Este documento discute a importância dos cuidados com a saúde bucal durante a gestação e nos primeiros anos de vida da criança. Ele fornece informações sobre como a saúde bucal da mãe afeta o bebê e orienta sobre hábitos de higiene, alimentação e prevenção de doenças orais para mães e bebês.
2. Olá ! Seja Bem vinda ao curso da Saúde bucal da
Gestante e do bebê!
Eu sou ASB Andressa, autora deste curso, e vou
compartilhar com vocês todo esse processo de
aprendizagem.
Este curso busca trazer:
- conhecimento sobre o tema,
- informações sobre a saúde bucal da gestante e
do bebê.
Nosso objetivo é:
- conseguir a máxima eficiência, com o menor
desconforto para a mãe e o bebê.
Fique a vontade para trocar ideias, duvidas e
sugestões...
3. Sabemos como é importante
o período de formação da
gestação até os primeiros
meses e anos de vida do
bebê, pois um novo ser é
colocado no mundo, e quanta
emoção ele desperta, não é
mesmo?
4. Aproveitando esse momento favorável na vida das
futuras mamães, hoje é possível realizar um Pré-natal
Odontológico, também conhecido como
“Odontologia Intra-Uterina”.
O trabalho consiste na conscientização da gestante
sobre os cuidados que deve ter com a sua saúde
bucal e quais medidas ela já pode adotar para
assegurar a saúde bucal de seu filho mesmo antes do
momento do seu nascimento.
5. São realizadas consultas odontológicas
preventivas, onde são avaliadas suas condições
bucais e se necessário for, começaremos o
tratamento odontológico.
Nesse momento, devem-se ser incorporados:
- hábitos de higiene mais criteriosos,
- alimentação adequada e
- todos os princípios de prevenção de cáries e
doenças periodontais, o que certamente reverterá
em benefícios para toda a família.
A abordagem pré-natal também oferece informações
sobre os cuidados odontológicos durante a primeira
infância, como por exemplo, a importância da
amamentação na saúde bucal do bebê, os primeiros
cuidados com a boquinha do bebê, o uso de
mamadeiras e chupetas e também é explicada a
forma de transmissão da doença cárie.
6. A utilização de anestesia é preferencialmente
indicada no segundo trimestre da gestação, pois
esta medida representa menores riscos para o feto.
Nesta fase, a gestante está mais estável
emocionalmente. Geralmente é aconselhável um
intercâmbio de informações entre o médico que
acompanha a gestação e o dentista.
Esta medida tem a finalidade de definir os cuidados
necessários para uma conduta correta e
segura, durante a emergência ou tratamento
odontológico, ressaltando que este procedimento
pode contribuir para a avaliação da quantidade e do
tipo de anestésico a ser utilizado.
7. No primeiro trimestre, o início da gestação provoca
no organismo da mulher grandes alterações
hormonais. Como se trata de uma fase de
adaptação, devem ser evitados os medicamentos. O
terceiro trimestre também deve ser acompanhado
com atenção, uma vez que existem riscos, como o
parto prematuro.
O ideal é que o tratamento dentário seja realizado
apenas se for indispensável. Nestes casos, o
tratamento odontológico deve compreender
consultas rápidas e confortáveis para as gestantes.Os
dentistas ressaltam que devem-se evitar o
tratamento do 1º ao 3º trimestre, exceto em casos
de emergências.
8. O atendimento nessa fase envolve desde
procedimentos como profilaxia, aplicação de
flúor (de acordo com as necessidades da futura
mamãe) e remoção de irritações locais que
possam estar agredindo a gengiva, até o
aconselhamento preventivo para a saúde bucal
da mãe e do bebê.
O Dentista poderá orientar, já na gestação,
quanto aos primeiros cuidados a serem
tomados com a boquinha do bebê, mesmo
antes da chegada dos primeiros dentes de
leite, essenciais para o desenvolvimento de
uma boa dentição.
Se for necessário outro tratamento, será feita
uma avaliação juntamente com o
ginecologista.
9. A gestante tem mais cáries?
NÃO! O que ocorre é um aumento do risco de
desenvolver cáries. As mudanças na dieta
(introdução de mais carboidratos e/ou maior
frequência alimentar), as mudanças na higiene oral
(desatenção e/ou dificuldades na escovação devido
a ânsias de vômito) e ainda a maior ocorrência de
vômitos, podem desequilibrar o meio bucal.
Esse desequilíbrio, se não for acompanhado de
cuidados especiais, pode, sim, causar uma perda de
cálcio da estrutura dental, que leva à cárie.
Porém, é errado pensar que essa perda de cálcio
tenha relação com a formação dos dentinhos do
bebê. Há um aumento do risco de cárie, porém sua
causa direta é a placa bacteriana e não a gravidez.
Se houver um controle efetivo dessa película de
bactérias que gruda nos dentes, não haverá cáries.
10.
11. A gestante tem gengivite (inflamação na gengiva)?
Novamente a causa é a placa bacteriana. Ocorre
uma predisposição na gestante para desenvolver
gengivite devido às alterações hormonais, que levam
o seu organismo a responder de forma exagerada à
presença desses micro-organismos.
Nos dois casos vimos que o agente causador é o
mesmo: a placa bacteriana. Portanto, é necessário
um controle adequado e um acompanhamento
profissional.
Os cuidados são os mesmos de uma mulher não
grávida: limpeza diária dos dentes com escova e
fio/fita dental, sendo a qualidade desta limpeza mais
importante do que a frequência.
12. Deve-se ingerir flúor?
Não é necessário ingerir flúor durante a gestação
para ajudar na formação dos dentes do bebê. Ele
será importante para a criança depois que
nascerem os dentinhos, devendo SEMPRE ser
usado com a orientação de um odontopediatra.
A saúde bucal do bebê
Lembre-se, os dentinhos de leite do seu bebê já
estarão se formando a partir da sexta semana de
gestação e os dentes permanentes entre o quarto
e o sexto mês de vida intra-uterina. Assim tenha
cuidado em medicações que possam causar mal
formações nos dentes do seu bebê nesse período.
Como a tetraciclina (antibiótico).
13. Dieta alimentar saudável !
Assim, algumas atitudes simples poderão ajudar na
sua formação:
Ter alimentação balanceada
(carnes, frutas, legumes, verduras, cereais, leite e
derivados).
A falta de vitaminas pode comprometer o
desenvolvimento normal dos dentes do seu filho.
Evitar álcool, cigarro e drogas, muito importante
para sua saúde e a do seu bebê!
Evitar a formação de maus hábitos alimentares, pois
a partir do quarto mês de gestação o bebê já está
formando seu paladar e perceberá a frequência
com que sua mãe come certos alimentos.
A criança pode aprender a gostar de açúcar antes
mesmo do seu nascimento, logo, se você ingere
muito açúcar, pro seu bem e do bebê, diminua esse
hábito pouco saudável.
14. A amamentação é importante!
A amamentação natural durante o primeiro
ano de vida é fundamental não só pelo
aspecto afetivo e nutricional, como pelo
exercício muscular que favorece a respiração
nasal e previne muitos dos problemas de
oclusão (mordida).
Deixa eu ver essa boquinha...
Depois de falar sobre a saúde bucal da mamãe,
vamos abordar temas como a amamentação,
higiene oral, alimentos, transmissão de cáries,
chupetas, traumatismos dentários e prevenção
de doenças orais.