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Sistemas Unificados de Prevenção
às Doenças Ocupacionais em Informática
Manual de Procedimentos Específicos




               - Prevenus -




    Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
Prevenus - Planejamento




       Sistemas Unificados de Prevenção às
      Doenças Ocupacionais em Informática




                  - Fase de Planejamento -

                 Análise de Informações
              Planejamento de Informática
              Planejamento Evolucionário




                                   O trabalho e suas diferentes adversidades
                                            devem ser adaptadas ao homem
                                                           e não o contrário.⃰




       Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
________________________________
⃰ Isaias Horta Brazil
Prevenus - Planejamento




                          Agradecimentos
                          O destino na ponta dos dedos

       Nascemos, aprendemos a andar passo a passo: primeiro temos que
ter força nos braços e pernas para engatinhar, depois seguramos em
qualquer objeto para ficar de pé, o que vem a seguir são, os primeiros
passos. Em um segundo momento, porém paralelo a este, ensaiamos as
primeiras palavras até aos cobiçados "Papai" ou "Mamãe", mas na maioria
das vezes o que sai é o primeiro "não". A partir deste momento, toda nossa
vida está na ponta dos dedos: começamos pelo lápis até termos a segurança
para usar a caneta. Pronto, estamos preparados para a próxima fase, a
alfabetização digital. Teclado e mouse nos deixam engatinhando
novamente:
    - Onde está a letra "C"?
    - E a "D"?
    - O que eu faço para sair desta tela?
       Um dia, bem após, voltamos a andar e até a falar outra linguagem: a
linguagem dos blogs, browsers, a dos bate-papos via Internet. O e-mail
substitui as tradicionais cartas, os blogs às conversas pessoais e às por
telefone e os navegadores às bibliotecas.
       Em algum momento temos que parar analisar e procurar os contatos
mais calorosos em vez de ficarmos em uma sala fria e deixar a vida
somente na ponta dos dedos. Às vezes isto leva tempo. Tempo o suficiente
para abalar toda a estrutura que construímos. Tudo se torna tão difícil sem a
força, a destreza e a firmeza das mãos: o nosso primeiro instrumento de
trabalho.
       Deixamos tudo, a começar pelas conquistas mais recentes. Estamos
analfabetos novamente: fisioterapia, Massoterapia, psicoterapia,
hidroterapia, Mesoterapia,...
       Em alguma hora ficamos perdidos entre tantas "pias".
       Passamos a ter que engatinhar novamente, aprender novas palavras, a
lidar com novos limites, com a dor, a ardência, as queimações, as
dormências e até com as reprovações sociais:
    - Isto não é frescura, não?
    - O que ele tem?
    - É a lerdeza, rá rá rá!
Prevenus - Planejamento


       É neste momento que temos a oportunidade de colocarmos em
prática valores como a humildade e a perseverança e recomeçar tantas
vezes quanto for necessário. A caminhada assume novas formas, mas
nunca devemos parar, apesar de sabermos que esta é uma estrada cheia de
lombadas, depressões e obstáculos.
       Desta forma, este trabalho foi idealizado a luz de uma pesquisa
desesperada à procura de uma solução de um problema que implodia os
meus ideais, a minha autonomia, os meus prazeres e tudo mais que
implicasse na utilização dos membros superiores (Ler - Lesão por Esforço
Repetitivo/Dort - Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho) e
confeccionado com a colaboração de várias pessoas que dedicaram
algumas horas preciosas, escrevendo ou digitando, para fazer com que eu
me sentisse um pouco melhor.
       Agradeço a toda a equipe do Projeto Prevenus: Professor Orientador
Daves Marcio Silva Martins, Adilson Diogo de Andrade Almeida, Ernani
Guilhon Loures Filho, Hugo Magalhães Ribeiro, da qual também sou
membro. Em especial, dedico a minha mãe, Laura Horta Brazil, que sempre
esteve paciente atendendo aos meus apelos de ajuda e a minha cunhada,
Carla Manoel Ferreira, que conheceu a informática me ajudando. Também,
agradeço aos meus amigos: Dr. José Bráulio Pinto Ribeiro Junior, Dr. Ivan
Augusto Fins Vaz de Mello e Dr. Paulo S. V. Ronzani que tão
pacientemente me incentivaram a não desistir do tratamento, quanto deste
trabalho.
                                                      Isaias Horta Brazil.
Prevenus - Planejamento


                                                               Índice

Doenças Ocupacionais em Informática .......................................................................... 13
Análise de Informações .................................................................................................. 13
Capítulo 1 ....................................................................................................................... 15
  L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos................................................................... 15
  D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho .......................... 15
    1. Conceitos ........................................................................................................ 15
    2. Histórico ......................................................................................................... 16
    3. Lesões Mais Comuns ...................................................................................... 17
    4. Estágios Evolutivos ........................................................................................ 18
    5. Fatores Determinantes de Risco ..................................................................... 20
    6. Profissões de Risco ......................................................................................... 21
    7. Tratamento ...................................................................................................... 22
Capítulo II ....................................................................................................................... 26
  SÍNDROME DA INFORMÁTICA ............................................................................ 26
  “Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual .............................................. 26
    1. Síndrome da Informática ................................................................................ 26
    2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA" ..................................... 27
    3. Fadiga Visual .................................................................................................. 28
       3.1        Conceito:................................................................................................. 28
       3.2        Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual: ...................................... 29
       Fatores que contribuem para a fadiga visual ...................................................... 29
       3.3        Solução: .................................................................................................. 30
  Fadiga Visual .............................................................................................................. 30
Prevenção, Ergonomia e Informática ............................................................................. 31
Planejamento de Informática .......................................................................................... 31
Planejamento Evolucionário ........................................................................................... 31
Capítulo III ..................................................................................................................... 33
  PREVENÇÃO E ERGONOMIA ............................................................................... 33
    1. Conceito de Ergonomia .................................................................................. 33
    2. Ergonomia e Carga de Trabalho ..................................................................... 34
Capítulo IV ..................................................................................................................... 36
  Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática............................. 36
    1. Conceitos: ....................................................................................................... 36
       2.1        Ergonomia e Usabilidade........................................................................ 37
          2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário ........................................... 37
          2.1.2 Ergonomia e Usabilidade para Desenvolvedores: .............................. 38
          2.1.3 Redução da carga de trabalho: ............................................................ 39
          2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação:....................................... 40
       2.2        Ergonomia de Hardware ......................................................................... 51
       2.3        Ergonomia do Ambiente de Trabalho .................................................... 54
Apêndice A ..................................................................................................................... 63
  Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho) ................................................................... 63
Apêndice B ..................................................................................................................... 66
  Sistema Preven e Sentinela ......................................................................................... 66
    Sistema Preven ....................................................................................................... 66
    Sistema Sentinela.................................................................................................... 67
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Anexo A.......................................................................................................................... 69
  16 DICAS PARA SUA SAÚDE ................................................................................ 69
Anexo B .......................................................................................................................... 75
  Programa de ações integradas para prevenção ........................................................... 75
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 76
Prevenus - Planejamento




                            Apresentação

      Este trabalho vem propor a ergonomia aplicada à informática, ou
seja, uma computação voltada para o usuário, preocupada com a
comunicação homem-máquina, através da adequação dos periféricos ao uso
humano (SHNEIDERMAN, 2006, p. 14).
      Hoje encontramos toda informática preocupada somente com a
solução de problemas, comerciais ou científicos, e não atendendo ao
conforto do usuário no trabalho.

                O maior problema não diz respeito à falta de acesso à informação
                ou às próprias tecnologias que permitem o acesso, e sim a pouca
                  capacidade crítica e procedimental para lidar com a variedade e
                 quantidade de informações e recursos tecnológicos. Conhecer e
                        saber usar estas tecnologias implica na aprendizagem de
                     procedimentos para utilizá-las e, principalmente, habilidades
              relacionadas ao tratamento da informação. Capacidade para criar e
                                                  comunicar-se por esses meios.
                                                        Oliveira Netto, 2004, p. 25.

      Para conseguirmos resolver os problemas, surgidos com a introdução
dessa nova tecnologia, os profissionais da informação devem se unir a
várias outras áreas, como a ergonomia e a medicina representada pelos
ortopedistas, fisiatras, fisioterapeutas e psicólogos.

                          O saber tecnológico, não é sinônimo de aquisição de
              competências específicas, porque estas em geral são repetitivas e
                  independem de uma análise crítica. O saber tecnológico é um
                saber que respeita a bagagem preexistente no trabalhador e lhe
                 permite apropriar-se de um determinado conhecimento em um
                    dado momento, mais prepara esse mesmo trabalhador para
              compreender os avanços que ocorrem no campo da sua profissão.
                                     Oliveira Netto, apud NISKIER, 1993, p. 126.

       A causa das doenças da era da informação não é a ciência que trata
esta, muito menos os computadores. Como veremos no decorrer da
apresentação deste documento, o que acontece é a má utilização dos
periféricos, dos membros superiores e das relações entre eles; e também, a
falta de uma ergonomia aplicada à informática.

                  O prefácio propõe uma solução no nível de organização.
                  A introdução destaca a importância da teoria geral dos
                   sistemas na construção de um projeto.
Prevenus - Planejamento


                  Na 1ª Parte (fase de Análise de Informações)
                   procuramos fazer um levantamento minucioso, porém
                   com uma apresentação resumida, das principais Doenças
                   Ocupacionais em Informática (DOI).
                  No capítulo 1 são discutidos, o conceito, as
                   características, prevenção e tratamento da DORT/LER.
                  No capítulo 2 é abordada uma nova e curiosa doença, a
                   Síndrome da Informática ou Síndrome da Informação.
                   Também, são discutidas a Fadiga Visual e a “Dor de
                   Garganta Computadorizada” (que já afligia os
                   professores, as telefonistas e outros “profissionais da
                   voz” e também os profissionais de telemarketing).
                  Na 2ª Parte (Fase de Planejamento de Informática e
                   Evolucionário), mais familiarizados com as DOI,
                   propomos algumas idéias para prevenir tais doenças.
                  No capítulo 3 são apresentadas a Ergonomia e a sua
                   relação com a carga de trabalho.
                  No capítulo 4 são discutidas algumas medidas de
                   prevenção com a aplicação da ergonomia à informática.
                  No apêndice A é apresentado um modelo de mesa
                   projetado com a função de ser uma estação de trabalho.
                  No apêndice B são propostos dois sistemas de controle
                   das atividades do usuário.
                  No apêndice C são relacionadas algumas dicas simples
                   de serem adotadas, para garantir uma maior longevidade
                   no trabalho.
                  No apêndice D é apresentado um programa de ações
                   integradas para prevenção.
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                                Prefácio
       As doenças surgidas no apogeu da Era da Informação têm como
origem a implantação de novas tecnologias, não adaptadas ao uso humano,
uma Organização de Trabalho voltada para a produção, o lucro e o bem
estar da empresa, sonegando ao trabalhador condições dignas para efetuar
as suas tarefas (LODI, 2003, p. 192).

              A pouca familiaridade com a tecnologia também pode constituir-se
                  um problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as
                       situações que exigem conhecimento tecnológico. O pouco
                        conhecimento pode levar algumas pessoas a se sentirem
              discriminadas ou constrangidas por não serem capazes de realizar
                     algumas atividades, como ocorre freqüentemente em caixas
                                                         eletrônicos de bancos.

               Também o caráter de novidade pode gerar constrangimento e até
                 preconceitos. É freqüente as pessoas se sentirem embaraçadas
                     quando telefonam para algum lugar e se deparam com uma
             secretária eletrônica ou quando o volume alto de um walkman gera
              isolamento de um indivíduo. A questão não é deixar de usar esses
             recursos, mas aprender a utilizá-los e a conviver com as mudanças
                                                  de hábitos na sociedade atual.
                                                       Oliveira Netto, 2004, p. 25.

     A solução para a prevenção destas doenças é multifuncional, ou seja,
depende de vários profissionais, porém, o mais importante é que trabalhem
com o mesmo propósito.

                       (...), quando se fala do homem, não há como separar a sua
                                natureza biológica da sua natureza sócio-histórica.
                 O homem não pode ser reduzido a um produto de determinadas
                 relações sociais, como as econômicas, nem tão pouco pode ser
                  reduzido a um vertebrado mamífero, descontextualizado de sua
              existência na sociedade humana. É fundamental procurar entender
                  estes fenômenos na rede que caracteriza sua formação. Assim,
                    também o homem possui características pertinentes a outras
             formas de vida, como a possibilidade de transformação e evolução.
                                                        Oliveira Netto, 2004, p. 39.

     Os profissionais que venham a trabalhar com a prevenção de doenças
ocupacionais devem, antes de tudo, ter as seguintes características:
     1. Prever;
     2. Educar;
     3. Fazer campanhas preventivas;
Prevenus - Planejamento


      4. Estar em constante contato com os funcionários para saber as
      suas dificuldades, seus descontentamentos e suas opiniões sobre o
      que deve mudar na Organização de Trabalho da empresa;
      5. Tomar conhecimento de pessoas que estejam passando pelas
      dificuldades destas novas moléstias;
      6. Ser humano, se importar com o seu semelhante, isto é, todo
      homem necessita de segurança, prestígio, auto-realização e conforto
      no trabalho.
Prevenus - Planejamento




             DOENÇAS OCUPACIONAIS


                          INTRODUÇÃO



      Durante o apogeu da Revolução Industrial o homem fascinado com o
novo mundo, que acabara de criar, deixou de se preocupar com os efeitos
colaterais que a industrialização estava causando aos seus semelhantes.
Assim, quando uma máquina era projetada pensava-se somente na
produção e não, também, no homem que iria operá-la, desta forma, mal
preparados e desinformados sobre as cautelas com o manuseio da máquina
eram mutilados e até mortos por estas mal projetadas máquinas. É claro,
que o projetista desta época não tinha desenvolvido um raciocínio para a
proteção do operário, não tendo uma visão de que os sistemas feitos pelo
homem interagem com os sistemas vivos, entre eles o ser humano
(CATANHEDE, 1973, p. 29).

                       A rapidez com que se dá a produção de conhecimentos e a
              circulação de informações no mundo atual impõe novas demandas
                para a vida em sociedade. Hoje, mais do que nunca, é necessário
              que a humanidade aprenda a conviver com provisoriedade, com as
                       incertezas, com o imprevisto, com a novidade em todos os
                   sentidos. Isso pressupõe o desenvolvimento de competências
                 relacionadas a capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, à
                   autonomia na construção e na reconstrução de conhecimento:
                  capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se
                  sabe, ter disponibilidade para transformar o seu conhecimento,
                    processando novas informações e produzindo conhecimento.
                                                        Oliveira Netto, 2004, p. 25.

      Retornando a nossa época encontramo-nos em outra revolução, a
Revolução da Informação, e nos deparamos com obstáculos semelhantes
aos da Revolução Industrial, em que os projetistas atuais continuam
cometendo os mesmos erros, talvez por ser o início de uma nova era, estes
ao projetar uma nova máquina não têm, por coincidência ou não, o
conhecimento da TEORIA GERAL DOS SISTEMAS para aplicar aos seus
projetos.
Introdução                                                                   Página 11
Prevenus - Planejamento


      No passado os problemas eram as mutilações e as mortes no
manuseio das máquinas. Hoje, encontramos a L.E.R. (Lesão por Esforço
Repetitivo), Síndrome da Fadiga da Informação, “Dor de Garganta
Computadorizada”, Fadiga Ocular, etc., sendo a L.E.R. a mais conhecida e
a mais grave por se tratar de uma epidemia.
      Estas doenças não se restringem a área da informática, mas neste
documento as abordaremos somente nesta disciplina.




Introdução                                                        Página 12
Prevenus - Planejamento




                                          a
                                 1
                                Parte
   Doenças Ocupacionais em Informática




                 Análise de Informações




                                              Página 13
Prevenus – Planejamento – Análise de Informações




L.E.R.
D.O.R.T.


                                                   1



                                                       Página 14
Prevenus – Planejamento




                          Capítulo 1

               L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos
   D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho




1. Conceitos




                             LER/DORT
            É uma doença relacionada ao trabalho caracterizada pelo
         fenômeno dor, de Leve a insuportável. A primeira pode ser
Conceito intermitente ou contínua, dependendo do grau evolutivo da
   1     doença. A segunda pode ser desencadeada por movimentos
         simples (Escovar os dentes, folhear um livro,...) ou complexos
         (escrever, aparafusar,...).




Conceitos – LER/DORT                                             Página 15
Prevenus – Planejamento – Análise de Informações



2. Histórico




   Mais ou - Hipócrates, em sua obra "água, ares e lugares",
   400 antes registrava casos de intoxicação como chumbo.
   de Cristo
   Início da Plínius, descreve o primeiro uso de equipamento
   era cristã de proteção individual, para a proteção de
              escravos em minas de enxofre.
                  Médico italiano, Ramazzini, detecta em artesãos
     Século       a LER e descreve em sua obra "Morbis
      XVII        artificun diatriba" relacionando diversas
                  doenças às atividades profissionais.
    Final dos A LER aparece com maior incidência.
     anos 70
                  A LER ganha status de epidemia.
                  Principais causas agravantes nesse período:
                      a) Ritmo de trabalho moderno baseado em
                         padrões de produção;
                      b) Técnicas tayloristas de organização do
       1980              trabalho;
                      c) Informatização e automatização parcial;
                      d) A atividade altamente repetitiva e
                         monótona;
                      e) Ritmo elevado;
                      f) Movimentos simples;
                      g) Trabalho mais leve, concentrando as
                         forças em partes do corpo, como as mãos
                         e punhos na digitação.




Histórico – LER/DORT                                        Página 16
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3. Lesões Mais Comuns




                           Inflamação de tecidos cinoviais que
   Tenossinovites          envolvem os tendões em sua passagem
                           por túneis osteofibrosos, polias e locais
                           em que a direção da aplicação da força é
                           mudada.
      Tendinite            Inflamação dos tendões.
    Síndrome      Compressão dos nervos ou tensão
 Cervicobranquial muscular da coluna cervical.
     Epicondilite          Inflamação das estruturas do cotovelo.
    Síndrome do            Compressão do complexo braquial
    Desfiladeiro           (nervos e vasos).
      Torácico
Síndrome do Túnel Compressão do nervo mediano ao nível
    do Carpo      do punho.
   Dor Miofascial          Contração dolorosa dos músculos.
                           Inflamação das bursas. Pequenas bolsas
        Bursite            que se situam entre os ossos e os tendões
                           das articulações dos ombros.
       Sinovites           Inflamação de tecidos sinovais.
       Miosites            Inflamação do tecido próprio dos
                           músculos.
       Fasciites           Inflamação de fáscias e de ligamentos.




Lesões Mais Comuns - LER/DORT                                   Página 17
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4. Estágios Evolutivos

De acordo com a Instrução Normativa INSS/DC Nº 98, de 05 de dezembro
de 2003 - DOU de 10/12/2003 (Norma Técnica sobre LER ou DORT do
INSS) os quadros sintomáticos, didaticamente podem ser enquadrados no
seguinte estagiamento:




                                No membro afetado
             Sensação de peso e desconforto;
             Dor espontânea, às vezes com pontadas de caráter ocasional;
             Não há interferência na produtividade;
Grau         Não há irradiação nítida;
 I           Dor melhora com repouso;
             Sinais clínicos ausentes;
             Tem bom prognóstico.
           A dor é mais persistente e intensa;
           A dor aparece durante a jornada de trabalho de modo
            intermitente;
           Tolerável com redução de produtividade;
Grau       Dor localizada com formigamento e calor;
 II        Irradiação definida;
           Recuperação demorada mesmo com repouso;
           Aparece fora do expediente;
           Podem aparecer pequenas nodulações acompanhando a bainha
            dos tendões;
           Hipertonia e dolorimento muscular;
           Prognóstico favorável.




Estágios Evolutivos - LER/DORT                                       Página 18
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                                 No membro afetado
              Dor mais persistente e forte;
              Irradiação mais definida;
              Repouso só atenua a intensidade da dor;
              Crises dolorosas fora do trabalho, especialmente à noite;
              Perda de força muscular e parestesia;
              Queda da produtividade;
              Impossibilidade de executar trabalhos domésticos;
Grau
              Sinais clínicos presentes;
 III
              Edema freqüente e recorrente;
              Hipertonia muscular constante;
              Alterações da sensibilidade;
              Palidez, hiperemia e sudorese;
              Eletromiografia pode estar alterada;
              Retorno a atividade produtiva é problemático;
              Prognóstico reservado.
            Dor forte, contínua e por vezes insuportável;
            Movimentos acentuam a dor;
            As crises dolorosas ocorrem mesmo quando o membro está
             imobilizado;
            Perda de força e controle dos movimentos constantes;
Grau        Edemas persistentes;
 IV         Podem aparecer deformidades;
            Atrofias pelo desuso;
            Capacidade de trabalho anulada;
            A invalidez se caracteriza pela impossibilidade de um
             trabalho produtivo regular.
            Atos da vida diária altamente prejudicados;
            Quadros de depressão, ansiedade e angústia;
            Prognóstico sombrio.




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5. Fatores Determinantes de Risco


                             No rodar o pescoço para o lado;
                             Fletir os ombros;
                             Inclinar-se para alcançar o mouse do
                              computador;
                             Teclado acima da altura do cotovelo;
                             Falta de apoio para os cotovelos;
      Funções                Punhos com desvios;
  ergonomicamente            O uso de telefone apoiado no ombro;
   mal concebidas:
                             Grandes diferenças individuais na técnica de
                              realização do trabalho;
                             Monitor muito alto ou muito baixo;
                             Cadeira inadequada;
                             Posturas fixas, extremas e incorretas;
                             Força e repetição de movimentos e a
                              combinação da aplicação de forças elevadas e
                              alta repetitividade;
                             Baixo grau de flexibilidade da ação do trabalho.

                            Competição exagerada;
                            Pressão como forma de obter resultados;
Relações humanas            Medo de perder o emprego;
  inadequadas:              Relacionamento ruim funcionários-funcionários;
                            Má qualidade da comunicação entre o empregado
                             e a chefia.

                         O uso do computador com muitas horas seguidas;
                         Falta de pausa;
                         Prazos muito curtos para conclusão do trabalho;
    Organização          Picos de solicitação do trabalho;
    inadequada           Horas extras muito freqüentes;
    do trabalho:         Falta de poder para decisões relacionadas à
                          tarefa;
                         Prêmios por produtividade;
                         Grande pressão em relação à produção;
                         Distribuição de tarefas por sexo.



Fatores Determinantes de Risco - LER/DORT                               Página 20
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6. Profissões de Risco

       São profissões altamente especializadas que sofreram um
enxugamento nas últimas décadas, com isso um aumento no volume do
trabalho, na pressão da produção e da qualidade do produto final.




                      Digitadores;
                      Bancários;
                      Jornalistas;
Profissões de         Dentistas;
   Risco:             Secretariado;
                      Enfermagem;
                      Laboratoristas;
                      Escritores.




Profissões de Risco - LER/DORT                              Página 21
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7. Tratamento


       O principal é detectar a doença em estágio inicial, em seguida,
descartar doenças que apresentam sintomas semelhantes de dores, como
reumatismo e artrite reumatóide (Instrução Normativa INSS-98/2003: 1).
       O grande problema da Dort/LER é que a sua melhora ocorre
paulatinamente e esta é frágil, ou seja, qualquer movimento fora dos limites
que ela impõe destrói toda a recuperação que é desta forma, temporária e
paliativa.
       O tratamento deve ser dirigido por uma equipe multifuncional:

                     Médicos;
                     Fisioterapeutas;
                     Terapeutas ocupacionais;
                     Psicólogos (ou psiquiatras).


                         Tratamentos Indicados

             Analgésicos e antiinflamatórios são importantes
Medicamentos para o combate à dor, mas se usados
             individualmente, são considerados insuficientes.

                Triclínicos como reguladores do sistema supressor
Antidepressivos da dor.



                     Tratamento das lesões físicas, objetivando o alívio
  Fisioterapia       da dor e a diminuição do processo inflamatório.



                     Órteses: Ajudam na recuperação, mas seu uso
  Fisioterapia       indiscriminado e continuadamente causa a atrofia
                     dos músculos.




Tratamento - LER/DORT                                                      Página 22
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                  Eletroterapia:
                     1. Utilização de corrente elétrica:
                             Proporciona analgesia;
  Fisioterapia               Melhora a circulação local;
                             Reduz edemas.
                     2. Ex:
                      TENS (Estimulação Elétrica Transcutânia).

                  Crioterapia:
                           1. Compressas de gelo;
                           2. Promove analgesia e diminuição do
                               processo inflamatório;
                           3. Deve ter duração de dez a trinta
                               minutos com várias sessões ao dia;
  Fisioterapia             4. Contra-indicações:
                                   Processos artríticos ou de
                                     rigidez articular;
                                   Insuficiência           vascular
                                     periférica;
                                   Síndrome de raynauld;
                                   Hemoglobinúria Paraxística
                                     Noturna;
                                   Alergia ao frio.

                  Massoterapia:
                    1. Realizado em pontos estratégicos;
                    2. Tipos:
  Fisioterapia             Massagem básica ou Sueca;
                           Shiatsu;
                           Massagem da zona reflexa;
                           Massagem transversa profunda;
                           Massagem do tecido conjuntivo
                              ("ROLFING").

                  Cinesioterapia: Terapia por meio de exercícios
  Fisioterapia    físicos para revigorar os músculos. É muito
                  importante para reabilitação.




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                  Terapia ocupacional: Simulação da vida diária
  Fisioterapia    para preparação dos pacientes para o cotidiano.



                  Técnicas de relaxamento:
  Fisioterapia       1. Miofascioterapia;
                     2. Cadeias musculares de Leo Bousquet.



  Fisioterapia    RPG: Métodos de reeducação postural global.




  Fisioterapia    Hidroterapia




  Fisioterapia    Mesoterapia ou Intradermoterapia.




                          Tratamentos Contra-Indicados
                              A longo prazo           1. Aumento da
                              pode provocar:             depressão;
                                                      2. Reduz o sono
           Ansiolíticos                                  repousante;
                                                      3. Aumento da
                                                         sensação de
                                                         dor.
                  Cirurgias              Tem resultados irrisórios.
                          Infiltração de base hormonal.




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Síndrome da Informática
“Dor de Garganta Computadorizada”
Fadiga Visual


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                              Capítulo II

                  SÍNDROME DA INFORMÁTICA

     “Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual


1. Síndrome da Informática




  Conceito        Estresse pelo excesso de informação.
 Profissões       Atinge principalmente executivos e administradores.
  de Risco
                   1.   Tremedeiras;
                   2.   Indecisão;
  Sintomas         3.   Insônia;
                   4.   Irritabilidade;
                   5.   Tensão;
                   6.   Sentimento de abandono.
                   1. Milhões de páginas na Internet;
 Problemas         2. Milhões de pessoas plugadas;
                   3. Acesso demorado à Rede.
                 Filtros de informação         1. Leva ao computador,
                  (WEBCASTING)                    automaticamente, só assuntos
  Soluções                                        selecionados;
                                               2. Horários pré-programados;
                                               3. Exemplo: Política às 20h,
                                                            Economia às 21h.




Síndrome da Informática - Sintomas - Problemas – Soluções               Página 26
Prevenus – Planejamento – Análise de Informações




2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA"




 Conceito           É a rouquidão crônica e até a perda total da voz.
  Causa:           Desenvolvimento de pólipos ou úlceras nas cordas
             vocais devido ao repetitivo atrito das pregas.
                 1. Sistemas precários de reconhecimento de voz;
                 2. Cada palavra precisa ser pronunciada, de forma distinta
Problemas:          e exatamente no mesmo tom e volume, para ser
                    compreendida pelo computador;
                 3. Os usuários não respiram normalmente durante o ditado,
                    com isso, as cordas vocais tendem a perder a tensão;
                 4. Avaliação por produção. Ex: Call Centers.
                 1. Fazer pausas com freqüência;
Soluções:        2. Beber bastante água;
                 3. Evitar o álcool, cafeína e remédios que ressequem as
                    cordas vocais.




Dor de Garganta Computadorizada - Causa - Problemas – Soluções          Página 27
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3. Fadiga Visual


          3.1    Conceito:


                                  Fadiga Visual
                                               É o desgaste provocado pelo uso
                                       em excesso da visão central em
                Conceito
                                       detrimento da visão periférica.

                                          1. Curta duração;
            Características               2. É reversível.

                                          1. Ardência;
                                          2. Vermelhidão;
                                          3. Sensação de areia nos olhos;
                Sintomas                  4. Inflamação das pálpebras e
                                             membranas próximas;
                                          5. Dificuldade em focalizar as
                                             imagens;
                                          6. Vista embaçada ou dupla;
                                          7. Tontura, náuseas e dores de
                                             cabeça.




Fadiga Visual - Conceito                                                 Página 28
Prevenus – Planejamento – Análise de Informações




          3.2    Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual:


                 Fatores que contribuem para a fadiga visual
                                1.   Radiação;
                                2.   Campos eletrostáticos;
                                3.   Oscilação;
    Monitor ou Tela:            4.   Contraste;
                                5.   Legibilidade;
                                6.   Cores;
                                7.   Características específicas da regulagem
                                     dos monitores.
                                1.   Ângulo;
                                2.   Posição;
                                3.   Distância de visualização;
   Posto de Trabalho:           4.   Iluminação;
                                5.   Má distribuição do material de trabalho;
                                6.   Ofuscamento;
                                7.   Iluminação imprópria;
                                1. Problemas oculares;
                                2. Regularidade com que o olho pisca;
  Hábitos e Diferenças          3. Fatores psicológicos;
      Individuais:              4. Franzir a testa;
                                5. Travar as mandíbulas;
                                6. Manter a cabeça sempre na mesma
                                   posição;
                                7. Visão inadequadamente corrigida.
                                1. Esforço visual prolongado;
  Hábitos de trabalho:          2. Poucas pausas;
                                3. Pagamento por produção.




Fadiga Visual - Fatores que Contribuem                                 Página 29
Prevenus – Planejamento – Análise de Informações




          3.3    Solução:

                                  Fadiga Visual
                                        1. Consultar um Oftalmologista;
                                        2. Melhorar o ambiente de trabalho;
                                        3. Melhorar a iluminação e
                                           diminuir o ofuscamento;
                                        4. Utilizar uma luz difusa acima da
                                           cabeça,      acompanhada       por
                                           luminárias      na    leitura   de
                                           documentos;
                                        5. A luz natural é a ideal, porém
                                           deve-se controlar a luminosidade
                                           e posicionar a tela com seu plano
                                           perpendicular ao das janelas;
                                        6. Utilizar filtros de luz que tenha
                                           coberturas anti-reflexivas;
                Solução                 7. Usar vídeos de tela plana;
                                        8. Limpar regularmente a poeira
                                           acumulada na tela do monitor;
                                        9. Posicionar a tela do monitor da
                                           seguinte forma: o alto do visor
                                           deve estar no nível dos olhos e o
                                           centro deve estar apontado para
                                           os olhos em um ângulo de cerca
                                           de 15 °;
                                        10.Tenha um suporte para o
                                           material de referência durante a
                                           digitação;
                                        11.Faça uma pausa visual de 15
                                           minutos a cada 1 hora de
                                           atividade, para mudar o foco,
                                           para aliviar o cansaço visual.




Fadiga Visual - Solução                                             Página 30
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário




                                                   2ª
                                                  Parte
    Prevenção, Ergonomia e Informática



            Planejamento de Informática
            Planejamento Evolucionário




                                                                        Página 31
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Prevenção e Ergonomia


                                                                 3




                                                                        Página 32
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                             Capítulo III
                   PREVENÇÃO E ERGONOMIA

1. Conceito de Ergonomia

           Estudo da relação homem-trabalho
                           1. Conforto;
           Objetivos:      2. Bem-estar;
                           3. Segurança;
                           4. Eficiência.
                           1. Posturas;
          Ocupa-se de      2. Movimentos;
           fatores do      3. Ritmos;
            trabalho:      4. Conteúdos.
Ergonomia
                               Atua no momento
                                  da criação de
                  Ergonomia instrumentos,
                      de           máquinas,
                  concepção        móveis, etc.
          Tipos                Atua na alteração
                  Ergonomia
                                 do ambiente de
                 de correção
                                    trabalho.
                 A Ergonomia de concepção é
                 mais eficaz que a de correção.




Prevenção e Ergonomia - Conceito de Ergonomia                           Página 33
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


2. Ergonomia e Carga de Trabalho

      Carga de Trabalho é a pressão (física e/ou psicológica) sentida pelo
   indivíduo durante a execução de um trabalho. Ela é subjetiva, sendo,
   portanto, difícil de ser medida (Norma Regulamentadora 17 MTb -
   1994).
      A meta de uma intervenção Ergonômica é modificar as
   características do ambiente de trabalho (Fatores da empresa) e não as
   características da população trabalhadora (Fatores do trabalhador).


       Fatores do                                                       Fatores da
      trabalhador                                                        empresa



           Sexo
                                                                  Organização do
                                         Salário                     trabalho

           Idade
                                                                         Tempo
         Estado físico,
      deficiências, Saúde.             Atividade
                                          De                      O espaço de
                                       Trabalho                    trabalho
       Estado intelectual

                                                               Tecnologia, máquinas
                                                                  e ferramentas.
       Estado psíquico
                                         Carga
                                           De
          Formação,                     Trabalho                        Segurança
         experiência,
        aprendizagem.

                                                                        Relações

                                        Saúde
                                           E                    Ambiência: Tóxica,
                                       Acidentes               Térmica e Vibratória.


      Figura 1 - Fatores da Carga de Trabalho
      Fonte: Guerin, 1985;69




Prevenção e Ergonomia - Ergonomia e Carga de Trabalho                       Página 34
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário




Ergonomia da Informação
          ou
Ergonomia Aplicada à Informática

                                                                4



                                                                        Página 35
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                             Capítulo IV

   Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática




1. Conceitos:




     Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática
                                                   É a parte da Ergonomia
                                       que procura estudar aspectos da
              Conceito 1               informática (hardware e software) e do
                                       ambiente de trabalho para propor
                                       mudanças, visando obter um ambiente
                                       de trabalho voltado para o usuário
                                       (CYBIS, 2010, p. 16).




Ergonomia da Informação – Conceitos                                     Página 36
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


          2.1    Ergonomia e Usabilidade



                    2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário


                Ergonomia e Usabilidade para o Usuário
                   a) Compreender claramente os objetivos que o leva a
                      adquirir um SW e se este se encaixa perfeitamente
O usuário deve:       com eles;

                     b) Verificar a simplicidade do uso (usabilidade).

                 a) Permitir que o usuário configure seu próprio esquema
                    em cores.
                 b) Ter ícones que represente uma imagem familiar com
                    aquilo que se deseja representar.
                                          Em português.
O software deve:                          Que tenha uma explicação
                 c) Possuir                concisa do problema.
                    mensagens de          Que apresente uma solução ou
                    erro:                  justificativa plausível.

                     d) Ter manuais, tutoriais e ajuda on-line em português.
                     e) Ter flexibilidade e facilidade de configuração nos
                        mínimos detalhes.




Ergonomia da Informação – Soluções                                      Página 37
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


                    2.1.2 Ergonomia     e               Usabilidade        para
                          Desenvolvedores:

                            Envolver os futuros usuários do SW no
                             processo de compra ou desenvolvimento.
                            Compreender o que os usuários querem fazer.
                            Identificar quais tarefas os usuários realizam
                             com mais freqüência.
                            Verificar a compatibilidade com os outros
                             sistemas que o usuário usa.
                            Verificar se o serviço do suporte é eficiente.
                            Verificar se são oferecidas aulas de
                             treinamento.




Ergonomia da Informação – Soluções                                      Página 38
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


                            2.1.3 Redução da carga de trabalho:


             Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática

                                 A fadiga é       1. Controle do tempo e toque (digitação);
                                 causada pelo     2. Controle do número de toques em uma unidade
              a). Minimização da uso dos              de tempo;
                  fadiga:        periféricos de   3. A solução será abordada no apêndice B.
                                 entrada de
                                 dados.

                                                                     As   agências   de    correios
                                                             fornecem arquivos-textos contendo os
                                                             números do Cep de todo o país. Assim,
                                                             pode-se adicionar ao sistema estes
                                                             arquivos e um pequeno código que
                                                             mostra os dados do endereço
                                                  Cep:       correspondente ao Cep digitado, para a
                                                             confirmação da validade do endereço e
Objetivos:                       A diminuição                seu armazenamento. Faltando, apenas a
                                 da digitação                digitação do número da casa ou prédio,
                                 consegue-se da              e um complemento.
                                 utilização de                       Todos os sistemas podem
                                 alguns                      indagar ao usuário sobre a possibilidade
                                 artifícios no               da data informada ser a data do sistema
                                 desenvolvimen    Data:
                                                             operacional (data atual), buscando-a do
                                 to de sistemas              sistema e assim evitando a sua
              b). Minimização da aplicativos ou              digitação.
                  digitação:     utilitários. A
                                 seguir, alguns                   Os sistemas são desenvolvidos
                                 exemplos são             assumindo-se      que   os     usuários
                                 listados:                movimentam um item por vez. Porém,
                                                          na prática o que acontece é uma
                                                          movimentação       em    bloco    com
                                                  Código: características semelhantes, havendo,
                                                          portanto, uma repetição desnecessária
                                                          de dígitos que poderiam ser evitadas
                                                          utilizando-se     da    técnica      de
                                                          movimentação em bloco que será
                                                          mostrada adiante.




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                    2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação:
                              a) Movimentação normalizada.
                              b) Movimentação em bloco.
                              c) Códigos de barras.

                        a) Movimentação Normalizada:
                               Os artifícios mencionados anteriormente para a
                        diminuição da digitação seguem um padrão, uma vez
                        que o problema é sempre detectado na ausência de
                        uma normalização bem definida, como veremos no
                        exemplo abaixo:
                               Na figura 2 veremos um exemplo bem comum
                        em sistemas comerciais, em que uma pequena
                        alteração pode economizar muitos dígitos.
                               Assim, para a movimentação de cem clientes
                        podemos verificar os seguintes passos:


                           Movimentação não Normalizada

   Passos           Digitar          Número de dígitos              Exemplo
      1      Número do Cliente                5                         0522-3
      2       Nome do Cliente          Máximo de 20           João Cleber da Silva
      3            Rua                 Máximo de 20          Bosque do Imperador
                Número da
      4         Residência             Máximo de 5                   01234
              Complemento do                                  Edifício Jorge Bem
      5          endereço              Máximo de 20               Apto 1105
      6             Bairro             Máximo de 15             Alto dos Passos
      7             Cidade             Máximo de 15               Juiz de Fora
      8             Estado             Máximo de 15               Minas Gerais
      9              Cep                      8                    36035.600
      10        Data clientela                8                   02 / 02 / 2003




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     Na figura 3 temos um exemplo normalizado do cadastro do cliente
   com os seguintes passos:

                            Movimentação Normalizada
      Passos                                    Ação

       1e2                           São os mesmos da figura 1;

                  É informada a data atual, caso a data da clientela seja igual
         3                  não haverá necessidade de digitá-la;

         4                     Corresponde ao passo 9 da figura 1;


         5                     Corresponde ao passo 4 da figura 1;


         6                     Corresponde ao passo 5 da figura 1.


      Obs: 1) Na movimentação normalizada não são necessários os
           passos 3 (Rua), 6 (Bairro), 7 (Cidade), 8 (Estado) da
           movimentação não normalizada.
           2) Também foi adotada a data do sistema para economizar os
           dígitos na data da clientela.
           3) Com esta simples modificação podemos retirar da digitação
           um máximo de 73 dígitos por movimentação.

   DD = m (c1+ c2+ ... +cn)
              n
     DD = m (           Cx)
                   x=1

   DD = Digitação desnecessária;
   m = Número de movimentações;
   x = Um determinado campo (varia de 1 a n);
   n = Número máximo de campo;
   C = Número de dígitos do campo.

     DE = DD - DI

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   DE = Digitação economizada;
   DD = Digitação desnecessária;
   DI = Número de dígitos inseridos para obter a ergonomia de SW.

   Aplicando as fórmulas:

            n
   DD = m (       Cx)
               x=1
   DD = m (Rua + Bairro + Cidade + Estado + Data da Clientela)
   DD = m (20 + 15 + 15 +15 +8)
   DD = m (73)
   Para 100 movimentações temos:
   DD = 100 (73)
    DD = 7300


   DE = DD – DI
   DE = 7300
     DE = 7300


Obs.: Uma vez que não foram inseridos dígitos para se obter a ergonomia
de SW, podemos afirmar que:

 DE = DD




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X                                                                                  X



  Número do Cliente    nnnnnnnnnn-nnn
   Nome do Cliente    ccccccccccccccccccccccccccccccccc                  Ir Para
               Rua    rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
           Número     nnnnnnnnnn                                         Novo
     Complemento      ccccccccccccccccccccccccccccccccc
             Bairro   bbbbbbbbbbbbbbbb                                   Deletar
            Cidade    cccccccccccccccccc
            Estado    eeeeeeeeeeeeeeeeee
                                                                         Voltar
               Cep    nnnnnnnn-nnn
     Data Clientela   dd/mm/aaaa
                                                                          Sair




    Figura 2 – Movimentação Não Normalizada


                                                                                   X

  Número do Cliente    nnnnnnnnnn-nnn
   Nome do Cliente    ccccccccccccccccccccccccccccccccc
     Data Clientela   dd/mm/aaaa
               Cep    nnnnnnnn-nnn
           Número     nnnnnnn
     Complemento      ccccccccccccccccccccccccccccccccc



            CEP                RUA                    CIDADE         ESTADO
        36035 - 600         Bananeira               Juiz de Fora        MG
        37040 - 500         Margarida             Santos Dumont         MG




    Figura 3 – Movimentação Normalizada




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                        b) Movimentação em Bloco:

                               A movimentação é feita em conjunto de
                        objetos com as mesmas características de
                        movimentação.     A    seguir,   abordaremos      a
                        movimentação de um conjunto de processos judiciais
                        para serem despachados pelo Juiz Titular com a data
                        atual.

                              Abordagem não ergonômica:
                              Nas figuras 3.1 e 3.2 podemos observar os
                        seguintes passos:


       Passos            Digitar                Número de               Exemplo
                                                 dígitos
         1       Tipo de movimentação                1              I (inclusão)
                      do processo
         2        Código do processo                12            145930001002
         3             Código da                     5               02121
                     movimentação
         4       Data da movimentação                8            12 / 10 / 2003
         5          Se o Juiz é titular              1              T (titular)


Obs:

   1. Para “n” processos os passos 2,3,4 e 5 são repetidos “n” vezes;
   2. O código, a data da movimentação e Juiz Titular são
      desnecessariamente digitados;
   3. As datas digitadas poderiam ser buscadas no sistema operacional.




        Abordagem Ergonômica:

      Na figura 4, implementando a movimentação em bloco, podemos
conseguir as seguintes alterações:




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   Passos                  Digitar                  Número              Exemplo
                                                   de dígitos
      1       Indaga-se se a movimentação é             1        Bloco<ENTER>
              em bloco ou individual(novo);
      2       Se for em bloco, pergunta-se o            5                02121
                código da movimentação do
                            bloco;
      3         Na data da movimentação é               1           <ENTER>
                 informada a data atual pelo
             sistema operacional. Caso a data
             de movimentação seja diferente
                 da data atual, esta pode ser
                  digitada em substituição;
      4         Informar se Juiz é titular(ex:          1           T (titular)
                         T(titular));
      5        Obter os códigos de processos         12 ou 0      145930001002
               por digitação ou por leitura de
                      código de barras.


Obs:
  1. Para “n” processos, somente o passo 5 é repetido “n” vezes;
  2. Optando-se pela movimentação em bloco, no passo 2 deixa-se de
     digitar 5 dígitos para cada processo movimentado;
  3. No passo 3 com a data atual ou com uma data qualquer deixa-se de
     digitar 8 dígitos para cada processo movimentado e no passo 4 deixa-
     se de digitar 1 dígito;
  4. Supondo-se que um usuário quer movimentar 100 processos, com o
     código da movimentação(02121), a data de movimentação igual a
     data atual(data do S.O.) e a movimentação igual a inclusão, podemos
     observar o impacto sobre o usuário no quadro abaixo:




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                           Sistema       Sistema     Sistema não   Sistema não
       Passos           ergonômico c/ ergonômico s/ ergonômico c/ ergonômico s/
                          código de     código de     código de     código de
                            barras        barras        barras        barras

     Tipo da
  movimentação                 1                 1                 1                1
        (I)
 (Bloco ou Novo)


   Código da
  Movimentação                 5                 5                500               500
    (02121)


     Data da
  Movimentação                 1                 1                800               800
 (DD/MM/AAAA)


    Juiz Titular               1                 1                100               100
        (T)


Código do Processo             -               1200                -             1200
 (145930000000)


  Total de Dígitos             8               1208              1401            2601




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                                     I-         Inclusão
                                     E-         Exclusão
                                     C-         Consulta
                                     A-         Alteração




                               Movimentação: _




      Figura: 3.1 -     Movimentação não Normalizada. Tela da escolha do Tipo de
   Movimentação



                                                                                 X



        Código do Processo     nnnnnnnnnn-nn
   Código da Movimentação     cccc-c
     Data da Movimentação     dd/mm/aaaa
               Juiz Titular   t




                  ALT + F1: Sair




      Figura: 3.2 - Movimentação Não Normalizada. Tela de Movimentação



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                                                                            Bloco
     Código da Movimentação cccc-c
       Data da Movimentação dd/mm/aaaa
                 Juiz Titular t                                            Ir Para



                  Código do Processo                                        Novo


                                                                           Deletar


                                                                            Sair


             Figura 4 - Movimentação normalizada - Movimentação em Bloco




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                        c) Código de Barras , Cartão Magnético e digitação:

                               A utilização da leitura do código de barras e do
                        Cartão Magnético minimiza a necessidade da
                        digitação para alimentar o banco de dados.
                               No combate à Dort/LER o fator Tempo é
                        primordial mas existem dois fatores de igual
                        importância: a Forma de Digitar e a Velocidade da
                        Digitação. Veja a tabela abaixo:



          Utilização do Código de Barras e o Cartão Magnético



  Tempo                           Duração da atividade diária



                                      Um caixa de banco ou plano de saúde
                                      que utiliza o cartão magnético como
                                      complemento ou identificação do
                                      cliente. Esta digitação é tão pesada que
                                      podemos observar as mãos do
                                      funcionário dançando no teclado em
                 Digitação como       uma frenética digitação. Também,
                   Atividade          podemos notar a colaboração das mãos
                    Primária:         alteradas, com as articulações
A forma de                            avermelhadas e o restante das mãos
  digitar                             pálidas. Nestes dois casos não podemos
                                      deixar de lado fator ar-condicionado que
                                      provoca a contração dos músculos,
                                      tendões e também das uma
                                      vasoconstricção.
                                      Um caixa de supermercado que utiliza o
                                      código de barras como principal
                 Digitação como       elemento de entrada de dados. O fator
                   Atividade          digitação entra como complemento na
                  Secundária:         falta de reconhecimento do código pela
                                      máquina leitora. Também, ocorre no
                                      fornecimento da quantidade de produtos
                                      e na finalização da compra.

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           Como já foi mencionado ela pode ser verificada pelos dedos
Velocidade dançantes que são assim pela pressão por produção. Desta
    da     forma pode-se acrescentar os " Call-Centers" que além da
 digitação digitação acelerada tem também o uso excessivo da fala,
           ocasionando problemas como rouquidão e calos em cordas
           vocais.




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          2.2    Ergonomia de Hardware


                   Equipamentos dos Postos de Trabalho


                   a) Apresentar ângulos reguláveis para cima, para baixo e
                      para as laterais, de modo a minimizar o ofuscamento;
                   b) Ser posicionados ao nível dos olhos (a superfície do
                      monitor deve fazer um ângulo de 180 ° com os olhos);
                   c) Estar a uma distância de aproximadamente 75 cm do
                      rosto do usuário;
 Monitores de      d) Ser limpos com regularidade, assim como a tela e a
 vídeo devem:         área em volta, para reduzir o potencial eletrostático,
                      minimizando a quantidade de poeira no ar, o que
                      poderia irritar a pele e os olhos;
                   e) Ter a radiação eletromagnética minimizada de fábrica.
                   Observação: Os monitores de cristal líquido têm menor
                   emissão de radiação eletromagnética. Por isso, são mais
                   aconselháveis.



                   a) Não mais que 30 mm de espessura (no meio);
                   b) Teclas medindo entre 12 e 15 mm quadrados;
                   c) O ângulo de inclinação deve estar entre 10 ° e 15 °;
                   d) Pés ajustáveis de preferência nas superfícies, alta e
 Os Teclados          baixa, permitindo alinhamento entre punhos e mãos;
 devem ter:        e) Uma resposta a cada toque, como um ruído de clique
                      ou alguma sensação;
                   f) Uma posição na mesa no nível do cotovelo que deve
                      estar apoiado (90 ° entre o antebraço e o braço).
                   Observação: os notebooks não foram projetados para uso
                   prolongado e seu uso nesse sentido reforçará os
                   problemas músculo-esqueléticos.




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                   a) Foi desenvolvido como uma alternativa ao teclado,
                     com um emprego na interface gráfica do usuário
                     (GUI);
                   b) Tipos:                      O mouse básico;
                                                  Graphics tablet (ou mesa de
                                                   gráficos para desenhos);
                                                  Trackball;
                                                  Pen mouse;
                                                  Track point (IBM);
                                                  Touch mouse;

                   c) Alternativas                Forma curvada (a palma da
 Dispositivos         ergonômicas:                 mão apoiada);
 apontadores                                      O botão esquerdo maior que
                                                   o direito;
                                                  Sulcos no formato e posição
                                                   dos dedos.
                   d) O Touch Mouse:              Uma pequena superfície
                                                   retangular plana;
                                                  Dedo dirige o apontador
                                                   pelo toque deslizante;
                                                  Clique se dá pelo toque em
                                                   forma de uma pequena
                                                   pancada da ponta do dedo na
                                                   superfície        ou      o
                                                   pressionamento em uma das
                                                   teclas adjuntas.

                   a) Problemas:                  Ocupa muito espaço;
                                                  Poluição sonora.
 Impressoras e
  Periféricos      b) Solução:                    Divisórias para isolar o
                                                   ruído;
                                                  Manter impressoras longe
                                                   do usuário, através de redes
                                                   com impressoras servidoras.




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                   a) Elemento de apoio           Suporte de material firme e
                      para o punho,                macio;
                      teclado e mouse:            Excelente descanso para as
                                                   mãos;
                                                  Evita      desnível        entre
                                                   antebraço e punho;
                                                  Localização:             bordas
                                                   inferiores do teclado e do
                                                   mouse.
                   b) Teclados                    Já tem um elemento de
                      ergonômicos:                 apoio para o punho;
                                                  Posição das teclas em um
                                                   ângulo anatômico corrigindo
                                                   a angulação das mãos em
                                                   relação aos punhos.
                   c) Braço ergonômico            Inclina e gira o vídeo;
  Acessórios          para o monitor:             Aumentam os movimentos e
 ergonômicos                                       a precisão na localização do
                                                   vídeo.
                   d) Porta documentos:           Para digitação;
                                                  Painel do tamanho de uma
                                                   folha;
                                                  Posição: no mesmo plano de
                                                   focagem do monitor a partir
                                                   dos olhos;
                                                  Benefícios: cabeça, pescoço,
                                                   ombros e olhos.
                   e) Filtros de tela:            Filtram a Luz;
                                                  Cobertura anti-reflexiva;
                                                  Proteção                 contra
                                                   ofuscamento;
                                                  Drenam       a     eletricidade
                                                   estática da frente do monitor
                                                   eliminando as partículas de
                                                   poeira.




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          2.3    Ergonomia do Ambiente de Trabalho




                       Ergonomia do Ambiente de Trabalho

                                                          Mesa;
                                                          Cadeira;
                                                          Computador;
                                                          Acessórios;
     Conceito        Entende-se por ambiente de           Iluminação;
                        trabalho do usuário:              Aquecimento;
                                                          Ventilação;
                                                          Organização do
                                                           trabalho;
                                                          Ruídos;
                                                          Postura.




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                   Ergonomia do Ambiente de Trabalho


                                      1. Respeitar as características
                                         antropométricas do usuário (altura,
                                         peso, comprimento das pernas, etc.);
 Mobiliário                           2. Permitir a alternância de postura
                   O mobiliário deve:
                                         (sentado, em pé, etc.);
                                      3. Ter cadeiras de preferência com
                                         assentos arredondados e encostos
                                         adaptados para proteção da região
                                         lombar.


                      1. Ruídos que podem prejudicar o bom andamento
                         da tarefa;
                         Ex: Impressoras matriciais em salas de
                                digitação;
                      2. O limite de tolerância de ruídos é apresentado
 Condições Condições     na NR 15, em seus anexos 1 e 2;
 Ambientais acústicas 3. Os ruídos           a) Problemas de audição;
                         excessivos e        b) Dores de cabeça;
                         desconfortáveis     c) Agressividade;
                         podem provocar: d) Insônia;
                                             e) Aumento de pressão
                                                arterial;
                                             f) Queda de produtividade;
                                             g) Aumento da fadiga.


                                1. Conforto térmico para o ser humano está entre
                                   18 e 25 °C;
                                2. Alteração no       a) Causar sensação de
 Condições Condições               equilíbrio térmico    desconforto;
 Ambientais térmicas               pode:              b) Alterar a pressão arterial;
                                                      c) Provocar fadiga;
                                                      d) Causar varizes;
                                                      e) Predisponibilizar doença.



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                                1. A iluminação deve ser difusa e sem sombras
                                   excessivas;
                                2. Melhor iluminação é através da luz natural;
                                3. Janelas devem possuir vidros translúcidos;
                                4. As superfícies devem ser dispostas de forma a
                                   evitar ofuscamentos e sombras;
Condições Condições 5. Uma iluminação                     a) Prejudicar a visão;
               de
Ambientais iluminação  deficiente pode:                   b)  Causar fadiga;
                                                          c)  Provocar sonolência;
                                                          d)  Motivar distúrbios de
                                                             comportamento;
                                                          e) Diminuir a
                                                             produtividade;
                                                          f) Favorecer a ocorrência de
                                                             acidente.




                                1. Define quem faz o quê, como e em que tempo;
Organização Conceito            2. É a divisão dos homens e das tarefas;
do Trabalho          3. Problemas:                        a) Cooperação;
                                                          b) Hierarquia;
                                                          c) Motivação.




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                                1. Normas que o trabalhador deve seguir para
                                   realizar a tarefa;
                                2. Incluem:        a)   Horário de trabalho;
                                                   b)   Qualidade do produto;
                                                   c)   Produção;
                                                   d)   Produtividade;
Organização         Normas                         e)   Utilização obrigatória do
do Trabalho           de                                mobiliário e dos equipamentos
                   produção                             disponíveis.
                                3. Problemas: a) Nem tudo está previsto;
                                              b) As normas e os meios para
                                                 atingí-las podem não ser claras,
                                                 levando o trabalhador a um
                                                 estado constante de incerteza;
                                              c) Confronto entre a quantidade e
                                                 qualidade.

                                1. É a seqüência de instruções para a realização de
                                   uma tarefa;
                                2. Pode ser:        a) Prescrito (ditado pela
                                                       empresa);
                                                    b) Real (o modo particular
                                                       adotado pelo trabalhador para
                                                       fazer face às variações dos
Organização Modo                                       instrumentos, da matéria-
do Trabalho operatório                                 prima, do seu próprio corpo e
                                                       das suas motivações).
                                3. Objetivo da 1) Disponibilizar vários modos
                                   análise        operatórios;
                                   ergonômica: 2) Proporcionar conforto e
                                                  segurança;
                                               3) Aumentar os graus de
                                                  liberdade na realização da
                                                  tarefa.




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                                1. Conceito
                                                 Pressão de tempo            Não Produtividade

                                                 Produtividade = produção + tempo (*) +
                                                 ritmo + qualidade + jornada(*)

                                                 * Tempo para realizar a tarefa
                                                 * Jornada de trabalho


Organização Exigência 2. Problemas 1. A
do Trabalho de tempo                  capacidade  De indivíduo para
                                                     produtiva      indivíduo;
                                                     pode variar:  Num mesmo
                                                                    indivíduo ao
                                                                    longo do tempo.

                                                 2. Limites mínimos fixados pela
                                                    empresa pode superar a
                                                    capacidade de um ou vários
                                                    trabalhadores colocando em risco
                                                    sua saúde.




                                     1. É o que faz o trabalhador em determinado
                                        tempo;
                         2. Não são       a) Tempo para corrigir e
            Determinação    considerados,    verificar um erro;
Organização      do         normalmente b) Tempo consumido em
                            pela empresa:    um incidente e na sua
do Trabalho conteúdo do                      resolução;
               tempo
                                          c) Tempo para tomar
                                             decisões;
                                          d) Tempo para se recuperar
                                             e se reorganizar entre
                                             uma tarefa e outra.



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                                1. Tipos:            a) Livre (regulado pelo
                                                        indivíduo) ou auto-ritmado
                                                        ou auto-determinado;
                                                     b) Imposto (regulado por
                                                        máquinas).
                                                        Ex: linhas de montagem;
                                                     c) Induzido (regulado por
                                                        premiações).
Organização Ritmo de                                    Ex: Pagamentos por número
do Trabalho trabalho                                    de toques em uma unidade de
                                                        tempo.
                                2. Um trabalho a) Expõe menos o trabalhador
                                   auto-ritmado:    ao risco de Dort/LER;
                                                 b) Permite fazer micro-pausas;
                                                 c) Leva em conta que as
                                                    pessoas têm diferentes ritmos
                                                    em diferentes momentos;
                                                 d) Respeita percepção da fadiga
                                                    pelo trabalhador.


                                1. Pode ser:         a) Monótono;
                                                     b) Estimulante.
                                2. O conteúdo        a) Criatividade;
            Conteúdo               estimulante       b) Variedade de atividades;
Organização   das
do Trabalho tarefas                envolve:          c) Interesses do trabalhador.
                                3. Uma variedade muito grande de tarefas nem
                                   sempre é estimulante;
                                4. A análise ergonômica deve verificar uma sub ou
                                   sobrecarga de trabalho.




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                  1. Ao andar, mantenha-se em postura ereta, em marcha
                     constante, com a cabeça reta, olhe acima do horizonte;
                  2. Nunca suba escada com a coluna inclinada para frente,
                     mantenha-a ereta e o pé completamente apoiado no chão;
                  3. Ao sentar-se ou levantar-se, mantenha sempre a coluna
                     reta, num ângulo de 90 ° e coloque sempre um pé à frente
                     do outro;
                  4. Quando permanecer sentado, não fique com os ombros
                     caídos para frente, encoste a região lombar na cadeira
                     alinhando a cabeça, não cruze as pernas e mantenha as
                     costas retas;
                  5. Quando erguer qualquer objeto do chão, dobre sempre
                     os joelhos e mantenha a coluna ereta e o peso próximo ao
                     corpo;
                  6. Não levante e nem pegue pesos acima da cabeça;
   Postura        7. Não carregue peso na cabeça;
                  8. Se você trabalha muitas horas sentado, procure alternar
                     ficando alguns minutos por dia em pé;
                  9. Sentar-se em cadeira muito baixa ocasiona dores nas
                     costas. Muito alta, faz com que os pés fiquem suspensos,
                     ocasionando dores nos músculos;
                  10. Se tiver que permanecer em pé, mantenha-se em posição
                     ereta, com joelhos ligeiramente flexionados, evite
                     debruçar-se sobre balcões;
                  11. Ao permanecer em pé, parado num só lugar (enquanto
                     lava louça, por exemplo) apóie um dos pés sobre uma
                     superfície mais elevada, de aproximadamente 10 cm;
                  12. Ao atender telefone não o apóie entre o ombro e a
                     cabeça;
                  13. Não coloque objetos pesados ou documentos em gavetas
                     muito baixas, que estejam próximas ao piso;
                  14. Não fique com muito tempo na mesma posição;
                  15. Não digite, datilografe, grampeie ou escreva com muita
                     força;
                  16. Não segure grandes volumes de documentos apenas com
                     as pontas dos dedos.




Ergonomia do Ambiente de Trabalho                                       Página 60
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário




                                      a) O punho deve ficar reto e no mesmo nível
                                          do teclado;
   Postura           Postura no       b) Não flexione o punho (para cima          ),
                      teclado:        isto estira os músculos do dorso da mão;
                                      c) Não estenda seu punho (para baixo           ),
                                      isto estira os músculos e tendões ventrais;
                                      d) Não desvie os punhos para as laterais.



                                      a) A borda superior do monitor não deve
                                         passar acima dos olhos;
                                      b) Cotovelos devem ficar na altura do tampo
                                         da mesa;
                                      c) Mantenha os joelhos dobrados em ângulo
                                         de 90 °;
                     Postura na       d) Mantenha os pés apoiados;
   Postura           Estação de       e) Sente-se ereto de frente para o computador
                     Trabalho:           com as costas apoiadas na cadeira;
                                      f) Use telefones que se prendem a cabeça
                                         para manter o pescoço relaxado;
                                      g) Use uma almofada para apoiar a coluna
                                         lombar;
                                      h) Utilize suportes para copiar documentos;
                                      i) Utilize um apoio para os punhos;
                                      j) Mantenha o mouse perto do teclado.




Ergonomia do Ambiente de Trabalho                                            Página 61
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário




                               Apêndices




                                                                        Página 62
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


                              Apêndice A
              Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho)


      A mesa, apresentada nas figuras a seguir, foi projetada como uma
Estação de Trabalho. O projeto visa à prevenção de Doenças Relacionadas
ao Trabalho com Informática.




      Figura 5 - Mesa Ergonômica – Visão Frontal.


       Na figura número 5, temos uma visão geral da mesa com os espaços
bem distribuídos. Observe que não existem gavetas. O apoio para os
cotovelos é fundamental e o vídeo no campo de visão também, ou seja, no
nível dos olhos. A impressora não pode ser matricial, devido ao seu grande
ruído. Por isso devem estar em outra sala. Recomenda-se a impressora jato
de tinta ou lazer.




Apêndice A - Mesa Ergonômica                                            Página 63
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


                             Medidas da Mesa
    1                           Altura                                   70 cm
    2                          Largura                                   63 cm
    3         Diagonal (apoio dos cotovelos ao fundo do                  91 cm
                                vídeo)
    4                  Comprimento à direita                         1 m e 52 cm
    5                 Comprimento à esquerda                         1 m e 43 cm

As medidas 1, 2 e 3 não podem ser alteradas, somente as 4 e 5 podem.


                             Apoio dos Cotovelos
    1                            Altura                                  1 cm
    2                           Largura                                  11 cm
    3           Distância (cotovelo direito ao esquerdo)                 61 cm

Na figura número 5 temos, também, o filtro de tela. Quanto menor o brilho
e os reflexos na tela do monitor, maior o conforto para os olhos. Então, o
melhor a fazer, além de uma proteção anti-ofuscante, é ajustar os controles
manuais do vídeo e adquirir, se possível, um filtro de tela.




                                 Figura 6 - Mesa Ergonômica – Apoio dos Cotovelos.


      Na figura número 6 destacamos o descanso para os pés que pode ser
adquirido em lojas de acessório de informática. Destacamos, também, a
cadeira que deve ser giratória, de acento e encosto ajustáveis (o encosto em
cadeiras ergonômicas é reclinável, o que é mais recomendável). O suporte

Apêndice A - Mesa Ergonômica                                                     Página 64
Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário


para o vídeo que pode também ser adquirido ou feito do mesmo material da
mesa, desde que obedecendo aos critérios descritos na figura 5.




                                                      Figura 7 - Mesa Ergonômica –
                                                      Teclado Ergonômico.




                                             Figura 8 -   Mesa Ergonômica – Teclado
                                             Ergonômico e Apoio dos Cotovelos.



       Nas figuras número 7 e 8 podemos verificar a importância do teclado
ergonômico devido a distribuição de suas teclas permitindo que o
antebraço, punhos e mãos fiquem em uma posição mais natural. O apoio de
mãos articulado permite, durante as pequenas pausas do processo de
digitação, que o usuário apóie suas mãos, relaxando os tendões, músculos e
nervos. O mouse convencional exige o movimento dos músculos mais
fortes do ombro e dos braços para clicar ou movê-lo. Por isso, o touch
mouse é uma opção por ser mais suave, exigindo apenas o deslizar dos
dedos para movimentá-lo e um toque para clicar exigindo apenas um pouco
de treino. Outra alternativa é o mouse óptico.




Apêndice A - Mesa Ergonômica                                                  Página 65
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  • 1. Sistemas Unificados de Prevenção às Doenças Ocupacionais em Informática Manual de Procedimentos Específicos - Prevenus - Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011.
  • 2. Prevenus - Planejamento Sistemas Unificados de Prevenção às Doenças Ocupacionais em Informática - Fase de Planejamento - Análise de Informações Planejamento de Informática Planejamento Evolucionário O trabalho e suas diferentes adversidades devem ser adaptadas ao homem e não o contrário.⃰ Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2011. ________________________________ ⃰ Isaias Horta Brazil
  • 3. Prevenus - Planejamento Agradecimentos O destino na ponta dos dedos Nascemos, aprendemos a andar passo a passo: primeiro temos que ter força nos braços e pernas para engatinhar, depois seguramos em qualquer objeto para ficar de pé, o que vem a seguir são, os primeiros passos. Em um segundo momento, porém paralelo a este, ensaiamos as primeiras palavras até aos cobiçados "Papai" ou "Mamãe", mas na maioria das vezes o que sai é o primeiro "não". A partir deste momento, toda nossa vida está na ponta dos dedos: começamos pelo lápis até termos a segurança para usar a caneta. Pronto, estamos preparados para a próxima fase, a alfabetização digital. Teclado e mouse nos deixam engatinhando novamente: - Onde está a letra "C"? - E a "D"? - O que eu faço para sair desta tela? Um dia, bem após, voltamos a andar e até a falar outra linguagem: a linguagem dos blogs, browsers, a dos bate-papos via Internet. O e-mail substitui as tradicionais cartas, os blogs às conversas pessoais e às por telefone e os navegadores às bibliotecas. Em algum momento temos que parar analisar e procurar os contatos mais calorosos em vez de ficarmos em uma sala fria e deixar a vida somente na ponta dos dedos. Às vezes isto leva tempo. Tempo o suficiente para abalar toda a estrutura que construímos. Tudo se torna tão difícil sem a força, a destreza e a firmeza das mãos: o nosso primeiro instrumento de trabalho. Deixamos tudo, a começar pelas conquistas mais recentes. Estamos analfabetos novamente: fisioterapia, Massoterapia, psicoterapia, hidroterapia, Mesoterapia,... Em alguma hora ficamos perdidos entre tantas "pias". Passamos a ter que engatinhar novamente, aprender novas palavras, a lidar com novos limites, com a dor, a ardência, as queimações, as dormências e até com as reprovações sociais: - Isto não é frescura, não? - O que ele tem? - É a lerdeza, rá rá rá!
  • 4. Prevenus - Planejamento É neste momento que temos a oportunidade de colocarmos em prática valores como a humildade e a perseverança e recomeçar tantas vezes quanto for necessário. A caminhada assume novas formas, mas nunca devemos parar, apesar de sabermos que esta é uma estrada cheia de lombadas, depressões e obstáculos. Desta forma, este trabalho foi idealizado a luz de uma pesquisa desesperada à procura de uma solução de um problema que implodia os meus ideais, a minha autonomia, os meus prazeres e tudo mais que implicasse na utilização dos membros superiores (Ler - Lesão por Esforço Repetitivo/Dort - Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho) e confeccionado com a colaboração de várias pessoas que dedicaram algumas horas preciosas, escrevendo ou digitando, para fazer com que eu me sentisse um pouco melhor. Agradeço a toda a equipe do Projeto Prevenus: Professor Orientador Daves Marcio Silva Martins, Adilson Diogo de Andrade Almeida, Ernani Guilhon Loures Filho, Hugo Magalhães Ribeiro, da qual também sou membro. Em especial, dedico a minha mãe, Laura Horta Brazil, que sempre esteve paciente atendendo aos meus apelos de ajuda e a minha cunhada, Carla Manoel Ferreira, que conheceu a informática me ajudando. Também, agradeço aos meus amigos: Dr. José Bráulio Pinto Ribeiro Junior, Dr. Ivan Augusto Fins Vaz de Mello e Dr. Paulo S. V. Ronzani que tão pacientemente me incentivaram a não desistir do tratamento, quanto deste trabalho. Isaias Horta Brazil.
  • 5. Prevenus - Planejamento Índice Doenças Ocupacionais em Informática .......................................................................... 13 Análise de Informações .................................................................................................. 13 Capítulo 1 ....................................................................................................................... 15 L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos................................................................... 15 D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho .......................... 15 1. Conceitos ........................................................................................................ 15 2. Histórico ......................................................................................................... 16 3. Lesões Mais Comuns ...................................................................................... 17 4. Estágios Evolutivos ........................................................................................ 18 5. Fatores Determinantes de Risco ..................................................................... 20 6. Profissões de Risco ......................................................................................... 21 7. Tratamento ...................................................................................................... 22 Capítulo II ....................................................................................................................... 26 SÍNDROME DA INFORMÁTICA ............................................................................ 26 “Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual .............................................. 26 1. Síndrome da Informática ................................................................................ 26 2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA" ..................................... 27 3. Fadiga Visual .................................................................................................. 28 3.1 Conceito:................................................................................................. 28 3.2 Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual: ...................................... 29 Fatores que contribuem para a fadiga visual ...................................................... 29 3.3 Solução: .................................................................................................. 30 Fadiga Visual .............................................................................................................. 30 Prevenção, Ergonomia e Informática ............................................................................. 31 Planejamento de Informática .......................................................................................... 31 Planejamento Evolucionário ........................................................................................... 31 Capítulo III ..................................................................................................................... 33 PREVENÇÃO E ERGONOMIA ............................................................................... 33 1. Conceito de Ergonomia .................................................................................. 33 2. Ergonomia e Carga de Trabalho ..................................................................... 34 Capítulo IV ..................................................................................................................... 36 Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática............................. 36 1. Conceitos: ....................................................................................................... 36 2.1 Ergonomia e Usabilidade........................................................................ 37 2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário ........................................... 37 2.1.2 Ergonomia e Usabilidade para Desenvolvedores: .............................. 38 2.1.3 Redução da carga de trabalho: ............................................................ 39 2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação:....................................... 40 2.2 Ergonomia de Hardware ......................................................................... 51 2.3 Ergonomia do Ambiente de Trabalho .................................................... 54 Apêndice A ..................................................................................................................... 63 Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho) ................................................................... 63 Apêndice B ..................................................................................................................... 66 Sistema Preven e Sentinela ......................................................................................... 66 Sistema Preven ....................................................................................................... 66 Sistema Sentinela.................................................................................................... 67
  • 6. Prevenus - Planejamento Anexo A.......................................................................................................................... 69 16 DICAS PARA SUA SAÚDE ................................................................................ 69 Anexo B .......................................................................................................................... 75 Programa de ações integradas para prevenção ........................................................... 75 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 76
  • 7. Prevenus - Planejamento Apresentação Este trabalho vem propor a ergonomia aplicada à informática, ou seja, uma computação voltada para o usuário, preocupada com a comunicação homem-máquina, através da adequação dos periféricos ao uso humano (SHNEIDERMAN, 2006, p. 14). Hoje encontramos toda informática preocupada somente com a solução de problemas, comerciais ou científicos, e não atendendo ao conforto do usuário no trabalho. O maior problema não diz respeito à falta de acesso à informação ou às próprias tecnologias que permitem o acesso, e sim a pouca capacidade crítica e procedimental para lidar com a variedade e quantidade de informações e recursos tecnológicos. Conhecer e saber usar estas tecnologias implica na aprendizagem de procedimentos para utilizá-las e, principalmente, habilidades relacionadas ao tratamento da informação. Capacidade para criar e comunicar-se por esses meios. Oliveira Netto, 2004, p. 25. Para conseguirmos resolver os problemas, surgidos com a introdução dessa nova tecnologia, os profissionais da informação devem se unir a várias outras áreas, como a ergonomia e a medicina representada pelos ortopedistas, fisiatras, fisioterapeutas e psicólogos. O saber tecnológico, não é sinônimo de aquisição de competências específicas, porque estas em geral são repetitivas e independem de uma análise crítica. O saber tecnológico é um saber que respeita a bagagem preexistente no trabalhador e lhe permite apropriar-se de um determinado conhecimento em um dado momento, mais prepara esse mesmo trabalhador para compreender os avanços que ocorrem no campo da sua profissão. Oliveira Netto, apud NISKIER, 1993, p. 126. A causa das doenças da era da informação não é a ciência que trata esta, muito menos os computadores. Como veremos no decorrer da apresentação deste documento, o que acontece é a má utilização dos periféricos, dos membros superiores e das relações entre eles; e também, a falta de uma ergonomia aplicada à informática.  O prefácio propõe uma solução no nível de organização.  A introdução destaca a importância da teoria geral dos sistemas na construção de um projeto.
  • 8. Prevenus - Planejamento  Na 1ª Parte (fase de Análise de Informações) procuramos fazer um levantamento minucioso, porém com uma apresentação resumida, das principais Doenças Ocupacionais em Informática (DOI).  No capítulo 1 são discutidos, o conceito, as características, prevenção e tratamento da DORT/LER.  No capítulo 2 é abordada uma nova e curiosa doença, a Síndrome da Informática ou Síndrome da Informação. Também, são discutidas a Fadiga Visual e a “Dor de Garganta Computadorizada” (que já afligia os professores, as telefonistas e outros “profissionais da voz” e também os profissionais de telemarketing).  Na 2ª Parte (Fase de Planejamento de Informática e Evolucionário), mais familiarizados com as DOI, propomos algumas idéias para prevenir tais doenças.  No capítulo 3 são apresentadas a Ergonomia e a sua relação com a carga de trabalho.  No capítulo 4 são discutidas algumas medidas de prevenção com a aplicação da ergonomia à informática.  No apêndice A é apresentado um modelo de mesa projetado com a função de ser uma estação de trabalho.  No apêndice B são propostos dois sistemas de controle das atividades do usuário.  No apêndice C são relacionadas algumas dicas simples de serem adotadas, para garantir uma maior longevidade no trabalho.  No apêndice D é apresentado um programa de ações integradas para prevenção.
  • 9. Prevenus - Planejamento Prefácio As doenças surgidas no apogeu da Era da Informação têm como origem a implantação de novas tecnologias, não adaptadas ao uso humano, uma Organização de Trabalho voltada para a produção, o lucro e o bem estar da empresa, sonegando ao trabalhador condições dignas para efetuar as suas tarefas (LODI, 2003, p. 192). A pouca familiaridade com a tecnologia também pode constituir-se um problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as situações que exigem conhecimento tecnológico. O pouco conhecimento pode levar algumas pessoas a se sentirem discriminadas ou constrangidas por não serem capazes de realizar algumas atividades, como ocorre freqüentemente em caixas eletrônicos de bancos. Também o caráter de novidade pode gerar constrangimento e até preconceitos. É freqüente as pessoas se sentirem embaraçadas quando telefonam para algum lugar e se deparam com uma secretária eletrônica ou quando o volume alto de um walkman gera isolamento de um indivíduo. A questão não é deixar de usar esses recursos, mas aprender a utilizá-los e a conviver com as mudanças de hábitos na sociedade atual. Oliveira Netto, 2004, p. 25. A solução para a prevenção destas doenças é multifuncional, ou seja, depende de vários profissionais, porém, o mais importante é que trabalhem com o mesmo propósito. (...), quando se fala do homem, não há como separar a sua natureza biológica da sua natureza sócio-histórica. O homem não pode ser reduzido a um produto de determinadas relações sociais, como as econômicas, nem tão pouco pode ser reduzido a um vertebrado mamífero, descontextualizado de sua existência na sociedade humana. É fundamental procurar entender estes fenômenos na rede que caracteriza sua formação. Assim, também o homem possui características pertinentes a outras formas de vida, como a possibilidade de transformação e evolução. Oliveira Netto, 2004, p. 39. Os profissionais que venham a trabalhar com a prevenção de doenças ocupacionais devem, antes de tudo, ter as seguintes características: 1. Prever; 2. Educar; 3. Fazer campanhas preventivas;
  • 10. Prevenus - Planejamento 4. Estar em constante contato com os funcionários para saber as suas dificuldades, seus descontentamentos e suas opiniões sobre o que deve mudar na Organização de Trabalho da empresa; 5. Tomar conhecimento de pessoas que estejam passando pelas dificuldades destas novas moléstias; 6. Ser humano, se importar com o seu semelhante, isto é, todo homem necessita de segurança, prestígio, auto-realização e conforto no trabalho.
  • 11. Prevenus - Planejamento DOENÇAS OCUPACIONAIS INTRODUÇÃO Durante o apogeu da Revolução Industrial o homem fascinado com o novo mundo, que acabara de criar, deixou de se preocupar com os efeitos colaterais que a industrialização estava causando aos seus semelhantes. Assim, quando uma máquina era projetada pensava-se somente na produção e não, também, no homem que iria operá-la, desta forma, mal preparados e desinformados sobre as cautelas com o manuseio da máquina eram mutilados e até mortos por estas mal projetadas máquinas. É claro, que o projetista desta época não tinha desenvolvido um raciocínio para a proteção do operário, não tendo uma visão de que os sistemas feitos pelo homem interagem com os sistemas vivos, entre eles o ser humano (CATANHEDE, 1973, p. 29). A rapidez com que se dá a produção de conhecimentos e a circulação de informações no mundo atual impõe novas demandas para a vida em sociedade. Hoje, mais do que nunca, é necessário que a humanidade aprenda a conviver com provisoriedade, com as incertezas, com o imprevisto, com a novidade em todos os sentidos. Isso pressupõe o desenvolvimento de competências relacionadas a capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, à autonomia na construção e na reconstrução de conhecimento: capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se sabe, ter disponibilidade para transformar o seu conhecimento, processando novas informações e produzindo conhecimento. Oliveira Netto, 2004, p. 25. Retornando a nossa época encontramo-nos em outra revolução, a Revolução da Informação, e nos deparamos com obstáculos semelhantes aos da Revolução Industrial, em que os projetistas atuais continuam cometendo os mesmos erros, talvez por ser o início de uma nova era, estes ao projetar uma nova máquina não têm, por coincidência ou não, o conhecimento da TEORIA GERAL DOS SISTEMAS para aplicar aos seus projetos. Introdução Página 11
  • 12. Prevenus - Planejamento No passado os problemas eram as mutilações e as mortes no manuseio das máquinas. Hoje, encontramos a L.E.R. (Lesão por Esforço Repetitivo), Síndrome da Fadiga da Informação, “Dor de Garganta Computadorizada”, Fadiga Ocular, etc., sendo a L.E.R. a mais conhecida e a mais grave por se tratar de uma epidemia. Estas doenças não se restringem a área da informática, mas neste documento as abordaremos somente nesta disciplina. Introdução Página 12
  • 13. Prevenus - Planejamento a 1 Parte Doenças Ocupacionais em Informática Análise de Informações Página 13
  • 14. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações L.E.R. D.O.R.T. 1 Página 14
  • 15. Prevenus – Planejamento Capítulo 1 L.E.R. - Lesões por Esforços Repetitivos D.O.R.T. - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho 1. Conceitos LER/DORT É uma doença relacionada ao trabalho caracterizada pelo fenômeno dor, de Leve a insuportável. A primeira pode ser Conceito intermitente ou contínua, dependendo do grau evolutivo da 1 doença. A segunda pode ser desencadeada por movimentos simples (Escovar os dentes, folhear um livro,...) ou complexos (escrever, aparafusar,...). Conceitos – LER/DORT Página 15
  • 16. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 2. Histórico Mais ou - Hipócrates, em sua obra "água, ares e lugares", 400 antes registrava casos de intoxicação como chumbo. de Cristo Início da Plínius, descreve o primeiro uso de equipamento era cristã de proteção individual, para a proteção de escravos em minas de enxofre. Médico italiano, Ramazzini, detecta em artesãos Século a LER e descreve em sua obra "Morbis XVII artificun diatriba" relacionando diversas doenças às atividades profissionais. Final dos A LER aparece com maior incidência. anos 70 A LER ganha status de epidemia. Principais causas agravantes nesse período: a) Ritmo de trabalho moderno baseado em padrões de produção; b) Técnicas tayloristas de organização do 1980 trabalho; c) Informatização e automatização parcial; d) A atividade altamente repetitiva e monótona; e) Ritmo elevado; f) Movimentos simples; g) Trabalho mais leve, concentrando as forças em partes do corpo, como as mãos e punhos na digitação. Histórico – LER/DORT Página 16
  • 17. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 3. Lesões Mais Comuns Inflamação de tecidos cinoviais que Tenossinovites envolvem os tendões em sua passagem por túneis osteofibrosos, polias e locais em que a direção da aplicação da força é mudada. Tendinite Inflamação dos tendões. Síndrome Compressão dos nervos ou tensão Cervicobranquial muscular da coluna cervical. Epicondilite Inflamação das estruturas do cotovelo. Síndrome do Compressão do complexo braquial Desfiladeiro (nervos e vasos). Torácico Síndrome do Túnel Compressão do nervo mediano ao nível do Carpo do punho. Dor Miofascial Contração dolorosa dos músculos. Inflamação das bursas. Pequenas bolsas Bursite que se situam entre os ossos e os tendões das articulações dos ombros. Sinovites Inflamação de tecidos sinovais. Miosites Inflamação do tecido próprio dos músculos. Fasciites Inflamação de fáscias e de ligamentos. Lesões Mais Comuns - LER/DORT Página 17
  • 18. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 4. Estágios Evolutivos De acordo com a Instrução Normativa INSS/DC Nº 98, de 05 de dezembro de 2003 - DOU de 10/12/2003 (Norma Técnica sobre LER ou DORT do INSS) os quadros sintomáticos, didaticamente podem ser enquadrados no seguinte estagiamento: No membro afetado  Sensação de peso e desconforto;  Dor espontânea, às vezes com pontadas de caráter ocasional;  Não há interferência na produtividade; Grau  Não há irradiação nítida; I  Dor melhora com repouso;  Sinais clínicos ausentes;  Tem bom prognóstico.  A dor é mais persistente e intensa;  A dor aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente;  Tolerável com redução de produtividade; Grau  Dor localizada com formigamento e calor; II  Irradiação definida;  Recuperação demorada mesmo com repouso;  Aparece fora do expediente;  Podem aparecer pequenas nodulações acompanhando a bainha dos tendões;  Hipertonia e dolorimento muscular;  Prognóstico favorável. Estágios Evolutivos - LER/DORT Página 18
  • 19. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações No membro afetado  Dor mais persistente e forte;  Irradiação mais definida;  Repouso só atenua a intensidade da dor;  Crises dolorosas fora do trabalho, especialmente à noite;  Perda de força muscular e parestesia;  Queda da produtividade;  Impossibilidade de executar trabalhos domésticos; Grau  Sinais clínicos presentes; III  Edema freqüente e recorrente;  Hipertonia muscular constante;  Alterações da sensibilidade;  Palidez, hiperemia e sudorese;  Eletromiografia pode estar alterada;  Retorno a atividade produtiva é problemático;  Prognóstico reservado.  Dor forte, contínua e por vezes insuportável;  Movimentos acentuam a dor;  As crises dolorosas ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado;  Perda de força e controle dos movimentos constantes; Grau  Edemas persistentes; IV  Podem aparecer deformidades;  Atrofias pelo desuso;  Capacidade de trabalho anulada;  A invalidez se caracteriza pela impossibilidade de um trabalho produtivo regular.  Atos da vida diária altamente prejudicados;  Quadros de depressão, ansiedade e angústia;  Prognóstico sombrio. Estágios Evolutivos - LER/DORT Página 19
  • 20. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 5. Fatores Determinantes de Risco  No rodar o pescoço para o lado;  Fletir os ombros;  Inclinar-se para alcançar o mouse do computador;  Teclado acima da altura do cotovelo;  Falta de apoio para os cotovelos; Funções  Punhos com desvios; ergonomicamente  O uso de telefone apoiado no ombro; mal concebidas:  Grandes diferenças individuais na técnica de realização do trabalho;  Monitor muito alto ou muito baixo;  Cadeira inadequada;  Posturas fixas, extremas e incorretas;  Força e repetição de movimentos e a combinação da aplicação de forças elevadas e alta repetitividade;  Baixo grau de flexibilidade da ação do trabalho.  Competição exagerada;  Pressão como forma de obter resultados; Relações humanas  Medo de perder o emprego; inadequadas:  Relacionamento ruim funcionários-funcionários;  Má qualidade da comunicação entre o empregado e a chefia.  O uso do computador com muitas horas seguidas;  Falta de pausa;  Prazos muito curtos para conclusão do trabalho; Organização  Picos de solicitação do trabalho; inadequada  Horas extras muito freqüentes; do trabalho:  Falta de poder para decisões relacionadas à tarefa;  Prêmios por produtividade;  Grande pressão em relação à produção;  Distribuição de tarefas por sexo. Fatores Determinantes de Risco - LER/DORT Página 20
  • 21. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 6. Profissões de Risco São profissões altamente especializadas que sofreram um enxugamento nas últimas décadas, com isso um aumento no volume do trabalho, na pressão da produção e da qualidade do produto final.  Digitadores;  Bancários;  Jornalistas; Profissões de  Dentistas; Risco:  Secretariado;  Enfermagem;  Laboratoristas;  Escritores. Profissões de Risco - LER/DORT Página 21
  • 22. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 7. Tratamento O principal é detectar a doença em estágio inicial, em seguida, descartar doenças que apresentam sintomas semelhantes de dores, como reumatismo e artrite reumatóide (Instrução Normativa INSS-98/2003: 1). O grande problema da Dort/LER é que a sua melhora ocorre paulatinamente e esta é frágil, ou seja, qualquer movimento fora dos limites que ela impõe destrói toda a recuperação que é desta forma, temporária e paliativa. O tratamento deve ser dirigido por uma equipe multifuncional:  Médicos;  Fisioterapeutas;  Terapeutas ocupacionais;  Psicólogos (ou psiquiatras). Tratamentos Indicados Analgésicos e antiinflamatórios são importantes Medicamentos para o combate à dor, mas se usados individualmente, são considerados insuficientes. Triclínicos como reguladores do sistema supressor Antidepressivos da dor. Tratamento das lesões físicas, objetivando o alívio Fisioterapia da dor e a diminuição do processo inflamatório. Órteses: Ajudam na recuperação, mas seu uso Fisioterapia indiscriminado e continuadamente causa a atrofia dos músculos. Tratamento - LER/DORT Página 22
  • 23. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações Eletroterapia: 1. Utilização de corrente elétrica:  Proporciona analgesia; Fisioterapia  Melhora a circulação local;  Reduz edemas. 2. Ex: TENS (Estimulação Elétrica Transcutânia). Crioterapia: 1. Compressas de gelo; 2. Promove analgesia e diminuição do processo inflamatório; 3. Deve ter duração de dez a trinta minutos com várias sessões ao dia; Fisioterapia 4. Contra-indicações:  Processos artríticos ou de rigidez articular;  Insuficiência vascular periférica;  Síndrome de raynauld;  Hemoglobinúria Paraxística Noturna;  Alergia ao frio. Massoterapia: 1. Realizado em pontos estratégicos; 2. Tipos: Fisioterapia  Massagem básica ou Sueca;  Shiatsu;  Massagem da zona reflexa;  Massagem transversa profunda;  Massagem do tecido conjuntivo ("ROLFING"). Cinesioterapia: Terapia por meio de exercícios Fisioterapia físicos para revigorar os músculos. É muito importante para reabilitação. Tratamento - LER/DORT Página 23
  • 24. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações Terapia ocupacional: Simulação da vida diária Fisioterapia para preparação dos pacientes para o cotidiano. Técnicas de relaxamento: Fisioterapia 1. Miofascioterapia; 2. Cadeias musculares de Leo Bousquet. Fisioterapia RPG: Métodos de reeducação postural global. Fisioterapia Hidroterapia Fisioterapia Mesoterapia ou Intradermoterapia. Tratamentos Contra-Indicados A longo prazo 1. Aumento da pode provocar: depressão; 2. Reduz o sono Ansiolíticos repousante; 3. Aumento da sensação de dor. Cirurgias Tem resultados irrisórios. Infiltração de base hormonal. Tratamento - LER/DORT Página 24
  • 25. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações Síndrome da Informática “Dor de Garganta Computadorizada” Fadiga Visual 2 Página 25
  • 26. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações Capítulo II SÍNDROME DA INFORMÁTICA “Dor de Garganta Computadorizada” e Fadiga Visual 1. Síndrome da Informática Conceito Estresse pelo excesso de informação. Profissões Atinge principalmente executivos e administradores. de Risco 1. Tremedeiras; 2. Indecisão; Sintomas 3. Insônia; 4. Irritabilidade; 5. Tensão; 6. Sentimento de abandono. 1. Milhões de páginas na Internet; Problemas 2. Milhões de pessoas plugadas; 3. Acesso demorado à Rede. Filtros de informação 1. Leva ao computador, (WEBCASTING) automaticamente, só assuntos Soluções selecionados; 2. Horários pré-programados; 3. Exemplo: Política às 20h, Economia às 21h. Síndrome da Informática - Sintomas - Problemas – Soluções Página 26
  • 27. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 2. "DOR DE GARGANTA COMPUTADORIZADA" Conceito É a rouquidão crônica e até a perda total da voz. Causa: Desenvolvimento de pólipos ou úlceras nas cordas vocais devido ao repetitivo atrito das pregas. 1. Sistemas precários de reconhecimento de voz; 2. Cada palavra precisa ser pronunciada, de forma distinta Problemas: e exatamente no mesmo tom e volume, para ser compreendida pelo computador; 3. Os usuários não respiram normalmente durante o ditado, com isso, as cordas vocais tendem a perder a tensão; 4. Avaliação por produção. Ex: Call Centers. 1. Fazer pausas com freqüência; Soluções: 2. Beber bastante água; 3. Evitar o álcool, cafeína e remédios que ressequem as cordas vocais. Dor de Garganta Computadorizada - Causa - Problemas – Soluções Página 27
  • 28. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 3. Fadiga Visual 3.1 Conceito: Fadiga Visual É o desgaste provocado pelo uso em excesso da visão central em Conceito detrimento da visão periférica. 1. Curta duração; Características 2. É reversível. 1. Ardência; 2. Vermelhidão; 3. Sensação de areia nos olhos; Sintomas 4. Inflamação das pálpebras e membranas próximas; 5. Dificuldade em focalizar as imagens; 6. Vista embaçada ou dupla; 7. Tontura, náuseas e dores de cabeça. Fadiga Visual - Conceito Página 28
  • 29. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 3.2 Fatores que Contribuem para a Fadiga Visual: Fatores que contribuem para a fadiga visual 1. Radiação; 2. Campos eletrostáticos; 3. Oscilação; Monitor ou Tela: 4. Contraste; 5. Legibilidade; 6. Cores; 7. Características específicas da regulagem dos monitores. 1. Ângulo; 2. Posição; 3. Distância de visualização; Posto de Trabalho: 4. Iluminação; 5. Má distribuição do material de trabalho; 6. Ofuscamento; 7. Iluminação imprópria; 1. Problemas oculares; 2. Regularidade com que o olho pisca; Hábitos e Diferenças 3. Fatores psicológicos; Individuais: 4. Franzir a testa; 5. Travar as mandíbulas; 6. Manter a cabeça sempre na mesma posição; 7. Visão inadequadamente corrigida. 1. Esforço visual prolongado; Hábitos de trabalho: 2. Poucas pausas; 3. Pagamento por produção. Fadiga Visual - Fatores que Contribuem Página 29
  • 30. Prevenus – Planejamento – Análise de Informações 3.3 Solução: Fadiga Visual 1. Consultar um Oftalmologista; 2. Melhorar o ambiente de trabalho; 3. Melhorar a iluminação e diminuir o ofuscamento; 4. Utilizar uma luz difusa acima da cabeça, acompanhada por luminárias na leitura de documentos; 5. A luz natural é a ideal, porém deve-se controlar a luminosidade e posicionar a tela com seu plano perpendicular ao das janelas; 6. Utilizar filtros de luz que tenha coberturas anti-reflexivas; Solução 7. Usar vídeos de tela plana; 8. Limpar regularmente a poeira acumulada na tela do monitor; 9. Posicionar a tela do monitor da seguinte forma: o alto do visor deve estar no nível dos olhos e o centro deve estar apontado para os olhos em um ângulo de cerca de 15 °; 10.Tenha um suporte para o material de referência durante a digitação; 11.Faça uma pausa visual de 15 minutos a cada 1 hora de atividade, para mudar o foco, para aliviar o cansaço visual. Fadiga Visual - Solução Página 30
  • 31. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2ª Parte Prevenção, Ergonomia e Informática Planejamento de Informática Planejamento Evolucionário Página 31
  • 32. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Prevenção e Ergonomia 3 Página 32
  • 33. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Capítulo III PREVENÇÃO E ERGONOMIA 1. Conceito de Ergonomia Estudo da relação homem-trabalho 1. Conforto; Objetivos: 2. Bem-estar; 3. Segurança; 4. Eficiência. 1. Posturas; Ocupa-se de 2. Movimentos; fatores do 3. Ritmos; trabalho: 4. Conteúdos. Ergonomia Atua no momento da criação de Ergonomia instrumentos, de máquinas, concepção móveis, etc. Tipos Atua na alteração Ergonomia do ambiente de de correção trabalho. A Ergonomia de concepção é mais eficaz que a de correção. Prevenção e Ergonomia - Conceito de Ergonomia Página 33
  • 34. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2. Ergonomia e Carga de Trabalho Carga de Trabalho é a pressão (física e/ou psicológica) sentida pelo indivíduo durante a execução de um trabalho. Ela é subjetiva, sendo, portanto, difícil de ser medida (Norma Regulamentadora 17 MTb - 1994). A meta de uma intervenção Ergonômica é modificar as características do ambiente de trabalho (Fatores da empresa) e não as características da população trabalhadora (Fatores do trabalhador). Fatores do Fatores da trabalhador empresa Sexo Organização do Salário trabalho Idade Tempo Estado físico, deficiências, Saúde. Atividade De O espaço de Trabalho trabalho Estado intelectual Tecnologia, máquinas e ferramentas. Estado psíquico Carga De Formação, Trabalho Segurança experiência, aprendizagem. Relações Saúde E Ambiência: Tóxica, Acidentes Térmica e Vibratória. Figura 1 - Fatores da Carga de Trabalho Fonte: Guerin, 1985;69 Prevenção e Ergonomia - Ergonomia e Carga de Trabalho Página 34
  • 35. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática 4 Página 35
  • 36. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Capítulo IV Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática 1. Conceitos: Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática É a parte da Ergonomia que procura estudar aspectos da Conceito 1 informática (hardware e software) e do ambiente de trabalho para propor mudanças, visando obter um ambiente de trabalho voltado para o usuário (CYBIS, 2010, p. 16). Ergonomia da Informação – Conceitos Página 36
  • 37. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.1 Ergonomia e Usabilidade 2.1.1 Ergonomia e Usabilidade para o Usuário Ergonomia e Usabilidade para o Usuário a) Compreender claramente os objetivos que o leva a adquirir um SW e se este se encaixa perfeitamente O usuário deve: com eles; b) Verificar a simplicidade do uso (usabilidade). a) Permitir que o usuário configure seu próprio esquema em cores. b) Ter ícones que represente uma imagem familiar com aquilo que se deseja representar.  Em português. O software deve:  Que tenha uma explicação c) Possuir concisa do problema. mensagens de  Que apresente uma solução ou erro: justificativa plausível. d) Ter manuais, tutoriais e ajuda on-line em português. e) Ter flexibilidade e facilidade de configuração nos mínimos detalhes. Ergonomia da Informação – Soluções Página 37
  • 38. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.1.2 Ergonomia e Usabilidade para Desenvolvedores:  Envolver os futuros usuários do SW no processo de compra ou desenvolvimento.  Compreender o que os usuários querem fazer.  Identificar quais tarefas os usuários realizam com mais freqüência.  Verificar a compatibilidade com os outros sistemas que o usuário usa.  Verificar se o serviço do suporte é eficiente.  Verificar se são oferecidas aulas de treinamento. Ergonomia da Informação – Soluções Página 38
  • 39. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.1.3 Redução da carga de trabalho: Ergonomia da Informação ou Ergonomia Aplicada à Informática A fadiga é 1. Controle do tempo e toque (digitação); causada pelo 2. Controle do número de toques em uma unidade a). Minimização da uso dos de tempo; fadiga: periféricos de 3. A solução será abordada no apêndice B. entrada de dados. As agências de correios fornecem arquivos-textos contendo os números do Cep de todo o país. Assim, pode-se adicionar ao sistema estes arquivos e um pequeno código que mostra os dados do endereço Cep: correspondente ao Cep digitado, para a confirmação da validade do endereço e Objetivos: A diminuição seu armazenamento. Faltando, apenas a da digitação digitação do número da casa ou prédio, consegue-se da e um complemento. utilização de Todos os sistemas podem alguns indagar ao usuário sobre a possibilidade artifícios no da data informada ser a data do sistema desenvolvimen Data: operacional (data atual), buscando-a do to de sistemas sistema e assim evitando a sua b). Minimização da aplicativos ou digitação. digitação: utilitários. A seguir, alguns Os sistemas são desenvolvidos exemplos são assumindo-se que os usuários listados: movimentam um item por vez. Porém, na prática o que acontece é uma movimentação em bloco com Código: características semelhantes, havendo, portanto, uma repetição desnecessária de dígitos que poderiam ser evitadas utilizando-se da técnica de movimentação em bloco que será mostrada adiante. Ergonomia da Informação – Soluções Página 39
  • 40. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.1.4 Soluções para a Minimização da Digitação: a) Movimentação normalizada. b) Movimentação em bloco. c) Códigos de barras. a) Movimentação Normalizada: Os artifícios mencionados anteriormente para a diminuição da digitação seguem um padrão, uma vez que o problema é sempre detectado na ausência de uma normalização bem definida, como veremos no exemplo abaixo: Na figura 2 veremos um exemplo bem comum em sistemas comerciais, em que uma pequena alteração pode economizar muitos dígitos. Assim, para a movimentação de cem clientes podemos verificar os seguintes passos: Movimentação não Normalizada Passos Digitar Número de dígitos Exemplo 1 Número do Cliente 5 0522-3 2 Nome do Cliente Máximo de 20 João Cleber da Silva 3 Rua Máximo de 20 Bosque do Imperador Número da 4 Residência Máximo de 5 01234 Complemento do Edifício Jorge Bem 5 endereço Máximo de 20 Apto 1105 6 Bairro Máximo de 15 Alto dos Passos 7 Cidade Máximo de 15 Juiz de Fora 8 Estado Máximo de 15 Minas Gerais 9 Cep 8 36035.600 10 Data clientela 8 02 / 02 / 2003 Ergonomia da Informação – Soluções Página 40
  • 41. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Na figura 3 temos um exemplo normalizado do cadastro do cliente com os seguintes passos: Movimentação Normalizada Passos Ação 1e2 São os mesmos da figura 1; É informada a data atual, caso a data da clientela seja igual 3 não haverá necessidade de digitá-la; 4 Corresponde ao passo 9 da figura 1; 5 Corresponde ao passo 4 da figura 1; 6 Corresponde ao passo 5 da figura 1. Obs: 1) Na movimentação normalizada não são necessários os passos 3 (Rua), 6 (Bairro), 7 (Cidade), 8 (Estado) da movimentação não normalizada. 2) Também foi adotada a data do sistema para economizar os dígitos na data da clientela. 3) Com esta simples modificação podemos retirar da digitação um máximo de 73 dígitos por movimentação. DD = m (c1+ c2+ ... +cn) n DD = m ( Cx) x=1 DD = Digitação desnecessária; m = Número de movimentações; x = Um determinado campo (varia de 1 a n); n = Número máximo de campo; C = Número de dígitos do campo. DE = DD - DI Ergonomia da Informação – Soluções Página 41
  • 42. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário DE = Digitação economizada; DD = Digitação desnecessária; DI = Número de dígitos inseridos para obter a ergonomia de SW. Aplicando as fórmulas: n DD = m ( Cx) x=1 DD = m (Rua + Bairro + Cidade + Estado + Data da Clientela) DD = m (20 + 15 + 15 +15 +8) DD = m (73) Para 100 movimentações temos: DD = 100 (73) DD = 7300 DE = DD – DI DE = 7300 DE = 7300 Obs.: Uma vez que não foram inseridos dígitos para se obter a ergonomia de SW, podemos afirmar que: DE = DD Ergonomia da Informação – Soluções Página 42
  • 43. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário X X Número do Cliente nnnnnnnnnn-nnn Nome do Cliente ccccccccccccccccccccccccccccccccc Ir Para Rua rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Número nnnnnnnnnn Novo Complemento ccccccccccccccccccccccccccccccccc Bairro bbbbbbbbbbbbbbbb Deletar Cidade cccccccccccccccccc Estado eeeeeeeeeeeeeeeeee Voltar Cep nnnnnnnn-nnn Data Clientela dd/mm/aaaa Sair Figura 2 – Movimentação Não Normalizada X Número do Cliente nnnnnnnnnn-nnn Nome do Cliente ccccccccccccccccccccccccccccccccc Data Clientela dd/mm/aaaa Cep nnnnnnnn-nnn Número nnnnnnn Complemento ccccccccccccccccccccccccccccccccc CEP RUA CIDADE ESTADO 36035 - 600 Bananeira Juiz de Fora MG 37040 - 500 Margarida Santos Dumont MG Figura 3 – Movimentação Normalizada Ergonomia da Informação – Soluções Página 43
  • 44. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário b) Movimentação em Bloco: A movimentação é feita em conjunto de objetos com as mesmas características de movimentação. A seguir, abordaremos a movimentação de um conjunto de processos judiciais para serem despachados pelo Juiz Titular com a data atual. Abordagem não ergonômica: Nas figuras 3.1 e 3.2 podemos observar os seguintes passos: Passos Digitar Número de Exemplo dígitos 1 Tipo de movimentação 1 I (inclusão) do processo 2 Código do processo 12 145930001002 3 Código da 5 02121 movimentação 4 Data da movimentação 8 12 / 10 / 2003 5 Se o Juiz é titular 1 T (titular) Obs: 1. Para “n” processos os passos 2,3,4 e 5 são repetidos “n” vezes; 2. O código, a data da movimentação e Juiz Titular são desnecessariamente digitados; 3. As datas digitadas poderiam ser buscadas no sistema operacional. Abordagem Ergonômica: Na figura 4, implementando a movimentação em bloco, podemos conseguir as seguintes alterações: Ergonomia da Informação – Soluções Página 44
  • 45. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Passos Digitar Número Exemplo de dígitos 1 Indaga-se se a movimentação é 1 Bloco<ENTER> em bloco ou individual(novo); 2 Se for em bloco, pergunta-se o 5 02121 código da movimentação do bloco; 3 Na data da movimentação é 1 <ENTER> informada a data atual pelo sistema operacional. Caso a data de movimentação seja diferente da data atual, esta pode ser digitada em substituição; 4 Informar se Juiz é titular(ex: 1 T (titular) T(titular)); 5 Obter os códigos de processos 12 ou 0 145930001002 por digitação ou por leitura de código de barras. Obs: 1. Para “n” processos, somente o passo 5 é repetido “n” vezes; 2. Optando-se pela movimentação em bloco, no passo 2 deixa-se de digitar 5 dígitos para cada processo movimentado; 3. No passo 3 com a data atual ou com uma data qualquer deixa-se de digitar 8 dígitos para cada processo movimentado e no passo 4 deixa- se de digitar 1 dígito; 4. Supondo-se que um usuário quer movimentar 100 processos, com o código da movimentação(02121), a data de movimentação igual a data atual(data do S.O.) e a movimentação igual a inclusão, podemos observar o impacto sobre o usuário no quadro abaixo: Ergonomia da Informação – Soluções Página 45
  • 46. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Sistema Sistema Sistema não Sistema não Passos ergonômico c/ ergonômico s/ ergonômico c/ ergonômico s/ código de código de código de código de barras barras barras barras Tipo da movimentação 1 1 1 1 (I) (Bloco ou Novo) Código da Movimentação 5 5 500 500 (02121) Data da Movimentação 1 1 800 800 (DD/MM/AAAA) Juiz Titular 1 1 100 100 (T) Código do Processo - 1200 - 1200 (145930000000) Total de Dígitos 8 1208 1401 2601 Ergonomia da Informação – Soluções Página 46
  • 47. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário X I- Inclusão E- Exclusão C- Consulta A- Alteração Movimentação: _ Figura: 3.1 - Movimentação não Normalizada. Tela da escolha do Tipo de Movimentação X Código do Processo nnnnnnnnnn-nn Código da Movimentação cccc-c Data da Movimentação dd/mm/aaaa Juiz Titular t ALT + F1: Sair Figura: 3.2 - Movimentação Não Normalizada. Tela de Movimentação Ergonomia da Informação – Soluções Página 47
  • 48. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário X Bloco Código da Movimentação cccc-c Data da Movimentação dd/mm/aaaa Juiz Titular t Ir Para Código do Processo Novo Deletar Sair Figura 4 - Movimentação normalizada - Movimentação em Bloco Ergonomia da Informação – Soluções Página 48
  • 49. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário c) Código de Barras , Cartão Magnético e digitação: A utilização da leitura do código de barras e do Cartão Magnético minimiza a necessidade da digitação para alimentar o banco de dados. No combate à Dort/LER o fator Tempo é primordial mas existem dois fatores de igual importância: a Forma de Digitar e a Velocidade da Digitação. Veja a tabela abaixo: Utilização do Código de Barras e o Cartão Magnético Tempo Duração da atividade diária Um caixa de banco ou plano de saúde que utiliza o cartão magnético como complemento ou identificação do cliente. Esta digitação é tão pesada que podemos observar as mãos do funcionário dançando no teclado em Digitação como uma frenética digitação. Também, Atividade podemos notar a colaboração das mãos Primária: alteradas, com as articulações A forma de avermelhadas e o restante das mãos digitar pálidas. Nestes dois casos não podemos deixar de lado fator ar-condicionado que provoca a contração dos músculos, tendões e também das uma vasoconstricção. Um caixa de supermercado que utiliza o código de barras como principal Digitação como elemento de entrada de dados. O fator Atividade digitação entra como complemento na Secundária: falta de reconhecimento do código pela máquina leitora. Também, ocorre no fornecimento da quantidade de produtos e na finalização da compra. Ergonomia da Informação – Soluções Página 49
  • 50. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Como já foi mencionado ela pode ser verificada pelos dedos Velocidade dançantes que são assim pela pressão por produção. Desta da forma pode-se acrescentar os " Call-Centers" que além da digitação digitação acelerada tem também o uso excessivo da fala, ocasionando problemas como rouquidão e calos em cordas vocais. Ergonomia da Informação – Soluções Página 50
  • 51. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.2 Ergonomia de Hardware Equipamentos dos Postos de Trabalho a) Apresentar ângulos reguláveis para cima, para baixo e para as laterais, de modo a minimizar o ofuscamento; b) Ser posicionados ao nível dos olhos (a superfície do monitor deve fazer um ângulo de 180 ° com os olhos); c) Estar a uma distância de aproximadamente 75 cm do rosto do usuário; Monitores de d) Ser limpos com regularidade, assim como a tela e a vídeo devem: área em volta, para reduzir o potencial eletrostático, minimizando a quantidade de poeira no ar, o que poderia irritar a pele e os olhos; e) Ter a radiação eletromagnética minimizada de fábrica. Observação: Os monitores de cristal líquido têm menor emissão de radiação eletromagnética. Por isso, são mais aconselháveis. a) Não mais que 30 mm de espessura (no meio); b) Teclas medindo entre 12 e 15 mm quadrados; c) O ângulo de inclinação deve estar entre 10 ° e 15 °; d) Pés ajustáveis de preferência nas superfícies, alta e Os Teclados baixa, permitindo alinhamento entre punhos e mãos; devem ter: e) Uma resposta a cada toque, como um ruído de clique ou alguma sensação; f) Uma posição na mesa no nível do cotovelo que deve estar apoiado (90 ° entre o antebraço e o braço). Observação: os notebooks não foram projetados para uso prolongado e seu uso nesse sentido reforçará os problemas músculo-esqueléticos. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 51
  • 52. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário a) Foi desenvolvido como uma alternativa ao teclado, com um emprego na interface gráfica do usuário (GUI); b) Tipos:  O mouse básico;  Graphics tablet (ou mesa de gráficos para desenhos);  Trackball;  Pen mouse;  Track point (IBM);  Touch mouse; c) Alternativas  Forma curvada (a palma da Dispositivos ergonômicas: mão apoiada); apontadores  O botão esquerdo maior que o direito;  Sulcos no formato e posição dos dedos. d) O Touch Mouse:  Uma pequena superfície retangular plana;  Dedo dirige o apontador pelo toque deslizante;  Clique se dá pelo toque em forma de uma pequena pancada da ponta do dedo na superfície ou o pressionamento em uma das teclas adjuntas. a) Problemas:  Ocupa muito espaço;  Poluição sonora. Impressoras e Periféricos b) Solução:  Divisórias para isolar o ruído;  Manter impressoras longe do usuário, através de redes com impressoras servidoras. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 52
  • 53. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário a) Elemento de apoio  Suporte de material firme e para o punho, macio; teclado e mouse:  Excelente descanso para as mãos;  Evita desnível entre antebraço e punho;  Localização: bordas inferiores do teclado e do mouse. b) Teclados  Já tem um elemento de ergonômicos: apoio para o punho;  Posição das teclas em um ângulo anatômico corrigindo a angulação das mãos em relação aos punhos. c) Braço ergonômico  Inclina e gira o vídeo; Acessórios para o monitor:  Aumentam os movimentos e ergonômicos a precisão na localização do vídeo. d) Porta documentos:  Para digitação;  Painel do tamanho de uma folha;  Posição: no mesmo plano de focagem do monitor a partir dos olhos;  Benefícios: cabeça, pescoço, ombros e olhos. e) Filtros de tela:  Filtram a Luz;  Cobertura anti-reflexiva;  Proteção contra ofuscamento;  Drenam a eletricidade estática da frente do monitor eliminando as partículas de poeira. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 53
  • 54. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 2.3 Ergonomia do Ambiente de Trabalho Ergonomia do Ambiente de Trabalho  Mesa;  Cadeira;  Computador;  Acessórios; Conceito Entende-se por ambiente de  Iluminação; trabalho do usuário:  Aquecimento;  Ventilação;  Organização do trabalho;  Ruídos;  Postura. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 54
  • 55. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Ergonomia do Ambiente de Trabalho 1. Respeitar as características antropométricas do usuário (altura, peso, comprimento das pernas, etc.); Mobiliário 2. Permitir a alternância de postura O mobiliário deve: (sentado, em pé, etc.); 3. Ter cadeiras de preferência com assentos arredondados e encostos adaptados para proteção da região lombar. 1. Ruídos que podem prejudicar o bom andamento da tarefa; Ex: Impressoras matriciais em salas de digitação; 2. O limite de tolerância de ruídos é apresentado Condições Condições na NR 15, em seus anexos 1 e 2; Ambientais acústicas 3. Os ruídos a) Problemas de audição; excessivos e b) Dores de cabeça; desconfortáveis c) Agressividade; podem provocar: d) Insônia; e) Aumento de pressão arterial; f) Queda de produtividade; g) Aumento da fadiga. 1. Conforto térmico para o ser humano está entre 18 e 25 °C; 2. Alteração no a) Causar sensação de Condições Condições equilíbrio térmico desconforto; Ambientais térmicas pode: b) Alterar a pressão arterial; c) Provocar fadiga; d) Causar varizes; e) Predisponibilizar doença. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 55
  • 56. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 1. A iluminação deve ser difusa e sem sombras excessivas; 2. Melhor iluminação é através da luz natural; 3. Janelas devem possuir vidros translúcidos; 4. As superfícies devem ser dispostas de forma a evitar ofuscamentos e sombras; Condições Condições 5. Uma iluminação a) Prejudicar a visão; de Ambientais iluminação deficiente pode: b) Causar fadiga; c) Provocar sonolência; d) Motivar distúrbios de comportamento; e) Diminuir a produtividade; f) Favorecer a ocorrência de acidente. 1. Define quem faz o quê, como e em que tempo; Organização Conceito 2. É a divisão dos homens e das tarefas; do Trabalho 3. Problemas: a) Cooperação; b) Hierarquia; c) Motivação. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 56
  • 57. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 1. Normas que o trabalhador deve seguir para realizar a tarefa; 2. Incluem: a) Horário de trabalho; b) Qualidade do produto; c) Produção; d) Produtividade; Organização Normas e) Utilização obrigatória do do Trabalho de mobiliário e dos equipamentos produção disponíveis. 3. Problemas: a) Nem tudo está previsto; b) As normas e os meios para atingí-las podem não ser claras, levando o trabalhador a um estado constante de incerteza; c) Confronto entre a quantidade e qualidade. 1. É a seqüência de instruções para a realização de uma tarefa; 2. Pode ser: a) Prescrito (ditado pela empresa); b) Real (o modo particular adotado pelo trabalhador para fazer face às variações dos Organização Modo instrumentos, da matéria- do Trabalho operatório prima, do seu próprio corpo e das suas motivações). 3. Objetivo da 1) Disponibilizar vários modos análise operatórios; ergonômica: 2) Proporcionar conforto e segurança; 3) Aumentar os graus de liberdade na realização da tarefa. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 57
  • 58. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 1. Conceito Pressão de tempo Não Produtividade Produtividade = produção + tempo (*) + ritmo + qualidade + jornada(*) * Tempo para realizar a tarefa * Jornada de trabalho Organização Exigência 2. Problemas 1. A do Trabalho de tempo capacidade  De indivíduo para produtiva indivíduo; pode variar:  Num mesmo indivíduo ao longo do tempo. 2. Limites mínimos fixados pela empresa pode superar a capacidade de um ou vários trabalhadores colocando em risco sua saúde. 1. É o que faz o trabalhador em determinado tempo; 2. Não são a) Tempo para corrigir e Determinação considerados, verificar um erro; Organização do normalmente b) Tempo consumido em pela empresa: um incidente e na sua do Trabalho conteúdo do resolução; tempo c) Tempo para tomar decisões; d) Tempo para se recuperar e se reorganizar entre uma tarefa e outra. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 58
  • 59. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 1. Tipos: a) Livre (regulado pelo indivíduo) ou auto-ritmado ou auto-determinado; b) Imposto (regulado por máquinas). Ex: linhas de montagem; c) Induzido (regulado por premiações). Organização Ritmo de Ex: Pagamentos por número do Trabalho trabalho de toques em uma unidade de tempo. 2. Um trabalho a) Expõe menos o trabalhador auto-ritmado: ao risco de Dort/LER; b) Permite fazer micro-pausas; c) Leva em conta que as pessoas têm diferentes ritmos em diferentes momentos; d) Respeita percepção da fadiga pelo trabalhador. 1. Pode ser: a) Monótono; b) Estimulante. 2. O conteúdo a) Criatividade; Conteúdo estimulante b) Variedade de atividades; Organização das do Trabalho tarefas envolve: c) Interesses do trabalhador. 3. Uma variedade muito grande de tarefas nem sempre é estimulante; 4. A análise ergonômica deve verificar uma sub ou sobrecarga de trabalho. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 59
  • 60. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário 1. Ao andar, mantenha-se em postura ereta, em marcha constante, com a cabeça reta, olhe acima do horizonte; 2. Nunca suba escada com a coluna inclinada para frente, mantenha-a ereta e o pé completamente apoiado no chão; 3. Ao sentar-se ou levantar-se, mantenha sempre a coluna reta, num ângulo de 90 ° e coloque sempre um pé à frente do outro; 4. Quando permanecer sentado, não fique com os ombros caídos para frente, encoste a região lombar na cadeira alinhando a cabeça, não cruze as pernas e mantenha as costas retas; 5. Quando erguer qualquer objeto do chão, dobre sempre os joelhos e mantenha a coluna ereta e o peso próximo ao corpo; 6. Não levante e nem pegue pesos acima da cabeça; Postura 7. Não carregue peso na cabeça; 8. Se você trabalha muitas horas sentado, procure alternar ficando alguns minutos por dia em pé; 9. Sentar-se em cadeira muito baixa ocasiona dores nas costas. Muito alta, faz com que os pés fiquem suspensos, ocasionando dores nos músculos; 10. Se tiver que permanecer em pé, mantenha-se em posição ereta, com joelhos ligeiramente flexionados, evite debruçar-se sobre balcões; 11. Ao permanecer em pé, parado num só lugar (enquanto lava louça, por exemplo) apóie um dos pés sobre uma superfície mais elevada, de aproximadamente 10 cm; 12. Ao atender telefone não o apóie entre o ombro e a cabeça; 13. Não coloque objetos pesados ou documentos em gavetas muito baixas, que estejam próximas ao piso; 14. Não fique com muito tempo na mesma posição; 15. Não digite, datilografe, grampeie ou escreva com muita força; 16. Não segure grandes volumes de documentos apenas com as pontas dos dedos. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 60
  • 61. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário a) O punho deve ficar reto e no mesmo nível do teclado; Postura Postura no b) Não flexione o punho (para cima ), teclado: isto estira os músculos do dorso da mão; c) Não estenda seu punho (para baixo ), isto estira os músculos e tendões ventrais; d) Não desvie os punhos para as laterais. a) A borda superior do monitor não deve passar acima dos olhos; b) Cotovelos devem ficar na altura do tampo da mesa; c) Mantenha os joelhos dobrados em ângulo de 90 °; Postura na d) Mantenha os pés apoiados; Postura Estação de e) Sente-se ereto de frente para o computador Trabalho: com as costas apoiadas na cadeira; f) Use telefones que se prendem a cabeça para manter o pescoço relaxado; g) Use uma almofada para apoiar a coluna lombar; h) Utilize suportes para copiar documentos; i) Utilize um apoio para os punhos; j) Mantenha o mouse perto do teclado. Ergonomia do Ambiente de Trabalho Página 61
  • 62. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Apêndices Página 62
  • 63. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Apêndice A Mesa Ergonômica (Estação de Trabalho) A mesa, apresentada nas figuras a seguir, foi projetada como uma Estação de Trabalho. O projeto visa à prevenção de Doenças Relacionadas ao Trabalho com Informática. Figura 5 - Mesa Ergonômica – Visão Frontal. Na figura número 5, temos uma visão geral da mesa com os espaços bem distribuídos. Observe que não existem gavetas. O apoio para os cotovelos é fundamental e o vídeo no campo de visão também, ou seja, no nível dos olhos. A impressora não pode ser matricial, devido ao seu grande ruído. Por isso devem estar em outra sala. Recomenda-se a impressora jato de tinta ou lazer. Apêndice A - Mesa Ergonômica Página 63
  • 64. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário Medidas da Mesa 1 Altura 70 cm 2 Largura 63 cm 3 Diagonal (apoio dos cotovelos ao fundo do 91 cm vídeo) 4 Comprimento à direita 1 m e 52 cm 5 Comprimento à esquerda 1 m e 43 cm As medidas 1, 2 e 3 não podem ser alteradas, somente as 4 e 5 podem. Apoio dos Cotovelos 1 Altura 1 cm 2 Largura 11 cm 3 Distância (cotovelo direito ao esquerdo) 61 cm Na figura número 5 temos, também, o filtro de tela. Quanto menor o brilho e os reflexos na tela do monitor, maior o conforto para os olhos. Então, o melhor a fazer, além de uma proteção anti-ofuscante, é ajustar os controles manuais do vídeo e adquirir, se possível, um filtro de tela. Figura 6 - Mesa Ergonômica – Apoio dos Cotovelos. Na figura número 6 destacamos o descanso para os pés que pode ser adquirido em lojas de acessório de informática. Destacamos, também, a cadeira que deve ser giratória, de acento e encosto ajustáveis (o encosto em cadeiras ergonômicas é reclinável, o que é mais recomendável). O suporte Apêndice A - Mesa Ergonômica Página 64
  • 65. Prevenus – Planejamento - Planejamento de Informática e Evolucionário para o vídeo que pode também ser adquirido ou feito do mesmo material da mesa, desde que obedecendo aos critérios descritos na figura 5. Figura 7 - Mesa Ergonômica – Teclado Ergonômico. Figura 8 - Mesa Ergonômica – Teclado Ergonômico e Apoio dos Cotovelos. Nas figuras número 7 e 8 podemos verificar a importância do teclado ergonômico devido a distribuição de suas teclas permitindo que o antebraço, punhos e mãos fiquem em uma posição mais natural. O apoio de mãos articulado permite, durante as pequenas pausas do processo de digitação, que o usuário apóie suas mãos, relaxando os tendões, músculos e nervos. O mouse convencional exige o movimento dos músculos mais fortes do ombro e dos braços para clicar ou movê-lo. Por isso, o touch mouse é uma opção por ser mais suave, exigindo apenas o deslizar dos dedos para movimentá-lo e um toque para clicar exigindo apenas um pouco de treino. Outra alternativa é o mouse óptico. Apêndice A - Mesa Ergonômica Página 65