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I

ELECTRICIDADE E ELEORÓNICA
Opinião IEP

A Compatibilidade Electromagnética
de equipamentDs electrónicos
~m

~
~

Textos_Paulo Cabral [ pc@iep.pt); Esaú Cardoso [ec@iep.pt]:
Laboratório de Metrologia e Ensaios do Instituto Electrotécnico Português
Fotos e imagens_IEP

Quando na imagem do televisor surgem riscas, sempre que na
cozinha se liga a varinha mágica, ou quando o computador bloqueia ao ribombar um trovão nas proximidades e se perde todo
o trabalho que estávamos a fazer, estamos perante problemas
de Compatibilidade Electromagnética (CEM). Esta é a designação
que se dá a um processo que foi sendo estudado cada vez mais
à medida que os equipamentos electrónicos se introduziram nas
nossas vidas: a televisão, a aparelhagem de alta-fidelidade, o telemóvel, o forno microondas, o computador, o leitor de DVD e tantos
outros. Também a outros níveis, os sistemas de comunicação, de

Porquê a actual preocupação com a CEM
Quando durante a descolagem e a aterragem do avião em que
seguimos surge uma Indicação para desligar o telemóvel ou o
computador portátil, o que se pretende é evitar problemas de
compatibilidade electromagnética. A radiação electromagnética
proveniente do nosso equipamento electrónico pode interferir com
os sistemas de navegação e controlo do avião, podendo causar
comportamentos imprevisíveis da aeronave.

diagnóstico médico, de controlo do tráfego aéreo, etc., levantam
questões sérias de CEM.

Quando o monitor de um electrocardiógrafo apresenta leituras
erradas de forma intermitente no momento em que alguém passa
por perto a falar ao telemóvel, estamos na presença de problemas

Em termos simplistas. podemos dizer que a CEM consiste nas
regras de "boa educação" que devem ser respeitadas pelos
equipamentos eléctricos e electrónicos, de forma a conviverem

de compatibilidade electromagnética.

harmoniosamente entre si.

Quando um helicóptero se descontrola misteriosamente e se despenha ao passar perto de uma antena emissora de uma rádio local
ou de uma torre de emissão de uma estação de televisão, ocorreu
uma situação grave de CEM.

Como se define a CEM
Entende-se por Compatibilidade Electromagnética a capacidade
do equipamento para funcionar satisfatoriamente no seu ambiente
electromagnético sem introduzir perturbações electromagnéticas
intoleráveis a outro equipamento nesse ambiente.
A compatibilidade electromagnética é conseguida quando um
equipamento (ou um sistema) eléctrico ou electrónico satisfaz
as seguintes três condições básicas:
• O equipamento não produz interferências electromagnéticas
a si próprio;
• O equipamento não produz interferências electromagnéticas
noutros equipamentos quando estes estão inseridos no seu
ambiente electromagnético adequado ou habitual;
• O equipamento é imune a interferências electromagnéticas
geradas por outros equipamentos que com ele partilham
o mesmo ambiente electromagnético.

60 ~ O lnstetedor Ab( 13 www.otnstlltador com

Podemos compreender como este tipo de situações extr~mamen­
te preocupantes, a par de outros problemas de menor gravidade
que podem ocorrer em ambiente doméstico, obrigaram os fabricantes e os poderes públicos a tenw_r limitar os efeitos prejudiciais
das interferências electromagnéticas.
A CEM é por isso uma força motriz no desenvolvimento da tecnologia, exigindo um amplo consenso entre fabricantes e poderes
públicos para que a sociedade em geral beneficie da cada vez
mais rápida evolução da electrónica.

O controlo dos fenómenos CEM
Na tentativa de controlar estes fenómenos de compatibilidade
electromagnética nos dispositivos electrónicos, as entidades que
se ocupam das questões normativas em todo o mundo elaboraram
(e estão em processo continuo de elaboração e revisão) normas
e legislação específicas. Pretende-se que todos os equipamentos ou sistemas electrónicos, incluindo os que se destinam
a usos domésticos, sejam aprovados em rigorosos ensaios
laboratoriais de compatibilidade electromagnética, de acordo
com as normas aplicáveis.
A União Europeia estabeleceu legislação específica no âmbito CEM. Presentemente, está em vigor a directiva 2004/108/
CE relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes à compatibilidade electromagnética (directiva
CEM). Em Portugal esta directiva foi transposta pelo Dec-lei n.0
325/2007 (alterado pelo Dec-lei n.0 20/2009). Trata-se de uma
directiva de marcação CE, e o seu incumprimento pode acarretar
pesadas sanções e obrigar à retirada dos produtos do mercado.
A lista de normas harmonizadas no âmbito da directiva CEM
é publicada no Jornal Oficial da União Europeia (a versão mais
recente é de 2012-10-23). A conformidade de um equipamento com as normas harmonizadas que lhe são aplicáveis no
âmbito da CEM confere presunção da conformidade desse
equipamento com os requisitos essenciais da directiva.

Aspectos práticos da CEM
Há diversas formas para as perturbações electromagnéticas se transmitirem desde a "fonte" da perturbação até à sua
"vítima". Os fenómenos que originam problemas de CEM nos
equipamentos podem ser transmitidos por conduç ão (através de
linhas eléctricas. sejam estas de energia ou de comunicação)
ou por radiação (propagação através do ar ou de outro meio
dieléctrico). Podem ainda resultar de descargas electrostáticas (quem nunca sentiu um violento choque eléctrico ao tocar
na porta de um automóvel num dia seco?). Ver figu ra 1.
Susceptibilidade
ou Imunidade

Emlssilo

Radiaç!o
~

Por wndu~o

Por radia~o

~ >))) ~
~
I
I
~
Conduç!o

Descargas Electrostáticas

Fig. 1 - Tipos de interferência

Fala-se em CEM por emissão quando se avaliam as perturbações que um determinado equipamento provoca na sua
vizinhança electromagnética. Ao contrário, quando se pretende
avaliar se um equipamento suporta sem problemas as perturbações previsíveis no seu ambiente electromagnético, fala-se
na sua imunidade, ou susceptibilidade, às perturbações.
Conceptualmente, diz-se que existe compatibilidade electromagnética quando os níveis de emissão e de imunidade dos
equipamentos respeitam o modelo esquematizado na figura 2.
I

ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA
Opinião IEP
perturbações

Nfvel mlnimo de Imunidade ou susceptibilidade do equipamento

Ambiente elacttomacn6tlco

Nlvel mblmo de perturbações emitidas pelo equipamento

Fig. 2 - Modelo base para a abordagem à CEM

Desde que cada equipamento respeite individualmente os níveis de emissão
e de imunidade estabelecidos, garante-se que ao operarem no mesmo
ambienta electromagnético típico não causarão interferências entre si.
Qualquer equipamento poda ser encarado (do ponto de vista da CEM)
como um conjunto de portos de entrada e de saída das perturbações
(isto é, imunidade e emissão, respectivamente) nos quais serâ necessário
avaliar se os níveis estabelecidos são respeitados.

EMISSAO

PonfM PlrtUhadO'I tom
~arot equlpemrnlo•

IMUNIOAOE

......

..." .........,.

(NO 'fM(Ofh Oflj>III'P!I'tO

'"

~

Fig. 3 - Modelo CEM de um equipamento electrónico

Melhorar e divulgar estes conceitos é uma das tarefas de quem elabora os documentos normativos (organismos de normalização nacionais,
europeus e internacionais). O objectivo é que todos nós (fabricantes
e consumidores) possamos beneficiar plenamente das tecnologias
ao nosso dispor.

Serviços CEM do IEP
Os laboratórios do IEP prestam numerosos serviços de avaliação
da CEM em produtos eléctricos e electrónicos, de acordo com as
normas europeias (EN) e internacionais (IEC e CISPR) aplicáveis a cada
tipo de equipamento.
Estes laboratórios estão acreditados pelo IPAC, Instituto Português de
Acreditação, para efectuar ensaios CEM, entre muitos outros. Estão
igualmente reconhecidos a nivel europeu (acordos EEPCA do CENELEC)
e a nível internacional (esquema CB da IEC), fazendo parte de acordos que
permitem o reconhecimento mútuo de certificados de produtos eléctricos
e electrónicos.

62 • O tnslolodot Abfll wwwolnslaledouom

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Compatibilidade Electromagnética de equipamentos electrónicos

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  • 2. I ELECTRICIDADE E ELEORÓNICA Opinião IEP A Compatibilidade Electromagnética de equipamentDs electrónicos ~m ~ ~ Textos_Paulo Cabral [ pc@iep.pt); Esaú Cardoso [ec@iep.pt]: Laboratório de Metrologia e Ensaios do Instituto Electrotécnico Português Fotos e imagens_IEP Quando na imagem do televisor surgem riscas, sempre que na cozinha se liga a varinha mágica, ou quando o computador bloqueia ao ribombar um trovão nas proximidades e se perde todo o trabalho que estávamos a fazer, estamos perante problemas de Compatibilidade Electromagnética (CEM). Esta é a designação que se dá a um processo que foi sendo estudado cada vez mais à medida que os equipamentos electrónicos se introduziram nas nossas vidas: a televisão, a aparelhagem de alta-fidelidade, o telemóvel, o forno microondas, o computador, o leitor de DVD e tantos outros. Também a outros níveis, os sistemas de comunicação, de Porquê a actual preocupação com a CEM Quando durante a descolagem e a aterragem do avião em que seguimos surge uma Indicação para desligar o telemóvel ou o computador portátil, o que se pretende é evitar problemas de compatibilidade electromagnética. A radiação electromagnética proveniente do nosso equipamento electrónico pode interferir com os sistemas de navegação e controlo do avião, podendo causar comportamentos imprevisíveis da aeronave. diagnóstico médico, de controlo do tráfego aéreo, etc., levantam questões sérias de CEM. Quando o monitor de um electrocardiógrafo apresenta leituras erradas de forma intermitente no momento em que alguém passa por perto a falar ao telemóvel, estamos na presença de problemas Em termos simplistas. podemos dizer que a CEM consiste nas regras de "boa educação" que devem ser respeitadas pelos equipamentos eléctricos e electrónicos, de forma a conviverem de compatibilidade electromagnética. harmoniosamente entre si. Quando um helicóptero se descontrola misteriosamente e se despenha ao passar perto de uma antena emissora de uma rádio local ou de uma torre de emissão de uma estação de televisão, ocorreu uma situação grave de CEM. Como se define a CEM Entende-se por Compatibilidade Electromagnética a capacidade do equipamento para funcionar satisfatoriamente no seu ambiente electromagnético sem introduzir perturbações electromagnéticas intoleráveis a outro equipamento nesse ambiente. A compatibilidade electromagnética é conseguida quando um equipamento (ou um sistema) eléctrico ou electrónico satisfaz as seguintes três condições básicas: • O equipamento não produz interferências electromagnéticas a si próprio; • O equipamento não produz interferências electromagnéticas noutros equipamentos quando estes estão inseridos no seu ambiente electromagnético adequado ou habitual; • O equipamento é imune a interferências electromagnéticas geradas por outros equipamentos que com ele partilham o mesmo ambiente electromagnético. 60 ~ O lnstetedor Ab( 13 www.otnstlltador com Podemos compreender como este tipo de situações extr~mamen­ te preocupantes, a par de outros problemas de menor gravidade que podem ocorrer em ambiente doméstico, obrigaram os fabricantes e os poderes públicos a tenw_r limitar os efeitos prejudiciais das interferências electromagnéticas. A CEM é por isso uma força motriz no desenvolvimento da tecnologia, exigindo um amplo consenso entre fabricantes e poderes públicos para que a sociedade em geral beneficie da cada vez mais rápida evolução da electrónica. O controlo dos fenómenos CEM Na tentativa de controlar estes fenómenos de compatibilidade electromagnética nos dispositivos electrónicos, as entidades que se ocupam das questões normativas em todo o mundo elaboraram (e estão em processo continuo de elaboração e revisão) normas
  • 3. e legislação específicas. Pretende-se que todos os equipamentos ou sistemas electrónicos, incluindo os que se destinam a usos domésticos, sejam aprovados em rigorosos ensaios laboratoriais de compatibilidade electromagnética, de acordo com as normas aplicáveis. A União Europeia estabeleceu legislação específica no âmbito CEM. Presentemente, está em vigor a directiva 2004/108/ CE relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes à compatibilidade electromagnética (directiva CEM). Em Portugal esta directiva foi transposta pelo Dec-lei n.0 325/2007 (alterado pelo Dec-lei n.0 20/2009). Trata-se de uma directiva de marcação CE, e o seu incumprimento pode acarretar pesadas sanções e obrigar à retirada dos produtos do mercado. A lista de normas harmonizadas no âmbito da directiva CEM é publicada no Jornal Oficial da União Europeia (a versão mais recente é de 2012-10-23). A conformidade de um equipamento com as normas harmonizadas que lhe são aplicáveis no âmbito da CEM confere presunção da conformidade desse equipamento com os requisitos essenciais da directiva. Aspectos práticos da CEM Há diversas formas para as perturbações electromagnéticas se transmitirem desde a "fonte" da perturbação até à sua "vítima". Os fenómenos que originam problemas de CEM nos equipamentos podem ser transmitidos por conduç ão (através de linhas eléctricas. sejam estas de energia ou de comunicação) ou por radiação (propagação através do ar ou de outro meio dieléctrico). Podem ainda resultar de descargas electrostáticas (quem nunca sentiu um violento choque eléctrico ao tocar na porta de um automóvel num dia seco?). Ver figu ra 1. Susceptibilidade ou Imunidade Emlssilo Radiaç!o ~ Por wndu~o Por radia~o ~ >))) ~ ~ I I ~ Conduç!o Descargas Electrostáticas Fig. 1 - Tipos de interferência Fala-se em CEM por emissão quando se avaliam as perturbações que um determinado equipamento provoca na sua vizinhança electromagnética. Ao contrário, quando se pretende avaliar se um equipamento suporta sem problemas as perturbações previsíveis no seu ambiente electromagnético, fala-se na sua imunidade, ou susceptibilidade, às perturbações. Conceptualmente, diz-se que existe compatibilidade electromagnética quando os níveis de emissão e de imunidade dos equipamentos respeitam o modelo esquematizado na figura 2.
  • 4. I ELECTRICIDADE E ELECTRÓNICA Opinião IEP perturbações Nfvel mlnimo de Imunidade ou susceptibilidade do equipamento Ambiente elacttomacn6tlco Nlvel mblmo de perturbações emitidas pelo equipamento Fig. 2 - Modelo base para a abordagem à CEM Desde que cada equipamento respeite individualmente os níveis de emissão e de imunidade estabelecidos, garante-se que ao operarem no mesmo ambienta electromagnético típico não causarão interferências entre si. Qualquer equipamento poda ser encarado (do ponto de vista da CEM) como um conjunto de portos de entrada e de saída das perturbações (isto é, imunidade e emissão, respectivamente) nos quais serâ necessário avaliar se os níveis estabelecidos são respeitados. EMISSAO PonfM PlrtUhadO'I tom ~arot equlpemrnlo• IMUNIOAOE ...... ..." .........,. (NO 'fM(Ofh Oflj>III'P!I'tO '" ~ Fig. 3 - Modelo CEM de um equipamento electrónico Melhorar e divulgar estes conceitos é uma das tarefas de quem elabora os documentos normativos (organismos de normalização nacionais, europeus e internacionais). O objectivo é que todos nós (fabricantes e consumidores) possamos beneficiar plenamente das tecnologias ao nosso dispor. Serviços CEM do IEP Os laboratórios do IEP prestam numerosos serviços de avaliação da CEM em produtos eléctricos e electrónicos, de acordo com as normas europeias (EN) e internacionais (IEC e CISPR) aplicáveis a cada tipo de equipamento. Estes laboratórios estão acreditados pelo IPAC, Instituto Português de Acreditação, para efectuar ensaios CEM, entre muitos outros. Estão igualmente reconhecidos a nivel europeu (acordos EEPCA do CENELEC) e a nível internacional (esquema CB da IEC), fazendo parte de acordos que permitem o reconhecimento mútuo de certificados de produtos eléctricos e electrónicos. 62 • O tnslolodot Abfll wwwolnslaledouom