O documento resume os principais aspectos da osteoartrose (OA), incluindo definições, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. A OA é caracterizada pela degeneração da cartilagem articular e envolve processos inflamatórios. Sintomas comuns incluem dor, rigidez e limitação de movimento, e o tratamento envolve medidas não farmacológicas e farmacológicas para aliviar sintomas e preservar a função articular.
2. SINONÍMIASINONÍMIA
Os termos osteoartrose ouOs termos osteoartrose ou
osteoartrite (OA) sãoosteoartrite (OA) são
empregados como sinônimosempregados como sinônimos
de artrosede artrose..
4. DEFINIÇÃODEFINIÇÃO
“Um grupo heterogêneo de condições que
determinam sintomas e sinais articulares
que se associam a defeitos da integridade
da cartilagem articular, além de
modificações no osso subjacente e nas
margens articulares”.
(ACR)
Colégio Americano de Reumatologia
5. DEFINIÇÃO
A descrição da OA como doença articular
exclusivamente degenerativa constitui um equívoco,
pois OA não é simplesmente um processo de
desgaste, mas sim de remodelação anormal dos
tecidos articulares impulsionada por uma série de
mediadores inflamatórios na articulação afetada.
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6. DEFINIÇÃO
• Quadro reumático mais comum,
caracterizado pela perda quantitativa e
qualitativa da cartilagem articular com
conseqüente remodelação óssea
hipertrófica local e uma inflamação
secundária.
7. “O processo de doença não afeta apenas a cartilagem
articular, mas envolve toda a articulação incluindo
osso subcondral, ligamentos,cápsula, membrana
sinovial e músculos periarticulares. Finalmente, a
cartilagem articular se degenera com fibrilação,
fissuras, ulcerações e afinamento total da superfície
articular”
CONCEITO ATUALCONCEITO ATUAL
8. DE MODO MAIS SIMPLES:DE MODO MAIS SIMPLES:
“ A osteoartrose é uma insuficiência qualitativa e
quantitativa da cartilagem articular associada a
alterações típicas do osso subcondral “
9. EPIDEMIOLOGIA
A osteoartrite (OA) é a principal causa
de dor e incapacidade em adultos mais
velhos e a segunda causa de consulta
médica dentre as doenças crônicas em
nosso meio.
10. EPIDEMIOLOGIA
Portanto, OA constitui um grave problema de
saúde pública. Sua prevalência está crescendo
nos países desenvolvidos, devido ao
envelhecimento da população e a outros
fatores tais como lesões adquiridas
biomecânicas e obesidade.
11. EPIDEMIOLOGIA
Estima-se que no Brasil 4% da população
apresente OA sendo a articulação do
joelho acometida em 37% dos casos.
12. ETIOLOGIA
• Na etiologia da OA, a resposta da cartilagem
articular à injúria ou degeneração artrósica é de
reparação ineficiente.
• As propriedades bioquímicas e mecânicas do novo
tecido diferem da cartilagem original e resultam
numa função articular inadequada ou alterada.
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14. FISIOPATOLOGIA
•O melhor conhecimento da
fisiopatologia inflamatória da OA
provavelmente determinará novas
abordagens para retardar alterações
destrutivas na articulação e evitar o
comprometimento funcional
permanente.
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15. FISIOPATOLOGIA
• Recentemente identificou-se um papel central para
o sistema do complemento inflamatório na
patogênese da osteoartrite ; descobriu-se que a
expressão e ativação do complemento é
anormalmente elevada nas articulações de
humanos com osteoartrite.
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16. CARTILAGEM NORMAL
• A composição e a complexa organização estrutural
entre o colágeno e os proteoglicanos garantem as
propriedades inerentes à cartilagem articular,
como resistência, elasticidade e compressibilidade,
necessárias para dissipar e amortecer as forças,
além de reduzir a fricção, sem muito gasto de
energia, a qual as articulações diartrodiais estão
sujeitas
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20. PATOGENIA
Estímulos precipitantesEstímulos precipitantes
CONDRÓCITOSCONDRÓCITOS
Fissuras e depressões na cartilagem
Alterações na posição e
tamanho das fibras de
colágeno
LIBERAÇÃO DE ENZIMAS
ALTERAÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
Formação de osteófitos
OSTEOARTRITEOSTEOARTRITE
Inflamação
Resposta imunológica
Proliferação celular
Matriz celular
aumentada
22. CONDRÓCITOS
• Na OA, os condrócitos tornam-se
“ativados” e caracterizam-se pela
proliferação celular, formação de
aglomerados e aumento da produção das
proteínas e enzimas que degradam a matriz.
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23. CONDRÓCITOS PRODUZEM
• Mediadores pró-catabólicos (citocinas)IL-1 e TNF
alfa ativam enzimas proteolíticas(metaloproteases)
• Mediadores pró-anabólicos (fatores de crescimento)
29. PRIMÁRIA (idiopática): Ocorre na ausência de qualquer
fator predisponente conhecido e se subdivide em duas categorias,
localizada e generalizada (inclui 3 ou mais áreas).
SECUNDÁRIA: É aquela em que se reconhece uma causa
ou um fator preexistente.
EROSIVA:Também conhecida como osteoartrose inflamatória.
Acomete as articulações IFD e IFP nas mãos, com FR (fator
reumatóide negativo)
ClassificaçãoClassificação
30. FATORES DE RISCO
• Os fatores de risco mais comuns para OA incluem
idade, sexo, lesão articular prévia, obesidade,
predisposição genética e fatores mecânicos, incluindo
desalinhamento, amplitude de movimento e
anormalidade da estrutura articular.
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31. PATOLOGIA
As alterações patológicas presentes nas
articulações com osteoartrite incluem a
degradação da cartilagem articular, o
espessamento do osso subcondral, a formação de
osteófitos, graus variáveis de inflamação sinovial,
degeneração de ligamentos no joelho, meniscos e
hipertrofia da cápsula articular.
42. PATOLOGIA
• Os achados de alterações patológicas nos tecidos
articulares são a base para considerar a OA como
uma doença “orgânica” que resulta em “falha
articular”. Ou seja, a OA tem etiologia multifatorial
e bases inflamatórias que levam progressivamente
ao desgaste das estruturas, comprometendo a
funcionalidade articular.
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44. ANAMNESE
• Dor em uma ou poucas articulações
• Rigidez matinal com menos de 30 minutos de duração
• Crepitação por perda da cartilagem ou irregularidades
nas superfícies articulares
• Limitação do movimento
52. LABORATÓRIO
NormalExame geral de urina
NegativoFator reumatóide
Cor palha e viscosidade
adequada, o número de
leucócitos < 2.000
Líquido sinovial
Normal
Velocidade de
hemossedimentação
53. RADIOLOGIA
No início da doença não se observam anormalidades. Com seu
desenvolvimento, observam-se:
• Diminuição do espaço intra-articular
• Esclerose subcondral (eburnação)
• Osteófitos;
• Erosão e anquilose óssea (pseudocistos ósseos).
61. TRATAMENTO
• Os objetivos a atingir com o tratamento são:
• 1.Aliviar a dor
• 2.Manter a funcionalidade articular
• 3.Educar o paciente e sua família
63. TRATAMENTO FÍSICO
• Diminuição de peso
• Realizar programas de exercícios para
manter a força muscular, a flexibilidade
das articulações e evitar deformidades
• Terapia ocupacional
66. AÇÃO LENTA
• Glicosamina
• Condroitina
• Diacereína
• Extratos insaponificados
de soja e abacate
• Ácido hialurõnico
• Cloroquina
• Necessitam mais estudos
Sintomáticos Modificadores de doença
67. TRATAMENTO CIRÚRGICOTRATAMENTO CIRÚRGICO
•As técnicas cirúrgicas empregadas
na osteoartrite são artrodese,
artroplastias, osteotomias,
desbridamento articular, liberação
de nervos periféricos, etc.
68. CONCLUSÃO
• Osteoartrite NÃO é sinônimo de
“envelhecimento”.
• Freqüentemente, o paciente com osteoartrite
procura primeiro o clínico geral. Por isso, é
importante conhecê-la.
• Se houver dúvidas ou complicações, deve-se
consultar o reumatologista.