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Cana de-açucar
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Breve Histórico 
A cana-de-açúcar é uma planta proveniente do sul e sudeste asiático. 
Com a expansão muçulmana a cana foi introduzida em áreas onde não 
era cultivada. No continente Europeu ela foi cultivada na Espanha e 
posteriormente levada para as Américas durante a expansão marítima 
onde foi cultivada em países como Brasil, Cuba, México, Peru, Equador, 
Colômbia e Venezuela. 
A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil no início do século XVI, 
quando foi iniciada a instalação de engenhos de açúcar, a primeira 
indústria implantada na nova possessão de Portugal, que em pouco 
tempo substituiu a indústria extrativa do pau-brasil.
Introdução 
A cana-de-açúcar é uma planta que pertence ao 
gênero Saccharum. Há pelo menos seis espécies 
do gênero, sendo a cana-de-açúcar cultivada hoje 
no país um híbrido multiespecífico, recebendo a 
designação Saccharum spp.
Morfologia
Raízes 
As raízes da cana são fibrosas 
(sistema radicular fasciculada). 
Quando se planta uma estaca de 
cana, se desenvolvem duas classes de 
raízes: 
• Raízes transitórias; 
• Raízes definitivas ou permanentes.
Colmo (Talo) 
É a parte mais importante da 
planta, constitui o fruto agrícola 
da mesma, nele se encontra 
armazenado o açúcar.
Folha 
A folha da planta da cana-de- 
açúcar é dividida em 
duas partes: 
• Bainha; 
• Lâmina.
Inflorescência 
Quando a planta de cana-de-açúcar 
atinge uma maturação relativa de 
desenvolvimento, seu ponto de 
crescimento pode, sob certo período e 
condições de úmidas do solo, alterar de 
vegetativo para reprodutivo. 
Isso significa que o ponto de crescimento 
para de formar a folha primordial e 
começa a produzir uma inflorescência.
Fenologia
Os estágios fenológicos da cana-de- 
açúcar são os seguintes: 
• brotação e emergência; 
• perfilhamento; 
• crescimento dos colmos; 
• maturação dos colmos.
Brotação e Emergência 
O broto rompe as folhas da gema e se 
desenvolve em direção à superfície do 
solo. Ao mesmo tempo surgem as raízes 
do tolete. 
Temperatura ideal de 28° à 30°C. 
Fase de brotação.
Perfilhamento 
São duas etapas do 
perfilhamento: 
• Início e formação da touceira; 
• Auge perfilhamento. 
Temperatura ideal de 25° à 
30°C. Abaixo dos 20°C retarda o 
processo. 
Fase do perfilhamento.
Crescimento do Colmo 
A partir do auge do perfilhamento, os 
colmos sobreviventes continuam o 
crescimento e desenvolvimento, 
ganhando altura e iniciando o acúmulo de 
açúcar na base. 
IAF é de 6-7. 
Crescimento dos colmos é de 4-5 por mês. 
Fase do crescimento dos colmos.
Maturação 
• No cultivar de 12 meses dura em 
média 3 meses. 
• A síntese de açúcar acontece e o 
crescimento é reduzido. 
• Monossacáridos, frutose e glicose 
são convertidos em sacarose. 
• Maturação de baixo para cima. 
Fase de maturação
Ecofisiologia
Clima 
A cana é cultivada numa ampla faixa 
de latitude, desde cerca de 36,7° N a 
31° S e em altitudes que variam 
desde o nível do mar até 1.000 
metros. 
A planta vive melhor em áreas 
ensolaradas quentes e tropicais.
Chuva 
• Um total de chuva entre 1000 
e 1500 mm é adequado se a 
distribuição for certa, abundante 
nos meses de crescimento 
vegetativo seguido por um 
período de amadurecimento.
Temperatura 
• O crescimento da cultura esta 
inteiramente ligada com as condições 
de temperatura da região onde foi 
implantada. 
• Em temperaturas altas uma reversão 
de sacarose em frutose e glicose 
pode ocorrer, além do aumento da 
fotorrespiração, o que diminui o 
acúmulo de açucares.
Umidade relativa 
Alta umidade (80 - 85%) favorece um alongamento de cana rápido 
durante o período de crescimento. Um valor moderado de 45 - 65 % 
junto com um suprimento de água limitado é favorável durante a fase 
de amadurecimento.
Luz solar 
Cana-de-açúcar é uma planta que 
adora luz solar. Ela cresce bem em 
áreas que recebem energia solar de 
18 - 36 MJ/m2. Sendo uma planta C4 , 
a cana de açúcar é capaz de produzir 
altos índices fotossintéticos e o 
processo mostra uma variação de alta 
saturação em relação à luz.
Solo 
A cana-de-açúcar pode ser produzida em diversos tipos de solo, 
entretanto, os rendimentos diminuem à medida que as 
características de solo vão se afastando daquelas consideradas 
ideais. São muitas as características que podem influenciar o 
desenvolvimento da cana-de-açúcar, entre as mais importantes 
estão: 
• Relevo; 
• Características físicas; 
• Características químicas.
Relevo 
• As terras devem possuir declives suaves de 2 a 5%, porém, o valor de 
5% deve ser aplicado em solos mais argilosos. Quando a área é 
completamente plana, pode ocorrer necessidade de drenagem.
Características Físicas 
• Solos com profundidade maior que um metro são ideais para o 
cultivo da cana-de-açúcar, visto que suas raízes podem explorar um 
maior volume. É importante ressaltar que o desenvolvimento das 
raízes da cana-de-açúcar é extremamente dependente de 
características físicas do solo, como por exemplo, a capacidade de 
retenção de água. 
• Os solos arenosos são menos indicados para o cultivo da cana, pois 
não apresentam boa capacidade de armazenamento de água e, ainda, 
favorecem perdas de nutrientes por lixiviação e o aumento da 
população de nematoides.
Desenvolvimento radicular numa condição 
de disponibilidade hídrica alta (solo úmido). 
Desenvolvimento radicular numa condição de 
disponibilidade hídrica média ( solo secando). 
Desenvolvimento radicular numa condição de 
disponibilidade hídrica muito baixa (solo seco).
Características Químicas 
• A cana-de-açúcar é bastante tolerante à acidez e alcalinidade. Seu 
cultivo desenvolve-se em solos com pH entre 4 e 8,5, sendo que o 
ideal gira em torno de 6,5.
Plantio 
A cana de açúcar é vegetativamente propagada por cultivo comercial. 
Tipos diferentes de materiais de plantio, pegamento de cana; 
decantações e pedaços de gema são usados para cultivar a cana de 
açúcar. 
Pegamento de cana. 
Muda de gema.
Colheita 
Os parâmetros importantes de qualidade da 
cana de açúcar para verificar maturação são 
o Brix, pol ou porcentagem de sacarose e 
pureza da sacarose.
Pragas e Doenças
Cigarrinha da raiz (Mahanarva fimbriolata). 
Prejuízos: danos no campo: morte dos perfilhos, brotações 
laterais, desidratação, amarelecimento, “queima da cana”. 
Danos na indústria: interferência significativa na qualidade da 
matéria prima, redução da sacarose, aumento das 
contaminações, aumento nas fibras. 
Controle: biológico com fungo Metharizium anisopliae ou 
controle químico dependendo das populações. Pode-se 
também associar os dois controles: biológico e químico. 
Migdolus (Migdolus fryanus). 
Prejuízos: danos causados pelas larvas, ataque em reboleira, as larvas atacam 
rizomas e as raízes, causam o secamento e morte das plantas, especialmente 
as soqueiras. 
Controle: destruição mecânica com gradagem pesada ou aração e aplicação 
de inseticida. Aplicar inseticida no sulco de plantio. Realizar monitoramento 
para detecção da praga com armadilhas de feromônio no nível do solo.
Broca peluda (Hyponeuma taltula). 
Prejuízos: as lagartas penetram o colmo pela base e danificam essa região 
e raramente caminham em direção ao palmito, quando isso ocorre em 
plantas mais novas, causam o “coração morto”. Os danos em canaviais 
mais jovens são amarelecimento, secamento e até a morte de perfilhos. 
Reduz stand do canavial. Em canaviais mais adultos, ocasionam perda de 
peso, brotação lateral, enraizamento aéreo, canas quebradas. 
Controle: químico, quando ocorrem altas infestações, com aplicação na 
linha e na entrelinha da cana a 15 cm de profundidade. 
Sphenophorus levis. 
Prejuízo: os danos são causados pelas larvas que broqueiam os 
rizomas e algumas vezes o primeiro entrenó basal. Consequências: 
amarelecimento de folhas, seca e morte de perfilhos. Estes sintomas 
são mais facilmente visualizados no período seco do ano. 
Controle: uso de armadilha feitas com toletes de cana embebidos em 
solução de inseticida, colocados no canavial, sobre o solo e protegido 
pela palha. Destruição das soqueiras, com eliminador de soqueiras, 
na época de ocorrência das larvas. Uso de mudas isenta de pragas. 
Aplicação de inseticida no sulco de plantio.
Cupins. 
Prejuízos: na cana soca, destruição de rizomas com morte de gemas e falhas na 
brotação das soqueiras. Danos em toletes de cana utilizados no plantio, ocasionando 
falhas na brotação da cana planta. Redução da longevidade do canavial, 
comprometimento da produtividade agrícola. 
Controle: identificação das áreas com danos e quantificação das populações e 
espécies ocorrentes. Operações de preparo do solo para o plantio bem realizadas 
porque desestruturam as colônias e reduzem populações. Aplicação de inseticidas na 
cobrição das mudas no plantio. 
Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus). 
Prejuízo: causa “coração morto”, secamento das plantas, diminuição do stand, 
ataca brotações novas. Prejuízos maiores na cana planta. 
Controle: uso de irrigação de sobrevivência, uso de palhada, colher cana crua.
Broca da cana (Diatraea sacharalis). 
Prejuizo: cana planta é mais prejudicada, provavelmente devido ao seu alto vigor 
vegetativo, diminuição de peso, “coração morto”, quebra da dominância apical, 
brotações laterais, enraizamento aéreo. Danos na indústria: podridão vermelha, 
causada por fungos, que penetram os entrenós pelo orifícios abertos pela broca, 
redução da sacarose, prejudica produção de açúcar e álcool. 
Controle: biológico, monitorar as populações, realizar liberação de parasitóides, 
como Cotesia flavipes (6.000 adultos/ha) e uso deTrichogramma spp que parasita os 
ovos, quando necessário. Químico: controlar quimicamente em altas intensidades de 
infestações sempre associado ao controle biológico.
Broca Gigante (Telchin licus). 
Prejuízos: ao perfurarem o colmo, as lagartas causam a morte das plantas ou significativa perda de peso. 
Facilitam a penetração de fungos (podridão vermelha), diminuem produção de açúcar. Ao se alimentarem dos 
rizomas (internódios basais) debilitam e reduzem o poder de brotação das soqueiras. 
Controle: destruição mecânica das soqueiras e de restos culturais, catação manual das lagartas (uso de espetos).
Nematoides (Meloidogyne javanica e Pratylencus spp.) 
Meloidogyne javanica e M. incognita: são endoparasitas que penetram no tecido 
vegetal das raízes, depositando e multiplicando ovos, ocorrem em reboleira e 
formam galhas (deformações nas raízes). 
Pratylencus spp.: são endoparasitos migradores, penetram no tecido vegetal das 
raízes e podem voltar ao solo, ocorre em reboleira. 
Prejuízos: os sintomas da parte aérea são reflexos dos ataques que se restrigem ao 
sistema radicular. Os nematoides injetam toxinas nas raízes. As raízes ficam pouco 
desenvolvidas e formam poucas radicelas, a planta fica com tamanho reduzido, 
ocorre murchamento da folhas nas horas mais quentes, queda prematura das folhas 
e nanismo. Redução da produtividade agrícola. 
Controle: químico com nematicidas quando detectada infestações altas. Uso de 
variedades resistentes.
MOSAICO (Vírus do Mosaico da cana-de-açúcar – SCMV ) 
Agente causal: A doença é causada pelo vírus do mosaico da cana-de-açúcar 
( “sugarcane mosaic vírus” ou SCMV ). 
Sintomas: Os sintomas ocorrem basicamente nas folhas, podendo variar a sua 
intensidade de acordo com a resistência da variedade, locais onde estão cultivadas 
e linhagem do vírus. 
Disseminação: O vírus do mosaico é disseminado naturalmente através de várias 
espécies de afídeos (pulgões), que ao pousar e dar uma “picada” em uma planta 
(com o seu estilete contaminado com vírus) transmite a doença. 
Controle: Variedades resistentes é o método de controle mais eficiente da doença. 
As inspeções de "roguing" e eliminação das plantas doentes é uma prática 
bastante eficiente, isto é, quando o nível de infecção é baixo. Utilização de mudas 
certificadas.
ESCALDADURA-DAS-FOLHAS (Xanthomonas albilineans) 
Agente causal: A doença é provocada por uma bactéria gram-negativa 
denominada Xanthomonas albilineans que é capaz de 
colonizar os vasos do Xilema da planta. 
Sintomas: Em variedades suscetíveis a doença pode causar grandes 
perdas, devido a queima das folhas e morte dos colmos, já as 
variedades tolerantes podem servir como um depósito do patógeno. 
Disseminação: A doença é disseminada principalmente por 
instrumentos de corte, podões e colhedora e também pela 
utilização de mudas contaminadas. 
Controle: Utilização de variedades resistentes associada à produção 
de mudas certificadas, com alta sanidade. No campo pode-se evitar 
a disseminação da doença através da desinfecção e limpeza dos 
instrumentos de corte, com a utilização de produtos químicos que 
contenham bactericidas (amônia quaternária). As operações de 
“roguing” proporcionam uma boa medida de controle na produção 
de mudas de cana-de-açúcar.
ESTRIAS VERMELHAS (Pseudomonas rubrilineans) 
Agente causal: A doença é causada pela bactéria gram-negativa 
Pseudomonas rubrilineans. 
Sintomas: Os sintomas inicialmente se manifestam nas folhas, com a 
aparecimento de estrias finas e longas de coloração avermelhada, com 
a evolução da doença, as estrias podem atingir a região do meristema 
apical provocando a “podridão de topo”, em condições favoráveis e em 
variedades suscetíveis a podridão evolui para o resto do colmo. 
Disseminação: A bactéria pode sobreviver no solo e em restos de 
cultura. 
Controle: O cultivo de variedades suscetíveis, em ambientes favoráveis, 
isto é, solos de alta fertilidade, não é aconselhável.
RAQUITISMO-DA-SOQUEIRA (Leifsonia xyli subsp. xyli) 
Agente causal: O raquitismo é causado por uma bactéria gram-positiva 
denominada Leifsonia xyli subsp. Xyli, que coloniza os vasos 
do xilema, provocando uma obstrução dos mesmos. 
Sintomas: Trata-se de uma doença que não apresenta sintomas 
externos aparentes, pode ser observado apenas um crescimento 
desuniforme (irregular) das touceiras, dando um aspecto de altos e 
baixos ao talhão, sintomas que podem ser mais evidentes, associados 
a outros fatores, como, seca, compactação, presença de ervas 
daninhas, herbicidas e outros. 
Disseminação: A doença é transmitida de uma planta para outra 
através de instrumentos de corte como: podão, colhedoras e 
plantadoras, que permanecem impregnadas com caldo de plantas 
doentes contaminando as plantas sadias que são cortadas na 
seqüência, podendo transmitir a doença para centenas de novas 
touceiras sadias. 
Controle: A maneira mais efetiva de controle seria a utilização de 
variedades resistentes associada a produção de mudas sadias (mudas 
certificadas).
CARVÃO (Ustilago scitaminea) 
Agente causal: A doença é causada pelo fungo Ustilago scitaminea, que 
parasita os tecidos meristemáticos da planta. 
Sintomas: Sintomas no cartucho e/ou ápice do colmo. 
Disseminação: A dispersão dos esporos é aérea e podem se deslocar 
por grandes distancias, através de correntes de ar. 
Controle: Variedades resistentes é a maneira mais eficiente de controle. 
Utilização de mudas certificadas, tratadas termicamente, associadas ao 
uso de fungicidas sistêmicos e monitoradas através das operações de 
roguing na formação de viveiros.
FERRUGEM MARROM (Puccinia melanocephala) 
Agente causal: A doença é causada pelo fungo Puccinia melanocephala, que é 
um parasita obrigatório, infectando a planta por meio de uredósporos. 
Sintomas: Os sintomas se restringem basicamente às folhas, inicialmente com 
pequenas pontuações cloróticas, que evoluem rapidamente, isto é, se alongam 
na superfície das folhas, inicialmente de coloração amarelada evoluindo para 
avermelhada chegando a preta nos estágios finais de necrose da folha. 
Disseminação: Temos com principal veículo de disseminação as correntes de ar 
(o vento), sendo necessário também, umidade na superfície das folhas onde os 
esporos serão depositados para germinar e penetrar no tecido vegetal. 
Controle: A maneira mais eficiente e econômica de se controlar a ferrugem é 
através do uso de variedades resistentes.
FERRUGEM ALARANJADA (Puccinia kuehnii) 
Agente causal: A doença é causada pelo fungo Puccinia kuehnii, que é um 
parasita obrigatório, infectando a planta por meio de uredósporos. 
Sintomas: Os sintomas se restringem basicamente às folhas, inicialmente 
com pequenas pontuações amareladas, recobertas pela cutícula da folha 
que evoluem rapidamente, isto é, se alongam na superfície das folhas, 
inicialmente de coloração alaranjada Quando ocorre de forma severa, 
pode ocorrer à junção de pústulas, causando necrose de tecido foliar, 
principalmente nas pontas e bordas das folhas mais velhas. 
Disseminação: Temos com principal veículo de disseminação as correntes 
de ar (o vento), a doença necessita temperaturas altas como também alta 
umidade relativa do ar. O período de outubro a março é o ideal para o 
desenvolvimento da doença em nossa região. 
Controle: A maneira mais eficiente e econômica de se controlar a ferrugem 
é através do uso de variedades resistentes e em notas altas de infestações 
realizando a aplicação de fungicidas.
FUSARIOSE (Fusarium moniliforme) 
Agente Causal: É causado pelo fungo Fusarium moniliforme, que é 
um parasita obrigatório que infecta da semente até a planta adulta. 
Sintomas: Os sintomas são bastante variáveis pois dependem da 
estirpe do fungo, das condições ambientais, do nível de resistência 
da variedade e do estágio de desenvolvimento da cultura. 
Disseminação: O possui uma grande capacidade de produzir 
esporos, mas, não sobrevive por longos períodos no solo. 
Controle: Através do uso de variedades tolerantes, tratamento 
térmico que elimina o fungo dos toletes, uso de fungicidas no 
plantio, que protege os toletes na fase inicial de desenvolvimento e 
também o controle da broca da cana-de-açúcar.
Brasil 
O gigante da Cana-de-açúcar. 
• O Brasil é o maior produtor, com 39% de toda produção mundial e 
também o maior exportador com 40% das vendas. 
• São 8 milhões de hectares ou 2,5% das terras aráveis, que me 
2013/14 produziu 2.200.000 toneladas. 
• 90% da produção é localizada no Centro-Sul do país. 
• A colheita mecanizada corresponde a 50% em todo país. 
• São 430 usinas no Brasil.
Cana de-açucar
TOCANTINS 
Grande potencial de produção de cana-de-açúcar. 
• Não existem cultivares específicos para o estado. 
• Produção média no Tocantins é de 83,6 ton/hc, enquanto a média 
nacional é de 74,9 ton/hc. 
• No estado a média é de 15 à 17 colmos por metro linear, enquanto a 
média nacional é de 12 à 15. 
• Facilidade no escoamento da produção.
Moagem de cana-de-açúcar e produção de açúcar e etanol - safra 2010 à 2014 
Área plantada: 
2010/11 2.800 hc. 
2013/14 26.000 hc.
Tabela 1. Variedades de cana-de-açúcar mais utilizadas no Brasil, distribuídas por instituição de pesquisa. 
Planalsucar – Ridesa (RB) 
RB70141 RB70194 RB705007 RB705051 
RB705146 RB705440 RB72454 RB721012 
RB725147 RB725828 RB732577 RB735220 
RB735275 RB739359 RB739735 RB765418 
RB785148 RB75126 RB758540 RB763710 
RB83102 RB83160 RB83252 RB83594 
RB835019 RB835054 RB835089 RB835486 
RB8491 RB8495 RB842021 RB845257 
RB8543 RB855035 RB855113 RB855156 
RB855453 RB855463 RB855511 RB855536 
RB855546 RB855563 RB867515 RB845197 
RB845210 RB855036 RB865230 RB928064 
RB858927 RB92579 RB93509 RB931530 
RB863129 RB943365 RB872552 RB943538 
RB932520 RB925211 RB935744 RB925268 
RB925345
Copersucar (SP) – CTC (CTC) 
SP77-5181 SP80-3280 SP79-1011 SP87-344 
SP79-2233 SP85-3877 SP81-320 SP87-365 
SP80-1842 SP81-3250 SP86-42 SP87-396 
SP83-2847 SP-2233 SP85-5077 SP83-5073 
SP86-155 SP80-1816 SP91-1049 
CTC 1 CTC 2 CTC 3 CTC 4 
CTC 5 CTC 6 CTC 7 CTC 8 
CTC 9 CTC 10 CTC 11 CTC 12 
CTC 13 CTC 14 CTC 15 CTC 16 
CTC 17 CTC 18 
IAC(IAC) 
IACSP95-3028 IACSP93-2060 IAC91-1099 IACSP95-5000 
IACSP93-3046 IACSP94-2101 IACSP94-2094 IACSP94-4004 
IAC91-2195 IAC91-2218 IAC91-5155 IAC93-6006 
IAC86-2480 IAC82-2045 IAC82-3092 IAC86-2210 
IAC87-3396
Cana de-açucar
Cana de-açucar
Cana de-açucar
Referencias Bibliográficas 
• http://www.braskem.com.br/site.aspx/Cana-de-Acucar 
• http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ 
arvore/CONTAG01_109_22122006154841.html 
• http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ 
arvore/CONTAG01_102_22122006154841.html 
• http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT73.html 
• http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ 
arvore/CONTAG01_33_711200516717.html 
• http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/ 
• http://www.infoescola.com/plantas/cana-de-acucar/ 
• http://www.novacana.com/usinas-brasil/ranking/etanol/ 
• http://www.inda.org.br/exibeclip.php?perfil=35 
• www.novacana.com/tag/55-tocantins/ 
• http://www.novacana.com/cana-de-acucar/uso-agua-producao-cana-etanol/

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  • 4. Breve Histórico A cana-de-açúcar é uma planta proveniente do sul e sudeste asiático. Com a expansão muçulmana a cana foi introduzida em áreas onde não era cultivada. No continente Europeu ela foi cultivada na Espanha e posteriormente levada para as Américas durante a expansão marítima onde foi cultivada em países como Brasil, Cuba, México, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil no início do século XVI, quando foi iniciada a instalação de engenhos de açúcar, a primeira indústria implantada na nova possessão de Portugal, que em pouco tempo substituiu a indústria extrativa do pau-brasil.
  • 5. Introdução A cana-de-açúcar é uma planta que pertence ao gênero Saccharum. Há pelo menos seis espécies do gênero, sendo a cana-de-açúcar cultivada hoje no país um híbrido multiespecífico, recebendo a designação Saccharum spp.
  • 7. Raízes As raízes da cana são fibrosas (sistema radicular fasciculada). Quando se planta uma estaca de cana, se desenvolvem duas classes de raízes: • Raízes transitórias; • Raízes definitivas ou permanentes.
  • 8. Colmo (Talo) É a parte mais importante da planta, constitui o fruto agrícola da mesma, nele se encontra armazenado o açúcar.
  • 9. Folha A folha da planta da cana-de- açúcar é dividida em duas partes: • Bainha; • Lâmina.
  • 10. Inflorescência Quando a planta de cana-de-açúcar atinge uma maturação relativa de desenvolvimento, seu ponto de crescimento pode, sob certo período e condições de úmidas do solo, alterar de vegetativo para reprodutivo. Isso significa que o ponto de crescimento para de formar a folha primordial e começa a produzir uma inflorescência.
  • 12. Os estágios fenológicos da cana-de- açúcar são os seguintes: • brotação e emergência; • perfilhamento; • crescimento dos colmos; • maturação dos colmos.
  • 13. Brotação e Emergência O broto rompe as folhas da gema e se desenvolve em direção à superfície do solo. Ao mesmo tempo surgem as raízes do tolete. Temperatura ideal de 28° à 30°C. Fase de brotação.
  • 14. Perfilhamento São duas etapas do perfilhamento: • Início e formação da touceira; • Auge perfilhamento. Temperatura ideal de 25° à 30°C. Abaixo dos 20°C retarda o processo. Fase do perfilhamento.
  • 15. Crescimento do Colmo A partir do auge do perfilhamento, os colmos sobreviventes continuam o crescimento e desenvolvimento, ganhando altura e iniciando o acúmulo de açúcar na base. IAF é de 6-7. Crescimento dos colmos é de 4-5 por mês. Fase do crescimento dos colmos.
  • 16. Maturação • No cultivar de 12 meses dura em média 3 meses. • A síntese de açúcar acontece e o crescimento é reduzido. • Monossacáridos, frutose e glicose são convertidos em sacarose. • Maturação de baixo para cima. Fase de maturação
  • 18. Clima A cana é cultivada numa ampla faixa de latitude, desde cerca de 36,7° N a 31° S e em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.000 metros. A planta vive melhor em áreas ensolaradas quentes e tropicais.
  • 19. Chuva • Um total de chuva entre 1000 e 1500 mm é adequado se a distribuição for certa, abundante nos meses de crescimento vegetativo seguido por um período de amadurecimento.
  • 20. Temperatura • O crescimento da cultura esta inteiramente ligada com as condições de temperatura da região onde foi implantada. • Em temperaturas altas uma reversão de sacarose em frutose e glicose pode ocorrer, além do aumento da fotorrespiração, o que diminui o acúmulo de açucares.
  • 21. Umidade relativa Alta umidade (80 - 85%) favorece um alongamento de cana rápido durante o período de crescimento. Um valor moderado de 45 - 65 % junto com um suprimento de água limitado é favorável durante a fase de amadurecimento.
  • 22. Luz solar Cana-de-açúcar é uma planta que adora luz solar. Ela cresce bem em áreas que recebem energia solar de 18 - 36 MJ/m2. Sendo uma planta C4 , a cana de açúcar é capaz de produzir altos índices fotossintéticos e o processo mostra uma variação de alta saturação em relação à luz.
  • 23. Solo A cana-de-açúcar pode ser produzida em diversos tipos de solo, entretanto, os rendimentos diminuem à medida que as características de solo vão se afastando daquelas consideradas ideais. São muitas as características que podem influenciar o desenvolvimento da cana-de-açúcar, entre as mais importantes estão: • Relevo; • Características físicas; • Características químicas.
  • 24. Relevo • As terras devem possuir declives suaves de 2 a 5%, porém, o valor de 5% deve ser aplicado em solos mais argilosos. Quando a área é completamente plana, pode ocorrer necessidade de drenagem.
  • 25. Características Físicas • Solos com profundidade maior que um metro são ideais para o cultivo da cana-de-açúcar, visto que suas raízes podem explorar um maior volume. É importante ressaltar que o desenvolvimento das raízes da cana-de-açúcar é extremamente dependente de características físicas do solo, como por exemplo, a capacidade de retenção de água. • Os solos arenosos são menos indicados para o cultivo da cana, pois não apresentam boa capacidade de armazenamento de água e, ainda, favorecem perdas de nutrientes por lixiviação e o aumento da população de nematoides.
  • 26. Desenvolvimento radicular numa condição de disponibilidade hídrica alta (solo úmido). Desenvolvimento radicular numa condição de disponibilidade hídrica média ( solo secando). Desenvolvimento radicular numa condição de disponibilidade hídrica muito baixa (solo seco).
  • 27. Características Químicas • A cana-de-açúcar é bastante tolerante à acidez e alcalinidade. Seu cultivo desenvolve-se em solos com pH entre 4 e 8,5, sendo que o ideal gira em torno de 6,5.
  • 28. Plantio A cana de açúcar é vegetativamente propagada por cultivo comercial. Tipos diferentes de materiais de plantio, pegamento de cana; decantações e pedaços de gema são usados para cultivar a cana de açúcar. Pegamento de cana. Muda de gema.
  • 29. Colheita Os parâmetros importantes de qualidade da cana de açúcar para verificar maturação são o Brix, pol ou porcentagem de sacarose e pureza da sacarose.
  • 31. Cigarrinha da raiz (Mahanarva fimbriolata). Prejuízos: danos no campo: morte dos perfilhos, brotações laterais, desidratação, amarelecimento, “queima da cana”. Danos na indústria: interferência significativa na qualidade da matéria prima, redução da sacarose, aumento das contaminações, aumento nas fibras. Controle: biológico com fungo Metharizium anisopliae ou controle químico dependendo das populações. Pode-se também associar os dois controles: biológico e químico. Migdolus (Migdolus fryanus). Prejuízos: danos causados pelas larvas, ataque em reboleira, as larvas atacam rizomas e as raízes, causam o secamento e morte das plantas, especialmente as soqueiras. Controle: destruição mecânica com gradagem pesada ou aração e aplicação de inseticida. Aplicar inseticida no sulco de plantio. Realizar monitoramento para detecção da praga com armadilhas de feromônio no nível do solo.
  • 32. Broca peluda (Hyponeuma taltula). Prejuízos: as lagartas penetram o colmo pela base e danificam essa região e raramente caminham em direção ao palmito, quando isso ocorre em plantas mais novas, causam o “coração morto”. Os danos em canaviais mais jovens são amarelecimento, secamento e até a morte de perfilhos. Reduz stand do canavial. Em canaviais mais adultos, ocasionam perda de peso, brotação lateral, enraizamento aéreo, canas quebradas. Controle: químico, quando ocorrem altas infestações, com aplicação na linha e na entrelinha da cana a 15 cm de profundidade. Sphenophorus levis. Prejuízo: os danos são causados pelas larvas que broqueiam os rizomas e algumas vezes o primeiro entrenó basal. Consequências: amarelecimento de folhas, seca e morte de perfilhos. Estes sintomas são mais facilmente visualizados no período seco do ano. Controle: uso de armadilha feitas com toletes de cana embebidos em solução de inseticida, colocados no canavial, sobre o solo e protegido pela palha. Destruição das soqueiras, com eliminador de soqueiras, na época de ocorrência das larvas. Uso de mudas isenta de pragas. Aplicação de inseticida no sulco de plantio.
  • 33. Cupins. Prejuízos: na cana soca, destruição de rizomas com morte de gemas e falhas na brotação das soqueiras. Danos em toletes de cana utilizados no plantio, ocasionando falhas na brotação da cana planta. Redução da longevidade do canavial, comprometimento da produtividade agrícola. Controle: identificação das áreas com danos e quantificação das populações e espécies ocorrentes. Operações de preparo do solo para o plantio bem realizadas porque desestruturam as colônias e reduzem populações. Aplicação de inseticidas na cobrição das mudas no plantio. Lagarta Elasmo (Elasmopalpus lignosellus). Prejuízo: causa “coração morto”, secamento das plantas, diminuição do stand, ataca brotações novas. Prejuízos maiores na cana planta. Controle: uso de irrigação de sobrevivência, uso de palhada, colher cana crua.
  • 34. Broca da cana (Diatraea sacharalis). Prejuizo: cana planta é mais prejudicada, provavelmente devido ao seu alto vigor vegetativo, diminuição de peso, “coração morto”, quebra da dominância apical, brotações laterais, enraizamento aéreo. Danos na indústria: podridão vermelha, causada por fungos, que penetram os entrenós pelo orifícios abertos pela broca, redução da sacarose, prejudica produção de açúcar e álcool. Controle: biológico, monitorar as populações, realizar liberação de parasitóides, como Cotesia flavipes (6.000 adultos/ha) e uso deTrichogramma spp que parasita os ovos, quando necessário. Químico: controlar quimicamente em altas intensidades de infestações sempre associado ao controle biológico.
  • 35. Broca Gigante (Telchin licus). Prejuízos: ao perfurarem o colmo, as lagartas causam a morte das plantas ou significativa perda de peso. Facilitam a penetração de fungos (podridão vermelha), diminuem produção de açúcar. Ao se alimentarem dos rizomas (internódios basais) debilitam e reduzem o poder de brotação das soqueiras. Controle: destruição mecânica das soqueiras e de restos culturais, catação manual das lagartas (uso de espetos).
  • 36. Nematoides (Meloidogyne javanica e Pratylencus spp.) Meloidogyne javanica e M. incognita: são endoparasitas que penetram no tecido vegetal das raízes, depositando e multiplicando ovos, ocorrem em reboleira e formam galhas (deformações nas raízes). Pratylencus spp.: são endoparasitos migradores, penetram no tecido vegetal das raízes e podem voltar ao solo, ocorre em reboleira. Prejuízos: os sintomas da parte aérea são reflexos dos ataques que se restrigem ao sistema radicular. Os nematoides injetam toxinas nas raízes. As raízes ficam pouco desenvolvidas e formam poucas radicelas, a planta fica com tamanho reduzido, ocorre murchamento da folhas nas horas mais quentes, queda prematura das folhas e nanismo. Redução da produtividade agrícola. Controle: químico com nematicidas quando detectada infestações altas. Uso de variedades resistentes.
  • 37. MOSAICO (Vírus do Mosaico da cana-de-açúcar – SCMV ) Agente causal: A doença é causada pelo vírus do mosaico da cana-de-açúcar ( “sugarcane mosaic vírus” ou SCMV ). Sintomas: Os sintomas ocorrem basicamente nas folhas, podendo variar a sua intensidade de acordo com a resistência da variedade, locais onde estão cultivadas e linhagem do vírus. Disseminação: O vírus do mosaico é disseminado naturalmente através de várias espécies de afídeos (pulgões), que ao pousar e dar uma “picada” em uma planta (com o seu estilete contaminado com vírus) transmite a doença. Controle: Variedades resistentes é o método de controle mais eficiente da doença. As inspeções de "roguing" e eliminação das plantas doentes é uma prática bastante eficiente, isto é, quando o nível de infecção é baixo. Utilização de mudas certificadas.
  • 38. ESCALDADURA-DAS-FOLHAS (Xanthomonas albilineans) Agente causal: A doença é provocada por uma bactéria gram-negativa denominada Xanthomonas albilineans que é capaz de colonizar os vasos do Xilema da planta. Sintomas: Em variedades suscetíveis a doença pode causar grandes perdas, devido a queima das folhas e morte dos colmos, já as variedades tolerantes podem servir como um depósito do patógeno. Disseminação: A doença é disseminada principalmente por instrumentos de corte, podões e colhedora e também pela utilização de mudas contaminadas. Controle: Utilização de variedades resistentes associada à produção de mudas certificadas, com alta sanidade. No campo pode-se evitar a disseminação da doença através da desinfecção e limpeza dos instrumentos de corte, com a utilização de produtos químicos que contenham bactericidas (amônia quaternária). As operações de “roguing” proporcionam uma boa medida de controle na produção de mudas de cana-de-açúcar.
  • 39. ESTRIAS VERMELHAS (Pseudomonas rubrilineans) Agente causal: A doença é causada pela bactéria gram-negativa Pseudomonas rubrilineans. Sintomas: Os sintomas inicialmente se manifestam nas folhas, com a aparecimento de estrias finas e longas de coloração avermelhada, com a evolução da doença, as estrias podem atingir a região do meristema apical provocando a “podridão de topo”, em condições favoráveis e em variedades suscetíveis a podridão evolui para o resto do colmo. Disseminação: A bactéria pode sobreviver no solo e em restos de cultura. Controle: O cultivo de variedades suscetíveis, em ambientes favoráveis, isto é, solos de alta fertilidade, não é aconselhável.
  • 40. RAQUITISMO-DA-SOQUEIRA (Leifsonia xyli subsp. xyli) Agente causal: O raquitismo é causado por uma bactéria gram-positiva denominada Leifsonia xyli subsp. Xyli, que coloniza os vasos do xilema, provocando uma obstrução dos mesmos. Sintomas: Trata-se de uma doença que não apresenta sintomas externos aparentes, pode ser observado apenas um crescimento desuniforme (irregular) das touceiras, dando um aspecto de altos e baixos ao talhão, sintomas que podem ser mais evidentes, associados a outros fatores, como, seca, compactação, presença de ervas daninhas, herbicidas e outros. Disseminação: A doença é transmitida de uma planta para outra através de instrumentos de corte como: podão, colhedoras e plantadoras, que permanecem impregnadas com caldo de plantas doentes contaminando as plantas sadias que são cortadas na seqüência, podendo transmitir a doença para centenas de novas touceiras sadias. Controle: A maneira mais efetiva de controle seria a utilização de variedades resistentes associada a produção de mudas sadias (mudas certificadas).
  • 41. CARVÃO (Ustilago scitaminea) Agente causal: A doença é causada pelo fungo Ustilago scitaminea, que parasita os tecidos meristemáticos da planta. Sintomas: Sintomas no cartucho e/ou ápice do colmo. Disseminação: A dispersão dos esporos é aérea e podem se deslocar por grandes distancias, através de correntes de ar. Controle: Variedades resistentes é a maneira mais eficiente de controle. Utilização de mudas certificadas, tratadas termicamente, associadas ao uso de fungicidas sistêmicos e monitoradas através das operações de roguing na formação de viveiros.
  • 42. FERRUGEM MARROM (Puccinia melanocephala) Agente causal: A doença é causada pelo fungo Puccinia melanocephala, que é um parasita obrigatório, infectando a planta por meio de uredósporos. Sintomas: Os sintomas se restringem basicamente às folhas, inicialmente com pequenas pontuações cloróticas, que evoluem rapidamente, isto é, se alongam na superfície das folhas, inicialmente de coloração amarelada evoluindo para avermelhada chegando a preta nos estágios finais de necrose da folha. Disseminação: Temos com principal veículo de disseminação as correntes de ar (o vento), sendo necessário também, umidade na superfície das folhas onde os esporos serão depositados para germinar e penetrar no tecido vegetal. Controle: A maneira mais eficiente e econômica de se controlar a ferrugem é através do uso de variedades resistentes.
  • 43. FERRUGEM ALARANJADA (Puccinia kuehnii) Agente causal: A doença é causada pelo fungo Puccinia kuehnii, que é um parasita obrigatório, infectando a planta por meio de uredósporos. Sintomas: Os sintomas se restringem basicamente às folhas, inicialmente com pequenas pontuações amareladas, recobertas pela cutícula da folha que evoluem rapidamente, isto é, se alongam na superfície das folhas, inicialmente de coloração alaranjada Quando ocorre de forma severa, pode ocorrer à junção de pústulas, causando necrose de tecido foliar, principalmente nas pontas e bordas das folhas mais velhas. Disseminação: Temos com principal veículo de disseminação as correntes de ar (o vento), a doença necessita temperaturas altas como também alta umidade relativa do ar. O período de outubro a março é o ideal para o desenvolvimento da doença em nossa região. Controle: A maneira mais eficiente e econômica de se controlar a ferrugem é através do uso de variedades resistentes e em notas altas de infestações realizando a aplicação de fungicidas.
  • 44. FUSARIOSE (Fusarium moniliforme) Agente Causal: É causado pelo fungo Fusarium moniliforme, que é um parasita obrigatório que infecta da semente até a planta adulta. Sintomas: Os sintomas são bastante variáveis pois dependem da estirpe do fungo, das condições ambientais, do nível de resistência da variedade e do estágio de desenvolvimento da cultura. Disseminação: O possui uma grande capacidade de produzir esporos, mas, não sobrevive por longos períodos no solo. Controle: Através do uso de variedades tolerantes, tratamento térmico que elimina o fungo dos toletes, uso de fungicidas no plantio, que protege os toletes na fase inicial de desenvolvimento e também o controle da broca da cana-de-açúcar.
  • 45. Brasil O gigante da Cana-de-açúcar. • O Brasil é o maior produtor, com 39% de toda produção mundial e também o maior exportador com 40% das vendas. • São 8 milhões de hectares ou 2,5% das terras aráveis, que me 2013/14 produziu 2.200.000 toneladas. • 90% da produção é localizada no Centro-Sul do país. • A colheita mecanizada corresponde a 50% em todo país. • São 430 usinas no Brasil.
  • 47. TOCANTINS Grande potencial de produção de cana-de-açúcar. • Não existem cultivares específicos para o estado. • Produção média no Tocantins é de 83,6 ton/hc, enquanto a média nacional é de 74,9 ton/hc. • No estado a média é de 15 à 17 colmos por metro linear, enquanto a média nacional é de 12 à 15. • Facilidade no escoamento da produção.
  • 48. Moagem de cana-de-açúcar e produção de açúcar e etanol - safra 2010 à 2014 Área plantada: 2010/11 2.800 hc. 2013/14 26.000 hc.
  • 49. Tabela 1. Variedades de cana-de-açúcar mais utilizadas no Brasil, distribuídas por instituição de pesquisa. Planalsucar – Ridesa (RB) RB70141 RB70194 RB705007 RB705051 RB705146 RB705440 RB72454 RB721012 RB725147 RB725828 RB732577 RB735220 RB735275 RB739359 RB739735 RB765418 RB785148 RB75126 RB758540 RB763710 RB83102 RB83160 RB83252 RB83594 RB835019 RB835054 RB835089 RB835486 RB8491 RB8495 RB842021 RB845257 RB8543 RB855035 RB855113 RB855156 RB855453 RB855463 RB855511 RB855536 RB855546 RB855563 RB867515 RB845197 RB845210 RB855036 RB865230 RB928064 RB858927 RB92579 RB93509 RB931530 RB863129 RB943365 RB872552 RB943538 RB932520 RB925211 RB935744 RB925268 RB925345
  • 50. Copersucar (SP) – CTC (CTC) SP77-5181 SP80-3280 SP79-1011 SP87-344 SP79-2233 SP85-3877 SP81-320 SP87-365 SP80-1842 SP81-3250 SP86-42 SP87-396 SP83-2847 SP-2233 SP85-5077 SP83-5073 SP86-155 SP80-1816 SP91-1049 CTC 1 CTC 2 CTC 3 CTC 4 CTC 5 CTC 6 CTC 7 CTC 8 CTC 9 CTC 10 CTC 11 CTC 12 CTC 13 CTC 14 CTC 15 CTC 16 CTC 17 CTC 18 IAC(IAC) IACSP95-3028 IACSP93-2060 IAC91-1099 IACSP95-5000 IACSP93-3046 IACSP94-2101 IACSP94-2094 IACSP94-4004 IAC91-2195 IAC91-2218 IAC91-5155 IAC93-6006 IAC86-2480 IAC82-2045 IAC82-3092 IAC86-2210 IAC87-3396
  • 54. Referencias Bibliográficas • http://www.braskem.com.br/site.aspx/Cana-de-Acucar • http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ arvore/CONTAG01_109_22122006154841.html • http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ arvore/CONTAG01_102_22122006154841.html • http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT73.html • http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/ arvore/CONTAG01_33_711200516717.html • http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/ • http://www.infoescola.com/plantas/cana-de-acucar/ • http://www.novacana.com/usinas-brasil/ranking/etanol/ • http://www.inda.org.br/exibeclip.php?perfil=35 • www.novacana.com/tag/55-tocantins/ • http://www.novacana.com/cana-de-acucar/uso-agua-producao-cana-etanol/