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DE DIEGO PEREIRA DA SILVA
DE DIEGO PEREIRA DA
DE DIEGO PEREIRA
DE DIEGO
DE
.
concreto adj.s.m. (1692) 1 que ou o que é real, existente, verdadeiro um perigo
c. sua tese oscila entre o c. e o abstrato 2 FIL diz-se de ou natureza apresen-
tada por qualquer objeto de conhecimento singular, individual, passível de ser
captado pelos sentidos 3 FIL no pensamento hegeliano, que ou aquilo que é
efetivamente real em decorrência de sua universalidade, em oposição ao que é
parcial, singular ou individual 4 LIT MÚS PINT m.q. concretista adj. 5 ligado à
realidade, ao que é palpável, ao que pode ser captado pelos sentidos 6 sólido,
maciço, não fluido 7 GRAM LING diz-se de substantivo que nomeia tudo que é
perceptível aos sentidos, os seres e objetos do mundo físico s.m. 8 CONSTR B
mistura de cimento, água e matérias granulosas inertes (ger. areia e brita), em
determinadas dosagens, formando uma massa plástica que se verte em fôrmas
para que endureça e adquira resistência 9 PRFM pomada impregnada de essên-
cia c. aparente ARQ CONSTR concreto sem qualquer revestimento ou pintura c.
armado ARQ CONSTR ENG concreto que contém em seu interior armaduras de ferro
ou aço, o que lhe dá mais resistência; cimento armado, ferroconcreto de c.
resolvido, decidido, firme não há nada de c. sobre esse assunto não c. GRAM
LING diz-se do substantivo que nomeia tudo o que não é perceptível aos senti-
dos; abstrato ETIM lat. concr tus,a,um, part.pas. de concresc re 'formar-se por
agregação' SIN/VAR material, objetivo, palpável, real, sólido, verdadeiro ANT
abstrato, hipotético, imaginário HOM concreto(fl.concretar)
FRANCO, Francisco Manoel de Mello; HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles
(Dir.). Concreto. In: ______. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2009. p. 514.
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Cimento
Meio - termo
Entenda que gosto do “mas”,
do “e”,
dos lábios de Ana,
dos meus;
desta proximidade,
ora distante!
Sou de “encontros”...
9
11
(contra) classe
no princípio era
a ação,
o fenômeno da natureza,
o estado.
depois,
Impuseram-lhe
o “verbo”.
hoje,
outros:
(os) tempos,
(os) modos,
(as) vozes
13
...
[saudade do mundo
mais-que-perfeito]
Intempérie
Os olhos do homem
sentem a tristeza do canário,
daquela ave de voos “frios”.
O coração do canário
enxerga a amargura do homem,
daquele ser de passos “vazios”.
15
Avesso
À Lispector, quando “viva”.
A tristeza me (en) canta.
(Quase) nunca o oposto.
17
19
Saudades de Amor
“Minha prezada
queridinha”,
.
.
.
“me responda
urgente".
21
Batalha perdida
Tomou como natural os arranhões provocados em
seu relógio pela cal da sala. Era típico este seu com-
portamento de passar não muito distante das pare-
des de qualquer construção. Embora dissesse aos
outros não entender o porquê do referido hábito,
sabia que o concreto lhe dava a consistência necessá-
ria para suportar o mundo. Antes amparado, que caí-
do. Logo, dirigiu-se ao seu quarto, dedicando-se à
leitura do “somos todos culpados”. Pra quê tentar
vencer a mãe?
23
Cântico primaveril
Domingo pra mim
tem que ser do Espírito
Santo e
“de Jesus”,
tem que ser Dominga
ou Domingas
(com a sua graça
religiosa).
25
27
Estância
Depois de capinar o possível
no terreno que recebera do pai, pedregoso;
João da Roça
(tirando o chapéu com vistas à sombra,
às vacas, aos bois e às novilhas
ainda não comprados)
para
- sente suas linhas completas.
29
Inspiração
Tenho no céu a chave
incapaz
de abrir portas.
Tenho-me no céu.
31
força do Hábito
acordo / o Aquele
levanto-me / o Árido
ando / o Não
insisto / o Mas
entrego-me / o Que
morro / o É
(eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee)
33
Irmandade
Sob a sina daqueles muitos, despejados num nordes-
te com sol, uniram-se para que o leite – mesmo em
potes a deslizarem léguas de chão árido – chegasse
às bocas dos seus (naquela década, sete); para que a
chita, importada da grande cidade pequena, colorisse
as veredas de sua família esperançosa quanto ao bro-
to da caatinga. Um tinha doze, bem verdade. O outro,
treze. Mas, nas mãos de ambos, via-se algo oposto à
denúncia de uma infância perdida: os calos que lhes
amaciavam a alma.
35
Do preceito (poético)
À irmã, dolce.
O homem de palavra (s),
contrário à “concordância”,
destoa do padrão.
Logo, a alcateia o esquece.
Se chutasse a pedra,
se virasse as costas pro José,
talvez a história fosse outra.
Mas, e a graça de ser lobo bobo?
37
Marcha
Sigo e persigo o Pombo
(selvagem)
- pra me perder,
pra me encontrar.
Quão próximas, de mim,
suas asas...
Quão distantes!
39
Tromba d’água
“Pai, me ensina a nadar no rio?”
O Herói não escuta.
“Pai, me ensina a nadar no rio?!”
O Senhor se esquiva.
“Pai, me ensina a nadar no rio!”
O Genitor vai embora.
(...)
Afogaram-se desde o verão passado,
os personagens.
41
43
Família
João-Pai dirigia Teresa-Mãe
que dirigia Raimundo-Filho
que dirigia Maria-Irmã
que não dirigia ninguém
(a casa era pequena).
João-Pai foi para o boteco,
Teresa-Mãe, para a máquina “de costura”,
Raimundo-Filho perdeu o que procurava,
e Maria-Irmã afastou-se por causa do
| pós-doutorado
(a tradição, às vezes, peca).
45
49
51
Cinzas, ao inimigo-protetor
Se tem me fumado por vinte e dois anos
numa busca que
(declarada terapêutica)
vira gozo,
autoafirmação;
vá colher matéria-prima noutros corpos,
naqueles brancos e ingênuos corpos.
Sou filtro de coisa qualquer,
filtro de coisa acabada.
Venci.
53
55
Vulgaridades
“Querido” é a distância
esperada entre suas mãos
e as do outro,
no final da manhã em que
a pessoa de outrora – inominável –
lhe avista na rua e
o chama, aos gritos.
De igual modo:
“amado”,
“meu filho”,
“amado”,
“meu filho”,
“amado”,
“meu filho”
57
- a repetição idiota
dos (re) encontros.
Ah! Que não me ponham
a qualidade de frente,
esta puta!
Dias fúnebres
As lágrimas,
que não choram minhas dores,
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Pó.
59
61
63
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Minhas expectativas batem
à janela, na esperança
de que a pule.
Paciente, no quarto,
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de quem (sobre)
vive.
Falta açúcar.
65
Nosso infinito particular
Chovendo, o teu choro
me é indiferente
- porque trajo uma capa azul
que repele o índigo da tua.
Enxugue estas lágrimas.
67
04 de novembro de 2009
É solta a casca
da caatinga que fere,
que marca;
que saúda mais Um
e mais Outro, perfazendo-os
galho.
69
71
Pequena lição de arbitrariedade
Oecumenìcus,
(se aberto para o mundo inteiro,
se do mundo inteiro)
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In nominu Pátris,
et Fílli et Spíritus Sancti.
Amen.
73
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Embrulhei-me com o ouro
do anel que carrego,
pra amanhecer hoje e
depois;
pra não prosseguir nu.
75
Ponteiro
Desponta às doze
(do dia)
a
temperatura
abafada
das
quatro
estações:
uma mãe
que é pai,
um pai
que é irmão,
77
um irmão
que é mãe
e uma irmã que é irmã
no momento subsequente,
pro equilíbrio
das coisas.
Aprendizado
Ivo viu a uva –
sf. fruto da videira;
e, todas as possibilidades
guardadas na respectiva rama –
sf. trepadeira cujos frutos, as uvas,
dão, fermentados, o vinho.
Jamais se embriagou.
79
15 de outubro
Era pra ser uma composição rubra
se eu tivesse ganhado a rosa
e sentido a sua essência:
aperto de mão,
abraço,
“feliz dia do”.
Virou só plano.
81
Pratos da casa
Não sei se de olho no hábito,
se de olho nele próprio;
o domingo grita
- enquanto o relógio marca doze,
a mesa (posta) espera o que desconheço
(o que desconhecemos),
e as mãos se fecham em punhos
(os nossos punhos).
A Tarde exige pouco,
o pouco de cada dia:
“desprezo ao arroz,
ao feijão,
ao frango,
desprezo e desprezo”.
83
O Horóscopo sussurra delongas:
“Vênus e seu regente, Júpiter,
(em contato forte)
sinalizam um domingo bom,
bom pra observar até onde se pode conviver
|com pessoas
que querem coisas diferentes da vida.
Além disso, a Lua encontra Marte na hora do
| almoço,
botando sua capacidade de amor à prova.
Grande desafio!”
Sabiamente, calo.
85
Correspondência
Amei uma moça que
há muito
me escreveu “gosto de você e
nunca o trocarei
por outro”.
Final da carta:
“abraço bem forte”.
87
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
O menino que (não) tinha razão
Disseram-lhe que uma escolha se fazia necessária,
para aquele instante. O futebol ou o dever de casa,
por exemplo. Mas, quando optou pelo primeiro, viu-
se soterrado pelas expressões “o segundo é mais ga-
rantido”, “o segundo é mais garantido”. Foi quando
quis perguntar de que garantia tratavam. Desistiu.
Eles, de fato, não entenderiam uma alma dada a isto
e aquilo, ao “enloucrescimento” e à felicidade. Ou
será que?... Bem, deixe para lá!
91
As vísceras do mundo
O amor desce às ruas
de cimento
de areia
de pedra
- infinitamente;
porque tem corpo e
cansa,
porque é preciso
questionar
a imensidão.
Por isto,
a carne, a volúpia;
por isto,
a poesia.
93
95
97
99
Minutos precoces
Penetro, surdamente,
no íntimo da palavra,
nos seus lubrificados termos
e expressões
- excitando a nervosidade
dos meus movimentos,
dos meus sentidos,
o rubor da alma (quase desprendida,
de mim)
a combustão da ardência que,
neste escrever,
me traduz...
Mas, gozo logo!
101
103
Abscesso reincidente
Os médicos examinam
a perspectiva da criança
(maculada).
Mais um terçol.
105
107
Compasso
Gravem estas notas que
produzo na complexidade de tantas
outras
composições, e
não se agravem...
...Às vezes, desafino,
desatino,
desafio
(a Harmonia).
109
111
Versos improvisados
De repente, os sulcos
são sulcos na madeira e cortam
- à espera do vermelho
que os entranhe,
neste escrever infértil
(arenoso).
De repente, chove.
113
115
Descoberta da poesia
Fragilizado, vejo o sono
diante do papel e me nego as palavras
de efeito;
ainda que a Morte continue
a perceber este escritor de Nadas.
Dormir é a chave.
117
E agora pisa na areia. Sabe que
está brilhando de água, e sal e
sol. Mesmo que o esqueça
daqui a uns minutos, nunca
poderá perder tudo isso. E sabe
de algum modo obscuro que
seus cabelos escorridos são de
um náufrago. Porque sabe -
sabe que fez um perigo. Um
perigo tão antigo quanto o ser
humano.
LISPECTOR, Clarice. As águas do
mundo. In: ______. Felicidade
clandestina: contos. Rio de Janeiro:
Rocco, 1998. p. 146.
SUMÁRIO
do CIMENTO
Meio-termo 9
QUESTÃO I - ponto (s) de vista 11
(contra) classe 13
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Abaixo! 49
Cinzas, ao inimigo protetor 53
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04 de novembro de 2009 69
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10 k 75
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Hora da aula 85
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O menino que (não) tinha razão 91
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Minutos precoces 101
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  • 2.
  • 3.
  • 4. concreto adj.s.m. (1692) 1 que ou o que é real, existente, verdadeiro um perigo c. sua tese oscila entre o c. e o abstrato 2 FIL diz-se de ou natureza apresen- tada por qualquer objeto de conhecimento singular, individual, passível de ser captado pelos sentidos 3 FIL no pensamento hegeliano, que ou aquilo que é efetivamente real em decorrência de sua universalidade, em oposição ao que é parcial, singular ou individual 4 LIT MÚS PINT m.q. concretista adj. 5 ligado à realidade, ao que é palpável, ao que pode ser captado pelos sentidos 6 sólido, maciço, não fluido 7 GRAM LING diz-se de substantivo que nomeia tudo que é perceptível aos sentidos, os seres e objetos do mundo físico s.m. 8 CONSTR B mistura de cimento, água e matérias granulosas inertes (ger. areia e brita), em determinadas dosagens, formando uma massa plástica que se verte em fôrmas para que endureça e adquira resistência 9 PRFM pomada impregnada de essên- cia c. aparente ARQ CONSTR concreto sem qualquer revestimento ou pintura c. armado ARQ CONSTR ENG concreto que contém em seu interior armaduras de ferro ou aço, o que lhe dá mais resistência; cimento armado, ferroconcreto de c. resolvido, decidido, firme não há nada de c. sobre esse assunto não c. GRAM LING diz-se do substantivo que nomeia tudo o que não é perceptível aos senti- dos; abstrato ETIM lat. concr tus,a,um, part.pas. de concresc re 'formar-se por agregação' SIN/VAR material, objetivo, palpável, real, sólido, verdadeiro ANT abstrato, hipotético, imaginário HOM concreto(fl.concretar) FRANCO, Francisco Manoel de Mello; HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles (Dir.). Concreto. In: ______. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 514.
  • 6. Meio - termo Entenda que gosto do “mas”, do “e”, dos lábios de Ana, dos meus; desta proximidade, ora distante! Sou de “encontros”... 9
  • 7. 11
  • 8. (contra) classe no princípio era a ação, o fenômeno da natureza, o estado. depois, Impuseram-lhe o “verbo”. hoje, outros: (os) tempos, (os) modos, (as) vozes 13
  • 10. Intempérie Os olhos do homem sentem a tristeza do canário, daquela ave de voos “frios”. O coração do canário enxerga a amargura do homem, daquele ser de passos “vazios”. 15
  • 11. Avesso À Lispector, quando “viva”. A tristeza me (en) canta. (Quase) nunca o oposto. 17
  • 12. 19
  • 13. Saudades de Amor “Minha prezada queridinha”, . . . “me responda urgente". 21
  • 14. Batalha perdida Tomou como natural os arranhões provocados em seu relógio pela cal da sala. Era típico este seu com- portamento de passar não muito distante das pare- des de qualquer construção. Embora dissesse aos outros não entender o porquê do referido hábito, sabia que o concreto lhe dava a consistência necessá- ria para suportar o mundo. Antes amparado, que caí- do. Logo, dirigiu-se ao seu quarto, dedicando-se à leitura do “somos todos culpados”. Pra quê tentar vencer a mãe? 23
  • 15. Cântico primaveril Domingo pra mim tem que ser do Espírito Santo e “de Jesus”, tem que ser Dominga ou Domingas (com a sua graça religiosa). 25
  • 16. 27
  • 17. Estância Depois de capinar o possível no terreno que recebera do pai, pedregoso; João da Roça (tirando o chapéu com vistas à sombra, às vacas, aos bois e às novilhas ainda não comprados) para - sente suas linhas completas. 29
  • 18. Inspiração Tenho no céu a chave incapaz de abrir portas. Tenho-me no céu. 31
  • 19. força do Hábito acordo / o Aquele levanto-me / o Árido ando / o Não insisto / o Mas entrego-me / o Que morro / o É (eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee) 33
  • 20. Irmandade Sob a sina daqueles muitos, despejados num nordes- te com sol, uniram-se para que o leite – mesmo em potes a deslizarem léguas de chão árido – chegasse às bocas dos seus (naquela década, sete); para que a chita, importada da grande cidade pequena, colorisse as veredas de sua família esperançosa quanto ao bro- to da caatinga. Um tinha doze, bem verdade. O outro, treze. Mas, nas mãos de ambos, via-se algo oposto à denúncia de uma infância perdida: os calos que lhes amaciavam a alma. 35
  • 21. Do preceito (poético) À irmã, dolce. O homem de palavra (s), contrário à “concordância”, destoa do padrão. Logo, a alcateia o esquece. Se chutasse a pedra, se virasse as costas pro José, talvez a história fosse outra. Mas, e a graça de ser lobo bobo? 37
  • 22. Marcha Sigo e persigo o Pombo (selvagem) - pra me perder, pra me encontrar. Quão próximas, de mim, suas asas... Quão distantes! 39
  • 23. Tromba d’água “Pai, me ensina a nadar no rio?” O Herói não escuta. “Pai, me ensina a nadar no rio?!” O Senhor se esquiva. “Pai, me ensina a nadar no rio!” O Genitor vai embora. (...) Afogaram-se desde o verão passado, os personagens. 41
  • 24. 43
  • 25. Família João-Pai dirigia Teresa-Mãe que dirigia Raimundo-Filho que dirigia Maria-Irmã que não dirigia ninguém (a casa era pequena). João-Pai foi para o boteco, Teresa-Mãe, para a máquina “de costura”, Raimundo-Filho perdeu o que procurava, e Maria-Irmã afastou-se por causa do | pós-doutorado (a tradição, às vezes, peca). 45
  • 26.
  • 27. 49
  • 28.
  • 29. 51
  • 30.
  • 31. Cinzas, ao inimigo-protetor Se tem me fumado por vinte e dois anos numa busca que (declarada terapêutica) vira gozo, autoafirmação; vá colher matéria-prima noutros corpos, naqueles brancos e ingênuos corpos. Sou filtro de coisa qualquer, filtro de coisa acabada. Venci. 53
  • 32. 55
  • 33. Vulgaridades “Querido” é a distância esperada entre suas mãos e as do outro, no final da manhã em que a pessoa de outrora – inominável – lhe avista na rua e o chama, aos gritos. De igual modo: “amado”, “meu filho”, “amado”, “meu filho”, “amado”, “meu filho” 57
  • 34. - a repetição idiota dos (re) encontros. Ah! Que não me ponham a qualidade de frente, esta puta!
  • 35. Dias fúnebres As lágrimas, que não choram minhas dores, germinam o árido cá dentro. É tempo seco. Pó. 59
  • 36. 61
  • 37. 63
  • 38. Gosto apurado Minhas expectativas batem à janela, na esperança de que a pule. Paciente, no quarto, tomo mais um café e saboreio a amargura de quem (sobre) vive. Falta açúcar. 65
  • 39. Nosso infinito particular Chovendo, o teu choro me é indiferente - porque trajo uma capa azul que repele o índigo da tua. Enxugue estas lágrimas. 67
  • 40. 04 de novembro de 2009 É solta a casca da caatinga que fere, que marca; que saúda mais Um e mais Outro, perfazendo-os galho. 69
  • 41. 71
  • 42. Pequena lição de arbitrariedade Oecumenìcus, (se aberto para o mundo inteiro, se do mundo inteiro) existe independentemente (do mundo). Agora, repitam comigo: In nominu Pátris, et Fílli et Spíritus Sancti. Amen. 73
  • 43. 10k Embrulhei-me com o ouro do anel que carrego, pra amanhecer hoje e depois; pra não prosseguir nu. 75
  • 44. Ponteiro Desponta às doze (do dia) a temperatura abafada das quatro estações: uma mãe que é pai, um pai que é irmão, 77
  • 45. um irmão que é mãe e uma irmã que é irmã no momento subsequente, pro equilíbrio das coisas.
  • 46. Aprendizado Ivo viu a uva – sf. fruto da videira; e, todas as possibilidades guardadas na respectiva rama – sf. trepadeira cujos frutos, as uvas, dão, fermentados, o vinho. Jamais se embriagou. 79
  • 47. 15 de outubro Era pra ser uma composição rubra se eu tivesse ganhado a rosa e sentido a sua essência: aperto de mão, abraço, “feliz dia do”. Virou só plano. 81
  • 48. Pratos da casa Não sei se de olho no hábito, se de olho nele próprio; o domingo grita - enquanto o relógio marca doze, a mesa (posta) espera o que desconheço (o que desconhecemos), e as mãos se fecham em punhos (os nossos punhos). A Tarde exige pouco, o pouco de cada dia: “desprezo ao arroz, ao feijão, ao frango, desprezo e desprezo”. 83
  • 49. O Horóscopo sussurra delongas: “Vênus e seu regente, Júpiter, (em contato forte) sinalizam um domingo bom, bom pra observar até onde se pode conviver |com pessoas que querem coisas diferentes da vida. Além disso, a Lua encontra Marte na hora do | almoço, botando sua capacidade de amor à prova. Grande desafio!” Sabiamente, calo.
  • 50. 85
  • 51. Correspondência Amei uma moça que há muito me escreveu “gosto de você e nunca o trocarei por outro”. Final da carta: “abraço bem forte”. 87
  • 53. O menino que (não) tinha razão Disseram-lhe que uma escolha se fazia necessária, para aquele instante. O futebol ou o dever de casa, por exemplo. Mas, quando optou pelo primeiro, viu- se soterrado pelas expressões “o segundo é mais ga- rantido”, “o segundo é mais garantido”. Foi quando quis perguntar de que garantia tratavam. Desistiu. Eles, de fato, não entenderiam uma alma dada a isto e aquilo, ao “enloucrescimento” e à felicidade. Ou será que?... Bem, deixe para lá! 91
  • 54. As vísceras do mundo O amor desce às ruas de cimento de areia de pedra - infinitamente; porque tem corpo e cansa, porque é preciso questionar a imensidão. Por isto, a carne, a volúpia; por isto, a poesia. 93
  • 55. 95
  • 56.
  • 57. 97
  • 58.
  • 59. 99
  • 60. Minutos precoces Penetro, surdamente, no íntimo da palavra, nos seus lubrificados termos e expressões - excitando a nervosidade dos meus movimentos, dos meus sentidos, o rubor da alma (quase desprendida, de mim) a combustão da ardência que, neste escrever, me traduz... Mas, gozo logo! 101
  • 61. 103
  • 62. Abscesso reincidente Os médicos examinam a perspectiva da criança (maculada). Mais um terçol. 105
  • 63. 107
  • 64. Compasso Gravem estas notas que produzo na complexidade de tantas outras composições, e não se agravem... ...Às vezes, desafino, desatino, desafio (a Harmonia). 109
  • 65. 111
  • 66. Versos improvisados De repente, os sulcos são sulcos na madeira e cortam - à espera do vermelho que os entranhe, neste escrever infértil (arenoso). De repente, chove. 113
  • 67. 115
  • 68. Descoberta da poesia Fragilizado, vejo o sono diante do papel e me nego as palavras de efeito; ainda que a Morte continue a perceber este escritor de Nadas. Dormir é a chave. 117
  • 69. E agora pisa na areia. Sabe que está brilhando de água, e sal e sol. Mesmo que o esqueça daqui a uns minutos, nunca poderá perder tudo isso. E sabe de algum modo obscuro que seus cabelos escorridos são de um náufrago. Porque sabe - sabe que fez um perigo. Um perigo tão antigo quanto o ser humano. LISPECTOR, Clarice. As águas do mundo. In: ______. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 146.
  • 70. SUMÁRIO do CIMENTO Meio-termo 9 QUESTÃO I - ponto (s) de vista 11 (contra) classe 13 Intempérie 15 Avesso 17 homem diante do espelho 19 Saudades de Amor 21 Batalha perdida 23 Cântico primaveril 25 Pré-escolar 27 Estância 29 Inspiração 31 força do Hábito 33 Irmandade 35 Do preceito (poético) 37
  • 71. Marcha 39 Tromba d’água 41 Voos 43 Família 45 das MATÉRIAS GRANULOSAS INERTES Abaixo! 49 Cinzas, ao inimigo protetor 53 Santíssima Trindade 55 Vulgaridades 57 Dias fúnebres 59 (i)nonsense 61 veja 63 Gosto apurado 65 Nosso infinito particular 67 04 de novembro de 2009 69 krisis 71 Pequena lição de arbitrariedade 75
  • 72. 10 k 75 Ponteiro 77 Aprendizado 79 15 de outubro 81 Pratos da casa 83 Hora da aula 85 Correspondência 87 da ÁGUA O menino que (não) tinha razão 91 As vísceras do mundo 93 Ih! Congruências... 95 Minutos precoces 101 poeta nas entrelinhas 103 Abscesso reincidente 105 Isto é literatura 107 Compasso 109 ecologicamente correto 111
  • 73. Versos improvisados 113 de todas as cores... 115 Descoberta da poesia 117