SlideShare a Scribd company logo
1 of 69
Alambert, PA
DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA
2017
ARTROSE
SINONÍMIASINONÍMIA
 Os termos osteoartrose ouOs termos osteoartrose ou
osteoartrite (OA) sãoosteoartrite (OA) são
empregados como sinônimosempregados como sinônimos
de artrosede artrose..
OSTEOARTRITEOSTEOARTRITE
DEFINIDEFINIÇÇÃOÃO
DEFINIÇÃODEFINIÇÃO
“Um grupo heterogêneo de condições que
determinam sintomas e sinais articulares
que se associam a defeitos da integridade
da cartilagem articular, além de
modificações no osso subjacente e nas
margens articulares”.
(ACR)
Colégio Americano de Reumatologia
DEFINIÇÃO
A descrição da OA como doença articular
exclusivamente degenerativa constitui um equívoco,
pois OA não é simplesmente um processo de
desgaste, mas sim de remodelação anormal dos
tecidos articulares impulsionada por uma série de
mediadores inflamatórios na articulação afetada.
02/04/17
DEFINIÇÃO
• Quadro reumático mais comum,
caracterizado pela perda quantitativa e
qualitativa da cartilagem articular com
conseqüente remodelação óssea
hipertrófica local e uma inflamação
secundária.
“O processo de doença não afeta apenas a cartilagem
articular, mas envolve toda a articulação incluindo
osso subcondral, ligamentos,cápsula, membrana
sinovial e músculos periarticulares. Finalmente, a
cartilagem articular se degenera com fibrilação,
fissuras, ulcerações e afinamento total da superfície
articular”
CONCEITO ATUALCONCEITO ATUAL
DE MODO MAIS SIMPLES:DE MODO MAIS SIMPLES:
“ A osteoartrose é uma insuficiência qualitativa e
quantitativa da cartilagem articular associada a
alterações típicas do osso subcondral “
EPIDEMIOLOGIA
A osteoartrite (OA) é a principal causa
de dor e incapacidade em adultos mais
velhos e a segunda causa de consulta
médica dentre as doenças crônicas em
nosso meio.
EPIDEMIOLOGIA
Portanto, OA constitui um grave problema de
saúde pública. Sua prevalência está crescendo
nos países desenvolvidos, devido ao
envelhecimento da população e a outros
fatores tais como lesões adquiridas
biomecânicas e obesidade.
EPIDEMIOLOGIA
Estima-se que no Brasil 4% da população
apresente OA sendo a articulação do
joelho acometida em 37% dos casos.
ETIOLOGIA
• Na etiologia da OA, a resposta da cartilagem
articular à injúria ou degeneração artrósica é de
reparação ineficiente.
• As propriedades bioquímicas e mecânicas do novo
tecido diferem da cartilagem original e resultam
numa função articular inadequada ou alterada.
02/04/17
FISIOPATOLOGIA
OSTEOARTRITE
FISIOPATOLOGIA
•O melhor conhecimento da
fisiopatologia inflamatória da OA
provavelmente determinará novas
abordagens para retardar alterações
destrutivas na articulação e evitar o
comprometimento funcional
permanente.
02/04/17
FISIOPATOLOGIA
• Recentemente identificou-se um papel central para
o sistema do complemento inflamatório na
patogênese da osteoartrite ; descobriu-se que a
expressão e ativação do complemento é
anormalmente elevada nas articulações de
humanos com osteoartrite.
02/04/17
CARTILAGEM NORMAL
• A composição e a complexa organização estrutural
entre o colágeno e os proteoglicanos garantem as
propriedades inerentes à cartilagem articular,
como resistência, elasticidade e compressibilidade,
necessárias para dissipar e amortecer as forças,
além de reduzir a fricção, sem muito gasto de
energia, a qual as articulações diartrodiais estão
sujeitas
02/04/17
CARTILAGEM NORMAL
Matriz extra-celular:95%
Células:5%
Colágeno ll- 90%
FIBRAS COLÁGENAS
PROTEOGLICANO:
Proteína globular
glucosaminoglicanos
PATOGENIA
Estímulos precipitantesEstímulos precipitantes
CONDRÓCITOSCONDRÓCITOS
Fissuras e depressões na cartilagem
Alterações na posição e
tamanho das fibras de
colágeno
LIBERAÇÃO DE ENZIMAS
ALTERAÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
Formação de osteófitos
OSTEOARTRITEOSTEOARTRITE
Inflamação
Resposta imunológica
Proliferação celular
Matriz celular
aumentada
02/04/17
CONDRÓCITOS
CONDRÓCITOS
• Na OA, os condrócitos tornam-se
“ativados” e caracterizam-se pela
proliferação celular, formação de
aglomerados e aumento da produção das
proteínas e enzimas que degradam a matriz.
02/04/17
CONDRÓCITOS PRODUZEM
• Mediadores pró-catabólicos (citocinas)IL-1 e TNF
alfa ativam enzimas proteolíticas(metaloproteases)
• Mediadores pró-anabólicos (fatores de crescimento)
OSTEOARTRITE INICIAL
OSTEOARTRITE TERMINAL
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA
•Dor, deformidade.limitação dos
movimentos e progressão lenta para a
perda de função articular
02/04/17
02/04/17
ARTICULAÇÕES ACOMETIDAS
PRIMÁRIA (idiopática): Ocorre na ausência de qualquer
fator predisponente conhecido e se subdivide em duas categorias,
localizada e generalizada (inclui 3 ou mais áreas).
SECUNDÁRIA: É aquela em que se reconhece uma causa
ou um fator preexistente.
EROSIVA:Também conhecida como osteoartrose inflamatória.
Acomete as articulações IFD e IFP nas mãos, com FR (fator
reumatóide negativo)
ClassificaçãoClassificação
FATORES DE RISCO
• Os fatores de risco mais comuns para OA incluem
idade, sexo, lesão articular prévia, obesidade,
predisposição genética e fatores mecânicos, incluindo
desalinhamento, amplitude de movimento e
anormalidade da estrutura articular.
02/04/17
PATOLOGIA
As alterações patológicas presentes nas
articulações com osteoartrite incluem a
degradação da cartilagem articular, o
espessamento do osso subcondral, a formação de
osteófitos, graus variáveis de inflamação sinovial,
degeneração de ligamentos no joelho, meniscos e
hipertrofia da cápsula articular.
02/04/17
CARTILAGEM FISSURADA
CARTILAGEM FISSURADA
SULCOS
v o l t a r a v a n ç a ri n í c i o
13/9/2005
Menisco medial
Superfície articular com sulcos
HISTOLOGIA NORMAL DA CARTILAGEM
O vermelho indica
síntese de proteoglicanos
PATOLOGIA
• Os achados de alterações patológicas nos tecidos
articulares são a base para considerar a OA como
uma doença “orgânica” que resulta em “falha
articular”. Ou seja, a OA tem etiologia multifatorial
e bases inflamatórias que levam progressivamente
ao desgaste das estruturas, comprometendo a
funcionalidade articular.
02/04/17
DIAGNÓSTICO
• Histórico clínico (anamnese)
• Exame Físico
• Exames de laboratório
• Estudos radiográficos
ANAMNESE
• Dor em uma ou poucas articulações
• Rigidez matinal com menos de 30 minutos de duração
• Crepitação por perda da cartilagem ou irregularidades
nas superfícies articulares
• Limitação do movimento
EXAME FÍSICO
osteoartrose
LABORATÓRIO
NormalExame geral de urina
NegativoFator reumatóide
Cor palha e viscosidade
adequada, o número de
leucócitos < 2.000
Líquido sinovial
Normal
Velocidade de
hemossedimentação
RADIOLOGIA
No início da doença não se observam anormalidades. Com seu
desenvolvimento, observam-se:
• Diminuição do espaço intra-articular
• Esclerose subcondral (eburnação)
• Osteófitos;
• Erosão e anquilose óssea (pseudocistos ósseos).
02/04/17
TRATAMENTO
• Os objetivos a atingir com o tratamento são:
• 1.Aliviar a dor
• 2.Manter a funcionalidade articular
• 3.Educar o paciente e sua família
TRATAMENTO
• Tratamento Físico
• Tratamento Farmacológico
• Tratamento Cirúrgico
TRATAMENTO FÍSICO
• Diminuição de peso
• Realizar programas de exercícios para
manter a força muscular, a flexibilidade
das articulações e evitar deformidades
• Terapia ocupacional
TRATAMENTO FARMACOLÓGICOTRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Ação lenta
AGENTES
Ação rápida
AÇÃO RÁPIDA
• Analgésicos
• AINHs
• Miorrelaxantes
• Corticosteróide intra-articular
• Colchicina
AÇÃO LENTA
• Glicosamina
• Condroitina
• Diacereína
• Extratos insaponificados
de soja e abacate
• Ácido hialurõnico
• Cloroquina
• Necessitam mais estudos
Sintomáticos Modificadores de doença
TRATAMENTO CIRÚRGICOTRATAMENTO CIRÚRGICO
•As técnicas cirúrgicas empregadas
na osteoartrite são artrodese,
artroplastias, osteotomias,
desbridamento articular, liberação
de nervos periféricos, etc.
CONCLUSÃO
• Osteoartrite NÃO é sinônimo de
“envelhecimento”.
• Freqüentemente, o paciente com osteoartrite
procura primeiro o clínico geral. Por isso, é
importante conhecê-la.
• Se houver dúvidas ou complicações, deve-se
consultar o reumatologista.
02/04/17

More Related Content

What's hot

TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018Rubens Junior
 
Caso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença CelíacaCaso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença CelíacaEsther Botelho Soares
 
Gonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográficaGonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográficaNay Ribeiro
 
Doença óssea Metabólica
Doença óssea MetabólicaDoença óssea Metabólica
Doença óssea Metabólicapauloalambert
 
Apresentação em power point densitometria ossea
Apresentação em power point densitometria osseaApresentação em power point densitometria ossea
Apresentação em power point densitometria osseaPatriciaminc
 
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David SadigurskyAula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David SadigurskyDavid Sadigursky
 
Osteoporose e Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e  Tratamento Terapêutico OcupacionalOsteoporose e  Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e Tratamento Terapêutico OcupacionalMarciane Missio
 
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.Paulo Alambert
 

What's hot (20)

Osteoporose
Osteoporose Osteoporose
Osteoporose
 
Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM 2018
 
Oa 2013
Oa 2013Oa 2013
Oa 2013
 
Osteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira IdadeOsteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira Idade
 
Caso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença CelíacaCaso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
 
Doença Degenerativa Articular
Doença Degenerativa ArticularDoença Degenerativa Articular
Doença Degenerativa Articular
 
Gonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográficaGonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográfica
 
Doença óssea Metabólica
Doença óssea MetabólicaDoença óssea Metabólica
Doença óssea Metabólica
 
Apresentação em power point densitometria ossea
Apresentação em power point densitometria osseaApresentação em power point densitometria ossea
Apresentação em power point densitometria ossea
 
Artose
ArtoseArtose
Artose
 
Tratamento artrose
Tratamento artroseTratamento artrose
Tratamento artrose
 
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David SadigurskyAula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
 
Osteoartrose
Osteoartrose Osteoartrose
Osteoartrose
 
Osteoartrose ac basico
Osteoartrose   ac basicoOsteoartrose   ac basico
Osteoartrose ac basico
 
Relato de caso oa
Relato de caso oaRelato de caso oa
Relato de caso oa
 
Osteoporose e Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e  Tratamento Terapêutico OcupacionalOsteoporose e  Tratamento Terapêutico Ocupacional
Osteoporose e Tratamento Terapêutico Ocupacional
 
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 

Similar to Osteoartrite 2017

aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdfBrenoSouto2
 
trabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptxtrabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptxThalitaRosalen2
 
Osteporose revisão
Osteporose revisãoOsteporose revisão
Osteporose revisãoNatan Pires
 
Saude homem ortopedicos_ago2010
Saude homem ortopedicos_ago2010Saude homem ortopedicos_ago2010
Saude homem ortopedicos_ago2010Bruno Franco
 
Tecido cartilaginoso
Tecido cartilaginosoTecido cartilaginoso
Tecido cartilaginososamuelalves
 
Oa ipemed parte i junho 2019
Oa  ipemed parte i   junho 2019Oa  ipemed parte i   junho 2019
Oa ipemed parte i junho 2019Maria Pippa
 
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementares
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementaresArtrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementares
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementaresSandra Casella Della Via
 
Artrose max
Artrose maxArtrose max
Artrose maxlcinfo
 
TENDINOPATIAS: UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...
TENDINOPATIAS:  UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...TENDINOPATIAS:  UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...
TENDINOPATIAS: UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...Deivison Aquino
 
Disfunção sacroiliaca
Disfunção sacroiliacaDisfunção sacroiliaca
Disfunção sacroiliacaadrianomedico
 
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdfOsteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdfPill Reminder
 

Similar to Osteoartrite 2017 (20)

Osteoartrite 20
Osteoartrite 20Osteoartrite 20
Osteoartrite 20
 
aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdf
 
Modulo 04
Modulo 04Modulo 04
Modulo 04
 
trabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptxtrabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptx
 
Liquido Sinovial
Liquido Sinovial Liquido Sinovial
Liquido Sinovial
 
Osteporose revisão
Osteporose revisãoOsteporose revisão
Osteporose revisão
 
Artrose quadril
Artrose quadrilArtrose quadril
Artrose quadril
 
Saude homem ortopedicos_ago2010
Saude homem ortopedicos_ago2010Saude homem ortopedicos_ago2010
Saude homem ortopedicos_ago2010
 
Tecido cartilaginoso
Tecido cartilaginosoTecido cartilaginoso
Tecido cartilaginoso
 
Oa ipemed parte i junho 2019
Oa  ipemed parte i   junho 2019Oa  ipemed parte i   junho 2019
Oa ipemed parte i junho 2019
 
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementares
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementaresArtrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementares
Artrose na medicina tradicional chinesa e terapias complementares
 
Modulo 03
Modulo 03Modulo 03
Modulo 03
 
Artrose max
Artrose maxArtrose max
Artrose max
 
Fisioterapia Osteopatia
Fisioterapia OsteopatiaFisioterapia Osteopatia
Fisioterapia Osteopatia
 
Fisioterapia Osteopatia
Fisioterapia OsteopatiaFisioterapia Osteopatia
Fisioterapia Osteopatia
 
TENDINOPATIAS: UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...
TENDINOPATIAS:  UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...TENDINOPATIAS:  UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...
TENDINOPATIAS: UMA REVISÃO DE TRATAMENTO NA LITERATURA ATUAL EM ATLETAS JOVE...
 
Disfunção sacroiliaca
Disfunção sacroiliacaDisfunção sacroiliaca
Disfunção sacroiliaca
 
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdfOsteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
 
Modulo 18
Modulo 18Modulo 18
Modulo 18
 
Osteoporose
Osteoporose Osteoporose
Osteoporose
 

More from Paulo Alambert

Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19Paulo Alambert
 
Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Paulo Alambert
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
Esclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renanEsclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renanPaulo Alambert
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
Dor nos membros Inferiores
Dor nos membros InferioresDor nos membros Inferiores
Dor nos membros InferioresPaulo Alambert
 
Dor em membros superiores
Dor em membros superioresDor em membros superiores
Dor em membros superioresPaulo Alambert
 
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaLombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaPaulo Alambert
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Paulo Alambert
 
Força 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame NeurológicoForça 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame NeurológicoPaulo Alambert
 
Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Paulo Alambert
 
Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17 Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17 Paulo Alambert
 

More from Paulo Alambert (20)

Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19
 
Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19
 
Dtp18 video
Dtp18 videoDtp18 video
Dtp18 video
 
Dtp18 video
Dtp18 videoDtp18 video
Dtp18 video
 
Dtp17 sp
Dtp17 spDtp17 sp
Dtp17 sp
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso Sistêmico
 
Gota.pdf19 re
Gota.pdf19 reGota.pdf19 re
Gota.pdf19 re
 
Esclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renanEsclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renan
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
 
Dor nos membros Inferiores
Dor nos membros InferioresDor nos membros Inferiores
Dor nos membros Inferiores
 
Dor em membros superiores
Dor em membros superioresDor em membros superiores
Dor em membros superiores
 
Gota
GotaGota
Gota
 
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaLombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
 
Artrite reumatóide
Artrite reumatóideArtrite reumatóide
Artrite reumatóide
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Força 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame NeurológicoForça 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame Neurológico
 
Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17
 
Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17 Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17
 
Disturbios hídricos
Disturbios hídricosDisturbios hídricos
Disturbios hídricos
 

Recently uploaded

Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdClivyFache
 
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoWilliamdaCostaMoreir
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOMayaraDayube
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCProf. Marcus Renato de Carvalho
 

Recently uploaded (6)

Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
 
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
 

Osteoartrite 2017

  • 1. Alambert, PA DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA 2017 ARTROSE
  • 2. SINONÍMIASINONÍMIA  Os termos osteoartrose ouOs termos osteoartrose ou osteoartrite (OA) sãoosteoartrite (OA) são empregados como sinônimosempregados como sinônimos de artrosede artrose..
  • 4. DEFINIÇÃODEFINIÇÃO “Um grupo heterogêneo de condições que determinam sintomas e sinais articulares que se associam a defeitos da integridade da cartilagem articular, além de modificações no osso subjacente e nas margens articulares”. (ACR) Colégio Americano de Reumatologia
  • 5. DEFINIÇÃO A descrição da OA como doença articular exclusivamente degenerativa constitui um equívoco, pois OA não é simplesmente um processo de desgaste, mas sim de remodelação anormal dos tecidos articulares impulsionada por uma série de mediadores inflamatórios na articulação afetada. 02/04/17
  • 6. DEFINIÇÃO • Quadro reumático mais comum, caracterizado pela perda quantitativa e qualitativa da cartilagem articular com conseqüente remodelação óssea hipertrófica local e uma inflamação secundária.
  • 7. “O processo de doença não afeta apenas a cartilagem articular, mas envolve toda a articulação incluindo osso subcondral, ligamentos,cápsula, membrana sinovial e músculos periarticulares. Finalmente, a cartilagem articular se degenera com fibrilação, fissuras, ulcerações e afinamento total da superfície articular” CONCEITO ATUALCONCEITO ATUAL
  • 8. DE MODO MAIS SIMPLES:DE MODO MAIS SIMPLES: “ A osteoartrose é uma insuficiência qualitativa e quantitativa da cartilagem articular associada a alterações típicas do osso subcondral “
  • 9. EPIDEMIOLOGIA A osteoartrite (OA) é a principal causa de dor e incapacidade em adultos mais velhos e a segunda causa de consulta médica dentre as doenças crônicas em nosso meio.
  • 10. EPIDEMIOLOGIA Portanto, OA constitui um grave problema de saúde pública. Sua prevalência está crescendo nos países desenvolvidos, devido ao envelhecimento da população e a outros fatores tais como lesões adquiridas biomecânicas e obesidade.
  • 11. EPIDEMIOLOGIA Estima-se que no Brasil 4% da população apresente OA sendo a articulação do joelho acometida em 37% dos casos.
  • 12. ETIOLOGIA • Na etiologia da OA, a resposta da cartilagem articular à injúria ou degeneração artrósica é de reparação ineficiente. • As propriedades bioquímicas e mecânicas do novo tecido diferem da cartilagem original e resultam numa função articular inadequada ou alterada. 02/04/17
  • 14. FISIOPATOLOGIA •O melhor conhecimento da fisiopatologia inflamatória da OA provavelmente determinará novas abordagens para retardar alterações destrutivas na articulação e evitar o comprometimento funcional permanente. 02/04/17
  • 15. FISIOPATOLOGIA • Recentemente identificou-se um papel central para o sistema do complemento inflamatório na patogênese da osteoartrite ; descobriu-se que a expressão e ativação do complemento é anormalmente elevada nas articulações de humanos com osteoartrite. 02/04/17
  • 16. CARTILAGEM NORMAL • A composição e a complexa organização estrutural entre o colágeno e os proteoglicanos garantem as propriedades inerentes à cartilagem articular, como resistência, elasticidade e compressibilidade, necessárias para dissipar e amortecer as forças, além de reduzir a fricção, sem muito gasto de energia, a qual as articulações diartrodiais estão sujeitas 02/04/17
  • 20. PATOGENIA Estímulos precipitantesEstímulos precipitantes CONDRÓCITOSCONDRÓCITOS Fissuras e depressões na cartilagem Alterações na posição e tamanho das fibras de colágeno LIBERAÇÃO DE ENZIMAS ALTERAÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS Formação de osteófitos OSTEOARTRITEOSTEOARTRITE Inflamação Resposta imunológica Proliferação celular Matriz celular aumentada
  • 22. CONDRÓCITOS • Na OA, os condrócitos tornam-se “ativados” e caracterizam-se pela proliferação celular, formação de aglomerados e aumento da produção das proteínas e enzimas que degradam a matriz. 02/04/17
  • 23. CONDRÓCITOS PRODUZEM • Mediadores pró-catabólicos (citocinas)IL-1 e TNF alfa ativam enzimas proteolíticas(metaloproteases) • Mediadores pró-anabólicos (fatores de crescimento)
  • 26. CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA •Dor, deformidade.limitação dos movimentos e progressão lenta para a perda de função articular 02/04/17
  • 28.
  • 29. PRIMÁRIA (idiopática): Ocorre na ausência de qualquer fator predisponente conhecido e se subdivide em duas categorias, localizada e generalizada (inclui 3 ou mais áreas). SECUNDÁRIA: É aquela em que se reconhece uma causa ou um fator preexistente. EROSIVA:Também conhecida como osteoartrose inflamatória. Acomete as articulações IFD e IFP nas mãos, com FR (fator reumatóide negativo) ClassificaçãoClassificação
  • 30. FATORES DE RISCO • Os fatores de risco mais comuns para OA incluem idade, sexo, lesão articular prévia, obesidade, predisposição genética e fatores mecânicos, incluindo desalinhamento, amplitude de movimento e anormalidade da estrutura articular. 02/04/17
  • 31. PATOLOGIA As alterações patológicas presentes nas articulações com osteoartrite incluem a degradação da cartilagem articular, o espessamento do osso subcondral, a formação de osteófitos, graus variáveis de inflamação sinovial, degeneração de ligamentos no joelho, meniscos e hipertrofia da cápsula articular.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38. SULCOS v o l t a r a v a n ç a ri n í c i o 13/9/2005 Menisco medial Superfície articular com sulcos
  • 39. HISTOLOGIA NORMAL DA CARTILAGEM
  • 40.
  • 41. O vermelho indica síntese de proteoglicanos
  • 42. PATOLOGIA • Os achados de alterações patológicas nos tecidos articulares são a base para considerar a OA como uma doença “orgânica” que resulta em “falha articular”. Ou seja, a OA tem etiologia multifatorial e bases inflamatórias que levam progressivamente ao desgaste das estruturas, comprometendo a funcionalidade articular. 02/04/17
  • 43. DIAGNÓSTICO • Histórico clínico (anamnese) • Exame Físico • Exames de laboratório • Estudos radiográficos
  • 44. ANAMNESE • Dor em uma ou poucas articulações • Rigidez matinal com menos de 30 minutos de duração • Crepitação por perda da cartilagem ou irregularidades nas superfícies articulares • Limitação do movimento
  • 46.
  • 47.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52. LABORATÓRIO NormalExame geral de urina NegativoFator reumatóide Cor palha e viscosidade adequada, o número de leucócitos < 2.000 Líquido sinovial Normal Velocidade de hemossedimentação
  • 53. RADIOLOGIA No início da doença não se observam anormalidades. Com seu desenvolvimento, observam-se: • Diminuição do espaço intra-articular • Esclerose subcondral (eburnação) • Osteófitos; • Erosão e anquilose óssea (pseudocistos ósseos).
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 61. TRATAMENTO • Os objetivos a atingir com o tratamento são: • 1.Aliviar a dor • 2.Manter a funcionalidade articular • 3.Educar o paciente e sua família
  • 62. TRATAMENTO • Tratamento Físico • Tratamento Farmacológico • Tratamento Cirúrgico
  • 63. TRATAMENTO FÍSICO • Diminuição de peso • Realizar programas de exercícios para manter a força muscular, a flexibilidade das articulações e evitar deformidades • Terapia ocupacional
  • 65. AÇÃO RÁPIDA • Analgésicos • AINHs • Miorrelaxantes • Corticosteróide intra-articular • Colchicina
  • 66. AÇÃO LENTA • Glicosamina • Condroitina • Diacereína • Extratos insaponificados de soja e abacate • Ácido hialurõnico • Cloroquina • Necessitam mais estudos Sintomáticos Modificadores de doença
  • 67. TRATAMENTO CIRÚRGICOTRATAMENTO CIRÚRGICO •As técnicas cirúrgicas empregadas na osteoartrite são artrodese, artroplastias, osteotomias, desbridamento articular, liberação de nervos periféricos, etc.
  • 68. CONCLUSÃO • Osteoartrite NÃO é sinônimo de “envelhecimento”. • Freqüentemente, o paciente com osteoartrite procura primeiro o clínico geral. Por isso, é importante conhecê-la. • Se houver dúvidas ou complicações, deve-se consultar o reumatologista.