SlideShare a Scribd company logo
1 of 66
AULA 1
BEM-VINDO À DISCIPLINA
ANÁLISE TEXTUAL
Prof. Roberto Paes
AULA 1
Objetivo desta aula
Revisar o conteúdo das aulas 1 a 5 para a primeira avaliação
da disciplina
AULA 1
Revisão das Aulas 1 e 2
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=AcXkL6kY_Dw&feature=related
AULA 1
Linguagem x Língua
Linguagem – capacidade humana de estabelecer comunicação,
seja por gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para
representar conceitos, ideias, sentimentos, significados,
pensamentos.
Língua – conjunto de palavras e expressões usadas por uma
comunidade, munido de regras próprias organizadas em um
sistema (a gramática de uma língua). Também chamada código.
AULA 1
Fala x escrita: a fala
A fala é anterior à escrita. Todo ser humano, dentro das suas
normalidades, tem a capacidade de falar. Já a escrita é adquirida,
não sendo de acesso a todos (alguns povos possuem língua
falada própria, mas não escrita).
Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou
compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado;
além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros
componentes da "fala" formam um ambiente propício para a
interpretação da mensagem: gestos, expressões faciais, tons de
voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=cXP5ikUlncg
AULA 1
Estudo de caso: a modalidade falada
Trechos da fala do homem:
“Aqui é bem cegadu”
“Tem umas cachoeira boa”
“Nessa Santo Antoio onde ocês foram lá é muito bonito. A água
lá é muito fria (...). Lá é bonito”
A língua falada, por se desenvolver espontaneamente, é
caracterizada pela hesitação, repetição, pausas na voz etc.
AULA 1
Fala x escrita: a escrita
A escrita consiste num processo mais lento do que falar. Ela é
mais durável, podendo ser lida e reproduzida; é independente, ao
contrário da fala, dispensando, assim, a presença física do autor.
A escrita, portanto, tem a capacidade de se transferir de um meio
a outro. Sua função central é a de registro da língua, para a
difusão de informações e a construção de conhecimentos.
A intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos
da atividade de leitura.
AULA 1
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=CuF4MjcTuok&feature=rela
ted
AULA 1
Registro formal x registro informal
Quando falamos ou escrevemos, estamos diante de um
determinado contexto, uma situação específica que orienta a
maneira como iremos nos comunicar.
Dependendo de quem irá ler/ouvir a mensagem que produzimos,
nós variamos a maneira de registrar a língua, por diversos
motivos: o nível de compreensão daquele que irá ler/ouvir, a
situação, que determina o nível de formalidade/informalidade, a
finalidade da comunicação etc.
No meio acadêmico e profissional, normalmente utilizamos o
registro formal da língua.
AULA 1
Registro formal x registro informal: estudo de caso
Registro formal
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha
passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se
sob a forma de pequenos sólidos troncopiramidais de base
retangular, impressiona agradavelmente ao paladar.
Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas
proporções quando submetida a uma tensão axial em
consequência da aplicação de compressões equivalentes e
opostas.
Registro informal
Rapadura é doce, mas não é mole.
AULA 1
Registro formal x registro informal
Tanto o registro formal quanto o informal devem se adequar à
situação. Uma mensagem muito formal, em uma situação
informal, pode mudar o sentido do que se pretende comunicar,
por exemplo. O inverso também é verdadeiro.
A isso chamamos adequação da linguagem.
A adequação da linguagem é a forma que temos para adaptar
nosso texto/fala à situação de comunicação.
AULA 1
Registro formal x informal
Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da
língua, isto é, aquela ensinada na gramática, e seu uso se dá em
situações mais formais.
Já o padrão informal da língua é aquele usada em situações que
não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com a
família.
O registro formal é a modalidade linguística tomada como
padrão, e nela se redigem os textos e documentos oficiais do
país. Também é a modalidade usada no meio profissional,
por exemplo.
AULA 1
Variação linguística
Variação linguística é a diversificação da língua em virtude da
diversidade de costumes e falantes que uma língua possui.
Variedades regionais
São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo
com a localização regional de uma comunidade linguística. Na
variação regional temos, principalmente, diferenças no sotaque e
no vocabulário.
Mosca x moxca
Garoto x piá
AULA 1
Variação linguística
Variedades sociais
São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo
com a identidade do falante e seu nível de letramento.
Na variação social temos, principalmente, diferenças no
vocabulário, na ortografia e na concordância.
AULA 1
Variação linguística: estudo de caso
AULA 1
Variação padrão
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus
falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de
região para região, de classe social para classe social, e assim
por diante.
Embora as variações sejam naturais, existe uma expectativa de
que todas as pessoas falem/escrevam da mesma maneira.
Se não fosse assim, por exemplo, nunca teríamos o “Jornal
Nacional”, já que os falantes de diferentes regiões e níveis de
letramento não compreenderiam a mesma mensagem.
A variação padrão corresponde ao uso homogêneo da língua.
AULA 1
Revisão da Aula 3
AULA 1
Conjunto de palavras x texto
As pessoas, geralmente, não se comunicam por palavras ou
frases isoladas. Há uma unidade comunicativa básica, que é
o texto. Até mesmo uma única palavra pode ser considerada
texto; ou seja, uma unidade significativa.
Entretanto, para que um conjunto de palavras seja um texto,
alguns fatores devem estar presentes.
AULA 1
Estudo de caso: (in)coerência nas notícias de jornal
"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no
cemitério, para a satisfação dos habitantes.”
"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.”
"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de
câncer a cada ano."
"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro
indesculpável.”
AULA 1
Estudo de caso: o que ela quis dizer?
http://www.youtube.com/watch?v=XXE4OOj4Feo
AULA 1
Coerência textual
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois
essas devem se complementar. É o resultado da não-
contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento
que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, bem
como o conhecimento de mundo que é articulado.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é
possível estabelecer sentido para o interlocutor. Trata-se do
princípio de interpretabilidade.
AULA 1
Coerência e o conhecimento de mundo
Nossa compreensão de um texto depende de nossas
experiências de vida, de nossas vivências, de nosso
conhecimento de mundo, de nossas leituras.
Quanto mais amplo o conhecimento do leitor, mais ampla
será sua compreensão.
Os fins
justificam as
meias...
AULA 1
Coerência e o conhecimento de mundo: desafio
Vamos iniciar uma cruzada contra o terrorismo.
(George W. Bush)
AULA 1
Coesão textual
Na construção de um texto, usamos mecanismos para
garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê.
Para que um texto apresente coesão, portanto, devemos
escrever de maneira que as ideias se liguem (ou remetam)
umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo.
Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua
leitura se dá com facilidade.
O uso adequado de elementos coesivos propicia maior
legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações
estabelecidas entre as informações contidas.
AULA 1
Coesão textual: estudo de caso
Dentre as diversas possibilidades de explicar o
tema desta aula, eu escolhi a possibilidade de
examinar os elementos coesivos,
possibilidade esta que permite ao aluno e
professor aprimorarem sua capacidade de
escrever.
O uso correto de elementos coesivos evita a repetição de
palavras e também as ambiguidades, entre outros benefícios.
AULA 1
Dona de uma luminosidade
fantástica, a ilha de Itaparica
elegeu a liberdade como
padrão (...).
Ali tudo flui espontaneamente,
desde que o sol nasce, até a
noite chegar.
Ela funciona como um quebra-mar que protege o interior da
Baía de Todos os Santos.
É a maior de todas as 54 da região (...). Como qualquer
localidade baiana que se preza, a ilha pratica ritos de antigas
raízes míticas.
(texto adaptado de Ingedore Koch, em A coesão textual).
Coesão textual: estudo de caso
AULA 1
A coesão referencial retoma elementos presentes no texto
(palavras, nomes) com duas finalidades básicas: a) evitar a
repetição; b) poder indicar outras características/atributos
daquele elemento.
O técnico do Corinthians afirmou que o desempenho do
time irá melhorar. Mano Menezes intensificou os
treinamentos físicos do timão, pois, segundo ele, estava
faltando gás na equipe.
Coesão referencial
O uso de referentes, além de evitar repetição desnecessária,
permite maior fluidez ao texto.
AULA 1
Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar
uma ideia completa, isso significa dizer que as informações
estão conectadas umas às outras coerentemente. Deduzimos,
assim, que há uma coesão sequencial que garante a
textualidade.
Coesão sequencial
Nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia
completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas
junções, que podemos chamar de articulações sintáticas,
devem ser utilizadas de forma a buscar o sentido adequado.
AULA 1
Muito grato palavras amizade minha formatura
Comparecer urgente firma documentos
Coesão sequencial: exemplos de texto de telegrama
A linguagem telegráfica se caracteriza pela economia de
termos e ênfase em palavras específicas para gerar uma
compreensão mínima.
AULA 1
AULA 1
Coesão sequencial: estudo de caso
A sociedade brasileira vem acompanhando o crescimento da
violência urbana, em especial durante as duas últimas décadas
do século XX. Por consequência, o medo e a insegurança
tornaram-se sensações comuns a quem vive nos grandes centros
urbanos. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra
drogas e crimes (Brasil e Cone Sul), um dos indicadores mais
consistentes do aumento da criminalidade violenta no Brasil é a
evolução da incidência de homicídios, que passou de 11 para 27
ocorrências por 100 mil habitantes entre 1980 e 2000 (Fonte:
http://www.unodc.org/brazil, consultado em abril de 2008).
AULA 1
Revisão da Aula 4
AULA 1
AULA 1
Tipos de coerência: semântica
Sempre que os sentidos de um enunciado não “significam”,
gerando ambiguidade, falta de sentido ou contradição,
estamos diante de uma incoerência.
Por se tratar de sentido, dizemos ser um problema de
coerência semântica.
Para quem lê, fica difícil recuperar os sentidos originais que
o autor do texto quis propor.
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
AULA 1
Estudo de caso: coerência semântica
Idosa é assaltada em condomínio de luxo
Guiomar Neves, 70 anos, costuma passar parte do dia na
varanda de sua casa, voltada para o leste, onde aprecia o belo
espetáculo da natureza que é o pôr-do-sol.
Nesta manhã, entretanto, foi surpreendida...
AULA 1
Coerência sintática
A coerência sintática se refere mais à coesão, como vimos na
aula passada.
Quando os elementos coesivos estão mal empregados (ou
estão ausentes), temos uma incoerência motivada pela
“arrumação” inadequada de parte do texto, ou até dele todo.
O uso adequado de elementos coesivos propicia maior
legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações
estabelecidas entre as informações contidas.
AULA 1
Estudo de caso: coerência sintática
Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque
tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão,
não precisando pensar, o professor se sente impotente, faz
com que o ensino seja prejudicado.
AULA 1
Estudo de caso: coerência sintática
Na verdade, essa falta de leitura e escrita fazem com que o
ensino seja prejudicado, porque tudo já vem pronto,
mastigado para uma boa compreensão, o que gera a ideia da
não necessidade de se pensar. Esse problema faz com que o
professor se sinta impotente.
AULA 1
Coerência estilística
http://www.youtube.com/watch?v=6RZWvdmcM2k
AULA 1
Coerência estilística
Esse tipo de coerência não chega, na verdade, a perturbar a
interpretabilidade de um texto; é uma noção relacionada à
mistura de registros linguísticos. É desejável que quem
escreve ou lê se mantenha num estilo relativamente
uniforme.
AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso
AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso
Prezada Sra. Amanda,
Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos
sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha
rabugenta, ter batido as botas ontem.
AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso
Prezada Sra. Amanda,
Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos
sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha
rabugenta, ter batido as botas ontem.
AULA 1
Estudo de caso: usando o conhecimento de mundo
AULA 1
Estudo de caso: usando a intertextualidade
Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça (...)
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança (...)
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (...)
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(Chico Buarque, 1972)
AULA 1
Revisão da Aula 5
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=DN_0r7bwqZ0
AULA 1
Analisando o vídeo...
O comercial apresenta personagens?
O comercial apresenta uma sequência de fatos/ações?
O comercial possui início, meio e fim?
Existe uma sequência lógica de ações/reações,
consequências etc.?
É possível dizer que há um texto (mesmo não-verbal)
presente no comercial?
Qualquer ato de comunicação pode ser representado por um
texto.
AULA 1
Tipos de texto: definição
Quando falamos em tipo de texto, estamos nos referindo à
organização da língua, do discurso.
Em outras palavras, é o modo de se construir a sequência de
informações de acordo com algumas características específicas.
Todo tipo de texto apresenta características próprias que o
distingue dos demais.
IMPORTANTE:
É comum encontrarmos textos com mais de um tipo, mas
sempre haverá um predominante.
AULA 1
Texto narrativo
Narrar é contar um fato, relatar um acontecimento.
Para que isso se organize em forma de texto, estão presentes
alguns aspectos (embora nem todos precisam ocorrer):
a) Presença de personagens;
b) Sucessão de ações;
c) Tempo e espaço definidos;
d) Narrador;
e) Introdução, complicação, clímax e desfecho;
f) Outros.
AULA 1
Texto narrativo: estudo de caso
SÃO PAULO - O prefeito de Monte Castelo, município
paulista localizado a 630 km da capital, foi preso nesta
quarta-feira. Odair Silis (PMDB) é acusado de receber
propina na execução de uma obra pública.
Uma conversa gravada no fim do ano passado por uma
equipe do Jornal Nacional mostra Silis extorquindo dinheiro
do construtor de uma creche no município. Flagrado, o
prefeito negou as acusações (...).
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=FM3H9iM_0H0&feature=related
AULA 1
Texto argumentativo
A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer
alguém, para que este tenha a opinião ou o comportamento
alterado.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer nosso
interlocutor a pensar como nós. O argumento responde à
pergunta POR QUÊ?
Em termos técnicos, temos:
1) TESE – ideia, proposta, opinião, ponto de vista
2) ARGUMENTO – justificativa, motivo, razão
Os argumentos são as provas que apresentamos com o propósito
de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a
correta. Basicamente, trabalho no campo da PERSUASÃO.
AULA 1
Texto argumentativo: estudo de caso
Nossa sociedade precisa diminuir a desigualdade social.
Segundo Newton, “Toda ação provoca uma reação”, e não
tardará para as consequências da desigualdade tornarem-se a
realidade em nosso cotidiano: violência urbana, miséria,
mendicância etc.
De acordo com dados do IBGE, os 10% mais ricos da população
são donos de 46% do total da renda nacional, enquanto os 50%
mais pobres – ou seja, 87 milhões de pessoas – ficam com
apenas 13,3%. Essa desproporção reafirma a evolução de tal
desigualdade, o que exige uma mudança de todos nós,
principalmente na hora da eleição.
AULA 1
AULA 1
Texto descritivo
Descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas,
objetos, animais, sentimentos, cenas ou ambientes.
É possível descrever esse “retrato” tanto no sentido denotativo
quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto.
Enquanto a narração faz progredir uma história, um relato, a
descrição consiste justamente em interrompê-la, detendo-se em
um personagem, um objeto, um lugar etc.
AULA 1
Texto descritivo: estudo de caso
É raro encontrarmos um texto puramente descritivo, já que a
descrição pode estar presente em textos narrativos, injuntivos,
argumentativos e dissertativos.
Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o
sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós
deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem
vinte ou vinte e cinco léguas de costa (...).
De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo
sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande (...).
A terra em si é de muito bons ares frescos e temperados (...).
Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas
que tem!
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=GfY5Vb8uAYw
AULA 1
Texto dissertativo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,
apresentar informações sobre ele.
Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a
persuasão, com “convencer o leitor” e sim, com a
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto
informativo.
O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos,
juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o
texto didático, o artigo enciclopédico.
AULA 1
Texto dissertativo: estudo de caso
Voltando às origens da filosofia na Grécia Antiga, notamos que,
pela própria etimologia do termo, a filosofia era entendida como o
amor ao saber, ou a busca da verdade. Naquela época e, em
certa medida, por muitos séculos da era cristã, a filosofia
englobava todos os ramos do conhecimento puro (em contraste
com as artes e ofícios). Só gradualmente é que alguns deles
foram se tornando autônomos, como a matemática, a astronomia,
a história, a biologia, a física. Em particular, a distinção entre
filosofia e ciência é bem recente, esboçando-se no início do
período moderno, no século XVI, e acentuando-se nos séculos
seguintes.
AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=YhTcBb_VGvc&feature=related
AULA 1
Texto injuntivo
É o tipo de texto que busca levar ao leitor mais que uma simples
informação: busca instruí-lo.
O texto injuntivo também pode ser chamado instrucional, já que
visa ensinar, orientar, estabelecer diretrizes de procedimentos.
Exemplos de texto injuntivo são as receitas, as bulas de
remédio, os manuais de instrução etc.
AULA 1
Texto injuntivo: estudo de caso
Para fazer ultrapassagens em túnel:
1) aproxime-se do carro à frente mantendo uma distância máxima
de 50 centímetros;
2) pisque os faróis altos pelos menos cinco vezes;
3) reduza a marcha e passe bruscamente para a pista da direita
sem usar as setas;
4) depois, acelere até o fundo, gesticule;
5) xingue e acene com a cabeça para deixar clara sua reprovação
ao passar pelo carro lerdo.

More Related Content

What's hot

Leitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentidoLeitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentidoRonhely Pereira
 
Tecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicacaTecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicacaVictor Loforte
 
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano cNivea Neves
 
Coesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCoesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCynthia Funchal
 
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operado
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operadoLinguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operado
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operadoTamires Prestes
 
Marcuschi compreensão de texto algumas reflexões
Marcuschi   compreensão de texto algumas reflexõesMarcuschi   compreensão de texto algumas reflexões
Marcuschi compreensão de texto algumas reflexõesadridaleffi121212
 
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OK
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OKVÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OK
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OKYureruy
 
Pdf portugues
Pdf portuguesPdf portugues
Pdf portuguesEMSNEWS
 
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em Ciwutee
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em CiwuteeEstratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em Ciwutee
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em CiwuteeREVISTANJINGAESEPE
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaSadiasoares
 
Prova concurso ufpe - programador de computador
Prova concurso   ufpe - programador de computadorProva concurso   ufpe - programador de computador
Prova concurso ufpe - programador de computadorJ M
 
Elementos da comunicação
Elementos da comunicaçãoElementos da comunicação
Elementos da comunicaçãoNetosaimon Silva
 
Linguagem Jurídica e Juridiquês
Linguagem Jurídica e JuridiquêsLinguagem Jurídica e Juridiquês
Linguagem Jurídica e Juridiquêsrafilos23
 

What's hot (20)

Leitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentidoLeitura e producao de sentido
Leitura e producao de sentido
 
Análise textual av1
Análise textual av1Análise textual av1
Análise textual av1
 
Comunicação e redação organizacional-parte 1
Comunicação e redação organizacional-parte 1Comunicação e redação organizacional-parte 1
Comunicação e redação organizacional-parte 1
 
Tecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicacaTecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicaca
 
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressãoComunicação e expressão
Comunicação e expressão
 
Coesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCoesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativos
 
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operado
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operadoLinguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operado
Linguagem juridica a_riqueza_semantica_dos_operado
 
Marcuschi compreensão de texto algumas reflexões
Marcuschi   compreensão de texto algumas reflexõesMarcuschi   compreensão de texto algumas reflexões
Marcuschi compreensão de texto algumas reflexões
 
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OK
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OKVÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OK
VÍCIOS DA LINGUAGEM JURÍDICA OK
 
Ufmg 2001
Ufmg 2001Ufmg 2001
Ufmg 2001
 
Pdf portugues
Pdf portuguesPdf portugues
Pdf portugues
 
Tecnica De Interpretação
Tecnica De InterpretaçãoTecnica De Interpretação
Tecnica De Interpretação
 
TP5- Unidades 17 e 18
TP5- Unidades 17  e  18TP5- Unidades 17  e  18
TP5- Unidades 17 e 18
 
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em Ciwutee
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em CiwuteeEstratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em Ciwutee
Estratégias de concordância de sintagmas nominais complexos em Ciwutee
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua Portuguesa
 
Prova concurso ufpe - programador de computador
Prova concurso   ufpe - programador de computadorProva concurso   ufpe - programador de computador
Prova concurso ufpe - programador de computador
 
Elementos da comunicação
Elementos da comunicaçãoElementos da comunicação
Elementos da comunicação
 
Linguagem Jurídica e Juridiquês
Linguagem Jurídica e JuridiquêsLinguagem Jurídica e Juridiquês
Linguagem Jurídica e Juridiquês
 

Viewers also liked

Análise textual
Análise textualAnálise textual
Análise textuallittlevic4
 
Métodos e tipos de pesquisa
Métodos e tipos de pesquisaMétodos e tipos de pesquisa
Métodos e tipos de pesquisaIsabella Marra
 
Analise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matrizAnalise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matrizMarina Duarte
 
Análise textual (5) - av2 - 2012.2
Análise textual    (5) - av2 - 2012.2Análise textual    (5) - av2 - 2012.2
Análise textual (5) - av2 - 2012.2Edson Theodoro Froes
 
Revisaoav2 140703164826-phpapp01
Revisaoav2 140703164826-phpapp01Revisaoav2 140703164826-phpapp01
Revisaoav2 140703164826-phpapp01Ademildo Santos
 
www.AulasParticulares.Info - Português - Figuras de Construção ou Sintaxe
www.AulasParticulares.Info - Português -  Figuras de Construção ou Sintaxewww.AulasParticulares.Info - Português -  Figuras de Construção ou Sintaxe
www.AulasParticulares.Info - Português - Figuras de Construção ou SintaxeAulasParticularesInfo
 
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2Pablo Siqueira
 
Revisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualRevisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualgiseldagb
 
Analise textual organizacao_tematica
Analise textual organizacao_tematicaAnalise textual organizacao_tematica
Analise textual organizacao_tematicaMoises Ribeiro
 
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxe
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxeCurso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxe
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxeUnichristus Centro Universitário
 
Práticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoPráticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoJoão Alberto
 
Aula roteiro 2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)
Aula roteiro   2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)Aula roteiro   2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)
Aula roteiro 2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)informaticafdv
 
Cantando e interpretando o hino nacional
Cantando e interpretando o hino nacionalCantando e interpretando o hino nacional
Cantando e interpretando o hino nacionalEMPEdilsonduarte
 
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidadePolissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidadeDenise A.
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativolegrindie
 
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticas
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticasP10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticas
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticasRuiPelicano
 

Viewers also liked (20)

Análise textual
Análise textualAnálise textual
Análise textual
 
Métodos e tipos de pesquisa
Métodos e tipos de pesquisaMétodos e tipos de pesquisa
Métodos e tipos de pesquisa
 
Analise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matrizAnalise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matriz
 
Análise textual (5) - av2 - 2012.2
Análise textual    (5) - av2 - 2012.2Análise textual    (5) - av2 - 2012.2
Análise textual (5) - av2 - 2012.2
 
Revisaoav2 140703164826-phpapp01
Revisaoav2 140703164826-phpapp01Revisaoav2 140703164826-phpapp01
Revisaoav2 140703164826-phpapp01
 
Citações sobre Educação
Citações sobre EducaçãoCitações sobre Educação
Citações sobre Educação
 
www.AulasParticulares.Info - Português - Figuras de Construção ou Sintaxe
www.AulasParticulares.Info - Português -  Figuras de Construção ou Sintaxewww.AulasParticulares.Info - Português -  Figuras de Construção ou Sintaxe
www.AulasParticulares.Info - Português - Figuras de Construção ou Sintaxe
 
Aula3 sintaxe semantica
Aula3 sintaxe semanticaAula3 sintaxe semantica
Aula3 sintaxe semantica
 
Ambiguidade
AmbiguidadeAmbiguidade
Ambiguidade
 
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
 
Revisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualRevisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textual
 
Sintaxe 1
Sintaxe 1Sintaxe 1
Sintaxe 1
 
Analise textual organizacao_tematica
Analise textual organizacao_tematicaAnalise textual organizacao_tematica
Analise textual organizacao_tematica
 
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxe
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxeCurso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxe
Curso online disciplinas para concursos lingua portuguesa sintaxe
 
Práticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoPráticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de Conteúdo
 
Aula roteiro 2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)
Aula roteiro   2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)Aula roteiro   2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)
Aula roteiro 2011.1 - 1o.per. - 2a.parte (alunos)
 
Cantando e interpretando o hino nacional
Cantando e interpretando o hino nacionalCantando e interpretando o hino nacional
Cantando e interpretando o hino nacional
 
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidadePolissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidade
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativo
 
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticas
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticasP10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticas
P10 exp10 3_sintaxe_i_funcoes_sintaticas
 

Similar to Análise Textual Aula 1

Slides oficina tp 2
Slides  oficina tp 2Slides  oficina tp 2
Slides oficina tp 2Sadiasoares
 
Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentaçãoMariana Correia
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012Mariana Correia
 
Fala escrita livro_luiz marcuschi
Fala escrita livro_luiz marcuschiFala escrita livro_luiz marcuschi
Fala escrita livro_luiz marcuschiAmauri Lima
 
Leitura e produção de texto - 1º Bimestre
Leitura e produção de texto - 1º BimestreLeitura e produção de texto - 1º Bimestre
Leitura e produção de texto - 1º Bimestredicasdubr
 
Língua e linguagem
Língua e linguagemLíngua e linguagem
Língua e linguagemjohnypakato
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniSâmara Lopes
 
Apostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoApostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoAraujo Silva
 
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. Textos
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. TextosAgente Penitenciário - Aula 5 - Prod. Textos
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. TextosProfFernandaBraga
 
O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoRose Moraes
 
Curso básico redação Aula 1 - Texto e Textualidade
Curso básico redação   Aula 1 - Texto e TextualidadeCurso básico redação   Aula 1 - Texto e Textualidade
Curso básico redação Aula 1 - Texto e TextualidadeProfFernandaBraga
 

Similar to Análise Textual Aula 1 (20)

Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Slides oficina tp 2
Slides  oficina tp 2Slides  oficina tp 2
Slides oficina tp 2
 
Pcc
PccPcc
Pcc
 
Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentação
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Apts
AptsApts
Apts
 
Fala escrita livro_luiz marcuschi
Fala escrita livro_luiz marcuschiFala escrita livro_luiz marcuschi
Fala escrita livro_luiz marcuschi
 
Fala e Escrita
Fala e EscritaFala e Escrita
Fala e Escrita
 
Leitura e produção de texto - 1º Bimestre
Leitura e produção de texto - 1º BimestreLeitura e produção de texto - 1º Bimestre
Leitura e produção de texto - 1º Bimestre
 
Capitulo 1
Capitulo 1Capitulo 1
Capitulo 1
 
Língua e linguagem
Língua e linguagemLíngua e linguagem
Língua e linguagem
 
Expressão Escrita e Oral Presentes na Leitura, na Produção e na Interpretação...
Expressão Escrita e Oral Presentes na Leitura, na Produção e na Interpretação...Expressão Escrita e Oral Presentes na Leitura, na Produção e na Interpretação...
Expressão Escrita e Oral Presentes na Leitura, na Produção e na Interpretação...
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem perini
 
Apostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoApostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajo
 
Artigo sobre sociolinguistica
Artigo sobre sociolinguisticaArtigo sobre sociolinguistica
Artigo sobre sociolinguistica
 
Semântica.PDF
Semântica.PDFSemântica.PDF
Semântica.PDF
 
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. Textos
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. TextosAgente Penitenciário - Aula 5 - Prod. Textos
Agente Penitenciário - Aula 5 - Prod. Textos
 
O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandão
 
Curso básico redação Aula 1 - Texto e Textualidade
Curso básico redação   Aula 1 - Texto e TextualidadeCurso básico redação   Aula 1 - Texto e Textualidade
Curso básico redação Aula 1 - Texto e Textualidade
 
Ipt resumo
Ipt   resumoIpt   resumo
Ipt resumo
 

Recently uploaded

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 

Recently uploaded (20)

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 

Análise Textual Aula 1

  • 1. AULA 1 BEM-VINDO À DISCIPLINA ANÁLISE TEXTUAL Prof. Roberto Paes
  • 2. AULA 1 Objetivo desta aula Revisar o conteúdo das aulas 1 a 5 para a primeira avaliação da disciplina
  • 3. AULA 1 Revisão das Aulas 1 e 2
  • 5. AULA 1 Linguagem x Língua Linguagem – capacidade humana de estabelecer comunicação, seja por gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para representar conceitos, ideias, sentimentos, significados, pensamentos. Língua – conjunto de palavras e expressões usadas por uma comunidade, munido de regras próprias organizadas em um sistema (a gramática de uma língua). Também chamada código.
  • 6. AULA 1 Fala x escrita: a fala A fala é anterior à escrita. Todo ser humano, dentro das suas normalidades, tem a capacidade de falar. Já a escrita é adquirida, não sendo de acesso a todos (alguns povos possuem língua falada própria, mas não escrita). Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício para a interpretação da mensagem: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.
  • 8. AULA 1 Estudo de caso: a modalidade falada Trechos da fala do homem: “Aqui é bem cegadu” “Tem umas cachoeira boa” “Nessa Santo Antoio onde ocês foram lá é muito bonito. A água lá é muito fria (...). Lá é bonito” A língua falada, por se desenvolver espontaneamente, é caracterizada pela hesitação, repetição, pausas na voz etc.
  • 9. AULA 1 Fala x escrita: a escrita A escrita consiste num processo mais lento do que falar. Ela é mais durável, podendo ser lida e reproduzida; é independente, ao contrário da fala, dispensando, assim, a presença física do autor. A escrita, portanto, tem a capacidade de se transferir de um meio a outro. Sua função central é a de registro da língua, para a difusão de informações e a construção de conhecimentos. A intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos da atividade de leitura.
  • 12. AULA 1 Registro formal x registro informal Quando falamos ou escrevemos, estamos diante de um determinado contexto, uma situação específica que orienta a maneira como iremos nos comunicar. Dependendo de quem irá ler/ouvir a mensagem que produzimos, nós variamos a maneira de registrar a língua, por diversos motivos: o nível de compreensão daquele que irá ler/ouvir, a situação, que determina o nível de formalidade/informalidade, a finalidade da comunicação etc. No meio acadêmico e profissional, normalmente utilizamos o registro formal da língua.
  • 13. AULA 1 Registro formal x registro informal: estudo de caso Registro formal A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos troncopiramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da aplicação de compressões equivalentes e opostas. Registro informal Rapadura é doce, mas não é mole.
  • 14. AULA 1 Registro formal x registro informal Tanto o registro formal quanto o informal devem se adequar à situação. Uma mensagem muito formal, em uma situação informal, pode mudar o sentido do que se pretende comunicar, por exemplo. O inverso também é verdadeiro. A isso chamamos adequação da linguagem. A adequação da linguagem é a forma que temos para adaptar nosso texto/fala à situação de comunicação.
  • 15. AULA 1 Registro formal x informal Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da língua, isto é, aquela ensinada na gramática, e seu uso se dá em situações mais formais. Já o padrão informal da língua é aquele usada em situações que não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com a família. O registro formal é a modalidade linguística tomada como padrão, e nela se redigem os textos e documentos oficiais do país. Também é a modalidade usada no meio profissional, por exemplo.
  • 16. AULA 1 Variação linguística Variação linguística é a diversificação da língua em virtude da diversidade de costumes e falantes que uma língua possui. Variedades regionais São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a localização regional de uma comunidade linguística. Na variação regional temos, principalmente, diferenças no sotaque e no vocabulário. Mosca x moxca Garoto x piá
  • 17. AULA 1 Variação linguística Variedades sociais São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a identidade do falante e seu nível de letramento. Na variação social temos, principalmente, diferenças no vocabulário, na ortografia e na concordância.
  • 19. AULA 1 Variação padrão A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. Embora as variações sejam naturais, existe uma expectativa de que todas as pessoas falem/escrevam da mesma maneira. Se não fosse assim, por exemplo, nunca teríamos o “Jornal Nacional”, já que os falantes de diferentes regiões e níveis de letramento não compreenderiam a mesma mensagem. A variação padrão corresponde ao uso homogêneo da língua.
  • 21. AULA 1 Conjunto de palavras x texto As pessoas, geralmente, não se comunicam por palavras ou frases isoladas. Há uma unidade comunicativa básica, que é o texto. Até mesmo uma única palavra pode ser considerada texto; ou seja, uma unidade significativa. Entretanto, para que um conjunto de palavras seja um texto, alguns fatores devem estar presentes.
  • 22. AULA 1 Estudo de caso: (in)coerência nas notícias de jornal "Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes.” "A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.” "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." "Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável.”
  • 23. AULA 1 Estudo de caso: o que ela quis dizer? http://www.youtube.com/watch?v=XXE4OOj4Feo
  • 24. AULA 1 Coerência textual A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar. É o resultado da não- contradição entre as partes do texto. A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, bem como o conhecimento de mundo que é articulado. Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido para o interlocutor. Trata-se do princípio de interpretabilidade.
  • 25. AULA 1 Coerência e o conhecimento de mundo Nossa compreensão de um texto depende de nossas experiências de vida, de nossas vivências, de nosso conhecimento de mundo, de nossas leituras. Quanto mais amplo o conhecimento do leitor, mais ampla será sua compreensão. Os fins justificam as meias...
  • 26. AULA 1 Coerência e o conhecimento de mundo: desafio Vamos iniciar uma cruzada contra o terrorismo. (George W. Bush)
  • 27. AULA 1 Coesão textual Na construção de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê. Para que um texto apresente coesão, portanto, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem (ou remetam) umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade. O uso adequado de elementos coesivos propicia maior legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações estabelecidas entre as informações contidas.
  • 28. AULA 1 Coesão textual: estudo de caso Dentre as diversas possibilidades de explicar o tema desta aula, eu escolhi a possibilidade de examinar os elementos coesivos, possibilidade esta que permite ao aluno e professor aprimorarem sua capacidade de escrever. O uso correto de elementos coesivos evita a repetição de palavras e também as ambiguidades, entre outros benefícios.
  • 29. AULA 1 Dona de uma luminosidade fantástica, a ilha de Itaparica elegeu a liberdade como padrão (...). Ali tudo flui espontaneamente, desde que o sol nasce, até a noite chegar. Ela funciona como um quebra-mar que protege o interior da Baía de Todos os Santos. É a maior de todas as 54 da região (...). Como qualquer localidade baiana que se preza, a ilha pratica ritos de antigas raízes míticas. (texto adaptado de Ingedore Koch, em A coesão textual). Coesão textual: estudo de caso
  • 30. AULA 1 A coesão referencial retoma elementos presentes no texto (palavras, nomes) com duas finalidades básicas: a) evitar a repetição; b) poder indicar outras características/atributos daquele elemento. O técnico do Corinthians afirmou que o desempenho do time irá melhorar. Mano Menezes intensificou os treinamentos físicos do timão, pois, segundo ele, estava faltando gás na equipe. Coesão referencial O uso de referentes, além de evitar repetição desnecessária, permite maior fluidez ao texto.
  • 31. AULA 1 Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, isso significa dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente. Deduzimos, assim, que há uma coesão sequencial que garante a textualidade. Coesão sequencial Nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas junções, que podemos chamar de articulações sintáticas, devem ser utilizadas de forma a buscar o sentido adequado.
  • 32. AULA 1 Muito grato palavras amizade minha formatura Comparecer urgente firma documentos Coesão sequencial: exemplos de texto de telegrama A linguagem telegráfica se caracteriza pela economia de termos e ênfase em palavras específicas para gerar uma compreensão mínima.
  • 34. AULA 1 Coesão sequencial: estudo de caso A sociedade brasileira vem acompanhando o crescimento da violência urbana, em especial durante as duas últimas décadas do século XX. Por consequência, o medo e a insegurança tornaram-se sensações comuns a quem vive nos grandes centros urbanos. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra drogas e crimes (Brasil e Cone Sul), um dos indicadores mais consistentes do aumento da criminalidade violenta no Brasil é a evolução da incidência de homicídios, que passou de 11 para 27 ocorrências por 100 mil habitantes entre 1980 e 2000 (Fonte: http://www.unodc.org/brazil, consultado em abril de 2008).
  • 37. AULA 1 Tipos de coerência: semântica Sempre que os sentidos de um enunciado não “significam”, gerando ambiguidade, falta de sentido ou contradição, estamos diante de uma incoerência. Por se tratar de sentido, dizemos ser um problema de coerência semântica. Para quem lê, fica difícil recuperar os sentidos originais que o autor do texto quis propor. Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
  • 38. AULA 1 Estudo de caso: coerência semântica Idosa é assaltada em condomínio de luxo Guiomar Neves, 70 anos, costuma passar parte do dia na varanda de sua casa, voltada para o leste, onde aprecia o belo espetáculo da natureza que é o pôr-do-sol. Nesta manhã, entretanto, foi surpreendida...
  • 39. AULA 1 Coerência sintática A coerência sintática se refere mais à coesão, como vimos na aula passada. Quando os elementos coesivos estão mal empregados (ou estão ausentes), temos uma incoerência motivada pela “arrumação” inadequada de parte do texto, ou até dele todo. O uso adequado de elementos coesivos propicia maior legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações estabelecidas entre as informações contidas.
  • 40. AULA 1 Estudo de caso: coerência sintática Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão, não precisando pensar, o professor se sente impotente, faz com que o ensino seja prejudicado.
  • 41. AULA 1 Estudo de caso: coerência sintática Na verdade, essa falta de leitura e escrita fazem com que o ensino seja prejudicado, porque tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão, o que gera a ideia da não necessidade de se pensar. Esse problema faz com que o professor se sinta impotente.
  • 43. AULA 1 Coerência estilística Esse tipo de coerência não chega, na verdade, a perturbar a interpretabilidade de um texto; é uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos. É desejável que quem escreve ou lê se mantenha num estilo relativamente uniforme.
  • 45. AULA 1 Coerência estilística: estudo de caso Prezada Sra. Amanda, Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha rabugenta, ter batido as botas ontem.
  • 46. AULA 1 Coerência estilística: estudo de caso Prezada Sra. Amanda, Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha rabugenta, ter batido as botas ontem.
  • 47. AULA 1 Estudo de caso: usando o conhecimento de mundo
  • 48. AULA 1 Estudo de caso: usando a intertextualidade Bom Conselho Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça (...) Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança (...) Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar (...) Devagar é que não se vai longe Eu semeio vento na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade (Chico Buarque, 1972)
  • 51. AULA 1 Analisando o vídeo... O comercial apresenta personagens? O comercial apresenta uma sequência de fatos/ações? O comercial possui início, meio e fim? Existe uma sequência lógica de ações/reações, consequências etc.? É possível dizer que há um texto (mesmo não-verbal) presente no comercial? Qualquer ato de comunicação pode ser representado por um texto.
  • 52. AULA 1 Tipos de texto: definição Quando falamos em tipo de texto, estamos nos referindo à organização da língua, do discurso. Em outras palavras, é o modo de se construir a sequência de informações de acordo com algumas características específicas. Todo tipo de texto apresenta características próprias que o distingue dos demais. IMPORTANTE: É comum encontrarmos textos com mais de um tipo, mas sempre haverá um predominante.
  • 53. AULA 1 Texto narrativo Narrar é contar um fato, relatar um acontecimento. Para que isso se organize em forma de texto, estão presentes alguns aspectos (embora nem todos precisam ocorrer): a) Presença de personagens; b) Sucessão de ações; c) Tempo e espaço definidos; d) Narrador; e) Introdução, complicação, clímax e desfecho; f) Outros.
  • 54. AULA 1 Texto narrativo: estudo de caso SÃO PAULO - O prefeito de Monte Castelo, município paulista localizado a 630 km da capital, foi preso nesta quarta-feira. Odair Silis (PMDB) é acusado de receber propina na execução de uma obra pública. Uma conversa gravada no fim do ano passado por uma equipe do Jornal Nacional mostra Silis extorquindo dinheiro do construtor de uma creche no município. Flagrado, o prefeito negou as acusações (...).
  • 56. AULA 1 Texto argumentativo A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que este tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer nosso interlocutor a pensar como nós. O argumento responde à pergunta POR QUÊ? Em termos técnicos, temos: 1) TESE – ideia, proposta, opinião, ponto de vista 2) ARGUMENTO – justificativa, motivo, razão Os argumentos são as provas que apresentamos com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Basicamente, trabalho no campo da PERSUASÃO.
  • 57. AULA 1 Texto argumentativo: estudo de caso Nossa sociedade precisa diminuir a desigualdade social. Segundo Newton, “Toda ação provoca uma reação”, e não tardará para as consequências da desigualdade tornarem-se a realidade em nosso cotidiano: violência urbana, miséria, mendicância etc. De acordo com dados do IBGE, os 10% mais ricos da população são donos de 46% do total da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres – ou seja, 87 milhões de pessoas – ficam com apenas 13,3%. Essa desproporção reafirma a evolução de tal desigualdade, o que exige uma mudança de todos nós, principalmente na hora da eleição.
  • 59. AULA 1 Texto descritivo Descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenas ou ambientes. É possível descrever esse “retrato” tanto no sentido denotativo quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto. Enquanto a narração faz progredir uma história, um relato, a descrição consiste justamente em interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um lugar etc.
  • 60. AULA 1 Texto descritivo: estudo de caso É raro encontrarmos um texto puramente descritivo, já que a descrição pode estar presente em textos narrativos, injuntivos, argumentativos e dissertativos. Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa (...). De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande (...). A terra em si é de muito bons ares frescos e temperados (...). Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
  • 62. AULA 1 Texto dissertativo Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, apresentar informações sobre ele. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão, com “convencer o leitor” e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico.
  • 63. AULA 1 Texto dissertativo: estudo de caso Voltando às origens da filosofia na Grécia Antiga, notamos que, pela própria etimologia do termo, a filosofia era entendida como o amor ao saber, ou a busca da verdade. Naquela época e, em certa medida, por muitos séculos da era cristã, a filosofia englobava todos os ramos do conhecimento puro (em contraste com as artes e ofícios). Só gradualmente é que alguns deles foram se tornando autônomos, como a matemática, a astronomia, a história, a biologia, a física. Em particular, a distinção entre filosofia e ciência é bem recente, esboçando-se no início do período moderno, no século XVI, e acentuando-se nos séculos seguintes.
  • 65. AULA 1 Texto injuntivo É o tipo de texto que busca levar ao leitor mais que uma simples informação: busca instruí-lo. O texto injuntivo também pode ser chamado instrucional, já que visa ensinar, orientar, estabelecer diretrizes de procedimentos. Exemplos de texto injuntivo são as receitas, as bulas de remédio, os manuais de instrução etc.
  • 66. AULA 1 Texto injuntivo: estudo de caso Para fazer ultrapassagens em túnel: 1) aproxime-se do carro à frente mantendo uma distância máxima de 50 centímetros; 2) pisque os faróis altos pelos menos cinco vezes; 3) reduza a marcha e passe bruscamente para a pista da direita sem usar as setas; 4) depois, acelere até o fundo, gesticule; 5) xingue e acene com a cabeça para deixar clara sua reprovação ao passar pelo carro lerdo.