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Teorias da Comunicação Digital
Pós Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais
                                                      2012




                          Pablo Moreno Fernandes Viana
Aula 03
Comunicação Digital e Contemporaneidade
Mídia locativa e territórios
informacionais
André Lemos. UFBA
Mídia locativa



                 Conjunto de tecnologias e
                 processos infocomunicacionais
 Conceito       cujo conteúdo informacional
                 vincula-se a um lugar
                 específico.
Mídia Locativa



                 Categoria gramatical que
                 exprime lugar, indica
                 localização final ou o
 locativo       momento de uma ação.
Mídia locativa




             Dispositivos informacionais digitais cujo
           conteúdo da informação está diretamente
                             ligado a uma localidade.
Mídia locativa



 Processo de emissão e
                              Estabelece uma relação
  recepção de informação a
                               entre lugares e dispositivos
  partir de um determinado
                               móveis até então inédita.
  local.
Mídia locativa



 Conjunto de processos e
  tecnologias caracterizado
  por emissão de informação
  digital a partir de
  lugares/objetos.
Para que servem?
Para que servem as mídias locativas?



Servem para funções de
monitoramento, vigilância,
mapeamento,
geoprocessamento,
localização, anotações e
jogos.
Mídia locativa



Os lugares e objetos passam
a dialogar com dispositivos
informacionais, enviando,
coletando e processando
dados.
Mídias locativas


Têm sido bastante utilizadas
por empresas, artistas e
ativistas como forma de
marketing, publicidade, contr
ole de produto, escrita e
releitura do espaço
urbano, forma de apropriação
e ressignificação das cidades.
Mídias locativas


 O termo foi proposto em
  2003 por Karlis Kalnins, em
  estudos com o objetivo de
  distinguir as explorações
  criativas do uso
  corportativo dos “location-
  based services”.
Antes de 2003 já havia
mídias locativas?
É possível existir mídias locativas analógicas, desvinculadas das
tecnologias da comunicação digital?
Mídias locativas analógicas?
 Uma placa de pizzaria, de um hotel, por exemplo. Contém
  uma informação agregada a uma localidade.
Mídias locativas analógicas

No entanto, essa informação é estática. Não há processamento
de informação, não se sabe quando foi vista, nem por quem,
nem para que uso.
Mídia locativa digital                 Mídia locativa analógica
Personalização da informação,          Informação massiva genérica sem
identificação do usuário. Mídia        feedback ou processamento.
“smart”.
Dados digitais e bancos de dados com   Dados primários estáticos
informações de contexto local.
Emissão por redes sem fio e captação Estática, “vista ao acaso”.
em dispositivos móveis. Pervasiva e
sensitiva.
Processamento e customização da        Não processa informação.
informação (controle,
monitoramento, personalização).
Dados variáveis e modificáveis em      Dados estáveis.
tempo real.
Mídia locativa: Classificação
 Realidade Aumentada    Mapeamento e
                          Monitoramento




 Geotags                Anotação urbana
Realidade Móvel Aumentada



                           Visualização das informações
                           sobre determinada localidade
Mobile Augmented Reality
                           num dispositivo
Applications (MARA)
                           móvel, “aumentando” a
                           informação.
Mapeamento e monitoramento
de movimento



Funções locativas aplicadas a
formas de mapeamento
(mapping) e monitoramento
do movimento através de
dispositivos móveis.
Amsterdam Realtime



Tem como objetivo mapear os
percursos dos usuários          As pessoas se adaptam ao
mostrando que uma cidade é       seu entorno e extraem
feita de inúmeras cidades, e     estrutura e identidade do
que o percurso constrói uma      material ao seu alcance.
vivência específica.
Geotags



 O objetivo é agregar
  informação digital em
  mapas, podendo ser
  acessadas por dispositivos
  móveis.
Geotags



 No Flickr, pode-se, a partir
  de geotags, agregar
  informação textual a mapas
  de localidades específicas.
Geotags



 Projeto CitMedia: Combinação     A informação é exibida em
  de geotags e                      mapas e os internautas podem
  jornalismo, agregando             saber onde um evento
  informações enviadas via SMS.     jornalístico está acontecendo.
Geotags
City of Santa Monica Parking: Utiliza geotag para mostrar, em
tempo real, vagas livres em um estacionamento.
Geotags



 Ask City:
  Informações
  diversas
  indexadas a
  locais de
  uma cidade.
Anotações urbanas




 Formas de apropriação do     Anotações físicas: Cartazes,
  espaço urbano a partir de     bilhetes, outdoors,
  escritas eletrônicas.         grafites.
Anotações urbanas


 As mídias locativas
  permitem anotações
  eletrônicas usando
  celulares, palms, etiquetas
  RFID ou redes bluetooth
  para indexar mensagens
  (SMS, vídeo, foto) a
  lugares.
Anotações urbanas
Projeto Yellow Arrows:
projeto global de arte pública
dedicado ao
compartilhamento de
experiências locais.             Sempre inspirados por
                                 elementos materiais dos
                                 locais onde são
o processo tem início quando     afixados, esses textos variam
um participante do projeto       entre pequenos fragmentos
afixa em determinado ponto da    poéticos, histórias pessoais e
cidade uma seta amarela com      propostas de ação.
um código único e, em seguida,
envia por SMS um pequeno
texto à central do projeto.
Anotações urbanas
 Quando outra pessoa encontra a Yellow Arrow, ela envia uma
 mensagem o código da seta para o número da central e imediatamente
 recebe um SMS com o texto previamente cadastrado.
Anotações urbanas



                Música + Compartilhamento +
                Mobilidade. Os usuários do
                metrô podem fazer upload de
 Undersound
                músicas para sistemas e
                podem baixar músicas
                deixadas por outros usuários.
Anotações urbanas


                Os usuários podem agregar
                informações a um local a
                partir de SMS. O sistema
 Geonotes      localiza por GPS
                automaticamente onde o
                usuário está, mostrando as
                mensagens indexadas.
Wireless Mobile Games



 Trata-se de jogos realizados
  nos espaços urbanos que        Também são conhecidos como
  agregam várias funções das     jogos urbanos.
  mídias locativas.
Wireless Mobile Games



                         O objetivo é procurar pelo Tio
                         Roy pela cidade e encontrá-lo
                         em 60 minutos. Utiliza-se um
 Uncle Roy All Around
                         palmtop para receber as
                         informações sobre a
                         localização do seu alvo.
Wireless Mobile Games


                                No final do jogo o Uncle Roy
                                faz várias perguntas aos
O Uncle Roy envia mensagens
                                jogadores, incluindo: "Quando
e instruções para o jogador e
                                você pode começar a confiar
os jogadores que estão na rua
                                em um estranho?". Os
interagem com os jogadores
                                criadores do jogo afirmam
que estão online.
                                que seu objetivo é explorar os
                                limites entre estranhos.
Wireless Mobile Games


                 Versão de rua do pacman
                  original. Os jogadores
                  representam o Pacman e os
PAC-Manhattan     fantasminhas. A
                  coordenação se dá por
                  telefones celulares e redes
                  wi-fi.
Wireless Mobile Games

                                O Pac-Man come as bolinhas
Cada jogador tem um
                                (que não existem de verdade)
"general" que fica em uma
                                simplesmente atravessando
sala de controle, olhando num
                                um quarteirão inteiro da
mapa. Sempre que um
                                cidade. Alguns cruzamentos
jogador atinge um
                                têm comprimidos de
cruzamento, ele informa sua
                                energia, que tornam o Pac-
posição ao general que, com
                                Man invencível e permitem
os dados, pode rastrear sua
                                que ele coma fantasmas
localização no mapa.
                                durante dois minutos.
Pac-Manhattan



Todas estas informações são divulgadas
entre os jogadores e generais, para que
todos saibam o que está acontecendo.
Mídias locativas
Objetos e espaços cotidianos tornam-se máquinas
comunicacionais, trocando informação e identificando objetos/pessoas
e movimentos.
Mídias locativas


Os indexadores eletrônicos passam a ser novas formas de
vigilância e controle do espaço urbano e da mobilidade social.
Território comunicacional



Espaços híbridos de controle
eletrônico-informacional e
físico em mobilidade no
espaço urbano.
Paisagem comunicacional
contemporânea
                        Formada por processos
                         massivos, com o fluxo
                informacional centralizado, e
                                          pós-
                massivos, customizados, onde
                             qualquer um pode
                produzir, processar, armazena
                     r e circular a informação
                       sobre vários formatos e
                                  modulações.
Hibridação


Do espaço físico com o ciberespaço




O fluxo de comunicação se dá por redes sem fio e dispositivos
móveis, o que caracteriza a comunicação ubíqua, senciente e
pervasiva das mídias locativas.
O espaço urbano é
socialmente produzido

A cidade é o espaço físico das práticas sociais e o urbano é a
invenção dessas práticas.




As mídias locativas permitem a ressignificação dos ambientes.
O espaço urbano é
socialmente produzido

                O urbano da cibercidade



 Ciberurbe


                Dimensão simbólica
                imaginária, informacional das
                cibercidades contemporâneas.
Novo lugar para as
trocas informacionais
A esfera midiática emerge de objetos que emitem localmente
informações que são processadas através de artefatos móveis.
Espaço + mobilidade + tecnologia
Relação das mídias
 locativas com a
    ciberurbe
Mídias locativas e ciberurbe


As mídias locativas são, portanto formas de apropriação e
transformação do espaço urbano.



 Andar como forma de criar território: apropriação do sistema
  topográfico pelo pedestre. Formas de desterritorialização e, ao
  mesmo tempo, novas territorializações pelo controle do fluxo
  informacional.
Território Informacional



Área de controle do fluxo
                               É um espaço formado pela
informacional digital em uma
                               relação entre o espaço
zona de interseção entre o
                               eletrônico e o espaço físico. É
ciberespaço e o espaço
                               um espaço movente, híbrido.
urbano.
Território Informacional



Cria um lugar dependente dos
espaços físicos e eletrônicos.
O lugar se configura por
atividades sociais que criam
pertencimentos.
Mídia locativa e
territórios informacionais


                                 O indivíduo controla o fluxo
                                 de entrada e saída da
 A grande diferença: Sinergia   informação no espaço aberto.
  entre o espaço urbano, a       O controle da informação em
  mobilidade social e o espaço   mobilidade e no espaço
  eletrônico.                    público constitui a grande
                                 diferença em relação aos
                                 meios massivos.
Cinco heterotopias do
controle informacional

A heterotopia é uma espaço real, formado na própria fundação
da sociedade (Foucault).
Cinco heterotopias do
controle informacional



                       A cibercultura cria
1. Toda cultura cria
                       heterotopias do controle
heterotopias.          informacional.
Cinco heterotopias do
controle informacional



2. A heterotopia     Redimensiona as
muda de função com   heterotopias do
o tempo.             desvio, do cumulativo.
Cinco heterotopias do
controle informacional


3. A heterotopia      O espaço informacional é
sobrepõe vários       um exemplo dessa
                      reconfiguração de
espaços em um só      espaços porque é uma
espaço (ex: Cinema,   intersecção entre o
teatro).              urbano e o eletrônico.
Cinco heterotopias do
controle informacional


4. A heterotopia está
ligada a pequenas       Tempo real de acesso e
parcelas de tempo       controle da informação.
(festivais, feiras).
Cinco heterotopias do
controle informacional


5. As heterotopias
                      O acesso é para os que
tem um sistema de
                      possuem senhas
abertura/fechamento   informacionais.
.
Cinco heterotopias do
controle informacional



Esses cinco princípios podem ser encontrados nos
territórios informacionais. Eles são, portanto, heterotopias
do controle informacional.
Mídia locativa e territórios
informacionais


Os        rios informacionais     o vinculados aos demais
      rios, sejam eles culturais,     ticos, subjetivos,
corporais,         ficos, e o       m utilizados para
monitoramento, vigilância e controle sobre os        duos e
seus movimentos na ciberurbe.
Mídia locativa e territórios
informacionais


Reconhecer os        rios informacionais pode ser til
como instrumento       tico, mas         m      tico e
comunicacional, já que se trata da          o de direito
privacidade, a processos de vigilância e controle.
Mídia locativa e territórios
informacionais

                                 Para     m da publicidade
                                     cil e do marketing das
  dia locativas, heterotopias            empresas, deve-se
do controle informacional,         encorajar a           o de
       rios informacionais                do, a             o
    o reconfigurando as                   criativa do espaço
   ticas comunicacionais nas        urbano, a         o para
cidades.                               com os processos de
                                       o da privacidade, de
                                   controle e de vigilância.
Redes Sociais
Denise Cogo e Liliane Dutra Brignol
Transformações da rede



                                 Não deixam de comportar
 Redes: Estratégias de           relações de poder
  interações sociais, espaços     expressas nas disputas,
  de intercâmbios flexíveis e     hierarquias e assimetrias
  em constante movimento.         que constituem a esfera da
                                  comunicação e da cultura.
As redes sociais
 Configuram interações    Podem apresentar-se como
  entre os sujeitos.        redes informais ou podem
                            ser organizadas formal
                            /institucionalmente.



                           Ou ainda podem ser
                            híbridas, entre as duas
                            configurações.
Complementaridade dos meios

                                 No entanto, ela não
                                  representa o fim dos meios
                                  de comunicação de massa.
 As redes sociais permitem
                                  A comunicação massiva
  uma nova lógica de
                                  continua a existir, mas é
  produção, na qual o sujeito
                                  impactada (e transformada)
  pode participar do
                                  por um modelo de
  processo.
                                  comunicação que amplia o
                                  espaço de participação do
                                  público.
Nova lógica



 Passa a existir uma
  interdependência entre as      Como uma mídia usa
  mídias, que vai ser             estéticas ou conteúdos
  chamado de convergência         desenvolvidos para outra
  midiática, multimidialidade     mídia.
  ou remidiação*.
Remidiação e convergência
 A novidade das mídias digitais estaria em suas estratégias
  singulares de remidiação da televisão, do cinema, da
  fotografia e da pintura, e de outros meios, através de
  releituras, referências, adaptação dos seus
  conteúdos, formatos e linguagens. (Bolter e Gruisin)


 Convergência dos modos de codificação: possibilidade de
  “empacotar”, em um único formato (no caso, o código
  binário), enunciados originalmente pertencentes a categorias
  semióticas distintas (texto, som e imagem). Essa
  indiferenciação viabiliza a reunião de tipos distintos de
  mensagens em um único suporte. (Fragoso)
Convergência
 a convergência pode ser      Ela pode ser
  pensada tanto como modo       entendida, ainda, como
  de apropriação do             reconfiguração do sistema
  conteúdo, através do uso      econômico e organizacional
  combinado de diferentes       das mídias administrado
  mídias, como padronização     por grandes grupos que, na
  do formato de                 maioria das
  armazenamento e               vezes, unificaram o
  distribuição, e como          processo produtivo para
  referência de uma mídia       diferentes
  em outras, através da         mídias, gerando, frequente
  aproximação de linguagens     mente, uma hibridação do
  e lógicas.                    conteúdo.
A cultura da convergência


 Jenkins: Fluxo de
  conteúdos através de
  múltiplas plataformas de
                               O público passa a ir a quase
  mídia, à cooperação entre
                                qualquer parte em busca de
  múltiplos mercados
                                experiências de
  midiáticos e ao
                                entretenimento.
  comportamento migratório
  dos públicos dos meios de
  comunicação.
Convergência


                             A convergência representa
                              uma transformação
                              cultural, à medida que
 Envolve as mídias
                              consumidores são
  tradicionais, o sujeito
                              incentivados a procurar
  comum e a apropriação
                              novas informações e fazer
  popular.
                              conexões em meio a
                              conteúdos de mídia
                              dispersos.
Participação
 A convergência não        A convergência está no
  acontece a partir de       cérebro dos consumidores
  aparelhos, por mais        individuais.
  sofisticados que estes
  venham a ser.


                            A convergência está nas
                             interações sociais dos
                             consumidores com os
                             outros.
Coletivo

                             É uma inteligência distribuída por
                             toda a parte, incessantemente
 Até mesmo o consumo        valorizada, coordenada em tempo
  virou uma experiência      real, que resulta em mobilização
  coletiva, integrante de    efetiva das competências.
  uma inteligência           Acrescentemos à nossa definição
  coletiva, como conceitua   este complemento indispensável: a
  Pierre Lévy.               base e o objetivo da inteligência
                             coletiva são o reconhecimento e o
                             enriquecimento mútuo das pessoas
Inteligência Coletiva


                                A inteligência coletiva pode
 Nenhum de nós pode saber      ser vista como uma fonte
  tudo; cada um de nós sabe     alternativa de poder
  alguma coisa; podemos         midiático.
  juntar as peças, se
  associarmos nossos recursos   No entanto, esse poder tem
  e unirmos nossas              sido utilizado mais
  habilidades.                  frequentemente para fins
                                recreativos.
E o que é, afinal, a
convergência?
Convergência Midiática


                              Consumidores estão
                              aprendendo a acelerar o fluxo
 É um processo tanto
                              de conteúdo de mídia pelos
  corporativo, de cima para
                              canais de distribuição para
  baixo, quanto um processo
                              aumentar as oportunidades de
  de consumidor, de baixo
                              lucros, ampliar mercados e
  para cima.
                              consolidar seus compromissos
                              com o público.
Convergência Midiática


 Às vezes, convergência
  corporativa e convergência
  alternativa se fortalecem
  mutuamente, criando
  relações mais próximas e
  mais gratificantes entre
  produtores e consumidores
  de mídia...
Convergência Midiática



 Às vezes essas duas forças
  entram em guerra, e essas
  batalhas irão redefinir a
  face da cultura popular.
Teorias da Comunicação Digital e Mídias Locativas

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Teorias da Comunicação Digital e Mídias Locativas

  • 1. Teorias da Comunicação Digital Pós Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais 2012 Pablo Moreno Fernandes Viana
  • 2. Aula 03 Comunicação Digital e Contemporaneidade
  • 3. Mídia locativa e territórios informacionais André Lemos. UFBA
  • 4. Mídia locativa Conjunto de tecnologias e processos infocomunicacionais  Conceito cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar específico.
  • 5. Mídia Locativa Categoria gramatical que exprime lugar, indica localização final ou o  locativo momento de uma ação.
  • 6. Mídia locativa Dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade.
  • 7. Mídia locativa  Processo de emissão e  Estabelece uma relação recepção de informação a entre lugares e dispositivos partir de um determinado móveis até então inédita. local.
  • 8. Mídia locativa  Conjunto de processos e tecnologias caracterizado por emissão de informação digital a partir de lugares/objetos.
  • 9.
  • 11. Para que servem as mídias locativas? Servem para funções de monitoramento, vigilância, mapeamento, geoprocessamento, localização, anotações e jogos.
  • 12. Mídia locativa Os lugares e objetos passam a dialogar com dispositivos informacionais, enviando, coletando e processando dados.
  • 13. Mídias locativas Têm sido bastante utilizadas por empresas, artistas e ativistas como forma de marketing, publicidade, contr ole de produto, escrita e releitura do espaço urbano, forma de apropriação e ressignificação das cidades.
  • 14. Mídias locativas  O termo foi proposto em 2003 por Karlis Kalnins, em estudos com o objetivo de distinguir as explorações criativas do uso corportativo dos “location- based services”.
  • 15. Antes de 2003 já havia mídias locativas? É possível existir mídias locativas analógicas, desvinculadas das tecnologias da comunicação digital?
  • 16. Mídias locativas analógicas?  Uma placa de pizzaria, de um hotel, por exemplo. Contém uma informação agregada a uma localidade.
  • 17. Mídias locativas analógicas No entanto, essa informação é estática. Não há processamento de informação, não se sabe quando foi vista, nem por quem, nem para que uso.
  • 18. Mídia locativa digital Mídia locativa analógica Personalização da informação, Informação massiva genérica sem identificação do usuário. Mídia feedback ou processamento. “smart”. Dados digitais e bancos de dados com Dados primários estáticos informações de contexto local. Emissão por redes sem fio e captação Estática, “vista ao acaso”. em dispositivos móveis. Pervasiva e sensitiva. Processamento e customização da Não processa informação. informação (controle, monitoramento, personalização). Dados variáveis e modificáveis em Dados estáveis. tempo real.
  • 19. Mídia locativa: Classificação  Realidade Aumentada  Mapeamento e Monitoramento  Geotags  Anotação urbana
  • 20. Realidade Móvel Aumentada Visualização das informações sobre determinada localidade Mobile Augmented Reality num dispositivo Applications (MARA) móvel, “aumentando” a informação.
  • 21.
  • 22. Mapeamento e monitoramento de movimento Funções locativas aplicadas a formas de mapeamento (mapping) e monitoramento do movimento através de dispositivos móveis.
  • 23. Amsterdam Realtime Tem como objetivo mapear os percursos dos usuários  As pessoas se adaptam ao mostrando que uma cidade é seu entorno e extraem feita de inúmeras cidades, e estrutura e identidade do que o percurso constrói uma material ao seu alcance. vivência específica.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Geotags  O objetivo é agregar informação digital em mapas, podendo ser acessadas por dispositivos móveis.
  • 28. Geotags  No Flickr, pode-se, a partir de geotags, agregar informação textual a mapas de localidades específicas.
  • 29.
  • 30. Geotags  Projeto CitMedia: Combinação  A informação é exibida em de geotags e mapas e os internautas podem jornalismo, agregando saber onde um evento informações enviadas via SMS. jornalístico está acontecendo.
  • 31. Geotags City of Santa Monica Parking: Utiliza geotag para mostrar, em tempo real, vagas livres em um estacionamento.
  • 32. Geotags  Ask City: Informações diversas indexadas a locais de uma cidade.
  • 33. Anotações urbanas  Formas de apropriação do  Anotações físicas: Cartazes, espaço urbano a partir de bilhetes, outdoors, escritas eletrônicas. grafites.
  • 34. Anotações urbanas  As mídias locativas permitem anotações eletrônicas usando celulares, palms, etiquetas RFID ou redes bluetooth para indexar mensagens (SMS, vídeo, foto) a lugares.
  • 35. Anotações urbanas Projeto Yellow Arrows: projeto global de arte pública dedicado ao compartilhamento de experiências locais. Sempre inspirados por elementos materiais dos locais onde são o processo tem início quando afixados, esses textos variam um participante do projeto entre pequenos fragmentos afixa em determinado ponto da poéticos, histórias pessoais e cidade uma seta amarela com propostas de ação. um código único e, em seguida, envia por SMS um pequeno texto à central do projeto.
  • 36. Anotações urbanas Quando outra pessoa encontra a Yellow Arrow, ela envia uma mensagem o código da seta para o número da central e imediatamente recebe um SMS com o texto previamente cadastrado.
  • 37.
  • 38. Anotações urbanas Música + Compartilhamento + Mobilidade. Os usuários do metrô podem fazer upload de  Undersound músicas para sistemas e podem baixar músicas deixadas por outros usuários.
  • 39.
  • 40.
  • 41. Anotações urbanas Os usuários podem agregar informações a um local a partir de SMS. O sistema  Geonotes localiza por GPS automaticamente onde o usuário está, mostrando as mensagens indexadas.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45. Wireless Mobile Games  Trata-se de jogos realizados nos espaços urbanos que Também são conhecidos como agregam várias funções das jogos urbanos. mídias locativas.
  • 46. Wireless Mobile Games O objetivo é procurar pelo Tio Roy pela cidade e encontrá-lo em 60 minutos. Utiliza-se um  Uncle Roy All Around palmtop para receber as informações sobre a localização do seu alvo.
  • 47. Wireless Mobile Games No final do jogo o Uncle Roy faz várias perguntas aos O Uncle Roy envia mensagens jogadores, incluindo: "Quando e instruções para o jogador e você pode começar a confiar os jogadores que estão na rua em um estranho?". Os interagem com os jogadores criadores do jogo afirmam que estão online. que seu objetivo é explorar os limites entre estranhos.
  • 48. Wireless Mobile Games  Versão de rua do pacman original. Os jogadores representam o Pacman e os PAC-Manhattan fantasminhas. A coordenação se dá por telefones celulares e redes wi-fi.
  • 49.
  • 50. Wireless Mobile Games O Pac-Man come as bolinhas Cada jogador tem um (que não existem de verdade) "general" que fica em uma simplesmente atravessando sala de controle, olhando num um quarteirão inteiro da mapa. Sempre que um cidade. Alguns cruzamentos jogador atinge um têm comprimidos de cruzamento, ele informa sua energia, que tornam o Pac- posição ao general que, com Man invencível e permitem os dados, pode rastrear sua que ele coma fantasmas localização no mapa. durante dois minutos.
  • 51. Pac-Manhattan Todas estas informações são divulgadas entre os jogadores e generais, para que todos saibam o que está acontecendo.
  • 52. Mídias locativas Objetos e espaços cotidianos tornam-se máquinas comunicacionais, trocando informação e identificando objetos/pessoas e movimentos.
  • 53. Mídias locativas Os indexadores eletrônicos passam a ser novas formas de vigilância e controle do espaço urbano e da mobilidade social.
  • 54. Território comunicacional Espaços híbridos de controle eletrônico-informacional e físico em mobilidade no espaço urbano.
  • 55. Paisagem comunicacional contemporânea Formada por processos massivos, com o fluxo informacional centralizado, e pós- massivos, customizados, onde qualquer um pode produzir, processar, armazena r e circular a informação sobre vários formatos e modulações.
  • 56. Hibridação Do espaço físico com o ciberespaço O fluxo de comunicação se dá por redes sem fio e dispositivos móveis, o que caracteriza a comunicação ubíqua, senciente e pervasiva das mídias locativas.
  • 57. O espaço urbano é socialmente produzido A cidade é o espaço físico das práticas sociais e o urbano é a invenção dessas práticas. As mídias locativas permitem a ressignificação dos ambientes.
  • 58. O espaço urbano é socialmente produzido O urbano da cibercidade  Ciberurbe Dimensão simbólica imaginária, informacional das cibercidades contemporâneas.
  • 59. Novo lugar para as trocas informacionais A esfera midiática emerge de objetos que emitem localmente informações que são processadas através de artefatos móveis.
  • 60. Espaço + mobilidade + tecnologia Relação das mídias locativas com a ciberurbe
  • 61. Mídias locativas e ciberurbe As mídias locativas são, portanto formas de apropriação e transformação do espaço urbano.  Andar como forma de criar território: apropriação do sistema topográfico pelo pedestre. Formas de desterritorialização e, ao mesmo tempo, novas territorializações pelo controle do fluxo informacional.
  • 62. Território Informacional Área de controle do fluxo É um espaço formado pela informacional digital em uma relação entre o espaço zona de interseção entre o eletrônico e o espaço físico. É ciberespaço e o espaço um espaço movente, híbrido. urbano.
  • 63. Território Informacional Cria um lugar dependente dos espaços físicos e eletrônicos. O lugar se configura por atividades sociais que criam pertencimentos.
  • 64. Mídia locativa e territórios informacionais O indivíduo controla o fluxo de entrada e saída da  A grande diferença: Sinergia informação no espaço aberto. entre o espaço urbano, a O controle da informação em mobilidade social e o espaço mobilidade e no espaço eletrônico. público constitui a grande diferença em relação aos meios massivos.
  • 65. Cinco heterotopias do controle informacional A heterotopia é uma espaço real, formado na própria fundação da sociedade (Foucault).
  • 66. Cinco heterotopias do controle informacional A cibercultura cria 1. Toda cultura cria heterotopias do controle heterotopias. informacional.
  • 67. Cinco heterotopias do controle informacional 2. A heterotopia Redimensiona as muda de função com heterotopias do o tempo. desvio, do cumulativo.
  • 68. Cinco heterotopias do controle informacional 3. A heterotopia O espaço informacional é sobrepõe vários um exemplo dessa reconfiguração de espaços em um só espaços porque é uma espaço (ex: Cinema, intersecção entre o teatro). urbano e o eletrônico.
  • 69. Cinco heterotopias do controle informacional 4. A heterotopia está ligada a pequenas Tempo real de acesso e parcelas de tempo controle da informação. (festivais, feiras).
  • 70. Cinco heterotopias do controle informacional 5. As heterotopias O acesso é para os que tem um sistema de possuem senhas abertura/fechamento informacionais. .
  • 71. Cinco heterotopias do controle informacional Esses cinco princípios podem ser encontrados nos territórios informacionais. Eles são, portanto, heterotopias do controle informacional.
  • 72. Mídia locativa e territórios informacionais Os rios informacionais o vinculados aos demais rios, sejam eles culturais, ticos, subjetivos, corporais, ficos, e o m utilizados para monitoramento, vigilância e controle sobre os duos e seus movimentos na ciberurbe.
  • 73. Mídia locativa e territórios informacionais Reconhecer os rios informacionais pode ser til como instrumento tico, mas m tico e comunicacional, já que se trata da o de direito privacidade, a processos de vigilância e controle.
  • 74. Mídia locativa e territórios informacionais  Para m da publicidade cil e do marketing das dia locativas, heterotopias empresas, deve-se do controle informacional, encorajar a o de rios informacionais do, a o o reconfigurando as criativa do espaço ticas comunicacionais nas urbano, a o para cidades. com os processos de o da privacidade, de controle e de vigilância.
  • 75. Redes Sociais Denise Cogo e Liliane Dutra Brignol
  • 76. Transformações da rede  Não deixam de comportar  Redes: Estratégias de relações de poder interações sociais, espaços expressas nas disputas, de intercâmbios flexíveis e hierarquias e assimetrias em constante movimento. que constituem a esfera da comunicação e da cultura.
  • 77. As redes sociais  Configuram interações  Podem apresentar-se como entre os sujeitos. redes informais ou podem ser organizadas formal /institucionalmente.  Ou ainda podem ser híbridas, entre as duas configurações.
  • 78. Complementaridade dos meios  No entanto, ela não representa o fim dos meios de comunicação de massa.  As redes sociais permitem A comunicação massiva uma nova lógica de continua a existir, mas é produção, na qual o sujeito impactada (e transformada) pode participar do por um modelo de processo. comunicação que amplia o espaço de participação do público.
  • 79. Nova lógica  Passa a existir uma interdependência entre as  Como uma mídia usa mídias, que vai ser estéticas ou conteúdos chamado de convergência desenvolvidos para outra midiática, multimidialidade mídia. ou remidiação*.
  • 80. Remidiação e convergência  A novidade das mídias digitais estaria em suas estratégias singulares de remidiação da televisão, do cinema, da fotografia e da pintura, e de outros meios, através de releituras, referências, adaptação dos seus conteúdos, formatos e linguagens. (Bolter e Gruisin)  Convergência dos modos de codificação: possibilidade de “empacotar”, em um único formato (no caso, o código binário), enunciados originalmente pertencentes a categorias semióticas distintas (texto, som e imagem). Essa indiferenciação viabiliza a reunião de tipos distintos de mensagens em um único suporte. (Fragoso)
  • 81. Convergência  a convergência pode ser  Ela pode ser pensada tanto como modo entendida, ainda, como de apropriação do reconfiguração do sistema conteúdo, através do uso econômico e organizacional combinado de diferentes das mídias administrado mídias, como padronização por grandes grupos que, na do formato de maioria das armazenamento e vezes, unificaram o distribuição, e como processo produtivo para referência de uma mídia diferentes em outras, através da mídias, gerando, frequente aproximação de linguagens mente, uma hibridação do e lógicas. conteúdo.
  • 82. A cultura da convergência  Jenkins: Fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de  O público passa a ir a quase mídia, à cooperação entre qualquer parte em busca de múltiplos mercados experiências de midiáticos e ao entretenimento. comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação.
  • 83. Convergência  A convergência representa uma transformação cultural, à medida que  Envolve as mídias consumidores são tradicionais, o sujeito incentivados a procurar comum e a apropriação novas informações e fazer popular. conexões em meio a conteúdos de mídia dispersos.
  • 84. Participação  A convergência não  A convergência está no acontece a partir de cérebro dos consumidores aparelhos, por mais individuais. sofisticados que estes venham a ser.  A convergência está nas interações sociais dos consumidores com os outros.
  • 85. Coletivo É uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente  Até mesmo o consumo valorizada, coordenada em tempo virou uma experiência real, que resulta em mobilização coletiva, integrante de efetiva das competências. uma inteligência Acrescentemos à nossa definição coletiva, como conceitua este complemento indispensável: a Pierre Lévy. base e o objetivo da inteligência coletiva são o reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas
  • 86. Inteligência Coletiva A inteligência coletiva pode  Nenhum de nós pode saber ser vista como uma fonte tudo; cada um de nós sabe alternativa de poder alguma coisa; podemos midiático. juntar as peças, se associarmos nossos recursos No entanto, esse poder tem e unirmos nossas sido utilizado mais habilidades. frequentemente para fins recreativos.
  • 87. E o que é, afinal, a convergência?
  • 88. Convergência Midiática Consumidores estão aprendendo a acelerar o fluxo  É um processo tanto de conteúdo de mídia pelos corporativo, de cima para canais de distribuição para baixo, quanto um processo aumentar as oportunidades de de consumidor, de baixo lucros, ampliar mercados e para cima. consolidar seus compromissos com o público.
  • 89. Convergência Midiática  Às vezes, convergência corporativa e convergência alternativa se fortalecem mutuamente, criando relações mais próximas e mais gratificantes entre produtores e consumidores de mídia...
  • 90. Convergência Midiática  Às vezes essas duas forças entram em guerra, e essas batalhas irão redefinir a face da cultura popular.