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Aprendizagem da Língua Portuguesa no 3.º ciclo do Ensino Básico
e Avaliação Formativa em meio digital
Teresa Pombo
Escola Básica Carlos Gargaté, teresapombopereira@gmail.com
A mediação por computador dos processos de ensino e aprendizagem tem-se tornado, cada vez mais, uma prática mais alargada e colaborativa, tornando-se um desafio diário quer

A recolha de dados data de 2006 e durante esse processo
procurou-se perceber como os alunos reagiam à introdução das
tecnologias na sala de aula de uma forma continuada e de que
modo a inserção em meio digital e o recurso a uma avaliação
formativa autêntica contribuíam para a melhoria dos resultados
dos alunos. Este conceito de avaliação formativa autêntica serviu
de suporte a todas as atividades de aprendizagem que
recorreram a diferentes instrumentos: um sítio web, uma
webquest, um fórum, questionários em linha e um blogue.

computador e quais os processos de participação dos intervenientes (professor e alunos), quais os papéis que desempenham; quais, ainda, as relações com o ensino e a aprendizagem
(ou seja, como se ensina e o que se ensina e como se aprende e o que se aprende).
No contexto de um modelo pedagógico adequado ao ensino mediado por computador, o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem e avaliação, eventualmente sustentadas
pelas TIC, afigurou-se-nos como um campo de pesquisa vastíssimo e como algo a que a constituição de uma comunidade virtual pôde dar o seu contributo.
Este trabalho orientou-se segundo as questões de investigação apresentadas em seguida e, em síntese, consistiu no desenho de um ambiente virtual de aprendizagem que envolveu
os alunos num projeto de leitura em que estes desenvolveram os seus conhecimentos e capacidades nos domínios da disciplina de língua portuguesa: Leitura (e Educação Literária),
Escrita, Oralidade e Gramática. Como instrumentos de trabalho foram utilizados um sítio web (com acesso a formulários de avaliação em linha), uma webquest, um fórum e um blogue.
Todo a aprendizagem foi apoiado por um processo de avaliação formativa autêntica.

artefactos

(sítio

web,

webquest,

fórum,

tarefas

de

aprendizagem/avaliação), análise das produções dos alunos,
entrevistas aos alunos, análise do diário do docente,
observação

de

aulas

e

respetivas

entrevistas

aos

observadores.

1. Como se poderá caracterizar o ambiente de ensino-aprendizagem criado nas condições acima referidas?
2. Como se poderão descrever as aprendizagens dos alunos relativamente aos conceitos estruturantes e competências fundamentais que devem ser desenvolvidos ao longo de
uma unidade didática no contexto acima referido?
3. Como se poderão caracterizar as relações entre a participação dos alunos no AVA e o desenvolvimento das suas aprendizagens, num processo de avaliação formativa?
Em termo de Modelos teóricos, este trabalho estudou as Comunidades Virtuais (Rheingold), Comunidades de Prática (Wenger) e a Teoria da Atividade (Engeström). Destacamos esta
última pois foi a que nos permitiu desenhar um modelo pedagógico mais de acordo como o que foi nossa pretensão realizar:

Atendendo à data da realização do estudo, esta foi, de certo

Artefactos mediadores

modo, uma investigação exploratória e percursora que permitiu

Conclusões

optámos pela triangulação de dados, com a descrição dos

Metodologia

no terceiro ciclo do Ensino Básico.

Como instrumentos desta investigação, de pendor qualitativo,

para professores, quer para alunos, um desafio que importa perceber e avaliar. Neste trabalho, procurou-se investigar em que medida é a aprendizagem potenciada pelo uso do

(Site, Fórum, WQ, Blogue, Processador de
Texto,...)

concluir que, quando observados os pressupostos de uma
avaliação formativa autêntica, é possível recolher evidências de
um grande impacto no desenvolvimento das competências em

Resultados (compreensão e expressão escrita)

língua portuguesa, nomeadamente, expressão escrita e oral e
compreensão oral. Por outro lado, a imersão em meio digital é
um fator de motivação do aluno, obrigando a uma mudança no
paradigma

de

atuação

do

Figura 2: Ambiente virtual de apresentação da
Unidade didática / Projeto de leitura.

Sujeitos
(18 alunos de 8.º ano, professor)

professor.

Objeto (Blogue)

Teoria da Atividade:

O processo avaliativo descrito neste trabalho de investigação,

transformação pela ação

utilizou a tecnologia como recurso, quer na fase de execução,
como na de apresentação e avaliação das tarefas (utilização do
software Hotpotatoes, do sistema Hosted Survey e eventual

Regras

recurso a atividades de Avaliação já publicadas na WWW, bem

(orientações para as tarefas de aprendizagem e avaliação; funcionamento)

como à realização de uma WebQuest).
No estudo que aqui se descreve, pudemos concluir que o

Divisão do trabalho
(tarefas realizadas colaborativamente)

Figura. 1: Esquema de Modelo Pedagógico segundo a Teoria da Atividade de Engeström (Adaptado de “Complex Model of Activity System” In
Engeström, 1998)

Figura 3: Webquest / Projeto de leitura

modelo de avaliação formativa autêntica é o que melhor parece
servir os pressupostos de um ensino e aprendizagem mediados
por computador e que, por outro lado, ambientes de ensino e
aprendizagem ricos em tecnologias potenciam o recurso a
todas

as

ações

nomeadamente:
adotados;

que

de

avaliação

explicitação

diversificação

diversidade

a

ritmos

dos

de

formativa

critérios

instrumentos;

de

aprendizagem;

de

preconiza,
avaliação

respeito

pela

regulação

da

Aluno 2: “Da participação no blogue e
dos comentários que nós fizemos e
dos comentários dos parabéns que as
outras pessoas nos davam através da
voz ou por escrito e que nós dávamos
também à nossa própria avaliação. E
acho que foi motivante para todos
receber os parabéns de tanta gente,
portuguesa e brasileira. Eu gostei! “

Aluno 2: “Falávamos com a professora
mas, de vez em quando falávamos com
outros do grupo, ou para tirar alguma
dúvida que não tínhamos encontrado, ou
para perguntar como é que tinham
respondido para ver se era mais ou menos
isso que tínhamos feito
Entrev.: E esse diálogo, essa colaboração,
no fundo ajudava-vos “

“Aluno 4: (…) Tínhamos vários exemplos de
livros já famosos, diários e eu acho que a
forma como nós aprendemos foi melhor
porque nós podíamos sempre aceder
àquela ficha em qualquer altura não foi um
acetato em que não tivéssemos só visto
tínhamos a possibilidade de voltar e
chegar a casa e podíamos imprimi-lo e
ficar sempre com ele.(…)”

aprendizagem articulada com momentos de avaliação sumativa
(a que tem por objetivo realizar balanços fiáveis no final das
aprendizagens num dado período); feedback contínuo e “Aula 3
circunstanciado e valorização do desempenho do aluno numa Segunda-feira, Maio 08, 2006

2ªf., 8 de Maio (13h30-15h00)
Segunda aula de navegação nas Webquests. Houve
perspetiva evolutiva.
necessidade de redefinir os pares pois um deles não se
Resultou igualmente que o que Black e William (1998) tinham estava a comportar da melhor forma. Assunto resolvido. O
concluído: (i) a prática sistemática de uma avaliação de tipo ambiente é de grande autonomia e empenho. Relembro os
alunos que as tarefas são para realizar apenas na aula e em
formativo melhora as aprendizagens; (ii) os alunos que mais trabalho de pares. (…) sou chamada para resolver pequenas
dúvidas. A maior parte do tempo apenas se houve o som do
beneficiam deste tipo de avaliação são os que evidenciam bater nos teclados. O D. perguntou-me se podia escrever no
dificuldades de aprendizagem; (iii) os alunos que têm aulas em Word com o corrector a funcionar. Respondi que sim. O
importante é que escrevam e que gostem de o fazer. Hoje vou
que a avaliação formativa é uma prática dominante apresentam deixar uma tarefa no Fórum. Vamos ver como corre.”

Figura 5: Rubrica de avaliação da escrita em linha (blogue e fórum).
Figura 4: Blogue para publicação e comentário
das produções dos alunos.

Referências

Introdução

levado a cabo como docente da disciplina de Língua Portuguesa

Tecnologias e Avaliação

Neste poster, descrever-se-á o processo de investigação

melhores resultados nas avaliações externas, se verificava,
sobretudo

quando

aliado

a

um

ambiente

virtual

de

aprendizagem que, de acordo com a observação de aulas e os
testemunhos

dos

alunos,

contribuíram

envolvimento na aprendizagem.

para

um

maior

Figura 6: Fórum.

Anderson, R. S., Bauer, J. F. & Speck, B. W. (Eds.) (2002) Assessment Strategies for the On-line Class: From Theory to Practice. New Directions for
Teaching and Learning. 91. Jossey-Bass: San Francisco: Wiley.
Black, P. & Wiliam, D. (1998a). Assessment and classroom learning. Assessment in Education, 5, 7-74.
Black, P. & William. D. (1998b). Inside the black box: Raising Standards through classroom assessment. Disponível em
http://www.pdkintl.org/kappan/kbla9810.htm Consultado a 16 de Junho de 2005.Engeström, Y. (2001b) Learning by Expanding: An Activity Theoretical Approach to Developmental Research. Research Discussion Paper at XMCA, Mind, Culture and Activity, San Diego University.
Disponível em http://communication.ucsd.edu/LCHC/MCA/Paper/Engestrom/expanding/toc.htm. Consultado a 20 de Julho de 2006.
Fernandes, D. (2005a). Avaliação das Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Colecção “Educação Hoje”. 1ª Edição. Cacém: Texto
Editores.
Fernandes, D. (2005b). Para uma ênfase na avaliação formativa alternativa. Disponível em
http://www.apm.pt/files/_editorial_high_424ac23d0ad39.pdf
Merriam, S. B. (1998). Qualitative Research and Case Study Applications in Education. Revised and Expanded from Case Study Research in
Education. San Francisco: Jossey-Bass Publishers.
Peat, M. & Franklin, S. (2002). Supporting student learning: the use of computer-based formative assessment modules. British Journal of Educational
Technology 33 (5), pp. 515–523.
Reis, I. S. C. L. (2005). Avaliação e o processo de ensino-aprendizagem online. Relatório de Pesquisa apresentado no 12º Congresso de Educação à
Distância. Florianópolis. ABED. Retrieved from http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/011tcc3.pdf

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Poster Jornadas LCD - Avaliação Formativa em contextos digitais no ensino não superior - 26 de outubro de 2013, Aveiro

  • 1. Aprendizagem da Língua Portuguesa no 3.º ciclo do Ensino Básico e Avaliação Formativa em meio digital Teresa Pombo Escola Básica Carlos Gargaté, teresapombopereira@gmail.com A mediação por computador dos processos de ensino e aprendizagem tem-se tornado, cada vez mais, uma prática mais alargada e colaborativa, tornando-se um desafio diário quer A recolha de dados data de 2006 e durante esse processo procurou-se perceber como os alunos reagiam à introdução das tecnologias na sala de aula de uma forma continuada e de que modo a inserção em meio digital e o recurso a uma avaliação formativa autêntica contribuíam para a melhoria dos resultados dos alunos. Este conceito de avaliação formativa autêntica serviu de suporte a todas as atividades de aprendizagem que recorreram a diferentes instrumentos: um sítio web, uma webquest, um fórum, questionários em linha e um blogue. computador e quais os processos de participação dos intervenientes (professor e alunos), quais os papéis que desempenham; quais, ainda, as relações com o ensino e a aprendizagem (ou seja, como se ensina e o que se ensina e como se aprende e o que se aprende). No contexto de um modelo pedagógico adequado ao ensino mediado por computador, o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem e avaliação, eventualmente sustentadas pelas TIC, afigurou-se-nos como um campo de pesquisa vastíssimo e como algo a que a constituição de uma comunidade virtual pôde dar o seu contributo. Este trabalho orientou-se segundo as questões de investigação apresentadas em seguida e, em síntese, consistiu no desenho de um ambiente virtual de aprendizagem que envolveu os alunos num projeto de leitura em que estes desenvolveram os seus conhecimentos e capacidades nos domínios da disciplina de língua portuguesa: Leitura (e Educação Literária), Escrita, Oralidade e Gramática. Como instrumentos de trabalho foram utilizados um sítio web (com acesso a formulários de avaliação em linha), uma webquest, um fórum e um blogue. Todo a aprendizagem foi apoiado por um processo de avaliação formativa autêntica. artefactos (sítio web, webquest, fórum, tarefas de aprendizagem/avaliação), análise das produções dos alunos, entrevistas aos alunos, análise do diário do docente, observação de aulas e respetivas entrevistas aos observadores. 1. Como se poderá caracterizar o ambiente de ensino-aprendizagem criado nas condições acima referidas? 2. Como se poderão descrever as aprendizagens dos alunos relativamente aos conceitos estruturantes e competências fundamentais que devem ser desenvolvidos ao longo de uma unidade didática no contexto acima referido? 3. Como se poderão caracterizar as relações entre a participação dos alunos no AVA e o desenvolvimento das suas aprendizagens, num processo de avaliação formativa? Em termo de Modelos teóricos, este trabalho estudou as Comunidades Virtuais (Rheingold), Comunidades de Prática (Wenger) e a Teoria da Atividade (Engeström). Destacamos esta última pois foi a que nos permitiu desenhar um modelo pedagógico mais de acordo como o que foi nossa pretensão realizar: Atendendo à data da realização do estudo, esta foi, de certo Artefactos mediadores modo, uma investigação exploratória e percursora que permitiu Conclusões optámos pela triangulação de dados, com a descrição dos Metodologia no terceiro ciclo do Ensino Básico. Como instrumentos desta investigação, de pendor qualitativo, para professores, quer para alunos, um desafio que importa perceber e avaliar. Neste trabalho, procurou-se investigar em que medida é a aprendizagem potenciada pelo uso do (Site, Fórum, WQ, Blogue, Processador de Texto,...) concluir que, quando observados os pressupostos de uma avaliação formativa autêntica, é possível recolher evidências de um grande impacto no desenvolvimento das competências em Resultados (compreensão e expressão escrita) língua portuguesa, nomeadamente, expressão escrita e oral e compreensão oral. Por outro lado, a imersão em meio digital é um fator de motivação do aluno, obrigando a uma mudança no paradigma de atuação do Figura 2: Ambiente virtual de apresentação da Unidade didática / Projeto de leitura. Sujeitos (18 alunos de 8.º ano, professor) professor. Objeto (Blogue) Teoria da Atividade: O processo avaliativo descrito neste trabalho de investigação, transformação pela ação utilizou a tecnologia como recurso, quer na fase de execução, como na de apresentação e avaliação das tarefas (utilização do software Hotpotatoes, do sistema Hosted Survey e eventual Regras recurso a atividades de Avaliação já publicadas na WWW, bem (orientações para as tarefas de aprendizagem e avaliação; funcionamento) como à realização de uma WebQuest). No estudo que aqui se descreve, pudemos concluir que o Divisão do trabalho (tarefas realizadas colaborativamente) Figura. 1: Esquema de Modelo Pedagógico segundo a Teoria da Atividade de Engeström (Adaptado de “Complex Model of Activity System” In Engeström, 1998) Figura 3: Webquest / Projeto de leitura modelo de avaliação formativa autêntica é o que melhor parece servir os pressupostos de um ensino e aprendizagem mediados por computador e que, por outro lado, ambientes de ensino e aprendizagem ricos em tecnologias potenciam o recurso a todas as ações nomeadamente: adotados; que de avaliação explicitação diversificação diversidade a ritmos dos de formativa critérios instrumentos; de aprendizagem; de preconiza, avaliação respeito pela regulação da Aluno 2: “Da participação no blogue e dos comentários que nós fizemos e dos comentários dos parabéns que as outras pessoas nos davam através da voz ou por escrito e que nós dávamos também à nossa própria avaliação. E acho que foi motivante para todos receber os parabéns de tanta gente, portuguesa e brasileira. Eu gostei! “ Aluno 2: “Falávamos com a professora mas, de vez em quando falávamos com outros do grupo, ou para tirar alguma dúvida que não tínhamos encontrado, ou para perguntar como é que tinham respondido para ver se era mais ou menos isso que tínhamos feito Entrev.: E esse diálogo, essa colaboração, no fundo ajudava-vos “ “Aluno 4: (…) Tínhamos vários exemplos de livros já famosos, diários e eu acho que a forma como nós aprendemos foi melhor porque nós podíamos sempre aceder àquela ficha em qualquer altura não foi um acetato em que não tivéssemos só visto tínhamos a possibilidade de voltar e chegar a casa e podíamos imprimi-lo e ficar sempre com ele.(…)” aprendizagem articulada com momentos de avaliação sumativa (a que tem por objetivo realizar balanços fiáveis no final das aprendizagens num dado período); feedback contínuo e “Aula 3 circunstanciado e valorização do desempenho do aluno numa Segunda-feira, Maio 08, 2006 2ªf., 8 de Maio (13h30-15h00) Segunda aula de navegação nas Webquests. Houve perspetiva evolutiva. necessidade de redefinir os pares pois um deles não se Resultou igualmente que o que Black e William (1998) tinham estava a comportar da melhor forma. Assunto resolvido. O concluído: (i) a prática sistemática de uma avaliação de tipo ambiente é de grande autonomia e empenho. Relembro os alunos que as tarefas são para realizar apenas na aula e em formativo melhora as aprendizagens; (ii) os alunos que mais trabalho de pares. (…) sou chamada para resolver pequenas dúvidas. A maior parte do tempo apenas se houve o som do beneficiam deste tipo de avaliação são os que evidenciam bater nos teclados. O D. perguntou-me se podia escrever no dificuldades de aprendizagem; (iii) os alunos que têm aulas em Word com o corrector a funcionar. Respondi que sim. O importante é que escrevam e que gostem de o fazer. Hoje vou que a avaliação formativa é uma prática dominante apresentam deixar uma tarefa no Fórum. Vamos ver como corre.” Figura 5: Rubrica de avaliação da escrita em linha (blogue e fórum). Figura 4: Blogue para publicação e comentário das produções dos alunos. Referências Introdução levado a cabo como docente da disciplina de Língua Portuguesa Tecnologias e Avaliação Neste poster, descrever-se-á o processo de investigação melhores resultados nas avaliações externas, se verificava, sobretudo quando aliado a um ambiente virtual de aprendizagem que, de acordo com a observação de aulas e os testemunhos dos alunos, contribuíram envolvimento na aprendizagem. para um maior Figura 6: Fórum. Anderson, R. S., Bauer, J. F. & Speck, B. W. (Eds.) (2002) Assessment Strategies for the On-line Class: From Theory to Practice. New Directions for Teaching and Learning. 91. Jossey-Bass: San Francisco: Wiley. Black, P. & Wiliam, D. (1998a). Assessment and classroom learning. Assessment in Education, 5, 7-74. Black, P. & William. D. (1998b). Inside the black box: Raising Standards through classroom assessment. Disponível em http://www.pdkintl.org/kappan/kbla9810.htm Consultado a 16 de Junho de 2005.Engeström, Y. (2001b) Learning by Expanding: An Activity Theoretical Approach to Developmental Research. Research Discussion Paper at XMCA, Mind, Culture and Activity, San Diego University. Disponível em http://communication.ucsd.edu/LCHC/MCA/Paper/Engestrom/expanding/toc.htm. Consultado a 20 de Julho de 2006. Fernandes, D. (2005a). Avaliação das Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Colecção “Educação Hoje”. 1ª Edição. Cacém: Texto Editores. Fernandes, D. (2005b). Para uma ênfase na avaliação formativa alternativa. Disponível em http://www.apm.pt/files/_editorial_high_424ac23d0ad39.pdf Merriam, S. B. (1998). Qualitative Research and Case Study Applications in Education. Revised and Expanded from Case Study Research in Education. San Francisco: Jossey-Bass Publishers. Peat, M. & Franklin, S. (2002). Supporting student learning: the use of computer-based formative assessment modules. British Journal of Educational Technology 33 (5), pp. 515–523. Reis, I. S. C. L. (2005). Avaliação e o processo de ensino-aprendizagem online. Relatório de Pesquisa apresentado no 12º Congresso de Educação à Distância. Florianópolis. ABED. Retrieved from http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/011tcc3.pdf Teresa Pombo | www.profteresa.net | 2013 Para aceder à leitura desta tese, faça a leitura do qrcode (http://goo.gl/yN4aGy) »»»