através de
aplicativos instalados no sistema operacional.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 87
88. e-Book Readers
● Kindle;
● Amazon:
● ← 3ª geração;
● Wifi, 3G;
● Propagandas (ou não);
● Tela elaborada para
leitura textual similar a
experiência de um livro
impresso.
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 88
92. Smartphones
● Smartphones
● Loja de aplicativos
– Kindle
– Adobe Reader
– …
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93. Tablets
● Tablets
● Loja de aplicativos
– Kindle
– Adobe Reader
– …
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94. Aplicativos
● Google Play Books
● http://bit.ly/VAePpI
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 94
95. Aplicativos
● Ibook App na Apple Store
● http://bit.ly/UNvtmr
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 95
96. Aplicativos
● Kindle Fire
● http://bit.ly/OQK4h3
● http://bit.ly/Pi6hjO
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 96
97. Aplicativos
● Livraria Cultura (Android e iOS)
● http://bit.ly/UshZtl
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 97
98. Conteúdo
● Alice para iPad
● http://bit.ly/QR0Zwi
● Portable Digital Format (PDF)
● http://www.culturaacademica.com.br/
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 98
99. Wiki
● Desenvolvimento colaborativo de obras:
● WikiLivros: http://bit.ly/SMte0Y
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 99
100. E-Books no Ensino
Fonte: Online Universities
Disponível em: <http://bit.ly/WIZFxc>
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 100
101. Atividade
● Pesquisar 15 obras (de sua escolha):
● Ebook (amazon)
● Livraria estrangeira
● Livraria brasileira
● LEMBRANDO: LIVROS SÃO ISENTOS DE
IMPOSTOS NA IMPORTAÇÃO!!!
● Entregar em um arquivo Excel via e-mail
Fernando de Assis Rodrigues - 2012 101