Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Força da Mulher Cisterneira
1. EREM JOAQUIM TÁVORA
A FORÇA DA MULHER CISTERNEIRA:
CAPTAÇÃO E TRATAMENTO D’ÁGUA
NO SERTÃO NORDESTINO
2. Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional
Gerência Regional de Educação Recife Sul
ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO JOAQUIM TÁVORA
A FORÇA DA MULHER CISTERNEIRA:
CAPTAÇÃO E TRATAMENTO D’ÁGUA
NO SERTÃO NORDESTINO
Alunas: Hellen Cristina Feitosa de Araújo, Gilmária Vitória
Matos da Silva, Ariane da Silva Almeida, Camilly Vitória
Rodrigues da Silva, Laura Maria Ferreira Martins, Tamirys
Muniz de Oliveira Lima
Professora orientadora: Paula Nascimento da Silva
Outubro de 2019
3. 3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 4
2. OBJETIVOS: ........................................................................................................................... 5
3. METODOLOGIA..................................................................................................................... 6
4. CONTEÚDO............................................................................................................................ 7
I. Breve histórico das Cisterneiras........................................................................................ 7
II. Pedreiras, mulheres cisterneiras....................................................................................... 8
III. Dificuldades e preconceitos .......................................................................................... 9
IV. Um Novo Horizonte..................................................................................................... 10
V. Água de Cisterna.... Pode Beber?.................................................................................... 10
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 13
6. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 14
ANEXOS....................................................................................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO
O processo de tratamento d’água, nas cidades grandes ocorre de maneira regular
com distribuição frequente para a população urbana, sendo de boa qualidade, embora
possamos dizer também que mesmo nas metrópoles há bairros com racionamento
diário de água.
Já no sertão tal processo é mais precário justamente porque existe a seca. Esta,
além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para
as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o
desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Assim, a seca gera fome e
miséria no sertão nordestino há décadas. Muitas vezes, as mulheres, mães e meninas
precisam andar durante horas sob Sol forte e calor para pegar água em baldes, em
geral, suja e contaminada.
Isto causa à população a ocorrência de muitas doenças, pois, para completar o
quadro, a alimentação é precária e a água consumida é de péssima qualidade. Nestas
localidades o tratamento d’água ocorre de maneira simples e rudimentar.
Em meio a tudo isso é importante ressaltar a ação das mulheres que se
transformaram em “cisterneiras” e assim constroem cisternas elas mesmas em suas
casas e ainda capacitam outras mulheres para continuar esta ação. Desta forma
geram também emprego e renda para as pessoas da comunidade modificando, assim,
a realidade do sertão
Ao participar de toda esta discussão e do processo de elaboração do tratamento
da água no âmbito escolar acreditamos trazer para os alunos uma nova forma de
refletir sobre esta questão que se faz urgente no mundo que é a utilização racional e
consciente da água e também a importância da mulher enquanto ser essencial na
construção de uma sociedade mais digna e respeitosa com o gênero feminino.
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2. OBJETIVOS:
▪ Discutir a importância da construção de cisternas por mulheres nordestinas
para a obtenção a água necessária ao sustento da sua família em regiões de
seca;
▪ Divulgar as técnicas para a construção das cisternas;
▪ Incentivar a discussão da luta pelo espaço feminino e do combate à misoginia
e preconceito em relação a atividades que podem ser realizadas pelas
mulheres;
▪ Construir um modelo de miniestação de tratamento de água para
aprendizagem comparativa entre obtenção de água potável no litoral e no
interior.
▪ Participar de oficinas de grafitagem que discutem o tema e modificam
ambientes da escola em ambientes temáticos;
▪ Utilizar o espaço do muro artístico da escola para debate sobre a importância
de preservar água em ambientes urbanos e rurais do Nordeste;
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3. METODOLOGIA
• Pesquisa bibliográfica sobre água, importância, utilização e reuso;
• Pesquisa bibliográfica sobre o programa de capacitação de mulheres na
construção de cisternas e discussão da posição atual da mulher na sociedade;
• Utilizar aulas de Matemática e Informática para cálculo de dimensionamento
dos tanques do sistema de tratamento da água e de construção de cisternas;
• Conhecendo uma conta de água;
• Limpeza e requalificação da área de jardins da escola com paisagismo e
grafitagem com temas ambientais;
• Grafitagem no muro da escola na área dos temas relativos à Zona da Mata,
Agreste e Sertão, relacionando a vegetação destas regiões com a
disponibilidade de água;
• Divulgação das etapas do desenvolvimento do trabalho no site da escola e em
redes sociais;
OBS:
Registros fotográficos destas etapas disponíveis em:
https://www.flickr.com/photos/155136931@N07/albums/72157708928992613
Acessíveis diretamente através do QR Code:
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4. CONTEÚDO
O Tratamento d’água, nas cidades “grandes” tem uma distribuição abundante para
a população urbana: com boa qualidade, bom tratamento e bom fornecimento, embora
podemos dizer também que mesmo nas metrópoles há bairros com racionamento
diário de água.
Já no sertão isso se tornar precário, justamente porque existe a seca. Esta, além
de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as
pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento
da agricultura e a criação de animais. Assim, a seca gera fome e miséria no sertão
nordestino. Muitas vezes, as pessoas, principalmente as mulheres, mães e meninas
precisam andar durante horas, sob sol forte e calor para pegar água, em geral, suja e
contaminada.
Isto causa à população o desenvolvimento de muitas doenças pois para completar,
a alimentação é precária e o consumo de água de péssima qualidade. Nestas
localidades o “tratamento d’água” ocorre de maneira simples e rudimentar.
Surgem assim as mulheres cisterneiras.
I. Breve histórico das Cisterneiras
A atuação das mulheres cisterneiras é uma prática inovadora e vem obtendo
resultados incríveis e significativos. A ideia de capacitar mulheres na construção de
cisternas surgiu de uma proposta das Comissões Executivas Municipais - formadas
por representantes da sociedade civil organizada que atuam no gerenciamento do
Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) - para que as mulheres tivessem uma nova
opção de renda.
O projeto logo foi aceito e desde o ano de 2006 as mulheres têm experimentado
na prática a igualdade de gênero nesta área.
No começo, houve muitas discussões que se opuseram à realização desta
atividade. O preconceito vinha das Comissões ligadas ao Programa Água e Segurança
Alimentar, assim como das próprias mulheres, seus familiares e das comunidades
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envolvidas na construção das cisternas. Mas esta barreira foi sendo vencida e a
realização desta atividade começou, possibilitando às cisterneiras a geração de
oportunidades e o estímulo de perspectivas no campo profissional e pessoal, a partir
daí passaram a conhecer e participar mais de movimentos sociais, grupos de
produção de alimentos, desenvolvendo assim uma aprendizagem para a construção e
organização de seus próprios recursos financeiros.
Muitas delas utilizam o dinheiro recebido para a compra de objetos pessoais,
outras investem em educação, ajudam nas despesas de casa, aplicam em
cooperativas de crédito ainda cuidam da saúde.
II. Pedreiras, mulheres cisterneiras.
A capacitação em técnicas de construção de cisternas permite o empoderamento
das mulheres na região em que vivem, ampliando sua renda e quebram conceitos e
atribuições restritas apenas aos homens.
As mulheres estão cada vez mais fortalecendo a sua identidade como trabalhadora
rural e quebrando os paradigmas da relação homem x mulher.
Participam de movimentos de mulheres, ampliando sua visão política e conseguem
garantir renda própria por meio dos grupos de produção.
As mãos acostumadas com o trabalho doméstico e na roça, tiveram que enfrentar as
ferramentas utilizadas por pedreiros que exigem habilidade e também, algumas vezes,
esforço físico.
Morando em Quitola, Teofilândia (BA), Maria do Carmo afirma que a ideia de
trabalhar como cisterneira surgiu da necessidade de obter renda e da falta de mão-de-
obra qualificada, já que muitas vezes precisava-se trazer pessoas de outros
municípios. “Construção sempre foi considerada atividade de homem, eles diziam que
as cisternas feitas por nós mulheres iam cair, não acreditavam na nossa capacidade”,
relata a cisterneira.
A renda obtida com a construção de cada cisterna é em torno de R$ 175, dinheiro
que está sendo utilizado das mais diversas formas, desde a compra de enxoval para
bebê até aplicação em cooperativa de crédito.
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III. Dificuldades e preconceitos
A ideia de mulheres atuarem na construção de cisternas causou vários tipos de
críticas. Inicialmente o preconceito partia das próprias pedreiras que não se sentiam
capazes em realizar a atividade. “Será que eu consigo fazer este trabalho”,
perguntava-se Luzinete dos Reis Lima, residente em Santa Luz (BA).
A frequência para realizar este trabalho também foi considerada uma dificuldade,
pois muitas vezes elas precisam se deslocar para municípios distantes de suas casas,
tendo que passar cerca quinze dias sem ver a família. Como não constroem
regularmente, muitas se sentem inseguras na hora de construir, além disso, as
cisterneiras afirmam que esta atividade exige muita força.
“As placas são muito pesadas”, disse Lucineide Souza de Jesus, de Serrinha (BA).
Em média, os homens demoram uma semana para construir uma cisterna. Devido à
limitação física feminina e a pouca prática, as mulheres pedreiras levam de duas a três
semanas para finalizar a construção.
Os homens colocam defeito no trabalho, especialmente os maridos e as figuras
masculinas nas casas contempladas com as cisternas.
Exercendo a profissão há mais de 40 anos, o pedreiro Alfredo Domingos de Araújo
ensinou 10 mulheres do município de Teofilândia a construírem cisternas e diz “Elas
demoraram um pouco para construir porque não tinham prática (...) Pelo menos nunca
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tiveram problema as cisternas que acompanhei a construção”. Isto é um estímulo pois
percebe-se que nem todos os homens têm preconceitos.
IV. Um Novo Horizonte
O curso de cisterneiras dá um novo gás para estas mulheres que aprendem a ter
mais confiança em si mesmas e adquirem maiores responsabilidade diante dos
desafios do trabalho. “A grande alegria no trabalho como cisterneira é perceber a
felicidade e a satisfação das famílias ao receberem uma cisterna”, diz Cleide de Jesus
Santos, Teofilândia. Nilmara de Candeal acrescenta: “Ver famílias carentes serem
beneficiadas com os milagres do Sertão. Água boa e um reservatório”
Talvez falte às mulheres a força, porém, elas possuem habilidade. A capacitação
de mulheres na construção de cisternas está permitindo o nascimento de um outro
espaço de participação social, onde homens e mulheres, juntos, contribuem com a
construção de um sertão justo, com mais famílias tendo acesso à água. Orgulho da
profissão – Mesmo com todo preconceito, as sertanejas que encararam o desafio de
construir cisternas sentem-se orgulhosas de serem pedreiras.
“Nunca fiz nada na vida para gostar tanto quanto este trabalho”, afirma Luciene de
Jesus, de Teofilândia. A atividade como cisterneira tem gerado muitas oportunidades,
como por exemplo, ajudar na construção da associação da comunidade, construir sua
própria cisterna, colocar o piso e o reboco da própria casa e também, a construção de
cisternas particulares para outras pessoas no município onde vivem.
V. Água de Cisterna.... Pode Beber?
Embora construídas com a finalidade de captar água de chuva e armazená-la nos
meses de seca, a utilização da cisterna vai além da captação da água de chuva, pois
as mesmas são abastecidas, também, por água que vem de carros-pipa, sendo esta
uma prática comum nas comunidades do semiárido nordestino.
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Em ambos os casos, a qualidade da água de cisterna pode ser afetada por
diversos fatores. Quando a água vem das chuvas, a qualidade pode ser influenciada
pela poluição do ar em regiões industriais, e pelo sistema de captação (telhados,
calhas e superfícies de escoamentos), que permitem a entrada de contaminantes,
tanto biológicos como não biológicos.
Poeira, sujeira, fezes de animais e folhas de árvores podem, além de contaminar a
água com microrganismos nocivos à saúde, causar sabores e odores desagradáveis à
água.
A construção de cisternas próximas a fossas e esgotos, a falta de conservação e
manejo adequado das mesmas, tampas inadequadas, problemas de rachaduras e uso
de cordas e baldes para tirar a água da cisterna, também propiciam contaminação da
água, de forma que vários microrganismos, podem estar presentes na água.
O abastecimento das cisternas com carros-pipa, é também fonte de contaminação
durante o transporte e pelas condições de higiene e limpeza dos carros.
A qualidade da água é para fins potáveis (beber, cozinhar, tomar banho e escovar
os dentes. A água deve ser isenta de organismos prejudiciais à saúde, como bactérias
e vírus, e isenta de substâncias químicas prejudiciais à saúde, como pesticidas e
metais pesados, e que possua baixos valores de turbidez.
TRATAMENTO DA ÁGUA DE CISTERNA
Os principais cuidados de manutenção são:
▪ Limpezas periódicas da cisterna;
▪ Jogar fora os primeiros litros de água de chuva coletados;
▪ Verificação de rachaduras;
▪ Problemas com as tampas e possíveis entradas de contaminantes;
▪ Cuidados com a operação de retirada da água da cisterna para
consumo, evitando-se o uso de baldes e cordas;
▪ “telamento” de todas as áreas de entrada ou saída da cisterna,
Além desses cuidados, filtração e alguma forma de desinfeção podendo ser usado
o processo de fervura da água durante cerca de 5 minutos. O processo de filtração
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pode ser realizado no ponto de entrada da água na cisterna e/ou no ponto de saída ou
uso da cisterna. A cloração da água da cisterna pode ser realizada com o uso de cloro
líquido, como o hipoclorito de sódio encontrado na água sanitária ou produtos de cloro
sólido como o hipoclorito de cálcio, em grânulos e em pastilhas ou tabletes
É importante salientar que a utilização da cloração, pode originar a contaminação
da água por trihalometanos (THMs), que são subprodutos cancerígenos, resultantes
da reação química do cloro com substâncias orgânicas em decomposição, como
restos de folhas, restos de animais mortos e matéria fecal. Assim, é importante o
tratamento por filtração, antes do tratamento da cloração, a fim de evitar a presença de
matéria orgânica na água e, consequentemente, os trihalometanos, após a utilização
do cloro.
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5. CONCLUSÃO
A partir da temática de obtenção e tratamento d’água, tivemos ideia de ampliar a
pesquisa para o problema da falta d’água no sertão, trazendo mais visibilidade às
vidas sertanejas, pois descobrimos que na verdade atualmente são mulheres as
grandes responsáveis por garantir a água nas suas casas.
Desde o “simples” ato de buscar água nos barreiros, que ficam distantes de casa,
trazendo em baldes ou se capacitando através de cursos de formação para construir
cisternas, as mulheres nordestinas se sacrificam dia a dia para obtenção deste bem
que nas grandes cidades é conseguido já de forma tão habitual.
Em meio a tudo isso é importante ressaltar a ação das mulheres que se
transformaram em “cisterneiras” e assim constroem cisternas elas mesmas em suas
casas e ainda capacitam outras mulheres para continuar esta ação.
Desta forma geram também emprego e renda para as pessoas da comunidade
modificando, assim, a realidade do sertão e mostram também toda a força e o valor da
sertaneja que está mudando a realidade econômica e social do sertão.
Neste ponto descobrimos o projeto de Ana Luiza Beserra, estudante universitária
da Bahia, que com o AQUALUZ, trouxe um equipamento simples de purificação da
água com o uso de energia solar.
Trata-se de uma caixa de inox coberta por um vidro e uma tubulação simples
ligada à cisterna, um reservatório comumente usado para armazenar água da chuva
ou de caminhão-pipa. O calor do sol mata cerca de 99% dos microorganismos.(ver
anexo)
Assim podemos perceber que dedicação, estudo e pesquisa podem alcançar
grandes frutos. E isso faz com que a escola torne-se também mais valorizada e
preservada pelos estudantes na medida em que percebem fatores significativos para
sua vida discutidos de forma científica, e também relacionados a seu cotidiano.
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6. REFERÊNCIAS
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química, São Paulo, Scipione, 2ed, vol 1, 2014.
ANTUNES, M. T. Ser Protagonista, São Paulo, SM, 2ed, vol 1, 2013.
GEPEQ – GRUPO DE PESQUISA PARA O ENSINO DA QUÍMICA. Interação e
Transformação: química para o 2° grau. São Paulo: Edusp, vol. 1,1993. Livro do
aluno, Guia do Professor.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Ensino Médio/Química. Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: MEC/SEF,
1997.
http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html
https://centrofeminista.com/2018/06/12/mulheres-cisterneiras-a-forca-e-a-resistencia-
de-ana-maria-da-silva/
https://moc.org.br/upload/bocapiu/04-04-2008_16_45_54.pdf
www.ecycle.com.br/3301-captacao-de-agua-da-chuva-aproveitamento-sistema-
cisternas-como-captar-
http://www.cpatsa.embrapa.br/public_eletronica/downloads/OPB130.pdf
https://envolverde.cartacapital.com.br/brasileira-vence-premio-global-da-onu-com-
solucao-solar-para-purificar-agua/
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/09/19/estudante-baiana-que-criou-
tecnologia-para-filtrar-agua-por-meio-da-luz-solar-em-regioes-do-semiarido-ganh
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ANEXOS
ANEXO I
Construindo uma Cisterna - Por Pedro Marcos Ortiz. (Embrapa)
CISTERNA DE TIJOLO de 15.500 litros
Quantidade Material
4.000 Tijolos
15 Sacos de cimento
10 Sacos de cal
0,5m³ Brita
48kg Ferro 1/4″
Requer 6 dias de trabalho de 1 pedreiro e 1 servente
Para calcular aproximadamente o tamanho da cisterna quadrada ou retangular é só
multiplicar a largura pelo comprimento e depois pela altura (= m3).
Exemplo:
• 1m x 1m x 1m = 1m3 = 1000 lts
• 2m x 3 m x 1.70 m = 10.2 m 3 = (+-) 10.000 lts
Para calcular aproximadamente o tamanho da cisterna redonda:
Afórmula é a seguinte:
V= Pi x r x r x h
Agora vamos explicar o que significa cada letrinha dessas:
– V significa volume. é uma letra grega chamada Pi e ela vale 3,14.
– r significa raio, ou seja, ele vale a metade do diâmetro ou boca da cisterna (se a sua
cisterna t e m uma boca ou diâmetro de 3 metros, o “ r ” vale 1,5 metros).
– h é a altura da cisterna.
16. 16
Demonstração prática:
Se uma Cisterna tem uma altura de dois metros e quarenta centímetros (2,40m) e uma
boca ou diâmetro de três metros (3,0m), quanto ela suporta de água quando estiver
cheia?
- É só substituir os números pelas letras, fazer a multiplicação e você terá o resultado.
V = 3,14 x 1,5 x 1,5 x 2,4 = 16,956 metros cúbicos que é a mesma coisa de 16.956
litros de água.
Ou seja, cada metro cúbico de água é a mesma coisa que 1.000 (mil) litros de água.
Agora se essa mesma cisterna, em determinado momento só tem 1,5m (um metro e
meio) de água isso corresponde a quantos litros?
- É só fazer a mesma conta colocando 1,5 no lugar do h.
V= 3,14 x 1,5 x 1,5 x 1,5 = 10,597 metros cúbicos que é igual a 10.597 litros de água.
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Para facilitar o dimensionamento das cisternas cilíndricas use a tabela a seguir
Capacidade dos Reservatórios
cilíndricos
Altura 0,50 m 1,00 1,50 2,10
Diâmetro da base
1,00 m 400 litros 800 litros
1.200
litros
1.600
litros
1,50 m 900 litros
1.800
litros
2.600
litros
5.700
litros
2,00 m
1.600
litros
3.100
litros
4.700
litros
6.600
litros
2,50 m
2.500
litros
4.900
litros
7.400
litros
10.300
litros
3,00 m
3.500
litros
7.000
litros
10.600
litros
14.800
litros
3,50 m
4.800
litros
9.600
litros
14.400
litros
20.200
litros
4,00 m
6.300
litros
12.600
litros
18.800
litros
26.400
litros
4,50 m
8.000
litros
15.900
litros
23.800
litros
33.400
litros
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ANEXO II
PROJETO AQUALUZ
Cada ciclo de filtragem dura, em média, 4 horas. O dispositivo, que filtra até 28 litros
de água por dia, dura cerca de 15 anos e precisa apenas de limpeza com água e
sabão, troca do filtro natural (com o estoque de refil já fornecido), sem precisar de
manutenção externa ou energia elétrica.
Testes preliminares feitos em laboratório certificado, que usaram parâmetros do
Ministério da Saúde, revelaram que o "Aqualuz" reduziu em 99,9% a presença de
bactérias de referência.
Atualmente, o "Aqualuz" já distribui água potável para 265 pessoas, na Bahia,
Pernambuco, Ceará e Alagoas, e o objetivo é alcançar mais 700 ainda este ano.
Projeto criado por estudante baiana permite filtragem de água com luz solar — Foto: Divulgação
A filtragem ocorre por 4 etapas. São elas:
1. Primeiro, a água é bombeada da cisterna até a caixa, por meio de um encanamento,
passando por um filtro ecológico que é feito de sisal;
2. O filtro ecológico retém partículas sólidas;
3. Depois, já com a água armazenada na caixa de inox, ocorre a desinfecção, em que o
líquido é exposto à radiação solar para eliminação dos micro-organismos patogênicos.
A alta temperatura na caixa ajuda a eliminar impurezas.
4. Por fim, um dispositivo acoplado à caixa muda de cor e alerta quando a água pode ser
retirada da caixa, já pronta para o consumo, por meio de uma torneira.