O documento discute três feridas profundas da alma - rejeição, traição e mentira - e como elas podem evoluir para tumores que destroem a liberdade e felicidade se não forem superadas. Também fornece conselhos sobre como tratar essas feridas por meio do tempo, perdão e graça divina.
2. Para muitas pessoas, o
passado é uma grande
ferida. Elas anelam pela
liberdade, mas não
conseguem libertar-se das
garras da sua história
sofrida.
3. E uma das piores formas
de escravidão é viver sob o
jugo de um passado
marcado por lembranças
traumáticas. É como tocar
um corpo cheio de feridas
abertas. Qualquer toque é
uma experiência de dor.
Qualquer lembrança é
uma lágrima revivida.
4. Entre as muitas feridas
que fazem a alma sofrer,
três são muito profundas:
a dor da rejeição, a da
traição e a da mentira.
5. Quando não superadas,
elas evoluem rapidamente
de feridas emocionais a
tumores na alma, com alto
poder de metástase,
afetando áreas vitais da
existência, destruindo a
liberdade, a felicidade e os
sonhos.
6. A rejeição é uma ferida
que precisa ser sarada. Ela
produz insegurança,
medo, frustração e
complexo de
inferioridade. Não há
como mensurar a dor de
uma pessoa que se sente
rejeitada, sobretudo por
alguém que ela julgava
especial.
7. Ela se sente um nada.
Essa terrível dor tem
marcado o coração de
muitos filhos, ante a
separação dos pais; de
muitos pais, na solidão da
velhice; de muitas
mulheres, ao verem o
marido abandonar o lar,
indo parar nos braços de
outra.
8. A dor da traição é outra
coisa terrível. Ela é
silenciosa e insuportável,
afeta a autoestima, produz
revolta e desejo de
vingança.
9. Geralmente, a resposta à
traição é outra traição,
que é uma forma
disfarçada de
autoagressão. Quando
uma pessoa age assim,
fere a si mesma e aumenta
a sua própria dor. Como é
dito no Salmo 42:7, um
abismo chama outro
abismo.
10. Toda pessoa traída se
enche de culpa e revolta, e
acaba expondo a sua
existência a uma grande
enfermidade emocional: a
amargura.
12. A superação da traição
envolve o perdão e o amor
próprio. Perdoando,
somos libertos; amando a
nós mesmos, podemos
amar outra vez e sonhar
com novos dias.
13. A mentira produz também
os seus males. E quanto
mais próximo for o
mentiroso, mais aumenta
a dor de quem se sente
enganado. Assim, a
mentira contada por um
cônjuge, uma pessoa
amada, sempre dói muito
mais.
14. Quanto maior for a
proximidade de quem
engana, tanto maior será a
ferida no coração. A dor
do engano produz
desconfiança,
insegurança, revolta e
isolamento. É como se
uma porta, em nós, se
fechasse para a vida.
15. Como então tratar as
feridas na alma? O
remédio está na
combinação de três
fatores que interagem
terapeuticamente: a força
do tempo, a experiência
do perdão e a graça
divina.
16. O tempo ameniza a nossa
dor, o perdão nos liberta
do passado sombrio, e a
graça divina nos fortalece
e faz-nos sonhar outra
vez.
17. Créditos:
texto: Pr. Estevam Fernandes de
Oliveira
formatação: Nerivaldo Lopes
música: With you (E.Cortazar)
data: 11.01.2010