1. Sistemas Unificados de Prevenção
às Doenças Ocupacionais em Informática
Manual de Procedimentos Específicos
- Prevenus -
Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
2. Prevenus - Planejamento
Sistemas Unificados de Prevenção às
Doenças Ocupacionais em Informática
- Fase de Planejamento -
Análise de Informações
Planejamento de Informática
Planejamento Evolucionário
O trabalho e suas diferentes adversidades
devem ser adaptadas ao homem
e não o contrário.⃰
Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
________________________________
⃰ Isaias Horta Brazil
3. Prevenus - Planejamento
Agradecimentos
O destino na ponta dos dedos
Nascemos, aprendemos a andar passo a passo: primeiro temos que
ter força nos braços e pernas para engatinhar, depois seguramos em
qualquer objeto para ficar de pé, o que vem a seguir são, os primeiros
passos. Em um segundo momento, porém paralelo a este, ensaiamos as
primeiras palavras até aos cobiçados "Papai" ou "Mamãe", mas na maioria
das vezes o que sai é o primeiro "não". A partir deste momento, toda nossa
vida está na ponta dos dedos: começamos pelo lápis até termos a segurança
para usar a caneta. Pronto, estamos preparados para a próxima fase, a
alfabetização digital. Teclado e mouse nos deixam engatinhando
novamente:
- Onde está a letra "C"?
- E a "D"?
- O que eu faço para sair desta tela?
Um dia, bem após, voltamos a andar e até a falar outra linguagem: a
linguagem dos blogs, browsers, a dos bate-papos via Internet. O e-mail
substitui as tradicionais cartas, os blogs às conversas pessoais e às por
telefone e os navegadores às bibliotecas.
Em algum momento temos que parar analisar e procurar os contatos
mais calorosos em vez de ficarmos em uma sala fria e deixar a vida
somente na ponta dos dedos. Às vezes isto leva tempo. Tempo o suficiente
para abalar toda a estrutura que construímos. Tudo se torna tão difícil sem a
força, a destreza e a firmeza das mãos: o nosso primeiro instrumento de
trabalho.
Deixamos tudo, a começar pelas conquistas mais recentes. Estamos
analfabetos novamente: fisioterapia, Massoterapia, psicoterapia,
hidroterapia, Mesoterapia,...
Em alguma hora ficamos perdidos entre tantas "pias".
Passamos a ter que engatinhar novamente, aprender novas palavras, a
lidar com novos limites, com a dor, a ardência, as queimações, as
dormências e até com as reprovações sociais:
- Isto não é frescura, não?
- O que ele tem?
- É a lerdeza, rá rá rá!
4. Prevenus - Planejamento
É neste momento que temos a oportunidade de colocarmos em
prática valores como a humildade e a perseverança e recomeçar tantas
vezes quanto for necessário. A caminhada assume novas formas, mas
nunca devemos parar, apesar de sabermos que esta é uma estrada cheia de
lombadas, depressões e obstáculos.
Desta forma, este trabalho foi idealizado a luz de uma pesquisa
desesperada à procura de uma solução de um problema que implodia os
meus ideais, a minha autonomia, os meus prazeres e tudo mais que
implicasse na utilização dos membros superiores (Ler - Lesão por Esforço
Repetitivo/Dort - Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho) e
confeccionado com a colaboração de várias pessoas que dedicaram
algumas horas preciosas, escrevendo ou digitando, para fazer com que eu
me sentisse um pouco melhor.
Agradeço a toda a equipe do Projeto Prevenus: Professor Orientador
Daves Marcio Silva Martins, Adilson Diogo de Andrade Almeida, Ernani
Guilhon Loures Filho, Hugo Magalhães Ribeiro, da qual também sou
membro. Em especial, dedico a minha mãe, Laura Horta Brazil, que sempre
esteve paciente atendendo aos meus apelos de ajuda e a minha cunhada,
Carla Manoel Ferreira, que conheceu a informática me ajudando. Também,
agradeço aos meus amigos: Dr. José Bráulio Pinto Ribeiro Junior, Dr. Ivan
Augusto Fins Vaz de Mello e Dr. Paulo S. V. Ronzani que tão
pacientemente me incentivaram a não desistir do tratamento, quanto deste
trabalho.
Isaias Horta Brazil.
5. Prevenus - Planejamento
Índice
Doenças Ocupacionais em Informática .......................................................................... 13
Análise de Informações .................................................................................................. 13
Capítulo 1 ....................................................................................................................... 15
L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos................................................................... 15
D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho .......................... 15
1. Conceitos ........................................................................................................ 15
2. Histórico ......................................................................................................... 16
3. Lesões Mais Comuns ...................................................................................... 17
4. Estágios Evolutivos ........................................................................................ 18
5. Fatores Determinantes de Risco ..................................................................... 20
6. Profissões de Risco ......................................................................................... 21
7. Tratamento ...................................................................................................... 22
Capítulo II ....................................................................................................................... 26
SÍNDROME DA INFORMÁTICA ............................................................................ 26
“Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual .............................................. 26
1. Síndrome da Informática ................................................................................ 26
2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA" ..................................... 27
3. Fadiga Visual .................................................................................................. 28
3.1 Conceito:................................................................................................. 28
3.2 Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual: ...................................... 29
Fatores que contribuem para a fadiga visual ...................................................... 29
3.3 Solução: .................................................................................................. 30
Fadiga Visual .............................................................................................................. 30
Prevenção, Ergonomia e Informática ............................................................................. 31
Planejamento de Informática .......................................................................................... 31
Planejamento Evolucionário ........................................................................................... 31
Capítulo III ..................................................................................................................... 33
PREVENÇÃO E ERGONOMIA ............................................................................... 33
1. Conceito de Ergonomia .................................................................................. 33
2. Ergonomia e Carga de Trabalho ..................................................................... 34
Capítulo IV ..................................................................................................................... 36
Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática............................. 36
1. Conceitos: ....................................................................................................... 36
2.1 Ergonomia e Usabilidade........................................................................ 37
2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário ........................................... 37
2.1.2 Ergonomia e Usabilidade para Desenvolvedores: .............................. 38
2.1.3 Redução da carga de trabalho: ............................................................ 39
2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação:....................................... 40
2.2 Ergonomia de Hardware ......................................................................... 51
2.3 Ergonomia do Ambiente de Trabalho .................................................... 54
Apêndice A ..................................................................................................................... 63
Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho) ................................................................... 63
Apêndice B ..................................................................................................................... 66
Sistema Preven e Sentinela ......................................................................................... 66
Sistema Preven ....................................................................................................... 66
Sistema Sentinela.................................................................................................... 67
6. Prevenus - Planejamento
Anexo A.......................................................................................................................... 69
16 DICAS PARA SUA SAÚDE ................................................................................ 69
Anexo B .......................................................................................................................... 75
Programa de ações integradas para prevenção ........................................................... 75
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 76
7. Prevenus - Planejamento
Apresentação
Este trabalho vem propor a ergonomia aplicada à informática, ou
seja, uma computação voltada para o usuário, preocupada com a
comunicação homem-máquina, através da adequação dos periféricos ao uso
humano (SHNEIDERMAN, 2006, p. 14).
Hoje encontramos toda informática preocupada somente com a
solução de problemas, comerciais ou científicos, e não atendendo ao
conforto do usuário no trabalho.
O maior problema não diz respeito à falta de acesso à informação
ou às próprias tecnologias que permitem o acesso, e sim a pouca
capacidade crítica e procedimental para lidar com a variedade e
quantidade de informações e recursos tecnológicos. Conhecer e
saber usar estas tecnologias implica na aprendizagem de
procedimentos para utilizá-las e, principalmente, habilidades
relacionadas ao tratamento da informação. Capacidade para criar e
comunicar-se por esses meios.
Oliveira Netto, 2004, p. 25.
Para conseguirmos resolver os problemas, surgidos com a introdução
dessa nova tecnologia, os profissionais da informação devem se unir a
várias outras áreas, como a ergonomia e a medicina representada pelos
ortopedistas, fisiatras, fisioterapeutas e psicólogos.
O saber tecnológico, não é sinônimo de aquisição de
competências específicas, porque estas em geral são repetitivas e
independem de uma análise crítica. O saber tecnológico é um
saber que respeita a bagagem preexistente no trabalhador e lhe
permite apropriar-se de um determinado conhecimento em um
dado momento, mais prepara esse mesmo trabalhador para
compreender os avanços que ocorrem no campo da sua profissão.
Oliveira Netto, apud NISKIER, 1993, p. 126.
A causa das doenças da era da informação não é a ciência que trata
esta, muito menos os computadores. Como veremos no decorrer da
apresentação deste documento, o que acontece é a má utilização dos
periféricos, dos membros superiores e das relações entre eles; e também, a
falta de uma ergonomia aplicada à informática.
O prefácio propõe uma solução no nível de organização.
A introdução destaca a importância da teoria geral dos
sistemas na construção de um projeto.
8. Prevenus - Planejamento
Na 1ª Parte (fase de Análise de Informações)
procuramos fazer um levantamento minucioso, porém
com uma apresentação resumida, das principais Doenças
Ocupacionais em Informática (DOI).
No capítulo 1 são discutidos, o conceito, as
características, prevenção e tratamento da DORT/LER.
No capítulo 2 é abordada uma nova e curiosa doença, a
Síndrome da Informática ou Síndrome da Informação.
Também, são discutidas a Fadiga Visual e a “Dor de
Garganta Computadorizada” (que já afligia os
professores, as telefonistas e outros “profissionais da
voz” e também os profissionais de telemarketing).
Na 2ª Parte (Fase de Planejamento de Informática e
Evolucionário), mais familiarizados com as DOI,
propomos algumas idéias para prevenir tais doenças.
No capítulo 3 são apresentadas a Ergonomia e a sua
relação com a carga de trabalho.
No capítulo 4 são discutidas algumas medidas de
prevenção com a aplicação da ergonomia à informática.
No apêndice A é apresentado um modelo de mesa
projetado com a função de ser uma estação de trabalho.
No apêndice B são propostos dois sistemas de controle
das atividades do usuário.
No apêndice C são relacionadas algumas dicas simples
de serem adotadas, para garantir uma maior longevidade
no trabalho.
No apêndice D é apresentado um programa de ações
integradas para prevenção.
9. Prevenus - Planejamento
Prefácio
As doenças surgidas no apogeu da Era da Informação têm como
origem a implantação de novas tecnologias, não adaptadas ao uso humano,
uma Organização de Trabalho voltada para a produção, o lucro e o bem
estar da empresa, sonegando ao trabalhador condições dignas para efetuar
as suas tarefas (LODI, 2003, p. 192).
A pouca familiaridade com a tecnologia também pode constituir-se
um problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as
situações que exigem conhecimento tecnológico. O pouco
conhecimento pode levar algumas pessoas a se sentirem
discriminadas ou constrangidas por não serem capazes de realizar
algumas atividades, como ocorre freqüentemente em caixas
eletrônicos de bancos.
Também o caráter de novidade pode gerar constrangimento e até
preconceitos. É freqüente as pessoas se sentirem embaraçadas
quando telefonam para algum lugar e se deparam com uma
secretária eletrônica ou quando o volume alto de um walkman gera
isolamento de um indivíduo. A questão não é deixar de usar esses
recursos, mas aprender a utilizá-los e a conviver com as mudanças
de hábitos na sociedade atual.
Oliveira Netto, 2004, p. 25.
A solução para a prevenção destas doenças é multifuncional, ou seja,
depende de vários profissionais, porém, o mais importante é que trabalhem
com o mesmo propósito.
(...), quando se fala do homem, não há como separar a sua
natureza biológica da sua natureza sócio-histórica.
O homem não pode ser reduzido a um produto de determinadas
relações sociais, como as econômicas, nem tão pouco pode ser
reduzido a um vertebrado mamífero, descontextualizado de sua
existência na sociedade humana. É fundamental procurar entender
estes fenômenos na rede que caracteriza sua formação. Assim,
também o homem possui características pertinentes a outras
formas de vida, como a possibilidade de transformação e evolução.
Oliveira Netto, 2004, p. 39.
Os profissionais que venham a trabalhar com a prevenção de doenças
ocupacionais devem, antes de tudo, ter as seguintes características:
1. Prever;
2. Educar;
3. Fazer campanhas preventivas;
10. Prevenus - Planejamento
4. Estar em constante contato com os funcionários para saber as
suas dificuldades, seus descontentamentos e suas opiniões sobre o
que deve mudar na Organização de Trabalho da empresa;
5. Tomar conhecimento de pessoas que estejam passando pelas
dificuldades destas novas moléstias;
6. Ser humano, se importar com o seu semelhante, isto é, todo
homem necessita de segurança, prestígio, auto-realização e conforto
no trabalho.
11. Prevenus - Planejamento
DOENÇAS OCUPACIONAIS
INTRODUÇÃO
Durante o apogeu da Revolução Industrial o homem fascinado com o
novo mundo, que acabara de criar, deixou de se preocupar com os efeitos
colaterais que a industrialização estava causando aos seus semelhantes.
Assim, quando uma máquina era projetada pensava-se somente na
produção e não, também, no homem que iria operá-la, desta forma, mal
preparados e desinformados sobre as cautelas com o manuseio da máquina
eram mutilados e até mortos por estas mal projetadas máquinas. É claro,
que o projetista desta época não tinha desenvolvido um raciocínio para a
proteção do operário, não tendo uma visão de que os sistemas feitos pelo
homem interagem com os sistemas vivos, entre eles o ser humano
(CATANHEDE, 1973, p. 29).
A rapidez com que se dá a produção de conhecimentos e a
circulação de informações no mundo atual impõe novas demandas
para a vida em sociedade. Hoje, mais do que nunca, é necessário
que a humanidade aprenda a conviver com provisoriedade, com as
incertezas, com o imprevisto, com a novidade em todos os
sentidos. Isso pressupõe o desenvolvimento de competências
relacionadas a capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, à
autonomia na construção e na reconstrução de conhecimento:
capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se
sabe, ter disponibilidade para transformar o seu conhecimento,
processando novas informações e produzindo conhecimento.
Oliveira Netto, 2004, p. 25.
Retornando a nossa época encontramo-nos em outra revolução, a
Revolução da Informação, e nos deparamos com obstáculos semelhantes
aos da Revolução Industrial, em que os projetistas atuais continuam
cometendo os mesmos erros, talvez por ser o início de uma nova era, estes
ao projetar uma nova máquina não têm, por coincidência ou não, o
conhecimento da TEORIA GERAL DOS SISTEMAS para aplicar aos seus
projetos.
Introdução Página 11
12. Prevenus - Planejamento
No passado os problemas eram as mutilações e as mortes no
manuseio das máquinas. Hoje, encontramos a L.E.R. (Lesão por Esforço
Repetitivo), Síndrome da Fadiga da Informação, “Dor de Garganta
Computadorizada”, Fadiga Ocular, etc., sendo a L.E.R. a mais conhecida e
a mais grave por se tratar de uma epidemia.
Estas doenças não se restringem a área da informática, mas neste
documento as abordaremos somente nesta disciplina.
Introdução Página 12
13. Prevenus - Planejamento
a
1
Parte
Doenças Ocupacionais em Informática
Análise de Informações
Página 13
15. Prevenus – Planejamento
Capítulo 1
L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos
D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
1. Conceitos
LER/DORT
É uma doença relacionada ao trabalho caracterizada pelo
fenômeno dor, de Leve a insuportável. A primeira pode ser
Conceito intermitente ou contínua, dependendo do grau evolutivo da
1 doença. A segunda pode ser desencadeada por movimentos
simples (Escovar os dentes, folhear um livro,...) ou complexos
(escrever, aparafusar,...).
Conceitos – LER/DORT Página 15
16. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
2. Histórico
Mais ou - Hipócrates, em sua obra "água, ares e lugares",
400 antes registrava casos de intoxicação como chumbo.
de Cristo
Início da Plínius, descreve o primeiro uso de equipamento
era cristã de proteção individual, para a proteção de
escravos em minas de enxofre.
Médico italiano, Ramazzini, detecta em artesãos
Século a LER e descreve em sua obra "Morbis
XVII artificun diatriba" relacionando diversas
doenças às atividades profissionais.
Final dos A LER aparece com maior incidência.
anos 70
A LER ganha status de epidemia.
Principais causas agravantes nesse período:
a) Ritmo de trabalho moderno baseado em
padrões de produção;
b) Técnicas tayloristas de organização do
1980 trabalho;
c) Informatização e automatização parcial;
d) A atividade altamente repetitiva e
monótona;
e) Ritmo elevado;
f) Movimentos simples;
g) Trabalho mais leve, concentrando as
forças em partes do corpo, como as mãos
e punhos na digitação.
Histórico – LER/DORT Página 16
17. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
3. Lesões Mais Comuns
Inflamação de tecidos cinoviais que
Tenossinovites envolvem os tendões em sua passagem
por túneis osteofibrosos, polias e locais
em que a direção da aplicação da força é
mudada.
Tendinite Inflamação dos tendões.
Síndrome Compressão dos nervos ou tensão
Cervicobranquial muscular da coluna cervical.
Epicondilite Inflamação das estruturas do cotovelo.
Síndrome do Compressão do complexo braquial
Desfiladeiro (nervos e vasos).
Torácico
Síndrome do Túnel Compressão do nervo mediano ao nível
do Carpo do punho.
Dor Miofascial Contração dolorosa dos músculos.
Inflamação das bursas. Pequenas bolsas
Bursite que se situam entre os ossos e os tendões
das articulações dos ombros.
Sinovites Inflamação de tecidos sinovais.
Miosites Inflamação do tecido próprio dos
músculos.
Fasciites Inflamação de fáscias e de ligamentos.
Lesões Mais Comuns - LER/DORT Página 17
18. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
4. Estágios Evolutivos
De acordo com a Instrução Normativa INSS/DC Nº 98, de 05 de dezembro
de 2003 - DOU de 10/12/2003 (Norma Técnica sobre LER ou DORT do
INSS) os quadros sintomáticos, didaticamente podem ser enquadrados no
seguinte estagiamento:
No membro afetado
Sensação de peso e desconforto;
Dor espontânea, às vezes com pontadas de caráter ocasional;
Não há interferência na produtividade;
Grau Não há irradiação nítida;
I Dor melhora com repouso;
Sinais clínicos ausentes;
Tem bom prognóstico.
A dor é mais persistente e intensa;
A dor aparece durante a jornada de trabalho de modo
intermitente;
Tolerável com redução de produtividade;
Grau Dor localizada com formigamento e calor;
II Irradiação definida;
Recuperação demorada mesmo com repouso;
Aparece fora do expediente;
Podem aparecer pequenas nodulações acompanhando a bainha
dos tendões;
Hipertonia e dolorimento muscular;
Prognóstico favorável.
Estágios Evolutivos - LER/DORT Página 18
19. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
No membro afetado
Dor mais persistente e forte;
Irradiação mais definida;
Repouso só atenua a intensidade da dor;
Crises dolorosas fora do trabalho, especialmente à noite;
Perda de força muscular e parestesia;
Queda da produtividade;
Impossibilidade de executar trabalhos domésticos;
Grau
Sinais clínicos presentes;
III
Edema freqüente e recorrente;
Hipertonia muscular constante;
Alterações da sensibilidade;
Palidez, hiperemia e sudorese;
Eletromiografia pode estar alterada;
Retorno a atividade produtiva é problemático;
Prognóstico reservado.
Dor forte, contínua e por vezes insuportável;
Movimentos acentuam a dor;
As crises dolorosas ocorrem mesmo quando o membro está
imobilizado;
Perda de força e controle dos movimentos constantes;
Grau Edemas persistentes;
IV Podem aparecer deformidades;
Atrofias pelo desuso;
Capacidade de trabalho anulada;
A invalidez se caracteriza pela impossibilidade de um
trabalho produtivo regular.
Atos da vida diária altamente prejudicados;
Quadros de depressão, ansiedade e angústia;
Prognóstico sombrio.
Estágios Evolutivos - LER/DORT Página 19
20. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
5. Fatores Determinantes de Risco
No rodar o pescoço para o lado;
Fletir os ombros;
Inclinar-se para alcançar o mouse do
computador;
Teclado acima da altura do cotovelo;
Falta de apoio para os cotovelos;
Funções Punhos com desvios;
ergonomicamente O uso de telefone apoiado no ombro;
mal concebidas:
Grandes diferenças individuais na técnica de
realização do trabalho;
Monitor muito alto ou muito baixo;
Cadeira inadequada;
Posturas fixas, extremas e incorretas;
Força e repetição de movimentos e a
combinação da aplicação de forças elevadas e
alta repetitividade;
Baixo grau de flexibilidade da ação do trabalho.
Competição exagerada;
Pressão como forma de obter resultados;
Relações humanas Medo de perder o emprego;
inadequadas: Relacionamento ruim funcionários-funcionários;
Má qualidade da comunicação entre o empregado
e a chefia.
O uso do computador com muitas horas seguidas;
Falta de pausa;
Prazos muito curtos para conclusão do trabalho;
Organização Picos de solicitação do trabalho;
inadequada Horas extras muito freqüentes;
do trabalho: Falta de poder para decisões relacionadas à
tarefa;
Prêmios por produtividade;
Grande pressão em relação à produção;
Distribuição de tarefas por sexo.
Fatores Determinantes de Risco - LER/DORT Página 20
21. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
6. Profissões de Risco
São profissões altamente especializadas que sofreram um
enxugamento nas últimas décadas, com isso um aumento no volume do
trabalho, na pressão da produção e da qualidade do produto final.
Digitadores;
Bancários;
Jornalistas;
Profissões de Dentistas;
Risco: Secretariado;
Enfermagem;
Laboratoristas;
Escritores.
Profissões de Risco - LER/DORT Página 21
22. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
7. Tratamento
O principal é detectar a doença em estágio inicial, em seguida,
descartar doenças que apresentam sintomas semelhantes de dores, como
reumatismo e artrite reumatóide (Instrução Normativa INSS-98/2003: 1).
O grande problema da Dort/LER é que a sua melhora ocorre
paulatinamente e esta é frágil, ou seja, qualquer movimento fora dos limites
que ela impõe destrói toda a recuperação que é desta forma, temporária e
paliativa.
O tratamento deve ser dirigido por uma equipe multifuncional:
Médicos;
Fisioterapeutas;
Terapeutas ocupacionais;
Psicólogos (ou psiquiatras).
Tratamentos Indicados
Analgésicos e antiinflamatórios são importantes
Medicamentos para o combate à dor, mas se usados
individualmente, são considerados insuficientes.
Triclínicos como reguladores do sistema supressor
Antidepressivos da dor.
Tratamento das lesões físicas, objetivando o alívio
Fisioterapia da dor e a diminuição do processo inflamatório.
Órteses: Ajudam na recuperação, mas seu uso
Fisioterapia indiscriminado e continuadamente causa a atrofia
dos músculos.
Tratamento - LER/DORT Página 22
23. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
Eletroterapia:
1. Utilização de corrente elétrica:
Proporciona analgesia;
Fisioterapia Melhora a circulação local;
Reduz edemas.
2. Ex:
TENS (Estimulação Elétrica Transcutânia).
Crioterapia:
1. Compressas de gelo;
2. Promove analgesia e diminuição do
processo inflamatório;
3. Deve ter duração de dez a trinta
minutos com várias sessões ao dia;
Fisioterapia 4. Contra-indicações:
Processos artríticos ou de
rigidez articular;
Insuficiência vascular
periférica;
Síndrome de raynauld;
Hemoglobinúria Paraxística
Noturna;
Alergia ao frio.
Massoterapia:
1. Realizado em pontos estratégicos;
2. Tipos:
Fisioterapia Massagem básica ou Sueca;
Shiatsu;
Massagem da zona reflexa;
Massagem transversa profunda;
Massagem do tecido conjuntivo
("ROLFING").
Cinesioterapia: Terapia por meio de exercícios
Fisioterapia físicos para revigorar os músculos. É muito
importante para reabilitação.
Tratamento - LER/DORT Página 23
24. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
Terapia ocupacional: Simulação da vida diária
Fisioterapia para preparação dos pacientes para o cotidiano.
Técnicas de relaxamento:
Fisioterapia 1. Miofascioterapia;
2. Cadeias musculares de Leo Bousquet.
Fisioterapia RPG: Métodos de reeducação postural global.
Fisioterapia Hidroterapia
Fisioterapia Mesoterapia ou Intradermoterapia.
Tratamentos Contra-Indicados
A longo prazo 1. Aumento da
pode provocar: depressão;
2. Reduz o sono
Ansiolíticos repousante;
3. Aumento da
sensação de
dor.
Cirurgias Tem resultados irrisórios.
Infiltração de base hormonal.
Tratamento - LER/DORT Página 24
25. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
Síndrome da Informática
“Dor de Garganta Computadorizada”
Fadiga Visual
2
Página 25
26. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
Capítulo II
SÍNDROME DA INFORMÁTICA
“Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual
1. Síndrome da Informática
Conceito Estresse pelo excesso de informação.
Profissões Atinge principalmente executivos e administradores.
de Risco
1. Tremedeiras;
2. Indecisão;
Sintomas 3. Insônia;
4. Irritabilidade;
5. Tensão;
6. Sentimento de abandono.
1. Milhões de páginas na Internet;
Problemas 2. Milhões de pessoas plugadas;
3. Acesso demorado à Rede.
Filtros de informação 1. Leva ao computador,
(WEBCASTING) automaticamente, só assuntos
Soluções selecionados;
2. Horários pré-programados;
3. Exemplo: Política às 20h,
Economia às 21h.
Síndrome da Informática - Sintomas - Problemas – Soluções Página 26
27. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA"
Conceito É a rouquidão crônica e até a perda total da voz.
Causa: Desenvolvimento de pólipos ou úlceras nas cordas
vocais devido ao repetitivo atrito das pregas.
1. Sistemas precários de reconhecimento de voz;
2. Cada palavra precisa ser pronunciada, de forma distinta
Problemas: e exatamente no mesmo tom e volume, para ser
compreendida pelo computador;
3. Os usuários não respiram normalmente durante o ditado,
com isso, as cordas vocais tendem a perder a tensão;
4. Avaliação por produção. Ex: Call Centers.
1. Fazer pausas com freqüência;
Soluções: 2. Beber bastante água;
3. Evitar o álcool, cafeína e remédios que ressequem as
cordas vocais.
Dor de Garganta Computadorizada - Causa - Problemas – Soluções Página 27
28. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
3. Fadiga Visual
3.1 Conceito:
Fadiga Visual
É o desgaste provocado pelo uso
em excesso da visão central em
Conceito
detrimento da visão periférica.
1. Curta duração;
Características 2. É reversível.
1. Ardência;
2. Vermelhidão;
3. Sensação de areia nos olhos;
Sintomas 4. Inflamação das pálpebras e
membranas próximas;
5. Dificuldade em focalizar as
imagens;
6. Vista embaçada ou dupla;
7. Tontura, náuseas e dores de
cabeça.
Fadiga Visual - Conceito Página 28
29. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
3.2 Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual:
Fatores que contribuem para a fadiga visual
1. Radiação;
2. Campos eletrostáticos;
3. Oscilação;
Monitor ou Tela: 4. Contraste;
5. Legibilidade;
6. Cores;
7. Características específicas da regulagem
dos monitores.
1. Ângulo;
2. Posição;
3. Distância de visualização;
Posto de Trabalho: 4. Iluminação;
5. Má distribuição do material de trabalho;
6. Ofuscamento;
7. Iluminação imprópria;
1. Problemas oculares;
2. Regularidade com que o olho pisca;
Hábitos e Diferenças 3. Fatores psicológicos;
Individuais: 4. Franzir a testa;
5. Travar as mandíbulas;
6. Manter a cabeça sempre na mesma
posição;
7. Visão inadequadamente corrigida.
1. Esforço visual prolongado;
Hábitos de trabalho: 2. Poucas pausas;
3. Pagamento por produção.
Fadiga Visual - Fatores que Contribuem Página 29
30. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações
3.3 Solução:
Fadiga Visual
1. Consultar um Oftalmologista;
2. Melhorar o ambiente de trabalho;
3. Melhorar a iluminação e
diminuir o ofuscamento;
4. Utilizar uma luz difusa acima da
cabeça, acompanhada por
luminárias na leitura de
documentos;
5. A luz natural é a ideal, porém
deve-se controlar a luminosidade
e posicionar a tela com seu plano
perpendicular ao das janelas;
6. Utilizar filtros de luz que tenha
coberturas anti-reflexivas;
Solução 7. Usar vídeos de tela plana;
8. Limpar regularmente a poeira
acumulada na tela do monitor;
9. Posicionar a tela do monitor da
seguinte forma: o alto do visor
deve estar no nível dos olhos e o
centro deve estar apontado para
os olhos em um ângulo de cerca
de 15 °;
10.Tenha um suporte para o
material de referência durante a
digitação;
11.Faça uma pausa visual de 15
minutos a cada 1 hora de
atividade, para mudar o foco,
para aliviar o cansaço visual.
Fadiga Visual - Solução Página 30
31. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2ª
Parte
Prevenção, Ergonomia e Informática
Planejamento de Informática
Planejamento Evolucionário
Página 31
32. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Prevenção e Ergonomia
3
Página 32
33. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Capítulo III
PREVENÇÃO E ERGONOMIA
1. Conceito de Ergonomia
Estudo da relação homem-trabalho
1. Conforto;
Objetivos: 2. Bem-estar;
3. Segurança;
4. Eficiência.
1. Posturas;
Ocupa-se de 2. Movimentos;
fatores do 3. Ritmos;
trabalho: 4. Conteúdos.
Ergonomia
Atua no momento
da criação de
Ergonomia instrumentos,
de máquinas,
concepção móveis, etc.
Tipos Atua na alteração
Ergonomia
do ambiente de
de correção
trabalho.
A Ergonomia de concepção é
mais eficaz que a de correção.
Prevenção e Ergonomia - Conceito de Ergonomia Página 33
34. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2. Ergonomia e Carga de Trabalho
Carga de Trabalho é a pressão (física e/ou psicológica) sentida pelo
indivíduo durante a execução de um trabalho. Ela é subjetiva, sendo,
portanto, difícil de ser medida (Norma Regulamentadora 17 MTb -
1994).
A meta de uma intervenção Ergonômica é modificar as
características do ambiente de trabalho (Fatores da empresa) e não as
características da população trabalhadora (Fatores do trabalhador).
Fatores do Fatores da
trabalhador empresa
Sexo
Organização do
Salário trabalho
Idade
Tempo
Estado físico,
deficiências, Saúde. Atividade
De O espaço de
Trabalho trabalho
Estado intelectual
Tecnologia, máquinas
e ferramentas.
Estado psíquico
Carga
De
Formação, Trabalho Segurança
experiência,
aprendizagem.
Relações
Saúde
E Ambiência: Tóxica,
Acidentes Térmica e Vibratória.
Figura 1 - Fatores da Carga de Trabalho
Fonte: Guerin, 1985;69
Prevenção e Ergonomia - Ergonomia e Carga de Trabalho Página 34
35. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Ergonomia da Informação
ou
Ergonomia Aplicada à Informática
4
Página 35
36. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Capítulo IV
Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática
1. Conceitos:
Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática
É a parte da Ergonomia
que procura estudar aspectos da
Conceito 1 informática (hardware e software) e do
ambiente de trabalho para propor
mudanças, visando obter um ambiente
de trabalho voltado para o usuário
(CYBIS, 2010, p. 16).
Ergonomia da Informação – Conceitos Página 36
37. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.1 Ergonomia e Usabilidade
2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário
Ergonomia e Usabilidade para o Usuário
a) Compreender claramente os objetivos que o leva a
adquirir um SW e se este se encaixa perfeitamente
O usuário deve: com eles;
b) Verificar a simplicidade do uso (usabilidade).
a) Permitir que o usuário configure seu próprio esquema
em cores.
b) Ter ícones que represente uma imagem familiar com
aquilo que se deseja representar.
Em português.
O software deve: Que tenha uma explicação
c) Possuir concisa do problema.
mensagens de Que apresente uma solução ou
erro: justificativa plausível.
d) Ter manuais, tutoriais e ajuda on-line em português.
e) Ter flexibilidade e facilidade de configuração nos
mínimos detalhes.
Ergonomia da Informação – Soluções Página 37
38. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.1.2 Ergonomia e Usabilidade para
Desenvolvedores:
Envolver os futuros usuários do SW no
processo de compra ou desenvolvimento.
Compreender o que os usuários querem fazer.
Identificar quais tarefas os usuários realizam
com mais freqüência.
Verificar a compatibilidade com os outros
sistemas que o usuário usa.
Verificar se o serviço do suporte é eficiente.
Verificar se são oferecidas aulas de
treinamento.
Ergonomia da Informação – Soluções Página 38
39. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.1.3 Redução da carga de trabalho:
Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática
A fadiga é 1. Controle do tempo e toque (digitação);
causada pelo 2. Controle do número de toques em uma unidade
a). Minimização da uso dos de tempo;
fadiga: periféricos de 3. A solução será abordada no apêndice B.
entrada de
dados.
As agências de correios
fornecem arquivos-textos contendo os
números do Cep de todo o país. Assim,
pode-se adicionar ao sistema estes
arquivos e um pequeno código que
mostra os dados do endereço
Cep: correspondente ao Cep digitado, para a
confirmação da validade do endereço e
Objetivos: A diminuição seu armazenamento. Faltando, apenas a
da digitação digitação do número da casa ou prédio,
consegue-se da e um complemento.
utilização de Todos os sistemas podem
alguns indagar ao usuário sobre a possibilidade
artifícios no da data informada ser a data do sistema
desenvolvimen Data:
operacional (data atual), buscando-a do
to de sistemas sistema e assim evitando a sua
b). Minimização da aplicativos ou digitação.
digitação: utilitários. A
seguir, alguns Os sistemas são desenvolvidos
exemplos são assumindo-se que os usuários
listados: movimentam um item por vez. Porém,
na prática o que acontece é uma
movimentação em bloco com
Código: características semelhantes, havendo,
portanto, uma repetição desnecessária
de dígitos que poderiam ser evitadas
utilizando-se da técnica de
movimentação em bloco que será
mostrada adiante.
Ergonomia da Informação – Soluções Página 39
40. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação:
a) Movimentação normalizada.
b) Movimentação em bloco.
c) Códigos de barras.
a) Movimentação Normalizada:
Os artifícios mencionados anteriormente para a
diminuição da digitação seguem um padrão, uma vez
que o problema é sempre detectado na ausência de
uma normalização bem definida, como veremos no
exemplo abaixo:
Na figura 2 veremos um exemplo bem comum
em sistemas comerciais, em que uma pequena
alteração pode economizar muitos dígitos.
Assim, para a movimentação de cem clientes
podemos verificar os seguintes passos:
Movimentação não Normalizada
Passos Digitar Número de dígitos Exemplo
1 Número do Cliente 5 0522-3
2 Nome do Cliente Máximo de 20 João Cleber da Silva
3 Rua Máximo de 20 Bosque do Imperador
Número da
4 Residência Máximo de 5 01234
Complemento do Edifício Jorge Bem
5 endereço Máximo de 20 Apto 1105
6 Bairro Máximo de 15 Alto dos Passos
7 Cidade Máximo de 15 Juiz de Fora
8 Estado Máximo de 15 Minas Gerais
9 Cep 8 36035.600
10 Data clientela 8 02 / 02 / 2003
Ergonomia da Informação – Soluções Página 40
41. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Na figura 3 temos um exemplo normalizado do cadastro do cliente
com os seguintes passos:
Movimentação Normalizada
Passos Ação
1e2 São os mesmos da figura 1;
É informada a data atual, caso a data da clientela seja igual
3 não haverá necessidade de digitá-la;
4 Corresponde ao passo 9 da figura 1;
5 Corresponde ao passo 4 da figura 1;
6 Corresponde ao passo 5 da figura 1.
Obs: 1) Na movimentação normalizada não são necessários os
passos 3 (Rua), 6 (Bairro), 7 (Cidade), 8 (Estado) da
movimentação não normalizada.
2) Também foi adotada a data do sistema para economizar os
dígitos na data da clientela.
3) Com esta simples modificação podemos retirar da digitação
um máximo de 73 dígitos por movimentação.
DD = m (c1+ c2+ ... +cn)
n
DD = m ( Cx)
x=1
DD = Digitação desnecessária;
m = Número de movimentações;
x = Um determinado campo (varia de 1 a n);
n = Número máximo de campo;
C = Número de dígitos do campo.
DE = DD - DI
Ergonomia da Informação – Soluções Página 41
42. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
DE = Digitação economizada;
DD = Digitação desnecessária;
DI = Número de dígitos inseridos para obter a ergonomia de SW.
Aplicando as fórmulas:
n
DD = m ( Cx)
x=1
DD = m (Rua + Bairro + Cidade + Estado + Data da Clientela)
DD = m (20 + 15 + 15 +15 +8)
DD = m (73)
Para 100 movimentações temos:
DD = 100 (73)
DD = 7300
DE = DD – DI
DE = 7300
DE = 7300
Obs.: Uma vez que não foram inseridos dígitos para se obter a ergonomia
de SW, podemos afirmar que:
DE = DD
Ergonomia da Informação – Soluções Página 42
43. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
X X
Número do Cliente nnnnnnnnnn-nnn
Nome do Cliente ccccccccccccccccccccccccccccccccc Ir Para
Rua rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Número nnnnnnnnnn Novo
Complemento ccccccccccccccccccccccccccccccccc
Bairro bbbbbbbbbbbbbbbb Deletar
Cidade cccccccccccccccccc
Estado eeeeeeeeeeeeeeeeee
Voltar
Cep nnnnnnnn-nnn
Data Clientela dd/mm/aaaa
Sair
Figura 2 – Movimentação Não Normalizada
X
Número do Cliente nnnnnnnnnn-nnn
Nome do Cliente ccccccccccccccccccccccccccccccccc
Data Clientela dd/mm/aaaa
Cep nnnnnnnn-nnn
Número nnnnnnn
Complemento ccccccccccccccccccccccccccccccccc
CEP RUA CIDADE ESTADO
36035 - 600 Bananeira Juiz de Fora MG
37040 - 500 Margarida Santos Dumont MG
Figura 3 – Movimentação Normalizada
Ergonomia da Informação – Soluções Página 43
44. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
b) Movimentação em Bloco:
A movimentação é feita em conjunto de
objetos com as mesmas características de
movimentação. A seguir, abordaremos a
movimentação de um conjunto de processos judiciais
para serem despachados pelo Juiz Titular com a data
atual.
Abordagem não ergonômica:
Nas figuras 3.1 e 3.2 podemos observar os
seguintes passos:
Passos Digitar Número de Exemplo
dígitos
1 Tipo de movimentação 1 I (inclusão)
do processo
2 Código do processo 12 145930001002
3 Código da 5 02121
movimentação
4 Data da movimentação 8 12 / 10 / 2003
5 Se o Juiz é titular 1 T (titular)
Obs:
1. Para “n” processos os passos 2,3,4 e 5 são repetidos “n” vezes;
2. O código, a data da movimentação e Juiz Titular são
desnecessariamente digitados;
3. As datas digitadas poderiam ser buscadas no sistema operacional.
Abordagem Ergonômica:
Na figura 4, implementando a movimentação em bloco, podemos
conseguir as seguintes alterações:
Ergonomia da Informação – Soluções Página 44
45. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Passos Digitar Número Exemplo
de dígitos
1 Indaga-se se a movimentação é 1 Bloco<ENTER>
em bloco ou individual(novo);
2 Se for em bloco, pergunta-se o 5 02121
código da movimentação do
bloco;
3 Na data da movimentação é 1 <ENTER>
informada a data atual pelo
sistema operacional. Caso a data
de movimentação seja diferente
da data atual, esta pode ser
digitada em substituição;
4 Informar se Juiz é titular(ex: 1 T (titular)
T(titular));
5 Obter os códigos de processos 12 ou 0 145930001002
por digitação ou por leitura de
código de barras.
Obs:
1. Para “n” processos, somente o passo 5 é repetido “n” vezes;
2. Optando-se pela movimentação em bloco, no passo 2 deixa-se de
digitar 5 dígitos para cada processo movimentado;
3. No passo 3 com a data atual ou com uma data qualquer deixa-se de
digitar 8 dígitos para cada processo movimentado e no passo 4 deixa-
se de digitar 1 dígito;
4. Supondo-se que um usuário quer movimentar 100 processos, com o
código da movimentação(02121), a data de movimentação igual a
data atual(data do S.O.) e a movimentação igual a inclusão, podemos
observar o impacto sobre o usuário no quadro abaixo:
Ergonomia da Informação – Soluções Página 45
46. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Sistema Sistema Sistema não Sistema não
Passos ergonômico c/ ergonômico s/ ergonômico c/ ergonômico s/
código de código de código de código de
barras barras barras barras
Tipo da
movimentação 1 1 1 1
(I)
(Bloco ou Novo)
Código da
Movimentação 5 5 500 500
(02121)
Data da
Movimentação 1 1 800 800
(DD/MM/AAAA)
Juiz Titular 1 1 100 100
(T)
Código do Processo - 1200 - 1200
(145930000000)
Total de Dígitos 8 1208 1401 2601
Ergonomia da Informação – Soluções Página 46
47. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
X
I- Inclusão
E- Exclusão
C- Consulta
A- Alteração
Movimentação: _
Figura: 3.1 - Movimentação não Normalizada. Tela da escolha do Tipo de
Movimentação
X
Código do Processo nnnnnnnnnn-nn
Código da Movimentação cccc-c
Data da Movimentação dd/mm/aaaa
Juiz Titular t
ALT + F1: Sair
Figura: 3.2 - Movimentação Não Normalizada. Tela de Movimentação
Ergonomia da Informação – Soluções Página 47
48. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
X
Bloco
Código da Movimentação cccc-c
Data da Movimentação dd/mm/aaaa
Juiz Titular t Ir Para
Código do Processo Novo
Deletar
Sair
Figura 4 - Movimentação normalizada - Movimentação em Bloco
Ergonomia da Informação – Soluções Página 48
49. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
c) Código de Barras , Cartão Magnético e digitação:
A utilização da leitura do código de barras e do
Cartão Magnético minimiza a necessidade da
digitação para alimentar o banco de dados.
No combate à Dort/LER o fator Tempo é
primordial mas existem dois fatores de igual
importância: a Forma de Digitar e a Velocidade da
Digitação. Veja a tabela abaixo:
Utilização do Código de Barras e o Cartão Magnético
Tempo Duração da atividade diária
Um caixa de banco ou plano de saúde
que utiliza o cartão magnético como
complemento ou identificação do
cliente. Esta digitação é tão pesada que
podemos observar as mãos do
funcionário dançando no teclado em
Digitação como uma frenética digitação. Também,
Atividade podemos notar a colaboração das mãos
Primária: alteradas, com as articulações
A forma de avermelhadas e o restante das mãos
digitar pálidas. Nestes dois casos não podemos
deixar de lado fator ar-condicionado que
provoca a contração dos músculos,
tendões e também das uma
vasoconstricção.
Um caixa de supermercado que utiliza o
código de barras como principal
Digitação como elemento de entrada de dados. O fator
Atividade digitação entra como complemento na
Secundária: falta de reconhecimento do código pela
máquina leitora. Também, ocorre no
fornecimento da quantidade de produtos
e na finalização da compra.
Ergonomia da Informação – Soluções Página 49
50. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Como já foi mencionado ela pode ser verificada pelos dedos
Velocidade dançantes que são assim pela pressão por produção. Desta
da forma pode-se acrescentar os " Call-Centers" que além da
digitação digitação acelerada tem também o uso excessivo da fala,
ocasionando problemas como rouquidão e calos em cordas
vocais.
Ergonomia da Informação – Soluções Página 50
51. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.2 Ergonomia de Hardware
Equipamentos dos Postos de Trabalho
a) Apresentar ângulos reguláveis para cima, para baixo e
para as laterais, de modo a minimizar o ofuscamento;
b) Ser posicionados ao nível dos olhos (a superfície do
monitor deve fazer um ângulo de 180 ° com os olhos);
c) Estar a uma distância de aproximadamente 75 cm do
rosto do usuário;
Monitores de d) Ser limpos com regularidade, assim como a tela e a
vídeo devem: área em volta, para reduzir o potencial eletrostático,
minimizando a quantidade de poeira no ar, o que
poderia irritar a pele e os olhos;
e) Ter a radiação eletromagnética minimizada de fábrica.
Observação: Os monitores de cristal líquido têm menor
emissão de radiação eletromagnética. Por isso, são mais
aconselháveis.
a) Não mais que 30 mm de espessura (no meio);
b) Teclas medindo entre 12 e 15 mm quadrados;
c) O ângulo de inclinação deve estar entre 10 ° e 15 °;
d) Pés ajustáveis de preferência nas superfícies, alta e
Os Teclados baixa, permitindo alinhamento entre punhos e mãos;
devem ter: e) Uma resposta a cada toque, como um ruído de clique
ou alguma sensação;
f) Uma posição na mesa no nível do cotovelo que deve
estar apoiado (90 ° entre o antebraço e o braço).
Observação: os notebooks não foram projetados para uso
prolongado e seu uso nesse sentido reforçará os
problemas músculo-esqueléticos.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 51
52. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
a) Foi desenvolvido como uma alternativa ao teclado,
com um emprego na interface gráfica do usuário
(GUI);
b) Tipos: O mouse básico;
Graphics tablet (ou mesa de
gráficos para desenhos);
Trackball;
Pen mouse;
Track point (IBM);
Touch mouse;
c) Alternativas Forma curvada (a palma da
Dispositivos ergonômicas: mão apoiada);
apontadores O botão esquerdo maior que
o direito;
Sulcos no formato e posição
dos dedos.
d) O Touch Mouse: Uma pequena superfície
retangular plana;
Dedo dirige o apontador
pelo toque deslizante;
Clique se dá pelo toque em
forma de uma pequena
pancada da ponta do dedo na
superfície ou o
pressionamento em uma das
teclas adjuntas.
a) Problemas: Ocupa muito espaço;
Poluição sonora.
Impressoras e
Periféricos b) Solução: Divisórias para isolar o
ruído;
Manter impressoras longe
do usuário, através de redes
com impressoras servidoras.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 52
53. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
a) Elemento de apoio Suporte de material firme e
para o punho, macio;
teclado e mouse: Excelente descanso para as
mãos;
Evita desnível entre
antebraço e punho;
Localização: bordas
inferiores do teclado e do
mouse.
b) Teclados Já tem um elemento de
ergonômicos: apoio para o punho;
Posição das teclas em um
ângulo anatômico corrigindo
a angulação das mãos em
relação aos punhos.
c) Braço ergonômico Inclina e gira o vídeo;
Acessórios para o monitor: Aumentam os movimentos e
ergonômicos a precisão na localização do
vídeo.
d) Porta documentos: Para digitação;
Painel do tamanho de uma
folha;
Posição: no mesmo plano de
focagem do monitor a partir
dos olhos;
Benefícios: cabeça, pescoço,
ombros e olhos.
e) Filtros de tela: Filtram a Luz;
Cobertura anti-reflexiva;
Proteção contra
ofuscamento;
Drenam a eletricidade
estática da frente do monitor
eliminando as partículas de
poeira.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 53
54. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
2.3 Ergonomia do Ambiente de Trabalho
Ergonomia do Ambiente de Trabalho
Mesa;
Cadeira;
Computador;
Acessórios;
Conceito Entende-se por ambiente de Iluminação;
trabalho do usuário: Aquecimento;
Ventilação;
Organização do
trabalho;
Ruídos;
Postura.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 54
55. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Ergonomia do Ambiente de Trabalho
1. Respeitar as características
antropométricas do usuário (altura,
peso, comprimento das pernas, etc.);
Mobiliário 2. Permitir a alternância de postura
O mobiliário deve:
(sentado, em pé, etc.);
3. Ter cadeiras de preferência com
assentos arredondados e encostos
adaptados para proteção da região
lombar.
1. Ruídos que podem prejudicar o bom andamento
da tarefa;
Ex: Impressoras matriciais em salas de
digitação;
2. O limite de tolerância de ruídos é apresentado
Condições Condições na NR 15, em seus anexos 1 e 2;
Ambientais acústicas 3. Os ruídos a) Problemas de audição;
excessivos e b) Dores de cabeça;
desconfortáveis c) Agressividade;
podem provocar: d) Insônia;
e) Aumento de pressão
arterial;
f) Queda de produtividade;
g) Aumento da fadiga.
1. Conforto térmico para o ser humano está entre
18 e 25 °C;
2. Alteração no a) Causar sensação de
Condições Condições equilíbrio térmico desconforto;
Ambientais térmicas pode: b) Alterar a pressão arterial;
c) Provocar fadiga;
d) Causar varizes;
e) Predisponibilizar doença.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 55
56. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
1. A iluminação deve ser difusa e sem sombras
excessivas;
2. Melhor iluminação é através da luz natural;
3. Janelas devem possuir vidros translúcidos;
4. As superfícies devem ser dispostas de forma a
evitar ofuscamentos e sombras;
Condições Condições 5. Uma iluminação a) Prejudicar a visão;
de
Ambientais iluminação deficiente pode: b) Causar fadiga;
c) Provocar sonolência;
d) Motivar distúrbios de
comportamento;
e) Diminuir a
produtividade;
f) Favorecer a ocorrência de
acidente.
1. Define quem faz o quê, como e em que tempo;
Organização Conceito 2. É a divisão dos homens e das tarefas;
do Trabalho 3. Problemas: a) Cooperação;
b) Hierarquia;
c) Motivação.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 56
57. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
1. Normas que o trabalhador deve seguir para
realizar a tarefa;
2. Incluem: a) Horário de trabalho;
b) Qualidade do produto;
c) Produção;
d) Produtividade;
Organização Normas e) Utilização obrigatória do
do Trabalho de mobiliário e dos equipamentos
produção disponíveis.
3. Problemas: a) Nem tudo está previsto;
b) As normas e os meios para
atingí-las podem não ser claras,
levando o trabalhador a um
estado constante de incerteza;
c) Confronto entre a quantidade e
qualidade.
1. É a seqüência de instruções para a realização de
uma tarefa;
2. Pode ser: a) Prescrito (ditado pela
empresa);
b) Real (o modo particular
adotado pelo trabalhador para
fazer face às variações dos
Organização Modo instrumentos, da matéria-
do Trabalho operatório prima, do seu próprio corpo e
das suas motivações).
3. Objetivo da 1) Disponibilizar vários modos
análise operatórios;
ergonômica: 2) Proporcionar conforto e
segurança;
3) Aumentar os graus de
liberdade na realização da
tarefa.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 57
58. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
1. Conceito
Pressão de tempo Não Produtividade
Produtividade = produção + tempo (*) +
ritmo + qualidade + jornada(*)
* Tempo para realizar a tarefa
* Jornada de trabalho
Organização Exigência 2. Problemas 1. A
do Trabalho de tempo capacidade De indivíduo para
produtiva indivíduo;
pode variar: Num mesmo
indivíduo ao
longo do tempo.
2. Limites mínimos fixados pela
empresa pode superar a
capacidade de um ou vários
trabalhadores colocando em risco
sua saúde.
1. É o que faz o trabalhador em determinado
tempo;
2. Não são a) Tempo para corrigir e
Determinação considerados, verificar um erro;
Organização do normalmente b) Tempo consumido em
pela empresa: um incidente e na sua
do Trabalho conteúdo do resolução;
tempo
c) Tempo para tomar
decisões;
d) Tempo para se recuperar
e se reorganizar entre
uma tarefa e outra.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 58
59. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
1. Tipos: a) Livre (regulado pelo
indivíduo) ou auto-ritmado
ou auto-determinado;
b) Imposto (regulado por
máquinas).
Ex: linhas de montagem;
c) Induzido (regulado por
premiações).
Organização Ritmo de Ex: Pagamentos por número
do Trabalho trabalho de toques em uma unidade de
tempo.
2. Um trabalho a) Expõe menos o trabalhador
auto-ritmado: ao risco de Dort/LER;
b) Permite fazer micro-pausas;
c) Leva em conta que as
pessoas têm diferentes ritmos
em diferentes momentos;
d) Respeita percepção da fadiga
pelo trabalhador.
1. Pode ser: a) Monótono;
b) Estimulante.
2. O conteúdo a) Criatividade;
Conteúdo estimulante b) Variedade de atividades;
Organização das
do Trabalho tarefas envolve: c) Interesses do trabalhador.
3. Uma variedade muito grande de tarefas nem
sempre é estimulante;
4. A análise ergonômica deve verificar uma sub ou
sobrecarga de trabalho.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 59
60. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
1. Ao andar, mantenha-se em postura ereta, em marcha
constante, com a cabeça reta, olhe acima do horizonte;
2. Nunca suba escada com a coluna inclinada para frente,
mantenha-a ereta e o pé completamente apoiado no chão;
3. Ao sentar-se ou levantar-se, mantenha sempre a coluna
reta, num ângulo de 90 ° e coloque sempre um pé à frente
do outro;
4. Quando permanecer sentado, não fique com os ombros
caídos para frente, encoste a região lombar na cadeira
alinhando a cabeça, não cruze as pernas e mantenha as
costas retas;
5. Quando erguer qualquer objeto do chão, dobre sempre
os joelhos e mantenha a coluna ereta e o peso próximo ao
corpo;
6. Não levante e nem pegue pesos acima da cabeça;
Postura 7. Não carregue peso na cabeça;
8. Se você trabalha muitas horas sentado, procure alternar
ficando alguns minutos por dia em pé;
9. Sentar-se em cadeira muito baixa ocasiona dores nas
costas. Muito alta, faz com que os pés fiquem suspensos,
ocasionando dores nos músculos;
10. Se tiver que permanecer em pé, mantenha-se em posição
ereta, com joelhos ligeiramente flexionados, evite
debruçar-se sobre balcões;
11. Ao permanecer em pé, parado num só lugar (enquanto
lava louça, por exemplo) apóie um dos pés sobre uma
superfície mais elevada, de aproximadamente 10 cm;
12. Ao atender telefone não o apóie entre o ombro e a
cabeça;
13. Não coloque objetos pesados ou documentos em gavetas
muito baixas, que estejam próximas ao piso;
14. Não fique com muito tempo na mesma posição;
15. Não digite, datilografe, grampeie ou escreva com muita
força;
16. Não segure grandes volumes de documentos apenas com
as pontas dos dedos.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 60
61. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
a) O punho deve ficar reto e no mesmo nível
do teclado;
Postura Postura no b) Não flexione o punho (para cima ),
teclado: isto estira os músculos do dorso da mão;
c) Não estenda seu punho (para baixo ),
isto estira os músculos e tendões ventrais;
d) Não desvie os punhos para as laterais.
a) A borda superior do monitor não deve
passar acima dos olhos;
b) Cotovelos devem ficar na altura do tampo
da mesa;
c) Mantenha os joelhos dobrados em ângulo
de 90 °;
Postura na d) Mantenha os pés apoiados;
Postura Estação de e) Sente-se ereto de frente para o computador
Trabalho: com as costas apoiadas na cadeira;
f) Use telefones que se prendem a cabeça
para manter o pescoço relaxado;
g) Use uma almofada para apoiar a coluna
lombar;
h) Utilize suportes para copiar documentos;
i) Utilize um apoio para os punhos;
j) Mantenha o mouse perto do teclado.
Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 61
63. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Apêndice A
Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho)
A mesa, apresentada nas figuras a seguir, foi projetada como uma
Estação de Trabalho. O projeto visa à prevenção de Doenças Relacionadas
ao Trabalho com Informática.
Figura 5 - Mesa Ergonômica – Visão Frontal.
Na figura número 5, temos uma visão geral da mesa com os espaços
bem distribuídos. Observe que não existem gavetas. O apoio para os
cotovelos é fundamental e o vídeo no campo de visão também, ou seja, no
nível dos olhos. A impressora não pode ser matricial, devido ao seu grande
ruído. Por isso devem estar em outra sala. Recomenda-se a impressora jato
de tinta ou lazer.
Apêndice A - Mesa Ergonômica Página 63
64. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
Medidas da Mesa
1 Altura 70 cm
2 Largura 63 cm
3 Diagonal (apoio dos cotovelos ao fundo do 91 cm
vídeo)
4 Comprimento à direita 1 m e 52 cm
5 Comprimento à esquerda 1 m e 43 cm
As medidas 1, 2 e 3 não podem ser alteradas, somente as 4 e 5 podem.
Apoio dos Cotovelos
1 Altura 1 cm
2 Largura 11 cm
3 Distância (cotovelo direito ao esquerdo) 61 cm
Na figura número 5 temos, também, o filtro de tela. Quanto menor o brilho
e os reflexos na tela do monitor, maior o conforto para os olhos. Então, o
melhor a fazer, além de uma proteção anti-ofuscante, é ajustar os controles
manuais do vídeo e adquirir, se possível, um filtro de tela.
Figura 6 - Mesa Ergonômica – Apoio dos Cotovelos.
Na figura número 6 destacamos o descanso para os pés que pode ser
adquirido em lojas de acessório de informática. Destacamos, também, a
cadeira que deve ser giratória, de acento e encosto ajustáveis (o encosto em
cadeiras ergonômicas é reclinável, o que é mais recomendável). O suporte
Apêndice A - Mesa Ergonômica Página 64
65. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário
para o vídeo que pode também ser adquirido ou feito do mesmo material da
mesa, desde que obedecendo aos critérios descritos na figura 5.
Figura 7 - Mesa Ergonômica –
Teclado Ergonômico.
Figura 8 - Mesa Ergonômica – Teclado
Ergonômico e Apoio dos Cotovelos.
Nas figuras número 7 e 8 podemos verificar a importância do teclado
ergonômico devido a distribuição de suas teclas permitindo que o
antebraço, punhos e mãos fiquem em uma posição mais natural. O apoio de
mãos articulado permite, durante as pequenas pausas do processo de
digitação, que o usuário apóie suas mãos, relaxando os tendões, músculos e
nervos. O mouse convencional exige o movimento dos músculos mais
fortes do ombro e dos braços para clicar ou movê-lo. Por isso, o touch
mouse é uma opção por ser mais suave, exigindo apenas o deslizar dos
dedos para movimentá-lo e um toque para clicar exigindo apenas um pouco
de treino. Outra alternativa é o mouse óptico.
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