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Projeto de Aperfeiçoamento e Formação Profissional




Introdução à Cinesiologia e
Biomecânica




Abril, 2009
Aula N. 05
Cinesiologia X Biomecânica

Conceitos

» Cinesiologia: combinação 2 verbos,
  “Kinein”(mover) e”Logos” (estudar)
→Estudo do Movimento Humano

» Biomecânica: combinação de “bio” (vida) e
  “mecânica” (máquina)
→Estuda a ação das forças que agem sobre o
  corpo humano
Terminologia dos movimentos

» Flexão / extensão (hiperextensão)
» Abdução / adução
» Rotação interna e externa
» Pronação / supinação
» Cicundução
Tipos de contração muscular

→ Isométrica

→ Isotônica concêntrica

→ Isotônica excêntrica
Tipos de músculo quanto a função

» Agonista

» Antagonista

» Sinergista

» Estabilizador / Fixador
Movimentos Grosseiros do Corpo

Força Contínua (FC)

 É aplicada contra uma resistência
 contraindo, os músculos motores ou
 agonistas.

» Ex:
   » impulso da braçada na natação
   » aperto de mão
Movimentos Grosseiros do Corpo

Movimento Passivo (PAS)

 Movimento corporal sem contração
 muscular continuada.

» Divide-se:
  » Manipulação (MAN)
  » Movimento Inercial
  » Movimento Gravitacional
Movimentos Grosseiros do Corpo

PAS - Manipulação (MAN)

  A força motriz é outra pessoa, ou outra
  força externa que não a gravidade.

» Ex:
   » manipular as vértebras
   » levantar parceiro no balé ou patinação
Movimentos Grosseiros do Corpo

PAS - Movimento inercial (INER)

  Não há participação de uma contração
  muscular motriz.

» Ex:
   » a fase de deslizamento no estilo de peito
     em natação
   » componente horizontal do vôo livre
Movimentos Grosseiros do Corpo

PAS – Movimento gravitacional (GRAV) ou
  queda

  Resulta de uma força de aceleração
  constante com direção e magnitude.

» Ex:
   » queda livre
   » saltos de ginástica
Movimentos Grosseiros do Corpo

Movimento Balístico (BAL)

  É um movimento composto.
  1ª fase é força contínua (FC +) e a 2ª fase
  inercial (INER). A fase final é de
  desaceleração (FC -).

» Ex:
   » golpe de peteca
   » rebater bola beisebol
Movimentos Grosseiros do Corpo

Movimento Dirigido (DIR)

  Quando são necessárias uma grande
  precisão e firmeza, mas não força e
  velocidade.

» Ex:
   » arco e flecha
   » enfiar uma linha na agulha
Movimentos Grosseiros do Corpo

Movimento de equilíbrio dinâmico (ED)

  Os fusos musculares iniciam um serviço de
  autocontrole postural.

» Ex:
   » postura ereta fixa
Movimentos Grosseiros do Corpo

Movimento Oscilatório (OSC)

  O movimento é rapidamente invertido no
  final de cada excursão curta.

» Ex:
   » balançar objeto
   » João teimoso
Mecânica

» Mecânica (ou mecânica clássica), ramo da
  Física que se dedica ao estudo de forças em
  movimentos.

» Mecânica é a parte da física que estuda os
  movimentos dos corpos, tanto em movimento
  quanto em repouso.

» A Mecânica é a área da Física que estuda
  o movimento (também conhecida
  como Mecânica Clássica ou Mecânica de
  Newton, é a parte da Física que analisa
  os movimentos, as variações de energia e
  as forças que atuam sobre um corpo.
Mecânica

A mecânica se divide em:
  a) Estática - que considera os corpos num
     estado de equilíbrio estático
  b) Dinâmica - que estuda objetos em
     movimento acelerado

A dinâmica se subdivide em:
  a) Cinemática
  b) Cinética
Biomecânica

→A mecânica é uma área da física e da
 engenharia, que lida com a análise das
 forças que agem sobre um objeto. Seja
 para a manutenção deste ou de uma
 estrutura em um ponto fixo, como a
 descrição e a causa do movimento do
 mesmo.

→Biomecânica é a aplicação da mecânica aos
 organismos vivos, tecidos biológicos, aos
 corpos humanos e animais.
Cinemática

→ Ramo da mecânica que descreve o
  movimento sem se preocupar em analisar
  as causas deste movimento.
Cinemática

GRANDEZAS CINEMÁTICAS (lineares)

»   Posição (x,y,z) ----- referencial
»   Deslocamento
»   Velocidade
»   Aceleração
Cinemática

GRANDEZAS CINEMÁTICAS (angulares)

» Posição (em graus)
» Deslocamento angular
» Velocidade angular
» Aceleração angular
Cinética

» É um ramo da mecânica que lida com as
  forças que produzem, detêm ou modificam
  o movimento dos corpos inertes ou vivos.
» Ao aplicar a cinética, o cientista do
  movimento humano trabalha em especial
  com as forças exercidas pela:
   » Gravidade
   » Músculos
   » Fricção
   » Resistência Externa Adicional
Análise do movimento humano



             BIOMECÂNICA                             CINESIOLOGIA


    Cinemática                      Cinética         Anatomia funcional


Linear        Angular      Linear          Angular


Posição       Posição      Força           Torque
velocidade    velocidade
aceleração    aceleração
To be continued……




               Obrigado pela atenção
Músculos, alavancas e movimento rotatório
Músculos, alavancas e movimento rotatório


» Quando uma força é aplicada a um sistema
  que não está restrito em nenhum ponto,
  movimento acontece ao longo de uma
  linha reta: movimento linear.
Movimento linear

» Translação. Ocorre quando todos os pontos
  de um corpo ou objeto se movem à mesma
  distância ou a mesma direção.

  – Translação retilínea (linha reta)
  – Translação curvilínea (caminho curvo)
Movimento angular

» Rotação

» Ocorre quando todos os pontos de um
  corpo ou objeto movem-se em círculos em
  uma mesma linha central ou eixo fixo
Movimento angular

» Ossos estão unidos através das articulações, por
  isto quando um músclo contrai, suas inserções
  produzem rotação dos ossos associados ou
  segmentos corporais em torno do eixo de rotação
  desta articulação. Esta forma de movimento é
  chamado rotatório ou movimento angular.
Músculos, alavancas e movimento
rotatório

Uma alavanca é uma barra rígida que é capaz de mover-se
ao redor de um ponto fixo.

»Componentes de uma alavanca:

»Ponto fixo chamado Ponto de apoio (PA)
»Força ou Esforço (F ou E)
»Peso ou Resistência (P ou R)
»A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação
do esforço é chamada de Braço do Esforço.
»A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação
da resistência é chamada de Braço da Resistência.


 F ou E
                              PA                          P ou R

           Braço do esforço        Braço da resistência
Momento de força no corpo
humano
Alavancas

» Existem três Ordens ou Classes de
  alavancas, cada uma caracterizada pelas
  posições relativas do ponto de apoio,
  esforço e peso.

  » Alavancas interfixas – de equilíbrio
  » Alavancas inter-resistentes – de força ou
    de esforço
  » Alavancas interpontentes – de
    velocidade
Alavancas

» O trabalho é feito quando uma força ou esforço (F, E)
  aplicada num ponto na alavanca, agir sobre outra
  força ou peso (P, R), agindo num segundo ponto na
  alavanca.

» A alavanca é representada no corpo humano por um
  osso que pode movimentar-se ao redor de um ponto
  de apoio formado nas superfícies articulares;

» O esforço que faz a alavanca funcionar é fornecido
  pela força da contração muscular, aplicada no ponto
  de sua união ao osso, enquanto que a resistência
  pode estar tanto no centro de gravidade do
  segmento movimentado quanto na do objeto a ser
  transportado ou erguido.
Alavancas e Movimento

» Magnitude da força que um músculo pode transmitir
  depende do comprimento do seu:

   » BRAÇO de FORÇA (braço de ação).
   » BRAÇO de RESISTÊNCIA (braço de peso)

» Magnitudes das forças atuantes:
  » ‘força x braço de ação’
  » ‘peso x braço de resistência’

» produtos chamados de MOMENTOS de ROTAÇÃO
  (rotação da respectiva alavanca).
» POSIÇÃO de EQUILÍBRIO da ARTICULAÇÃO quando os 2
  momentos de rotação são iguais:

» ‘força x braço de ação’ = ‘peso x braço de resistência’
Torque

» “ Torque ou momento de força, é a
  grandeza física associada à possibilidade de
  rotação, em torno de um eixo(pólo),
  decorrente da aplicação de uma força em
  um corpo.”

» Torque é a tendência de uma força em girar
  um sistema de alavancas.

                   T=F x D
Torques ou Momentos



Resultado da
aplicação de uma
força a uma
determinada
distância de um
eixo de rotação,
produzindo
aceleração angular.
Tipos de Alavanca

» 1a classe:
» Alavanca Interfixa:
» O apoio situa-se entre a força e a
  resistência.
  Produz > velocidade e pouca força.
  Ex.: Tríceps.
Alavanca de 1º ordem

ALAVANCA INTERFIXA
ALAVANCA DE EQUILÍBRIO
→Caracterizada por apresentar o ponto de
  apoio entre o esforço e a resistência (peso);
  pode estar situado centralmente, ou na
  direção do esforço ou da resistência (peso),
  conseqüentemente, os braços do esforço e
  da resistência podem ser iguais, ou um
  pode ser maior que o outro em
  comprimento.
Alavancas do Corpo Humano


» Alavanca de 1ª Ordem: A característica desta ordem
  de alavancas é a estabilidade, e um estado de
  equilíbrio pode ser conseguido com ou sem vantagem
  mecânica.

» Um exemplo deste tipo de alavanca é demonstrado
  durante os movimentos com a cabeça; o crânio
  representa a alavanca; as articulações atlanto-
  occipitais, o ponto de apoio. A resistência está
  situada anteriormente (face e mandíbula, somando-
  se a força da gravidade); o esforço é fornecido pela
  contração dos músculos posteriores, na região
  cervical.

» Um outro exemplo está nos movimentos de
  inclinação posterior ou retroversão da pelve com
  apoio nas cabeças femurais.
Tipos de Alavanca

» 2a classe:
» Inter-resistente:
» A resistência situa-se entre o ponto de
  apoio e a força.
  Produz > força e pouca velocidade.
  Ex.: Mm. posteriores da perna.
Alavanca de 2º ordem

ALAVANCA INTERRESISTENTE
ALAVANCA DE FORÇA OU DE ESFORÇO
» Caracterizada por apresentar a resistência
  (peso) entre o ponto de apoio e o de esforço
  (força), e o braço do esforço deve, portanto,
  sempre exceder o braço de resistência em
  comprimento.

» BE > BR

» Este tipo de alavanca provavelmente não
  existe em sua forma pura no corpo humano, a
  não ser em movimentos que acontecem em
  uma corrente cinética fechada.
Alavancas do Corpo Humano

» Alavanca de 2ª Ordem: Esta é uma alavanca de força,
  onde sempre deverá haver uma vantagem mecânica.
  É um tipo de alavanca incomum no corpo humano.

» Um exemplo no membro inferior: quando os
  calcanhares são elevados do apoio para o indivíduo
  ficar na ponta dos pés (relevé). Os ossos do tarso e do
  metatarso são estabilizados para formarem a
  alavanca, o ponto de apoio está na articulação
  metatarsofalangeana, e o peso do corpo é
  transmitido através da articulação do tornozelo aos
  ossos do tarso. O esforço é aplicado na inserção do
  tendão calcâneo pela contração do tríceps-sural.

» No antebraço, a ação do músculo braquioradial na
  flexão do cotovelo pode ser tomada como outro
  exemplo de alavanca desta ordem.
Tipos de Alavanca

» 3a classe:
» Interpotente:
» A força é aplicada entre o ponto de apoio e
  a resistência.

  Ex.:Bíceps.
Alavanca de 3º ordem

» ALAVANCA INTERPOTENTE
» ALAVANCA DE VELOCIDADE
» Caracterizada por apresentar o esforço (força) entre
  o ponto de apoio e a resistência (peso), e o braço da
  resistência deve, portanto, exceder o braço do
  esforço em comprimento.

» A maioria dos músculos no corpo humano quando
  atuam em uma cadeia cinética aberta funcionam
  como uma alavanca de terceira ordem.

» Um exemplo é o músculo deltóide quando atua
  produzindo abdução do braço na articulação
  glenoumeral.
Alavancas do Corpo Humano

• Alavanca de 3ª Ordem: Este tipo de alavanca, na qual
  existe sempre uma desvantagem mecânica, é a alavanca
  de velocidade, onde a desvantagem em força é traduzida
  por uma vantagem em amplitude (alcance) e velocidade
  do movimento.

• Um exemplo é a alavanca no antebraço: o ponto de apoio
  está na articulação do cotovelo; o esforço é fornecido pela
  contração do músculo braquial, aplicado em sua inserção;
  e o peso é algum objeto seguro na mão. Nota-se que com
  uma pequena quantidade de esforço muscular podemos
  provocar um movimento muito mais rápido e amplo da
  extremidade do segmento.

• Outro exemplo, simples, é o da ação dos músculos
  isquiotibiais ao flexionar o joelho.

• Exemplos de todas as três ordens de alavancas são
  encontrados no corpo humano, mas as de 3ª ordem são
  as mais numerosas.
Tipos de alavancas
Fatores mecânicos que afetam a
força muscular

A magnitude da força gerada por um músculo
está relacionada, entre outras coisas, com sua
velocidade de encurtamento, com seu
comprimento e com seu ângulo de inserção.

  » Relação força x velocidade
  » Relação força x comprimento
  » Ângulo de inserção do músculo
Relação força x velocidade

→ A relação entre a força concêntrica
  produzida por um músculo e a velocidade
  com a qual ele encurta é inversa. Quando
  a resistência é alta, a velocidade de
  encurtamento deve ser relativamente
  baixa. Quando a resistência é baixa, a
  velocidade de encurtamento pode ser
  relativamente alta.
Relação força x velocidade

→ A relação força x velocidade não implica
  na impossibilidade de mover uma
  resistência elevada a uma velocidade alta
  nem de mover uma carga leve a uma
  velocidade baixa.
Relação força x velocidade

→ A relação força x velocidade indica que
  para uma determinada carga ou força
  muscular desejada existe uma velocidade
  máxima de encurtamento possível.
Relação força x velocidade

→ A relação entre a força excêntrica
  produzida por um músculo e a velocidade
  com a qual ele alonga apresenta um
  comportamento diferente. Em cargas
  menores que a isométrica máxima, a
  velocidade de estiramento é controlada
  voluntariamente. Em cargas maiores que a
  isométrica máxima, o músculo é forçado a
  estirar com velocidade proporcional à
  carga.
Relação força x velocidade
(concêntrica)
Relação força x comprimento

→ A força isométrica máxima que um
  músculo pode produzir depende em parte
  do seu comprimento. No corpo humano, o
  pico de geração de força acontece quando
  o músculo está levemente estirado.
Relação força x comprimento
Ângulo de inserção do músculo

» A força muscular aplicada a um segmento
  corporal é decomposta em duas
  componentes, cujos valores dependem do
  ângulo de inserção do músculo:

  » componente rotatória
  » componente de deslizamento
Componente rotatória

→ É a componente da força muscular que
  atua perpendicularmente ao eixo
  longitudinal do segmento. É a responsável
  pelo torque que possibilita o movimento
  de rotação do segmento em torno da
  articulação.
Componente de deslizamento

→ É a componente da força muscular que
  atua paralelamente ao eixo longitudinal
  do segmento. Dependendo do ângulo de
  inserção do músculo, tende a puxar o osso
  para fora do centro articular (componente
  deslocadora) ou empurrá-lo em direção
  ao centro articular (componente
  estabilizadora).
Componentes da força muscular
Ângulo de inserção do músculo

→ Quando o ângulo de inserção é agudo, a
  componente rotatória é pequena e a de
  deslizamento estabiliza a articulação. A
  componente rotatória aumenta até um
  valor máximo com um ângulo de inserção
  de 90º. A medida que este ângulo
  aumenta, a componente rotatória
  novamente diminui e a componente de
  deslizamento passa a puxar o osso para
  fora da articulação.
Ângulo de inserção do músculo
Ângulo de inserção do músculo

→ Como a componente rotatória é a
  responsável pelo torque na articulação,
  alterações no seu valor acarretam
  alterações no torque articular. O torque
  máximo na articulação ocorre quando o
  ângulo de inserção do músculo é 90º.

→ O torque máximo produzido na
  articulação do cotovelo ocorre quando
  braço e antebraço formam entre si
  aproximadamente 80º.
Potência muscular

→ Potência muscular é o produto da força
  muscular pela velocidade de
  encurtamento do músculo. Como as fibras
  CR desenvolvem tensão mais rapidamente
  que as CL, um músculo com maior
  percentagem de fibras CR é capaz de
  desenvolver maior potência.

→ A potência muscular máxima ocorre
  aproximadamente a um terço da
  velocidade máxima de encurtamento do
  músculo.
Relação potência x velocidade
EFEITO DA TEMPERATURA

À medida que a temperatura corporal se eleva,
a atividade dos músculos aumenta, provocando
um desvio na curva força x velocidade, com um
 valor mais alto de tensão isométrica máxima e
  uma velocidade de encurtamento muscular
  mais elevada para qualquer carga aplicada.
Estes efeitos provocam um aumento da tensão,
    da potência e da resistência musculares.
 A função muscular é mais eficiente a 38,5 Cº.
Componentes da força muscular

» Componentes rotatório e translatório
  resultantes da contração do bíceps
  braquial. Note que o componente rotatório
  é sempre perpendicular ao osso onde o
  músculo está inserido e o componente
  translatório é paralelo ao osso e aumenta a
  estabilidade do cotovelo (compressão)
  nesta situação.
Vantagem Mecânica

» Refere-se à vantagem que se obtém ao
  usar uma alavanca; permitindo que uma
  resistência possa ser vencida com menor
  esforço.

» A Vantagem mecânica é a proporção da
  Resistência ao Esforço, sendo expressa
  assim:

               V.M. = R / E
Vantagem Mecânica

» Quando o braço de resistência é igual ao
  braço do esforço, em comprimento, será
  necessário um esforço de magnitude igual à
  da resistência, para deslocá-la. Neste caso
  nenhuma vantagem é ganha, mas este tipo
  de máquina é útil para medir ou comparar
  pesos, como por exemplo, na balança
  comum.
Vantagem Mecânica

» Porém, se o comprimento do braço de
  esforço for maior do que o do braço da
  resistência, será necessário um menor
  esforço para conseguir o deslocamento do
  peso, e será ganha uma vantagem
  mecânica.

       E




                               R
Vantagem Mecânica

» Obteremos Vantagem Mecânica em
  alavancas de 1ª ordem quando o ponto de
  apoio está mais próximo da resistência do
  que do esforço, configurando um braço de
  esforço maior.
Vantagem Mecânica

» Também conseguimos Vantagem Mecânica
  em todas as alavancas de 2ª ordem.
Vantagem Mecânica

» A Vantagem Mecânica nunca é conseguida
  em alavancas de 3ª ordem, porque
  apresentam o braço da resistência maior
  do que o braço do esforço.




                              R


             F
Vantagem Mecânica

» Nas alavancas onde encontramos o braço
  da resistência maior do que o braço do
  esforço observa-se uma Desvantagem
  Mecânica, como nas alavancas de 1ª
  ordem, quando o ponto de apoio está mais
  perto do esforço do que da resistência, e
  em todas as alavancas de 3ª ordem.


        E

                               R
Vantagem Mecânica

» Quando levantamos um membro inferior,
  considerar o peso deste membro é vital, e é o
  torque produzido pelo peso desta perna que deve
  ser superado pelos músculos do quadril em
  ordem a poder realizar o movimento.(grand
  battement)

» Nos membros do corpo humano a prevalência das
  alavancas de terceira classe representam uma
  desvantagem e tem importantes implicações para
  predisposição de lesões.

» Contudo, este tipo de arranjamento promove
  uma maior amplitude de movimento no fim da
  alavanca e uma potencial vantagem em termos
  de velocidade do segmento distal.
Conclusões

» Um sistema de alavancas é o meio pelo qual o corpo
  humano consegue movimento e elasticidade.

» O conhecimento dos princípios das alavancas também é
  necessário para que se compreenda o método de
  progressão no fortalecimento de músculos.

» Conforme a força do músculo aumenta, a resistência ou
  peso que devem ser superados também devem ser
  aumentados, até o momento que nenhuma progressão
  posterior seja possível ou desejada.

» Como as inserções de músculos que constituem fatores de
  esforços estão situadas em pontos fixos em relação às
  articulações, os únicos fatores capazes de variação são o
  peso e sua distância do ponto de apoio. Pode-se,
  portanto, aplicar resistência adicional à ação muscular,
  tanto pelo aumento do peso a ser superado quanto pelo
  aumento do comprimento do braço da resistência ou
  peso. Refere-se, geralmente, ao aumento do
  comprimento do braço da resistência como aumento da
To be continued……
Cadeia Cinética Aberta

» Movimenta-se livremente o segmento
  distal
Cadeia Cinética Fechada

» Movimento em cadeia fechada é realizado
  quando o segmento distal da extremidade
  é fixo.
Comparação

» Cadeia cinética fechada exerce mais forças
  compressivas, enquanto cadeia cinética
  aberta exerce forças de desgaste,

» CCA = Estão mais próximos das atividades
  da vida diária,

» Movimentos em CCF usa várias articulações
  enquanto movimentos de cadeia aberta
  usa apenas uma única articulação,

» CCF = Trabalha vários grupos musculares
  simultaneamente ao invés de concentrar
  em apenas um grupo.
Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.

» Músculos podem cruzar uma ou mais
  articulações.

» O número de articulações que um músculo
  cruza tem grande influência para
  contribuição no movimento do mesmo.

» Um músculo biarticular tem ambos os seus
  tendões puxados ao mesmo tempo
  (indiscriminadamente) em direção ao seu
  ventre, resultando na tendência de causar
  movimento em ambas articulações.
Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.

» Existe vantagem quando ambos os
  movimentos são desejados

» Ex: grand-batment:

» Reto da coxa – flexionar o quadril +
  estender o joelho.
Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.

» Usando uma função do músculo
  concentricamente e a outra
  excentricamente ao mesmo tempo pode
  também oferecer uma vantagem para
  músculos biarticulares.
» Ex. Passè (reto da coxa)
» Concêntrico: flexão do quadril
» Excêntrico: flexão do joelho
» Esta combinação alonga o reto da coxa na
  área do joelho enquanto encurta na área
  do quadril.
Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.

» Exemplos de músculos que cruzam mais de
  uma articulação:

  – Sartório
  – Tensor da fáscia lata
  – Isquiotibiais
  – Gastrocnêmio
  – Cabeça longa do bíceps braquial
Ciclo alongamento/encurtamento

→ O ciclo alongamento-encurtamento (CAE)
  é um mecanismo fisiológico que tem
  como função aumentar a eficiência
  mecânica e, em conseqüência, o
  desempenho motor de um gesto atlético.

→ O CAE ocorre quando as ações musculares
  excêntricas são seguidas imediatamente
  por uma explosiva ação concêntrica.
Ciclo alongamento/encurtamento

→ O CAE é regulada, essencialmente, pela
  quantidade do padrão de ativação
  nervosa dos músculos envolvidos, pela
  quantidade de energia elástica
  armazenada e pelo equilíbrio entre os
  fatores nervosos facilitadores e inibidores
  da contração muscular.
→ Os componentes elásticos em série
  (pontes cruzadas e os tendões) são
  aqueles pertinentes à apreciação da
  geração de energia elástica presentes no
  CAE
Ciclo alongamento/encurtamento

→ Quando ocorre a passagem da fase
  excêntrica para a concêntrica, os músculos
  podem utilizar parte desta energia
  rapidamente, aumentando a geração de
  força na fase subseqüente, com menor
  gasto metabólico e maior eficiência
  mecânica.
Ciclo alongamento/encurtamento

→ Em pulos rápidos e pequenos com os dois
  pés, foi calculado que apenas 40% da
  força foi resultado da contração
  concêntrica, enquanto aproximadamente
  60% da força foi conseqüência deste fator
  elástico e outros fatores.
Ciclo alongamento/encurtamento

» Em dança um rápido demi-pliè antes de um
  salto.
» O grande glúteo, isquiotibiais, quadríceps
  femoral e músculos da panturrilha
  trabalham excentricamente na fase
  descendente do pliè e concentricamene na
  fase do salto.
» Para otimizar o uso desta propriedade o
  pré-alongamento deve ser de relativa
  pequena magnitude, aplicado rapidamente,
  com demora mínima e sem pausa ou
  relaxamento do músculo ao fim do
  alongamento.
Insuficiência muscular ativa e
passiva

» Embora, músculos multiarticulares tenham
  uma vantagem em termos de eficiência,
  eles carregam em si uma desvantagem em
  termos de permitir amplitude articular
  total, tanto passiva quanto ativa.

» Insuficiência ativa acontece quando
  contração ativa de um músculo é incapaz
  de produzir tanta amplitude articular
  quanto poderia se ativado por uma força
  externa.
Insuficiência muscular ativa e
passiva

» Esta limitação se deve ao fato de que uma
  fibra muscular, em geral, pode encurtar
  apenas cerca de metade de seu
  comprimento.
» Developè: flexão do quadril + extensão do
  joelho.
» Insuficiência passiva acontece quando a
  amplitude articular de um movimento
  através do alongamento ativo ou passivo
  de um músculo biarticualr vai além de sua
  capacidade de estensibilidade.
» Pé na mão: isquitibiais (flexão do quadril +
  extensão do joelho.
Insuficiência muscular ativa e
passiva
Paradoxo de Lombard

» É a "atividade de um músculo biarticular
  quando o torque necessário numa articulação
  está na direção oposta ao causado pelo
  músculo".

» Pode ser bem observado no movimento de
  levantar da cadeira, onde ocorre contração do
  quadríceps na extensão do joelho e contração
  dos isqiotibiais na extensão do quadril.
» O torque extensor do quadril pelos
  isquiotibiais é maior que o torque flexor do
  quadril pelo reto femoral, e o torque extensor
  do joelho pelo quadríceps é maior que o
  torque flexor do joelho causado pelos
  isquiotibiais.
Paradoxo de Lombard

→ O raciocínio lógico que se tem num
  primeiro momento é que esses grupos
  musculares se neutralizassem
  mutuamente, anulando qualquer
  possibilidade de movimentos nas
  articulações dos joelhos e quadril. “Esta
  situação, aparentemente contraditória, é
  conhecida como o Paradoxo de Lombard”
  (Rasch/Burke 1977, 348).
Força muscular

A regulação da força muscular é dependente
de:

•Tensão desenvolvida por cada fibra muscular
  – Freqüência dos potenciais de ação
  – Comprimento da fibra
  – Diâmetro da fibra
  – Fadiga muscular
•Número de fibras ativas
  – Número de fibras por unidade motora
  – Número de unidades motoras recrutadas
Recrutamento

» O impulso nervoso desloca-se através da
  unidade motora na forma de um potencial de
  ação.

» Despolarização, repolarização e
  hiperpolarização.

» O padrão de recrutamento das unidades
  motoras se dá dos motoneurônios pequenos
  para os motoneurônios grandes, dos lentos
  para os rápidos, de pequena força para muita
  força e de músculos resistentes à fadiga para
  músculos fatigáveis.
Fibras musculares
                Unidade motora tipo 1: fibras oxidativas lentas




                       Unidade motora tipo 2: fibras oxidativas rápidas


        Unidade motora tipo 3: fibras glicolíticas rápidas
Tensão muscular total
  Tensão muscular total




                                                       Tempo
                          Unidade Unidade Unidade
                          motora 1 motora 2 motora 3
Potencial de ação
Impulso nervoso
Graduação da força – freqüência de
        disparos


        120
                  Fasciculação
                  Somação Temporal
        100       Tetania



        80
T (g)




        60


        40


        20


         0
              0    100     200       300   400      500       600   700   800   900   1000
                                                 Tempo (ms)
Sistema Nervoso

Organização geral do sistema nervoso – critério
morfológico

•Sistema nervoso central  O encéfalo
corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais),
diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e
tronco cefálico (que se divide em: BULBO, situado
caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente;
e PONTE, situada entre ambos).
•Sistema nervoso periférico  sistema nervoso
voluntário, sistema nervoso autônomo (simpático e
parassimpático).
Sistema Nervoso



                                 -Cérebro

                    Encéfalo     -Cerebelo
                                              -Mesencéfalo
• Sistema Nervoso                -Tronco      -Ponte
                                 encefálico
      Central                                 -Bulbo
                    Medula Espinhal


                                - Cranianos
                    Nervos
                                - Espinhais
• Sistema Nervoso
                    Gânglios
     Periférico
                    Terminações nervosas
Sistema Nervoso

Critério Funcional

• Sistema Nervoso Somático (SNS) – Vida de
  relação: Relaciona o organismo com as
  variações do meio externo.
• Sistema Nervoso Visceral (SNV) – Vida
  vegetativa: Relaciona o organismo com as
  variações do meio interno.
Sistema Nervoso

Organização morfofuncional

• Vias aferentes: trazem informações ao sistema
  nervoso central.
• Vias eferentes: levam a resposta elaborada ao
  órgão efetuador da resposta (músculo ou
  glândula).
• Vias de associação: analisam as informações,
  armazenam-nas sob a forma de memória,
  elaboram padrões de resposta ou geram
  respostas espontâneas. Quanto mais neurônios
  de associação, mais refinada será a resposta.
Sistema Nervoso Central
Sistema Nervoso Central
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periférico

Nervos cranianos
Somestesia

» Somestesia (do latim soma, que quer dizer
  corpo e aesthesia, que significa
  sensibilidade) é a capacidade que homens e
  animais tem de receber informações sobre
  as diferentes partes do seu corpo. Essas
  informações podem ser referentes ao meio
  ambiente ou ao próprio corpo do animal e
  nem todas se tornam conscientes.
Somestesia

O sistema somestésico divide-se em um subsistema
epicrítico e um protopático.

   – Sistema epicrítico - É preciso, rápido,
     discriminativo e apresenta uma representação
     espacial detalhada. Sub-modalidades, Tato fino-
     Percepção das características dos objetos que
     tocam a pele. Propriocepção consciente- Localizar
     a posição e movimento das diferentes partes do
     corpo sem utilizar a visão.

   – Sistema protopático - É grosseiro, lento e
     impreciso. Sub-modalidades Termossensibilidade-
     Percepção da temperatura do ambiente e de
     objetos. Dor- Percepção de estímulos fortes e
     capazes de lesar o organismo.
TIPOS DE RECEPTORES:


Receptores articulares musculares e
tendinosos

•Detectam alterações de tensão e posição
das estruturas na qual estão localizados:

  – ângulo articular,
  – velocidade de movimento articular,
  – tração articular,
  – contração muscular e
  – força da contração muscular.
Propriocepção

» Propriocepção é o sentido que faz com que
  nosso cérebro desenvolva um mapa interno
  do corpo de modo que possamos fazer
  atividades sem precisar monitorar tudo
  visualmente o tempo todo;

» Assim como nossos olhos e ouvidos
  mandam informação sobre o que vemos e
  ouvimos para o cérebro, partes dos nossos
  músculos e articulações percebem a
  posição do nosso corpo e mandam essa
  informação para o cérebro.
» Dependemos dessa informação para saber
  exatamente onde as partes do nosso corpo
  estão e para planejar movimentos.
Receptores sensoriais:

1. Exteroceptores: detectam estímulos
   externos que afetam o sistema e incluem,
   olhos, orelhas, receptores da pele.

2. Proprioceptores: detectam estímulos
   gerados pelo próprio sistema, tais como
   variáveis mecânicas da ativação muscular;
   estão envolvidos no controle do
   movimento.
Receptores sensoriais:

Outros receptores:
  – Mecanorreceptores: deformação
     mecânica
  – Termorreceptores: alterações de
     temperatura
  – Nociceptores: Dor
  – Receptores eletromagnéticos: Luz sobre
     retina
  – Quimiorreceptores: Paladar, olfato,
     nível de O2 Sangue arterial, [ ] de CO2.
Receptores articulares

» São encontrados nas cápsulas e ligamentos
  articulares.

» São estimulados a partir da deformação.

» A informação destes receptores articulares
  notifica continuamente o SNC sobre a
  angulação momentânea e a velocidade do
  movimento da articulação.

» Receptores articulares enviam informações
  proprioceptivas ao SNC, mantendo-o
  informado sobre a posição articular, isso faz
  com o tônus postural seja mantido e ocorra
  coordenação dos movimentos.
Receptores articulares

Receptores de tipo I – Ruffini


» Pequenos mecanoreceptores localizados nas camadas
  profundas das cápsulas articulares.
» Fornecem informações acerca das mudanças na posição
  articular.
» É um mecanorreceptor estático e dinâmico, dependendo da
  posição, pressão intra-articular, e dos movimentos articulares
  (ativos e passivos).
» Sua adaptação é lenta, sendo ativado em todas as posições
  articulares, mesmo com a articulação em repouso. Podem ser
  ativados também por tato e pressão.
» Contribuem para dar o “sentido” de posição articular, a direção
  dos movimentos, as alterações da pressão atmosférica
Receptores articulares

Receptores de tipo II – Pacinni

» Grandes e localizam-se nas camadas
  periféricas das cápsulas articulares, no tecido
  adiposo intra-articular e extra-articular.
» Fornecem informações sobre a velocidade do
  movimento. É um mecanorreceptor dinâmico.
» Sua adaptação é rápida e inativa em repouso.
  E estimulado por estímulos mecânicos rápidos
  e repetitivos.
» Apenas são estimulados quando a articulação
  é submetida a uma mudança brusca de
  movimento e por um tempo reduzido.
Receptores articulares

Receptores de tipo III - Terminações de
Golgi

»Localizam-se nos ligamentos intra-
articulares e extra-articulares das articulações
periféricas. E um mecanorreceptor dinâmico.

»Dão informações sobre o sentido de posição
articular e são sensíveis à tração longitudinal
permanente.

»Sua adaptação é lenta. E estimulado com
movimentos externos ativos ou passivos.
Receptores articulares

Tipo IV – terminações nervosas livres

» São encontrados nas cápsulas articulares.
  Fornecem informações dolorosas a nível
  dos tecidos articulares.

» Sua adaptação é lenta. E ativado pelas
  deformações mecânicas.
Receptores musculares

Fusos neuromusculares  São encontrados nos
músculos esqueléticos.

•Sinalizam o comprimento do músculo e a
velocidade do movimento. Detectam as
modificações no comprimento das fibras
musculares extrafusais pela contração e enviam
essas informações para o SNC onde se geram
reflexos para manter a postura do corpo e
regulam as contrações dos músculos envolvidos
nas atividades motoras.
Receptores musculares

• As fibras intrafusais do fuso neuromuscular são envoltas
  por terminações nervosas anuloespirais. Quando há
  alongamento ou estiramento dessas fibras, as
  terminações nervosas sofrem deformações e são ativadas.
  Dai essa informação de deformação passa pelas fibras
  nervosas aferentes que fazem sinapse com os grandes
  neurônios motores do corno anterior da medula, chegam
  a área somestésica e voltam através dos neurônios
  eferentes. O estímulo é transmitido as fibras extrafusais,
  através das placas motoras, que então se contraem. A
  esse fenômeno chamamos de reflexo miotátíco

• O encurtamento do músculo como um todo alivia o
  estiramento dos fusos musculares, removendo, portanto
  o estimulo dos receptores.
Receptores tendinosos

Órgão tendinoso de Golgi (OTG)

• Situam-se dentro dos tendões, próximos do
  ponto de fixação das fibras musculares.


• Algumas fibras se conectam diretamente
  com o OTO, que é estimulado pela tensão
  produzida por esse feixe de fibras, ou seja,
  quando há estiramento do tendão (ou
  contração muscular).
Receptores tendinosos

» A chegada destes impulsos aferentes na
  medula excita os interneurônios inibitórios,
  que por sua vez inibem os neurônios
  motores do músculo em contração,
  limitando assim a força desenvolvida e que
  será maior que a tolerada pelos tecidos que
  estão sendo estirados. Neste ponto agem
  como "disjuntores" do músculo. Esse fato é
  chamado de reflexo miotático inverso
Órgão tendinoso de Golgi (OTG)

» Em casos de lesões os receptores podem
  estar alterados, causando desequilíbrios.

» Devido à posição antálgica, adquirida como
  um mecanismo pessoal de proteção, há
  formação de engrama sensorial patológico.
  Deve-se prevenir este engrama patológico
  Essa articulação deve ser trabalhada o mais
  rápido possível para a formação de um
  novo engrama sadio. Isto pode ser feito
  através de exercícios proprioceptivos que
  através dos desequilíbrios estimulam os
  receptores a enviarem informações ao
  cérebro para que este envie respostas
  motoras na tentativa de equilibrar o corpo.
Órgão tendinoso de Golgi (OTG)

• Este ciclo equilíbrio/desequilíbrio atuará na
  formação da "memória do movimento".

• No SNC a informação é integrada com as
  que vêm dos órgãos sensoriais: retina e
  aparelho vestibular. Esses sentidos são
  usados para ajustar a localização, tipo,
  número e freqüência de ativação das
  unidades motoras, de tal modo que uma
  apropriada tensão muscular seja
  desenvolvida para efetuar os movimentos
  desejados.
Artrocinemática

Quando uma articulação se move 3
movimentos podem ocorrer:

  1. Rolamento ou Balanço;

  2. Deslizamento ou Escorregamento;

  3. Rotação ou Giro.

  Movimentos acessórios
Artrocinemática


           Rotação ou giro




                       Deslizamento ou escorregamento




                     Rolamento ou balanço
Artrocinemática
Posição de Ajuste Máximo e
Ajuste Frouxo

» Ajuste Máximo: as superfícies articulares
  ajustam-se perfeitamente em apenas uma
  posição da articulação.
  Máximo contato entre as superfícies; os
  ligg estão sob > tensão;
  as estruturas articulares estão esticadas e a
  art. está mecanicamente comprimida e é
  difícil tracionar.

» Ajuste Frouxo: todas as outras posições
Rolamento e Deslizamento
Rolamento, Deslizamento e
Rotação
Rotação
Muito Obrigado


Até a próxima……….

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Introdução à Cinesiologia e Biomecânica

  • 1. Compassos Cia de Danças Projeto de Aperfeiçoamento e Formação Profissional Introdução à Cinesiologia e Biomecânica Abril, 2009 Aula N. 05
  • 2. Cinesiologia X Biomecânica Conceitos » Cinesiologia: combinação 2 verbos, “Kinein”(mover) e”Logos” (estudar) →Estudo do Movimento Humano » Biomecânica: combinação de “bio” (vida) e “mecânica” (máquina) →Estuda a ação das forças que agem sobre o corpo humano
  • 3. Terminologia dos movimentos » Flexão / extensão (hiperextensão) » Abdução / adução » Rotação interna e externa » Pronação / supinação » Cicundução
  • 4. Tipos de contração muscular → Isométrica → Isotônica concêntrica → Isotônica excêntrica
  • 5. Tipos de músculo quanto a função » Agonista » Antagonista » Sinergista » Estabilizador / Fixador
  • 6. Movimentos Grosseiros do Corpo Força Contínua (FC) É aplicada contra uma resistência contraindo, os músculos motores ou agonistas. » Ex: » impulso da braçada na natação » aperto de mão
  • 7. Movimentos Grosseiros do Corpo Movimento Passivo (PAS) Movimento corporal sem contração muscular continuada. » Divide-se: » Manipulação (MAN) » Movimento Inercial » Movimento Gravitacional
  • 8. Movimentos Grosseiros do Corpo PAS - Manipulação (MAN) A força motriz é outra pessoa, ou outra força externa que não a gravidade. » Ex: » manipular as vértebras » levantar parceiro no balé ou patinação
  • 9. Movimentos Grosseiros do Corpo PAS - Movimento inercial (INER) Não há participação de uma contração muscular motriz. » Ex: » a fase de deslizamento no estilo de peito em natação » componente horizontal do vôo livre
  • 10. Movimentos Grosseiros do Corpo PAS – Movimento gravitacional (GRAV) ou queda Resulta de uma força de aceleração constante com direção e magnitude. » Ex: » queda livre » saltos de ginástica
  • 11. Movimentos Grosseiros do Corpo Movimento Balístico (BAL) É um movimento composto. 1ª fase é força contínua (FC +) e a 2ª fase inercial (INER). A fase final é de desaceleração (FC -). » Ex: » golpe de peteca » rebater bola beisebol
  • 12. Movimentos Grosseiros do Corpo Movimento Dirigido (DIR) Quando são necessárias uma grande precisão e firmeza, mas não força e velocidade. » Ex: » arco e flecha » enfiar uma linha na agulha
  • 13. Movimentos Grosseiros do Corpo Movimento de equilíbrio dinâmico (ED) Os fusos musculares iniciam um serviço de autocontrole postural. » Ex: » postura ereta fixa
  • 14. Movimentos Grosseiros do Corpo Movimento Oscilatório (OSC) O movimento é rapidamente invertido no final de cada excursão curta. » Ex: » balançar objeto » João teimoso
  • 15. Mecânica » Mecânica (ou mecânica clássica), ramo da Física que se dedica ao estudo de forças em movimentos. » Mecânica é a parte da física que estuda os movimentos dos corpos, tanto em movimento quanto em repouso. » A Mecânica é a área da Física que estuda o movimento (também conhecida como Mecânica Clássica ou Mecânica de Newton, é a parte da Física que analisa os movimentos, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo.
  • 16. Mecânica A mecânica se divide em: a) Estática - que considera os corpos num estado de equilíbrio estático b) Dinâmica - que estuda objetos em movimento acelerado A dinâmica se subdivide em: a) Cinemática b) Cinética
  • 17. Biomecânica →A mecânica é uma área da física e da engenharia, que lida com a análise das forças que agem sobre um objeto. Seja para a manutenção deste ou de uma estrutura em um ponto fixo, como a descrição e a causa do movimento do mesmo. →Biomecânica é a aplicação da mecânica aos organismos vivos, tecidos biológicos, aos corpos humanos e animais.
  • 18. Cinemática → Ramo da mecânica que descreve o movimento sem se preocupar em analisar as causas deste movimento.
  • 19. Cinemática GRANDEZAS CINEMÁTICAS (lineares) » Posição (x,y,z) ----- referencial » Deslocamento » Velocidade » Aceleração
  • 20. Cinemática GRANDEZAS CINEMÁTICAS (angulares) » Posição (em graus) » Deslocamento angular » Velocidade angular » Aceleração angular
  • 21. Cinética » É um ramo da mecânica que lida com as forças que produzem, detêm ou modificam o movimento dos corpos inertes ou vivos. » Ao aplicar a cinética, o cientista do movimento humano trabalha em especial com as forças exercidas pela: » Gravidade » Músculos » Fricção » Resistência Externa Adicional
  • 22. Análise do movimento humano BIOMECÂNICA CINESIOLOGIA Cinemática Cinética Anatomia funcional Linear Angular Linear Angular Posição Posição Força Torque velocidade velocidade aceleração aceleração
  • 23. To be continued…… Obrigado pela atenção
  • 24. Músculos, alavancas e movimento rotatório
  • 25. Músculos, alavancas e movimento rotatório » Quando uma força é aplicada a um sistema que não está restrito em nenhum ponto, movimento acontece ao longo de uma linha reta: movimento linear.
  • 26. Movimento linear » Translação. Ocorre quando todos os pontos de um corpo ou objeto se movem à mesma distância ou a mesma direção. – Translação retilínea (linha reta) – Translação curvilínea (caminho curvo)
  • 27. Movimento angular » Rotação » Ocorre quando todos os pontos de um corpo ou objeto movem-se em círculos em uma mesma linha central ou eixo fixo
  • 28. Movimento angular » Ossos estão unidos através das articulações, por isto quando um músclo contrai, suas inserções produzem rotação dos ossos associados ou segmentos corporais em torno do eixo de rotação desta articulação. Esta forma de movimento é chamado rotatório ou movimento angular.
  • 29. Músculos, alavancas e movimento rotatório Uma alavanca é uma barra rígida que é capaz de mover-se ao redor de um ponto fixo. »Componentes de uma alavanca: »Ponto fixo chamado Ponto de apoio (PA) »Força ou Esforço (F ou E) »Peso ou Resistência (P ou R) »A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação do esforço é chamada de Braço do Esforço. »A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação da resistência é chamada de Braço da Resistência. F ou E PA P ou R Braço do esforço Braço da resistência
  • 30. Momento de força no corpo humano
  • 31. Alavancas » Existem três Ordens ou Classes de alavancas, cada uma caracterizada pelas posições relativas do ponto de apoio, esforço e peso. » Alavancas interfixas – de equilíbrio » Alavancas inter-resistentes – de força ou de esforço » Alavancas interpontentes – de velocidade
  • 32. Alavancas » O trabalho é feito quando uma força ou esforço (F, E) aplicada num ponto na alavanca, agir sobre outra força ou peso (P, R), agindo num segundo ponto na alavanca. » A alavanca é representada no corpo humano por um osso que pode movimentar-se ao redor de um ponto de apoio formado nas superfícies articulares; » O esforço que faz a alavanca funcionar é fornecido pela força da contração muscular, aplicada no ponto de sua união ao osso, enquanto que a resistência pode estar tanto no centro de gravidade do segmento movimentado quanto na do objeto a ser transportado ou erguido.
  • 33. Alavancas e Movimento » Magnitude da força que um músculo pode transmitir depende do comprimento do seu: » BRAÇO de FORÇA (braço de ação). » BRAÇO de RESISTÊNCIA (braço de peso) » Magnitudes das forças atuantes: » ‘força x braço de ação’ » ‘peso x braço de resistência’ » produtos chamados de MOMENTOS de ROTAÇÃO (rotação da respectiva alavanca). » POSIÇÃO de EQUILÍBRIO da ARTICULAÇÃO quando os 2 momentos de rotação são iguais: » ‘força x braço de ação’ = ‘peso x braço de resistência’
  • 34. Torque » “ Torque ou momento de força, é a grandeza física associada à possibilidade de rotação, em torno de um eixo(pólo), decorrente da aplicação de uma força em um corpo.” » Torque é a tendência de uma força em girar um sistema de alavancas. T=F x D
  • 35. Torques ou Momentos Resultado da aplicação de uma força a uma determinada distância de um eixo de rotação, produzindo aceleração angular.
  • 36. Tipos de Alavanca » 1a classe: » Alavanca Interfixa: » O apoio situa-se entre a força e a resistência. Produz > velocidade e pouca força. Ex.: Tríceps.
  • 37. Alavanca de 1º ordem ALAVANCA INTERFIXA ALAVANCA DE EQUILÍBRIO →Caracterizada por apresentar o ponto de apoio entre o esforço e a resistência (peso); pode estar situado centralmente, ou na direção do esforço ou da resistência (peso), conseqüentemente, os braços do esforço e da resistência podem ser iguais, ou um pode ser maior que o outro em comprimento.
  • 38. Alavancas do Corpo Humano » Alavanca de 1ª Ordem: A característica desta ordem de alavancas é a estabilidade, e um estado de equilíbrio pode ser conseguido com ou sem vantagem mecânica. » Um exemplo deste tipo de alavanca é demonstrado durante os movimentos com a cabeça; o crânio representa a alavanca; as articulações atlanto- occipitais, o ponto de apoio. A resistência está situada anteriormente (face e mandíbula, somando- se a força da gravidade); o esforço é fornecido pela contração dos músculos posteriores, na região cervical. » Um outro exemplo está nos movimentos de inclinação posterior ou retroversão da pelve com apoio nas cabeças femurais.
  • 39. Tipos de Alavanca » 2a classe: » Inter-resistente: » A resistência situa-se entre o ponto de apoio e a força. Produz > força e pouca velocidade. Ex.: Mm. posteriores da perna.
  • 40. Alavanca de 2º ordem ALAVANCA INTERRESISTENTE ALAVANCA DE FORÇA OU DE ESFORÇO » Caracterizada por apresentar a resistência (peso) entre o ponto de apoio e o de esforço (força), e o braço do esforço deve, portanto, sempre exceder o braço de resistência em comprimento. » BE > BR » Este tipo de alavanca provavelmente não existe em sua forma pura no corpo humano, a não ser em movimentos que acontecem em uma corrente cinética fechada.
  • 41. Alavancas do Corpo Humano » Alavanca de 2ª Ordem: Esta é uma alavanca de força, onde sempre deverá haver uma vantagem mecânica. É um tipo de alavanca incomum no corpo humano. » Um exemplo no membro inferior: quando os calcanhares são elevados do apoio para o indivíduo ficar na ponta dos pés (relevé). Os ossos do tarso e do metatarso são estabilizados para formarem a alavanca, o ponto de apoio está na articulação metatarsofalangeana, e o peso do corpo é transmitido através da articulação do tornozelo aos ossos do tarso. O esforço é aplicado na inserção do tendão calcâneo pela contração do tríceps-sural. » No antebraço, a ação do músculo braquioradial na flexão do cotovelo pode ser tomada como outro exemplo de alavanca desta ordem.
  • 42. Tipos de Alavanca » 3a classe: » Interpotente: » A força é aplicada entre o ponto de apoio e a resistência. Ex.:Bíceps.
  • 43. Alavanca de 3º ordem » ALAVANCA INTERPOTENTE » ALAVANCA DE VELOCIDADE » Caracterizada por apresentar o esforço (força) entre o ponto de apoio e a resistência (peso), e o braço da resistência deve, portanto, exceder o braço do esforço em comprimento. » A maioria dos músculos no corpo humano quando atuam em uma cadeia cinética aberta funcionam como uma alavanca de terceira ordem. » Um exemplo é o músculo deltóide quando atua produzindo abdução do braço na articulação glenoumeral.
  • 44. Alavancas do Corpo Humano • Alavanca de 3ª Ordem: Este tipo de alavanca, na qual existe sempre uma desvantagem mecânica, é a alavanca de velocidade, onde a desvantagem em força é traduzida por uma vantagem em amplitude (alcance) e velocidade do movimento. • Um exemplo é a alavanca no antebraço: o ponto de apoio está na articulação do cotovelo; o esforço é fornecido pela contração do músculo braquial, aplicado em sua inserção; e o peso é algum objeto seguro na mão. Nota-se que com uma pequena quantidade de esforço muscular podemos provocar um movimento muito mais rápido e amplo da extremidade do segmento. • Outro exemplo, simples, é o da ação dos músculos isquiotibiais ao flexionar o joelho. • Exemplos de todas as três ordens de alavancas são encontrados no corpo humano, mas as de 3ª ordem são as mais numerosas.
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  • 48. Fatores mecânicos que afetam a força muscular A magnitude da força gerada por um músculo está relacionada, entre outras coisas, com sua velocidade de encurtamento, com seu comprimento e com seu ângulo de inserção. » Relação força x velocidade » Relação força x comprimento » Ângulo de inserção do músculo
  • 49. Relação força x velocidade → A relação entre a força concêntrica produzida por um músculo e a velocidade com a qual ele encurta é inversa. Quando a resistência é alta, a velocidade de encurtamento deve ser relativamente baixa. Quando a resistência é baixa, a velocidade de encurtamento pode ser relativamente alta.
  • 50. Relação força x velocidade → A relação força x velocidade não implica na impossibilidade de mover uma resistência elevada a uma velocidade alta nem de mover uma carga leve a uma velocidade baixa.
  • 51. Relação força x velocidade → A relação força x velocidade indica que para uma determinada carga ou força muscular desejada existe uma velocidade máxima de encurtamento possível.
  • 52. Relação força x velocidade → A relação entre a força excêntrica produzida por um músculo e a velocidade com a qual ele alonga apresenta um comportamento diferente. Em cargas menores que a isométrica máxima, a velocidade de estiramento é controlada voluntariamente. Em cargas maiores que a isométrica máxima, o músculo é forçado a estirar com velocidade proporcional à carga.
  • 53. Relação força x velocidade (concêntrica)
  • 54. Relação força x comprimento → A força isométrica máxima que um músculo pode produzir depende em parte do seu comprimento. No corpo humano, o pico de geração de força acontece quando o músculo está levemente estirado.
  • 55. Relação força x comprimento
  • 56. Ângulo de inserção do músculo » A força muscular aplicada a um segmento corporal é decomposta em duas componentes, cujos valores dependem do ângulo de inserção do músculo: » componente rotatória » componente de deslizamento
  • 57. Componente rotatória → É a componente da força muscular que atua perpendicularmente ao eixo longitudinal do segmento. É a responsável pelo torque que possibilita o movimento de rotação do segmento em torno da articulação.
  • 58. Componente de deslizamento → É a componente da força muscular que atua paralelamente ao eixo longitudinal do segmento. Dependendo do ângulo de inserção do músculo, tende a puxar o osso para fora do centro articular (componente deslocadora) ou empurrá-lo em direção ao centro articular (componente estabilizadora).
  • 60. Ângulo de inserção do músculo → Quando o ângulo de inserção é agudo, a componente rotatória é pequena e a de deslizamento estabiliza a articulação. A componente rotatória aumenta até um valor máximo com um ângulo de inserção de 90º. A medida que este ângulo aumenta, a componente rotatória novamente diminui e a componente de deslizamento passa a puxar o osso para fora da articulação.
  • 61. Ângulo de inserção do músculo
  • 62. Ângulo de inserção do músculo → Como a componente rotatória é a responsável pelo torque na articulação, alterações no seu valor acarretam alterações no torque articular. O torque máximo na articulação ocorre quando o ângulo de inserção do músculo é 90º. → O torque máximo produzido na articulação do cotovelo ocorre quando braço e antebraço formam entre si aproximadamente 80º.
  • 63. Potência muscular → Potência muscular é o produto da força muscular pela velocidade de encurtamento do músculo. Como as fibras CR desenvolvem tensão mais rapidamente que as CL, um músculo com maior percentagem de fibras CR é capaz de desenvolver maior potência. → A potência muscular máxima ocorre aproximadamente a um terço da velocidade máxima de encurtamento do músculo.
  • 64. Relação potência x velocidade
  • 65. EFEITO DA TEMPERATURA À medida que a temperatura corporal se eleva, a atividade dos músculos aumenta, provocando um desvio na curva força x velocidade, com um valor mais alto de tensão isométrica máxima e uma velocidade de encurtamento muscular mais elevada para qualquer carga aplicada. Estes efeitos provocam um aumento da tensão, da potência e da resistência musculares. A função muscular é mais eficiente a 38,5 Cº.
  • 66. Componentes da força muscular » Componentes rotatório e translatório resultantes da contração do bíceps braquial. Note que o componente rotatório é sempre perpendicular ao osso onde o músculo está inserido e o componente translatório é paralelo ao osso e aumenta a estabilidade do cotovelo (compressão) nesta situação.
  • 67. Vantagem Mecânica » Refere-se à vantagem que se obtém ao usar uma alavanca; permitindo que uma resistência possa ser vencida com menor esforço. » A Vantagem mecânica é a proporção da Resistência ao Esforço, sendo expressa assim: V.M. = R / E
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  • 69. Vantagem Mecânica » Quando o braço de resistência é igual ao braço do esforço, em comprimento, será necessário um esforço de magnitude igual à da resistência, para deslocá-la. Neste caso nenhuma vantagem é ganha, mas este tipo de máquina é útil para medir ou comparar pesos, como por exemplo, na balança comum.
  • 70. Vantagem Mecânica » Porém, se o comprimento do braço de esforço for maior do que o do braço da resistência, será necessário um menor esforço para conseguir o deslocamento do peso, e será ganha uma vantagem mecânica. E R
  • 71. Vantagem Mecânica » Obteremos Vantagem Mecânica em alavancas de 1ª ordem quando o ponto de apoio está mais próximo da resistência do que do esforço, configurando um braço de esforço maior.
  • 72. Vantagem Mecânica » Também conseguimos Vantagem Mecânica em todas as alavancas de 2ª ordem.
  • 73. Vantagem Mecânica » A Vantagem Mecânica nunca é conseguida em alavancas de 3ª ordem, porque apresentam o braço da resistência maior do que o braço do esforço. R F
  • 74. Vantagem Mecânica » Nas alavancas onde encontramos o braço da resistência maior do que o braço do esforço observa-se uma Desvantagem Mecânica, como nas alavancas de 1ª ordem, quando o ponto de apoio está mais perto do esforço do que da resistência, e em todas as alavancas de 3ª ordem. E R
  • 75. Vantagem Mecânica » Quando levantamos um membro inferior, considerar o peso deste membro é vital, e é o torque produzido pelo peso desta perna que deve ser superado pelos músculos do quadril em ordem a poder realizar o movimento.(grand battement) » Nos membros do corpo humano a prevalência das alavancas de terceira classe representam uma desvantagem e tem importantes implicações para predisposição de lesões. » Contudo, este tipo de arranjamento promove uma maior amplitude de movimento no fim da alavanca e uma potencial vantagem em termos de velocidade do segmento distal.
  • 76. Conclusões » Um sistema de alavancas é o meio pelo qual o corpo humano consegue movimento e elasticidade. » O conhecimento dos princípios das alavancas também é necessário para que se compreenda o método de progressão no fortalecimento de músculos. » Conforme a força do músculo aumenta, a resistência ou peso que devem ser superados também devem ser aumentados, até o momento que nenhuma progressão posterior seja possível ou desejada. » Como as inserções de músculos que constituem fatores de esforços estão situadas em pontos fixos em relação às articulações, os únicos fatores capazes de variação são o peso e sua distância do ponto de apoio. Pode-se, portanto, aplicar resistência adicional à ação muscular, tanto pelo aumento do peso a ser superado quanto pelo aumento do comprimento do braço da resistência ou peso. Refere-se, geralmente, ao aumento do comprimento do braço da resistência como aumento da
  • 78. Cadeia Cinética Aberta » Movimenta-se livremente o segmento distal
  • 79. Cadeia Cinética Fechada » Movimento em cadeia fechada é realizado quando o segmento distal da extremidade é fixo.
  • 80. Comparação » Cadeia cinética fechada exerce mais forças compressivas, enquanto cadeia cinética aberta exerce forças de desgaste, » CCA = Estão mais próximos das atividades da vida diária, » Movimentos em CCF usa várias articulações enquanto movimentos de cadeia aberta usa apenas uma única articulação, » CCF = Trabalha vários grupos musculares simultaneamente ao invés de concentrar em apenas um grupo.
  • 81. Considerações especiais sobre músculos multiarticulares. » Músculos podem cruzar uma ou mais articulações. » O número de articulações que um músculo cruza tem grande influência para contribuição no movimento do mesmo. » Um músculo biarticular tem ambos os seus tendões puxados ao mesmo tempo (indiscriminadamente) em direção ao seu ventre, resultando na tendência de causar movimento em ambas articulações.
  • 82. Considerações especiais sobre músculos multiarticulares. » Existe vantagem quando ambos os movimentos são desejados » Ex: grand-batment: » Reto da coxa – flexionar o quadril + estender o joelho.
  • 83. Considerações especiais sobre músculos multiarticulares. » Usando uma função do músculo concentricamente e a outra excentricamente ao mesmo tempo pode também oferecer uma vantagem para músculos biarticulares. » Ex. Passè (reto da coxa) » Concêntrico: flexão do quadril » Excêntrico: flexão do joelho » Esta combinação alonga o reto da coxa na área do joelho enquanto encurta na área do quadril.
  • 84. Considerações especiais sobre músculos multiarticulares. » Exemplos de músculos que cruzam mais de uma articulação: – Sartório – Tensor da fáscia lata – Isquiotibiais – Gastrocnêmio – Cabeça longa do bíceps braquial
  • 85. Ciclo alongamento/encurtamento → O ciclo alongamento-encurtamento (CAE) é um mecanismo fisiológico que tem como função aumentar a eficiência mecânica e, em conseqüência, o desempenho motor de um gesto atlético. → O CAE ocorre quando as ações musculares excêntricas são seguidas imediatamente por uma explosiva ação concêntrica.
  • 86. Ciclo alongamento/encurtamento → O CAE é regulada, essencialmente, pela quantidade do padrão de ativação nervosa dos músculos envolvidos, pela quantidade de energia elástica armazenada e pelo equilíbrio entre os fatores nervosos facilitadores e inibidores da contração muscular. → Os componentes elásticos em série (pontes cruzadas e os tendões) são aqueles pertinentes à apreciação da geração de energia elástica presentes no CAE
  • 87. Ciclo alongamento/encurtamento → Quando ocorre a passagem da fase excêntrica para a concêntrica, os músculos podem utilizar parte desta energia rapidamente, aumentando a geração de força na fase subseqüente, com menor gasto metabólico e maior eficiência mecânica.
  • 88. Ciclo alongamento/encurtamento → Em pulos rápidos e pequenos com os dois pés, foi calculado que apenas 40% da força foi resultado da contração concêntrica, enquanto aproximadamente 60% da força foi conseqüência deste fator elástico e outros fatores.
  • 89. Ciclo alongamento/encurtamento » Em dança um rápido demi-pliè antes de um salto. » O grande glúteo, isquiotibiais, quadríceps femoral e músculos da panturrilha trabalham excentricamente na fase descendente do pliè e concentricamene na fase do salto. » Para otimizar o uso desta propriedade o pré-alongamento deve ser de relativa pequena magnitude, aplicado rapidamente, com demora mínima e sem pausa ou relaxamento do músculo ao fim do alongamento.
  • 90. Insuficiência muscular ativa e passiva » Embora, músculos multiarticulares tenham uma vantagem em termos de eficiência, eles carregam em si uma desvantagem em termos de permitir amplitude articular total, tanto passiva quanto ativa. » Insuficiência ativa acontece quando contração ativa de um músculo é incapaz de produzir tanta amplitude articular quanto poderia se ativado por uma força externa.
  • 91. Insuficiência muscular ativa e passiva » Esta limitação se deve ao fato de que uma fibra muscular, em geral, pode encurtar apenas cerca de metade de seu comprimento. » Developè: flexão do quadril + extensão do joelho. » Insuficiência passiva acontece quando a amplitude articular de um movimento através do alongamento ativo ou passivo de um músculo biarticualr vai além de sua capacidade de estensibilidade. » Pé na mão: isquitibiais (flexão do quadril + extensão do joelho.
  • 93. Paradoxo de Lombard » É a "atividade de um músculo biarticular quando o torque necessário numa articulação está na direção oposta ao causado pelo músculo". » Pode ser bem observado no movimento de levantar da cadeira, onde ocorre contração do quadríceps na extensão do joelho e contração dos isqiotibiais na extensão do quadril. » O torque extensor do quadril pelos isquiotibiais é maior que o torque flexor do quadril pelo reto femoral, e o torque extensor do joelho pelo quadríceps é maior que o torque flexor do joelho causado pelos isquiotibiais.
  • 94. Paradoxo de Lombard → O raciocínio lógico que se tem num primeiro momento é que esses grupos musculares se neutralizassem mutuamente, anulando qualquer possibilidade de movimentos nas articulações dos joelhos e quadril. “Esta situação, aparentemente contraditória, é conhecida como o Paradoxo de Lombard” (Rasch/Burke 1977, 348).
  • 95. Força muscular A regulação da força muscular é dependente de: •Tensão desenvolvida por cada fibra muscular – Freqüência dos potenciais de ação – Comprimento da fibra – Diâmetro da fibra – Fadiga muscular •Número de fibras ativas – Número de fibras por unidade motora – Número de unidades motoras recrutadas
  • 96. Recrutamento » O impulso nervoso desloca-se através da unidade motora na forma de um potencial de ação. » Despolarização, repolarização e hiperpolarização. » O padrão de recrutamento das unidades motoras se dá dos motoneurônios pequenos para os motoneurônios grandes, dos lentos para os rápidos, de pequena força para muita força e de músculos resistentes à fadiga para músculos fatigáveis.
  • 97. Fibras musculares Unidade motora tipo 1: fibras oxidativas lentas Unidade motora tipo 2: fibras oxidativas rápidas Unidade motora tipo 3: fibras glicolíticas rápidas
  • 98. Tensão muscular total Tensão muscular total Tempo Unidade Unidade Unidade motora 1 motora 2 motora 3
  • 101. Graduação da força – freqüência de disparos 120 Fasciculação Somação Temporal 100 Tetania 80 T (g) 60 40 20 0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Tempo (ms)
  • 102. Sistema Nervoso Organização geral do sistema nervoso – critério morfológico •Sistema nervoso central  O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico (que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos). •Sistema nervoso periférico  sistema nervoso voluntário, sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).
  • 103. Sistema Nervoso -Cérebro Encéfalo -Cerebelo -Mesencéfalo • Sistema Nervoso -Tronco -Ponte encefálico Central -Bulbo Medula Espinhal - Cranianos Nervos - Espinhais • Sistema Nervoso Gânglios Periférico Terminações nervosas
  • 104. Sistema Nervoso Critério Funcional • Sistema Nervoso Somático (SNS) – Vida de relação: Relaciona o organismo com as variações do meio externo. • Sistema Nervoso Visceral (SNV) – Vida vegetativa: Relaciona o organismo com as variações do meio interno.
  • 105. Sistema Nervoso Organização morfofuncional • Vias aferentes: trazem informações ao sistema nervoso central. • Vias eferentes: levam a resposta elaborada ao órgão efetuador da resposta (músculo ou glândula). • Vias de associação: analisam as informações, armazenam-nas sob a forma de memória, elaboram padrões de resposta ou geram respostas espontâneas. Quanto mais neurônios de associação, mais refinada será a resposta.
  • 109.
  • 111. Somestesia » Somestesia (do latim soma, que quer dizer corpo e aesthesia, que significa sensibilidade) é a capacidade que homens e animais tem de receber informações sobre as diferentes partes do seu corpo. Essas informações podem ser referentes ao meio ambiente ou ao próprio corpo do animal e nem todas se tornam conscientes.
  • 112. Somestesia O sistema somestésico divide-se em um subsistema epicrítico e um protopático. – Sistema epicrítico - É preciso, rápido, discriminativo e apresenta uma representação espacial detalhada. Sub-modalidades, Tato fino- Percepção das características dos objetos que tocam a pele. Propriocepção consciente- Localizar a posição e movimento das diferentes partes do corpo sem utilizar a visão. – Sistema protopático - É grosseiro, lento e impreciso. Sub-modalidades Termossensibilidade- Percepção da temperatura do ambiente e de objetos. Dor- Percepção de estímulos fortes e capazes de lesar o organismo.
  • 113. TIPOS DE RECEPTORES: Receptores articulares musculares e tendinosos •Detectam alterações de tensão e posição das estruturas na qual estão localizados: – ângulo articular, – velocidade de movimento articular, – tração articular, – contração muscular e – força da contração muscular.
  • 114. Propriocepção » Propriocepção é o sentido que faz com que nosso cérebro desenvolva um mapa interno do corpo de modo que possamos fazer atividades sem precisar monitorar tudo visualmente o tempo todo; » Assim como nossos olhos e ouvidos mandam informação sobre o que vemos e ouvimos para o cérebro, partes dos nossos músculos e articulações percebem a posição do nosso corpo e mandam essa informação para o cérebro. » Dependemos dessa informação para saber exatamente onde as partes do nosso corpo estão e para planejar movimentos.
  • 115.
  • 116. Receptores sensoriais: 1. Exteroceptores: detectam estímulos externos que afetam o sistema e incluem, olhos, orelhas, receptores da pele. 2. Proprioceptores: detectam estímulos gerados pelo próprio sistema, tais como variáveis mecânicas da ativação muscular; estão envolvidos no controle do movimento.
  • 117. Receptores sensoriais: Outros receptores: – Mecanorreceptores: deformação mecânica – Termorreceptores: alterações de temperatura – Nociceptores: Dor – Receptores eletromagnéticos: Luz sobre retina – Quimiorreceptores: Paladar, olfato, nível de O2 Sangue arterial, [ ] de CO2.
  • 118. Receptores articulares » São encontrados nas cápsulas e ligamentos articulares. » São estimulados a partir da deformação. » A informação destes receptores articulares notifica continuamente o SNC sobre a angulação momentânea e a velocidade do movimento da articulação. » Receptores articulares enviam informações proprioceptivas ao SNC, mantendo-o informado sobre a posição articular, isso faz com o tônus postural seja mantido e ocorra coordenação dos movimentos.
  • 119. Receptores articulares Receptores de tipo I – Ruffini » Pequenos mecanoreceptores localizados nas camadas profundas das cápsulas articulares. » Fornecem informações acerca das mudanças na posição articular. » É um mecanorreceptor estático e dinâmico, dependendo da posição, pressão intra-articular, e dos movimentos articulares (ativos e passivos). » Sua adaptação é lenta, sendo ativado em todas as posições articulares, mesmo com a articulação em repouso. Podem ser ativados também por tato e pressão. » Contribuem para dar o “sentido” de posição articular, a direção dos movimentos, as alterações da pressão atmosférica
  • 120. Receptores articulares Receptores de tipo II – Pacinni » Grandes e localizam-se nas camadas periféricas das cápsulas articulares, no tecido adiposo intra-articular e extra-articular. » Fornecem informações sobre a velocidade do movimento. É um mecanorreceptor dinâmico. » Sua adaptação é rápida e inativa em repouso. E estimulado por estímulos mecânicos rápidos e repetitivos. » Apenas são estimulados quando a articulação é submetida a uma mudança brusca de movimento e por um tempo reduzido.
  • 121. Receptores articulares Receptores de tipo III - Terminações de Golgi »Localizam-se nos ligamentos intra- articulares e extra-articulares das articulações periféricas. E um mecanorreceptor dinâmico. »Dão informações sobre o sentido de posição articular e são sensíveis à tração longitudinal permanente. »Sua adaptação é lenta. E estimulado com movimentos externos ativos ou passivos.
  • 122. Receptores articulares Tipo IV – terminações nervosas livres » São encontrados nas cápsulas articulares. Fornecem informações dolorosas a nível dos tecidos articulares. » Sua adaptação é lenta. E ativado pelas deformações mecânicas.
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  • 125. Receptores musculares Fusos neuromusculares  São encontrados nos músculos esqueléticos. •Sinalizam o comprimento do músculo e a velocidade do movimento. Detectam as modificações no comprimento das fibras musculares extrafusais pela contração e enviam essas informações para o SNC onde se geram reflexos para manter a postura do corpo e regulam as contrações dos músculos envolvidos nas atividades motoras.
  • 126. Receptores musculares • As fibras intrafusais do fuso neuromuscular são envoltas por terminações nervosas anuloespirais. Quando há alongamento ou estiramento dessas fibras, as terminações nervosas sofrem deformações e são ativadas. Dai essa informação de deformação passa pelas fibras nervosas aferentes que fazem sinapse com os grandes neurônios motores do corno anterior da medula, chegam a área somestésica e voltam através dos neurônios eferentes. O estímulo é transmitido as fibras extrafusais, através das placas motoras, que então se contraem. A esse fenômeno chamamos de reflexo miotátíco • O encurtamento do músculo como um todo alivia o estiramento dos fusos musculares, removendo, portanto o estimulo dos receptores.
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  • 130. Receptores tendinosos Órgão tendinoso de Golgi (OTG) • Situam-se dentro dos tendões, próximos do ponto de fixação das fibras musculares. • Algumas fibras se conectam diretamente com o OTO, que é estimulado pela tensão produzida por esse feixe de fibras, ou seja, quando há estiramento do tendão (ou contração muscular).
  • 131. Receptores tendinosos » A chegada destes impulsos aferentes na medula excita os interneurônios inibitórios, que por sua vez inibem os neurônios motores do músculo em contração, limitando assim a força desenvolvida e que será maior que a tolerada pelos tecidos que estão sendo estirados. Neste ponto agem como "disjuntores" do músculo. Esse fato é chamado de reflexo miotático inverso
  • 132. Órgão tendinoso de Golgi (OTG) » Em casos de lesões os receptores podem estar alterados, causando desequilíbrios. » Devido à posição antálgica, adquirida como um mecanismo pessoal de proteção, há formação de engrama sensorial patológico. Deve-se prevenir este engrama patológico Essa articulação deve ser trabalhada o mais rápido possível para a formação de um novo engrama sadio. Isto pode ser feito através de exercícios proprioceptivos que através dos desequilíbrios estimulam os receptores a enviarem informações ao cérebro para que este envie respostas motoras na tentativa de equilibrar o corpo.
  • 133. Órgão tendinoso de Golgi (OTG) • Este ciclo equilíbrio/desequilíbrio atuará na formação da "memória do movimento". • No SNC a informação é integrada com as que vêm dos órgãos sensoriais: retina e aparelho vestibular. Esses sentidos são usados para ajustar a localização, tipo, número e freqüência de ativação das unidades motoras, de tal modo que uma apropriada tensão muscular seja desenvolvida para efetuar os movimentos desejados.
  • 134.
  • 135. Artrocinemática Quando uma articulação se move 3 movimentos podem ocorrer: 1. Rolamento ou Balanço; 2. Deslizamento ou Escorregamento; 3. Rotação ou Giro. Movimentos acessórios
  • 136. Artrocinemática Rotação ou giro Deslizamento ou escorregamento Rolamento ou balanço
  • 138. Posição de Ajuste Máximo e Ajuste Frouxo » Ajuste Máximo: as superfícies articulares ajustam-se perfeitamente em apenas uma posição da articulação. Máximo contato entre as superfícies; os ligg estão sob > tensão; as estruturas articulares estão esticadas e a art. está mecanicamente comprimida e é difícil tracionar. » Ajuste Frouxo: todas as outras posições
  • 142. Muito Obrigado Até a próxima……….