O documento resume um estudo sobre como brasileiros discutiram nas mídias sociais a crise na Argentina entre os dias 16 e 20 de abril de 2012, quando o governo argentino expropriou a petrolífera YPF da Repsol. O estudo encontrou cerca de 2 mil menções ao assunto, principalmente noticiando os fatos, com poucas opiniões. A crise teve relevância moderada para a sociedade brasileira segundo a escala Z do estudo.
Estudo I-Group: Argentina, Repsol e Mídias Sociais
1. Estudo de Comportamento em Mídias Sociais: 16/04/2012 - 20/04/2012 | www.facebook.com/igroupbr
Alvo do estudo:
Como o brasileiro encarou a
crise da Repsol/
YPF Argentina na
Período-base de captação de dados: 16/04/2012 a 20/04/2012
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CONTEXTUALIZAÇÃO
No
dia
23/04/2012,
a
presidente
da
Argen6na,
Cris6na
Kirchner,
anunciou
a
expropriação
da
YPF,
filial
da
espanhola
Repsol.
Em
um
episódio
alegadamente
não
relacionado,
no
começo
de
abril,
a
província
argen6na
de
Neuquén
chegou
a
cancelar
a
concessão
da
Petrobras
para
explorar
um
dos
campos,
que
automa6camente
passou
para
a
estatal
“Gás
y
Petróleo
del
Neuquén
SA”.
Tanto
na
esfera
estadual
quanto
federal,
o
fato
é
que
o
país
está
demonstrando
claros
sinais
de
esta6zação
do
setor
de
energia,
gerando
protestos
da
comunidade
internacional,
perdas
financeiras
substanciais
para
as
empresas
envolvidas
(Repsol,
YPF,
Petrobras
e
outras)
e
criando
um
clima
de
grande
insegurança
em
relação
à
proteção
do
inves6mento
estrangeiro
semelhante
ao
existente
em
outros
países
la6noamericanos,
como
Venezuela,
Bolívia,
Equador
e
Paraguai.
Mas
e
o
brasileiro?
Como
ele
enxergou
a
a6tude
do
governo
Kirchner?
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COMO O ESTUDO FOI FEITO
1)
Todas
as
menções
referentes
ao
assunto
foram
captadas
pelo
I-‐Brands,
ferramenta
e
metodologia
de
monitoramento
de
mídias
sociais
do
I-‐Group
2)
Após
as
captações,
todas
as
menções
foram
classificadas
(por
temas)
e
polarizadas
(por
sen6mento)
3)
Com
base
nas
classificações
e
polarizações,
as
principais
conclusões
foram
apontadas
neste
documento
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MENÇÕES NAS REDES SOCIAIS
No
total,
o
volume
de
menções
à
crise
na
Argen6na
a6ngiu
as
2
mil
menções
em
redes
sociais
durante
os
5
dias
de
monitoramento.
2,019
5 dias de crise
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AUDIÊNCIA NO TWITTER
Nesse
período,
mais
de
10
mil
impactos
foram
gerados
na
rede.
Considerando
que,
do
montante
de
menções
em
redes
sociais,
1.213
foram
no
Twicer,
isso
significa
uma
base
média
de
8.930
seguidores
por
usuário
responsável
pela
menção
-‐
um
número
substancialmente
acima
da
média
brasileira,
que
não
ultrapassa
os
300
seguidores
por
perfil.
Isso
indica
que
a
presença
na
rede
foi
dominada
por
perfis
que
aglomeram
grandes
quan6dades
de
seguidores,
incluindo
os
principais
grupos
de
mídia
brasileiros.
10,832,414
5 dias de crise
Observação:
os
impactos
não
levam
em
conta
duplicidades.
Ou
seja:
se
um
mesmo
usuário
segue
dois
perfis
de
Twicer
que
fizeram
menções
ao
UFC,
são
considerados
dois
impactos.
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COMO O USUÁRIO REPERCUTIU O ASSUNTO
Total
de
menções
no
período:
Twicer:
1.213
tweets
Facebook:
306
posts
Blogs:
201
posts
Google
Plus:
70
posts
Outros:
229
posts
Total:
2.019
menções
Escala
Z:
0,3
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O QUÃO RELEVANTE É O ASSUNTO
A Escala Z (zeitgeist) traduz a Posição De* A* O
que
significa? Referências
relevância de um determinado
assunto para a sociedade de Ação
com
relevância
mínima
para
a
acordo com o volume de 0,0 1 2,000 sociedade
como
um
todo
menções que este teve em um
Ação
gera
os
primeiros
determinado período e em um 0,1 2,001 4,000 reconhecimentos
públicos,
mas
ainda
determinado local. causando
impactos
pequenos
na
0,2 4,001 8,000 sociedade
Quanto mais próximo do 1,
mais relevante o assunto.
0,3 8,001 16,000
Ação
transforma-‐se
em
assunto
e
deixa
Crise na 0,4 16,001 32,000 de
ser
importante
apenas
para
a
Argentina marca,
interferindo
no
pensamento
de
0,5 32,001 64,000 formadores
de
opinião
morte de bin laden
(repercussão no Brasil)
Assunto
tem
grande
alcance
e
impacto,
0,6 64,001 128,000 passando
a
ser
discu6do
em
diversos
círculos
sociais
on
e
offline tsunami no Japão
0,7 128,001 256,000 (repercussão no Brasil)
Assunto
começa
a
gerar
engajamento
0,8 256,001 512,000 efe6vo
da
sociedade,
deixando
o
invasão do eleições
complexo
campo
do
“pensar”
e
passando
ao
do
2010
do alemão
0,9 512,001 1,024,000 “agir”
a
favor
de
uma
causa
Assunto
gera
mudanças
dramá6cas
em
1,0 1,024,001
ou
mais toda
a
teia
social
* em volume de menções em todas as redes por período de 30 dias
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FOCO NOTICIOSO
Ao longo de todos os 5 dias de repercussão, o que mais chama a atenção é o aspecto majoritariamente
noticioso. Ou seja: os usuários entendem, divulgam e viralizam os acontecimentos do país vizinho - mas
apenas uma minoria emite a sua opinião, seja positiva ou negativa.
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O PAPEL DOS GRANDES GRUPOS DE MÍDIA
Considerando que a maior parte da presença do assunto foi noticiosa, os protagonistas nas redes sociais
não foram os usuários anônimos que costumam liderar ondas de formação de opinião, mas sim os
grandes grupos de mídia.
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O QUE GEROU MAIS VIRALIZAÇÕES
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HORAS DE MAIOR ATIVIDADE
Não
se
pode
dizer
que
houve
um
padrão
de
comportamento
de
acordo
com
a
análise
das
horas
de
maior
postagem.
Em
geral,
o
gráfico
repercute
com
exa6dão
os
posts
feitos
pelos
grandes
veículos
de
comunicação.
Ou
seja:
às
9:00,
12:00,
14:00
e
17:00
foram
os
4
horários
que
os
grandes
grupos
de
mídia
postaram
matérias
e
tweets
sobre
a
crise,
gerando
retweets
por
parte
dos
seus
públicos.
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POPULISMO, INCERTEZA, LOUCURA
Dos
que
manifestaram
a
sua
opinião
contrária
à
decisão
Argen6na,
houve
muita
ênfase
dada
à
a6tude
populista
do
governo
Kirchner,
incluindo
previsões
de
que
o
país
estaria
afastando
inves6mentos
e
se
consolidando
como
mais
um
dos
países
la6noamericanos
à
margem
do
mercado
globalizado
e
à
caminho
de
uma
pobreza
crescente
(a
exemplo
de
Bolívia,
Venezuela
e
Equador).
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13. Estudo de Comportamento em Mídias Sociais: 16/04/2012 - 20/04/2012 | www.facebook.com/igroupbr
IMPERIALISMO, COLONIALISMO ETC.
Entre
os
usuários
que
opinaram,
no
entanto,
grande
parte
aplaudiu
a
Argen6na,
indicando
ainda
que
o
Brasil
deveria
seguir
o
exemplo,
quebrar
contratos
com
empresas
internacionais
e
ignorar
represálias
da
comunidade
global.
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PETROBRAS
No
entanto,
os
inves6mentos
da
Petrobras
no
país
vizinho
coloca
o
Brasil
em
uma
situação
semelhante
à
da
Espanha.
Isso
não
passou
despercebido
pelos
usuários
brasileiros
que
cri6caram
a
postura
de
Kirchner.
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AFINAL, O QUE PENSA O BRASILEIRO?
Ao
analisar
cada
uma
das
menções,
encontra-‐se
uma
divisão
temá6ca
da
seguinte
ordem:
Houve
uma
diferença
muito
pequena
entre
os
que
aprovaram
e
os
que
cri6caram
a
a6tude
da
Não opinou Argen6na.
Ainda
assim,
o
total
de
usuários
“com
92.33%
opinião”
não
chegou
a
8%.
A
imensa
maioria
apenas
replicou
noucias
publicadas
em
veículos
de
comunicação,
indicando
que
não
há,
para
o
público,
uma
dimensão
concreta
do
quanto
o
assunto
pode
ou
não
impactar
o
Brasil
e
as
suas
vidas.
Em
outras
palavras,
a
neutralidade
majoritária
aponta
um
sen6mento
de
que
o
assunto
é
Aprovou a Argentina
3.47% importante,
porém
não
ao
ponto
de
gerar
nenhum
6po
de
mudança
nas
vidas
dos
brasileiros.
Criticou a Argentina
4.19%
Total: 2.019 menções
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QUAIS OS TEMAS MAIS FALADOS?
Ao
se
segmentar
as
menções
por
6pos
diferentes
de
assunto,
obtém-‐se
o
seguinte
gráfico:
O
que
mais
chama
a
atenção
é
a
categoria
“piada”.
De
fato,
uma
piada
replicada
por
veículos
brasileiros
sobre
a
“Espanha
nacionalizar
o
jogador
Messi
como
represália”
encontrou
quase
200
menções.
Divulgação noticiosa Apesar
do
peso
polí6co
do
assunto,
a
piada
em
si
81.96% acabou
sendo
a
maior
repercussão
prá6ca
perante
os
usuários.
Defesa de interesses argentinos
3.89% Populismo
2.34%
Piora de clima de investimentos
2.08%
Piada
9.73%
Total: 2.019 menções
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QUAIS AS REDES COM MAIOR ATIVIDADE?
O
Twicer
se
firmou
no
período
como
principal
rede,
principalmente
por
conta
dos
tweets
feitos
por
perfis
de
grandes
veículos
como
G1,
UOL
etc.
Esses
tweets
acabaram
sendo
retuitados
pelos
usuários.
Blogosfera
9.96%
A
baixa
quan6dade
de
opiniões
nas
redes
fez
deste
Facebook
caso
uma
situação
em
que
as
mídias
sociais
Twitter acabaram
sendo
apenas
um
espelho
do
divulgado
15.16%
60.08%
Google Plus nas
mídias
tradicionais.
3.47%
Outros
11.34%
Total: 2.019 menções
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QUAIS OS TERMOS MAIS RELACIONADOS AO ASSUNTO?
O
que
mais
chama
a
atenção
na
nuvem
de
tags
é
a
absoluta
ausência
de
qualquer
termo
que
indique
opinião
do
usuário
(seja
envolvendo
aplausos
ou
condenações).
Em
geral,
todas
as
palavras
apontam
apenas
para
o
fato
em
si.
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QUADRANTE DE STATUS
Como
o
usuário
encara
a
questão? O
que
mo6va
a
viralização?
-‐
Uma
noucia
mais
distante
da
realidade
brasileira
do
que
-‐
Dois
fatores
incen6vam
a
viralização:
a
“vontade”
de
divulgar
efe6vamente
está:
é
assim
que
o
usuário
entende
a
crise
da
uma
noucia
“quente”
para
o
seu
grupo
de
seguidores,
mesmo
Argen6na.
A
quan6dade
de
opiniões
efe6vamente
expressadas
sem
a
emissão
de
uma
opinião
a
respeito,
e
a
propagação
de
é
mínima
e
restrita
a
radicalismos
dos
dois
lados
(tanto
de
piadas.
Ou
seja:
o
usuário
quer
ser
visto
como
bem
humorado
e
quem
é
contrário
quanto
de
quem
é
a
favor
da
a6tude
de
como
bem
informado,
sendo
esses
os
dois
grandes
ga6lhos
que
Kirchner).
A
repercussão
concreta
disso
para
o
Brasil
e
a
desenham
a
presença
da
crise
nas
redes
sociais
brasileiras.
Petrobras
é
lembrada,
mas
com
menos
destaque
do
que
o
que
se
imaginaria.
Oportunidades
para
marcas Crises/
ameaças
para
marcas
-‐
Se
apropriar
desse
assunto
para
expor
algum
6po
de
posição
-‐
A
grande
ameaça
existe
mesmo
para
empresas
privadas
mais
contundente
a
favor
ou
contra
não
parece
ser
uma
brasileiras
que
trabalham
em
setores
crí6cos
na
Argen6na.
De
estratégia
que
mostre
muitos
adeptos:
os
brasileiros
estão,
em
maneira
geral,
a
eventualidade
de
qualquer
a6tude
por
parte
do
sua
maioria,
à
margem
polí6ca
dos
efeitos
da
expropriação
da
governo
local
em
encerrar
licenças
ou
nacionalizar
inicia6vas
Repsol.
Todavia,
veículos
de
comunicação
que
mais
dificilmente
encontrará
apoio
popular
no
Brasil
-‐
a
não
ser
que
o
organizaram
o
conteúdo
e
passaram
detalhes
da
noucia
próprio
governo
brasileiro
se
mobilizasse
a
esse
favor,
ganhando
acabaram
ganhando
em
visibilidade
(via
menções
e
RTs)
e
espaço
e
destaque
na
mídia.
Todavia,
as
posturas
do
Itamaraty
destaque.
sugerem
que
isso
dificilmente
seria
feito.
Produzido pelo I-Group com base na Metodologia I-Brands | Para mais informações, acesse www.facebook.com/igroupbr
19
20. Estudo de Comportamento em Mídias Sociais: 16/04/2012 - 20/04/2012 | www.facebook.com/igroupbr
Para mais estudos e informações, acesse
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