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Freud e o Inconsciente
Psicologia Ensino Profissional – 10.º
Ano
Prof.ª Isaura Silva
Conceção do Psiquismo
• Consciente: contacto com o mundo exterior . Sensações e
experiências das quais estamos cientes
• Pré-consciente: lembranças, percepções e ideias das quais
não estamos cientes no momento, mas que facilmente
podem ser trazidas para a consciência
• Inconsciente: foco da teoria psicanalítica,
depósito de forças que não conseguimos ver ou
controlar
Primeira Tópica
Estrutura da Personalidade:
SUPEREGO
EGO
ID
Imperativos
morais
Princípio
do Prazer
Princípio da
Realidade
Consciente
Pré-consciente
Inconsciente
Segunda Tópica
ID: Processos
Primários
Reservatório dos instintos e da libido, fonte da energia
psíquica, opera de acordo com o princípio do prazer
Diretamente relacionado com a satisfação das
necessidades corporais
Actua para aumentar o prazer e diminuir a tensão da
necessidade
Só conhece a gratificação instantânea
Primitivo, amoral, insistente, impulsivo
EGO: Processos
secundários
Razão ou racionalidade - mediação entre o id e a
realidade
Decide quando e como os instintos do id podem ser
satisfeitos: momentos, lugares e objetos adequados
Adia ou redireciona impulsos em função da realidade.
Opera de acordo com o princípio da realidade
SUPEREGO Conjunto de ordens ou crenças - conceito de certo/errado
Inconsciente em grande parte
Aspecto moral da personalidade - interiorização de valores e
padrões da família e da sociedade
Insistente no objetivo de inibir as demandas do id,
especialmente as relativas ao sexo e à agressão
ID
“A criança é o pai do Homem.”
Freud
Para Freud, o desenvolvimento humano e a constituição
do aparelho psíquico são explicados pela evolução da
psicossexualidade.
A sexualidade está integrada no nosso desenvolvimento
desde o nascimento, evoluindo através de estádios, com
predomínio de uma zona erógena, isto é, de uma região do
corpo (epiderme ou mucosa) que, quando estimulada, dá
prazer.
Sexualidade e Desenvolvimento
Cada estádio é marcado pelo confronto entre as pulsões sexuais
(Libido, que em Latim significa desejo, sexualidade) e as forças
que se lhe opõem.
A Psicanálise foi a
primeira corrente de
psicologia a atribuir aos
primeiros anos de vida
uma importância fulcral
na estruturação da
personalidade. Dizer que
a criança é o pai do
Homem ilustra a
importância da infância.
Um dos conceitos mais
importantes da teoria
psicanalítica é a existência
da Sexualidade Infantil.
Esta sexualidade envolve
todo o corpo, é pré-genital
e não apenas genital e
é, nos primeiros
anos, autoerótica, isto é, a
criança satisfaz-se com o
seu próprio corpo.
ESTÁDIOS DO
DESENVOLVIMENTO
Freud define e caracteriza cinco estádios de
desenvolvimento psicossexual:
Estádio Oral (0 – 12/18 meses)
Estádio Anal (12/18 meses - 2/3 anos)
Estádio Fálico (2/3 anos – 5/6 anos)
Estádio de Latência (5/6 anos - puberdade)
Estádio Genital (depois da puberdade)
ESTÁDIO ORAL
(0 – 12/18 meses)
O ser humano nasce com Id, isto é, com um
conjunto de pulsões inatas.
O Ego forma-se, no primeiro ano de vida, de
uma parte do Id que começa a ter características
próprias. Estas formam-se pela consciência das
perceções internas e externas que o bebé vai
experienciando. São particularmente importantes
as perceções visuais, auditivas e quinestésicas.
O estádio Oral é constituído por um período em
que a criança é muito passiva e dependente e
outro, na época do desmame, em que a criança
é mais ativa e pode mesmo morder o seio ou o
biberão. O desmame corresponde a uma
frustração que vai situar a criança em relação à
realidade do mundo.
Comportamento Oral
• Ingerir
• Estimulação da boca
• Fixação: preocupação exagerada com
atividades orais.
• Ex: comer, beber, fumar, beijar.
• Optimismo, confiança e dependência
Comportamento Oral Agressivo
ou Sádico
• Ocorre durante o surgimento dos dentes
• Sentimentos de amor e ódio pela mãe
• Fixação: pessimismo, hostilidade,
agressividade, contestação, sarcasmo,
crueldade, inveja, exploração e manipulação
das outras pessoas para dominá-las.
ESTÁDIO ANAL
(12/18 MESES - 2/3 ANOS)
A maturação e o
desenvolvimento
psicomotor vão
permitir à criança
reter ou expulsar as
fezes e a urina, no
estádio anal.
A zona erógena, nesta idade,
é a região anal e a mucosa
intestinal.
A estimulação desta parte do
corpo dá à criança prazer.
Todavia, as contrações
musculares podem provocar
também dor, criando assim
uma possível ambivalência
entre estas duas emoções.
Este período etário corresponde a uma fase em que a
criança é mais autónoma, procurando afirmar-se e realizar
as suas vontades.
A ambivalência está também presente na
forma como a criança hesita entre ceder ou
opor-se às regras de higiene que a mãe exige.
As relações interpessoais – com a mãe e com
as outras pessoas – vão estabelecer-se neste
contexto, daí a importância dada à forma
como se educa a criança a ser asseada.
• Treino dos hábitos de higiene: momento de
conflito para todos os envolvidos
• Efeitos significativos na personalidade
• Interferência na satisfação de impulso instintivo:
regulação da hora e local para a defecação
• Aprendizagem do adiamento do prazer
• Arma a ser utilizada na relação com os familiares:
controle sobre algo que pode optar por agir ou não
• Desafios às tentativas de regulação - pode ser
desenvolvida uma “personalidade anal agressiva”
( hostilidade, sadismo, crueldade, possessividade)
• Retenção das fezes - assegurar atenção e afeto -
“personalidade anal retentora” - teimosia, poupança
exagerada, preocupação com a ordem.
ESTÁDIO FÁLICO
(2/3 ANOS – 5/6 ANOS)
No estádio fálico, a zona erógena é a região genital.
•As crianças estão interessadas em questões do género:
Como nascem os bebés;
•Estão atentas às diferenças anatómicas entre os sexos, às
relações entre os pais e às relações entre homens e
mulheres;
•têm brincadeiras onde explorar estes interesses, como
brincar aos médicos e aos pais e ás mães( alguns
comportamentos exibicionistas e “voyeuristas” [espreitar]
podem surgir nesta idade.)
Freud deu particular importância a este
estádio por ser durante este período que as
crianças vão vivenciar o
Complexo de Édipo
(Édipo, na mitologia grega, sem ter consciência,
mata o pai, Laios, e casa com a mãe, Jocasta),
e por ser no fim desta etapa que a estrutura da
personalidade está formada com a existência do
superego.
Corresponde à atração
que o rapaz tem pela mãe,
a quem ele esteve sempre
ligado desde que nasceu,
e que agora é
diferentemente sentida.
A sexualidade, que era até
esta idade exclusivamente
auto-erótica, vai agora ser
investida nos pais.
Ele pode assim falar do
desejo de casar com a
mãe, mas, ao descobrir o
tipo de relação que liga os
seus progenitores, sente
rivalidade (por vezes com
expressões de
agressividade) com o
pai, que considera um
intruso.
O complexo de Édipo
O complexo de Édipo, na rapariga, é
uma triangulação relacional idêntica.
Complexo de Electra
( na mitologia grega , Electra, filha de
Agamémnon, instigou o irmão a matar a
mãe para se vingar por esta ter morto o
pai)
Uma importante diferença é que a
rapariga esteve desde sempre muito
ligada à mãe e, nesta idade , vai investir e
seduzir o pai. É mais difícil rivalizar com a
mãe porque receia perder o seu amor.
O complexo edipiano da
rapariga e do rapaz é
atravessado por
vivências tais como:
receios, angústias, o
medo fantasiado da
castração, agressividade
e culpabilidade.
Alguns destes complexos
passam-se de forma
invertida, isto é, a criança
investe sensualmente no
progenitor do mesmo sexo.
O complexo de Édipo é
ultrapassado pela renúncia
aos desejos sexuais pelos
pais e por um processo de
identificação com o
progenitor do mesmo sexo.
•Freud considera que a forma como
se resolve o complexo edipiano
influenciará a vida afetiva futura.
•A terceira instância do aparelho
psíquico, o superego, vai agora ser
constituída.
•O superego é uma instância com
funções morais. Estes não são os
pais reais, mas os
imaginários, isto
é, os idealizados
na infância.
Personalidade Fálica
Conflitos mal resolvidos podem provocar
formas prolongadas de ansiedade da
castração (meninos) e inveja do pénis
(meninas)
Acção constante para atrair o sexo oposto
Necessidade de reconhecimento e apreciação
contínuos
ESTÁDIO DE LATÊNCIA
(5/6 ANOS – PUBERDADE)
Após a vivência do complexo de Édipo, e com um
superego já formado, a criança entra numa fase
de latência.
Ela vai como que esquecer alguns acontecimentos
e sensações vividos nos primeiros anos de
sexualidade através de um processo que se
designa amnésia infantil.
O estádio de latência caracteriza-se por uma
diminuição da atividade sexual, que pode ser total
ou parcial.
• A criança pode, nesta
fase, de uma forma mais
calma e com mais
disponibilidade interior,
desenvolver
competências e fazer
aprendizagens diversas:
escolares, sociais e
culturais.
• Uma das grandes
aprendizagens é a
compreensão dos papéis
sexuais, isto é, o que é
ser mulher e ser homem,
na sociedade em que
vive.
• A vergonha, o pudor, o nojo,
a repugnância, são
sentimentos que contribuem
para controlar e reter a
libido. A existência do
superego vai manifestar-se
em preocupações morais.
• O ego tem mecanismos,
privilegiadamente
inconscientes que permitem
estruturar-se com o nova
organização face ás pulsões
do Id .
• O recalcamento, a projeção
e a sublimação são, entre
outros mecanismos de
defesa do ego.
• Para a psicanálise, a
adolescência vai reativar
uma sexualidade que
esteve como que
adormecida durante o
período da latência.
• Assim, retomam-se
algumas problemáticas
do estádio fálico, como o
complexo de Édipo.
• A puberdade traz
novas pulsões
sexuais genitais.
• Também o mundo
relacional do
adolescente é
alargado a pessoas
exteriores à família.
ESTÁDIO GENITAL (depois da
puberdade)
O adolescente vai reviver o complexo de
Édipo, e a sua liquidação está ligada a um
processo de autonomização dos
adolescentes em relação à família.
O adolescente poderá, assim, fazer
escolhas sexuais fora do mundo
familiar, bem como adaptar-se a um
conjunto de exigências socioculturais.
A fase Genital
• Começa na puberdade
• Amadurecimento fisiológico
• Adaptação às sanções e tabus
sociais em relação à expressão da
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• Busca de substitutos socialmente
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Freud e o inconsciente

  • 1. Freud e o Inconsciente Psicologia Ensino Profissional – 10.º Ano Prof.ª Isaura Silva
  • 3. • Consciente: contacto com o mundo exterior . Sensações e experiências das quais estamos cientes • Pré-consciente: lembranças, percepções e ideias das quais não estamos cientes no momento, mas que facilmente podem ser trazidas para a consciência • Inconsciente: foco da teoria psicanalítica, depósito de forças que não conseguimos ver ou controlar Primeira Tópica
  • 4. Estrutura da Personalidade: SUPEREGO EGO ID Imperativos morais Princípio do Prazer Princípio da Realidade Consciente Pré-consciente Inconsciente
  • 5. Segunda Tópica ID: Processos Primários Reservatório dos instintos e da libido, fonte da energia psíquica, opera de acordo com o princípio do prazer Diretamente relacionado com a satisfação das necessidades corporais Actua para aumentar o prazer e diminuir a tensão da necessidade Só conhece a gratificação instantânea Primitivo, amoral, insistente, impulsivo EGO: Processos secundários Razão ou racionalidade - mediação entre o id e a realidade Decide quando e como os instintos do id podem ser satisfeitos: momentos, lugares e objetos adequados Adia ou redireciona impulsos em função da realidade. Opera de acordo com o princípio da realidade SUPEREGO Conjunto de ordens ou crenças - conceito de certo/errado Inconsciente em grande parte Aspecto moral da personalidade - interiorização de valores e padrões da família e da sociedade Insistente no objetivo de inibir as demandas do id, especialmente as relativas ao sexo e à agressão
  • 6. ID
  • 7.
  • 8. “A criança é o pai do Homem.” Freud
  • 9. Para Freud, o desenvolvimento humano e a constituição do aparelho psíquico são explicados pela evolução da psicossexualidade. A sexualidade está integrada no nosso desenvolvimento desde o nascimento, evoluindo através de estádios, com predomínio de uma zona erógena, isto é, de uma região do corpo (epiderme ou mucosa) que, quando estimulada, dá prazer. Sexualidade e Desenvolvimento Cada estádio é marcado pelo confronto entre as pulsões sexuais (Libido, que em Latim significa desejo, sexualidade) e as forças que se lhe opõem.
  • 10. A Psicanálise foi a primeira corrente de psicologia a atribuir aos primeiros anos de vida uma importância fulcral na estruturação da personalidade. Dizer que a criança é o pai do Homem ilustra a importância da infância. Um dos conceitos mais importantes da teoria psicanalítica é a existência da Sexualidade Infantil. Esta sexualidade envolve todo o corpo, é pré-genital e não apenas genital e é, nos primeiros anos, autoerótica, isto é, a criança satisfaz-se com o seu próprio corpo.
  • 11. ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO Freud define e caracteriza cinco estádios de desenvolvimento psicossexual: Estádio Oral (0 – 12/18 meses) Estádio Anal (12/18 meses - 2/3 anos) Estádio Fálico (2/3 anos – 5/6 anos) Estádio de Latência (5/6 anos - puberdade) Estádio Genital (depois da puberdade)
  • 12. ESTÁDIO ORAL (0 – 12/18 meses) O ser humano nasce com Id, isto é, com um conjunto de pulsões inatas. O Ego forma-se, no primeiro ano de vida, de uma parte do Id que começa a ter características próprias. Estas formam-se pela consciência das perceções internas e externas que o bebé vai experienciando. São particularmente importantes as perceções visuais, auditivas e quinestésicas.
  • 13. O estádio Oral é constituído por um período em que a criança é muito passiva e dependente e outro, na época do desmame, em que a criança é mais ativa e pode mesmo morder o seio ou o biberão. O desmame corresponde a uma frustração que vai situar a criança em relação à realidade do mundo.
  • 14. Comportamento Oral • Ingerir • Estimulação da boca • Fixação: preocupação exagerada com atividades orais. • Ex: comer, beber, fumar, beijar. • Optimismo, confiança e dependência
  • 15. Comportamento Oral Agressivo ou Sádico • Ocorre durante o surgimento dos dentes • Sentimentos de amor e ódio pela mãe • Fixação: pessimismo, hostilidade, agressividade, contestação, sarcasmo, crueldade, inveja, exploração e manipulação das outras pessoas para dominá-las.
  • 16. ESTÁDIO ANAL (12/18 MESES - 2/3 ANOS) A maturação e o desenvolvimento psicomotor vão permitir à criança reter ou expulsar as fezes e a urina, no estádio anal. A zona erógena, nesta idade, é a região anal e a mucosa intestinal. A estimulação desta parte do corpo dá à criança prazer. Todavia, as contrações musculares podem provocar também dor, criando assim uma possível ambivalência entre estas duas emoções.
  • 17. Este período etário corresponde a uma fase em que a criança é mais autónoma, procurando afirmar-se e realizar as suas vontades. A ambivalência está também presente na forma como a criança hesita entre ceder ou opor-se às regras de higiene que a mãe exige. As relações interpessoais – com a mãe e com as outras pessoas – vão estabelecer-se neste contexto, daí a importância dada à forma como se educa a criança a ser asseada.
  • 18. • Treino dos hábitos de higiene: momento de conflito para todos os envolvidos • Efeitos significativos na personalidade • Interferência na satisfação de impulso instintivo: regulação da hora e local para a defecação • Aprendizagem do adiamento do prazer
  • 19. • Arma a ser utilizada na relação com os familiares: controle sobre algo que pode optar por agir ou não • Desafios às tentativas de regulação - pode ser desenvolvida uma “personalidade anal agressiva” ( hostilidade, sadismo, crueldade, possessividade) • Retenção das fezes - assegurar atenção e afeto - “personalidade anal retentora” - teimosia, poupança exagerada, preocupação com a ordem.
  • 20. ESTÁDIO FÁLICO (2/3 ANOS – 5/6 ANOS) No estádio fálico, a zona erógena é a região genital. •As crianças estão interessadas em questões do género: Como nascem os bebés; •Estão atentas às diferenças anatómicas entre os sexos, às relações entre os pais e às relações entre homens e mulheres; •têm brincadeiras onde explorar estes interesses, como brincar aos médicos e aos pais e ás mães( alguns comportamentos exibicionistas e “voyeuristas” [espreitar] podem surgir nesta idade.)
  • 21. Freud deu particular importância a este estádio por ser durante este período que as crianças vão vivenciar o Complexo de Édipo (Édipo, na mitologia grega, sem ter consciência, mata o pai, Laios, e casa com a mãe, Jocasta), e por ser no fim desta etapa que a estrutura da personalidade está formada com a existência do superego.
  • 22. Corresponde à atração que o rapaz tem pela mãe, a quem ele esteve sempre ligado desde que nasceu, e que agora é diferentemente sentida. A sexualidade, que era até esta idade exclusivamente auto-erótica, vai agora ser investida nos pais. Ele pode assim falar do desejo de casar com a mãe, mas, ao descobrir o tipo de relação que liga os seus progenitores, sente rivalidade (por vezes com expressões de agressividade) com o pai, que considera um intruso. O complexo de Édipo
  • 23. O complexo de Édipo, na rapariga, é uma triangulação relacional idêntica. Complexo de Electra ( na mitologia grega , Electra, filha de Agamémnon, instigou o irmão a matar a mãe para se vingar por esta ter morto o pai) Uma importante diferença é que a rapariga esteve desde sempre muito ligada à mãe e, nesta idade , vai investir e seduzir o pai. É mais difícil rivalizar com a mãe porque receia perder o seu amor.
  • 24. O complexo edipiano da rapariga e do rapaz é atravessado por vivências tais como: receios, angústias, o medo fantasiado da castração, agressividade e culpabilidade. Alguns destes complexos passam-se de forma invertida, isto é, a criança investe sensualmente no progenitor do mesmo sexo. O complexo de Édipo é ultrapassado pela renúncia aos desejos sexuais pelos pais e por um processo de identificação com o progenitor do mesmo sexo.
  • 25. •Freud considera que a forma como se resolve o complexo edipiano influenciará a vida afetiva futura. •A terceira instância do aparelho psíquico, o superego, vai agora ser constituída. •O superego é uma instância com funções morais. Estes não são os pais reais, mas os imaginários, isto é, os idealizados na infância.
  • 26. Personalidade Fálica Conflitos mal resolvidos podem provocar formas prolongadas de ansiedade da castração (meninos) e inveja do pénis (meninas) Acção constante para atrair o sexo oposto Necessidade de reconhecimento e apreciação contínuos
  • 27. ESTÁDIO DE LATÊNCIA (5/6 ANOS – PUBERDADE) Após a vivência do complexo de Édipo, e com um superego já formado, a criança entra numa fase de latência. Ela vai como que esquecer alguns acontecimentos e sensações vividos nos primeiros anos de sexualidade através de um processo que se designa amnésia infantil. O estádio de latência caracteriza-se por uma diminuição da atividade sexual, que pode ser total ou parcial.
  • 28. • A criança pode, nesta fase, de uma forma mais calma e com mais disponibilidade interior, desenvolver competências e fazer aprendizagens diversas: escolares, sociais e culturais. • Uma das grandes aprendizagens é a compreensão dos papéis sexuais, isto é, o que é ser mulher e ser homem, na sociedade em que vive. • A vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância, são sentimentos que contribuem para controlar e reter a libido. A existência do superego vai manifestar-se em preocupações morais. • O ego tem mecanismos, privilegiadamente inconscientes que permitem estruturar-se com o nova organização face ás pulsões do Id . • O recalcamento, a projeção e a sublimação são, entre outros mecanismos de defesa do ego.
  • 29. • Para a psicanálise, a adolescência vai reativar uma sexualidade que esteve como que adormecida durante o período da latência. • Assim, retomam-se algumas problemáticas do estádio fálico, como o complexo de Édipo. • A puberdade traz novas pulsões sexuais genitais. • Também o mundo relacional do adolescente é alargado a pessoas exteriores à família. ESTÁDIO GENITAL (depois da puberdade)
  • 30. O adolescente vai reviver o complexo de Édipo, e a sua liquidação está ligada a um processo de autonomização dos adolescentes em relação à família. O adolescente poderá, assim, fazer escolhas sexuais fora do mundo familiar, bem como adaptar-se a um conjunto de exigências socioculturais.
  • 31. A fase Genital • Começa na puberdade • Amadurecimento fisiológico • Adaptação às sanções e tabus sociais em relação à expressão da sexualidade • Busca de substitutos socialmente aceitos • Satisfação no amor e trabalho.