O documento discute conceitos fundamentais de cinesiologia e biomecânica, incluindo os tipos de contração muscular, tipos de movimento corporal e alavancas. Também aborda conceitos mecânicos como cinemática, cinética e torque, e como esses conceitos se aplicam à análise do movimento humano.
Pele e Ossos: Um olhar contemporâneo para o movimento
Introdução à Cinesiologia e Biomecânica
1. Compassos Cia de Danças
Projeto de Aperfeiçoamento e Formação Profissional
Introdução à Cinesiologia e
Biomecânica
Abril, 2009
Aula N. 05
2. Cinesiologia X Biomecânica
Conceitos
» Cinesiologia: combinação 2 verbos,
“Kinein”(mover) e”Logos” (estudar)
→Estudo do Movimento Humano
» Biomecânica: combinação de “bio” (vida) e
“mecânica” (máquina)
→Estuda a ação das forças que agem sobre o
corpo humano
5. Tipos de músculo quanto a função
» Agonista
» Antagonista
» Sinergista
» Estabilizador / Fixador
6. Movimentos Grosseiros do Corpo
Força Contínua (FC)
É aplicada contra uma resistência
contraindo, os músculos motores ou
agonistas.
» Ex:
» impulso da braçada na natação
» aperto de mão
7. Movimentos Grosseiros do Corpo
Movimento Passivo (PAS)
Movimento corporal sem contração
muscular continuada.
» Divide-se:
» Manipulação (MAN)
» Movimento Inercial
» Movimento Gravitacional
8. Movimentos Grosseiros do Corpo
PAS - Manipulação (MAN)
A força motriz é outra pessoa, ou outra
força externa que não a gravidade.
» Ex:
» manipular as vértebras
» levantar parceiro no balé ou patinação
9. Movimentos Grosseiros do Corpo
PAS - Movimento inercial (INER)
Não há participação de uma contração
muscular motriz.
» Ex:
» a fase de deslizamento no estilo de peito
em natação
» componente horizontal do vôo livre
10. Movimentos Grosseiros do Corpo
PAS – Movimento gravitacional (GRAV) ou
queda
Resulta de uma força de aceleração
constante com direção e magnitude.
» Ex:
» queda livre
» saltos de ginástica
11. Movimentos Grosseiros do Corpo
Movimento Balístico (BAL)
É um movimento composto.
1ª fase é força contínua (FC +) e a 2ª fase
inercial (INER). A fase final é de
desaceleração (FC -).
» Ex:
» golpe de peteca
» rebater bola beisebol
12. Movimentos Grosseiros do Corpo
Movimento Dirigido (DIR)
Quando são necessárias uma grande
precisão e firmeza, mas não força e
velocidade.
» Ex:
» arco e flecha
» enfiar uma linha na agulha
13. Movimentos Grosseiros do Corpo
Movimento de equilíbrio dinâmico (ED)
Os fusos musculares iniciam um serviço de
autocontrole postural.
» Ex:
» postura ereta fixa
14. Movimentos Grosseiros do Corpo
Movimento Oscilatório (OSC)
O movimento é rapidamente invertido no
final de cada excursão curta.
» Ex:
» balançar objeto
» João teimoso
15. Mecânica
» Mecânica (ou mecânica clássica), ramo da
Física que se dedica ao estudo de forças em
movimentos.
» Mecânica é a parte da física que estuda os
movimentos dos corpos, tanto em movimento
quanto em repouso.
» A Mecânica é a área da Física que estuda
o movimento (também conhecida
como Mecânica Clássica ou Mecânica de
Newton, é a parte da Física que analisa
os movimentos, as variações de energia e
as forças que atuam sobre um corpo.
16. Mecânica
A mecânica se divide em:
a) Estática - que considera os corpos num
estado de equilíbrio estático
b) Dinâmica - que estuda objetos em
movimento acelerado
A dinâmica se subdivide em:
a) Cinemática
b) Cinética
17. Biomecânica
→A mecânica é uma área da física e da
engenharia, que lida com a análise das
forças que agem sobre um objeto. Seja
para a manutenção deste ou de uma
estrutura em um ponto fixo, como a
descrição e a causa do movimento do
mesmo.
→Biomecânica é a aplicação da mecânica aos
organismos vivos, tecidos biológicos, aos
corpos humanos e animais.
18. Cinemática
→ Ramo da mecânica que descreve o
movimento sem se preocupar em analisar
as causas deste movimento.
21. Cinética
» É um ramo da mecânica que lida com as
forças que produzem, detêm ou modificam
o movimento dos corpos inertes ou vivos.
» Ao aplicar a cinética, o cientista do
movimento humano trabalha em especial
com as forças exercidas pela:
» Gravidade
» Músculos
» Fricção
» Resistência Externa Adicional
22. Análise do movimento humano
BIOMECÂNICA CINESIOLOGIA
Cinemática Cinética Anatomia funcional
Linear Angular Linear Angular
Posição Posição Força Torque
velocidade velocidade
aceleração aceleração
25. Músculos, alavancas e movimento rotatório
» Quando uma força é aplicada a um sistema
que não está restrito em nenhum ponto,
movimento acontece ao longo de uma
linha reta: movimento linear.
26. Movimento linear
» Translação. Ocorre quando todos os pontos
de um corpo ou objeto se movem à mesma
distância ou a mesma direção.
– Translação retilínea (linha reta)
– Translação curvilínea (caminho curvo)
27. Movimento angular
» Rotação
» Ocorre quando todos os pontos de um
corpo ou objeto movem-se em círculos em
uma mesma linha central ou eixo fixo
28. Movimento angular
» Ossos estão unidos através das articulações, por
isto quando um músclo contrai, suas inserções
produzem rotação dos ossos associados ou
segmentos corporais em torno do eixo de rotação
desta articulação. Esta forma de movimento é
chamado rotatório ou movimento angular.
29. Músculos, alavancas e movimento
rotatório
Uma alavanca é uma barra rígida que é capaz de mover-se
ao redor de um ponto fixo.
»Componentes de uma alavanca:
»Ponto fixo chamado Ponto de apoio (PA)
»Força ou Esforço (F ou E)
»Peso ou Resistência (P ou R)
»A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação
do esforço é chamada de Braço do Esforço.
»A distância entre o ponto de apoio e o ponto de aplicação
da resistência é chamada de Braço da Resistência.
F ou E
PA P ou R
Braço do esforço Braço da resistência
31. Alavancas
» Existem três Ordens ou Classes de
alavancas, cada uma caracterizada pelas
posições relativas do ponto de apoio,
esforço e peso.
» Alavancas interfixas – de equilíbrio
» Alavancas inter-resistentes – de força ou
de esforço
» Alavancas interpontentes – de
velocidade
32. Alavancas
» O trabalho é feito quando uma força ou esforço (F, E)
aplicada num ponto na alavanca, agir sobre outra
força ou peso (P, R), agindo num segundo ponto na
alavanca.
» A alavanca é representada no corpo humano por um
osso que pode movimentar-se ao redor de um ponto
de apoio formado nas superfícies articulares;
» O esforço que faz a alavanca funcionar é fornecido
pela força da contração muscular, aplicada no ponto
de sua união ao osso, enquanto que a resistência
pode estar tanto no centro de gravidade do
segmento movimentado quanto na do objeto a ser
transportado ou erguido.
33. Alavancas e Movimento
» Magnitude da força que um músculo pode transmitir
depende do comprimento do seu:
» BRAÇO de FORÇA (braço de ação).
» BRAÇO de RESISTÊNCIA (braço de peso)
» Magnitudes das forças atuantes:
» ‘força x braço de ação’
» ‘peso x braço de resistência’
» produtos chamados de MOMENTOS de ROTAÇÃO
(rotação da respectiva alavanca).
» POSIÇÃO de EQUILÍBRIO da ARTICULAÇÃO quando os 2
momentos de rotação são iguais:
» ‘força x braço de ação’ = ‘peso x braço de resistência’
34. Torque
» “ Torque ou momento de força, é a
grandeza física associada à possibilidade de
rotação, em torno de um eixo(pólo),
decorrente da aplicação de uma força em
um corpo.”
» Torque é a tendência de uma força em girar
um sistema de alavancas.
T=F x D
35. Torques ou Momentos
Resultado da
aplicação de uma
força a uma
determinada
distância de um
eixo de rotação,
produzindo
aceleração angular.
36. Tipos de Alavanca
» 1a classe:
» Alavanca Interfixa:
» O apoio situa-se entre a força e a
resistência.
Produz > velocidade e pouca força.
Ex.: Tríceps.
37. Alavanca de 1º ordem
ALAVANCA INTERFIXA
ALAVANCA DE EQUILÍBRIO
→Caracterizada por apresentar o ponto de
apoio entre o esforço e a resistência (peso);
pode estar situado centralmente, ou na
direção do esforço ou da resistência (peso),
conseqüentemente, os braços do esforço e
da resistência podem ser iguais, ou um
pode ser maior que o outro em
comprimento.
38. Alavancas do Corpo Humano
» Alavanca de 1ª Ordem: A característica desta ordem
de alavancas é a estabilidade, e um estado de
equilíbrio pode ser conseguido com ou sem vantagem
mecânica.
» Um exemplo deste tipo de alavanca é demonstrado
durante os movimentos com a cabeça; o crânio
representa a alavanca; as articulações atlanto-
occipitais, o ponto de apoio. A resistência está
situada anteriormente (face e mandíbula, somando-
se a força da gravidade); o esforço é fornecido pela
contração dos músculos posteriores, na região
cervical.
» Um outro exemplo está nos movimentos de
inclinação posterior ou retroversão da pelve com
apoio nas cabeças femurais.
39. Tipos de Alavanca
» 2a classe:
» Inter-resistente:
» A resistência situa-se entre o ponto de
apoio e a força.
Produz > força e pouca velocidade.
Ex.: Mm. posteriores da perna.
40. Alavanca de 2º ordem
ALAVANCA INTERRESISTENTE
ALAVANCA DE FORÇA OU DE ESFORÇO
» Caracterizada por apresentar a resistência
(peso) entre o ponto de apoio e o de esforço
(força), e o braço do esforço deve, portanto,
sempre exceder o braço de resistência em
comprimento.
» BE > BR
» Este tipo de alavanca provavelmente não
existe em sua forma pura no corpo humano, a
não ser em movimentos que acontecem em
uma corrente cinética fechada.
41. Alavancas do Corpo Humano
» Alavanca de 2ª Ordem: Esta é uma alavanca de força,
onde sempre deverá haver uma vantagem mecânica.
É um tipo de alavanca incomum no corpo humano.
» Um exemplo no membro inferior: quando os
calcanhares são elevados do apoio para o indivíduo
ficar na ponta dos pés (relevé). Os ossos do tarso e do
metatarso são estabilizados para formarem a
alavanca, o ponto de apoio está na articulação
metatarsofalangeana, e o peso do corpo é
transmitido através da articulação do tornozelo aos
ossos do tarso. O esforço é aplicado na inserção do
tendão calcâneo pela contração do tríceps-sural.
» No antebraço, a ação do músculo braquioradial na
flexão do cotovelo pode ser tomada como outro
exemplo de alavanca desta ordem.
42. Tipos de Alavanca
» 3a classe:
» Interpotente:
» A força é aplicada entre o ponto de apoio e
a resistência.
Ex.:Bíceps.
43. Alavanca de 3º ordem
» ALAVANCA INTERPOTENTE
» ALAVANCA DE VELOCIDADE
» Caracterizada por apresentar o esforço (força) entre
o ponto de apoio e a resistência (peso), e o braço da
resistência deve, portanto, exceder o braço do
esforço em comprimento.
» A maioria dos músculos no corpo humano quando
atuam em uma cadeia cinética aberta funcionam
como uma alavanca de terceira ordem.
» Um exemplo é o músculo deltóide quando atua
produzindo abdução do braço na articulação
glenoumeral.
44. Alavancas do Corpo Humano
• Alavanca de 3ª Ordem: Este tipo de alavanca, na qual
existe sempre uma desvantagem mecânica, é a alavanca
de velocidade, onde a desvantagem em força é traduzida
por uma vantagem em amplitude (alcance) e velocidade
do movimento.
• Um exemplo é a alavanca no antebraço: o ponto de apoio
está na articulação do cotovelo; o esforço é fornecido pela
contração do músculo braquial, aplicado em sua inserção;
e o peso é algum objeto seguro na mão. Nota-se que com
uma pequena quantidade de esforço muscular podemos
provocar um movimento muito mais rápido e amplo da
extremidade do segmento.
• Outro exemplo, simples, é o da ação dos músculos
isquiotibiais ao flexionar o joelho.
• Exemplos de todas as três ordens de alavancas são
encontrados no corpo humano, mas as de 3ª ordem são
as mais numerosas.
48. Fatores mecânicos que afetam a
força muscular
A magnitude da força gerada por um músculo
está relacionada, entre outras coisas, com sua
velocidade de encurtamento, com seu
comprimento e com seu ângulo de inserção.
» Relação força x velocidade
» Relação força x comprimento
» Ângulo de inserção do músculo
49. Relação força x velocidade
→ A relação entre a força concêntrica
produzida por um músculo e a velocidade
com a qual ele encurta é inversa. Quando
a resistência é alta, a velocidade de
encurtamento deve ser relativamente
baixa. Quando a resistência é baixa, a
velocidade de encurtamento pode ser
relativamente alta.
50. Relação força x velocidade
→ A relação força x velocidade não implica
na impossibilidade de mover uma
resistência elevada a uma velocidade alta
nem de mover uma carga leve a uma
velocidade baixa.
51. Relação força x velocidade
→ A relação força x velocidade indica que
para uma determinada carga ou força
muscular desejada existe uma velocidade
máxima de encurtamento possível.
52. Relação força x velocidade
→ A relação entre a força excêntrica
produzida por um músculo e a velocidade
com a qual ele alonga apresenta um
comportamento diferente. Em cargas
menores que a isométrica máxima, a
velocidade de estiramento é controlada
voluntariamente. Em cargas maiores que a
isométrica máxima, o músculo é forçado a
estirar com velocidade proporcional à
carga.
54. Relação força x comprimento
→ A força isométrica máxima que um
músculo pode produzir depende em parte
do seu comprimento. No corpo humano, o
pico de geração de força acontece quando
o músculo está levemente estirado.
56. Ângulo de inserção do músculo
» A força muscular aplicada a um segmento
corporal é decomposta em duas
componentes, cujos valores dependem do
ângulo de inserção do músculo:
» componente rotatória
» componente de deslizamento
57. Componente rotatória
→ É a componente da força muscular que
atua perpendicularmente ao eixo
longitudinal do segmento. É a responsável
pelo torque que possibilita o movimento
de rotação do segmento em torno da
articulação.
58. Componente de deslizamento
→ É a componente da força muscular que
atua paralelamente ao eixo longitudinal
do segmento. Dependendo do ângulo de
inserção do músculo, tende a puxar o osso
para fora do centro articular (componente
deslocadora) ou empurrá-lo em direção
ao centro articular (componente
estabilizadora).
60. Ângulo de inserção do músculo
→ Quando o ângulo de inserção é agudo, a
componente rotatória é pequena e a de
deslizamento estabiliza a articulação. A
componente rotatória aumenta até um
valor máximo com um ângulo de inserção
de 90º. A medida que este ângulo
aumenta, a componente rotatória
novamente diminui e a componente de
deslizamento passa a puxar o osso para
fora da articulação.
62. Ângulo de inserção do músculo
→ Como a componente rotatória é a
responsável pelo torque na articulação,
alterações no seu valor acarretam
alterações no torque articular. O torque
máximo na articulação ocorre quando o
ângulo de inserção do músculo é 90º.
→ O torque máximo produzido na
articulação do cotovelo ocorre quando
braço e antebraço formam entre si
aproximadamente 80º.
63. Potência muscular
→ Potência muscular é o produto da força
muscular pela velocidade de
encurtamento do músculo. Como as fibras
CR desenvolvem tensão mais rapidamente
que as CL, um músculo com maior
percentagem de fibras CR é capaz de
desenvolver maior potência.
→ A potência muscular máxima ocorre
aproximadamente a um terço da
velocidade máxima de encurtamento do
músculo.
65. EFEITO DA TEMPERATURA
À medida que a temperatura corporal se eleva,
a atividade dos músculos aumenta, provocando
um desvio na curva força x velocidade, com um
valor mais alto de tensão isométrica máxima e
uma velocidade de encurtamento muscular
mais elevada para qualquer carga aplicada.
Estes efeitos provocam um aumento da tensão,
da potência e da resistência musculares.
A função muscular é mais eficiente a 38,5 Cº.
66. Componentes da força muscular
» Componentes rotatório e translatório
resultantes da contração do bíceps
braquial. Note que o componente rotatório
é sempre perpendicular ao osso onde o
músculo está inserido e o componente
translatório é paralelo ao osso e aumenta a
estabilidade do cotovelo (compressão)
nesta situação.
67. Vantagem Mecânica
» Refere-se à vantagem que se obtém ao
usar uma alavanca; permitindo que uma
resistência possa ser vencida com menor
esforço.
» A Vantagem mecânica é a proporção da
Resistência ao Esforço, sendo expressa
assim:
V.M. = R / E
68.
69. Vantagem Mecânica
» Quando o braço de resistência é igual ao
braço do esforço, em comprimento, será
necessário um esforço de magnitude igual à
da resistência, para deslocá-la. Neste caso
nenhuma vantagem é ganha, mas este tipo
de máquina é útil para medir ou comparar
pesos, como por exemplo, na balança
comum.
70. Vantagem Mecânica
» Porém, se o comprimento do braço de
esforço for maior do que o do braço da
resistência, será necessário um menor
esforço para conseguir o deslocamento do
peso, e será ganha uma vantagem
mecânica.
E
R
71. Vantagem Mecânica
» Obteremos Vantagem Mecânica em
alavancas de 1ª ordem quando o ponto de
apoio está mais próximo da resistência do
que do esforço, configurando um braço de
esforço maior.
73. Vantagem Mecânica
» A Vantagem Mecânica nunca é conseguida
em alavancas de 3ª ordem, porque
apresentam o braço da resistência maior
do que o braço do esforço.
R
F
74. Vantagem Mecânica
» Nas alavancas onde encontramos o braço
da resistência maior do que o braço do
esforço observa-se uma Desvantagem
Mecânica, como nas alavancas de 1ª
ordem, quando o ponto de apoio está mais
perto do esforço do que da resistência, e
em todas as alavancas de 3ª ordem.
E
R
75. Vantagem Mecânica
» Quando levantamos um membro inferior,
considerar o peso deste membro é vital, e é o
torque produzido pelo peso desta perna que deve
ser superado pelos músculos do quadril em
ordem a poder realizar o movimento.(grand
battement)
» Nos membros do corpo humano a prevalência das
alavancas de terceira classe representam uma
desvantagem e tem importantes implicações para
predisposição de lesões.
» Contudo, este tipo de arranjamento promove
uma maior amplitude de movimento no fim da
alavanca e uma potencial vantagem em termos
de velocidade do segmento distal.
76. Conclusões
» Um sistema de alavancas é o meio pelo qual o corpo
humano consegue movimento e elasticidade.
» O conhecimento dos princípios das alavancas também é
necessário para que se compreenda o método de
progressão no fortalecimento de músculos.
» Conforme a força do músculo aumenta, a resistência ou
peso que devem ser superados também devem ser
aumentados, até o momento que nenhuma progressão
posterior seja possível ou desejada.
» Como as inserções de músculos que constituem fatores de
esforços estão situadas em pontos fixos em relação às
articulações, os únicos fatores capazes de variação são o
peso e sua distância do ponto de apoio. Pode-se,
portanto, aplicar resistência adicional à ação muscular,
tanto pelo aumento do peso a ser superado quanto pelo
aumento do comprimento do braço da resistência ou
peso. Refere-se, geralmente, ao aumento do
comprimento do braço da resistência como aumento da
79. Cadeia Cinética Fechada
» Movimento em cadeia fechada é realizado
quando o segmento distal da extremidade
é fixo.
80. Comparação
» Cadeia cinética fechada exerce mais forças
compressivas, enquanto cadeia cinética
aberta exerce forças de desgaste,
» CCA = Estão mais próximos das atividades
da vida diária,
» Movimentos em CCF usa várias articulações
enquanto movimentos de cadeia aberta
usa apenas uma única articulação,
» CCF = Trabalha vários grupos musculares
simultaneamente ao invés de concentrar
em apenas um grupo.
81. Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.
» Músculos podem cruzar uma ou mais
articulações.
» O número de articulações que um músculo
cruza tem grande influência para
contribuição no movimento do mesmo.
» Um músculo biarticular tem ambos os seus
tendões puxados ao mesmo tempo
(indiscriminadamente) em direção ao seu
ventre, resultando na tendência de causar
movimento em ambas articulações.
82. Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.
» Existe vantagem quando ambos os
movimentos são desejados
» Ex: grand-batment:
» Reto da coxa – flexionar o quadril +
estender o joelho.
83. Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.
» Usando uma função do músculo
concentricamente e a outra
excentricamente ao mesmo tempo pode
também oferecer uma vantagem para
músculos biarticulares.
» Ex. Passè (reto da coxa)
» Concêntrico: flexão do quadril
» Excêntrico: flexão do joelho
» Esta combinação alonga o reto da coxa na
área do joelho enquanto encurta na área
do quadril.
84. Considerações especiais sobre
músculos multiarticulares.
» Exemplos de músculos que cruzam mais de
uma articulação:
– Sartório
– Tensor da fáscia lata
– Isquiotibiais
– Gastrocnêmio
– Cabeça longa do bíceps braquial
85. Ciclo alongamento/encurtamento
→ O ciclo alongamento-encurtamento (CAE)
é um mecanismo fisiológico que tem
como função aumentar a eficiência
mecânica e, em conseqüência, o
desempenho motor de um gesto atlético.
→ O CAE ocorre quando as ações musculares
excêntricas são seguidas imediatamente
por uma explosiva ação concêntrica.
86. Ciclo alongamento/encurtamento
→ O CAE é regulada, essencialmente, pela
quantidade do padrão de ativação
nervosa dos músculos envolvidos, pela
quantidade de energia elástica
armazenada e pelo equilíbrio entre os
fatores nervosos facilitadores e inibidores
da contração muscular.
→ Os componentes elásticos em série
(pontes cruzadas e os tendões) são
aqueles pertinentes à apreciação da
geração de energia elástica presentes no
CAE
87. Ciclo alongamento/encurtamento
→ Quando ocorre a passagem da fase
excêntrica para a concêntrica, os músculos
podem utilizar parte desta energia
rapidamente, aumentando a geração de
força na fase subseqüente, com menor
gasto metabólico e maior eficiência
mecânica.
88. Ciclo alongamento/encurtamento
→ Em pulos rápidos e pequenos com os dois
pés, foi calculado que apenas 40% da
força foi resultado da contração
concêntrica, enquanto aproximadamente
60% da força foi conseqüência deste fator
elástico e outros fatores.
89. Ciclo alongamento/encurtamento
» Em dança um rápido demi-pliè antes de um
salto.
» O grande glúteo, isquiotibiais, quadríceps
femoral e músculos da panturrilha
trabalham excentricamente na fase
descendente do pliè e concentricamene na
fase do salto.
» Para otimizar o uso desta propriedade o
pré-alongamento deve ser de relativa
pequena magnitude, aplicado rapidamente,
com demora mínima e sem pausa ou
relaxamento do músculo ao fim do
alongamento.
90. Insuficiência muscular ativa e
passiva
» Embora, músculos multiarticulares tenham
uma vantagem em termos de eficiência,
eles carregam em si uma desvantagem em
termos de permitir amplitude articular
total, tanto passiva quanto ativa.
» Insuficiência ativa acontece quando
contração ativa de um músculo é incapaz
de produzir tanta amplitude articular
quanto poderia se ativado por uma força
externa.
91. Insuficiência muscular ativa e
passiva
» Esta limitação se deve ao fato de que uma
fibra muscular, em geral, pode encurtar
apenas cerca de metade de seu
comprimento.
» Developè: flexão do quadril + extensão do
joelho.
» Insuficiência passiva acontece quando a
amplitude articular de um movimento
através do alongamento ativo ou passivo
de um músculo biarticualr vai além de sua
capacidade de estensibilidade.
» Pé na mão: isquitibiais (flexão do quadril +
extensão do joelho.
93. Paradoxo de Lombard
» É a "atividade de um músculo biarticular
quando o torque necessário numa articulação
está na direção oposta ao causado pelo
músculo".
» Pode ser bem observado no movimento de
levantar da cadeira, onde ocorre contração do
quadríceps na extensão do joelho e contração
dos isqiotibiais na extensão do quadril.
» O torque extensor do quadril pelos
isquiotibiais é maior que o torque flexor do
quadril pelo reto femoral, e o torque extensor
do joelho pelo quadríceps é maior que o
torque flexor do joelho causado pelos
isquiotibiais.
94. Paradoxo de Lombard
→ O raciocínio lógico que se tem num
primeiro momento é que esses grupos
musculares se neutralizassem
mutuamente, anulando qualquer
possibilidade de movimentos nas
articulações dos joelhos e quadril. “Esta
situação, aparentemente contraditória, é
conhecida como o Paradoxo de Lombard”
(Rasch/Burke 1977, 348).
95. Força muscular
A regulação da força muscular é dependente
de:
•Tensão desenvolvida por cada fibra muscular
– Freqüência dos potenciais de ação
– Comprimento da fibra
– Diâmetro da fibra
– Fadiga muscular
•Número de fibras ativas
– Número de fibras por unidade motora
– Número de unidades motoras recrutadas
96. Recrutamento
» O impulso nervoso desloca-se através da
unidade motora na forma de um potencial de
ação.
» Despolarização, repolarização e
hiperpolarização.
» O padrão de recrutamento das unidades
motoras se dá dos motoneurônios pequenos
para os motoneurônios grandes, dos lentos
para os rápidos, de pequena força para muita
força e de músculos resistentes à fadiga para
músculos fatigáveis.
97. Fibras musculares
Unidade motora tipo 1: fibras oxidativas lentas
Unidade motora tipo 2: fibras oxidativas rápidas
Unidade motora tipo 3: fibras glicolíticas rápidas
98. Tensão muscular total
Tensão muscular total
Tempo
Unidade Unidade Unidade
motora 1 motora 2 motora 3
101. Graduação da força – freqüência de
disparos
120
Fasciculação
Somação Temporal
100 Tetania
80
T (g)
60
40
20
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo (ms)
102. Sistema Nervoso
Organização geral do sistema nervoso – critério
morfológico
•Sistema nervoso central O encéfalo
corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais),
diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e
tronco cefálico (que se divide em: BULBO, situado
caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente;
e PONTE, situada entre ambos).
•Sistema nervoso periférico sistema nervoso
voluntário, sistema nervoso autônomo (simpático e
parassimpático).
103. Sistema Nervoso
-Cérebro
Encéfalo -Cerebelo
-Mesencéfalo
• Sistema Nervoso -Tronco -Ponte
encefálico
Central -Bulbo
Medula Espinhal
- Cranianos
Nervos
- Espinhais
• Sistema Nervoso
Gânglios
Periférico
Terminações nervosas
104. Sistema Nervoso
Critério Funcional
• Sistema Nervoso Somático (SNS) – Vida de
relação: Relaciona o organismo com as
variações do meio externo.
• Sistema Nervoso Visceral (SNV) – Vida
vegetativa: Relaciona o organismo com as
variações do meio interno.
105. Sistema Nervoso
Organização morfofuncional
• Vias aferentes: trazem informações ao sistema
nervoso central.
• Vias eferentes: levam a resposta elaborada ao
órgão efetuador da resposta (músculo ou
glândula).
• Vias de associação: analisam as informações,
armazenam-nas sob a forma de memória,
elaboram padrões de resposta ou geram
respostas espontâneas. Quanto mais neurônios
de associação, mais refinada será a resposta.
111. Somestesia
» Somestesia (do latim soma, que quer dizer
corpo e aesthesia, que significa
sensibilidade) é a capacidade que homens e
animais tem de receber informações sobre
as diferentes partes do seu corpo. Essas
informações podem ser referentes ao meio
ambiente ou ao próprio corpo do animal e
nem todas se tornam conscientes.
112. Somestesia
O sistema somestésico divide-se em um subsistema
epicrítico e um protopático.
– Sistema epicrítico - É preciso, rápido,
discriminativo e apresenta uma representação
espacial detalhada. Sub-modalidades, Tato fino-
Percepção das características dos objetos que
tocam a pele. Propriocepção consciente- Localizar
a posição e movimento das diferentes partes do
corpo sem utilizar a visão.
– Sistema protopático - É grosseiro, lento e
impreciso. Sub-modalidades Termossensibilidade-
Percepção da temperatura do ambiente e de
objetos. Dor- Percepção de estímulos fortes e
capazes de lesar o organismo.
113. TIPOS DE RECEPTORES:
Receptores articulares musculares e
tendinosos
•Detectam alterações de tensão e posição
das estruturas na qual estão localizados:
– ângulo articular,
– velocidade de movimento articular,
– tração articular,
– contração muscular e
– força da contração muscular.
114. Propriocepção
» Propriocepção é o sentido que faz com que
nosso cérebro desenvolva um mapa interno
do corpo de modo que possamos fazer
atividades sem precisar monitorar tudo
visualmente o tempo todo;
» Assim como nossos olhos e ouvidos
mandam informação sobre o que vemos e
ouvimos para o cérebro, partes dos nossos
músculos e articulações percebem a
posição do nosso corpo e mandam essa
informação para o cérebro.
» Dependemos dessa informação para saber
exatamente onde as partes do nosso corpo
estão e para planejar movimentos.
115.
116. Receptores sensoriais:
1. Exteroceptores: detectam estímulos
externos que afetam o sistema e incluem,
olhos, orelhas, receptores da pele.
2. Proprioceptores: detectam estímulos
gerados pelo próprio sistema, tais como
variáveis mecânicas da ativação muscular;
estão envolvidos no controle do
movimento.
117. Receptores sensoriais:
Outros receptores:
– Mecanorreceptores: deformação
mecânica
– Termorreceptores: alterações de
temperatura
– Nociceptores: Dor
– Receptores eletromagnéticos: Luz sobre
retina
– Quimiorreceptores: Paladar, olfato,
nível de O2 Sangue arterial, [ ] de CO2.
118. Receptores articulares
» São encontrados nas cápsulas e ligamentos
articulares.
» São estimulados a partir da deformação.
» A informação destes receptores articulares
notifica continuamente o SNC sobre a
angulação momentânea e a velocidade do
movimento da articulação.
» Receptores articulares enviam informações
proprioceptivas ao SNC, mantendo-o
informado sobre a posição articular, isso faz
com o tônus postural seja mantido e ocorra
coordenação dos movimentos.
119. Receptores articulares
Receptores de tipo I – Ruffini
» Pequenos mecanoreceptores localizados nas camadas
profundas das cápsulas articulares.
» Fornecem informações acerca das mudanças na posição
articular.
» É um mecanorreceptor estático e dinâmico, dependendo da
posição, pressão intra-articular, e dos movimentos articulares
(ativos e passivos).
» Sua adaptação é lenta, sendo ativado em todas as posições
articulares, mesmo com a articulação em repouso. Podem ser
ativados também por tato e pressão.
» Contribuem para dar o “sentido” de posição articular, a direção
dos movimentos, as alterações da pressão atmosférica
120. Receptores articulares
Receptores de tipo II – Pacinni
» Grandes e localizam-se nas camadas
periféricas das cápsulas articulares, no tecido
adiposo intra-articular e extra-articular.
» Fornecem informações sobre a velocidade do
movimento. É um mecanorreceptor dinâmico.
» Sua adaptação é rápida e inativa em repouso.
E estimulado por estímulos mecânicos rápidos
e repetitivos.
» Apenas são estimulados quando a articulação
é submetida a uma mudança brusca de
movimento e por um tempo reduzido.
121. Receptores articulares
Receptores de tipo III - Terminações de
Golgi
»Localizam-se nos ligamentos intra-
articulares e extra-articulares das articulações
periféricas. E um mecanorreceptor dinâmico.
»Dão informações sobre o sentido de posição
articular e são sensíveis à tração longitudinal
permanente.
»Sua adaptação é lenta. E estimulado com
movimentos externos ativos ou passivos.
122. Receptores articulares
Tipo IV – terminações nervosas livres
» São encontrados nas cápsulas articulares.
Fornecem informações dolorosas a nível
dos tecidos articulares.
» Sua adaptação é lenta. E ativado pelas
deformações mecânicas.
123.
124.
125. Receptores musculares
Fusos neuromusculares São encontrados nos
músculos esqueléticos.
•Sinalizam o comprimento do músculo e a
velocidade do movimento. Detectam as
modificações no comprimento das fibras
musculares extrafusais pela contração e enviam
essas informações para o SNC onde se geram
reflexos para manter a postura do corpo e
regulam as contrações dos músculos envolvidos
nas atividades motoras.
126. Receptores musculares
• As fibras intrafusais do fuso neuromuscular são envoltas
por terminações nervosas anuloespirais. Quando há
alongamento ou estiramento dessas fibras, as
terminações nervosas sofrem deformações e são ativadas.
Dai essa informação de deformação passa pelas fibras
nervosas aferentes que fazem sinapse com os grandes
neurônios motores do corno anterior da medula, chegam
a área somestésica e voltam através dos neurônios
eferentes. O estímulo é transmitido as fibras extrafusais,
através das placas motoras, que então se contraem. A
esse fenômeno chamamos de reflexo miotátíco
• O encurtamento do músculo como um todo alivia o
estiramento dos fusos musculares, removendo, portanto
o estimulo dos receptores.
127.
128.
129.
130. Receptores tendinosos
Órgão tendinoso de Golgi (OTG)
• Situam-se dentro dos tendões, próximos do
ponto de fixação das fibras musculares.
• Algumas fibras se conectam diretamente
com o OTO, que é estimulado pela tensão
produzida por esse feixe de fibras, ou seja,
quando há estiramento do tendão (ou
contração muscular).
131. Receptores tendinosos
» A chegada destes impulsos aferentes na
medula excita os interneurônios inibitórios,
que por sua vez inibem os neurônios
motores do músculo em contração,
limitando assim a força desenvolvida e que
será maior que a tolerada pelos tecidos que
estão sendo estirados. Neste ponto agem
como "disjuntores" do músculo. Esse fato é
chamado de reflexo miotático inverso
132. Órgão tendinoso de Golgi (OTG)
» Em casos de lesões os receptores podem
estar alterados, causando desequilíbrios.
» Devido à posição antálgica, adquirida como
um mecanismo pessoal de proteção, há
formação de engrama sensorial patológico.
Deve-se prevenir este engrama patológico
Essa articulação deve ser trabalhada o mais
rápido possível para a formação de um
novo engrama sadio. Isto pode ser feito
através de exercícios proprioceptivos que
através dos desequilíbrios estimulam os
receptores a enviarem informações ao
cérebro para que este envie respostas
motoras na tentativa de equilibrar o corpo.
133. Órgão tendinoso de Golgi (OTG)
• Este ciclo equilíbrio/desequilíbrio atuará na
formação da "memória do movimento".
• No SNC a informação é integrada com as
que vêm dos órgãos sensoriais: retina e
aparelho vestibular. Esses sentidos são
usados para ajustar a localização, tipo,
número e freqüência de ativação das
unidades motoras, de tal modo que uma
apropriada tensão muscular seja
desenvolvida para efetuar os movimentos
desejados.
134.
135. Artrocinemática
Quando uma articulação se move 3
movimentos podem ocorrer:
1. Rolamento ou Balanço;
2. Deslizamento ou Escorregamento;
3. Rotação ou Giro.
Movimentos acessórios
136. Artrocinemática
Rotação ou giro
Deslizamento ou escorregamento
Rolamento ou balanço
138. Posição de Ajuste Máximo e
Ajuste Frouxo
» Ajuste Máximo: as superfícies articulares
ajustam-se perfeitamente em apenas uma
posição da articulação.
Máximo contato entre as superfícies; os
ligg estão sob > tensão;
as estruturas articulares estão esticadas e a
art. está mecanicamente comprimida e é
difícil tracionar.
» Ajuste Frouxo: todas as outras posições