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Os espíritasOs espíritas
diante dadiante da
mortemorte
““Dobram sinos a finadosDobram sinos a finados
Com mágoa e desolação...Com mágoa e desolação...
Porque não sabem que a mortePorque não sabem que a morte
É a nossa libertação.”É a nossa libertação.”
Casimiro Cunha
Casimiro Cunha (1880-1914) foi um poeta vassourense (RJ). Este
estrofe faz parte do poema Pensamentos Espíritas, que consta
em Parnaso de Além-Túmulo, psicografada por Chico Xavier. (site
O Consolador, link www.oconsolador.com.br)
Na “Introdução” de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Kardec apresenta vários pontos
da doutrina filosófica de Sócrates, entre os
quais se encontram alguns princípios funda-
mentais do Espiritismo; dentre eles desta-
camos:
Sócrates (470-399 a.C.)
Foi um filósofo ateniense, um dos mais impor-
tantes ícones da tradição filosófica ocidental,
e um dos fundadores da atual Filosofia Oci-
dental. (WIKIPÉDIA)
- “Enquanto tivermos o nosso corpo e a nos-
sa alma se encontrar mergulhada nessa cor-
rupção, jamais possuiremos o objeto de nos-
sos desejos: a verdade.”
- “Se a alma é imortal, não é sábio viver com
vistas à eternidade?”
- “Se a alma é imaterial, ela deve passar,
após esta vida, para um mundo igualmente
invisível e imaterial, da mesma maneira que
o corpo, ao se decompor, retorna à matéria.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Tradução Herculano
Pires, Editora EME)
Autor: Jacques-Louis David, 1787
“E, quanto ao fato de que
os mortos vão ressuscitar,
vocês não leram, no livro
de Moisés, a passagem da
sarça ardente? Deus falou a
Moisés: 'Eu sou o Deus de
Abraão, o Deus de Isaac e o
Deus de Jacó'. Ora, ele não
é Deus de mortos, mas de
vivos! Vocês estão muito
enganados."
(Jesus, em Marcos 12,26-27)
Tópicos:
• medo da morte
• perturbação espiritual
• morte natural
• morte após longo período de doença x morte rápida
• morte por acidentes
• morte de parentes próximos
• morte de crianças e jovens
• morte por suicídio
• aborto
• eutanásia
• cremação
• colocar a sua vida em risco
• velório
• pena de morte
• doação de órgãos
Medo da Morte
Quando, por alguns minutos, quase que de
lampejo, porque recusamos a dedicar muito
tempo ao assunto, paramos para pensar na
morte, percebemos que, geralmente, ela é
um tormento para a grande maioria de nós,
Espíritos ainda “aprisionados” à Terra.
Nós espíritas, via de regra, não colocamos
em prática o que aprendemos, pois, embora
acreditarmos que, após a morte, a vida con-
tinua, não queremos largar mão dessa vida,
mesmo que a nossa saúde esteja debilitada.
Não há nenhuma outra doutrina filosófica
que deixa tão claro quanto o Espiritismo que
a vida não se acaba no túmulo, mas mesmo
assim, “trememos” ante a sua aproximação.
941. Para muitas pessoas, o temor da morte é
uma causa de perplexidade, donde lhes vêm
esse temor, tendo elas diante de si o futuro?
941. Para muitas pessoas, o temor da morte é
uma causa de perplexidade, donde lhes vêm
esse temor, tendo elas diante de si o futuro?
“Falece-lhes fundamento para semelhante te-
mor. Mas, que queres! Se procuram persuadi-
las, quando crianças, de que há um inferno e
um paraíso e que mais certo é irem para o in-
ferno, visto que também lhes disseram que o
que está na Natureza constitui pecado mortal
para a alma! Sucede então que, tornadas adul-
tas, essas pessoas, se algum juízo têm, não
podem admitir tal coisa e se fazem ateias, ou
materialistas. São assim levadas a crer que,
além da vida presente, nada mais há. Quanto
aos que persistiram nas suas crenças da infân-
cia, esses temem aquele fogo eterno que os
queimará sem os consumir. […].”
“A vida além do túmulo não se cifra num inferno
candente, num purgatório de labaredas, num
céu de beatífica e nula contemplação.” (Cairbar
Schutel)
Explica Kardec:
“O homem carnal, mais preso à vida corpórea
do que à vida espiritual, tem, na Terra, penas e
gozos materiais. Sua felicidade consiste na sa-
tisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua
alma, constantemente preocupada e angustia-
da pelas vicissitudes da vida, se conserva nu-
ma ansiedade e numa tortura perpétuas. ==>
Fugaz: 1. que tem rapidez; rápido, ligeiro, veloz; 2. fig. que desapa-
rece rapidamente, que dura muito pouco; efêmero, passageiro.
Vicissitude: 1. sucessão de mudanças ou de alternâncias; 2. sequên-
cia de coisas que se sucedem; 3. instabilidade que conduz à imprevisi-
bilidade; eventualidade, acaso; 4. condição que contraria ou é desfa-
vorável a algo ou alguém; insucesso, revés. (Hoauiss).
A morte o assusta, porque ele duvida do futuro
e porque tem de deixar no mundo todas as
suas afeições e esperanças. O homem moral,
que se colocou acima das necessidades factí-
cias criadas pelas paixões, já neste mundo ex-
perimenta gozos que o homem material des-
conhece. A moderação de seus desejos lhe dá
ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo
bem que faz, não há para ele decepções e as
contrariedades lhe deslizam por sobre a alma,
sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.”
Factícia: 1 produzido artificialmente; 2 fig. que não revela naturalida-
de; artificial, convencional; 3 fil no cartesianismo, que é feito ou
inventado pela imaginação; que é produzido pela mente a partir de
uma fantasia (diz-se de ideia). (Houaiss).
Mas, enfim, o que é a morte?
Mas, enfim, o que é a morte?
Seria, talvez, o fim de tudo?
Mas, enfim, o que é a morte?
Seria, talvez, o fim de tudo?
Ou o início de uma nova etapa?
Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 – 24
de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na
Suíça. […] A publicação de seu livro mais famoso em
1969 On Death and Dying (Sobre a morte e o processo
de morrer) marcou o rumo de seu trabalho, enriquecido
posteriormente com contribuições de especialistas de
uma área específica da profissão médica, a tanatologia.
[Parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos
problemas médico-legais com ela relacionados.] […].”
(WIKIPÉDIA)
“[Morrer] É parte integrante da vida, tão
natural e previsível quanto nascer. Mas ao
passo que o nascimento é motivo de come-
moração, a morte se tornou um temido e
inexprimível assunto, evitado de todas as
maneiras na sociedade moderna. […] Pode-
mos retardá-la, mas não podemos escapar a
ela. […] E a morte ataca indiscriminadamen-
te... Até as boas ações não livram da morte
seu praticante; os bons morrem tão frequen-
temente quanto os maus. […] Em especial,
os que dão grande valor ao fato de controlar
sua própria existência são os que mais se
abalam com a ideia de que também estão
sujeitos às forças da morte.” (ELISABETH KÜBLER-
ROSS, Morte: estágio final da evolução)
“Morrer é... ”
158. O exemplo da lagarta que, primeiro,
anda de rastos pela terra, depois se encerra
na sua crisálida em estado de morte apa-
rente, para enfim renascer com uma exis-
tência brilhante, pode dar-nos ideia da vida
terrestre, do túmulo e, finalmente, da nossa
nova existência?
“Uma ideia acanhada. A imagem é boa; to-
davia, cumpre não seja tomada ao pé da le-
tra, como frequentemente vos sucede.”
Perturbação espiritual
163. A alma tem consciência de si mesma
imediatamente depois de deixar o corpo?
“Imediatamente não é bem o termo. A alma
passa algum tempo em estado de perturba-
ção.”
163. A perturbação que se segue à separação
da alma e do corpo é do mesmo grau e da
mesma duração para todos os Espíritos?
“Não; depende da elevação de cada um.
Aquele que já está purificado, se reconhece
quase imediatamente, pois que se libertou da
matéria antes que cessasse a vida do corpo,
enquanto que o homem carnal, aquele cuja
consciência ainda não está pura, guarda por
muito mais tempo a impressão da matéria.”
165. O conhecimento do Espiritismo exerce
alguma influência sobre a duração, mais ou
menos longa, da perturbação?
“Influência muito grande, uma vez que o
Espírito já antecipadamente compreendia a
sua situação. Mas, a prática do bem e a
consciência pura são o que maior influência
exercem.”
Comenta Kardec:
“Por ocasião da morte, tudo, a princípio, é
confuso. De algum tempo precisa a alma
para entrar no conhecimento de si mesma.
Ela se acha como que aturdida, no estado
de uma pessoa que despertou de profundo
sono e procura orientar-se sobre a sua
situação. A lucidez das ideias e a memória
do passado lhe voltam, à medida que se
apaga a influ-ência da matéria que ela
acaba de abando-nar, e à medida que se
dissipa a espécie de névoa que lhe
obscurece os pensamentos.
Muito variável é o tempo que dura a pertur-
bação que se segue à morte. Pode ser de
algumas horas, como também de muitos me
ses e até de muitos anos. Aqueles que, des-
de quando ainda viviam na Terra, se identifi-
caram com o estado futuro que os aguarda-
va, são os em quem menos longa ela é, por
que esses compreendem imediatamente a
posição em que se encontram.
Aquela perturbação apresenta circunstân-
cias especiais, de acordo com os caracteres
dos indivíduos e, principalmente, com o gê-
nero de morte. Nos casos de morte violenta,
por suicídio, suplício, acidente, apoplexia,
ferimentos, etc., o Espírito fica
surpreendido, espantado e não acredita
estar morto. Obsti-nadamente sustenta que
não o está. ==>
No entanto, vê o seu próprio corpo, reco-
nhece que esse corpo é seu, mas não com-
preende que se ache separado dele. Acerca-
se das pessoas a quem estima, fala-lhes e
não percebe por que elas não o ouvem. Se-
melhante ilusão se prolonga até ao comple-
to desprendimento do perispírito. Só então o
Espírito se reconhece como tal e compreen-
de que não pertence mais ao número dos vi-
vos. Este fenômeno se explica facilmente.
Surpreendido de improviso pela morte, o Es-
pírito fica atordoado com a brusca mudança
que nele se operou; considera ainda a morte
como sinônimo de destruição, de aniquila-
mento. ==>
Ora, porque pensa, vê, ouve, tem a sensa-
ção de não estar morto. Mais lhe aumenta a
ilusão o fato de se ver com um corpo seme-
lhante, na forma, ao precedente, mas cuja
natureza etérea ainda não teve tempo de
estudar. Julga-o sólido e compacto como o
primeiro e, quando se lhe chama a atenção
para esse ponto, admira-se de não poder
palpá-lo. […] Observa-se então o singular
espetáculo de um Espírito assistir ao seu
próprio enterramento como se fora o de um
estranho, falando desse ato como de coisa
que lhe não diz respeito, até ao momento
em que compreende a verdade.
==>
A perturbação que se segue à morte nada
tem de penosa para o homem de bem, que
se conserva calmo, semelhante em tudo a
quem acompanha as fases de um tranquilo
despertar. Para aquele cuja consciência
ainda não está pura, a perturbação é cheia
de ansiedade e de angústias, que aumen-
tam à proporção que ele da sua situação se
compenetra. […].”
“[…] Concito, pois, os vivos que percam alguns de
seus parentes – qualquer que possa ser a impor-
tância da perda e da dor correspondente – a que,
a todo custo, se mostrem fortes, abafando toda
manifestação de mágoa e apresentando-se de as-
pecto calmo nos funerais. Comportando-se assim,
determinarão considerável melhoria na atmosfera
que os cerca, porquanto a aparência de serenida-
de nos corações e nos semblantes das pessoas
que nos são caras emite vibrações luminosas que
nos atraem, como, à noite, a luz atrai a borbole-
ta. Por outro lado, a mágoa dá lugar a vibrações
sombrias e prejudiciais a nós outros, vibrações
que tomam o aspecto de tenebrosa nuvem a en-
volver aqueles a quem amamos. Não duvideis de
que somos muito sensíveis às impressões vibra-
tórias que nos chegam, por efeito da dor dos que
nos são caros. […].” (E. BOZZANO, A crise da morte)
Morte Natural
Mesmo que, geralmente, não se aceite
muito a morte, quando essa ocorre na
velhice e por motivos naturais, todos nós a
aceitamos com uma certa tranquilidade
(desde que o morto não seja um parente
nosso, é claro!).
Quer queiramos ou não, tudo quanto tem
vida na Terra passa, obrigatoriamente, pelo
ciclo: “nascer, crescer e morrer”, o que nos
leva a concluir que a morte é um aconteci-
mento absolutamente natural, fato esse que
deveria nos levar a ter um comportamento
bem diferente diante dela. Inclusive, diga-se
de passagem, que a morte é a coisa mais
certa da vida; pela qual todos, sem
nenhuma exceção, um dia passaremos.
Morte por doença prolongada
X
morte rápida
Muita gente acha que quem morre de forma
rápida não sente nada, tem “uma morte fe-
liz”. Do ponto de vista terreno, pode até ser;
entretanto do ponto de vista espiritual, não
é bem assim, pois a maioria dos Espíritos,
que desencarna dessa maneira acaba tendo
dificuldade de adaptação ao mundo espiritu-
al. Não são poucos os que continuam agindo
como se estivessem encarnados, pois pelo
fato de se verem num corpo, não atinam
que não é mais um corpo físico, pensam que
ainda estão vivos. E, muitas vezes, até mes-
mo se negam a aceitar que estão mortos,
conforme vimos.
No caso de uma pessoa ficar doente, por
longo período, e ao final desencarna, ela, de
uma certa forma, foi se preparando para
esse fato, daí ser mais fácil sua adaptação
no plano espiritual. Obviamente que esta-
mos falando daquelas resignadas com o que
lhes ocorre.
Morte por acidentes ou
flagelos destruidores
Podemos dividi-la em duas espécies:
1ª) cuja causa não houve a participação do
desencarnado; e
2ª) a que houve sua participação, como por
exemplo: por negligência, por imprudência,
etc.
737. Com que fim fere Deus a Humanidade por
meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não
dissemos ser a destruição uma necessidade pa
ra a regeneração moral dos Espíritos, que, em
cada nova existência, sobem um degrau na es-
cala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja
o objetivo, […] são frequentemente necessá-
rias para que mais pronto se dê o advento de
uma melhor ordem de coisas e para que se re-
alize em alguns anos o que teria exigido muitos
séculos.”
738. Para conseguir a melhora da Humanida
de, não podia Deus empregar outros meios
que não os flagelos destruidores?
“Pode e os emprega todos os dias, pois que
deu a cada um os meios de progredir pelo
conhecimento do bem e do mal. O homem,
porém, não se aproveita desses meios. Ne-
cessário, portanto, se torna que seja casti-
gado no seu orgulho e que se lhe faça sentir
a sua fraqueza.”
738, a) - Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe
o homem de bem como o perverso. Será justo
isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu
corpo; entretanto, de maneira diversa pensa
depois da morte. Ora, conforme temos dito, a
vida do corpo bem pouca coisa é. Um século
no vosso mundo não passa de um relâmpago
na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos
de alguns dias ou de alguns meses, de que
tanto vos queixais. Representam um ensino
que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os
Espíritos, que preexistem e sobrevivem a
tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de
Deus e o objeto de toda a Sua solicitude.
==>
Os corpos são meros disfarces com que eles
aparecem no mundo. Por ocasião das grandes
calamidades que dizimam os homens, o espe-
táculo é semelhante ao de um exército cujos
soldados, durante a guerra, ficassem com
seus uniformes estragados, rotos, ou perdi-
dos. O general se preocupa mais com seus
soldados do que com os uniformes deles.”
738, b) - Mas, nem por isso as vítimas des-
ses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão
pouca coisa representa com relação ao infi-
nito, menos importância lhe daríeis. Em ou-
tra vida, essas vítimas acharão ampla com-
pensação aos seus sofrimentos, se soube-
rem suportá-los sem murmurar.”
Comenta Kardec:
“Venha por um flagelo a morte, ou por uma
causa comum, ninguém deixa por isso de
morrer, desde que haja soado a hora da
partida. A única diferença, em caso de fla-
gelo, é que maior número parte ao mesmo
tempo.
Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-
nos de maneira a dominar a Humanidade e
abrangê-la em seu conjunto, esses tão terrí-
veis flagelos não nos pareceriam mais do
que passageiras tempestades no destino do
mundo.”
Morte de parentes próximos
“Por que meu Deus?”
“Por que meu Deus?”
É a frase dita, por muitos de nós, diante da
morte de um parente que nos é caro.
Aceitamos tudo, menos que “algum dos
nossos” retorne à pátria espiritual; quando
isso ocorre, Deus, para nós, torna-se injus-
to. Atitude altamente egoísta, reconheça-
mos, pois estamos esquecendo de que as
outras pessoas que morrem também pos-
suem parentes, só que nesse caso achamos
tudo muito justo.
Morte de crianças e de jovens
A morte de crianças e de jovens são as que
mais nos tocam, também as que mais incon-
formismo causam, pelo fato delas partirem
tão precocemente.
Sempre achamos que a interrupção da vida,
em qualquer uma dessas duas fases, é uma
coisa ruim; mas não se pode afirmar isso,
pois não se sabe o que fariam ou tornariam
elas se continuassem a viver entre nós.
Se tivermos mesmo confiança em Deus, de-
vemos aceitar que, sob o ponto de vista es-
piritual, isso foi o melhor para elas.
199. Por que tão frequentemente a vida se
interrompe na infância?
“A curta duração da vida da criança pode
representar, para o Espírito que a animava,
o complemento de existência precedente-
mente interrompida antes do momento em
que devera terminar, e sua morte, também
não raro, constitui provação ou expiação
para os pais.”
Suicídio
Em relação aos vários tipos de morte, pode-
mos ter certeza de que o suicídio é o pior
deles. Não temos o direito de dar fim à
nossa vida, pois ela é uma dádiva de Deus.
Se aqui estamos reencarnados é porque
ainda temos sérios compromissos perante
as leis divinas e, obviamente, em razão
disso, não ter atingido a meta evolutiva.
Por maiores que sejam os problemas, as do-
res e os sofrimentos atuais, nada se compa-
ra aos que um suicida poderá passar após a
morte.
Não há situação alguma prevista em nosso
planejamento reencarnatório que não tere-
mos condições de suportar, pois, tudo quan-
to foi programado está na medida exata de
nossa capacidade de realizarmos.
Deus, que é nosso Pai, jamais colocaria em
nossos ombros um peso que não déssemos
conta de carregá-lo, por essa razão não
deve mos nos desanimar diante das
dificuldades do dia a dia. Aliás, também
devemos nos conscientizar que não temos
nenhum privilé-gio nisso, já que a dor e o
sofrimento atinge a todos indistintamente.
Pelo que se vê na literatura espírita, é tam-
bém considerado suicídio o fato de descui-
darmos de corpo físico, especialmente se o
maltratarmos com vícios ou excessos de to-
da ordem além do que pode suportar, não
lhe combatendo as doenças, etc.
Embora, nesses casos, não se tenha inten-
ção de cometer o suicídio, o faz de forma in-
direta, já que se deve esforçar, ao máximo,
para manter o corpo em perfeito funciona-
mento, evitando tudo aquilo que possa preju
dicá-lo sob qualquer aspecto.
957. Quais, em geral, com relação ao estado
do Espírito, as consequências do suicídio?
“Muito diversas são as consequências do sui
cídio. Não há penas determinadas e, em to-
dos os casos, correspondem sempre às cau-
sas que o produziram. Há, porém, uma con-
sequência a que o suicida não pode
escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte
não é a mesma para todos; depende das
circunstân-cias. Alguns expiam a falta
imediatamente, outros em nova existência,
que será pior do que aquela cujo curso
interromperam.”
Comenta Kardec:
“A observação, realmente, mostra que os
efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns
há, porém, comuns a todos os casos de
morte violenta e que são a consequência da
interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a
persistência mais prolongada e tenaz do
laço que une o Espírito ao corpo, por estar
quase sempre esse laço na plenitude da sua
força no momento em que é partido, ao
passo que, no caso de morte natural, ele se
enfraquece gradualmente e muitas vezes se
desfaz antes que a vida se haja extinguido
completamente. As consequências deste es-
tado de coisas são o prolongamento ]=>
da perturbação espiritual, seguindo-se à ilu-
são em que, durante mais ou menos tempo,
o Espírito se conserva de que ainda perten-
ce ao número dos vivos.
A afinidade que permanece entre o Espírito
e o corpo produz nalguns suicidas, uma es-
pécie de repercussão do estado do corpo no
Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente
os efeitos da decomposição, donde lhe resul
ta uma sensação cheia de angústias e de
horror, estado esse que também pode durar
pelo tempo que devia durar a vida que so-
freu interrupção. Não é geral este efeito;
mas, em caso algum, o suicida fica isento
das consequências da sua falta de ]=>
coragem e, cedo ou tarde, expia, de um mo-
do ou de outro, a culpa em que incorreu.
[…] A maior parte deles sofre o pesar de
haver feito uma coisa inútil, pois que só
decepções encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias conde-
nam o suicídio como contrário às leis da Na-
tureza. Todas nos dizem, em princípio, que
ninguém tem o direito de abreviar volunta-
riamente a vida. Entretanto, por que não se
tem esse direito? Por que não é livre o ho-
mem de por termo aos seus sofrimentos? Ao
Espiritismo estava reservado demonstrar, pe
lo exemplo dos que sucumbiram, que o sui-
cídio não é uma falta, somente por ]=>
constituir infração de uma lei moral, conside
ração de pouco peso para certos indivíduos,
mas também um ato estúpido, pois que na-
da ganha quem o pratica, antes o contrário
é o que se dá, como no-lo ensinam, não a
teoria, porém os fatos que ele nos põe sob
as vistas.”
Aborto
Aborto
O aborto é um crime hediondo, já que à
vítima sequer é dado o direito de defesa.
Praticando o aborto, estamos, a bem da ver
dade, retirando do Espírito reencarnante,
que estava ligado àquele feto, a chance de
viver, impedindo-o de evoluir e de se harmo
nizar com as leis divinas.
Não raro os Espíritos “de abortados”, por
questões de extremado ódio, passam a per-
seguir os que lhes tiraram o direito à vida,
causando sérios transtornos aos que não
lhes deram a oportunidade de viver uma no-
va encarnação.
358. Constitui crime a provocação do abor-
to, em qualquer período da gestação?
“Há crime sempre que transgredis a lei de
Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, co-
meterá crime sempre que tirar a vida a uma
criança antes do seu nascimento, por isso
que impede uma alma de passar pelas pro-
vas a que serviria de instrumento o corpo
que se estava formando.”
359. No caso em que o nascimento da crian
ça pusesse em perigo a vida da mãe dela,
haverá crime em sacrificar a criança e sal-
var a mãe?
“É preferível sacrificar o ser que ainda não
existe a sacrificar o que já existe.”
Eutanásia
Perante as leis humanas, a ninguém é dado
o direito de tirar a vida de uma pessoa a não
ser em legítima defesa; porém, perante as
Leis Divinas, mesmo nesse caso, ou seja, o
de defender-se, maior mérito terá quem não
tirar a vida do outro.
Ademais, uma doença incurável de hoje, po-
derá ser curável no dia imediatamente se-
guinte; fora os casos em que “essa doença
não é para morte”, conforme Jesus afirmou
de Lázaro. É certo que Deus permite que se
restabeleça a saúde de acordo com os méri-
tos do doente.
Cremação
Fora o risco de algum Es
pírito “acordar”, no exa-
to momento, em que
seu corpo estiver sendo
queimado e achar que já
está “ardendo” no fogo
do inferno, não há pro-
blema algum.
Fora o risco de algum Es
pírito “acordar”, no exa-
to momento, em que
seu corpo estiver sendo
queimado e achar que já
está “ardendo” no fogo
do inferno, não há pro-
blema algum.
Provavelmente, com o avanço e o progresso
da humanidade, a cremação deverá ser algo
natural num futuro não muito distante, e se
olharmos pelo aspecto de saúde pública,
talvez seja mesmo o melhor a se fazer.
Segundo Emmanuel, deve-se
esperar que se transcorra
um período de 72 horas.
(SAULO GOMES [org] Pinga-fogo
com Chico Xavier)
Colocar a sua vida em risco
Algumas mortes acontecem porque certos
indivíduos, em busca de muita “adrenalina”,
colocam a sua própria vida em risco.
Normalmente pessoas que assim agem,
pensam que são como que “imunes” a um
acidente grave, iludidas de que nada de
mau lhes acontecerá.
Uma morte dessa forma pode ser algo bem
traumático ao Espírito, que decepcionado
perceberá que passou para “o outro lado da
vida”, coisa que nem sonhava lhe fosse
acontecer tão cedo.
Não resta dúvida de que os que assim agem
estão se comprometendo perante a justiça
divina, já que tal atitude pode ser compara-
da a um verdadeiro suicídio, embora a par-
tida para o além não tenha sido intencional,
porém sabiam dos riscos que corriam.
Velório
Levando-se em conta que muitos Espíritos
recém-desencarnados, ainda confusos no
plano espiritual, acompanham o seu próprio
velório, podemos imaginar o que sentirá um
deles diante de tanta algazarra que se faz
no local onde velam o seu corpo.
Poucos dos que se encontram no velório, de
fato, se importam com a situação do morto
(inclui-se até parentes), mantendo conver-
sas fúteis, desde aquelas sobre o cotidiano,
indo para o futebol, negócios, mulheres (ou
homens), etc. E não faltará os que mesmo
sem terem afinidades com o morto, ficam
elogiando as suas qualidades, praxe infantil
de se considerar “bonzinho” os que morrem.
Pena de morte
Diante do elevado índice de criminalidade,
que ocorre em nossa sociedade, é comum
encontrarmos pessoas que, vigorosamente,
defendem a pena de morte para todos os
criminosos.
É puro engano pensar que isso resolverá a
questão, já que o Espírito, que ainda não
atingiu um certo grau de moralidade, de-
sencarnando dessa forma irá, porventura,
adquiri-la. Certamente que não, uma vez
que seremos no mundo espiritual o que
éramos aqui, quando vivos. É bem certo que
a morte não dá “asas de anjo” a ninguém.
A pena de morte é um crime perante as Leis
de Deus, mesmo que a sociedade a permita
em suas leis penais.
Na verdade, comete-se um crime justifican-
do-o como sendo uma boa medida para se
combater a criminalidade.
Se pudéssemos fazer algo para moralizar
um criminoso, deveríamos, isso sim, dar-lhe
“pena de vida”, para que, vivendo mais que
as outras pessoas, tenha maior tempo para
reavaliar a sua maneira de agir e viver.
Não raro um indivíduo, que transpôs para o
lado de lá, via pena de morte, passe a per-
seguir àqueles que ele julga responsáveis
pela sua morte. Obsessões graves podem
nascer de causa como essa.
Um outro ponto desfavorável à pena de
mor-te é que ela pode ser aplicada a uma
pessoa inocente, já que a justiça humana,
como sa-bemos, não é infalível.
760. Desaparecerá algum dia, da legislação
humana, a pena de morte?
“Incontestavelmente desaparecerá e a sua
supressão assinalará um progresso da Hu-
manidade. Quando os homens estiverem
mais esclarecidos, a pena de morte será
completamente abolida na Terra. Não mais
precisarão os homens de ser julgados pelos
homens. Refiro-me a uma época ainda mui-
to distante de vós.”
763. Será um indício de progresso da
civilização a restrição dos casos em que se
aplica a pena de morte?
“Podes duvidar disso? Não se revolta o teu
Espírito, quando lês a narrativa das carnifi-
cinas humanas que outrora se faziam em
nome da justiça e, não raro, em honra da
Divindade; das torturas que se infligiam ao
condenado e até ao simples acusado, para
lhe arrancar, pela agudeza do sofrimento, a
confissão de um crime que muitas vezes
não cometera? ==>
Pois bem! Se houvesses vivido nessas épo-
cas, terias achado tudo isso natural e talvez
mesmo, se fora juiz, fizesses outro tanto. As-
sim é que o que pareceu justo, numa época,
parece bárbaro em outra. Só as leis divinas
são eternas; as humanas mudam com o pro-
gresso e continuarão a mudar, até que te-
nham sido postas de acordo com aquelas.”
764. Disse Jesus: Quem matou com a espa-
da, pela espada perecerá. Estas palavras
não consagram a pena de talião e, assim a
morte dada ao assassino não constitui uma
aplicação dessa pena?
“Tomai cuidado! Muito vos tendes enganado
a respeito dessas palavras, como acerca de
outras. A pena de talião é a justiça de Deus.
É Deus quem a aplica. Todos vós sofreis
essa pena a cada instante, pois que sois
punidos naquilo em que haveis pecado,
nesta exis-tência ou em outra.
==>
Aquele que foi causa do sofrimento para
seus semelhantes virá a achar-se numa con-
dição em que sofrerá o que tenha feito so-
frer. Este o sentido das palavras de Jesus.
Mas, não vos disse ele também: Perdoai aos
vossos inimigos? E não vos ensinou a pedir
a Deus que vos perdoe as ofensas como hou
verdes vós mesmos perdoado, isto é, na
mesma proporção em que houverdes perdo-
ado, compreendei-o bem?”
765. Que se deve pensar da pena de morte
imposta em nome de Deus?
“É tomar o homem o lugar de Deus na dis-
tribuição da justiça. Os que assim procedem
mostram quão longe estão de compreender
Deus e que muito ainda têm que expiar. A
pena de morte é um crime, quando aplicada
em nome de Deus; e os que a impõem se so
brecarregam de outros tantos assassínios.”
Doação de órgãos
Muitas pessoas deixam de doar os seus
órgãos com medo de que, na outra dimen-
são da vida, eles possam fazer falta a seu
corpo espiritual.
Devemos ter consciência de que, no plano
espiritual, o nosso corpo é totalmente dife-
rente deste que ora estamos “vestindo”,
que só sofre algum prejuízo pelas más
ações. As ações no bem, ao contrário,
podem ajudar na recuperação de
deformidades, que pos-samos ter no corpo
perispiritual.
Não há sentido algum deixar um órgão hu-
mano que aliviará o sofrimento ou, quem sa-
be, salvar mesmo a vida de uma pessoa, ser
vir de repasto aos vermes.
O sentimento de gratidão do receptor pode
“conquistar” benefícios aos doadores, embo
ra não deva ser esse o motivo para doarmos
os nossos órgãos; mas devemos fazê-lo por
amor ao próximo, e, pensar na hipótese de
que quem poderia precisar de algum órgão
fosse nós mesmos, para percebermos o ou-
tro lado da moeda, situação que jamais de-
veríamos deixar de avaliar.
““Se a vida e a alma existem depoisSe a vida e a alma existem depois
da morte, a morte é um bem parada morte, a morte é um bem para
a alma porque esta exerce melhora alma porque esta exerce melhor
sua atividade sem o corpo.”sua atividade sem o corpo.”
(Plotino)
Plotino (205-270 d.C.), filósofo neoplatônico,
autor de Enéadas. (WIKIPÉDIA).
Referências bibliográficas:
BOZZANO, E. A crise da morte. Rio de Janeiro: FEB, 1990.
GOMES, S. (org.) Pinga-fogo com Chico Xavier. Catanduva, SP:
Intervidas, 2010.
XAVIER, F.C. Voltei, Rio de Janeiro: FEB,1986.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capivari, SP: EME,
1996.
KUBLER-ROSS, E. Morte: estágio final da evolução. Rio de Janeiro: Record,
1996.
SCHUTEL, C. A vida no outro mundo. Matão, SP: O Clarim, 2011.
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates
http://pensador.uol.com.br/frase/Nzk5MDg5/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plotino
http://www.oconsolador.com.br/ano3/131/joias_da_poesia_comtemporanea
.html
http://www.mensagemespirita.com.br/autor/casimiro-cunha/biografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elisabeth_K%C3%Bcbler-Ross
Imagens
Capa:
http://kalden.home.xs4all.nl/dart/images/SteenwijckHvVanitNGLon.jpg
Sócrates rosto e cicuta:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/David_-_The_Death_of_Socrates.jpg
Plotino:
http://www.mundodafilosofia.com.br/images/plotino.jpg
Jesus:
Foto de quadro do acervo da instituição GDECAL - Grupo de Divulgação e Estudos da Doutrina
Espírita Caminho da Luz, em Belo Horizonte, MG.
Ilustrações diversas:
Celso da Silva in. SIMONETTI, R. Quem tem medo da morte?, Bauru, SP: Gráfica S. João, 1988.
Morte: https://scontent.fplu3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-
9/19657193_683595761831035_2522659273858677881_n.jpg?
oh=6e03ce54762344241eaa7fc3a0f0fea9&oe=5A0C75C8
Elisabethe Kuebler-Ross:
http://www.silberschnur.de/tl_files/autorengfx/kuebler-ross_elisabeth.jpg e
http://skoob.s3.amazonaws.com/livros/122984/MORTE_1282492796P.jpg
Borboleta Monarca:
http://media.escola.britannica.com.br/eb-media/94/94694-050-4EED5113.jpg;
http://3.bp.blogspot.com/-
NoSRBx0MdY8/Twj1a2nRfnI/AAAAAAAAC0c/W_5dnaUP1CE/s1600/DSC_0822-2.jpg e
http://www.pepite-sc.com/wp-content/uploads/2012/07/shutterstock_25819462.jpg
Pertubação espiritual:
http://www.agendaespiritabrasil.com.br/wp-content/uploads/2015/08/20150815-sab-Marcus-de-
Mario-Vamos-Todos-para-o-Umbral_navarro_francisco_mcosta.png
Morte natural:
http://assets.izap.com.br/sandrocaldeira.com/uploads/noticias/cache/900-514-
crop/24_MHG_eutanasia-belga.jpg
Morte lenta x rápida:
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Morte de parentes:
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pg, http://www.oconsolador.com.br/20/respeitemos_a_vida.jpg e
http://www.useregionaljau.com.br/usejau/phocadownload/EM_DEFESA_DA_VIDA/eutanasia.jpg
Inferno:
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Pena de morte:
http://www.spiritismo.de/pag-nr1-p-Dateien/image008.jpg
Doe órgão, doe vida:
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Site:
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Os espíritas diante da morte

  • 1. Os espíritasOs espíritas diante dadiante da mortemorte
  • 2. ““Dobram sinos a finadosDobram sinos a finados Com mágoa e desolação...Com mágoa e desolação... Porque não sabem que a mortePorque não sabem que a morte É a nossa libertação.”É a nossa libertação.” Casimiro Cunha Casimiro Cunha (1880-1914) foi um poeta vassourense (RJ). Este estrofe faz parte do poema Pensamentos Espíritas, que consta em Parnaso de Além-Túmulo, psicografada por Chico Xavier. (site O Consolador, link www.oconsolador.com.br)
  • 3. Na “Introdução” de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec apresenta vários pontos da doutrina filosófica de Sócrates, entre os quais se encontram alguns princípios funda- mentais do Espiritismo; dentre eles desta- camos: Sócrates (470-399 a.C.) Foi um filósofo ateniense, um dos mais impor- tantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Oci- dental. (WIKIPÉDIA)
  • 4. - “Enquanto tivermos o nosso corpo e a nos- sa alma se encontrar mergulhada nessa cor- rupção, jamais possuiremos o objeto de nos- sos desejos: a verdade.” - “Se a alma é imortal, não é sábio viver com vistas à eternidade?” - “Se a alma é imaterial, ela deve passar, após esta vida, para um mundo igualmente invisível e imaterial, da mesma maneira que o corpo, ao se decompor, retorna à matéria.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Tradução Herculano Pires, Editora EME)
  • 6. “E, quanto ao fato de que os mortos vão ressuscitar, vocês não leram, no livro de Moisés, a passagem da sarça ardente? Deus falou a Moisés: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'. Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vocês estão muito enganados." (Jesus, em Marcos 12,26-27)
  • 7. Tópicos: • medo da morte • perturbação espiritual • morte natural • morte após longo período de doença x morte rápida • morte por acidentes • morte de parentes próximos • morte de crianças e jovens • morte por suicídio • aborto • eutanásia • cremação • colocar a sua vida em risco • velório • pena de morte • doação de órgãos
  • 9. Quando, por alguns minutos, quase que de lampejo, porque recusamos a dedicar muito tempo ao assunto, paramos para pensar na morte, percebemos que, geralmente, ela é um tormento para a grande maioria de nós, Espíritos ainda “aprisionados” à Terra.
  • 10. Nós espíritas, via de regra, não colocamos em prática o que aprendemos, pois, embora acreditarmos que, após a morte, a vida con- tinua, não queremos largar mão dessa vida, mesmo que a nossa saúde esteja debilitada.
  • 11. Não há nenhuma outra doutrina filosófica que deixa tão claro quanto o Espiritismo que a vida não se acaba no túmulo, mas mesmo assim, “trememos” ante a sua aproximação.
  • 12. 941. Para muitas pessoas, o temor da morte é uma causa de perplexidade, donde lhes vêm esse temor, tendo elas diante de si o futuro?
  • 13. 941. Para muitas pessoas, o temor da morte é uma causa de perplexidade, donde lhes vêm esse temor, tendo elas diante de si o futuro? “Falece-lhes fundamento para semelhante te- mor. Mas, que queres! Se procuram persuadi- las, quando crianças, de que há um inferno e um paraíso e que mais certo é irem para o in- ferno, visto que também lhes disseram que o que está na Natureza constitui pecado mortal para a alma! Sucede então que, tornadas adul- tas, essas pessoas, se algum juízo têm, não podem admitir tal coisa e se fazem ateias, ou materialistas. São assim levadas a crer que, além da vida presente, nada mais há. Quanto aos que persistiram nas suas crenças da infân- cia, esses temem aquele fogo eterno que os queimará sem os consumir. […].”
  • 14. “A vida além do túmulo não se cifra num inferno candente, num purgatório de labaredas, num céu de beatífica e nula contemplação.” (Cairbar Schutel)
  • 15. Explica Kardec: “O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual, tem, na Terra, penas e gozos materiais. Sua felicidade consiste na sa- tisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustia- da pelas vicissitudes da vida, se conserva nu- ma ansiedade e numa tortura perpétuas. ==> Fugaz: 1. que tem rapidez; rápido, ligeiro, veloz; 2. fig. que desapa- rece rapidamente, que dura muito pouco; efêmero, passageiro. Vicissitude: 1. sucessão de mudanças ou de alternâncias; 2. sequên- cia de coisas que se sucedem; 3. instabilidade que conduz à imprevisi- bilidade; eventualidade, acaso; 4. condição que contraria ou é desfa- vorável a algo ou alguém; insucesso, revés. (Hoauiss).
  • 16. A morte o assusta, porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças. O homem moral, que se colocou acima das necessidades factí- cias criadas pelas paixões, já neste mundo ex- perimenta gozos que o homem material des- conhece. A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.” Factícia: 1 produzido artificialmente; 2 fig. que não revela naturalida- de; artificial, convencional; 3 fil no cartesianismo, que é feito ou inventado pela imaginação; que é produzido pela mente a partir de uma fantasia (diz-se de ideia). (Houaiss).
  • 17. Mas, enfim, o que é a morte?
  • 18. Mas, enfim, o que é a morte? Seria, talvez, o fim de tudo?
  • 19. Mas, enfim, o que é a morte? Seria, talvez, o fim de tudo? Ou o início de uma nova etapa?
  • 20. Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 – 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça. […] A publicação de seu livro mais famoso em 1969 On Death and Dying (Sobre a morte e o processo de morrer) marcou o rumo de seu trabalho, enriquecido posteriormente com contribuições de especialistas de uma área específica da profissão médica, a tanatologia. [Parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas médico-legais com ela relacionados.] […].” (WIKIPÉDIA)
  • 21. “[Morrer] É parte integrante da vida, tão natural e previsível quanto nascer. Mas ao passo que o nascimento é motivo de come- moração, a morte se tornou um temido e inexprimível assunto, evitado de todas as maneiras na sociedade moderna. […] Pode- mos retardá-la, mas não podemos escapar a ela. […] E a morte ataca indiscriminadamen- te... Até as boas ações não livram da morte seu praticante; os bons morrem tão frequen- temente quanto os maus. […] Em especial, os que dão grande valor ao fato de controlar sua própria existência são os que mais se abalam com a ideia de que também estão sujeitos às forças da morte.” (ELISABETH KÜBLER- ROSS, Morte: estágio final da evolução)
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  • 31. 158. O exemplo da lagarta que, primeiro, anda de rastos pela terra, depois se encerra na sua crisálida em estado de morte apa- rente, para enfim renascer com uma exis- tência brilhante, pode dar-nos ideia da vida terrestre, do túmulo e, finalmente, da nossa nova existência? “Uma ideia acanhada. A imagem é boa; to- davia, cumpre não seja tomada ao pé da le- tra, como frequentemente vos sucede.”
  • 33. 163. A alma tem consciência de si mesma imediatamente depois de deixar o corpo? “Imediatamente não é bem o termo. A alma passa algum tempo em estado de perturba- ção.”
  • 34. 163. A perturbação que se segue à separação da alma e do corpo é do mesmo grau e da mesma duração para todos os Espíritos? “Não; depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado, se reconhece quase imediatamente, pois que se libertou da matéria antes que cessasse a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão da matéria.”
  • 35. 165. O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação? “Influência muito grande, uma vez que o Espírito já antecipadamente compreendia a sua situação. Mas, a prática do bem e a consciência pura são o que maior influência exercem.”
  • 36. Comenta Kardec: “Por ocasião da morte, tudo, a princípio, é confuso. De algum tempo precisa a alma para entrar no conhecimento de si mesma. Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influ-ência da matéria que ela acaba de abando-nar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos. Muito variável é o tempo que dura a pertur- bação que se segue à morte. Pode ser de
  • 37. algumas horas, como também de muitos me ses e até de muitos anos. Aqueles que, des- de quando ainda viviam na Terra, se identifi- caram com o estado futuro que os aguarda- va, são os em quem menos longa ela é, por que esses compreendem imediatamente a posição em que se encontram. Aquela perturbação apresenta circunstân- cias especiais, de acordo com os caracteres dos indivíduos e, principalmente, com o gê- nero de morte. Nos casos de morte violenta, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito fica surpreendido, espantado e não acredita estar morto. Obsti-nadamente sustenta que não o está. ==>
  • 38. No entanto, vê o seu próprio corpo, reco- nhece que esse corpo é seu, mas não com- preende que se ache separado dele. Acerca- se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não percebe por que elas não o ouvem. Se- melhante ilusão se prolonga até ao comple- to desprendimento do perispírito. Só então o Espírito se reconhece como tal e compreen- de que não pertence mais ao número dos vi- vos. Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Es- pírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou; considera ainda a morte como sinônimo de destruição, de aniquila- mento. ==>
  • 39. Ora, porque pensa, vê, ouve, tem a sensa- ção de não estar morto. Mais lhe aumenta a ilusão o fato de se ver com um corpo seme- lhante, na forma, ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar. Julga-o sólido e compacto como o primeiro e, quando se lhe chama a atenção para esse ponto, admira-se de não poder palpá-lo. […] Observa-se então o singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu próprio enterramento como se fora o de um estranho, falando desse ato como de coisa que lhe não diz respeito, até ao momento em que compreende a verdade. ==>
  • 40. A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem, que se conserva calmo, semelhante em tudo a quem acompanha as fases de um tranquilo despertar. Para aquele cuja consciência ainda não está pura, a perturbação é cheia de ansiedade e de angústias, que aumen- tam à proporção que ele da sua situação se compenetra. […].”
  • 41. “[…] Concito, pois, os vivos que percam alguns de seus parentes – qualquer que possa ser a impor- tância da perda e da dor correspondente – a que, a todo custo, se mostrem fortes, abafando toda manifestação de mágoa e apresentando-se de as- pecto calmo nos funerais. Comportando-se assim, determinarão considerável melhoria na atmosfera que os cerca, porquanto a aparência de serenida- de nos corações e nos semblantes das pessoas que nos são caras emite vibrações luminosas que nos atraem, como, à noite, a luz atrai a borbole- ta. Por outro lado, a mágoa dá lugar a vibrações sombrias e prejudiciais a nós outros, vibrações que tomam o aspecto de tenebrosa nuvem a en- volver aqueles a quem amamos. Não duvideis de que somos muito sensíveis às impressões vibra- tórias que nos chegam, por efeito da dor dos que nos são caros. […].” (E. BOZZANO, A crise da morte)
  • 43. Mesmo que, geralmente, não se aceite muito a morte, quando essa ocorre na velhice e por motivos naturais, todos nós a aceitamos com uma certa tranquilidade (desde que o morto não seja um parente nosso, é claro!). Quer queiramos ou não, tudo quanto tem vida na Terra passa, obrigatoriamente, pelo ciclo: “nascer, crescer e morrer”, o que nos leva a concluir que a morte é um aconteci- mento absolutamente natural, fato esse que deveria nos levar a ter um comportamento bem diferente diante dela. Inclusive, diga-se de passagem, que a morte é a coisa mais certa da vida; pela qual todos, sem nenhuma exceção, um dia passaremos.
  • 44. Morte por doença prolongada X morte rápida
  • 45. Muita gente acha que quem morre de forma rápida não sente nada, tem “uma morte fe- liz”. Do ponto de vista terreno, pode até ser; entretanto do ponto de vista espiritual, não é bem assim, pois a maioria dos Espíritos, que desencarna dessa maneira acaba tendo dificuldade de adaptação ao mundo espiritu- al. Não são poucos os que continuam agindo como se estivessem encarnados, pois pelo fato de se verem num corpo, não atinam que não é mais um corpo físico, pensam que ainda estão vivos. E, muitas vezes, até mes- mo se negam a aceitar que estão mortos, conforme vimos.
  • 46. No caso de uma pessoa ficar doente, por longo período, e ao final desencarna, ela, de uma certa forma, foi se preparando para esse fato, daí ser mais fácil sua adaptação no plano espiritual. Obviamente que esta- mos falando daquelas resignadas com o que lhes ocorre.
  • 47. Morte por acidentes ou flagelos destruidores
  • 48. Podemos dividi-la em duas espécies: 1ª) cuja causa não houve a participação do desencarnado; e 2ª) a que houve sua participação, como por exemplo: por negligência, por imprudência, etc.
  • 49. 737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? “Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade pa ra a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na es- cala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, […] são frequentemente necessá- rias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se re- alize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”
  • 50. 738. Para conseguir a melhora da Humanida de, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores? “Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Ne- cessário, portanto, se torna que seja casti- gado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”
  • 51. 738, a) - Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso? “Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. ==>
  • 52. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espe- táculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdi- dos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”
  • 53. 738, b) - Mas, nem por isso as vítimas des- ses flagelos deixam de o ser. “Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infi- nito, menos importância lhe daríeis. Em ou- tra vida, essas vítimas acharão ampla com- pensação aos seus sofrimentos, se soube- rem suportá-los sem murmurar.”
  • 54. Comenta Kardec: “Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de fla- gelo, é que maior número parte ao mesmo tempo. Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar- nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terrí- veis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.”
  • 55. Morte de parentes próximos
  • 56. “Por que meu Deus?”
  • 57. “Por que meu Deus?” É a frase dita, por muitos de nós, diante da morte de um parente que nos é caro.
  • 58. Aceitamos tudo, menos que “algum dos nossos” retorne à pátria espiritual; quando isso ocorre, Deus, para nós, torna-se injus- to. Atitude altamente egoísta, reconheça- mos, pois estamos esquecendo de que as outras pessoas que morrem também pos- suem parentes, só que nesse caso achamos tudo muito justo.
  • 59. Morte de crianças e de jovens
  • 60. A morte de crianças e de jovens são as que mais nos tocam, também as que mais incon- formismo causam, pelo fato delas partirem tão precocemente. Sempre achamos que a interrupção da vida, em qualquer uma dessas duas fases, é uma coisa ruim; mas não se pode afirmar isso, pois não se sabe o que fariam ou tornariam elas se continuassem a viver entre nós. Se tivermos mesmo confiança em Deus, de- vemos aceitar que, sob o ponto de vista es- piritual, isso foi o melhor para elas.
  • 61. 199. Por que tão frequentemente a vida se interrompe na infância? “A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedente- mente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.”
  • 63. Em relação aos vários tipos de morte, pode- mos ter certeza de que o suicídio é o pior deles. Não temos o direito de dar fim à nossa vida, pois ela é uma dádiva de Deus. Se aqui estamos reencarnados é porque ainda temos sérios compromissos perante as leis divinas e, obviamente, em razão disso, não ter atingido a meta evolutiva. Por maiores que sejam os problemas, as do- res e os sofrimentos atuais, nada se compa- ra aos que um suicida poderá passar após a morte.
  • 64. Não há situação alguma prevista em nosso planejamento reencarnatório que não tere- mos condições de suportar, pois, tudo quan- to foi programado está na medida exata de nossa capacidade de realizarmos. Deus, que é nosso Pai, jamais colocaria em nossos ombros um peso que não déssemos conta de carregá-lo, por essa razão não deve mos nos desanimar diante das dificuldades do dia a dia. Aliás, também devemos nos conscientizar que não temos nenhum privilé-gio nisso, já que a dor e o sofrimento atinge a todos indistintamente.
  • 65. Pelo que se vê na literatura espírita, é tam- bém considerado suicídio o fato de descui- darmos de corpo físico, especialmente se o maltratarmos com vícios ou excessos de to- da ordem além do que pode suportar, não lhe combatendo as doenças, etc. Embora, nesses casos, não se tenha inten- ção de cometer o suicídio, o faz de forma in- direta, já que se deve esforçar, ao máximo, para manter o corpo em perfeito funciona- mento, evitando tudo aquilo que possa preju dicá-lo sob qualquer aspecto.
  • 66. 957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio? “Muito diversas são as consequências do sui cídio. Não há penas determinadas e, em to- dos os casos, correspondem sempre às cau- sas que o produziram. Há, porém, uma con- sequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstân-cias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
  • 67. Comenta Kardec: “A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a consequência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As consequências deste es- tado de coisas são o prolongamento ]=>
  • 68. da perturbação espiritual, seguindo-se à ilu- são em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda perten- ce ao número dos vivos. A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas, uma es- pécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resul ta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que so- freu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de ]=>
  • 69. coragem e, cedo ou tarde, expia, de um mo- do ou de outro, a culpa em que incorreu. […] A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram. A religião, a moral, todas as filosofias conde- nam o suicídio como contrário às leis da Na- tureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar volunta- riamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o ho- mem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pe lo exemplo dos que sucumbiram, que o sui- cídio não é uma falta, somente por ]=>
  • 70. constituir infração de uma lei moral, conside ração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que na- da ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.”
  • 71.
  • 73. O aborto é um crime hediondo, já que à vítima sequer é dado o direito de defesa. Praticando o aborto, estamos, a bem da ver dade, retirando do Espírito reencarnante, que estava ligado àquele feto, a chance de viver, impedindo-o de evoluir e de se harmo nizar com as leis divinas. Não raro os Espíritos “de abortados”, por questões de extremado ódio, passam a per- seguir os que lhes tiraram o direito à vida, causando sérios transtornos aos que não lhes deram a oportunidade de viver uma no- va encarnação.
  • 74. 358. Constitui crime a provocação do abor- to, em qualquer período da gestação? “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, co- meterá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas pro- vas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”
  • 75. 359. No caso em que o nascimento da crian ça pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar a criança e sal- var a mãe? “É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.”
  • 76.
  • 78.
  • 79. Perante as leis humanas, a ninguém é dado o direito de tirar a vida de uma pessoa a não ser em legítima defesa; porém, perante as Leis Divinas, mesmo nesse caso, ou seja, o de defender-se, maior mérito terá quem não tirar a vida do outro. Ademais, uma doença incurável de hoje, po- derá ser curável no dia imediatamente se- guinte; fora os casos em que “essa doença não é para morte”, conforme Jesus afirmou de Lázaro. É certo que Deus permite que se restabeleça a saúde de acordo com os méri- tos do doente.
  • 80.
  • 82. Fora o risco de algum Es pírito “acordar”, no exa- to momento, em que seu corpo estiver sendo queimado e achar que já está “ardendo” no fogo do inferno, não há pro- blema algum.
  • 83. Fora o risco de algum Es pírito “acordar”, no exa- to momento, em que seu corpo estiver sendo queimado e achar que já está “ardendo” no fogo do inferno, não há pro- blema algum.
  • 84. Provavelmente, com o avanço e o progresso da humanidade, a cremação deverá ser algo natural num futuro não muito distante, e se olharmos pelo aspecto de saúde pública, talvez seja mesmo o melhor a se fazer. Segundo Emmanuel, deve-se esperar que se transcorra um período de 72 horas. (SAULO GOMES [org] Pinga-fogo com Chico Xavier)
  • 85. Colocar a sua vida em risco
  • 86. Algumas mortes acontecem porque certos indivíduos, em busca de muita “adrenalina”, colocam a sua própria vida em risco. Normalmente pessoas que assim agem, pensam que são como que “imunes” a um acidente grave, iludidas de que nada de mau lhes acontecerá. Uma morte dessa forma pode ser algo bem traumático ao Espírito, que decepcionado perceberá que passou para “o outro lado da vida”, coisa que nem sonhava lhe fosse acontecer tão cedo.
  • 87. Não resta dúvida de que os que assim agem estão se comprometendo perante a justiça divina, já que tal atitude pode ser compara- da a um verdadeiro suicídio, embora a par- tida para o além não tenha sido intencional, porém sabiam dos riscos que corriam.
  • 89. Levando-se em conta que muitos Espíritos recém-desencarnados, ainda confusos no plano espiritual, acompanham o seu próprio velório, podemos imaginar o que sentirá um deles diante de tanta algazarra que se faz no local onde velam o seu corpo.
  • 90. Poucos dos que se encontram no velório, de fato, se importam com a situação do morto (inclui-se até parentes), mantendo conver- sas fúteis, desde aquelas sobre o cotidiano, indo para o futebol, negócios, mulheres (ou homens), etc. E não faltará os que mesmo sem terem afinidades com o morto, ficam elogiando as suas qualidades, praxe infantil de se considerar “bonzinho” os que morrem.
  • 92. Diante do elevado índice de criminalidade, que ocorre em nossa sociedade, é comum encontrarmos pessoas que, vigorosamente, defendem a pena de morte para todos os criminosos. É puro engano pensar que isso resolverá a questão, já que o Espírito, que ainda não atingiu um certo grau de moralidade, de- sencarnando dessa forma irá, porventura, adquiri-la. Certamente que não, uma vez que seremos no mundo espiritual o que éramos aqui, quando vivos. É bem certo que a morte não dá “asas de anjo” a ninguém.
  • 93. A pena de morte é um crime perante as Leis de Deus, mesmo que a sociedade a permita em suas leis penais. Na verdade, comete-se um crime justifican- do-o como sendo uma boa medida para se combater a criminalidade. Se pudéssemos fazer algo para moralizar um criminoso, deveríamos, isso sim, dar-lhe “pena de vida”, para que, vivendo mais que as outras pessoas, tenha maior tempo para reavaliar a sua maneira de agir e viver.
  • 94. Não raro um indivíduo, que transpôs para o lado de lá, via pena de morte, passe a per- seguir àqueles que ele julga responsáveis pela sua morte. Obsessões graves podem nascer de causa como essa. Um outro ponto desfavorável à pena de mor-te é que ela pode ser aplicada a uma pessoa inocente, já que a justiça humana, como sa-bemos, não é infalível.
  • 95. 760. Desaparecerá algum dia, da legislação humana, a pena de morte? “Incontestavelmente desaparecerá e a sua supressão assinalará um progresso da Hu- manidade. Quando os homens estiverem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida na Terra. Não mais precisarão os homens de ser julgados pelos homens. Refiro-me a uma época ainda mui- to distante de vós.”
  • 96. 763. Será um indício de progresso da civilização a restrição dos casos em que se aplica a pena de morte? “Podes duvidar disso? Não se revolta o teu Espírito, quando lês a narrativa das carnifi- cinas humanas que outrora se faziam em nome da justiça e, não raro, em honra da Divindade; das torturas que se infligiam ao condenado e até ao simples acusado, para lhe arrancar, pela agudeza do sofrimento, a confissão de um crime que muitas vezes não cometera? ==>
  • 97. Pois bem! Se houvesses vivido nessas épo- cas, terias achado tudo isso natural e talvez mesmo, se fora juiz, fizesses outro tanto. As- sim é que o que pareceu justo, numa época, parece bárbaro em outra. Só as leis divinas são eternas; as humanas mudam com o pro- gresso e continuarão a mudar, até que te- nham sido postas de acordo com aquelas.”
  • 98. 764. Disse Jesus: Quem matou com a espa- da, pela espada perecerá. Estas palavras não consagram a pena de talião e, assim a morte dada ao assassino não constitui uma aplicação dessa pena? “Tomai cuidado! Muito vos tendes enganado a respeito dessas palavras, como acerca de outras. A pena de talião é a justiça de Deus. É Deus quem a aplica. Todos vós sofreis essa pena a cada instante, pois que sois punidos naquilo em que haveis pecado, nesta exis-tência ou em outra. ==>
  • 99. Aquele que foi causa do sofrimento para seus semelhantes virá a achar-se numa con- dição em que sofrerá o que tenha feito so- frer. Este o sentido das palavras de Jesus. Mas, não vos disse ele também: Perdoai aos vossos inimigos? E não vos ensinou a pedir a Deus que vos perdoe as ofensas como hou verdes vós mesmos perdoado, isto é, na mesma proporção em que houverdes perdo- ado, compreendei-o bem?”
  • 100. 765. Que se deve pensar da pena de morte imposta em nome de Deus? “É tomar o homem o lugar de Deus na dis- tribuição da justiça. Os que assim procedem mostram quão longe estão de compreender Deus e que muito ainda têm que expiar. A pena de morte é um crime, quando aplicada em nome de Deus; e os que a impõem se so brecarregam de outros tantos assassínios.”
  • 102. Muitas pessoas deixam de doar os seus órgãos com medo de que, na outra dimen- são da vida, eles possam fazer falta a seu corpo espiritual. Devemos ter consciência de que, no plano espiritual, o nosso corpo é totalmente dife- rente deste que ora estamos “vestindo”, que só sofre algum prejuízo pelas más ações. As ações no bem, ao contrário, podem ajudar na recuperação de deformidades, que pos-samos ter no corpo perispiritual.
  • 103. Não há sentido algum deixar um órgão hu- mano que aliviará o sofrimento ou, quem sa- be, salvar mesmo a vida de uma pessoa, ser vir de repasto aos vermes. O sentimento de gratidão do receptor pode “conquistar” benefícios aos doadores, embo ra não deva ser esse o motivo para doarmos os nossos órgãos; mas devemos fazê-lo por amor ao próximo, e, pensar na hipótese de que quem poderia precisar de algum órgão fosse nós mesmos, para percebermos o ou- tro lado da moeda, situação que jamais de- veríamos deixar de avaliar.
  • 104.
  • 105. ““Se a vida e a alma existem depoisSe a vida e a alma existem depois da morte, a morte é um bem parada morte, a morte é um bem para a alma porque esta exerce melhora alma porque esta exerce melhor sua atividade sem o corpo.”sua atividade sem o corpo.” (Plotino) Plotino (205-270 d.C.), filósofo neoplatônico, autor de Enéadas. (WIKIPÉDIA).
  • 106. Referências bibliográficas: BOZZANO, E. A crise da morte. Rio de Janeiro: FEB, 1990. GOMES, S. (org.) Pinga-fogo com Chico Xavier. Catanduva, SP: Intervidas, 2010. XAVIER, F.C. Voltei, Rio de Janeiro: FEB,1986. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 1995. KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capivari, SP: EME, 1996. KUBLER-ROSS, E. Morte: estágio final da evolução. Rio de Janeiro: Record, 1996. SCHUTEL, C. A vida no outro mundo. Matão, SP: O Clarim, 2011. http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates http://pensador.uol.com.br/frase/Nzk5MDg5/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Plotino http://www.oconsolador.com.br/ano3/131/joias_da_poesia_comtemporanea .html http://www.mensagemespirita.com.br/autor/casimiro-cunha/biografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Elisabeth_K%C3%Bcbler-Ross
  • 107. Imagens Capa: http://kalden.home.xs4all.nl/dart/images/SteenwijckHvVanitNGLon.jpg Sócrates rosto e cicuta: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/David_-_The_Death_of_Socrates.jpg Plotino: http://www.mundodafilosofia.com.br/images/plotino.jpg Jesus: Foto de quadro do acervo da instituição GDECAL - Grupo de Divulgação e Estudos da Doutrina Espírita Caminho da Luz, em Belo Horizonte, MG. Ilustrações diversas: Celso da Silva in. SIMONETTI, R. Quem tem medo da morte?, Bauru, SP: Gráfica S. João, 1988. Morte: https://scontent.fplu3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0- 9/19657193_683595761831035_2522659273858677881_n.jpg? oh=6e03ce54762344241eaa7fc3a0f0fea9&oe=5A0C75C8 Elisabethe Kuebler-Ross: http://www.silberschnur.de/tl_files/autorengfx/kuebler-ross_elisabeth.jpg e http://skoob.s3.amazonaws.com/livros/122984/MORTE_1282492796P.jpg Borboleta Monarca: http://media.escola.britannica.com.br/eb-media/94/94694-050-4EED5113.jpg; http://3.bp.blogspot.com/- NoSRBx0MdY8/Twj1a2nRfnI/AAAAAAAAC0c/W_5dnaUP1CE/s1600/DSC_0822-2.jpg e http://www.pepite-sc.com/wp-content/uploads/2012/07/shutterstock_25819462.jpg Pertubação espiritual: http://www.agendaespiritabrasil.com.br/wp-content/uploads/2015/08/20150815-sab-Marcus-de- Mario-Vamos-Todos-para-o-Umbral_navarro_francisco_mcosta.png
  • 108. Morte natural: http://assets.izap.com.br/sandrocaldeira.com/uploads/noticias/cache/900-514- crop/24_MHG_eutanasia-belga.jpg Morte lenta x rápida: http://ci.i.uol.com.br/mostra/2008/filmes/e-se-a-morte-nos-separar.jpg Morte de parentes: http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/images/bovary.jpg Suicídio, aborto e eutanásia, pela ordem: http://3.bp.blogspot.com/_agytvgvLOrA/S9OwekXj5eI/AAAAAAAAAKA/bOHpug7LMEA/s320/rtyuio.j pg, http://www.oconsolador.com.br/20/respeitemos_a_vida.jpg e http://www.useregionaljau.com.br/usejau/phocadownload/EM_DEFESA_DA_VIDA/eutanasia.jpg Inferno: http://pibgoiania.org.br/wp-content/uploads/2013/06/inferno-ed-570x240.jpg Pena de morte: http://www.spiritismo.de/pag-nr1-p-Dateien/image008.jpg Doe órgão, doe vida: http://1.bp.blogspot.com/-DoALgG2CAhY/Td6- cuZYzVI/AAAAAAAAAw8/atIYeavx8eg/s1600/cartaz_doacao2008.jpg.