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EDUCAÇÃO E PATRIMÔNIO
CULTURAL
Referências culturais como base para a educação
patrimonial



Minicurso ministrado na IX Semana de Pedagogia IBILCE/UNESP
– 29 agosto de 2012
AUTORAS
Profa. Dra. Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa
Profa. Esp. Michelle Cartolano de C. Silva
Profa. Sandra Firmino Abdala

AGRADECIMENTOS
Adriana Silva – Secretária da Cultura de Ribeirão Preto
Maria Débora Vendramini Durlo – Secretária da Educação de Ribeirão Preto
Rosana Lourdes Alves M. da Silva – Coordenadora de ações afirmativas para diversidade
Pesquisadores da Rede de Cooperação Identidades Culturais
APRESENTAÇÃO
   Rede de Cooperação Identidades Culturais
    ◦ Sociedade civil e poder público
    ◦ Interdisciplinaridade
   INRC – Inventário Nacional de Referências
    Culturais
    ◦ Mediação entre pesquisa, saberes tradicionais e
      difusão de conhecimento
    ◦ Integração com a comunidade envolvida
    ◦ Referências culturais como base para ações
      patrimoniais

                                                        2
Patrimônio cultural
Noção social e historicamente construída
 Ampliação da noção de patrimônio cultural com a
  influência de uma moderna concepção
  antropológica de cultura:

Cultura para a UNESCO (1982)

“Conjunto de características distintas, espirituais e
  materiais, intelectuais e afetivas, que caracterizam
  uma sociedade ou um grupo social [....] engloba,
  além das artes e letras, os modos de viver, os
  direitos fundamentais dos seres humanos, os
  sistemas de valor, as tradições e as crenças”.
  (Gamarra, 1998: 71)

                                                     3
Patrimônio cultural
Noção social e historicamente construída
 Compreensão da realidade social como
  essencialmente multicultural
 Percepção dos múltiplos sentidos
  atribuídos ao patrimônio cultural por
  cada grupo que compõe a sociedade
 Levar em conta não somente o valor “em
  si” do bem, mas fundamentalmente o seu
  valor referencial


                                           4
UNESCO
Organograma do Patrimônio Cultural


                          Patrimônio econômico
                   Ar, mar, espaços agrícolas, recursos
                                 minerais


                     Patrimônio Natural




                         Patrimônio Cultural



                     material             imaterial



                         Bens móveis, imóveis    Modos de criar,
                             e integrados         fazer e viver
Artigo 216 da Constituição
Brasileira
 Constituem patrimônio     ◦ I – as formas de
  cultural brasileiro os     expressão;
  bens de natureza         ◦ II – os modos de criar,
  material e imaterial,      fazer e viver;
  tomados                  ◦ III – as criações
  individualmente ou         científicas, artísticas e
  conjunto, portadores       tecnológicas;
  de referência à          ◦ IV – as obras, objetos,
  identidade, à ação, à      documentos, edificações
                             e demais espaços
  memória dos                destinados às
  diferentes grupos          manifestações artístico-
  formadores da              culturais;
  sociedade brasileira,    ◦ V – os conjuntos
  nos quais se               urbanos e sítios de valor
  incluem:                   histórico, paisagístico,
                             artístico, arqueológico,
                             paleontológico,
                             ecológico e científico.


                                                     6
Exemplo:
A Bandeira da Festa do Divino
   Na comunidade: relação                No museu: para o
    de troca com a                         visitante: estabelecendo
    divindade.                             contato com a cultura
                                           do outro




Chegada das Bandeiras em Vitória da       Exposição do Divino no Museu de
Conquista.                                Pirenópolis, GO                 7
Exemplo:
A Bandeira da Festa do Divino
    Para a Igreja Católica:             Na escola: compreensão
     símbolo, matéria que não             e respeito à diversidade
     se confunde com o                    cultural
     Espírito Santo                      Risco de caricaturização




                                      http://marista.edu.br/champagnat/2011/06/28/arr
Santuário de São José, Niquelândia,   aia-do-cerrado-cantos-e-folias-do-nosso-povo/
GO
                                                                                    8
Como evitar a cristalização de concepções
caricaturizadas dos bens culturais diversos
em ações educativas?
 Ao trabalhar com as referências culturais
  desloca-se o foco dos bens para a
  dinâmica de atribuição de sentidos e
  valores;
 Compreender cada grupo social como
  portador de identidades específicas;

   PARA ISSO, SE FAZ NECESSÁRIO...

                                              9
PERGUNTAR...
 O que preservar?
 Por que e para quem faz sentido a preservação?
 Quais os significados múltiplos atribuídos aos
  bens culturais?

É ESSENCIAL LEVAR EM CONTA QUE...

Nem todos devem e/ou querem preservar da
mesma forma, porque o sentido de preservação, e o
significado do bem diferenciam-se de acordo com a
matriz cultural de cada grupo social.

                                                   10
Destaca-se que...
  ◦ Na preparação das ações educativas devem
    ser consideradas as condições e os processos
    que possibilitam a compreensão dos sentidos
    produzidos;
  ◦ Isso evita uma visão das práticas culturais
    como permeadas por uma diversidade
    cultural neutra, isenta de conflitos;
  ◦ Diminui o perigo de reduzir as variadas
    referências culturais a meros esboços,
    caricaturas distanciadas das práticas culturais
    vividas.

                                                      11
Experiências e possibilidades de uma
metodologia para educação patrimonial

 A importância de diagnosticar, identificar
  e documentar, de maneira a possibilitar a
  apropriação das referências culturais da
  comunidade onde se pretende
  desenvolver projetos de ensino/pesquisa;
 Todo conhecimento deve ser produzido
  coletivamente;


                                               12
Experiências e possibilidades


   Metodologia para educação patrimonial



   Trabalhando com a noção de referências
    culturais na localidade.




                                             13
14
15
CONTATO

       (16) 36361206 – Ramal 215
 Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto -
        Depto. Patrimônio Cultural

gabinete@cultura.pmrp.com.br
lrosa@cultura.pmrp.com.br
http://redeidentidadesculturais.blogspot.com.br/



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Enecult
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PERCEPÇÕES E ENTENDIMENTOS DA POPULAÇÃO DE RIBEIRÃO
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Minicurso educação e patrimônio cultural 2012

  • 1. EDUCAÇÃO E PATRIMÔNIO CULTURAL Referências culturais como base para a educação patrimonial Minicurso ministrado na IX Semana de Pedagogia IBILCE/UNESP – 29 agosto de 2012 AUTORAS Profa. Dra. Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa Profa. Esp. Michelle Cartolano de C. Silva Profa. Sandra Firmino Abdala AGRADECIMENTOS Adriana Silva – Secretária da Cultura de Ribeirão Preto Maria Débora Vendramini Durlo – Secretária da Educação de Ribeirão Preto Rosana Lourdes Alves M. da Silva – Coordenadora de ações afirmativas para diversidade Pesquisadores da Rede de Cooperação Identidades Culturais
  • 2. APRESENTAÇÃO  Rede de Cooperação Identidades Culturais ◦ Sociedade civil e poder público ◦ Interdisciplinaridade  INRC – Inventário Nacional de Referências Culturais ◦ Mediação entre pesquisa, saberes tradicionais e difusão de conhecimento ◦ Integração com a comunidade envolvida ◦ Referências culturais como base para ações patrimoniais 2
  • 3. Patrimônio cultural Noção social e historicamente construída  Ampliação da noção de patrimônio cultural com a influência de uma moderna concepção antropológica de cultura: Cultura para a UNESCO (1982) “Conjunto de características distintas, espirituais e materiais, intelectuais e afetivas, que caracterizam uma sociedade ou um grupo social [....] engloba, além das artes e letras, os modos de viver, os direitos fundamentais dos seres humanos, os sistemas de valor, as tradições e as crenças”. (Gamarra, 1998: 71) 3
  • 4. Patrimônio cultural Noção social e historicamente construída  Compreensão da realidade social como essencialmente multicultural  Percepção dos múltiplos sentidos atribuídos ao patrimônio cultural por cada grupo que compõe a sociedade  Levar em conta não somente o valor “em si” do bem, mas fundamentalmente o seu valor referencial 4
  • 5. UNESCO Organograma do Patrimônio Cultural Patrimônio econômico Ar, mar, espaços agrícolas, recursos minerais Patrimônio Natural Patrimônio Cultural material imaterial Bens móveis, imóveis Modos de criar, e integrados fazer e viver
  • 6. Artigo 216 da Constituição Brasileira Constituem patrimônio ◦ I – as formas de cultural brasileiro os expressão; bens de natureza ◦ II – os modos de criar, material e imaterial, fazer e viver; tomados ◦ III – as criações individualmente ou científicas, artísticas e conjunto, portadores tecnológicas; de referência à ◦ IV – as obras, objetos, identidade, à ação, à documentos, edificações e demais espaços memória dos destinados às diferentes grupos manifestações artístico- formadores da culturais; sociedade brasileira, ◦ V – os conjuntos nos quais se urbanos e sítios de valor incluem: histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 6
  • 7. Exemplo: A Bandeira da Festa do Divino  Na comunidade: relação  No museu: para o de troca com a visitante: estabelecendo divindade. contato com a cultura do outro Chegada das Bandeiras em Vitória da Exposição do Divino no Museu de Conquista. Pirenópolis, GO 7
  • 8. Exemplo: A Bandeira da Festa do Divino  Para a Igreja Católica:  Na escola: compreensão símbolo, matéria que não e respeito à diversidade se confunde com o cultural Espírito Santo  Risco de caricaturização http://marista.edu.br/champagnat/2011/06/28/arr Santuário de São José, Niquelândia, aia-do-cerrado-cantos-e-folias-do-nosso-povo/ GO 8
  • 9. Como evitar a cristalização de concepções caricaturizadas dos bens culturais diversos em ações educativas?  Ao trabalhar com as referências culturais desloca-se o foco dos bens para a dinâmica de atribuição de sentidos e valores;  Compreender cada grupo social como portador de identidades específicas;  PARA ISSO, SE FAZ NECESSÁRIO... 9
  • 10. PERGUNTAR...  O que preservar?  Por que e para quem faz sentido a preservação?  Quais os significados múltiplos atribuídos aos bens culturais? É ESSENCIAL LEVAR EM CONTA QUE... Nem todos devem e/ou querem preservar da mesma forma, porque o sentido de preservação, e o significado do bem diferenciam-se de acordo com a matriz cultural de cada grupo social. 10
  • 11. Destaca-se que... ◦ Na preparação das ações educativas devem ser consideradas as condições e os processos que possibilitam a compreensão dos sentidos produzidos; ◦ Isso evita uma visão das práticas culturais como permeadas por uma diversidade cultural neutra, isenta de conflitos; ◦ Diminui o perigo de reduzir as variadas referências culturais a meros esboços, caricaturas distanciadas das práticas culturais vividas. 11
  • 12. Experiências e possibilidades de uma metodologia para educação patrimonial  A importância de diagnosticar, identificar e documentar, de maneira a possibilitar a apropriação das referências culturais da comunidade onde se pretende desenvolver projetos de ensino/pesquisa;  Todo conhecimento deve ser produzido coletivamente; 12
  • 13. Experiências e possibilidades  Metodologia para educação patrimonial  Trabalhando com a noção de referências culturais na localidade. 13
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  • 18. CONTATO (16) 36361206 – Ramal 215 Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto - Depto. Patrimônio Cultural gabinete@cultura.pmrp.com.br lrosa@cultura.pmrp.com.br http://redeidentidadesculturais.blogspot.com.br/ 18