O documento descreve o contexto cultural do período interbíblico entre Malaquias e o surgimento de Cristo. Neste período de 400 anos, surgiam diversos grupos religiosos como os fariseus, saduceus e essênios. O documento também aborda o contexto político com a dominação romana e a organização social da época de Jesus.
1. Pr. Moisés Sampaio de Paula
IBBC - Aula 2
Evangelhos Sinóticos
Contexto Cultural
2. É um perído de cerca de 400 anos,
entre o antigo e o novo testamento.
Abrangendo desde Malaquias até o
surgimento de Cristo
Período Interbíblico - Relembrando
Pr. Moisés Sampaio de Paula2
Malaquias Jesus
400 anos
3. O período interbíblico é estudado
sobre 3 contextos:
1. Contexto Histórico
2. Contexto Religioso
3. Contexto Cultural
Pr. Moisés Sampaio de Paula3
Período Interbíblico - contextos
5. 1. Fariseus
2. Saduceus
3. Escribas
4. Essênios
5. Zelotes
6. Herodianos
7. Zadoqueus
8. Samaritanos
9. Publicanos
Pr. Moisés Sampaio de Paula5
Contexto Religioso e Político - Relembrando
6. 6
FARISEUS
Ensinavam que a alma era imortal, que haveria um
arrebatamento, uma ressurreição corporal e julgamento
futuro com galardão ou castigo.
Acreditavam na existência de seres celestiais e
aguardavam o Messias (At 23.8).
Tinham duas escolas doutrinárias: Hillel (liberal) e Shamai
(conservadora).
Seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as tradições e
costumes (Mt 23.25-28).
Foi o único partido que sobreviveu à destruição do templo
em 70 d.C., são os genitores espirituais do judaísmo.
Jesus não criticou sua doutrina e sim a sua prática
hipócrita (Mt 23:1-7);
Contexto Religioso - Fariseus
7. 7
SADUCEUS
Eram a elite sacerdotal, política e social.
Negavam a ressurreição, o juízo final, a existência de anjos e
espíritos e a vinda do Messias.
Não se davam com os Fariseus (At 23.6-8).
Enfatizavam a liberdade da vontade humana, rejeitando o
determinismo e o azar.
Tinham a Torah como única fonte de fé e prática.
Diziam-se descendentes do Sumo-Sacerdote Zadoque (1Rs
2:35, 2 Sm.15:24); o nome Saduceu vem do hebraico
tzadokim = “descendentes de Zadoque”.
Enquanto os fariseus eram nacionalistas os saduceus iam na
direção da filosofia e cultura gregas.
Com a destruição do Templo, em 70 d.C., o partido se
extinguiu.
Contexto Religioso - Saduceus
Pr. Moisés Sampaio de Paula7
8. Uma comparação entre Fariseus e
Saduceus :
Pr. Moisés Sampaio de Paula8
Fariseus:
a- Constituíram o núcleo da
aristocracia religiosa e acadêmica.
b- Ensinavam que a alma era imortal,
que havia uma ressurreição corporal e
julgamento futuro com galardão ou
castigo.
c- Acreditavam na existência de anjos
e espíritos bons e maus.
d- Predestinatários, mas aceitaram
que o homem tinha livre arbítrio e
responsável
moralmente.
e- Coordenaram a tradição e a Lei
escrita numa massa de regras de fé e
a prática evoluindo com os tempos.
Saduceus
a- Constituíram o núcleo da
aristocracia sacerdotal, política
e social.
b- Ensinaram que não há nem
galardão nem castigo.
c- Negaram a existência de
espíritos e anjos.
d- Enfatizaram a liberdade da
vontade humana, rejeitando o
determinismo e o azar.
e- Mantinham que a Torah era
única fonte infalível de fé e
prática.
9. 9
Tinham rigorosa observância da lei, mas consideravam o
sacerdócio do templo corrupto, rejeitavam boa parte do rito
e do sistema sacrificial.
Acrescentaram ritos ( por ex, cabala, castas de anjos,...).
O termo vem do aramaico essenoi e do latim esseni, ambos
com o significado de “médico”;
No período hasmoneu, foram perseguidos e passaram a viver
no deserto da Judéia;
Muitos aceitam que a comunidade de Qumran, onde foram
encontrados os rolos do mar Morto, era de essênios.
Vestiam-se de branco, não se casavam e aboliram a
propriedade privada.
Contexto Religioso - Essênios
Pr. Moisés Sampaio de Paula9
10. Escribas
Os escribas não eram, estritamente falando, uma
seita, mas sim, membros de uma profissão.
Eram, em primeiro lugar, copistas da Lei.
Vieram a ser considerados autoridades quanto às
Escrituras, e por isso exerciam uma função de
ensino.
Sua linha de pensamento era semelhante à dos
fariseus, com os quais aparecem frequentemente
associados no N.T.
Pr. Moisés Sampaio de Paula10
11. Herodianos
Os herodianos eram mais um partido político que uma
seita religiosa, e criam que os melhores interesses do
judaísmo estavam na cooperação com os romanos, porém
sem se submeterem diretamente a eles. Essa cooperação
“indireta” aconteceria através do reinado títere da dinastia
herodiana. Seu nome foi tirado de Herodes I, o Grande.
A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as
reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro
do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico
no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos
prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que
veio na “plenitude do tempo” (Gálatas 4.4)
Pr. Moisés Sampaio de Paula11
12. 12
O nome do hebraico qanna: “zeloso” ou “devoto”;
Finéias foi o modelo dos zelotes (Nm 25:10 a 13);
Partido extremista com origem no final do sec. I a.C, eram
conhecidos como “sicários”, pois usavam uma adaga (sicca)
contra os seus adversários;
Legalistas e intolerantes contra o jugo de Israel pelos
romanos, não aceitavam o pagamento de impostos;
Um dos discípulos de Jesus, cognominado Simão, o Zelote,
pertencia a esse partido (Lc 6:15);
Lideraram a revolta contra Roma, em 66 d.C., que levou àLideraram a revolta contra Roma, em 66 d.C., que levou à
destruição de Jerusalém e do Templo;destruição de Jerusalém e do Templo;
Sua última fortaleza, Massada, caiu em 73 d.C. e o partido
se extinguiu.
Zelotes
Pr. Moisés Sampaio de Paula12
13. ORGANIZAÇÃO SOCIAL NA ÉPOCA DE JESUS
SUMO SACERDOTESUMO SACERDOTE
SACERDOTESSACERDOTES
ESCRIBASESCRIBAS
POVOPOVO
MULHERES,
ENFERMOS,
PECADORES…
MULHERES,
ENFERMOS,
PECADORES…
SADUCEUSSADUCEUS
FARISEUSFARISEUS
ZELOTESZELOTES
ESSÊNIOSESSÊNIOS
Pr. Moisés Sampaio de Paula13
14. Samaritanos
Após diversas rebeliões de Israel (como, após a
divisão causada pelo filho de Salomão, era chamado o
Reino do Norte), o rei da Assíria Salmaneser tomou a
capital, Samaria, em 722 aC. e deportou a população
para outras regiões do seu império.
Ao mesmo tempo trouxe para Israel populações de
outras regiões. Todos esses acontecimentos são
relatados em II Reis 17. De acordo com o relato, estes
povos aprenderam a servir ao Senhor, Deus de Israel,
porém continuaram a servir os seus próprios deuses.
Pr. Moisés Sampaio de Paula14
15. Samaritanos
Os “samaritanos” mencionados no Novo Testamento
são a população resultante da miscigenação desta
população, e certamente incluía alguns Israelitas que
escaparam à deportação.
Sua inimizade com os Judeus era decorrente de seu
culto e de sua origem mistos, e da oposição que,
liderados por um homem chamado Sambalate,
fizeram aos judeus durante a reconstrução das
muralhas de Jerusalém (Neemias 4.1-3; 6.1-9.
Pr. Moisés Sampaio de Paula15
16. Pr. Moisés Sampaio de Paula16
Os tributos
Estando direta ou indiretamente submissos
ao governo romano, os judeus deviam
pagar tributos ao império.
Esses tributos eram de duas espécies:
1.os que eram cobrados sobre propriedades
(tributum agri) ou
2.Sobre pessoas (tributum capitis) e os
demais ingressos do estado (vectigalia).
17. Pr. Moisés Sampaio de Paula17
Os tributos
Entre os “Vectigalia”, entre outros, destaca-se o
“portório”, que era o imposto cobrado pelo trânsito de
mercadorias pelo império, e que era o correspondente
romano de três impostos modernos:
1. o alfandegário, cobrado pela introdução de mercadorias
no território ou pela saída delas,
2. o de consumo, cobrado pelo trânsito de mercadorias
dentro do território,
3. e o pedágio, cobrado pelo trânsito de pessoas e
mercadorias por determinadas regiões (pontes ou
estradas, por exemplo).
18. Pr. Moisés Sampaio de Paula18
Os tributos
Em Roma, já em 212 aC existia uma
classe de oficiais que se encarregavam
de uma série de contratos oficiais – a
“ordo publicanorum”.
Posteriormente, com o aumento do
império, passaram a atuar em diversas
províncias onde suas atividades
incluíam a cobrança de impostos.
Sempre foram considerados como
dados a abusos e malversação dos
recursos obtidos, e mencionados como
“gatunos e aproveitadores”.
20. Pr. Moisés Sampaio de Paula20
Os Publicanos
A palavra “publicano” foi aplicada não apenas aos membros
da “ordo publicanorum”, mas a todos os contratados por esta
para trabalharem na cobrança de impostos para o império.
O desprezo de que os publicanos eram alvo por parte dos
judeus vinha de duas razões principais, sempre aliadas à
revolta pelos abusos cometidos:
1. Eles eram considerados “imundos”, por causa do
constante contato com os romanos, gentios e pagãos. Os
escritos dos rabinos não apenas os declaravam impuros,
mas até mesmo transmissores de impureza pela simples
presença.
2. Eles eram considerados traidores e agentes da
dominação estrangeira.
21. Pr. Moisés Sampaio de Paula21
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo:
Judaicos, Helenos e Romanos
22. Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Judaicos
a- Um povo divinamente preparado
b- Um povo escolhido para ser testemunha entre as
nações
c- Escrituras proféticas predizendo a vinda do
Messias
d- A dispersão dos judeus em todo o mundo
conhecido
e- Sinagoga onde se estudava as Escrituras que
forneceriam local para a pregação do evangelho
f- Proselitismo que trouxe muitos gentios para o
judaísmoPr. Moisés Sampaio de Paula22
23. 2- Elementos na preparação para a
vinda de Cristo: Judaicos
g- Era o povo do Livro, Interessado na prática da religião e na
busca da salvação
h- Uma esperança da vinda do Messias foi oferecida pelos
judeus a um mundo de religiões pagãs. Também o
judaísmo ofereceu , pela parte moral da Lei Judaica, o
sistema de ética mais puro do mundo. Mas o mais
importante é que os judeus prepararam o caminho para
vinda de Cristo pelo fornecimento de um Livro Sagrado, o
Velho Testamento.
Pr. Moisés Sampaio de Paula23
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Judaicos
24. a- A filosofia grega que se aproximava do
monoteísmo, tendência para a
imortalidade, ênfase sobre a consciência e
dignidade humana e liberalismo de
pensamento.
Pr. Moisés Sampaio de Paula24
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Helena
25. b- A língua grega, tradução do A . Testamento, para a
pregação do evangelho e a escrita do N.T. junto com
os termos adotados por Paulo e outro pregadores do
Novo Testamento para explicar o evangelho. No
primeiro século os romanos cultos conheciam grego e
também latim. O dialeto grego usado no quinto
século a. C. , na época da glória de Atenas, tornou-se
o dialeto “Koiné” ( comum ) do primeiro século . O
dialeto da literatura clássica de Atenas foi modificado
e enriquecido pelas mudanças que sofreu nas
conquistas de Alexandre Magno no período entre 338
e 146 a .C. . O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar
( comum ).Pr. Moisés Sampaio de Paula25
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Helena
26. c- A cultura helenística em geral com seu
espírito cosmopolita, transcendendo as
barreiras, o judeu helenizado que serviria
como ponte entre o judeu e gentio e a
busca da salvação do mundo romano.
Pr. Moisés Sampaio de Paula26
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Helena
27. a- Cristo veio ao mundo época do Império
Romano. Todo o mundo ficou sob um
governo único, uma lei universal, era
possível obter cidadania romana, ainda que
a pessoa não fosse romana. O império
Romano mostrou as tendência de unificar
os povos de raças diferentes numa
organização política.
Pr. Moisés Sampaio de Paula27
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Romana
28. b- Havia paz na terra quando Cristo
nasceu . Os soldados romanos asseguravam
a paz nas estradas da Ásia, África e Europa.
Pr. Moisés Sampaio de Paula28
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Romana
29. c- Construíram excelentes
estradas ligando Roma a todas
as partes do Império. As
estradas principais foram
construídas de concreto. As
estradas romanas e as cidades
estratégicas localizadas nos
caminhos eram indispensáveis a
evangelização do mundo no
primeiro século.
Pr. Moisés Sampaio de Paula29
Elementos na preparação para a vinda de
Cristo: Romana
32. 1. Helenismo
2. A lingua Grega
3. A literatura Judaica
4. Autores seculares – filosofia e
ciências antigas
5. Autores judeus
6. Autores latinos
Pr. Moisés Sampaio de Paula32
Contexto Cultural
34. Contexto Cultural - Helenismo
Os gregos não chamam sua pátria de
Grécia, mas de Hellás e a si mesmos de
helenos, nome derivado de uma tribo que,
na época das migrações indo-européias, se
estabelece em parte da Tessália.
Pr. Moisés Sampaio de Paula34
35. O período conhecido como helenístico foi um marco entre o
domínio da cultura grega e o advento da civilização romana.
Os sopros inspiradores da Grécia se disseminaram, nesta época,
por toda uma região exterior conquistada por Alexandre Magno,
rei da Macedônia.
Com suas investidas bélicas ele incorporou ao universo grego o
Egito, a Pérsia e parte do território oriental, incluindo a Índia.
Pr. Moisés Sampaio de Paula35
Contexto Cultural - Helenismo
36. Filosofia : as mais importantes doutrinas filosóficas
helenísticas foram o estoicismo e o epicurismo
Os estócios, criado por Zenon, afirmavam que:
1. o homem não é senhor do seu destino, só
encontrando a felicidade na aceitação do destino
que lhe está reservado.
2.Negavam a existência de diferenças sociais e
3.pregavam que todos os homens são irmãos, pois
são filhos do mesmo deus.
Pr. Moisés Sampaio de Paula36
Contexto Cultural - Helenismo
37. Os epicuristas, criado por Epicuro, afirmavam
que:
1.a alma é matéria,
2.que o universo age por si só e que
3.as questões humanas não sofrem intervenção dos
deuses.
4.Faziam a apologia dos prazeres. Não apenas dos
prazeres gastronômicos e sexuais, mas também
dos prazeres intelectuais. Diziam que o mais alto
prazer consiste na serenidade da alma, na
ausência completa da dor física e moral.Pr. Moisés Sampaio de Paula37
Contexto Cultural - Helenismo
38. Ceticismo (derivado do verbo grego σκέπτομαι,
transl. sképtomai, "olhar à distância", "examinar",
"observar")
1.É a doutrina que afirma que não se pode obter
nenhuma certeza a respeito da verdade,
2.o que implica uma condição intelectual de
questionamento permanente e na
3. inadmissão da existência de fenômenos
metafísicos, religiosos e dogmas.
Pr. Moisés Sampaio de Paula38
Contexto Cultural - Helenismo
40. O Veículo fundamental de difusão do modo de vida grego
no Oriente é a língua grega, conhecida neste período sob a
forma de koiné.
Koiné significa "comum", e designa a língua única,
comum a todos, que substitui, após as conquistas de
Alexandre Magno, a pluralidade dos dialetos gregos.
Esta língua, mais simples do que o grego clássico e mais
flexível na absorção de elementos novos, torna-se
instrumento indispensável para a comunicação dos povos
tão diferenciados que constituem as monarquias
helenísticas.
Pr. Moisés Sampaio de Paula40
Contexto Cultural - A lingua Grega
41. Qual é a origem da koiné?
No fim do III milênio ou começo do II milênio a.C.
tribos vindas do norte introduzem o indo-europeu na
Grécia. Embora os gregos falassem vários dialetos,
quando é criado o império ateniense no século V a.C.
acontece uma tendência unificadora com
predominância do dialeto ático.
Com a conquista macedônia adota-se um dialeto
único, baseado no ático, que é a koiné diálektos, a
koiné do mundo helenístico.
Pr. Moisés Sampaio de Paula41
Contexto Cultural - A lingua Grega
42. A importância da koiné como instrumento de helenização:
Os modos de circulação da koiné são os jogos, as artes
(poetas, músicos, atores), o comércio, a ciência, a filosofia,
o exército, a administração...
Os mercadores gregos negociavam nela [na koiné], tanto
na Báctria, nas fronteiras da Índia, quanto em Marselha;
As leis eram promulgadas nela e os tratados elaborados
segundo determinado esquema;
Era a língua do diplomata e do homem de letras; e
qualquer um que almejasse respeitabilidade social ou
apenas a reputação de ser um homem educado deveria
ter um impecável conhecimento dela.
Pr. Moisés Sampaio de Paula42
Contexto Cultural - A lingua Grega
43. Septuaginta – maior legado para o
cristianismo
Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o grego
koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século
a.C. em Alexandria.
Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia
hebraica para o grego.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou
Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX),
pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos)
trabalharam nela e, segundo a história, teriam completado a
tradução em setenta e dois dias.
A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia
hebraica para os cristãos de língua grega 1 e foi usada como
base para diversas traduções da Bíblia.
Pr. Moisés Sampaio de Paula43
45. Muitas obras foram escritas no
período interbíblico entre 200 a.C e
200 d.C.
A tradição oral recebeu a forma
escrita.
História, ficção, sabedoria e lit.
Apocaliptica foram escritas.
Os escritos foram classificados como:
Talmude, Apócrifos e PseudepígrafosPr. Moisés Sampaio de Paula45
Contexto Cultural - A literatura Judaica
46. Talmude (Talmud)
É o Livro Sagrado dos judeus ,
um registro das discussões rabínicas que
pertencem à lei, ética, costumes e história
do judaísmo.
É um texto central para o judaísmo
rabínico.
Pr. Moisés Sampaio de Paula46
Contexto Cultural - Talmude
47. O Talmude tem dois componentes:
1. a Mishná (c. 200 d.C.), o primeiro compêndio escrito
da Lei Oral judaica; e
2. o Guemará (c. 500 d.C.), uma discussão da Mishná e
dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam
outros tópicos, e são expostos amplamente no
Tanakh.
Os termos Talmud e Guemará são utilizados
frequentemente de maneira intercambiável. A Guemará é
a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada
no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é
chamado frequentemente de Shas - as "seis ordens" da
Mishná.Pr. Moisés Sampaio de Paula47
Contexto Cultural - Talmude
48. O termo hebraico Midrash (em hebraico:plural
midrashim, "história" de "investigar" ou "estudo")
Eram comentários so bre a Lei e outras escrituras
do AT
A primeira foi compilada pelos escribas no IV
século a.C.
É dividida em:
1.HALACHOTH – Regras baseadas no Pentateuco e
2.HAGADOTH - baseada nas escirutas como um
todo.
Pr. Moisés Sampaio de Paula48
Contexto Cultural – Talmude - Midrash
49. Os Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus;
português: oculto ), também conhecidos como Livros Pseudo-
canônicos,
São os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou
seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os
pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a
Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo e, portanto, não
foram incluídos no cânon bíblico.
O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século,
para designar basicamente antigos documentos judaicos
escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas,
Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que não foram
inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon.
Pr. Moisés Sampaio de Paula49
Contexto Cultural – Livros Apócrifos
50. Destes fazem parte os livros:
I e II Esdras,
Tobias,
Judite,
I e II Macabeus,
Sabedoria de Salomão,
Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá),
Baruc (ou Baruque) e
Epistolas de Jeremias
Oração de Azarias,
Oração de Manasses
também as adições em Ester e em Daniel - nomeadamente os
episódios da História de Susana e de Bel e o dragão
Pr. Moisés Sampaio de Paula50
Contexto Cultural – Livros Apócrifos
51. Pseudepigrafia (do grego ψευδεπιγραφία) é o
estudo dos pseudepígrafos ou pseudo-epígrafos,
que são textos antigos, aos quais é atribuída falsa
autoria.
I e II Enoque
II e III Baruque
Testamento de Jó
Vida de Adão e Eva e etc.
Pr. Moisés Sampaio de Paula51
Contexto Cultural – Livros Pseudepígrafos
52. Pr. Moisés Sampaio de Paula52
Contexto Cultural
Autores seculares – filosofia e ciências
antigas
53. Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.) (em grego Σωκράτης, Sōkrátēs) foi um
filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição
filosófica ocidental.
Aristóteles de Estagira, 384 a.C. – 322 a.C. filósofo grego, um dos
maiores pensadores de todos os tempos e considerado o criador do
pensamento lógico, nasceu em Estagira, na Calcídica, território
macedônico.
Epicuro de Samos, filósofo grego do período helenístico. Epicuro
nasceu em Atenas, em 341 a.C. e morreu em em 270 a.C.
Platão de Atenas, 428/27 a.C. - 347 a.C., filósofo grego.
Plutarco de Queroneia (45-120 ?), filósofo e prosador grego do
período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por
Platão).
Pr. Moisés Sampaio de Paula53
Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia
e ciências antigas
54. Tales de Mileto (em grego Θαλής ο Μιλήσιος) foi o
primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia, nasceu
em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual
Turquia, por volta de 625/4 a.C. e faleceu
aproximadamente em 558/6 a.C..
Antístenes de Atenas (Atenas, c 444 a.C. — id., 365 a.C.).
Filósofo grego, foi o fundador do cinismo e mestre de
Diógenes.
Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. - 460 a.C.) nasceu
em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola
eleática.
Pr. Moisés Sampaio de Paula54
Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia
e ciências antigas
55. Heráclito de Éfeso (datas aproximadas: 540 a.C. - 470 a.C. em
Éfeso, na Jônia), filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de
"pai da dialética".
Empédocles (Agrigento, 483 a.C. — Peloponeso, 430 a.C.) foi
um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de
profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que
o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e
terra.
Anaxágoras de Clazômenas (Clazômenas, c. 500 a.C. -
Lâmpsaco, 428 a.C.), filósofo grego do período pré-socrático.
Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola
filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do
pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas
cidades gregas da Ásia.
Pr. Moisés Sampaio de Paula55
Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia
e ciências antigas
57. Fílo de Alexandria foi um filósofo judeo-
helenista (25 a.C. —50 d.C) que viveu
durante o período do helenismo.
Tentou uma interpretação do Antigo
Testamento à luz das categorias elaboradas
pela filosofia grega e da alegoria. Foi autor de
numerosas obras filosóficas e históricas,
onde expôs a sua visão platónica do
judaísmo.
Surge como o primeiro pensador a tentar
conciliar o conteúdo bíblico à tradição
filosófica ocidental. Neste sentido, é mais
conhecido por sua doutrina do logos, sobre a
qual ainda se encontram à espera de solução
inúmeras controvérsias.
Pr. Moisés Sampaio de Paula57
Contexto Cultural - Autores judeus
58. Flávio Josefo, ou apenas Josefo (em latim:
Flavius Josephus; 37 ou 38 d.C. a 100 d.C. ),
também conhecido pelo seu nome hebraico
Yosef ben Matityahu (José, filho de Matias") e,
após se tornar um cidadão romano, como Tito
Flávio Josefo (latim: Titus Flavius Josephus),
Foi um historiador e apologista judaico-romano,
descendente de uma linhagem de importantes
sacerdotes e reis, que registrou in loco a
destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas
tropas do imperador romano Vespasiano,
comandadas por seu filho Tito, futuro
imperador. As obras de Josefo fornecem um
importante panorama do judaísmo no século I.
Pr. Moisés Sampaio de Paula58
Contexto Cultural - Autores judeus
59. Flávio Josefo - Suas duas obras mais
importantes são Guerra dos Judeus (c. 75) e
Antiguidades Judaicas (c. 94).
O primeiro é fonte primária para o estudo
da revolta judaica contra Roma (66-705 ),
O segundo conta a história do mundo sob
uma perspectiva judaica.
Estas obras fornecem informações valiosas
sobre a sociedade judaica da época, bem
como sobre o período que viu a separação
definitiva do cristianismo do judaísmo e as
origens da Dinastia Flaviana, que reinaria de
69 a 96.
Pr. Moisés Sampaio de Paula59
Contexto Cultural - Autores judeus
61. Públio (Caio) Cornélio Tácito (em latim Publius (Gaius)
Cornelius Tacitus) ou simplesmente Tácito, (55 — 120) foi
um historiador, orador e político romano. Ocupou os cargos
de questor, pretor (88), cônsul (97) e procônsul da Ásia
(aproximadamente 110-113).
É considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade.
Suas obras principais foram os Annales ("Anais") e as
Historiae ("Histórias"), que tinham por tema,
respectivamente, a história do Império Romano no primeiro
século, desde a morte de Augusto e a chegada ao poder do
imperador Tibério até à morte de Nero (Annales), e da
morte de Nero à de Domiciano (Historiae).
Pr. Moisés Sampaio de Paula61
Contexto Cultural - Autores latinos
62. Caio Plínio Cecílio Segundo (em latim: Caius Plinius
Caecilius Secundus; Como, 61 ou 62 — Bitínia?), também
conhecido como Plínio, o Jovem, o Moço ou o Novo, foi
orador insígne (Panegírico de Trajano, 100), jurista,
político, e governador imperial na Bitínia (111-112).
Sobrinho-neto de Plínio, o Velho, que o adaptou, estava
com o mesmo no dia da grande erupção do Vesúvio (79
d.C.), mas não o acompanhou na viagem de barco até o
vulcão em erupção que se revelaria mortal. Seus escritos
sobre esse dia, no qual Pompeia se afogou em cinzas, são o
principal documento escrito que versam a respeito de
como sucedeu tal erupção. Hoje, as erupções desse tipo
são chamadas de erupções plinianas.
Pr. Moisés Sampaio de Paula62
Contexto Cultural - Autores latinos
63. Seus escritos abordam o tema do cristianismo, um
dos primeiros documentos não neotestamentários
sobre a igreja primitiva. Eles disse:
“...[os cristãos] têm como hábito reunir-se em um dia
fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo
como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um
juramento, de não cometer qualquer crime, nem
cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar
sua palavra, e nem negar um depósito quando
exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se
encontram novamente para a refeição...” (Plínio,
Epístola 96).
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Contexto Cultural - Autores latinos - Plínio
64. Caio Suetónio Tranquilo (em latim: Gaius Suetonius
Tranquillus, ou simplesmente SuetónioPE ou SuetônioPB;
Roma, 69 — ca. 141) foi um escritor latino.
Suetónio se situa num vasto escalão intermediário da
literatura latina. Não teve a grandeza dos autores do
apogeu, como Virgílio, Horácio, Cícero, Ovídio, Tito Lívio,
aos quais foi posterior. Nem de um Juvenal, que lhe foi
posterior. Foi amigo de Plínio.
Filho de um tribuno da décima-terceira legião, dedicou-se
às armas e às letras. Escreveu as Vidas dos Doze Césares,
tendo sido contemporâneo na idade adulta apenas do
último de seus biografados, Domiciano. Viveu a era dos
cinco bons imperadores (Nerva, Trajano, Adriano,
Antonino Pio e Marco Aurélio).
Pr. Moisés Sampaio de Paula64
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