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A competência e a arte de empreender
                                                  Luiz França Silva
                                                  Maria Aparecida C. César Güttler
                                                  Naira Tomiello
                                                  Otávio Ferrari Filho
                                                  Tatiani Leal


   1. Justificativa.

Os cursos de Administração de Empresas no Brasil, sempre foram voltados à formação de
profissionais que pretendiam, de modo geral, transformarem-se em empresários e/ou
trabalharem em grandes empresas, como gerentes, supervisores, e demais cargos do staff
administrativo. O egresso buscava na maior parte das vezes, uma oportunidade de emprego.
O incentivo à pequena empresa, sempre passou à margem, por conta, entre outros fatores,
da cultura das empresas multinacionais. O encorajamento de atividades empreendedoras
foi, até então, visto quase que como utópico, haja vista às inúmeras crises do país.
A postura empreendedora, sempre careceu de incentivos e da falta de integração
universidade-empresa, que conforme Dolabela (1999), “ainda não conseguiram construir
um modus vivendi que possa dar origem à existência de parques científicos-tecnológicos e
ecossistemas de eficácia perante a globalização”. Esta sinergia poderia ser a grande
estratégia fomentadora das PME1.
Diluindo-se em discursos o tema ainda não logrou resultados significativos nesta interação
e ainda centra-se em visões arraigadas de um mercado nascido de uma visão paternalista,
fruto do histórico colonialismo. No entanto, a turbulenta competitividade do mercado
globalizado traçando de forma cada vez mais veloz os destinos empresariais, e decorrente,
principalmente, da revolução da informação, têm propiciado, mais recentemente, o
empreendedorismo, que está fazendo com que nossas empresas, universidades e sociedade,
sem tradição empreendedora, passem a rever seus conceitos.
Com o desemprego batendo à porta de milhões de brasileiros e as grandes desigualdades do
país, não é de se surpreender que diante deste quadro, órgãos nacionais voltados para o
apoio as PME apesar de sua importante participação, não consigam dar conta das
necessidades do setor. “Por inúmeros fatores, o capitalismo de risco ainda não surgiu no
Brasil como uma atividade econômica atraente, sendo restrito a poucas iniciativas. As PME
sofrem terrivelmente diante da baixíssima disponibilidade de recursos financeiros para o
financiamento de suas atividades” DOLABELA (1999).
As políticas públicas, ainda que hoje, estejam mais bem encaminhadas, não oferecem,
ainda, maiores vantagens, às PME. Além disto no Brasil, a atividade empreendedora não é
percebida pela sociedade de forma muito positiva em função de sua ligação com o termo
empresário, que tem uma imagem daquele que “gosta de levar vantagem em tudo”.
Este contexto da realidade brasileira, face às novas exigências do mercado globalizado e
aos novos paradigmas administrativos, requer mudanças substanciais no modo de gerenciar

        1
            Pequenas e Médias Empresas
as organizações e acaba por potencializar a visão empreendedora, especialmente no seio
das universidades, onde a disseminação do termo pode agregar valor, possibilitando
diferenciais competitivos, com a formação de empreendedores. Urge então, conscientizar e
envolver a sociedade como um todo, “bem como os sistemas de suporte, muitas vezes ainda
inconscientes do seu papel” DOLABELA (1999).
A disseminação da filosofia empreendedora visa formar alunos com perfis adequados à
nova concepção de empresário-empreendedor. Segundo Filion apud Dolabela (1999) “o
empreendedor é visto como alguém que imagina, desenvolve e realiza visões. A visão é
uma idéia, muitas vezes um conjunto de idéias (imagens) que se quer realizar (projetadas
no futuro)”.
Este perfil, segundo Timmons apud Dolabela (1999) inclui as seguintes características: 1-
Iniciativa e energia, 2-Autoconfiança, 3-Abordagem em longo prazo, 4- Dinheiro como
medida de desempenho, 5-Tenacidade, 6-Fixação de metas, 7-Riscos moderados, 8-Atitude
positiva diante do fracasso, 9-Utilização de feedback sobre o seu comportamento, 10-
Iniciativa, 11-Sabe buscar e utilizar recursos, 12-Não aceita padrões impostos, 13
Internalidade, 14-Tolerância à ambigüidade e incerteza.
Estas características compõem os pilares conceituais que servirão como guia para a
motivação e compreensão do comportamento empreendedor que dá subsídio à estruturação
das demais prerrogativas para a competência e a arte de empreender. Para tanto, é
necessário desenvolver a criatividade, que segundo, Dolabela (1999) levará à descoberta, à
invenção e inovação e ao processo de mudanças que estruturarão uma oportunidade de
negócio.
Nesta perspectiva, buscou-se na UNICA - Centro de Educação Superior, em Florianópolis
(SC), criar um grupo com a missão de aprofundar o conhecimento e a busca de
competências para a disseminação da filosofia empreendedora nos cursos oferecidos.
Segundo Dolabela (1999), “tudo indica que o empreendedor é fruto de uma cultura. Por
outro lado, se existem dúvidas sobre a possibilidade de se ensinar alguém a ser
empreendedor, sabe-se que é possível que alguém aprenda a sê-lo em determinadas
circunstâncias que sejam favoráveis ao auto-aprendizado”.
Assim, o ambiente de sala de aula, que o autor denomina a “oficina do empreendedor” deve
favorecer esta cultura, onde os alunos devem absorver atitudes e comportamentos típicos do
empreendedor. Seguindo a mesma metodologia do autor, o aluno poderá aprender de forma
real, desenvolvendo seu sonho, numa visão empreendedora, de forma auto-suficiente, de
forma pró-ativa, com erros e acertos, desenvolvendo aptidões técnicas e emocionais, tais
como a liderança, a energia, o conhecimento de si, entre outras que, com exercícios e
processos de auto-aprendizagem, desenvolvam aptidões individuais e a busca de uma rede
de relações através de depoimentos de experiências de empreendedores de sucesso.
Neste sentido, o aluno terá oportunidade de ativar essa criatividade e desenvolver
habilidades técnico-gerenciais para identificar ameaças e oportunidades, fazer a análise de
viabilidade e de riscos, entre outros aspectos essenciais ao plano de negócio como,
integração de marketing, finanças, e outros fatores organizacionais.
A empreitada demanda orientação de uma equipe de especialistas nos diversos ramos do
conhecimento, compartilhando a aprendizagem de forma interdisciplinar, numa nova
postura de ensino, menos tradicional, evitando fórmulas pré-determinadas. Seu papel é
orientar o aluno a buscar por si mesmo as soluções, desenvolvendo métodos próprios de
aprendizagem, pela sua capacidade de percepção, mas contando sempre com o suporte
desta equipe, que favorece o conhecimento por meio de ações, e pela motivação.


                                                                                         2
Até então, a UNICA não dispunha, ainda que houvesse proposições anteriores, de uma
visão orientada a uma maior integração do seu quadro docente, no sentido de promover um
maior relacionamento entre os conteúdos programáticos das diversas disciplinas que
compõem o curso de Administração de Empresas. A proposta da disciplina de
empreendedorismo é, então, uma solução inovadora. O plano de negócio como produto da
disciplina integra conteúdos de dimensão conceitual, estratégica, mercadológica, recursos
humanos, produção e/ou serviços, econômica e financeira.
Procurou-se assim, com base nas necessidades impostas pela realidade brasileira, formular
a criação de um programa de ensino de empreendedorismo, observando, conforme
apresentado no projeto apresentado à Instituição, alguns pressupostos básicos:

• Aprofundar o conhecimento das competências internas do grupo de professores que se
propõem a participar do projeto;

• Associar tais competências com os recursos disponibilizados pela instituição;

• Aprofundar o conhecimento sobre a metodologia empreendedora;

• Formatar disciplinas a serem oferecidas em diversas fases dos variados cursos oferecidos
pela instituição;

• Planejar a Semana do Administrador (que se realizou no mês de setembro do corrente
ano).

Após estar sedimentada a visão empreendedora entre os corpos docente e discente da
instituição, o intuito é disseminar a mesma entre o corpo administrativo da instituição, bem
como disseminar a visão empreendedora em instituições que serão denominadas parceiras
da UNICA a fim de complementar suas ações de Responsabilidade Social.
Desta forma, oficializou-se na disciplina Tópicos Especiais 3, para as turmas formandas
com habilitações em marketing, gestão da informação e turismo e hotelaria, o curso de
empreendedorismo, criando-se paralelamente o Laboratório de Empreendedorismo, para
dar suporte a esta primeira experiência, que vem, até aqui, se estruturando, como uma
oportunidade única de desenvolver de forma cada vez mais ampla e pertinente este
compartilhar de aprendizagem alunos x professores.
Esta busca coloca-nos em posição de vanguarda. Ainda que outras instituições estejam
abordando a temática do empreendedorismo, saímos na frente numa posição única, de
buscar na prática a viabilidade do discurso, implantando um curso inovador, de visão
sistêmica/holística, e que pretende ser referência na área.

Desta busca emergiram as seguintes questões:

Como implementar a disciplina de fora para dentro de universidades?
Como sensibilizar, induzir, incentivar, treinar o corpo docente?
Como superar os obstáculos à integração universidade-empresa?
Como envolver os sistemas de suporte?




                                                                                          3
Ainda, em decorrência da metodologia proposta, como se verá mais adiante, surgiram as
seguintes questões:

       • Como trazer o empresário para a sala de aula, transformando-o no verdadeiro mestre
         do ensino, e mais importante, como convencer a universidade a aceitar esta situação?
       • Como abrir vagas na sala de aula para a emoção, o sonho, o ego, o indefinido, o
         subjetivo, o incerto?
       • Como priorizar o ser em relação ao saber, uma vez que estes princípios não fazem
         parte do ensino tradicional?
       • Como identificar/recrutar o professor desta área?

             O presente projeto pressupõe a metodologia empreendedora difundida pelo
Prof. Fernando Dolabela, através de cursos oferecidos pelo IEL Nacional e deve ser o ponto
de partida para o alcance do objetivo proposto. Desse modo, o grupo vem definindo os
planos de ação que irão propiciar o desenvolvimento e a disseminação desta nova visão a
na instituição em questão, buscando a competência e a arte de empreender.
             Neste sentido elaborou-se a seguinte questão-problema:

           Como desenvolver e disseminar a visão empreendedora no Centro de
Educação Superior – UNICA, localizado na cidade de Florianópolis (SC)?




   2. Objetivos

       2.1. Objetivo geral
O objetivo geral do presente projeto consiste em desenvolver e disseminar a visão
empreendedora no Centro de Educação Superior – UNICA, na cidade de Florianópolis
(SC).


       2.2. Objetivos específicos
Os objetivos específicos que permeiam o presente projeto são:
Aprofundar o conhecimento das competências internas do grupo de professores que se
propõem a participar do projeto;
Associar tais competências com os recursos disponibilizados pela instituição;
Aprofundar o conhecimento sobre a metodologia empreendedora;
Formatar disciplinas a serem oferecidas em diversas fases dos variados cursos oferecidos
pela instituição;
Planejar a Semana do Administrador, a realizar-se no mês de setembro do corrente ano;
Após estar sedimentada a visão empreendedora entre os corpos docente e discente da
instituição, disseminar a mesma entre o corpo administrativo da instituição.




                                                                                        4
3. Análise do Ambiente Externo e Interno


A competência e a arte de empreender perpassam, fundamentalmente, pela reflexão sobre
as mudanças organizacionais e sobre o próprio sistema educacional.

Os ambientes organizacionais alteram-se diante da chamada sociedade da informação e do
conhecimento: os setores de serviços ganham projeção nesse ambiente; o sucesso das
organizações está associado a sua capacidade de interagir globalmente; as formas
tradicionais de organização e gerenciamento são substituídas por um estilo menos
centralizador, com uma estrutura mais horizontal e pela agilidade em fornecer ao mercado
produtos e serviços mais adequados.

A competitividade das organizações na sociedade da informação e do conhecimento não
está apenas na capacidade de ajustar-se rapidamente às mudanças, mas como sustentam
Hamel e Prahalad2 (1995), está na capacidade de “criar o futuro”. A competição pelo
futuro, seguindo os autores, é “uma competição pela criação e domínio das oportunidades
emergentes”. Não consiste apenas em competir por mercados existentes, mas pela
participação em oportunidades. Significa desenvolver caminhos alternativos aos da
concorrência. A competitividade sustentada pressupõe um posicionamento que vai além de
entender os resultados competitivos após o registro dos fatos, mas pressupõem a construção
proativa de vantagens para cada setor.

Ao questionar o “establishment” e encontrar possibilidades diante da magnitude dos
recursos tecnológicos, dos diferentes estilos de vida, nas mudanças da organização do
trabalho, nas dinâmicas das atividades econômico-sociais, na compreensão do binômio
espaço-tempo, tem-se o ambiente propício à ação empreendedora.

A ação empreendedora não se restringe à criação de uma empresa, mas, sobretudo, revela-
se como um modo de agir no mundo, modificando-o. Refere-se àquele que mesmo sem
deixar a organização, promove a inovação (intrepreneur); também, àquele que ousa nas
suas práticas íntimas e cotidianas; e, àquele que interfere nas práticas sociais, abrandando a
exclusão, o infortúnio.         O empreendedorismo como um “estilo de vida”,
independentemente do seu campo de ação, contribui para o desenvolvimento da sociedade
em todos os sentidos.

O fomento à prática empreendedora, inclusive pelas Políticas Públicas, intensificou-se no
Brasil a partir da década de 90. O elevado índice de mortalidade das empresas e o
desemprego são determinantes para essa iniciativa. O crescimento econômico e a melhoria
das condições sociais dependem da capacidade que as pessoas têm em assumir riscos,

         2
          HAMEL, G., PRAHALAD, C. K. Competido pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle
         do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.


                                                                                                 5
desejarem algo diferente e agirem em consonância com os seus desejos (ou sonhos, como
propõe Dolabela3).

O papel dos estabelecimentos de ensinos é preponderante para a formalização de uma
cultura empreendedora indistintas de faixa etária e classe social. São parcas as iniciativas
como a da Junior Achievement, que leva para as escolas públicas e privadas o estímulo ao
desenvolvimento pessoal e a vivência de situações reais ligadas ao mundo dos negócios. A
Junior Achievement é uma Organização Não Governamental (ONG) internacional, cuja
ação em Santa Catarina é viabilizada por aproximadamente 30 importantes empresas locais.
Os currículos escolares ainda não contemplam, por iniciativa própria, a matéria de
empreendedorismo.

No que diz respeito ao ensino superior, a “selvageria competitiva” obriga os gestores
educacionais a buscarem alternativas que supram a demanda dos alunos, empresários e
executivos no aprimoramento das suas habilidades no ramo de negócios. Há cursos de toda
a ordem: graduação, pós-graduação, MBA, cursos in Company, cursos a distância,
incubadoras, etc. Segundo dados obtidos na Revista Empreendedor (ago/2003), há 1.500
instituições de ensino privado, que movimentam cerca de R$ 12 bilhões, sendo que 20% a
30% desse montante refere-se ao ensino na área de negócios.

Diante do volume de ofertas, os consumidores tornam-se mais criteriosos e seletivos. Os
gestores educacionais estão diante do desafio de empreender propostas centradas no
desenvolvimento das habilidades dos seus públicos, formatar cursos que sejam acessíveis
aos mesmos, como carga horária e investimentos demandados, e, sobretudo, destacar-se ao
“mar” de ofertas, buscar alternativas diferenciadas.

Sem dúvida, sobressair-se-á a instituição que efetivamente desenvolver as habilidades que
fortaleçam o “espírito empreendedor” dos seus públicos. As habilidades, diferentemente do
conhecimento, são adquiridas através da experiência. Antunes4 (2001) destaca as seguintes
habilidades inerentes ao mundo dos negócios: compreender e expressar para o domínio da
comunicação interpessoal, raciocinar logicamente de maneira crítica e analítica,
compreender e repensar sobre as informações, criar por meio de análise lógica, ser flexível
e adaptar-se, decidir, selecionar, levantar hipóteses, planejar, negociar,
persuadir/argumentar e liderar.

Promover a sustentação teórica que fundamentam as disciplinas e o desenvolvimento das
habilidades não é uma proposição inédita, porém esbarra no processo ensino-aprendizagem.
A dificuldade em respaldar os interesses e peculiaridades dos alunos com as exigências do
pluralismo social, por exemplo, constitui um dos desafios educacionais. Pode-se citar,
ainda, outras situações que corroboram para as dificuldades ensino-aprendizagem: as
exigências de aprendizagem nem sempre condizem com as possibilidades e expectativas
dos alunos; fatores psicológicos como adaptação do estudante à vivência universitária,



         3
             DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
         4
             ANTUNES, C. Trabalhando habilidades: construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001.


                                                                                                   6
motivações, inteligência, vontade e auto-estima do aluno (POPKEWITZ5, 2001); currículos
que tendem a privilegiar propriedades estáveis e fixas; demanda cada vez maior de novos
conhecimentos e habilidades para professores e alunos; dupla jornada entre trabalho e
estudo; opção pelo curso ter sido uma alternativa “possível”; a posse do título universitário
preponderando sobre a importância da qualificação; questões socioeconômicas que podem
refletir na aquisição livros; influência familiar, tanto no que diz respeito aos conflitos,
quanto à ausência de estímulos para que seus filhos estudem, entre outras
(BORTOLANZA; VOLPATO6, 2002).

A motivação é um dos mais significativos pré-requisitos para a aprendizagem. Para
Vigotski7 (1989), “a motivação tem sua origem em uma necessidade, e esta determina a
direção do comportamento para os objetivos apropriados à sua satisfação”. Será que
conhecemos as motivações dos nossos alunos? Como fazer com que os alunos criem um
vínculo afetivo com as especialidades a que eles se propõem?


Tentando responder a essas questões, sugerimos o “Projeto Empreendedorismo”. Este
Projeto consiste na formatação de uma disciplina que está sendo ministrada às últimas fases
de Administração com habilitações em Marketing, Turismo e Hotelaria e Gestão da
Informação. Concebemos a disciplina a partir dos eixos centrais: conceitos de
empreendedorismo, identificação de um sonho, plano de marketing e plano operacional, a
ser ministrada por cinco diferentes professores. Como resultado prático da disciplina (ainda
em andamento), terá a elaboração de um Plano de Negócio e a defesa do Plano para uma
banca formada pelos professores titulares da disciplina e outros convidados.

Partimos das seguintes premissas para idealizarmos o Projeto:
A visão empreendedora contribui para o desenvolvimento humano, profissional e social dos
nossos alunos;
A competitividade do mercado exige o desenvolvimento das habilidades para área de
negócios e que essas devem ser praticadas dentro do ambiente acadêmico;
Torna-se um diferencial competitivo para as instituições de ensino que trabalharem as
habilidades de modo efetivo;
Explorar as motivações dos nossos alunos nos conduz para um processo ensino-
aprendizagem com maior êxito.

Os cinco professores envolvidos no Projeto ousaram em sua proposta interdisciplinar e
erros e acertos sempre advirão de iniciativas inovadoras.




         5
           POPKEWITZ, T. S. Lutando em defesa da alma: a política de ensino e a construção do professor.
         Porto Alegre: Artmed Editores Ltda, 2001.
         6
           BORTOLANZA, M. L; VOLPATO, T. G. Um olhar psicopedagógico sobre o insucesso acadêmico na
         universidade. Revista POIÉSIS, Tubarão, V.4, n.7/8, p.101-120, jan. /dez. 2002.
         7
           VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.


                                                                                                 7
4. Plano operacional da disciplina de Empreendedorismo


O plano operacional foi projetado para possibilitar ao aluno investigar, entender e
internalizar a ação empreendedora e elaborar um projeto empreendedor, por meio da
construção de um Plano de Negócios.
O Plano de Negócios permite a integração de conteúdos programáticos de diversas
disciplinas do curso de Administração de Empresas, nas habilitações de Gestão da
Informação, Turismo e Hotelaria, Marketing e Comércio Exterior, do Centro de Educação
Superior (UNICA). A abordagem sobre a dimensão conceitual do empreendedorismo, a
dimensão estratégica e a dimensão operacional foi direcionada para o empreendedorismo
empresarial. As informações levantadas podem ser inseridas em um software de plano de
negócios. No caso da UNICA, optou-se pelo SPPLAN, software gratuito disponibilizado
pelo SEBRAE-São Paulo.
Embora se tenha optado pelo empreendedorismo empresarial, aos alunos foi dada a
liberdade para apresentarem planos de negócio voltado ao empreendedorismo social ou
intra-empreendedorismo. O plano de negócios elaborado pelos alunos será submetido a
uma banca constituída pelos professores da disciplina e por representantes de entidades de
fomento do empreendedorismo como SEBRAE-SC, ENE – Escola de Novos
Empreendedores, PFP & Associados Consultoria, Instituto de Negócios da Juventude,
vinculado a ACIF, CRA-SC – Conselho Regional de Administração de Santa Catarina.Os
melhores planos de negócios, definidos pelo júri, serão encaminhados para incubadoras
estabelecidas na Grande Florianópolis. Os cases selecionados serão utilizados no futuro
como fontes de motivação para os alunos da instituição.


   5. O desafio do fazer acontecer


Uma proposta de aprendizagem colaborativa com participação de cinco professores sem
chefe, aliada a integração de conteúdos de diversas disciplinas, é uma inovação. Como tal
pode-se perceber indecisão ou rejeição à proposta, dependendo do nível de conscientização
e do grau de intensidade de resposta dos envolvidos no processo. Que resistências à
mudança são identificadas? De um lado, os gestores de cursos de administração e alunos
acostumados a lidar com um professor por disciplina. De outro lado, alunos alimentando
conflitos entre professores e gestão do curso para facilitar seus propósitos de redução de
carga de trabalho. Essa situação é agravada por alunos de última fase que estão
sobrecarregados por tarefas exigidas pelas diversas disciplinas da última fase e com o
trabalho de conclusão de curso. De outro ainda, a torcida para que não dê certo para que
em um futuro próximo não venha a ser atingido por essa proposta de mudança.
Para fazer acontecer algumas estratégias precisaram ser trabalhadas. Primeiro, transformar
um grupo de professores em equipe. A participação conjunta em curso com Fernando
Dolabela, a motivação para elaboração de um projeto de empreendedorismo na UNICA, a
organização de um evento para promoção do empreendedorismo durante a Semana do




                                                                                        8
Administrador foram fatores que facilitaram uma ação colegiada na condução de uma
disciplina de empreendedorismo.
Em segundo lugar, para consolidar a implantação da proposta, era fundamental se buscar a
adesão de novos simpatizantes à causa. A apresentação de palestras sobre
empreendedorismo e de cases desenvolvidos por egressos e alunos da UNICA, durante a
Semana do Administrador, tinha esse propósito. Porém, o baixo nível de conscientização e
uma fraca comunicação na instituição como um todo não proporcionaram o resultado
esperado. A participação de professores e alunos ficou bastante aquém do objetivo.
O desafio de fazer acontecer está associado ao risco de dar certo ou errado. Certamente, as
vitórias foram superiores as derrotas. Propõe-se a ampliação das vitórias, buscando-se
descobrir os pontos fracos e formulando propostas de melhoria para minimizá-los.


   6. Conclusões e Recomendações

Entende-se que existem requisitos básicos para acontecer o empreendedorismo. Ei-los:

       1. Ter objetivos pessoais e profissionais
       2. Observar tendências
       3. Usar talentos pessoais
       4. Ser adepto da educação continuada
       5. Ampliar rede de relacionamento
       6. Buscar equilíbrio entre trabalho, lazer, emoções e valores.
       7. Ousar em mudanças

Esses requisitos fazem parte da rotina dos professores que abraçaram a proposta de
aprendizagem colaborativa. Todos assumiram esse desafio com motivação e compromisso.

Como recomendação para ampliar o diferencial competitivo da UNICA formula-se três
etapas para integração de professores e de conteúdos programáticos.
        1ª etapa: Plano de negócio na 3ª ou 4ª fase.
        2ª etapa: Elaboração de trabalho monográfico na 5ª ou 6ª fase.
        3ª etapa: Trabalho de conclusão de curso (TCC) na 7ª ou 8ª fase.

Implementadas essas etapas, certamente, poder-se-ia conseguir uma adequação ao processo
de mudança, ou seja, alto nível de conscientização e forte intensidade de resposta.




                                                                                         9
Referências
ANTUNES, C. Trabalhando habilidades: construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001.
BORTOLANZA, M. L; VOLPATO, T. G. Um olhar psicopedagógico sobre o insucesso
acadêmico na universidade. Revista POIÉSIS, Tubarão, V.4, n.7/8, p.101-120, jan. /dez.
2002.
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a
transforma conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados,
1999.
HAMEL, G., PRAHALAD, C. K. Competido pelo futuro: estratégias inovadoras para obter
o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
POPKEWITZ, T. S. Lutando em defesa da alma: a política de ensino e a construção do
professor. Porto Alegre: Artmed Editores Ltda, 2001.
VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.




                                                                                      10

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Ensinando empreendedorismo na universidade

  • 1. A competência e a arte de empreender Luiz França Silva Maria Aparecida C. César Güttler Naira Tomiello Otávio Ferrari Filho Tatiani Leal 1. Justificativa. Os cursos de Administração de Empresas no Brasil, sempre foram voltados à formação de profissionais que pretendiam, de modo geral, transformarem-se em empresários e/ou trabalharem em grandes empresas, como gerentes, supervisores, e demais cargos do staff administrativo. O egresso buscava na maior parte das vezes, uma oportunidade de emprego. O incentivo à pequena empresa, sempre passou à margem, por conta, entre outros fatores, da cultura das empresas multinacionais. O encorajamento de atividades empreendedoras foi, até então, visto quase que como utópico, haja vista às inúmeras crises do país. A postura empreendedora, sempre careceu de incentivos e da falta de integração universidade-empresa, que conforme Dolabela (1999), “ainda não conseguiram construir um modus vivendi que possa dar origem à existência de parques científicos-tecnológicos e ecossistemas de eficácia perante a globalização”. Esta sinergia poderia ser a grande estratégia fomentadora das PME1. Diluindo-se em discursos o tema ainda não logrou resultados significativos nesta interação e ainda centra-se em visões arraigadas de um mercado nascido de uma visão paternalista, fruto do histórico colonialismo. No entanto, a turbulenta competitividade do mercado globalizado traçando de forma cada vez mais veloz os destinos empresariais, e decorrente, principalmente, da revolução da informação, têm propiciado, mais recentemente, o empreendedorismo, que está fazendo com que nossas empresas, universidades e sociedade, sem tradição empreendedora, passem a rever seus conceitos. Com o desemprego batendo à porta de milhões de brasileiros e as grandes desigualdades do país, não é de se surpreender que diante deste quadro, órgãos nacionais voltados para o apoio as PME apesar de sua importante participação, não consigam dar conta das necessidades do setor. “Por inúmeros fatores, o capitalismo de risco ainda não surgiu no Brasil como uma atividade econômica atraente, sendo restrito a poucas iniciativas. As PME sofrem terrivelmente diante da baixíssima disponibilidade de recursos financeiros para o financiamento de suas atividades” DOLABELA (1999). As políticas públicas, ainda que hoje, estejam mais bem encaminhadas, não oferecem, ainda, maiores vantagens, às PME. Além disto no Brasil, a atividade empreendedora não é percebida pela sociedade de forma muito positiva em função de sua ligação com o termo empresário, que tem uma imagem daquele que “gosta de levar vantagem em tudo”. Este contexto da realidade brasileira, face às novas exigências do mercado globalizado e aos novos paradigmas administrativos, requer mudanças substanciais no modo de gerenciar 1 Pequenas e Médias Empresas
  • 2. as organizações e acaba por potencializar a visão empreendedora, especialmente no seio das universidades, onde a disseminação do termo pode agregar valor, possibilitando diferenciais competitivos, com a formação de empreendedores. Urge então, conscientizar e envolver a sociedade como um todo, “bem como os sistemas de suporte, muitas vezes ainda inconscientes do seu papel” DOLABELA (1999). A disseminação da filosofia empreendedora visa formar alunos com perfis adequados à nova concepção de empresário-empreendedor. Segundo Filion apud Dolabela (1999) “o empreendedor é visto como alguém que imagina, desenvolve e realiza visões. A visão é uma idéia, muitas vezes um conjunto de idéias (imagens) que se quer realizar (projetadas no futuro)”. Este perfil, segundo Timmons apud Dolabela (1999) inclui as seguintes características: 1- Iniciativa e energia, 2-Autoconfiança, 3-Abordagem em longo prazo, 4- Dinheiro como medida de desempenho, 5-Tenacidade, 6-Fixação de metas, 7-Riscos moderados, 8-Atitude positiva diante do fracasso, 9-Utilização de feedback sobre o seu comportamento, 10- Iniciativa, 11-Sabe buscar e utilizar recursos, 12-Não aceita padrões impostos, 13 Internalidade, 14-Tolerância à ambigüidade e incerteza. Estas características compõem os pilares conceituais que servirão como guia para a motivação e compreensão do comportamento empreendedor que dá subsídio à estruturação das demais prerrogativas para a competência e a arte de empreender. Para tanto, é necessário desenvolver a criatividade, que segundo, Dolabela (1999) levará à descoberta, à invenção e inovação e ao processo de mudanças que estruturarão uma oportunidade de negócio. Nesta perspectiva, buscou-se na UNICA - Centro de Educação Superior, em Florianópolis (SC), criar um grupo com a missão de aprofundar o conhecimento e a busca de competências para a disseminação da filosofia empreendedora nos cursos oferecidos. Segundo Dolabela (1999), “tudo indica que o empreendedor é fruto de uma cultura. Por outro lado, se existem dúvidas sobre a possibilidade de se ensinar alguém a ser empreendedor, sabe-se que é possível que alguém aprenda a sê-lo em determinadas circunstâncias que sejam favoráveis ao auto-aprendizado”. Assim, o ambiente de sala de aula, que o autor denomina a “oficina do empreendedor” deve favorecer esta cultura, onde os alunos devem absorver atitudes e comportamentos típicos do empreendedor. Seguindo a mesma metodologia do autor, o aluno poderá aprender de forma real, desenvolvendo seu sonho, numa visão empreendedora, de forma auto-suficiente, de forma pró-ativa, com erros e acertos, desenvolvendo aptidões técnicas e emocionais, tais como a liderança, a energia, o conhecimento de si, entre outras que, com exercícios e processos de auto-aprendizagem, desenvolvam aptidões individuais e a busca de uma rede de relações através de depoimentos de experiências de empreendedores de sucesso. Neste sentido, o aluno terá oportunidade de ativar essa criatividade e desenvolver habilidades técnico-gerenciais para identificar ameaças e oportunidades, fazer a análise de viabilidade e de riscos, entre outros aspectos essenciais ao plano de negócio como, integração de marketing, finanças, e outros fatores organizacionais. A empreitada demanda orientação de uma equipe de especialistas nos diversos ramos do conhecimento, compartilhando a aprendizagem de forma interdisciplinar, numa nova postura de ensino, menos tradicional, evitando fórmulas pré-determinadas. Seu papel é orientar o aluno a buscar por si mesmo as soluções, desenvolvendo métodos próprios de aprendizagem, pela sua capacidade de percepção, mas contando sempre com o suporte desta equipe, que favorece o conhecimento por meio de ações, e pela motivação. 2
  • 3. Até então, a UNICA não dispunha, ainda que houvesse proposições anteriores, de uma visão orientada a uma maior integração do seu quadro docente, no sentido de promover um maior relacionamento entre os conteúdos programáticos das diversas disciplinas que compõem o curso de Administração de Empresas. A proposta da disciplina de empreendedorismo é, então, uma solução inovadora. O plano de negócio como produto da disciplina integra conteúdos de dimensão conceitual, estratégica, mercadológica, recursos humanos, produção e/ou serviços, econômica e financeira. Procurou-se assim, com base nas necessidades impostas pela realidade brasileira, formular a criação de um programa de ensino de empreendedorismo, observando, conforme apresentado no projeto apresentado à Instituição, alguns pressupostos básicos: • Aprofundar o conhecimento das competências internas do grupo de professores que se propõem a participar do projeto; • Associar tais competências com os recursos disponibilizados pela instituição; • Aprofundar o conhecimento sobre a metodologia empreendedora; • Formatar disciplinas a serem oferecidas em diversas fases dos variados cursos oferecidos pela instituição; • Planejar a Semana do Administrador (que se realizou no mês de setembro do corrente ano). Após estar sedimentada a visão empreendedora entre os corpos docente e discente da instituição, o intuito é disseminar a mesma entre o corpo administrativo da instituição, bem como disseminar a visão empreendedora em instituições que serão denominadas parceiras da UNICA a fim de complementar suas ações de Responsabilidade Social. Desta forma, oficializou-se na disciplina Tópicos Especiais 3, para as turmas formandas com habilitações em marketing, gestão da informação e turismo e hotelaria, o curso de empreendedorismo, criando-se paralelamente o Laboratório de Empreendedorismo, para dar suporte a esta primeira experiência, que vem, até aqui, se estruturando, como uma oportunidade única de desenvolver de forma cada vez mais ampla e pertinente este compartilhar de aprendizagem alunos x professores. Esta busca coloca-nos em posição de vanguarda. Ainda que outras instituições estejam abordando a temática do empreendedorismo, saímos na frente numa posição única, de buscar na prática a viabilidade do discurso, implantando um curso inovador, de visão sistêmica/holística, e que pretende ser referência na área. Desta busca emergiram as seguintes questões: Como implementar a disciplina de fora para dentro de universidades? Como sensibilizar, induzir, incentivar, treinar o corpo docente? Como superar os obstáculos à integração universidade-empresa? Como envolver os sistemas de suporte? 3
  • 4. Ainda, em decorrência da metodologia proposta, como se verá mais adiante, surgiram as seguintes questões: • Como trazer o empresário para a sala de aula, transformando-o no verdadeiro mestre do ensino, e mais importante, como convencer a universidade a aceitar esta situação? • Como abrir vagas na sala de aula para a emoção, o sonho, o ego, o indefinido, o subjetivo, o incerto? • Como priorizar o ser em relação ao saber, uma vez que estes princípios não fazem parte do ensino tradicional? • Como identificar/recrutar o professor desta área? O presente projeto pressupõe a metodologia empreendedora difundida pelo Prof. Fernando Dolabela, através de cursos oferecidos pelo IEL Nacional e deve ser o ponto de partida para o alcance do objetivo proposto. Desse modo, o grupo vem definindo os planos de ação que irão propiciar o desenvolvimento e a disseminação desta nova visão a na instituição em questão, buscando a competência e a arte de empreender. Neste sentido elaborou-se a seguinte questão-problema: Como desenvolver e disseminar a visão empreendedora no Centro de Educação Superior – UNICA, localizado na cidade de Florianópolis (SC)? 2. Objetivos 2.1. Objetivo geral O objetivo geral do presente projeto consiste em desenvolver e disseminar a visão empreendedora no Centro de Educação Superior – UNICA, na cidade de Florianópolis (SC). 2.2. Objetivos específicos Os objetivos específicos que permeiam o presente projeto são: Aprofundar o conhecimento das competências internas do grupo de professores que se propõem a participar do projeto; Associar tais competências com os recursos disponibilizados pela instituição; Aprofundar o conhecimento sobre a metodologia empreendedora; Formatar disciplinas a serem oferecidas em diversas fases dos variados cursos oferecidos pela instituição; Planejar a Semana do Administrador, a realizar-se no mês de setembro do corrente ano; Após estar sedimentada a visão empreendedora entre os corpos docente e discente da instituição, disseminar a mesma entre o corpo administrativo da instituição. 4
  • 5. 3. Análise do Ambiente Externo e Interno A competência e a arte de empreender perpassam, fundamentalmente, pela reflexão sobre as mudanças organizacionais e sobre o próprio sistema educacional. Os ambientes organizacionais alteram-se diante da chamada sociedade da informação e do conhecimento: os setores de serviços ganham projeção nesse ambiente; o sucesso das organizações está associado a sua capacidade de interagir globalmente; as formas tradicionais de organização e gerenciamento são substituídas por um estilo menos centralizador, com uma estrutura mais horizontal e pela agilidade em fornecer ao mercado produtos e serviços mais adequados. A competitividade das organizações na sociedade da informação e do conhecimento não está apenas na capacidade de ajustar-se rapidamente às mudanças, mas como sustentam Hamel e Prahalad2 (1995), está na capacidade de “criar o futuro”. A competição pelo futuro, seguindo os autores, é “uma competição pela criação e domínio das oportunidades emergentes”. Não consiste apenas em competir por mercados existentes, mas pela participação em oportunidades. Significa desenvolver caminhos alternativos aos da concorrência. A competitividade sustentada pressupõe um posicionamento que vai além de entender os resultados competitivos após o registro dos fatos, mas pressupõem a construção proativa de vantagens para cada setor. Ao questionar o “establishment” e encontrar possibilidades diante da magnitude dos recursos tecnológicos, dos diferentes estilos de vida, nas mudanças da organização do trabalho, nas dinâmicas das atividades econômico-sociais, na compreensão do binômio espaço-tempo, tem-se o ambiente propício à ação empreendedora. A ação empreendedora não se restringe à criação de uma empresa, mas, sobretudo, revela- se como um modo de agir no mundo, modificando-o. Refere-se àquele que mesmo sem deixar a organização, promove a inovação (intrepreneur); também, àquele que ousa nas suas práticas íntimas e cotidianas; e, àquele que interfere nas práticas sociais, abrandando a exclusão, o infortúnio. O empreendedorismo como um “estilo de vida”, independentemente do seu campo de ação, contribui para o desenvolvimento da sociedade em todos os sentidos. O fomento à prática empreendedora, inclusive pelas Políticas Públicas, intensificou-se no Brasil a partir da década de 90. O elevado índice de mortalidade das empresas e o desemprego são determinantes para essa iniciativa. O crescimento econômico e a melhoria das condições sociais dependem da capacidade que as pessoas têm em assumir riscos, 2 HAMEL, G., PRAHALAD, C. K. Competido pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 5
  • 6. desejarem algo diferente e agirem em consonância com os seus desejos (ou sonhos, como propõe Dolabela3). O papel dos estabelecimentos de ensinos é preponderante para a formalização de uma cultura empreendedora indistintas de faixa etária e classe social. São parcas as iniciativas como a da Junior Achievement, que leva para as escolas públicas e privadas o estímulo ao desenvolvimento pessoal e a vivência de situações reais ligadas ao mundo dos negócios. A Junior Achievement é uma Organização Não Governamental (ONG) internacional, cuja ação em Santa Catarina é viabilizada por aproximadamente 30 importantes empresas locais. Os currículos escolares ainda não contemplam, por iniciativa própria, a matéria de empreendedorismo. No que diz respeito ao ensino superior, a “selvageria competitiva” obriga os gestores educacionais a buscarem alternativas que supram a demanda dos alunos, empresários e executivos no aprimoramento das suas habilidades no ramo de negócios. Há cursos de toda a ordem: graduação, pós-graduação, MBA, cursos in Company, cursos a distância, incubadoras, etc. Segundo dados obtidos na Revista Empreendedor (ago/2003), há 1.500 instituições de ensino privado, que movimentam cerca de R$ 12 bilhões, sendo que 20% a 30% desse montante refere-se ao ensino na área de negócios. Diante do volume de ofertas, os consumidores tornam-se mais criteriosos e seletivos. Os gestores educacionais estão diante do desafio de empreender propostas centradas no desenvolvimento das habilidades dos seus públicos, formatar cursos que sejam acessíveis aos mesmos, como carga horária e investimentos demandados, e, sobretudo, destacar-se ao “mar” de ofertas, buscar alternativas diferenciadas. Sem dúvida, sobressair-se-á a instituição que efetivamente desenvolver as habilidades que fortaleçam o “espírito empreendedor” dos seus públicos. As habilidades, diferentemente do conhecimento, são adquiridas através da experiência. Antunes4 (2001) destaca as seguintes habilidades inerentes ao mundo dos negócios: compreender e expressar para o domínio da comunicação interpessoal, raciocinar logicamente de maneira crítica e analítica, compreender e repensar sobre as informações, criar por meio de análise lógica, ser flexível e adaptar-se, decidir, selecionar, levantar hipóteses, planejar, negociar, persuadir/argumentar e liderar. Promover a sustentação teórica que fundamentam as disciplinas e o desenvolvimento das habilidades não é uma proposição inédita, porém esbarra no processo ensino-aprendizagem. A dificuldade em respaldar os interesses e peculiaridades dos alunos com as exigências do pluralismo social, por exemplo, constitui um dos desafios educacionais. Pode-se citar, ainda, outras situações que corroboram para as dificuldades ensino-aprendizagem: as exigências de aprendizagem nem sempre condizem com as possibilidades e expectativas dos alunos; fatores psicológicos como adaptação do estudante à vivência universitária, 3 DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. 4 ANTUNES, C. Trabalhando habilidades: construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001. 6
  • 7. motivações, inteligência, vontade e auto-estima do aluno (POPKEWITZ5, 2001); currículos que tendem a privilegiar propriedades estáveis e fixas; demanda cada vez maior de novos conhecimentos e habilidades para professores e alunos; dupla jornada entre trabalho e estudo; opção pelo curso ter sido uma alternativa “possível”; a posse do título universitário preponderando sobre a importância da qualificação; questões socioeconômicas que podem refletir na aquisição livros; influência familiar, tanto no que diz respeito aos conflitos, quanto à ausência de estímulos para que seus filhos estudem, entre outras (BORTOLANZA; VOLPATO6, 2002). A motivação é um dos mais significativos pré-requisitos para a aprendizagem. Para Vigotski7 (1989), “a motivação tem sua origem em uma necessidade, e esta determina a direção do comportamento para os objetivos apropriados à sua satisfação”. Será que conhecemos as motivações dos nossos alunos? Como fazer com que os alunos criem um vínculo afetivo com as especialidades a que eles se propõem? Tentando responder a essas questões, sugerimos o “Projeto Empreendedorismo”. Este Projeto consiste na formatação de uma disciplina que está sendo ministrada às últimas fases de Administração com habilitações em Marketing, Turismo e Hotelaria e Gestão da Informação. Concebemos a disciplina a partir dos eixos centrais: conceitos de empreendedorismo, identificação de um sonho, plano de marketing e plano operacional, a ser ministrada por cinco diferentes professores. Como resultado prático da disciplina (ainda em andamento), terá a elaboração de um Plano de Negócio e a defesa do Plano para uma banca formada pelos professores titulares da disciplina e outros convidados. Partimos das seguintes premissas para idealizarmos o Projeto: A visão empreendedora contribui para o desenvolvimento humano, profissional e social dos nossos alunos; A competitividade do mercado exige o desenvolvimento das habilidades para área de negócios e que essas devem ser praticadas dentro do ambiente acadêmico; Torna-se um diferencial competitivo para as instituições de ensino que trabalharem as habilidades de modo efetivo; Explorar as motivações dos nossos alunos nos conduz para um processo ensino- aprendizagem com maior êxito. Os cinco professores envolvidos no Projeto ousaram em sua proposta interdisciplinar e erros e acertos sempre advirão de iniciativas inovadoras. 5 POPKEWITZ, T. S. Lutando em defesa da alma: a política de ensino e a construção do professor. Porto Alegre: Artmed Editores Ltda, 2001. 6 BORTOLANZA, M. L; VOLPATO, T. G. Um olhar psicopedagógico sobre o insucesso acadêmico na universidade. Revista POIÉSIS, Tubarão, V.4, n.7/8, p.101-120, jan. /dez. 2002. 7 VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 7
  • 8. 4. Plano operacional da disciplina de Empreendedorismo O plano operacional foi projetado para possibilitar ao aluno investigar, entender e internalizar a ação empreendedora e elaborar um projeto empreendedor, por meio da construção de um Plano de Negócios. O Plano de Negócios permite a integração de conteúdos programáticos de diversas disciplinas do curso de Administração de Empresas, nas habilitações de Gestão da Informação, Turismo e Hotelaria, Marketing e Comércio Exterior, do Centro de Educação Superior (UNICA). A abordagem sobre a dimensão conceitual do empreendedorismo, a dimensão estratégica e a dimensão operacional foi direcionada para o empreendedorismo empresarial. As informações levantadas podem ser inseridas em um software de plano de negócios. No caso da UNICA, optou-se pelo SPPLAN, software gratuito disponibilizado pelo SEBRAE-São Paulo. Embora se tenha optado pelo empreendedorismo empresarial, aos alunos foi dada a liberdade para apresentarem planos de negócio voltado ao empreendedorismo social ou intra-empreendedorismo. O plano de negócios elaborado pelos alunos será submetido a uma banca constituída pelos professores da disciplina e por representantes de entidades de fomento do empreendedorismo como SEBRAE-SC, ENE – Escola de Novos Empreendedores, PFP & Associados Consultoria, Instituto de Negócios da Juventude, vinculado a ACIF, CRA-SC – Conselho Regional de Administração de Santa Catarina.Os melhores planos de negócios, definidos pelo júri, serão encaminhados para incubadoras estabelecidas na Grande Florianópolis. Os cases selecionados serão utilizados no futuro como fontes de motivação para os alunos da instituição. 5. O desafio do fazer acontecer Uma proposta de aprendizagem colaborativa com participação de cinco professores sem chefe, aliada a integração de conteúdos de diversas disciplinas, é uma inovação. Como tal pode-se perceber indecisão ou rejeição à proposta, dependendo do nível de conscientização e do grau de intensidade de resposta dos envolvidos no processo. Que resistências à mudança são identificadas? De um lado, os gestores de cursos de administração e alunos acostumados a lidar com um professor por disciplina. De outro lado, alunos alimentando conflitos entre professores e gestão do curso para facilitar seus propósitos de redução de carga de trabalho. Essa situação é agravada por alunos de última fase que estão sobrecarregados por tarefas exigidas pelas diversas disciplinas da última fase e com o trabalho de conclusão de curso. De outro ainda, a torcida para que não dê certo para que em um futuro próximo não venha a ser atingido por essa proposta de mudança. Para fazer acontecer algumas estratégias precisaram ser trabalhadas. Primeiro, transformar um grupo de professores em equipe. A participação conjunta em curso com Fernando Dolabela, a motivação para elaboração de um projeto de empreendedorismo na UNICA, a organização de um evento para promoção do empreendedorismo durante a Semana do 8
  • 9. Administrador foram fatores que facilitaram uma ação colegiada na condução de uma disciplina de empreendedorismo. Em segundo lugar, para consolidar a implantação da proposta, era fundamental se buscar a adesão de novos simpatizantes à causa. A apresentação de palestras sobre empreendedorismo e de cases desenvolvidos por egressos e alunos da UNICA, durante a Semana do Administrador, tinha esse propósito. Porém, o baixo nível de conscientização e uma fraca comunicação na instituição como um todo não proporcionaram o resultado esperado. A participação de professores e alunos ficou bastante aquém do objetivo. O desafio de fazer acontecer está associado ao risco de dar certo ou errado. Certamente, as vitórias foram superiores as derrotas. Propõe-se a ampliação das vitórias, buscando-se descobrir os pontos fracos e formulando propostas de melhoria para minimizá-los. 6. Conclusões e Recomendações Entende-se que existem requisitos básicos para acontecer o empreendedorismo. Ei-los: 1. Ter objetivos pessoais e profissionais 2. Observar tendências 3. Usar talentos pessoais 4. Ser adepto da educação continuada 5. Ampliar rede de relacionamento 6. Buscar equilíbrio entre trabalho, lazer, emoções e valores. 7. Ousar em mudanças Esses requisitos fazem parte da rotina dos professores que abraçaram a proposta de aprendizagem colaborativa. Todos assumiram esse desafio com motivação e compromisso. Como recomendação para ampliar o diferencial competitivo da UNICA formula-se três etapas para integração de professores e de conteúdos programáticos. 1ª etapa: Plano de negócio na 3ª ou 4ª fase. 2ª etapa: Elaboração de trabalho monográfico na 5ª ou 6ª fase. 3ª etapa: Trabalho de conclusão de curso (TCC) na 7ª ou 8ª fase. Implementadas essas etapas, certamente, poder-se-ia conseguir uma adequação ao processo de mudança, ou seja, alto nível de conscientização e forte intensidade de resposta. 9
  • 10. Referências ANTUNES, C. Trabalhando habilidades: construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001. BORTOLANZA, M. L; VOLPATO, T. G. Um olhar psicopedagógico sobre o insucesso acadêmico na universidade. Revista POIÉSIS, Tubarão, V.4, n.7/8, p.101-120, jan. /dez. 2002. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transforma conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. HAMEL, G., PRAHALAD, C. K. Competido pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995. POPKEWITZ, T. S. Lutando em defesa da alma: a política de ensino e a construção do professor. Porto Alegre: Artmed Editores Ltda, 2001. VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 10