SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Brasília nasceu durante um comício da campanha presidencial de Juscelino
Kubitschek, feito no dia 4 de abril de 1955, na cidade de Jataí, estado de Goiás. Um
morador da cidade, Antônio Carvalho Soares, perguntou em tom desafiador:
Mesmo pego de surpresa, o presidente Juscelino respondeu prontamente:
Nesse mesmo dia, o presidente apresentou as 30 metas de seu governo,
traçadas após demorados estudos sobre economia e política,
A ideia de construir uma cidade no meio do nada era feira sob medida para JK,
cujo slogan da campanha presidencial era “50 anos em 5”.
O presidente Juscelino colocou Brasília como a meta-síntese do seu governo,
isto é, a principal, aquela que deveria ser realizada com êxito absoluto. E Foi assim
que aconteceu.
Ao visitar o local onde Brasília seria construída, o presidente pronunciou umas
e suas frases mais célebres:
“Deste Planalto Central, desta solidão que m breve se transforma em cérebro
das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu
país, e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no
seu grande destino.”
Brasília: um sonho e uma realidade. Uma cidade de pouca história. Uma cidade
com uma história diferente das outras cidades do Brasil.
As grandes metrópoles brasileiras surgiram durante a colonização, como
resultado da exploração do pau-brasil, da mineração, do cultivo da cana-de-açúcar ou
do café.
Brasília não. Brasília foi idealizada, planejada e construída para ser a capital do
Brasil. Do ideal do então presidente Juscelino Kubitschek e dos projetos do urbanista
Lúcio Costa de do arquiteto Oscar Niemeyer, ela nasceu. A capital do Brasil foi então
erguida em pouco mais de três anos e cumpriu seu objetivo: integrar ao Centro-Oeste
ao restante do país, mudar a capital para o interior. Assim no dia 21 de abril de 1960
Brasília foi inaugurada.
JK INÍCIO E DESAFIO
O senhor pretende cumprir o mandato
constitucional que determina a mudança da
capital federal para o Planalto Central?
Cumprirei a Constituição, farei a mudança
da capital.
BRASÍLIA: SONHO E REALIDADE
Para a cidade de Brasília sair do campo das ideias e passar para o papel, foi
organizado um concurso a fim de escolhe o melhor plano para a nova capital do
Brasil.
O urbanista Lucio Costa foi o vencedor. Muita gente não entendeu o por quê.
Afinal, o Plano Piloto de Brasília apresentado por ele apresentava apenas um traçado
simples da cidade, um esboço acompanhado de uma justificativa não menos simples,
enquanto outros candidatos produziram volumes com plantas, estatísticas,
planejamentos que passavam de 500 páginas e reuniam perto de 100 croquis.
Lucio Costa expôs tudo de maneira muito simples, como geralmente acontece
com as grandes ideias.
Oque difere Oscar Niemeyer dos outros arquitetos é a sua vocação para
colocar-se à frente da sua época e a sua capacidade de esculpir em prédios imensos
verdadeiras obras de arte, com leveza e harmonia.
Convidado pelo presidente Juscelino Kubitschek, Niemeyer uniu sua
genialidade à de Lucio Costa e projetou e deu forma aos edifícios mais importantes de
Brasília.
Entre esses edifícios, destacam-se o Palácio do Planalto, o Palácio da Justiça,
o Itamarati, a Catedral Metropolitana, O Teatro Nacional e o Congresso Nacional.
VENCEDOR: LUCIO COSTA
Plano Piloto, Projeto Vencedor.
OSCAR NIEMEYER: ESCULTOR DA SUA
PRÓPRIA IMAGINAÇÃO
Tratava-se agora de construir: e construir um ritmo novo.
Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens
que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo
novo, um novo Tempo.
E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa,
começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os
homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e que,
no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus de arara, por todas as
formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa
pátria, sobretudo do Norte; foram chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do
Nordeste, em sua simples e áspera doçura; foram chegando em grandes levas do
Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e do Grande Sul; foram chegando
em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos
a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados,
tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos
antigos ritmos da imensa pátria
Foi necessário muito mais que engenho, tenacidade e invenção. Foi necessário
1 milhão de metros cúbicos de concreto, e foram necessárias 100 mil toneladas de
ferro redondo, e foram necessários milhares e milhares de sacos de cimento, e 500
mil metros cúbicos de areia, e 2 mil quilômetros de fios.
E 1 milhão de metros cúbicos de brita foi necessário, e quatrocentos
quilômetros de laminados, e toneladas e toneladas de madeira foram necessárias. E
60 mil operários! Foram necessários 60 mil trabalhadores vindos de todos os cantos
da imensa pátria, sobretudo do Norte! 60 mil candangos foram necessários para
desbastar, cavar, estaquear, cortar, serrar, pregar, soldar, empurrar, cimentar,
aplainar, polir, erguer as brancas empenas...
O trabalho humano que anuncia que a sorte está lançada e a ação é
irreversível...
“Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro
das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu
país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no
seu grande destino.”
(Brasília, 2 de outubro de 1956)
Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira
A CHEGADA DOS CANDANGOS
O TRABALHO E A CONSTRUÇÃO
Candangolândia era conhecida como Vila Operária, por abrigar os operários
que trabalhavam na construção de Brasília. Lá, havia muitos alojamentos provisórios,
como a Lonalândia, barracas cobertas por lonas, e a Sacolândia, barracas feitas de
sacos vazios de cimentos. Depois, passou a ser conhecida por Vila dos Candangos e,
finalmente, como Candangolândia.
Somente em 1989 a Candangolândia tornou-se cidade e, em 1994, por meio da
Lei n° 658, foi oficializada com a criação da Região Administrativa da Candangolândia
– RA XIX (até então fazia parte da Região Administrativa do Núcleo Bandeirante),
fixando-se o dia 3 de novembro como data oficial de sua fundação.
Pioneiros que vieram construir Brasília ainda vivem em Candangolândia e
se dizem satisfeitos com a qualidade de vida da cidade.
Diversos pioneiros que vieram construir Brasília ainda vivem em
Candangolândia, lembram histórias dos primeiros anos e se dizem satisfeitos com a
qualidade de vida da cidade. "Quando cheguei, na época da construção, eu trabalhava
carregando os operários em cima de um caminhão. Hoje, aqui, é o melhor lugar para
se morar", destaca Bonifácio Teixeira de Lima, 61 anos.
"Em 1957, quando cheguei, aqui não tinha nada. Era só mato e uns poucos
barracos de lona. Na verdade, eu vim apenas trazer um caminhão de cimento, mas,
como recebi uma proposta de emprego para ser taxidermista (profissional que realiza
embalsamento de animais mortos) no Zoológico, acabei voltando", conta José Ferreira
de Lima, 73 anos, mais conhecido como "José Mineiro", por ter vindo de Minas Gerais.
Segundo José Mineiro, os operários enfrentaram condições difíceis no início da
cidade. "Só havia sete alojamentos e, em cada um deles, oito quartos. Em cada
quarto, dormiam nove homens. Depois, quando a Novacap (Companhia Urbanizadora
da Nova Capital) começou a melhorar a infraestrutura, o pessoal começou a trazer
suas famílias", disse.
Compadre de José Mineiro, o pioneiro e comerciante Adevaldo Gregório da
Silva, 66 anos, conta que levou onze dias para chegar até Candangolândia. "Sai do
interior da Bahia e viajar para cá naquela época era bem mais difícil. Tive que pegar
trem, depois caminhão e ônibus. Desci na Rua dos Transportes, que atualmente é a
rua da Administração. Montei um comércio e estou aqui até hoje", lembra.
Silva compara a cidade naquela época com os dias atuais. "No início, os
funcionários ganhavam pouco e o comércio era bastante difícil. Agora, a cidade
melhorou, está mais desenvolvida. Sobrevivo só do meu estabelecimento", afirma.
"Naquela época, aqui tinha muito homem. As poucas mulheres eram casadas e
passavam apressadas", completou, sorrindo.
http://www.df.gov.br/noticias/item/1749-uma-hist%C3%B3ria-de-55-anos.html
UMA HISTÓRIA DE 55 ANOS
Uma história de 55 anos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfIII Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfAndré Moraes
 
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docx
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docxFEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docx
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docxLucianaMandarino1
 
Prova de HISTÓRIA
Prova de HISTÓRIAProva de HISTÓRIA
Prova de HISTÓRIAKatia Lopes
 
Geografia 2013 3ºe 4º bim (4º ano)
Geografia 2013   3ºe 4º bim (4º ano)Geografia 2013   3ºe 4º bim (4º ano)
Geografia 2013 3ºe 4º bim (4º ano)smece4e5
 
Ciências 5º ano
Ciências 5º anoCiências 5º ano
Ciências 5º anoIvaildo
 
Sugestão de atividade avaliativa de matemática
Sugestão de atividade avaliativa de matemáticaSugestão de atividade avaliativa de matemática
Sugestão de atividade avaliativa de matemáticaPaulo Alves de Araujo
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)smece4e5
 
Atividade concordancia verbal ok
Atividade concordancia verbal okAtividade concordancia verbal ok
Atividade concordancia verbal okGleidson Fernandes
 
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015Paulo Alves de Araujo
 

Mais procurados (20)

Números decimais
Números decimais Números decimais
Números decimais
 
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdfIII Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
III Atividade Avaliativa de História 4º e 5º ano pdf
 
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA - 5º ANO - PROCESSO DE REAVALIAÇAO 2017
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA - 5º ANO - PROCESSO DE REAVALIAÇAO  2017AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA - 5º ANO - PROCESSO DE REAVALIAÇAO  2017
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA - 5º ANO - PROCESSO DE REAVALIAÇAO 2017
 
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docx
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docxFEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docx
FEVEREIRO HISTORIA NOMADES E SEDENTARIOS JAMAL LU.docx
 
Imigrantes
ImigrantesImigrantes
Imigrantes
 
Avaliação de recup. historia 4º ano
Avaliação de recup. historia 4º anoAvaliação de recup. historia 4º ano
Avaliação de recup. historia 4º ano
 
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA: 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 2º BIMEST...
 
Prova de HISTÓRIA
Prova de HISTÓRIAProva de HISTÓRIA
Prova de HISTÓRIA
 
3º ano sistema circulatorio
3º ano sistema circulatorio3º ano sistema circulatorio
3º ano sistema circulatorio
 
Prova de geografia - bandeiras, mapa, estados, capitais e siglas do brasil
Prova de geografia - bandeiras, mapa, estados, capitais e siglas do brasilProva de geografia - bandeiras, mapa, estados, capitais e siglas do brasil
Prova de geografia - bandeiras, mapa, estados, capitais e siglas do brasil
 
Geografia 2013 3ºe 4º bim (4º ano)
Geografia 2013   3ºe 4º bim (4º ano)Geografia 2013   3ºe 4º bim (4º ano)
Geografia 2013 3ºe 4º bim (4º ano)
 
Pronomes Possessivos atividade portugues PLE
Pronomes Possessivos atividade portugues PLEPronomes Possessivos atividade portugues PLE
Pronomes Possessivos atividade portugues PLE
 
Ciências 5º ano
Ciências 5º anoCiências 5º ano
Ciências 5º ano
 
Sugestão de atividade avaliativa de matemática
Sugestão de atividade avaliativa de matemáticaSugestão de atividade avaliativa de matemática
Sugestão de atividade avaliativa de matemática
 
Atividade Avaliativa Geografia
Atividade Avaliativa GeografiaAtividade Avaliativa Geografia
Atividade Avaliativa Geografia
 
WORD: AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA: 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 4º B...
WORD: AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA: 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 4º B...WORD: AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA: 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 4º B...
WORD: AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA: 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 - II CICLO - 4º B...
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
 
Atividade concordancia verbal ok
Atividade concordancia verbal okAtividade concordancia verbal ok
Atividade concordancia verbal ok
 
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015
Atividade Avaliativa de ciências 3º bimestre 2015
 
Atividade avaliativa de história
Atividade avaliativa de históriaAtividade avaliativa de história
Atividade avaliativa de história
 

Mais de Paulo Alves de Araujo

Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação
Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de EducaçãoSimulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação
Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de EducaçãoPaulo Alves de Araujo
 
Manifestações do currículo na prática escolar
Manifestações do currículo na prática escolarManifestações do currículo na prática escolar
Manifestações do currículo na prática escolarPaulo Alves de Araujo
 
Currículo e construção do conhecimento
Currículo e construção do conhecimentoCurrículo e construção do conhecimento
Currículo e construção do conhecimentoPaulo Alves de Araujo
 
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógico
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógicoPedagogia para Concursos - Projeto político pedagógico
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógicoPaulo Alves de Araujo
 
Avaliação na prática escolar: níveis e funções
Avaliação na prática escolar: níveis e funçõesAvaliação na prática escolar: níveis e funções
Avaliação na prática escolar: níveis e funçõesPaulo Alves de Araujo
 
Tendências pedagógicas na prática escolar II
Tendências pedagógicas na prática escolar IITendências pedagógicas na prática escolar II
Tendências pedagógicas na prática escolar IIPaulo Alves de Araujo
 
Tendências pedagógicas na prática escolar
Tendências pedagógicas na prática escolarTendências pedagógicas na prática escolar
Tendências pedagógicas na prática escolarPaulo Alves de Araujo
 
Atividade susbstantivos próprios e comuns
Atividade susbstantivos próprios e comunsAtividade susbstantivos próprios e comuns
Atividade susbstantivos próprios e comunsPaulo Alves de Araujo
 
Atividade de composição e decomposição numérica
Atividade de composição e decomposição numéricaAtividade de composição e decomposição numérica
Atividade de composição e decomposição numéricaPaulo Alves de Araujo
 
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)Paulo Alves de Araujo
 
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado Numérico
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado NuméricoSituações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado Numérico
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado NuméricoPaulo Alves de Araujo
 
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino Fundamental
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino FundamentalGênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino Fundamental
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino FundamentalPaulo Alves de Araujo
 
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º Ano
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º AnoInterpretando situações-problema e gráfico - 3º Ano
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º AnoPaulo Alves de Araujo
 
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino Fundamental
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino FundamentalSequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino Fundamental
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino FundamentalPaulo Alves de Araujo
 
Atividade Avaliativa Língua Portuguesa
Atividade Avaliativa Língua PortuguesaAtividade Avaliativa Língua Portuguesa
Atividade Avaliativa Língua PortuguesaPaulo Alves de Araujo
 

Mais de Paulo Alves de Araujo (20)

Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação
Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de EducaçãoSimulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação
Simulado Lei 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação
 
Manifestações do currículo na prática escolar
Manifestações do currículo na prática escolarManifestações do currículo na prática escolar
Manifestações do currículo na prática escolar
 
Currículo e construção do conhecimento
Currículo e construção do conhecimentoCurrículo e construção do conhecimento
Currículo e construção do conhecimento
 
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógico
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógicoPedagogia para Concursos - Projeto político pedagógico
Pedagogia para Concursos - Projeto político pedagógico
 
Avaliação na prática escolar: níveis e funções
Avaliação na prática escolar: níveis e funçõesAvaliação na prática escolar: níveis e funções
Avaliação na prática escolar: níveis e funções
 
Tendências pedagógicas na prática escolar II
Tendências pedagógicas na prática escolar IITendências pedagógicas na prática escolar II
Tendências pedagógicas na prática escolar II
 
Tendências pedagógicas na prática escolar
Tendências pedagógicas na prática escolarTendências pedagógicas na prática escolar
Tendências pedagógicas na prática escolar
 
Atividades para Alfabetização
Atividades para AlfabetizaçãoAtividades para Alfabetização
Atividades para Alfabetização
 
Atividade susbstantivos próprios e comuns
Atividade susbstantivos próprios e comunsAtividade susbstantivos próprios e comuns
Atividade susbstantivos próprios e comuns
 
Atividade de composição e decomposição numérica
Atividade de composição e decomposição numéricaAtividade de composição e decomposição numérica
Atividade de composição e decomposição numérica
 
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)
Atividade matemática - Adição e Subtração (Simples)
 
Sequenciação
SequenciaçãoSequenciação
Sequenciação
 
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado Numérico
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado NuméricoSituações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado Numérico
Situações problematizadoras, Escrita dos Numerais e Ditado Numérico
 
Poema e interpretação - 3º ano
Poema e interpretação - 3º anoPoema e interpretação - 3º ano
Poema e interpretação - 3º ano
 
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino Fundamental
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino FundamentalGênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino Fundamental
Gênero textual: O Poema 3º Ano do Ensino Fundamental
 
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º Ano
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º AnoInterpretando situações-problema e gráfico - 3º Ano
Interpretando situações-problema e gráfico - 3º Ano
 
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino Fundamental
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino FundamentalSequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino Fundamental
Sequência numérica de 0 a 100 - 3º Ano do Ensino Fundamental
 
Atividade Avaliativa Matemática
Atividade Avaliativa MatemáticaAtividade Avaliativa Matemática
Atividade Avaliativa Matemática
 
Atividade Avaliativa Língua Portuguesa
Atividade Avaliativa Língua PortuguesaAtividade Avaliativa Língua Portuguesa
Atividade Avaliativa Língua Portuguesa
 
Atividade Avaliativa História
Atividade Avaliativa HistóriaAtividade Avaliativa História
Atividade Avaliativa História
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 

Último (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 

História de Brasília

  • 1. Brasília nasceu durante um comício da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, feito no dia 4 de abril de 1955, na cidade de Jataí, estado de Goiás. Um morador da cidade, Antônio Carvalho Soares, perguntou em tom desafiador: Mesmo pego de surpresa, o presidente Juscelino respondeu prontamente: Nesse mesmo dia, o presidente apresentou as 30 metas de seu governo, traçadas após demorados estudos sobre economia e política, A ideia de construir uma cidade no meio do nada era feira sob medida para JK, cujo slogan da campanha presidencial era “50 anos em 5”. O presidente Juscelino colocou Brasília como a meta-síntese do seu governo, isto é, a principal, aquela que deveria ser realizada com êxito absoluto. E Foi assim que aconteceu. Ao visitar o local onde Brasília seria construída, o presidente pronunciou umas e suas frases mais célebres: “Deste Planalto Central, desta solidão que m breve se transforma em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país, e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” Brasília: um sonho e uma realidade. Uma cidade de pouca história. Uma cidade com uma história diferente das outras cidades do Brasil. As grandes metrópoles brasileiras surgiram durante a colonização, como resultado da exploração do pau-brasil, da mineração, do cultivo da cana-de-açúcar ou do café. Brasília não. Brasília foi idealizada, planejada e construída para ser a capital do Brasil. Do ideal do então presidente Juscelino Kubitschek e dos projetos do urbanista Lúcio Costa de do arquiteto Oscar Niemeyer, ela nasceu. A capital do Brasil foi então erguida em pouco mais de três anos e cumpriu seu objetivo: integrar ao Centro-Oeste ao restante do país, mudar a capital para o interior. Assim no dia 21 de abril de 1960 Brasília foi inaugurada. JK INÍCIO E DESAFIO O senhor pretende cumprir o mandato constitucional que determina a mudança da capital federal para o Planalto Central? Cumprirei a Constituição, farei a mudança da capital. BRASÍLIA: SONHO E REALIDADE
  • 2. Para a cidade de Brasília sair do campo das ideias e passar para o papel, foi organizado um concurso a fim de escolhe o melhor plano para a nova capital do Brasil. O urbanista Lucio Costa foi o vencedor. Muita gente não entendeu o por quê. Afinal, o Plano Piloto de Brasília apresentado por ele apresentava apenas um traçado simples da cidade, um esboço acompanhado de uma justificativa não menos simples, enquanto outros candidatos produziram volumes com plantas, estatísticas, planejamentos que passavam de 500 páginas e reuniam perto de 100 croquis. Lucio Costa expôs tudo de maneira muito simples, como geralmente acontece com as grandes ideias. Oque difere Oscar Niemeyer dos outros arquitetos é a sua vocação para colocar-se à frente da sua época e a sua capacidade de esculpir em prédios imensos verdadeiras obras de arte, com leveza e harmonia. Convidado pelo presidente Juscelino Kubitschek, Niemeyer uniu sua genialidade à de Lucio Costa e projetou e deu forma aos edifícios mais importantes de Brasília. Entre esses edifícios, destacam-se o Palácio do Planalto, o Palácio da Justiça, o Itamarati, a Catedral Metropolitana, O Teatro Nacional e o Congresso Nacional. VENCEDOR: LUCIO COSTA Plano Piloto, Projeto Vencedor. OSCAR NIEMEYER: ESCULTOR DA SUA PRÓPRIA IMAGINAÇÃO
  • 3. Tratava-se agora de construir: e construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e que, no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus de arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa pátria, sobretudo do Norte; foram chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do Nordeste, em sua simples e áspera doçura; foram chegando em grandes levas do Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e do Grande Sul; foram chegando em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria Foi necessário muito mais que engenho, tenacidade e invenção. Foi necessário 1 milhão de metros cúbicos de concreto, e foram necessárias 100 mil toneladas de ferro redondo, e foram necessários milhares e milhares de sacos de cimento, e 500 mil metros cúbicos de areia, e 2 mil quilômetros de fios. E 1 milhão de metros cúbicos de brita foi necessário, e quatrocentos quilômetros de laminados, e toneladas e toneladas de madeira foram necessárias. E 60 mil operários! Foram necessários 60 mil trabalhadores vindos de todos os cantos da imensa pátria, sobretudo do Norte! 60 mil candangos foram necessários para desbastar, cavar, estaquear, cortar, serrar, pregar, soldar, empurrar, cimentar, aplainar, polir, erguer as brancas empenas... O trabalho humano que anuncia que a sorte está lançada e a ação é irreversível... “Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” (Brasília, 2 de outubro de 1956) Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira A CHEGADA DOS CANDANGOS O TRABALHO E A CONSTRUÇÃO
  • 4. Candangolândia era conhecida como Vila Operária, por abrigar os operários que trabalhavam na construção de Brasília. Lá, havia muitos alojamentos provisórios, como a Lonalândia, barracas cobertas por lonas, e a Sacolândia, barracas feitas de sacos vazios de cimentos. Depois, passou a ser conhecida por Vila dos Candangos e, finalmente, como Candangolândia. Somente em 1989 a Candangolândia tornou-se cidade e, em 1994, por meio da Lei n° 658, foi oficializada com a criação da Região Administrativa da Candangolândia – RA XIX (até então fazia parte da Região Administrativa do Núcleo Bandeirante), fixando-se o dia 3 de novembro como data oficial de sua fundação. Pioneiros que vieram construir Brasília ainda vivem em Candangolândia e se dizem satisfeitos com a qualidade de vida da cidade. Diversos pioneiros que vieram construir Brasília ainda vivem em Candangolândia, lembram histórias dos primeiros anos e se dizem satisfeitos com a qualidade de vida da cidade. "Quando cheguei, na época da construção, eu trabalhava carregando os operários em cima de um caminhão. Hoje, aqui, é o melhor lugar para se morar", destaca Bonifácio Teixeira de Lima, 61 anos. "Em 1957, quando cheguei, aqui não tinha nada. Era só mato e uns poucos barracos de lona. Na verdade, eu vim apenas trazer um caminhão de cimento, mas, como recebi uma proposta de emprego para ser taxidermista (profissional que realiza embalsamento de animais mortos) no Zoológico, acabei voltando", conta José Ferreira de Lima, 73 anos, mais conhecido como "José Mineiro", por ter vindo de Minas Gerais. Segundo José Mineiro, os operários enfrentaram condições difíceis no início da cidade. "Só havia sete alojamentos e, em cada um deles, oito quartos. Em cada quarto, dormiam nove homens. Depois, quando a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) começou a melhorar a infraestrutura, o pessoal começou a trazer suas famílias", disse. Compadre de José Mineiro, o pioneiro e comerciante Adevaldo Gregório da Silva, 66 anos, conta que levou onze dias para chegar até Candangolândia. "Sai do interior da Bahia e viajar para cá naquela época era bem mais difícil. Tive que pegar trem, depois caminhão e ônibus. Desci na Rua dos Transportes, que atualmente é a rua da Administração. Montei um comércio e estou aqui até hoje", lembra. Silva compara a cidade naquela época com os dias atuais. "No início, os funcionários ganhavam pouco e o comércio era bastante difícil. Agora, a cidade melhorou, está mais desenvolvida. Sobrevivo só do meu estabelecimento", afirma. "Naquela época, aqui tinha muito homem. As poucas mulheres eram casadas e passavam apressadas", completou, sorrindo. http://www.df.gov.br/noticias/item/1749-uma-hist%C3%B3ria-de-55-anos.html UMA HISTÓRIA DE 55 ANOS Uma história de 55 anos