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CLINICA MÉDICA I
 Segundo a Sociedade Internacional para o Estudo da Dor
(IASP)
 “Dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável associada a um dano tecidual real ou
potencial, ou descrita em termos de tal”.
 “Experiência subjetiva, aversiva a um estímulo nocivo,
externo ou interno, relacionada a uma lesão tecidual real
ou potencial, e caracterizada por respostas voluntárias,
reflexas e psicológicas” Brena e Merskey
 Importante componente de defesa corporal
diante de um ambiente hostil;
 Constitui um sinal de alarme que visa
proteger o organismo de possíveis danos.
De acordo com sua distribuição temporal pode ser:
 Aguda: papel de alerta, acompanha
manifestações neurovegetativas, desaparece
com remoção do fator causal
 Crônica: persiste por período maior que o
necessário para cura do processo mórbido ou
associada a afecções crônicas, ou decorrente de
lesões do sistema nervoso. Não tem função de
alerta, determinando stress e perda de
qualidade de vida
 Transdução: ativação de nociceptores por
estímulo mecânico, térmico ou químico e
transformação em potencial de ação
 Transmissão: conjunto de vias e mecanismos
que permite a condução do impulso nervoso,
causado pelo estímulo doloroso, até o SNC e
seu reconhecimento
 Modulação: vias responsáveis pela supressão
da dor
 Nociceptores são terminações nervosas livres de neurônios
aferentes primários capazes de serem ativados por estímulos
intensos que causam lesão tecidual e, em consequência dor.
 Modulação supra-segmentar
 Estas estruturas enviam impulsos descendentes que inibem
a transmissão dos sinais de dor nos neurônios do corno
dorsal da medula espinhal;
 As principais estruturas envolvidas nesse sistema
descendente inibitório são:
 Substância cinzenta periaquedutal (SCP);
 Bulbo rostroventromedial (RVM) que inclui o núcleo
magno da rafe (NMR) e o locus coeruleus (LC).
 Modulação Segmentar inibitória
 Teoria das comportas de Melzack eWall
(1965)
 Fibras mielínicas grossas (A-alfa e A-beta)
 Excitação de interneurônios inibitórios
 Impedindo a passagem do impulso doloroso
 Noradrenalina, serotonina , dopamina, encefalinas: mais
importantes. Se depletadas, ocorre inibição do efeito
analgésico da morfina, hiperalgesia e dor espontânea
 Encefalinas: analgesia
 No SNP: substancia P (maior NT de dor)
 Aspartato e glutamato: excitatórios
 Somatostatina, neurotensina e GABA: inibitórios
 Prostaglandinas e Leucotrienos: sensibilizam nociceptores
 Bradicinina: potente algógeno. Aumenta permeabilidade
capilar
 Ìons K e H: promovem dor
 Histamina: prurido e dor
 SENSITIVO-DISCRIMINATIVO
 AFETIVO-EMOCIONAL
 COGNITIVO-AVALIATIVO
 Dor como sensação
 Identifica características da dor
 Devido vias do sistema lateral e as projeções
dos núcleosVPM eVPL que ocorrem
predominantemente para o córtex
somatossensorial primário.
 Dor não é só sensação, compreendendo uma
série de respostas reflexas, emocionais e
comportamentais, dependendo do aprendizado
e memorização de experiências prévias
 Os núcleos mediais do tálamo se projetam para
o córtex insular e para o córtex do cíngulo
anterior, mais envolvidos nas funções afetivo-
motivacionais.
 Sistema límbico
 Angústia, depressão
 Centro do controle do processamento
doloroso
 Avaliação e julgamento
 Modulação
 Contribuir ou modificar nas respostas afetivo-
emocionais
 Nociceptiva
 Neuropática
 Mista
 Psicogênica
 Nociceptiva
- Causada por ativação dos receptores da dor
(nociceptores)
- Inicio simultâneo ao estímulo doloroso
 Requer estimulação intensa, e geralmente transitória;
 Tende a desaparecer quando cessado o estímulo
nociceptivo;
 Propicia alerta ao organismo e ocasiona respostas
comportamentais;
 Relacionada a dor aguda.
 Um exemplo para este tipo de dor é aquela desencadeada
por uma espetada ou agulhada na ponta do dedo.
 Reflexo de Retirada
 Somática superficial: nociceptores do
tegumento, bem localizada, qualidade
distinta, intensidade proporcional ao
estímulo
 Somática profunda: nociceptores dos
músculos, fáscias, tendões, ligamentos e
articulações, mais difusa e de localização
imprecisa
 Visceral:nociceptores viscerais, dor profunda,
difusa e de localização imprecisa
 Referida: sensação dolorosa superficial
localizada a distância da estrutura profunda
responsável pela dor
 Distribuição metamérica
 Ex.: dor em face medial do braço
(dermátomo deT1) no IAM
 Dor epigástrica ou periumbilical (dermátomo
deT6 aT10) na apendicite
 Irradiada: sentida a distância da sua origem,
porém em estruturas inervadas pela raiz
nervosa ou nervo cuja estimulação causou a
dor. Ex.: ciatalgia por hérnia de disco lombar.
 Neuropática
 Lesão do sistema nervoso periférico ou
central, sem estimulação do receptor
 Etiologia variada: traumática, inflamatória,
vascular, neoplásica, etc....
 Início pode coincidir com atuação causal, mas
mais comumente ocorre após dias, semanas,
meses e até anos
 Remoção do fator causal pode não ser
possível
 Mecanismo fisiopatológico não totalmente
esclarecido – provavelmente desaferentação
 Geralmente percebida com qualidade elétrica
(queimação, lancinante, vibrátil,
formigamento...)
 Sensibilidade na área geralmente anormal
 Geralmente constante e evocada
 Ex.:neuralgia pós-herpética, neuropatia
diabética
 Dor mista
 Dor psicogênica: não há substrato orgânico
para dor;natureza puramente psíquica.
 Sede
 Extensão
 Intensidade
 Duração
 Irradiação
 Fatores de melhora
 Fatores de piora
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 Relação com funções orgânicas
 Períodos de semelhança e dissemelhança/ Evolução
 Horário
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 Exemplos de Dor evocada:
 Alodínia: dor causada por estímulo que
normalmente não é doloroso
 Hiperestesia: aumento da sensibilidade ao
estímulo, mesmo não doloroso
 Hiperalgesia: aumento da resposta a um
estímulo que é normalmente doloroso
 Dor espontânea: constante, intermitente
 Fale-me sobre a sua dor
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dor?
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fazem melhorar?
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Semiologia da dor

  • 2.  Segundo a Sociedade Internacional para o Estudo da Dor (IASP)  “Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal”.  “Experiência subjetiva, aversiva a um estímulo nocivo, externo ou interno, relacionada a uma lesão tecidual real ou potencial, e caracterizada por respostas voluntárias, reflexas e psicológicas” Brena e Merskey
  • 3.  Importante componente de defesa corporal diante de um ambiente hostil;  Constitui um sinal de alarme que visa proteger o organismo de possíveis danos.
  • 4. De acordo com sua distribuição temporal pode ser:  Aguda: papel de alerta, acompanha manifestações neurovegetativas, desaparece com remoção do fator causal  Crônica: persiste por período maior que o necessário para cura do processo mórbido ou associada a afecções crônicas, ou decorrente de lesões do sistema nervoso. Não tem função de alerta, determinando stress e perda de qualidade de vida
  • 5.  Transdução: ativação de nociceptores por estímulo mecânico, térmico ou químico e transformação em potencial de ação  Transmissão: conjunto de vias e mecanismos que permite a condução do impulso nervoso, causado pelo estímulo doloroso, até o SNC e seu reconhecimento  Modulação: vias responsáveis pela supressão da dor
  • 6.  Nociceptores são terminações nervosas livres de neurônios aferentes primários capazes de serem ativados por estímulos intensos que causam lesão tecidual e, em consequência dor.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.  Modulação supra-segmentar  Estas estruturas enviam impulsos descendentes que inibem a transmissão dos sinais de dor nos neurônios do corno dorsal da medula espinhal;  As principais estruturas envolvidas nesse sistema descendente inibitório são:  Substância cinzenta periaquedutal (SCP);  Bulbo rostroventromedial (RVM) que inclui o núcleo magno da rafe (NMR) e o locus coeruleus (LC).
  • 12.
  • 13.
  • 14.  Modulação Segmentar inibitória  Teoria das comportas de Melzack eWall (1965)  Fibras mielínicas grossas (A-alfa e A-beta)  Excitação de interneurônios inibitórios  Impedindo a passagem do impulso doloroso
  • 15.
  • 16.
  • 17.  Noradrenalina, serotonina , dopamina, encefalinas: mais importantes. Se depletadas, ocorre inibição do efeito analgésico da morfina, hiperalgesia e dor espontânea  Encefalinas: analgesia  No SNP: substancia P (maior NT de dor)  Aspartato e glutamato: excitatórios  Somatostatina, neurotensina e GABA: inibitórios  Prostaglandinas e Leucotrienos: sensibilizam nociceptores  Bradicinina: potente algógeno. Aumenta permeabilidade capilar  Ìons K e H: promovem dor  Histamina: prurido e dor
  • 19.  Dor como sensação  Identifica características da dor  Devido vias do sistema lateral e as projeções dos núcleosVPM eVPL que ocorrem predominantemente para o córtex somatossensorial primário.
  • 20.  Dor não é só sensação, compreendendo uma série de respostas reflexas, emocionais e comportamentais, dependendo do aprendizado e memorização de experiências prévias  Os núcleos mediais do tálamo se projetam para o córtex insular e para o córtex do cíngulo anterior, mais envolvidos nas funções afetivo- motivacionais.  Sistema límbico  Angústia, depressão
  • 21.  Centro do controle do processamento doloroso  Avaliação e julgamento  Modulação  Contribuir ou modificar nas respostas afetivo- emocionais
  • 22.  Nociceptiva  Neuropática  Mista  Psicogênica
  • 23.  Nociceptiva - Causada por ativação dos receptores da dor (nociceptores) - Inicio simultâneo ao estímulo doloroso  Requer estimulação intensa, e geralmente transitória;  Tende a desaparecer quando cessado o estímulo nociceptivo;  Propicia alerta ao organismo e ocasiona respostas comportamentais;  Relacionada a dor aguda.  Um exemplo para este tipo de dor é aquela desencadeada por uma espetada ou agulhada na ponta do dedo.  Reflexo de Retirada
  • 24.  Somática superficial: nociceptores do tegumento, bem localizada, qualidade distinta, intensidade proporcional ao estímulo  Somática profunda: nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações, mais difusa e de localização imprecisa  Visceral:nociceptores viscerais, dor profunda, difusa e de localização imprecisa
  • 25.  Referida: sensação dolorosa superficial localizada a distância da estrutura profunda responsável pela dor  Distribuição metamérica  Ex.: dor em face medial do braço (dermátomo deT1) no IAM  Dor epigástrica ou periumbilical (dermátomo deT6 aT10) na apendicite
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.  Irradiada: sentida a distância da sua origem, porém em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou nervo cuja estimulação causou a dor. Ex.: ciatalgia por hérnia de disco lombar.
  • 32.  Neuropática  Lesão do sistema nervoso periférico ou central, sem estimulação do receptor  Etiologia variada: traumática, inflamatória, vascular, neoplásica, etc....  Início pode coincidir com atuação causal, mas mais comumente ocorre após dias, semanas, meses e até anos  Remoção do fator causal pode não ser possível
  • 33.  Mecanismo fisiopatológico não totalmente esclarecido – provavelmente desaferentação  Geralmente percebida com qualidade elétrica (queimação, lancinante, vibrátil, formigamento...)  Sensibilidade na área geralmente anormal  Geralmente constante e evocada  Ex.:neuralgia pós-herpética, neuropatia diabética
  • 34.  Dor mista  Dor psicogênica: não há substrato orgânico para dor;natureza puramente psíquica.
  • 35.  Sede  Extensão  Intensidade  Duração  Irradiação  Fatores de melhora  Fatores de piora  Fatores que acompanham  Relação com funções orgânicas  Períodos de semelhança e dissemelhança/ Evolução  Horário  Qualidade
  • 36.  Dor evocada x espontânea  Exemplos de Dor evocada:  Alodínia: dor causada por estímulo que normalmente não é doloroso  Hiperestesia: aumento da sensibilidade ao estímulo, mesmo não doloroso  Hiperalgesia: aumento da resposta a um estímulo que é normalmente doloroso  Dor espontânea: constante, intermitente
  • 37.
  • 38.
  • 39.  Fale-me sobre a sua dor  Onde você sente dor?  A dor parece caminhar ou é penetrante?  Que outras palavras poderiam descrever sua dor?  O que a faz piorar?Que medicamentos a fazem melhorar?  Você consegue provocar a dor?  Você consegue reproduzir a dor?