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QUALIDADE DA GOIABA COMERCIALIZADA NA FEIRA LIVRE E
SUPERMERCADO DE POMBAL – PB EM DIFERENTES DIAS DA SEMANA
Jacqueline Liedja Araujo Silva Carvalho1
; Helton de Souza Silva2
; Railene Hérica
Carlos Rocha3
; Inácia dos Santos Moreira1
1
Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Agroindustriais (PPGSA), Universidade Federal de
Campina Grande/Centro de Ciências e Tecnologia de Agroalimentar (UFCG/CCTA), e-mail:
jliedja@hotmail.com; inaciamoreira@ymail.com
2
Acadêmico do curso de agronomia, pela Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Ciências e
Tecnologia Agroalimentar/Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias (UFCG/CCTA/UAGRA), e-mail:
heltonssilva@gmail.com
3
Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitotecnia, Professora UFCG/CCTA/UAGRA, Rua Jairo Feitosa S/N,
Bairro dos Pereiros, Cep:58.840-000, Pombal, Paraíba, Brasil. e-mail: raileneherica@ccta.ufcg.edu.br
RESUMO
Na feira livre e supermercados do município de Pombal - PB é perceptível a
falta de cuidado em oferta produtos de melhor qualidade. As goiabas expostas nas
gôndolas têm heterogeneidade de tamanho e cor, presença de manchas, murchas e
danos mecânicos, características indesejáveis para comercialização. Neste sentido,
objetivou-se com o presente trabalho avaliar a qualidade química da goiaba
comercializada no supermercado e feira livre de Pombal – PB em função dos dias
da semana. As goiabas foram coletadas em dois estabelecimentos comerciais,
supermercado e feira livre de Pombal – PB. As coletas foram realizadas nas
segundas e sextas-feiras da mesma semana, nos meses de abril e maio,
constituindo quatro coletas por estabelecimento. Utilizou-se o delineamento
experimental em blocos ao acaso, sendo os blocos constituídos pelos dias de coleta
e os tratamentos, os estabelecimentos comerciais. Realizou-se as seguintes
analises: Sólidos solúveis (SS); Acidez titulável (AT); pH e SS/AT. Sendo utilizados
32 frutos para as analises em cada dia de coleta, 16 frutos por estabelecimento
comercial. Observou-se que as goiabas comercializadas na feira livre e
supermercado de Pombal – PB tiveram nas características químicas analisadas,
qualidade adequada para comercialização. (Sólidos solúveis variando entre 8,85 a
11,78; acidez titulável variando entre 0,72 a 1,21; pH variando entre 3,21 a 3,70 e
SS/AT variando entre 9,16 a 12,97)
PALAVRAS CHAVE: Psidium guajava, estabelecimentos comerciais, qualidade pós-
colheita, química de alimentos.
1 INTRODUÇÃO
A mesorregião (Sertão Paraibano) onde está inserido o município de Pombal
– PB é a maior produtora de goiaba (Psidium guajava) da Paraíba, sendo
responsável por 58% da produção do estado no ano de 2010. Na região Nordeste o
estado da Paraíba é o quinto maior produtor, com uma produção de 4.196 t, ficando
atrás dos estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe com 90.496, 14.217,
9.031 e 4.446 t respectivamente (IBGE, 2012). A maior parte da goiaba produzida
na Paraíba é de polpa vermelha tendo aptidão tanto para o consumo in natura como
também para industrialização. A comercialização dessa fruta para o consumo in
natura se restringe ao mercado interno, principalmente devido à carência de
conhecimento técnico para manusear os frutos e falta de infra-estrutura para ofertar
produto de melhor qualidade exigida para o mercado externo.
O manuseio inadequado das goiabas nas fases de colheita, embalagem,
transporte do campo a central de abastecimento e posteriormente ao mercado
varejista, causam danos mecânicos, dos quais é comum a ocorrência de impactos,
abrasões, compressões e pequenos cortes (SANCHES et al., 2004). Causando um
efeito cumulativo ao longo da cadeia de comercialização, provocando alterações
físicas, químicas e porta de entrada para infecção por patógenos (CHITARRA &
CHITARRA, 2005; SILVA et al., 2011).
Na feira livre e supermercados do município de Pombal-PB é perceptível a
falta de cuidado em oferta produtos de melhor qualidade. As goiabas expostas nas
gôndolas têm heterogeneidade de tamanho e cor, assim como,presença de
manchas, murchas e danos mecânicos, características indesejáveis para
comercialização (ROCHA et al., 2010). Neste sentido, objetivou-se com o presente
trabalho avaliar a qualidade química da goiaba comercializada no supermercado e
feira livre de Pombal – PB em função dos dias da semana.
2 METODOLOGIA
As goiabas foram coletadas em dois estabelecimentos comerciais,
supermercado e feira livre de Pombal – PB. As coletas foram realizadas nas
segundas e sextas-feiras da mesma semana, nos meses de abril e maio de 2012,
constituindo quatro coletas por estabelecimento, duas em cada mês. Em seguida,
os frutos foram transportados para o Laboratório de Analise de Alimentos da
Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal - PB. Utilizou-se o
delineamento experimental em blocos ao acaso, sendo os blocos constituídos pelos
dias de coleta e os tratamentos, os estabelecimentos comerciais.
Foram utilizados 32 frutos para realizar as analises em cada dia de coleta, 16
por estabelecimento comercial.
Utilizou-se centrífuga marca Mallory (Modelo: 19995-02; Potência: 800 w)
para extrair a polpa utilizada nas análises de Sólidos solúveis (SS, %): Determinado
diretamente na polpa homogeneizada, através de leitura em refratômetro digital
marca Instrutherm (Modelo RTD – 45) com compensação automática de
temperatura; Acidez titulável (AT, % ácido cítrico): Determinada em duplicata,
utilizando-se 1g de polpa, à qual foram adicionadas 50 mL de água destilada e três
gotas de indicador fenolftaleína alcoólica a 1%. Em seguida foi feita a titulação da
amostra com solução de NaOH 0,1 N, previamente padronizada (AOAC, 1997); pH:
Avaliado diretamente na polpa, com auxílio de um potenciômetro digital marca
Tecnopon (Modelo mPA – 210P/Versão 7.1).
A Relação SS/AT foi determinada pela razão entre o teor de sólidos solúveis
e a acidez titulável.
Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de média
(Tukey) ao nível de 5% de probabilidade, no programa computacional Sistema para
Análise de Variância – SISVAR (FERREIRA, 2000).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os sólidos solúveis nos frutos da feira livre variaram entre 8,85 e 11,45 %,
nos diferentes dias da semana, valores semelhantes aos observados nas goiabas
do supermercado (Tabela 1). Silva et al. (2011) trabalhando com goiaba ‘Paluma’
constataram valores de sólidos solúveis variando de 9,50 a 12,00, corroborando
com os valores de sólidos solúveis deste trabalho. Valores semelhantes também
foram relatados por Lima et al. (2002); Jacomino et al. (2003) e Ribeiro et al (2005).
Em trabalho realizado por Rocha et al. (2010) verificou-se que o teor de
sólidos solúveis não diferiu, entre o mamão ‘Formosa’ comercializado no
supermercado e o da feira livre. O mesmo comportamento foi observado por Farias
et al. (2007) em maracujá ‘Amarelo’, comercializado em diferentes estabelecimentos
comercias de Rio Branco – AC.
Tabela 1- Teor de sólidos solúveis (%) de goiaba comercializada na feria livre e
supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho
de 2012.
Tratamentos
Abril Maio
Segunda Sexta Segunda Sexta
Feira livre 10,27 a 9,06 a 11,45 a 8,85 b
Supermercado 9,97 a 9,29 a 11,78 a 10,35 a
CV(%) 6,91
Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de
Tukey ao nível de 5% probabilidade.
Nas goiabas da feira livre, observou-se variação da acidez titulável de 0,72 a
1,21 % de ácido cítrico e nas goiabas do supermercado a variação foi de 0,88 a
1,10 % de ácido cítrico,nos diferentes dias da semana (Tabela 2). Em trabalho
realizado com goiaba ‘Paluma’ Silva et al. (2011) verificaram valores de acidez entre
0,61 a 1,00% de acido cítrico. Gouveia et al. (2004) reportaram valores de acidez
entre 0,73 a 0,86 % de acido cítrico.
Verificou-se que os frutos do supermercado são comercializados, na maior do
tempo, com maior acidez que os frutos da feira livre (Tabela 2). Indicando que os
frutos da feira livre são comercializados em estádio de maturação mais avançado.
Em trabalho realizado por Rocha et al. (2010) com mamão ‘Formosa’, observou-se
que não houve diferença de acidez, entre os frutos da feira livre e supermercado de
Pombal – PB. Já lima et al. (2009) reportaram que mamão ‘Formosa’ comercializado
em supermercado de grande porte tem maior teor de acidez que os comercializados
na feira livre de Mossoró – RN.
Tabela 2- Acidez titulável (% de ácido cítrico) de goiaba comercializada na feria livre
e supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho
de 2012.
Tratamentos
Abril Maio
Segunda Sexta Segunda Sexta
Feira livre 0,83 b 0,72 b 1,21 a 0,83 b
Supermercado 1,10 a 0,88 a 1,03 b 1,04 a
CV(%) 13,22
Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de
Tukey ao nível de 5% probabilidade.
Houve pouca variação no pH das goiabas comercializadas na feira livre e
supermercado de Pombal, variando de 3,15 a 3,70 (Tabela 3).Valores semelhantes
de pH, em goiaba ‘Paluma’, foi relatado por Lima et al. (2002) e Silva et al. (2011).
Em trabalho realizado por Xavier et al. (2009), constataram que não houve
diferença no pH das mangas ‘Tommy Atkins’ comercializadas na feira livre e
supermercado de Mossoró - RN.
Tabela 3- pH de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal -
PB em diferentes dias da semana Pombal – PB, Julho de 2012.
Tratamentos
Abril Maio
Segunda Sexta Segunda Sexta
Feira livre 3,38 b 3,70 a 3,15 b 3,31 a
Supermercado 3,62 a 3,55 b 3,30 a 3,21 a
CV(%) 3,02
Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de
Tukey ao nível de 5% probabilidade.
Houve variação de 9,16 a 12,97 na relação SS/AT das goiabas
comercializadas na feira livre e supermercado (Tabela 4). Os valores de SS/AT
deste trabalho estão a baixo dos valores reportados por Silva et al. (2011) e Lima et
al. (2002), estes autores relataram valores de SS/AT em goiaba ‘Paluma’ de 12,22 a
17,25 e 17,63 respectivamente. Este comportamento é atribuído a alto teor de
acidez das goiabas comercializadas na feira livre e supermercado de Pombal
(Tabela 2).
Tabela 4- SS/AT de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal
- PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho de 2012.
Tratamentos
Abril Maio
Segunda Sexta Segunda Sexta
Feira livre 12,54 a 12,84 a 9,54 b 11,13 a
Supermercado 9,16 b 10,62 a 12,97 a 10,12 a
CV(%) 21,26
Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de
Tukey ao nível de 5% probabilidade.
4 CONCLUSÃO
Observou-se que as goiabas comercializadas na feira livre e supermercado
de Pombal – PB tiveram nas características químicas analisadas, qualidade
adequada para comercialização. (Sólidos solúveis variando entre 8,85 a 11,78;
acidez titulável variando entre 0,72 a 1,21; pH variando entre 3,21 a 3,70 e SS/AT
variando entre 9,16 a 12,97)
REFERÊNCIAS
AOAC. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists
International. 16 ed. Washington: PatriciaCummiff, 1997. v.2, cap.37. (Métodos 967.21,
943.03, 932.12).
CHITARRA, M. I, F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e
manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 320p. 2005.
FARIAS, J, F.; SILVA, L. J. B.; ARAÚJONETO, S, E.; MENDONÇA, V.Qualidade do
maracujá–amarelo comercializado emRio Branco, Acre. Revista Caatinga, Mossoró, v.20,
n.3, p196-202, 2007.
FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In:
REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE
BIOMETRIA, 45, 2000. São Carlos. Programas e resumos... São Carlos, SP: UFSCar, 2000.
p. 255-258.
GOUVEIA, J. P. G.; ALMEIDA, F. A. C.; MEDEIROS, B. G. S.; RIBEIRO, C. F. A.; S. M.
A. DUARTE. Determinação de características físico-químicas da goiaba: goiabeiras adubadas
no semi-árido da Paraíba. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande,
v.6, n.1, p.35-38, 2004.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal.
Disponível em:<http://www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 08 Janeiro de 2012.
JACOMINO, A. P.; OJEDA, R. M.; KLUGE, R. A.; SCARPARE FILHO J. A. conservação
de goiabas tratadas com emulsões de cera de carnaúba. Revista Brasileira Fruticultura,
Jaboticabal, v. 25, n. 3, p. 401-405, 2003.
LIMA, M. A. C.; ASSIS, J. S.; GONZAGA NETO, L. Caracterização dos frutos de goiabeira
e seleção de cultivares na região do Submédio São Francisco. Revista Brasileira de
Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 273-276, 2002.
LIMA, L. M. de.: MORAIS, P. L. D. de.; MEDEIROS, E. V. de.; MENDONÇA, V.;
XAVIER, I. F. LEITE, G. A. Qualidade Pós-colheita de mamão Formosa
‘Tainung01’comercializado em diferentes estabelecimentos no município de Mossoró-RN.
Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal, v. 31, n. 3, p. 902-906, 2009.
ROCHA, R. H. C.; SATIRO; D. D. S.; CÉZAR; M. A.; SILVA; J. M. C.; SILVA; H. S.;
SOUSA, F. A. Qualidade pós-colheita do mamão formosa comercializado em diferentes
estabelecimentos comerciais no sertão paraibano. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 21., 2010, Natal, Anais...Natal: Sociedade Brasileira de Fruticultura,
2010.
RIBEIRO, V. G.; ASSIS, J. S.; SILVA, F. F.; SIQUEIRA, P. P. X.; VILARONGA, C. P. P.;
Armazenamento de goiabas ‘paluma’ sob refrigeração e em condição ambiente, com e sem
tratamento com cera de carnaúba. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 27, n.
2, p. 203-206, 2005.
SANCHES, j.; LEAL, P. A. M.; SARAVALI, J. H.; ANTONIALI, S. Avaliação de danos
mecânicos causados em banana “nanicão” durante as etapas de beneficiamento, transporte e
embalagem.Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.24, n.1, p.195-201, 2004.
SILVA, H. S.; ROCHA, R. H.C.; SOUSA, F. A.; OLIVEIRA, M. G. F.; SILVA, J. M. C.
Goiaba ‘Paluma’ induzida a estresses mecânicos e avaliações químicas e físicas durante o
armazenamento. In: SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, 3.,
2011,Recife, Anais... Recife: UFRPE, 2011.
XAVIER, I. F. LEITE, G. A.; MEDEIROS, E. V. de.: MORAIS, P. L. de.; LIMA, L. M. de.
Qualidade pós-colheita de manga ‘Tommy Atkins’ comercializada em diferentes
estabelecimentos comerciais no município de Mossoró-RN. Revista Caatinga, Mossoró, v.
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Qualidadeda goiaba

  • 1. QUALIDADE DA GOIABA COMERCIALIZADA NA FEIRA LIVRE E SUPERMERCADO DE POMBAL – PB EM DIFERENTES DIAS DA SEMANA Jacqueline Liedja Araujo Silva Carvalho1 ; Helton de Souza Silva2 ; Railene Hérica Carlos Rocha3 ; Inácia dos Santos Moreira1 1 Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Agroindustriais (PPGSA), Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Ciências e Tecnologia de Agroalimentar (UFCG/CCTA), e-mail: jliedja@hotmail.com; inaciamoreira@ymail.com 2 Acadêmico do curso de agronomia, pela Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar/Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias (UFCG/CCTA/UAGRA), e-mail: heltonssilva@gmail.com 3 Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitotecnia, Professora UFCG/CCTA/UAGRA, Rua Jairo Feitosa S/N, Bairro dos Pereiros, Cep:58.840-000, Pombal, Paraíba, Brasil. e-mail: raileneherica@ccta.ufcg.edu.br RESUMO Na feira livre e supermercados do município de Pombal - PB é perceptível a falta de cuidado em oferta produtos de melhor qualidade. As goiabas expostas nas gôndolas têm heterogeneidade de tamanho e cor, presença de manchas, murchas e danos mecânicos, características indesejáveis para comercialização. Neste sentido, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a qualidade química da goiaba comercializada no supermercado e feira livre de Pombal – PB em função dos dias da semana. As goiabas foram coletadas em dois estabelecimentos comerciais, supermercado e feira livre de Pombal – PB. As coletas foram realizadas nas segundas e sextas-feiras da mesma semana, nos meses de abril e maio, constituindo quatro coletas por estabelecimento. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, sendo os blocos constituídos pelos dias de coleta e os tratamentos, os estabelecimentos comerciais. Realizou-se as seguintes analises: Sólidos solúveis (SS); Acidez titulável (AT); pH e SS/AT. Sendo utilizados 32 frutos para as analises em cada dia de coleta, 16 frutos por estabelecimento
  • 2. comercial. Observou-se que as goiabas comercializadas na feira livre e supermercado de Pombal – PB tiveram nas características químicas analisadas, qualidade adequada para comercialização. (Sólidos solúveis variando entre 8,85 a 11,78; acidez titulável variando entre 0,72 a 1,21; pH variando entre 3,21 a 3,70 e SS/AT variando entre 9,16 a 12,97) PALAVRAS CHAVE: Psidium guajava, estabelecimentos comerciais, qualidade pós- colheita, química de alimentos. 1 INTRODUÇÃO A mesorregião (Sertão Paraibano) onde está inserido o município de Pombal – PB é a maior produtora de goiaba (Psidium guajava) da Paraíba, sendo responsável por 58% da produção do estado no ano de 2010. Na região Nordeste o estado da Paraíba é o quinto maior produtor, com uma produção de 4.196 t, ficando atrás dos estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe com 90.496, 14.217, 9.031 e 4.446 t respectivamente (IBGE, 2012). A maior parte da goiaba produzida na Paraíba é de polpa vermelha tendo aptidão tanto para o consumo in natura como também para industrialização. A comercialização dessa fruta para o consumo in natura se restringe ao mercado interno, principalmente devido à carência de conhecimento técnico para manusear os frutos e falta de infra-estrutura para ofertar produto de melhor qualidade exigida para o mercado externo. O manuseio inadequado das goiabas nas fases de colheita, embalagem, transporte do campo a central de abastecimento e posteriormente ao mercado varejista, causam danos mecânicos, dos quais é comum a ocorrência de impactos, abrasões, compressões e pequenos cortes (SANCHES et al., 2004). Causando um efeito cumulativo ao longo da cadeia de comercialização, provocando alterações
  • 3. físicas, químicas e porta de entrada para infecção por patógenos (CHITARRA & CHITARRA, 2005; SILVA et al., 2011). Na feira livre e supermercados do município de Pombal-PB é perceptível a falta de cuidado em oferta produtos de melhor qualidade. As goiabas expostas nas gôndolas têm heterogeneidade de tamanho e cor, assim como,presença de manchas, murchas e danos mecânicos, características indesejáveis para comercialização (ROCHA et al., 2010). Neste sentido, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a qualidade química da goiaba comercializada no supermercado e feira livre de Pombal – PB em função dos dias da semana. 2 METODOLOGIA As goiabas foram coletadas em dois estabelecimentos comerciais, supermercado e feira livre de Pombal – PB. As coletas foram realizadas nas segundas e sextas-feiras da mesma semana, nos meses de abril e maio de 2012, constituindo quatro coletas por estabelecimento, duas em cada mês. Em seguida, os frutos foram transportados para o Laboratório de Analise de Alimentos da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal - PB. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, sendo os blocos constituídos pelos dias de coleta e os tratamentos, os estabelecimentos comerciais. Foram utilizados 32 frutos para realizar as analises em cada dia de coleta, 16 por estabelecimento comercial. Utilizou-se centrífuga marca Mallory (Modelo: 19995-02; Potência: 800 w) para extrair a polpa utilizada nas análises de Sólidos solúveis (SS, %): Determinado diretamente na polpa homogeneizada, através de leitura em refratômetro digital marca Instrutherm (Modelo RTD – 45) com compensação automática de temperatura; Acidez titulável (AT, % ácido cítrico): Determinada em duplicata, utilizando-se 1g de polpa, à qual foram adicionadas 50 mL de água destilada e três gotas de indicador fenolftaleína alcoólica a 1%. Em seguida foi feita a titulação da
  • 4. amostra com solução de NaOH 0,1 N, previamente padronizada (AOAC, 1997); pH: Avaliado diretamente na polpa, com auxílio de um potenciômetro digital marca Tecnopon (Modelo mPA – 210P/Versão 7.1). A Relação SS/AT foi determinada pela razão entre o teor de sólidos solúveis e a acidez titulável. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de média (Tukey) ao nível de 5% de probabilidade, no programa computacional Sistema para Análise de Variância – SISVAR (FERREIRA, 2000). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os sólidos solúveis nos frutos da feira livre variaram entre 8,85 e 11,45 %, nos diferentes dias da semana, valores semelhantes aos observados nas goiabas do supermercado (Tabela 1). Silva et al. (2011) trabalhando com goiaba ‘Paluma’ constataram valores de sólidos solúveis variando de 9,50 a 12,00, corroborando com os valores de sólidos solúveis deste trabalho. Valores semelhantes também foram relatados por Lima et al. (2002); Jacomino et al. (2003) e Ribeiro et al (2005). Em trabalho realizado por Rocha et al. (2010) verificou-se que o teor de sólidos solúveis não diferiu, entre o mamão ‘Formosa’ comercializado no supermercado e o da feira livre. O mesmo comportamento foi observado por Farias et al. (2007) em maracujá ‘Amarelo’, comercializado em diferentes estabelecimentos comercias de Rio Branco – AC. Tabela 1- Teor de sólidos solúveis (%) de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho de 2012. Tratamentos Abril Maio Segunda Sexta Segunda Sexta Feira livre 10,27 a 9,06 a 11,45 a 8,85 b Supermercado 9,97 a 9,29 a 11,78 a 10,35 a CV(%) 6,91
  • 5. Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade. Nas goiabas da feira livre, observou-se variação da acidez titulável de 0,72 a 1,21 % de ácido cítrico e nas goiabas do supermercado a variação foi de 0,88 a 1,10 % de ácido cítrico,nos diferentes dias da semana (Tabela 2). Em trabalho realizado com goiaba ‘Paluma’ Silva et al. (2011) verificaram valores de acidez entre 0,61 a 1,00% de acido cítrico. Gouveia et al. (2004) reportaram valores de acidez entre 0,73 a 0,86 % de acido cítrico. Verificou-se que os frutos do supermercado são comercializados, na maior do tempo, com maior acidez que os frutos da feira livre (Tabela 2). Indicando que os frutos da feira livre são comercializados em estádio de maturação mais avançado. Em trabalho realizado por Rocha et al. (2010) com mamão ‘Formosa’, observou-se que não houve diferença de acidez, entre os frutos da feira livre e supermercado de Pombal – PB. Já lima et al. (2009) reportaram que mamão ‘Formosa’ comercializado em supermercado de grande porte tem maior teor de acidez que os comercializados na feira livre de Mossoró – RN. Tabela 2- Acidez titulável (% de ácido cítrico) de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho de 2012. Tratamentos Abril Maio Segunda Sexta Segunda Sexta Feira livre 0,83 b 0,72 b 1,21 a 0,83 b Supermercado 1,10 a 0,88 a 1,03 b 1,04 a CV(%) 13,22 Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade. Houve pouca variação no pH das goiabas comercializadas na feira livre e supermercado de Pombal, variando de 3,15 a 3,70 (Tabela 3).Valores semelhantes
  • 6. de pH, em goiaba ‘Paluma’, foi relatado por Lima et al. (2002) e Silva et al. (2011). Em trabalho realizado por Xavier et al. (2009), constataram que não houve diferença no pH das mangas ‘Tommy Atkins’ comercializadas na feira livre e supermercado de Mossoró - RN. Tabela 3- pH de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana Pombal – PB, Julho de 2012. Tratamentos Abril Maio Segunda Sexta Segunda Sexta Feira livre 3,38 b 3,70 a 3,15 b 3,31 a Supermercado 3,62 a 3,55 b 3,30 a 3,21 a CV(%) 3,02 Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade. Houve variação de 9,16 a 12,97 na relação SS/AT das goiabas comercializadas na feira livre e supermercado (Tabela 4). Os valores de SS/AT deste trabalho estão a baixo dos valores reportados por Silva et al. (2011) e Lima et al. (2002), estes autores relataram valores de SS/AT em goiaba ‘Paluma’ de 12,22 a 17,25 e 17,63 respectivamente. Este comportamento é atribuído a alto teor de acidez das goiabas comercializadas na feira livre e supermercado de Pombal (Tabela 2). Tabela 4- SS/AT de goiaba comercializada na feria livre e supermercado de Pombal - PB em diferentes dias da semana. Pombal – PB, Julho de 2012. Tratamentos Abril Maio Segunda Sexta Segunda Sexta Feira livre 12,54 a 12,84 a 9,54 b 11,13 a Supermercado 9,16 b 10,62 a 12,97 a 10,12 a CV(%) 21,26 Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% probabilidade.
  • 7. 4 CONCLUSÃO Observou-se que as goiabas comercializadas na feira livre e supermercado de Pombal – PB tiveram nas características químicas analisadas, qualidade adequada para comercialização. (Sólidos solúveis variando entre 8,85 a 11,78; acidez titulável variando entre 0,72 a 1,21; pH variando entre 3,21 a 3,70 e SS/AT variando entre 9,16 a 12,97) REFERÊNCIAS AOAC. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists International. 16 ed. Washington: PatriciaCummiff, 1997. v.2, cap.37. (Métodos 967.21, 943.03, 932.12). CHITARRA, M. I, F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 320p. 2005. FARIAS, J, F.; SILVA, L. J. B.; ARAÚJONETO, S, E.; MENDONÇA, V.Qualidade do maracujá–amarelo comercializado emRio Branco, Acre. Revista Caatinga, Mossoró, v.20, n.3, p196-202, 2007. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45, 2000. São Carlos. Programas e resumos... São Carlos, SP: UFSCar, 2000. p. 255-258. GOUVEIA, J. P. G.; ALMEIDA, F. A. C.; MEDEIROS, B. G. S.; RIBEIRO, C. F. A.; S. M. A. DUARTE. Determinação de características físico-químicas da goiaba: goiabeiras adubadas
  • 8. no semi-árido da Paraíba. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.6, n.1, p.35-38, 2004. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal. Disponível em:<http://www.sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 08 Janeiro de 2012. JACOMINO, A. P.; OJEDA, R. M.; KLUGE, R. A.; SCARPARE FILHO J. A. conservação de goiabas tratadas com emulsões de cera de carnaúba. Revista Brasileira Fruticultura, Jaboticabal, v. 25, n. 3, p. 401-405, 2003. LIMA, M. A. C.; ASSIS, J. S.; GONZAGA NETO, L. Caracterização dos frutos de goiabeira e seleção de cultivares na região do Submédio São Francisco. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 273-276, 2002. LIMA, L. M. de.: MORAIS, P. L. D. de.; MEDEIROS, E. V. de.; MENDONÇA, V.; XAVIER, I. F. LEITE, G. A. Qualidade Pós-colheita de mamão Formosa ‘Tainung01’comercializado em diferentes estabelecimentos no município de Mossoró-RN. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal, v. 31, n. 3, p. 902-906, 2009. ROCHA, R. H. C.; SATIRO; D. D. S.; CÉZAR; M. A.; SILVA; J. M. C.; SILVA; H. S.; SOUSA, F. A. Qualidade pós-colheita do mamão formosa comercializado em diferentes estabelecimentos comerciais no sertão paraibano. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 21., 2010, Natal, Anais...Natal: Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2010. RIBEIRO, V. G.; ASSIS, J. S.; SILVA, F. F.; SIQUEIRA, P. P. X.; VILARONGA, C. P. P.; Armazenamento de goiabas ‘paluma’ sob refrigeração e em condição ambiente, com e sem
  • 9. tratamento com cera de carnaúba. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 27, n. 2, p. 203-206, 2005. SANCHES, j.; LEAL, P. A. M.; SARAVALI, J. H.; ANTONIALI, S. Avaliação de danos mecânicos causados em banana “nanicão” durante as etapas de beneficiamento, transporte e embalagem.Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.24, n.1, p.195-201, 2004. SILVA, H. S.; ROCHA, R. H.C.; SOUSA, F. A.; OLIVEIRA, M. G. F.; SILVA, J. M. C. Goiaba ‘Paluma’ induzida a estresses mecânicos e avaliações químicas e físicas durante o armazenamento. In: SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, 3., 2011,Recife, Anais... Recife: UFRPE, 2011. XAVIER, I. F. LEITE, G. A.; MEDEIROS, E. V. de.: MORAIS, P. L. de.; LIMA, L. M. de. Qualidade pós-colheita de manga ‘Tommy Atkins’ comercializada em diferentes estabelecimentos comerciais no município de Mossoró-RN. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 7-13, 2009.