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Medo no ambiente odontológico
Ms. Mariana Cademartori
Email: marianacademartori@gmail.com
Universidade Católica de Pelotas
Faculdade de Odontologia
Medo
Funções metábolicas
Funções orgânicas
Estadoestressante
Resposta de luta ou fuga
Sentimento
induzido por um
perigo/ ameaça
concreta.
A resposta ao medo serve para a sobrevivência ao gerar
respostas comportamentais apropriadas, sendo preservada ao
longo da evolução.
Ansieade
Estado de agitação emocional causada por uma
situação incerta, mas que é assimilada como
perigosa. Ocorre como resultado de ameaças
percebidas como incontroláveis ou inevitáveis.
M e d o
É difusa. Não tem objeto definido porque não se apoia em nenhum
elemento concreto. Estado psíquico durante o qual predominam os
sentimentos ameaçadores imaginários.
nsiedadeA
Medo
É concreto. Tem objeto definido, que pode ser enfrentado, analisado
e atacado. Emoção primária que indica que uma situação de perigo
reconhecida.
M E D O sợ
aNgSt ‫خوف‬ СТРАХ
strah b e l d u r r a 恐懼
PEUR F E A R
pelko takut 恐れ paura
Тарс timor frică ความกลัว
ofn F r y g t 무서움 strach
M I E D O sợ
aNgSt ‫خوف‬ СТРАХ
strah b e l d u r r a takut
Medo Odontológico
Reações a objetos ou a
procedimentos específicos dentro do
consultório odontológico.
D FA
D e n t a l F e a r / A n x i e t y
Objetivo Estímulo físico direto
Direto
Indireto
experiência desagradável com o dentista
experiência desagradável com um ambiente
que pode ser associado indiretamente (p.e.
hospital)
Subjetivo Estímulo sugerido
sensações e atitudes que foram sugeridas ao indivíduo,
sem que este tenha tido experiência pessoal prévia.
Prevalência de DFA em crianças e adolescentes: 12% - 20%
Prevalência de DFA em adultos: 7% - 18%
Afeta a percepção de saúde bucal e qualidade de vida do indivíduo.
do medo odontológico
Origem
Experiência prévia
Questão genética
Several characteristics of negative memories of dental treatment were significantly
associated with dental fear and symptoms of PTSD.
Characteristics of positive memories did not show the predicted inverse relationship with
either dental fear or symptoms of PTSD.
Experiências prévias
Questão genética
3 subtipos de medo
emergiram:
(1) invasive
treatment or pain;
(2) losing control; and (3)
physical sensations.
MC1R é um gene expressado no tecido cerebral nos caminhos responsáveis
pela experiência e processamento da dor, ansiedade e medo.
Sendo particularmente importante nas diferenças individuais relacionadas ao
medo e ao medo da dor.
O medo e a genética
O medo e a genética
O gene responsável pelo medo da dor está intimamente
associado ao relato de medo odontológico.
MC1R influencia a sensibilidade para a dor orofacial, predispondo o
indivíduo a experienciar mais dor durante o atendimento odontológico
e, portanto, ser mais propenso a ter medo odontológico.
Além disso, fortaleceu a questão da alta correlação entre medo da dor e medo
odontológico.
Primeiro estudo a apresentar dados sobre a
herdabilidade do medo a dor e medo
odontológico.
Ciclo
do medo odontológico
Armfield, 2007
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
Padrão de uso de serviços:
- Acesso: fator socioeconômico
- Estratégias de Enfrentamento (copping): fator psicológico
Gender, DFA, General anxiety, depression, fewer adaptive coping
strategies and nonuse of the coping strategy 'optimism‘.
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
Reasons for seeking care
Tooth restoration
Dental cleaning
Tooth extraction(s)
Having a prosthesis made
Aching tooth or gums
Repairs to a prosthesis
Something else hurt
Endodontic treatment
Topical application of fluoride
Dental examination
Other reasons
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
- Dor dentária;
- Necessidade de procedimentos mais invasivos;
- Experiências negativas.
Dental fear
Treatment
needs
Visits for problems Avoidance behavior
Contexto familiar
Mães (escolaridade, fator psicológico, irregularidade de visitas odontológicas);
Pobre qualidade de vida e percepção de saúde bucal;
Escolas públicas;
Cárie dentária,
Medo odontólógico;
Início tardio da higiene bucal.
Como manejar e intervir?
Como manejar e intervir?
Medo é modulado pelo processo de
cognição e aprendizagem.
Intervenções:
Adultos: Baixo nível de ansiedade/medo:
- Melhorar o senso de controle: Informar o que irá acontecer durante o atendimento e
combinar um sinal para impeder a evolução dos sintomas e sinais.
- Distração cognitiva: Durante o atendimento odontológico encorajar o indivíduo a pensar
em algo que não seja o tratamento a ser realizado.
- Mudança no ambiente: O cheiro de lavanda na sala de espera tem se mostrado eficiente
em reduzir os nívei s de ansiedade e relato de medo do indivíduo.
Intervenções:
Crianças: Baixo nível de ansiedade/medo:
- Técnicas de manejo comportamental
1. Controle de voz: crianças respondem a um tom moderado de voz, aumentando o
comportamento quando tons mais elevdos são apresentados no intuito de controlar a
situação.
2. Distração: realidade virtual, filmes, música, leituras, jogos.
3. Modelagem (Observação direta)
- Estabelecimento de vínculo: uso de truques de mágica.
- Ambiente: tornar o ambiente odontológico mais atrativo para as crianças.
Adultos e crianças:
Moderado nível de ansiedade/medo:
- Intervenções anteriores.
- Informações: Sobre o que irá acontecer, sobre as sensações que poderá vir a sentir, e
informações sobre como deve cooperar.
Adultos e crianças:
Alto nível de ansiedade/medo:
1. Manejo Farmacológico
- Sedação consciente;
- Uso de óxido nitroso (analgesia relativa);
- Anestesia geral.
Adultos e crianças:
Alto nível de ansiedade/medo:
2. Terapia comportamental cognitiva
Técnicas para a modificação do comportamento e reestruturação dos procedimentos
a fim de mudar crenças e comportamentos negativos.
- Técnicas de relaxamento (hipnose);
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- Sistemática dessensibilização (procedimentos de menos a mais invasivos de forma
gradual);
- Controle da dor (técnicas anestésicas computadorizadas);
- Encaminhamento ao psicólogo para a terapia cognitiva comportamental.
Como mensurar?
Principais Escalas utilizadas:
- CFSS-S: Children’s Fear Survey Schedule Dental – Subscale ©
- DAS/ DAS-M: Dental Anxiety Scale and Modified Dental Anxiety Scale
- FIS: Facial Image Scale
- VPT: Venham Picture Scale ©
- DFS: Dental Fear Survey
- DAI: Dental Anxiety Inventory
- DAQ: Dental Anxiety Question
Tenham humildade e sensibilidade, além de
conhecimento científico, para identificarem os
sentimentos de quem vocês estão assistindo.
Lidar com as emoções das pessoas é
extremamente importante!
Odontologia também é cuidar do indivíduo como
um todo!!
Obrigada!
Ms. Mariana Cademartori
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Medo em Odontologia

  • 1. Medo no ambiente odontológico Ms. Mariana Cademartori Email: marianacademartori@gmail.com Universidade Católica de Pelotas Faculdade de Odontologia
  • 3. Funções metábolicas Funções orgânicas Estadoestressante Resposta de luta ou fuga Sentimento induzido por um perigo/ ameaça concreta.
  • 4. A resposta ao medo serve para a sobrevivência ao gerar respostas comportamentais apropriadas, sendo preservada ao longo da evolução.
  • 5. Ansieade Estado de agitação emocional causada por uma situação incerta, mas que é assimilada como perigosa. Ocorre como resultado de ameaças percebidas como incontroláveis ou inevitáveis. M e d o
  • 6.
  • 7. É difusa. Não tem objeto definido porque não se apoia em nenhum elemento concreto. Estado psíquico durante o qual predominam os sentimentos ameaçadores imaginários. nsiedadeA
  • 8.
  • 9. Medo É concreto. Tem objeto definido, que pode ser enfrentado, analisado e atacado. Emoção primária que indica que uma situação de perigo reconhecida.
  • 10. M E D O sợ aNgSt ‫خوف‬ СТРАХ strah b e l d u r r a 恐懼 PEUR F E A R pelko takut 恐れ paura Тарс timor frică ความกลัว ofn F r y g t 무서움 strach M I E D O sợ aNgSt ‫خوف‬ СТРАХ strah b e l d u r r a takut Medo Odontológico
  • 11. Reações a objetos ou a procedimentos específicos dentro do consultório odontológico. D FA D e n t a l F e a r / A n x i e t y Objetivo Estímulo físico direto Direto Indireto experiência desagradável com o dentista experiência desagradável com um ambiente que pode ser associado indiretamente (p.e. hospital) Subjetivo Estímulo sugerido sensações e atitudes que foram sugeridas ao indivíduo, sem que este tenha tido experiência pessoal prévia.
  • 12. Prevalência de DFA em crianças e adolescentes: 12% - 20% Prevalência de DFA em adultos: 7% - 18% Afeta a percepção de saúde bucal e qualidade de vida do indivíduo.
  • 15. Several characteristics of negative memories of dental treatment were significantly associated with dental fear and symptoms of PTSD. Characteristics of positive memories did not show the predicted inverse relationship with either dental fear or symptoms of PTSD.
  • 17. 3 subtipos de medo emergiram: (1) invasive treatment or pain; (2) losing control; and (3) physical sensations.
  • 18. MC1R é um gene expressado no tecido cerebral nos caminhos responsáveis pela experiência e processamento da dor, ansiedade e medo. Sendo particularmente importante nas diferenças individuais relacionadas ao medo e ao medo da dor. O medo e a genética
  • 19. O medo e a genética O gene responsável pelo medo da dor está intimamente associado ao relato de medo odontológico. MC1R influencia a sensibilidade para a dor orofacial, predispondo o indivíduo a experienciar mais dor durante o atendimento odontológico e, portanto, ser mais propenso a ter medo odontológico.
  • 20. Além disso, fortaleceu a questão da alta correlação entre medo da dor e medo odontológico. Primeiro estudo a apresentar dados sobre a herdabilidade do medo a dor e medo odontológico.
  • 21.
  • 24. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior
  • 25. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior
  • 26.
  • 27. Padrão de uso de serviços: - Acesso: fator socioeconômico - Estratégias de Enfrentamento (copping): fator psicológico
  • 28.
  • 29.
  • 30. Gender, DFA, General anxiety, depression, fewer adaptive coping strategies and nonuse of the coping strategy 'optimism‘.
  • 31. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior
  • 32.
  • 33. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior
  • 34.
  • 35. Reasons for seeking care Tooth restoration Dental cleaning Tooth extraction(s) Having a prosthesis made Aching tooth or gums Repairs to a prosthesis Something else hurt Endodontic treatment Topical application of fluoride Dental examination Other reasons
  • 36. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior
  • 37. - Dor dentária; - Necessidade de procedimentos mais invasivos; - Experiências negativas.
  • 38. Dental fear Treatment needs Visits for problems Avoidance behavior Contexto familiar
  • 39. Mães (escolaridade, fator psicológico, irregularidade de visitas odontológicas); Pobre qualidade de vida e percepção de saúde bucal; Escolas públicas; Cárie dentária, Medo odontólógico; Início tardio da higiene bucal.
  • 40. Como manejar e intervir?
  • 41. Como manejar e intervir? Medo é modulado pelo processo de cognição e aprendizagem.
  • 42. Intervenções: Adultos: Baixo nível de ansiedade/medo: - Melhorar o senso de controle: Informar o que irá acontecer durante o atendimento e combinar um sinal para impeder a evolução dos sintomas e sinais. - Distração cognitiva: Durante o atendimento odontológico encorajar o indivíduo a pensar em algo que não seja o tratamento a ser realizado. - Mudança no ambiente: O cheiro de lavanda na sala de espera tem se mostrado eficiente em reduzir os nívei s de ansiedade e relato de medo do indivíduo.
  • 43. Intervenções: Crianças: Baixo nível de ansiedade/medo: - Técnicas de manejo comportamental 1. Controle de voz: crianças respondem a um tom moderado de voz, aumentando o comportamento quando tons mais elevdos são apresentados no intuito de controlar a situação. 2. Distração: realidade virtual, filmes, música, leituras, jogos. 3. Modelagem (Observação direta) - Estabelecimento de vínculo: uso de truques de mágica. - Ambiente: tornar o ambiente odontológico mais atrativo para as crianças.
  • 44. Adultos e crianças: Moderado nível de ansiedade/medo: - Intervenções anteriores. - Informações: Sobre o que irá acontecer, sobre as sensações que poderá vir a sentir, e informações sobre como deve cooperar.
  • 45. Adultos e crianças: Alto nível de ansiedade/medo: 1. Manejo Farmacológico - Sedação consciente; - Uso de óxido nitroso (analgesia relativa); - Anestesia geral.
  • 46. Adultos e crianças: Alto nível de ansiedade/medo: 2. Terapia comportamental cognitiva Técnicas para a modificação do comportamento e reestruturação dos procedimentos a fim de mudar crenças e comportamentos negativos. - Técnicas de relaxamento (hipnose); - Acupuntura; - Sistemática dessensibilização (procedimentos de menos a mais invasivos de forma gradual); - Controle da dor (técnicas anestésicas computadorizadas); - Encaminhamento ao psicólogo para a terapia cognitiva comportamental.
  • 47.
  • 49.
  • 50. Principais Escalas utilizadas: - CFSS-S: Children’s Fear Survey Schedule Dental – Subscale © - DAS/ DAS-M: Dental Anxiety Scale and Modified Dental Anxiety Scale - FIS: Facial Image Scale - VPT: Venham Picture Scale © - DFS: Dental Fear Survey - DAI: Dental Anxiety Inventory - DAQ: Dental Anxiety Question
  • 51. Tenham humildade e sensibilidade, além de conhecimento científico, para identificarem os sentimentos de quem vocês estão assistindo. Lidar com as emoções das pessoas é extremamente importante! Odontologia também é cuidar do indivíduo como um todo!! Obrigada! Ms. Mariana Cademartori Email: marianacademartori@gmail.com