O curso Captação de Recursos é um guia rápido para quem precisa comercializar projetos e programas culturais, trazendo conceitos básicos e introdutórios para guiar seu plano de captação, do planejamento à conquista.
Com foco prático, auxilia gestores e empreendedores a ampliar o olhar sobre as diversas fontes de financiamento, a elaborar projetos e planos de cotas, prospectar e negociar com potenciais patrocinadores. Tudo isso com exposições e casos concretos, e a bagagem e experiência de uma profissional com quase 20 anos na área.
O curso acontece regularmente no Cultura e Mercado em São Paulo, e algumas cidades fora mediante demanda. Veja aqui: http://www.culturaemercado.com.br/cursos/captacao-de-recursos-1/
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Captação de Recursos com Daniele Torres
1.
2. Apresentação: Daniele Torres
Museóloga, com 20 anos de atuação profissional em projetos culturais com leis de
incentivo, captação de recursos e gestão de projetos em diferentes áreas
(patrimônio, artes visuais, música, gestão de espaços culturais, entre outros).
Integração entre cultura e projetos sociais.
Pós graduada em: - história da arte e arquitetura no Brasil (PUC-RJ)
- gestão cultural (Estácio – RJ), e
- gestão da comunicação empresarial (PUC-MG).
Foi coordenadora de projetos da Fundação CSN (2001/2002) e gestora de
patrocínios da VALE (2004 a 2007). Trabalhou em ONGs como Instituto Rio (RJ,
2004) e Instituto Agires (SP, 2011 a 2013). Foi consultora da OSCIP ambiental
Renctas (DF, 2007/2008).
Sócia da Companhia da Cultura desde 2004.
De agosto de 2013 a outubro de 2015 foi Gerente de Mercado dos Institutos:
Brasil Leitor (IBL) e Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC).
Atualmente é diretora do Instituto AES (2016 - 2018)
Leciona sobre elaboração de projetos e captação de recursos no SENAC e no
Cultura e Mercado, onde coordena o curso “Formação em Captação de Recursos”.
4. CAPTAÇÃO DE RECURSOS
• Captação de recursos é um PROCESSO de longo
prazo.
• Precisa de mais de um ano de investimento para
gerar resultados significativos; sendo o período
ideal o que permite o provisionamento dos recursos
no orçamento do ano seguinte das empresas.
• Deve ter o envolvimento de todos, pois toda a
instituição contribui para o sucesso; embora seja
necessário ter um departamento ou pessoa
exclusivamente dedicada a esta missão.
5. Captação de Recursos
Planejamento!
Envolvimento de toda a equipe.
Prazo!!!
Análise SWOT...
Diagnóstico.
Marco zero.
Mensuração.
Sponsorkit.
Fortalecimento institucional.
Participação em eventos.
Conselho participativo.
Comunicação!
Metas.
Avaliação
ROI
Fundos...
Pós-venda.
6. Captação de Recursos
Departamento de captação: relações institucionais, planejamento
estratégico, comunicação, projetos, pesquisa, comercial...
• Dinamização e atualização de sites
• Uso de redes sociais
• Assessoria de imprensa >> foco na imagem institucional
• Assessoria de imprensa >> divulgação dos projetos
• Reuniões periódicas com grupo gestor, produção e conselho
• Contato constante com investidores efetivados
• Avaliação dos projetos (mensuração!)
• Desenvolvimento de eventos de captação.
• Benchmarks.
• Planejamentos anuais (ou semestrais ou bienais, dependendo de cada instituição,
porte e perfil dos projetos).
7. Captação de Recursos
Estratégias
• Planejar bem: conhecer profundamente as características do
projeto
• Pesquisa de mercado (cenários, oportunidades, etc.) e sobre as
empresas a prospectar - Captações segmentadas por área cultural;
• Fortalecimento das marcas institucional e do projeto;
• Maior divulgação dos projetos e atividades;
• Convite a importantes formadores de opinião para participação
como conselheiros;
• Relacionamento com empresas por meio da participação em
eventos, prêmios, associações, etc.;
• Realização de eventos para aproximação de líderes com a
instituição;
• Diversificação das fontes de captação;
8. Captação de Recursos
Estratégias
• Estabelecer planos de cotas para cada projeto, valorizando as
contrapartidas de cada uma;
• Trabalhar a fidelização de parcerias com o pós-venda e
aproximação com patrocinadores;
• Flexibilizar as formas de participação com cotas variadas e de
diferentes proporções (criar mais oportunidades de patrocínio);
• Usar ferramentas de marketing - como e-mail marketing e redes
sociais - para criar canal de relacionamento constante com
empresas, formadores de opinião e público qualificado.
9. Captação de Recursos
FONTES DE FINANCIAMENTO
PESSOAS
JURÍDICAS
GOV. PESSOAS FÍSICAS
EVENTOS
Crowdfunding
PJ e PF
Geração de Renda
Fontes
institucionais:
institutos, agências
internacionais e
ONGs
Investimentos
13. Histórico Leis de Incentivo
• Características das leis de incentivo: isenção de imposto em
troca de investimento em projetos, fundos ou ações culturais.
• Projetos precisam ser previamente aprovados pela respectiva
instância governamental.
• Migração do modelo europeu para o americano
• Mecenato no Brasil:
Lei Sarney – 1986 a 1990;
O impacto da era Collor;
1990 – Lei Mendonça (SP);
1991 – Sérgio Paulo Rouanet;
Era FHC – Ministro Weffort;
Era Lula – Ministros Gil e Juca;
ProCultura.
14. Incentivos Fiscais para a Cultura
Leis de Incentivos em Vigor:
• Federal: Rouanet, Audiovisual, Funcine >> IR
• Estaduais: ICMS
• Municipais: ISS/IPTU
Mecanismo de Financiamento Federal: Fundo (FNC)
OBS: Existem outras leis que concedem incentivos fiscais para
esporte, saúde e área social.
15. FNC
• É parte da Lei 8.313/91 = concebido junto com o
Mecenato, que é forma mais conhecida da Lei Rouanet;
• Trata-se de investimento direto do Governo, que
seleciona e financia os projetos;
• Objetivo é descentralizar e investir justamente onde o
mecenato não alcança;
• Produtores podem inscrever as ações culturais e o MinC
seleciona e financia;
• Recursos advém do Tesouro, de loterias, de doações e de
saldos de projetos do Mecenato.
16. Audiovisual
Lei 8.685 / 1993
• Histórico de organização e lobby da indústria e grandes nomes do setor;
• Grande vantagem em relação à Rouanet: permite que o patrocinador seja
sócio investidor;
• Patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção
independente e para projetos específicos da área audiovisual,
cinematográfica de difusão, preservação, exibição, distribuição e infra-
estrutura técnica apresentados por empresa brasileira;
• Lei temporária até 2016;
• Órgãos reguladores: ANCINE e CVM;
• Limite de captação por capacidade comprovada de realização de cada
proponente;
• Isenção de 3% do IR;
• 100% de benefício.
FUNCINE !
FSA!
17. Lei Rouanet
Quem pode patrocinar?
Empresas tributadas pelo lucro real / Pessoas Físicas
Quem pode ser proponente?
Pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos e pessoas físicas, com
experiência e objetivo social cultural.
CONCEITO de Cultura para o MinC! Cultura como produto.
• Doação X Patrocínio: diferenças
• Limites de dedução:
4% para PJ e 6% para PF
• Aprovação é publicada em Diário Oficial.
• Mínimo de 20% do total aprovado para poder começar a movimentar a
conta.
• Obrigatoriedade de inserir créditos (logomarca) do MinC.
• Obrigatoriedade de prestar contas.
Atenção para limites e estrutura orçamentária
18. Leis de Incentivo à Cultura
LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA 8.313/91 PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
PROJETO
NOME DO PROJETO
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA ANALÍTICA
ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE UNIDADE
QUANTIDADE DE
UNIDADE
CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL
1 PRÉ-PRODUÇÃO
SUBTOTAL PRÉ-PRODUÇÃO -
2 PRODUÇÃO/EXECUÇÃO
SUBTOTAL PRODUÇÃO/EXECUÇÃO -
3 DIVULGAÇÃO até 20% do total
SUBTOTAL DIVULGAÇÃO -
4 CUSTOS ADMINISTRATIVOS até 15% do total
SUBTOTAL CUSTOS ADMINISTRATIVOS -
5 IMPOSTOS E RECOLHIMENTOS
5.1 INSS 1 verba 1 -
SUBTOTAL IMPOSTOS E RECOLHIMENTOS -
6 AGENCIAMENTO 10% do total (até R$ 100.000,00)
6.1 Agenciamento (captação de recursos) 1 verba 1 -
SUBTOTAL ELABORAÇÃO E AGENCIAMENTO -
TOTAL -
19. Lei Rouanet
Artigo 18 X Artigo 26
• Artigo 18 garante 100% de dedução ao patrocinador. Patrocinador não
pode abater como despesa operacional nem inserir no cálculo da CSLL.
• Áreas contempladas: artes cênicas; livros de valor artístico, literário ou
humanístico; música erudita ou instrumental; circulação de exposições de
artes visuais; doações de acervos (bibliotecas, museus, arquivos e
cinematecas); produção de obras cinematográficas e videográficas de
curta e média metragem; preservação e difusão do acervo audiovisual;
preservação do patrimônio material e imaterial.
• Artigo 26: limite de 30% de abatimento para quem patrocina e de 40%
para quem faz doação. Patrocinadores podem lançar a despesa no cálculo
como despesa operacional.
• Áreas: todos os demais segmentos artísticos não listados no artigo 18.
20. Vantagens do Investimento –
Contrapartidas (Patrocínios)
• Isenção fiscal (de 34 a 100%)
• No caso da lei do audiovisual podem ter lucro (134%)
• Associação direta da marca ao projeto >> publicidade
• Relacionamento com comunidades e públicos de interesse
• Produto cultural como brinde
21. Pessoas Físicas
PESSOAS FÍSICAS podem fazer doações financeiras para os
projetos e descontar do imposto (IR e IPTU)! No caso do IR, via
Lei Rouanet:
• Artigo 18 = 100% de dedução.
• Artigo 26 = 60% de abatimento para patrocínio
80% para doação.
• Precisa fazer a DECLARAÇÃO COMPLETA no caso do IR.
• Problema: IR de PF é pago no ano seguinte, ou seja, primeiro
a pessoa faz a doação ou patrocínio e só depois ela compensa
do IR devido (quando declarar).
• Empresas estão estimulando seus colaboradores a investir,
facilitando os trâmites e gerando aumento no número de
doadores (Caixa, Unimed, CEMIG, entre outros)
22. Dicas Práticas
PRAZOS Rouanet
• Inscrição de Projetos: o ano inteiro, sendo que planos anuais precisam ser
enviados até 30/09.
• Análise de Projetos (reuniões de aprovação – CNIC): Fevereiro a
Novembro.
• Prazos de Captação / Execução: 1 ano, renovável por mais 1 ano (projetos
aprovados no último trimestre têm renovação automática para o ano
seguinte, garantindo assim 2 anos de prazo para captação e realização do
projeto).
• Renovação de projetos: projetos com recursos captados costumam
conseguir mais renovações de prazo de execução, a depender do
relacionamento. É preciso solicitar as renovações até 30/11!
• Prestação de contas: até 30 dias após o fim da execução da ação cultural.
23. ProCultura: proposta de substitutivo
da Lei Rouanet
PROCULTURA!
Fortalece o FNC
Garante 10% dos recursos do Fundo para cada região
Reserva de recursos para produtores independentes, de pequeno porte
ou cooperativas
“Territórios Culturais Prioritários” = 100%
Sistema de pontos: 0 a 8 = não aprovado
8 a 10 = 30%
11 e 12 = 50%
13 a 15 = 70%
16 ou mais = 100%
Aumento de 6 para 8% renúncia de PFs
24. Leis Estaduais
• Quem pode patrocinar?
Esfera Estadual: empresas pagadoras de ICMS
Em SP: PROAC = Programa de Ação Cultural
• Prazos determinados
• Inscrição do proponente que, após habilitação, poderá
inscrever projeto
• Limites orçamentários pré-definidos por área
• Execução de 2 projetos por CNPJ ou 1 por CPF (plano anual = 1)
>> até prestação de contas
• Exemplo de empresa que usa bem o recurso: Oi – editais
regionais por meio do ICMS
• Lei 12.268/2006 institui 0,2% da arrecadação para o PROAC
• Áreas >> diferenciais
25. Leis Municipais
• Quem pode patrocinar?
Esfera Municipal: empresas pagadoras de ISS e, em alguns
municípios, pessoas físicas ou empresas para desconto no IPTU.
• Cada município tem seu regulamento, prazo, áreas de
investimento, etc.
EM SP: Lei Mendonça
• Lei 10.923/90 + Decreto 29.684/91
• Até 70% de desconto (30% como contrapartida) >> PL
Matarazzo, aprovado em primeira votação, ampliaria para
100%
• Teto por empresa é de 20%
• Áreas contempladas >> diferencial: artes gráficas e filatelia.
26.
27. Captação de Recursos: PROJETO
Passo a passo elaboração de projetos em geral >> mínimo necessário:
- Apresentação (resumo)
- Objetivos (o quê)
descritivo: público alvo, local, data, etc.
- Justificativa / conceito (porquê + diferencial)
PARA LEIS de INCENTIVO à CULTURA: importância social, acesso e difusão, valorização da cultura
local ou nacional e afinidade com o Plano Nacional de Cultura
PARA LEIS DE INCENTIVO SOCIAIS: alinhamento com os princípios dos Fundos e toda a legislação,
valorizar o caráter social e os IMPACTOS. Fazer diagnóstico (marco zero).
PARA CAPTAÇÃO: qual a identidade com a fonte de recursos selecionada
- Estrutura do projeto = Memorial Descritivo
Necessidades / infra-estrutura
- Orçamento detalhado
- Cronograma
- Plano de divulgação
- Equipe e apoios institucionais
- Plano de cotas e contrapartidas: benefícios do patrocinador x opções de investimentos
- Contatos
28. Captação de Recursos: PROJETOPARA LEIS de INCENTIVO PARA CAPTAÇÃO
Orçamento detalhado obrigatório opcional
Plano de cotas e
contrapartidas
dispensável recomendado
Democratização de
acesso
obrigatório recomendado
Acessibilidade obrigatório recomendado
Currículos obrigatório: detalhados só destaques e resumidos
Documentos (CNDs,
por exemplo)
obrigatório necessário no momento
do contrato
Plano de divulgação obrigatório necessário
Roteiro mínimo
(objetivos, justificativa,
público, descrição...)
obrigatório: detalhado obrigatório: sucinto
Contrapartidas dispensável obrigatório
Fotos e vídeos dispensável recomendado
Programação visual dispensável necessário
29. Captação de Recursos > PROJETOS: DICAS!
Voltar sempre ao PLANEJAMENTO e ao que foi escrito e consequentemente
comprometido no PROJETO;
Pense na continuidade da ação cultural / perenidade do projeto;
Tente se colocar no outro lado – de quem vai avaliar a proposta, seja um
espaço cultural, uma empresa ou um órgão governamental – faça
perguntas nesta posição e veja se consegue responder e defender todas
em seu projeto, quer seja na etapa de apresentação ou na de renovação
ou avaliação final da execução;
Atenção com direitos autorais, herdeiros, autorizações de uso de imagem;
Invista em sistemas de gestão da informação;
Invista na programação visual de materiais;
Invista na comunicação e nas redes sociais.
30. Captação de Recursos: Planos de Cotas
Regra essencial: PROPORCIONALIDADE!!
Exemplos: arquivo estudos
LISTAR TODAS AS CONTRAPARTIDAS POSSÍVEIS DO SEU PROJETO E MENSURÁ-LAS
FAZER BENCHMARK COM OUTROS PROJETOS
OBSERVAR PROJETOS CULTURAIS E SUAS PUBLICIDADES PARA CRIAR E INOVAR EM
BENEFÍCIOS AOS PATROCINADORES
MODELOS DE PROJETOS EM SALA DE AULA
31. Captação de Recursos: EDITAIS
TIPOS DE EDITAIS:
• Públicos: governamentais
Esferas Federal, Estadual e Municipal
Áreas como assistência social, educação, saúde, cultura,
capacitação, entre outros.
• Privados
Editais de patrocínio e responsabilidade social: apoio a
comunidades, questões de gênero, saúde, educação, meio
ambiente, cultura, esporte.
• Do Terceiro Setor
ONGs nacionais e internacionais que financiam projetos. Todas
as áreas.
32. Captação de Recursos: EDITAIS
MODELOS DE EDITAIS:
• Simples: Instituto Rio
http://www.institutorio.org.br/editaisdoinstitutorio
• Mediano: Brazil Foundation
http://www.brazilfoundation.org/edital-2016/?lang=pt-br
33. Captação de Recursos: EDITAIS
• Complexo: Petrobras
http://dec.petrobras.com.br/roteiro-de-elaboracao-de-projeto/
34. Captação de Recursos: EDITAIS
Referências em editais culturais:
• Oi
http://www.oifuturo.org.br/editais/
• Natura
http://www.naturamusical.com.br/editais-natura-musical-2015
35. Captação de Recursos: EDITAIS
DICAS!
• Apuro visual (quando não é formulário ou se puder enviar anexo)
• CLAREZA dos conteúdos
• Verificar documentação exigida
• Adequação do projeto aos critérios do edital
• Metodologia e cronograma alinhados um com o outro e com
os prazos do edital
• Sempre retornar ao planejamento do projeto para verificar
alinhamento da proposta
• Revisões antes da entrega
36. Captação de Recursos: EDITAIS
DICAS! Onde encontrar informações sobre editais:
• www.culturaemercado.com.br/site/editais
• www.prosas.com.br
• www.captacao.org/recursos/editais-abertos
• www.cultura.gov.br
Outros editais constantes na área cultural (geralmente anuais):
Ocupação de espaços / exibição / desenvolvimento: BNDES,
Caixa Cultural, Correios, Furnas, Programa Rumos (Itaú
Cultural), Festivais de cinema, Funarte...
Patrocínios: Claro, Correios, Votorantim, Prêmio Viva Leitura,
Porto Seguro, Wal Mart, Monsanto, EDP, BID, BB, BNDES...
entre muitos outros...
37.
38. PLANO de CAPTAÇÃO de RECURSOS
POR QUE É IMPORTANTE PLANEJAR A CAPTAÇÃO?
■ assegura que os projetos atendam às mudanças do mercado
■ antecipa mudanças financeiras ou de captação
■ estabelece um processo para captações em andamento
■ permite que a diretoria e a equipe tomem decisões de maneira proativa ao invés de
reativa
■ ajuda a diretoria, comitês e equipe a desenvolver uma compreensão consistente de
seus papéis e do objetivo de cada captação
■ estabelece o quadro limite de relacionamentos (com o governo e outros
stakeholders)
■ cria uma base para avaliações futuras
39. Captação de Recursos: PLANO
1. Definir orçamento do projeto, programa ou organização, estabelecendo
as META$ de captação para o ano (de 2016 para execução em 2017) e
estabelecendo as contrapartidas e plano de cotas.
2. A partir da análise SWOT ou “análise FOFA”, traçar as estratégias:
• Quais fontes de recursos se adequam ao seu projeto?
• É possível certificar seus projetos ou instituição nas leis de incentivos
fiscais?
• Dessas fontes, quais serão os prospects? Considerar: potencial de
investimento, prazo, localidade, segmento captado, público, alinhamento
de comunicação e marcas, histórico de patrocínios.
• Considerar: apoio da comunicação e assessoria de imprensa.
PARA CADA FONTE DE RECURSOS DESENVOLVER UM PLANO DE AÇÃO OU
LISTA DE PROSPECTS!
3. Considerar recursos humanos e materiais para o desenvolvimento do
plano (equipe, programação visual do sponsorkit e despesas de
representação).
40. Captação de Recursos
Pesquisa VIC
Vínculo, Interesse e Capacidade.
Pontuar de 1 a 3 (ou de 1 a 5) para avaliar.
Objetivo: estabelecer prioridades!
Projeto Empresa V I C TOTAL
XPTO Vale 3 2 3 8
XPTO Michelin 1 2 2 5
XPTO BB 1 1 3 5
XPTO Volks 2 2 1 5
41. Por onde começar? Pesquisando patrocinadores.
Salicnet >> para pesquisas específicas e informações de projetos COM LEI
ROUANET somente. www.cultura.gov.br
Revista Marketing Cultural: www.marketingcultural.com.br
Cultura e Mercado / Editais www.culturaemercado.com.br
ABCR www.captacao.org
GIFE www.gife.org.br
ETHOS www.ethos.org.br
Prosas prosas.com.br
PROSPECÇÃO
42. • Valor Grandes Grupos 200 Maiores
• Valor 1000
• Valor Financeiro
• Exame Maiores e Melhores
• Meio e Mensagem (+Anuários)
• http://www.bluebus.com.br
• http://www.cultura.sp.gov.br
• http://www.cultura.rj.gov.br
• http://portal.esporte.gov.br
• http://www.guiaempresaspatrocinadoras.com.br
• http://mostre.me/cultura
PROSPECÇÃO
43. Por onde começar? Pesquisando patrocinadores.
1) Avaliação MACRO ECONÔMICA
- Quem está lucrando?
2) Captação segmentada por negócio:
Alimentos – Automóveis – Transportes – Construção – Eletroeletrônicos –
Indústria de Base – Mercado financeiros – Estatais – Telecom – Varejo.
3) Captação segmentada por perfil investidor:
Teatro – cinema – música – patrimônio – dança – artes visuais – etc.
4) Avaliação por oportunidade
- Quem está investindo? Em que região? Quais as tendências do mercado?
Crises de imagem e reputação?
PROSPECÇÃO
45. CAPTAÇÃO DE RECURSOS
Dicas para:
Abordagem e apresentação!
• Abordagem cordial e não invasiva.
• Negociação!
• Apresentação: imagem, postura, sponsorkit
• Primeiro parceiro!
46. Captação de Recursos
Apresentação
Cartão de Visitas, sempre;
Seja gentil, siga o dress code, mas não deixe de ser quem você é;
Seja pontual;
Paciência;
“Chás de cadeira serão sua bebida predileta” (Gui Afif)
47. FERRAMENTAS COMERCIAIS
Web e Redes Sociais
Para pesquisas: buscas no Google, o site da própria empresa, o Facebook e o
LinkedIn;
Não adicione no Facebook pessoas que você não conhece;
Facebook, Messenger e Instagram >> apenas relações pessoais;
Mensagens corporativas: use o email;
Cuidado no LinkedIn - na versão básica a pessoa sabe quem visitou o perfil;
Só adicione pessoas no LinkedIn após estabelecer contato;
LinkedIn é útil para conhecer o perfil do seu interlocutor, pesquisar um
contato para buscar fonte de aproximação/apresentação (“seis graus de
separação”) e verificar se a pessoa continua na empresa.
48. Telefone
Só faça o primeiro telefonema após pesquisar na web;
Não ligue no celular de pessoas que você não conhece;
Se conhece, envie um SMS ou Whats antes de ligar (saber se pode falar);
Ao fazer cold calls inicie sempre o diálogo com secretários/assistentes -
respeite hierarquias e protocolos;
Agendar com secretária é melhor do que falar com o executivo pelo telefone;
Secretárias devem ser suas melhores amigas (mas não “puxe saco”);
Horários: de manhã cedo, pouco antes do almoço, fim do dia;
Ao invés de deixar recados, pergunte quando pode voltar a ligar.
FERRAMENTAS COMERCIAIS
49. E-mail
Seja sucinto e direto - deixe claro o objetivo da mensagem;
Se tiver que se identificar na mensagem, repense;
Evite adjetivos ao se referir a si mesmo ou ao projeto;
Termine a mensagem com uma pergunta aberta;
Deixe a mensagem “repousar” por, pelo menos, 2 horas. Então revise;
Anexe o projeto em sua versão resumida, curta e bem impactante
visualmente, sem proposta e sem valor de cotas;
Anexos até 6Mb em PDF. Mais do que isso, use links (WeTransfer, DropBox,
YouSendIt, etc).
FERRAMENTAS COMERCIAIS
50. Captação de Recursos
CRM: Controle, Acompanhamento e Pós Venda
Customer Relationship Management. >> Use a tecnologia a seu favor!
Existem sistemas gratuitos disponíveis na internet (oferece algum risco de perda de
dados) e opções que requerem pouco investimento para gerenciar as informações, emitir
relatórios, visualizar a evolução dos processos.
O foco não é só comercial, mas de planejamento (melhoria de fluxos e processos),
marketing relacional, automatização de ações rotineiras, monitoramento com elaboração
de estatísticas e detecção de oportunidades de negócios (comercial).
Exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=ddOnvIKJSpE
http://www.siteexpress.com.br/s-mark?gclid=CMXa7MWZ-LsCFTJo7AodE2YA-g
51.
52. Ativação de Patrocínios
“O patrocínio baseia-se na troca de valor entre dois
protagonistas, o patrocinado e o patrocinador. Ambos
funcionam com lógicas e rotinas distintas que podem ser
articuladas em torno dos projetos de modo a gerar
parcerias construtivas e positivas para ambas as partes.”
Erica Morizono
Captadora
53. Ativação de Patrocínios
• Entender suas necessidades e o que quer alcançar
Significa que devemos:
• escutar mais e falar menos;
• estar dispostos a ajudá-lo;
• procurar satisfazê-lo, sem esquecer a nossa meta;
• ser pacientes e perseverantes.
Escutar
Conhecer os
Interesses
Fazer Crescer
a relação
54. Ativação e Fidelização de
Patrocínios
• ENCARAR OS CLIENTES COMO PATRIMÔNIO QUE REQUER
UM INVESTIMENTO CONTÍNUO (LONGO PRAZO).
• GESTÃO DE CLIENTES # VENDAS!
• CADA CLIENTE DEVE SER GERENCIADO DE UMA FORMA, DE
MANEIRA SEPARADA.
• O SEU PROJETO PRECISA ALINHAR OFERTAS, PROCESSOS E
OPERAÇÕES PARA CRIAR VALOR.
55. Fidelização de Patrocínios
FASE I Cumprir o que foi acordado
FASE II Oferecer valor agregado
FASE III
Superar expectativas dos ciclos anteriores para que
o doador siga confiando e continue renovando seu
apoio constantemente
Fonte: Ricardo Levisky in slides de aula no curso de Formação em Captação de
Recursos / Cultura e Mercado (disponível no Slide Share do CeM)
56. Fidelização de Patrocínios
• PERFIL >> ATENÇÃO!
Relacionamento inicial # gestão de crise
Negociação # acompanhamento de entregas
Planejamento # relacionamento diário
Segundo Kotler e Fox (1998), conquistar clientes novos
custa entre 5 a 7 vezes mais caro do que manter os
mesmos clientes que já possui!!
Fonte: Erica Morizono in slides de aula no curso de Formação em Captação de
Recursos / Cultura e Mercado (disponível no Slide Share do CeM)
57. CAPTAÇÃO DE RECURSOS
Pós Venda: Sugestões / Exemplos
• Utilização de um sistema inteligente de controle e agendamento da prospecção e
organização de banco de dados,
• Impressão de relatórios anuais com resultados dos projetos para distribuição aos
patrocinadores e prospects,
• Evidenciar a transparência e sucesso da prestação de contas (publicar no site, por
exemplo),
• Relatórios mensais dinâmicos, por meio eletrônico (tipo mala direta), aos
patrocinadores: comunicando resultados e com enfoque em números, alcance e
superação de metas, etc.
• Convites e ingressos para relacionamento com os patrocinadores e conselheiros,
• Avaliações semestrais com reunião presencial ou visita do patrocinador ao projeto,
• Realização de eventos de relacionamento entre patrocinadores,
• Ação de Natal com envio de cartões (físicos e virtuais) e BRINDE INSTITUCIONAL* a
patrocinadores e prospects.
*= atenção para fazer itens de baixo valor, simples, institucionais, por causa das regras de compliance cada vez
mais exigentes nas empresas, impedindo o recebimento de brindes que possam ser considerados presentes.
60. Referências Bibliográficas
• www.cultura.gov.br
• Sites governamentais e de Prefeituras (para as leis de cada Estado /
Município >> sites e blogs das secretarias de Cultura)
• www.ancine.gov.br
• www.culturaemercado.com.br
• www.marketingcultural.com.br
LIVROS sobre Leis de Incentivos:
• Cesnik, Fabio de Sá – Guia do Incentivo à Cultura – 2ª edição revisada e
ampliada / Ed. Manole, SP (2007)
• Menezes, Henilton – A Lei Rouanet muito além dos (f)atos / Edições Fons
Sapientiae, SP (2016)
• www.manualdopatrocinador.com.br
Outras fontes: Apostilas dos cursos do Cultura e Mercado >>
disponíveis no Slide Share.
61. Referências Bibliográficas
• Durand, José Carlos – Política Cultural e Economia da Cultura / Ateliê
Editorial e Ed. SESC
• Brant, Leonardo – Mercado Cultural / Ed. Escrituras
• Brant, Leonardo – O Poder da Cultura / Ed. Peirópolis, SP
• Haskell, Francis – Mecenas e Pintores – arte e sociedade na Itália Barroca
/ Edusp, SP
• Nussbaumer, Giseli Marchiori – O Mercado da Cultura em Tempos (Pós)
Modernos / Ed. da UFSM
• Reis, Ana Carla Fonseca – Marketing Cultural e Financiamento da Cultura
/ Thomson Learning Edições, SP
62. • Andrade, Arnaldo Rosa de – Planejamento Estratégico: Formulação,
Implementação, Controle / Ed. Atlas
• Angeloni, Maria Therezinha e Mussi, Clarissa Carneiro (org.) – Estratégias:
Formulação, Implementação e Avaliação – O desafio das organizações
contemporâneas / Ed. Saraiva
• Estraviz, Marcelo – Um dia de captador / Zepelini Editorial
• Hoyle Jr., Leonard H. – Marketing de Eventos – Como Promover com
Sucesso Eventos, Festivais, Convenções e Exposições / Ed. Atlas
• Kunsch, Margarida – Planejamento de Relações Públicas na Comunicação
Integgrada / Ed. Summus Editorial
• Matias, Marlene (org.) – Planejamento, organização e sustentabilidade em
eventos culturais, sociais e esportivos / Ed. Manole
Referências Bibliográficas
63. Referências Bibliográficas
• Alinhamento entre o Investimento Social Privado e os Negócios,
Publicações “Temas do Investimento Social”, do GIFE
• Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, Secretaria
Geral da Presidência da República, Brasília, 2015
• Wu, Chin-Tao – Privatização da Cultura: a intervenção corporativa na
arte desde os anos 1980 / Ed. Boitempo, 2006
• Gitomer, Jeffrey – A Bíblia de Vendas / M. Books, 2011
• Disney Institute – O Jeito Disney de Encantar os Clientes – do
atendimento excepcional ao nunca parar de crescer e acreditar / Ed.
Saraiva, 2011
• http://idis.org.br/pesquisadoacaobrasil/
64. • Machado Neto, Manoel Marcondes – Marketing Cultural – das práticas à
teoria / Ed. Ciência Moderna
• Natale, Edson – Guia Brasileiro de Produção Cultural / Sesc SP
• Salim, Cesar; Hochman, Nelson; Ramal, Andrea e Ramal, Silvina -
Construindo Planos de Negócios - Todos os Passos Necessários para
Planejar e Desenvolver Negócios de Sucesso / Ed. Campus
• Zepelini, Marcio & Colegas – Comunicação: Visibilidade e Captação de
Recursos para Projetos Sociais / SEBRAE e Zepelini Editorial
ONLINE:
Grupo de Estudos do Terceiro Setor – Captação de Recursos, da Teoria à Prática –
disponível na internet (SP, 2002)
Referências Bibliográficas