1. Instituto Superior de
Ciências Educativas
As Tecnologias de Informação e
Comunicação na Educação
junho 2012
Rita Brito | britoarita@gmail.com
2. Apresentação
Rita Brito (britoarita@gmail.com)
• Educadora de Infância – Escola superior de Educação João de
Deus;
• Doutoramento (Universidad de Málaga) – TIC na educação
Pré-Escolar.
4. Sumário
As TIC na educação
• Sociedade da informação;
• O que são as TIC?;
• As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes históricos;
• A inserção das TIC nas escolas: projetos implementados;
• As TIC nos Curricula em Portugal;
• As crianças devem ou não utilizar o computador?;
• O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças;
• Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC na escola;
• Obstáculos à integração das TIC nas escolas;
• A importância da formação inicial e contínua;
• Software educativo, o que é?;
• A importância do Educador/Professor quando a criança utiliza o computador;
• Vantagens para o Educador/Professor ao utilizar o computador;
• Potencialidades das TIC na educação: exemplos;
• Exploração de software (parte prática).
5. Objetivo principal do seminário
Ferramenta de auxílio no
ensino/aprendizagem das crianças
Ferramenta de auxílio no
trabalho do Educador/Professor
9. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
2. O que são as TIC?
10. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
O que significa a palavra “tecnologia”?
tekhnologia «tratado sobre uma arte».
11. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
Tecnologia - algo que só recentemente
existe, algo de agora, desta época.
Não existe ainda hoje um entendimento
claro e universalmente aceite dessas
expressões e dos conceitos que lhes
estão subjacentes.
12. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
O que significa “tecnologia educativa”?
Elementos mediadores e
intencionalmente concebidos que
interagem com a estrutura cognitiva dos
sujeitos no âmbito da educação; são
recursos técnicos utilizados no ensino.
13. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
O que significa “Tecnologias de Informação e Comunicação” (TIC)?
O termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) refere-se à
conjugação da tecnologia computacional ou informática com a
tecnologia das telecomunicações e tem na Internet, mais
particularmente na World Wide Web (WWW) a sua mais forte
expressão.
14. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
O termo TIC pode incluir os seguintes tipos de Software e Hardware:
Computadores (incluindo computadores de secretária e portáteis);
Câmaras fotográficas digitais e câmaras de vídeo;
Software diferenciado;
Internet;
Telefones, máquinas de fax, telemóveis e gravadores ;
Histórias interativas, ambientes simulados e jogos de computador;
Tecnologias de videoconferência, e circuitos fechados de televisão;
Projetores e quadros interativos;
.......
16. 2.3. O que são asTIC?
O que são as TIC?
O que significa “Novas Tecnologias da Informação e Comunicação”?
Segundo Garcia Velasco (2000) esta denominação é pouco apropriada
pela sua referência temporal, sendo preferível a denominação de TIC
(Tecnologias de Informação e Comunicação).
Este conceito é ambíguo visto que em qualquer momento histórico
existiram novas tecnologias (NTIC). É por isso é importante contextualizar
este término dentro de um período histórico. A roda, a imprensa, a
máquina a vapor, foram NTIC na sua época.
Na nossa sociedade atual fala-se de Tecnologia de Informação e
Comunicação, no entanto as definições dadas são diversas e até
contraditórias, entre outros motivos, pelos simples facto de que o próprio
nome “novo” já é antigo.
17. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
3. As TIC no ensino e
aprendizagem:
antecedentes históricos
18. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Jean Piaget…
A criança aprende pela interação da mesma com o meio físico e com o
mundo das relações sociais;
A criança deve agir, operar, criar e construir a partir da realidade vivida por
alunos e professores;
O sujeito é construtor do seu conhecimento e no processo surgem
construções cognitivas em movimento contínuo.
Construtivismo
19. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
S. Papert…
“Como criar condições para que
esta criança possa adquirir mais
conhecimento?”
Construcionismo
20. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Construcionismo S. Papert…
Fundamentado no construtivismo;
A busca do construcionismo é alcançar meios de aprendizagem fortes que
valorizem a construção mental do sujeito, apoiada nas suas próprias
construções no mundo;
Propõe-se a explicar as relações aluno-computador para produzir o máximo
de aprendizagem com o mínimo de ensino;
Busca meios de aprendizagem que valorizem a construção das estruturas
cognitivas do sujeito a partir das suas ações;
O computador é um elemento de interação que propicia a autonomia do
aluno, auxiliando a sua ação na construção do conhecimento;
O aluno é que executa a ação.
21. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Anos 50
Ensino programado de B.F. Skinner (E.U.A) desencadeou a geração de um
paradigma de ensino – o ensino assistido por computador (E.A.C.)
22. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Porquê utilizar as máquinas de ensinar de B.F. Skinner?
Assim que o aluno responde na máquina, vê
imediatamente a resposta em vez de esperar pela
correção do trabalho feito pelo professor, que
levaria, pelo menos, um dia;
Este conhecimento imediato tem 2 efeitos:
O aluno aprende rapidamente O aluno aprende ao
a resposta certa seu próprio ritmo
Há também o efeito motivador; o estudante está
livre da indecisão ou ansiedade sobre o seu sucesso
ou falha; não tem de se forçar para estudar.
23. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Na década de 60 Papert viu na Informática a possibilidade de criar condições
para mudanças significativas no desenvolvimento intelectual dos sujeitos.
Desenvolve uma linguagem de programação Logo, de fácil compreensão e
manipulação por crianças ou por pessoas leigas em computação e sem
domínio em matemática.
O ambiente Logo envolve uma tartaruga gráfica e um robot pronto a
responder aos comandos do usuário. Uma vez que a linguagem é
interpretada e interativa, o resultado é mostrado imediatamente após ser
digitado o comando. Isto incentiva o aluno. O aluno aprende com seus erros.
Se algo estiver errado no seu raciocínio, é claramente percebido e
demonstrado no monitor, fazendo com que o aluno pense sobre o que
poderia estar errado e tente, a partir dos erros vistos, encontrar soluções
corretas para os problemas.
24. 3. As TIC no ensino e aprendizagem: antecedentes
históricos
Professor da Universidade Unirio mostra como trabalhar com o Logo.
Aqui também o poderemos instalar no computador:
http://www.youtube.com/watch?v=qQXmMkJz8AM
Crianças a trabalhar com o Logo e a escrever os comandos :
http://www.youtube.com/watch?v=2lA0QZTbwJs
http://www.youtube.com/watch?v=xMzojQFyMo0
25. 4. A inserção das TIC nas escolas: projetos implementados
4. A inserção das TIC nas
escolas: projetos
implementados
26. 4. A inserção das TIC nas escolas: projetos anteriores
Projeto Carmona (1984)
Projeto MINERVA (1985)
Programa FOCO (1992)
Em Portugal, a Programa FORJA
partir dos anos 80
surgiram vários Iniciativa Nacional para a Sociedade da Informação (1996)
projetos, todos
com o objetivo de Programa Nónio Século XXI (1996)
inserir as TIC no
ensino. Programa Internet na Escola
Edutic (2005)
CRIE (2005)
ATUAL - Plano Tecnológico de Educação (2007)
27. 5. 7. As TIC nos curricula em Portugal
As TIC nos curricula em Portugal
5. As TIC nos curricula em
Portugal
28. 5. 7. As TIC nos curricula em Portugal
As TICTIC nos curricula em Portugal
7. As nos curricula em Portugal
Metas de Aprendizagem
Pré-Escolar
Conhecimento do mundo
Expressões
Formação pessoal e social
Linguagem oral e abordagem à escrita
Matemática Informação
Comunicação
Tecnologias de Informação e Comunicação Produção
Segurança
29. 5. 7. As TIC nos curricula em Portugal
As TICTIC nos curricula em Portugal
7. As nos curricula em Portugal
Metas de Aprendizagem – TIC – IDEIA CHAVE:
“Não se considerando (…) uma área de conteúdo específica, reafirmamos a
necessidade de articular e interligar os diferentes conteúdos e de os
contextualizar em relação com o seu meio ambiente” (Cruz, 2010).
Ou seja
Conhecimento do mundo
Expressões
Formação pessoal e social Tecnologias de Informação e
Linguagem oral e abordagem à escrita Comunicação
Matemática
30. 5. 7. As TIC nos curricula em Portugal
As TIC nos curricula em Portugal
TIC no 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico
1º Ciclo 2º Ciclo
• Estudo do Meio • Alemão LEI
• Língua Portuguesa • Ciências da Natureza
• Expressão e educação Físico • Educação Física
Motora • Educação Musical
• Expressões Artísticas • Educação Visual e Tecnológica
• Matemática • Espanhol LEI
• Tecnologias de Informação e • Francês LEI
Comunicação • História e Geografia de Portugal
• Inglês LEI
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Tecnologias de Informação e Comunicação
31. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
6. As crianças devem ou
não utilizar o computador?
32. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC ocupam o lugar de
outras atividades?
33. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC adequam-se ao
desenvolvimento cognitivo de
crianças em idade pré-escolar?
34. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC promovem o isolamento
social?
35. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC são prejudiciais à saúde
das crianças?
36. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
O acesso à internet é perigoso
para as crianças?
37. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC estimulam o
desenvolvimento da
linguagem?
38. 6. As crianças devem ou não utilizar o computador?
As TIC desenvolvem o
pensamento matemático?
39. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
7. O contributo das TIC nas
aprendizagens das crianças
40. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
Competências verbais
Os jogos de computador encorajam a produção de um discurso mais complexo
e fluente;
As crianças são estimuladas a usarem a linguagem, sobretudo quando utilizam
programas abertos (open ended) que encorajam a exploração e a fantasia,
como no caso dos programas de desenho, fazendo relatos enquanto
desenham, deslocam objetos ou “escrevem”;
As crianças contam histórias mais elaboradas acerca dos desenhos realizados
em computador;
A interação com os computadores aumenta a comunicação verbal e a
colaboração entre as crianças e proporciona situações de conflito socio-
cognitivo propiciadoras de aprendizagem.
41. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
Linguagem escrita
(Pré-Escolar) As TIC permitem explorar letras e palavras, copiar nomes e
frases utilizando o teclado e ultrapassando as dificuldades motoras que se
colocam a algumas crianças, face à escrita manuscrita, e realizando assim
tarefas que de outra forma não conseguiam realizar;
Elaborar histórias e textos mais longos e complexos, aborrecendo-se
menos com os eventuais erros;
Desenvolver os processos construtivos de escrita de natureza
colaborativa, mais facilmente do que através da utilização dos
instrumentos de escrita tradicional;
Correio eletrónico;
42. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
Matemática
O grande contributo do computador situa-se no desenvolvimento do
pensamento geométrico e espacial, favorecendo o desenvolvimento de
conceitos de simetria, padrões, organização espacial. As crianças produzem
objetos e podem atuar sobre eles, aumentar ou diminuir o seu tamanho,
juntar formas que dão origem a novas formas, colorir espaços .
Programar LOGO pode também contribuir para o desenvolvimento de
conceitos geométricos e espaciais.
43. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
Conhecimento do mundo
A Internet pode proporcionar aos educadores e as crianças oportunidades
únicas de acesso, a pessoas, imagens, sons e informações muito
diversificadas e dificilmente acessíveis de outro modo, que podem
seguramente constituir-se como poderosos recursos educacionais.
Desde pesquisar informação sobre baleias e seus habitats, a “visitar” o país
distante de onde veio o novo colega, a consultar uma enciclopédia
interativa para saber o que são foguetões, ou tao simplesmente ver os
trabalhos realizados por colegas de uma outra escola ou jardim de
infância, as TIC possibilitam dar resposta, de forma rápida, a grande
curiosidade das crianças, permitindo abrir a porta da sala de atividades a
todo um leque de conhecimentos que, integrado no conjunto do trabalho
desenvolvido, pode contribuir para uma visão mais ampla e para uma
melhor compreensão do mundo.
44. 7. O contributo das TIC nas aprendizagens das crianças
Conhecimento do mundo
Para além do acesso à informação, e também possível utilizar a tecnologia
para transformar e produzir nova informação. Assim, por exemplo, a
Internet oferece às crianças a hipótese de editarem em papel ou online os
seus trabalhos, seja um jornal escolar, um projeto de pesquisa
desenvolvido, ou uma historia. A utilização de camaras digitais permite com
facilidade documentar experiencias vividas pelas crianças no âmbito da sua
comunidade ou noutros contextos, facilmente editáveis no jornal
escolar, no blogue da turma ou no site da escola.
45. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
8. Fatores a considerar para
uma efetiva integração das
TIC na escola
46. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Localização e acesso aos equipamentos
Software educativo
Integração nas atividades curriculares
Mediação do Educador e dinâmicas sociais de colaboração
Formação dos Educadores/Professores
Gestão da escola/liderança
Assistência técnica
47. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Localização e acesso aos equipamentos
Papert (2001) considera a localização de computadores em salas
específicas, tipo “laboratório de computadores”, como uma resposta
“imunológica” da escola para “neutralizar” esse “corpo estranho”. De
facto, adotar este procedimento constitui o primeiro passo para remeter o
computador para fora do contexto de aprendizagem.
48. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Localização e acesso aos equipamentos
No que se refere ao jardim de infância, a investigação levada a cabo por
Susan Haugland (2002) demonstrou que quando os computadores são
colocados fora da sala de atividades, as crianças não experienciam os
mesmos ganhos desenvolvimentais do que quando eles lhe estão acessíveis
na sua sala, como qualquer outro material. Este procedimento cria desde
logo dois grupos de crianças, os que estão fora da sala a utilizar o
computador e os que estão dentro sem possibilidade, sequer, de ver o que
os colegas estão a fazer. O computador assume um estatuto especial, não o
estatuto de um qualquer outro recurso que as crianças utilizam de forma
integrada, na sua sala de atividades. Importa, pois, que a área de trabalho
com computadores faça parte integrante da sala de atividades.
À frente de cada monitor devem ser colocadas duas cadeiras de modo a
sugerir, desde logo, a possibilidade de utilização partilhada daquele
equipamento (??).
49. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Localização e acesso aos equipamentos
Caso os computadores estejam fora do contexto da sala de aula, estes
devem estar numa sala de fácil acesso (principalmente para crianças do pré-
escolar).
50. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Software educativo
Para além dos programas utilitários mais comumente utilizados pelos
adultos (Word, Paint, Power-Point) e que são igualmente úteis e
adequados para serem utilizados por crianças, cabe ao educador
selecionar alguns programas, de caracter educativo.
A qualidade do software é determinante no desenvolvimento de
experiencias de aprendizagem adequadas.
51. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Integração nas atividades curriculares
Utilizar a tecnologia na escola e no jardim de infância não constitui um
objetivo em si mesmo. Ou seja, não se trata de ensinar as crianças a usar as
TIC mas antes, de as por ao serviço do seu desenvolvimento educacional.
Neste sentido, uma utilização adequada das novas tecnologias é aquela que
permite expandir, enriquecer, diferenciar, individualizar e implementar a
globalidade dos objetivos curriculares.
52. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Mediação do Educador e dinâmicas sociais de colaboração
Pré-Escolar: é importante que o adulto dê liberdade à criança para
experimentar e realizar o seu trabalho de forma autónoma, por outro lado, é
importante que esteja atento às suas necessidades. Estas tendem a
beneficiar de uma atenção mais sistemática do adulto, funcionando a
mediação do educador como um encorajamento, ao mesmo tempo que dá
resposta às suas necessidades e evita que se sintam frustradas com
eventuais dificuldades surgidas.
1º Ciclo: com as crianças mais velhas, já desenvolveram mais competências.
É possível o desenvolvimento de formas de trabalho mais autónomas e
menos dirigidas pelo professor que assume essencialmente um papel de
monitorização, intervindo quando necessário.
53. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Formação dos Educadores/Professores
Uma das principais razões apontadas para a resistência à integração das
tecnologias na escola prende-se com a inadequada ou limitada preparação
dos educadores e professores para a sua utilização. Quando os
professores/educadores aprendem a usar a tecnologia no contexto da sua
escola, da sua sala, com as crianças e de acordo com os seus objetivos, têm
muito mais possibilidades de beneficiarem desta ferramenta e com ela
melhorarem a qualidade dos contextos de aprendizagem em que
desenvolvem a sua atividade.
54. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Gestão da escola/liderança
A adesão da administração da escola, a sua atitude favorável à
mudança, traduzida no suporte contínuo aos educadores/professores
envolvidos é também essencial no caso especifico da integração da
tecnologia. É fundamental uma gestão que, para além de facultar os
eventuais recursos necessários, adote uma atitude aberta às
sugestões, conceda independência aos educadores/professores para que
estes experimentem e implementem as suas ideias e incentive os seus
esforços, prestando-lhe colaboração, quer na eventual reorganização de
espaços, quer na reestruturação de horários que se ajustem as necessidades
de formação.
55. 8. Fatores a considerar para uma efetiva integração das TIC
na escola
Assistência técnica
É importante que as escolas e jardins de infância disponham de apoios de
retaguarda que providenciem assistência ao nível técnico, assegurando a
manutenção dos equipamentos e a resolução de eventuais problemas
surgidos com o seu funcionamento. Sem este apoio corre-se o risco de um
pequeno problema técnico inviabilizar durante meses a utilização dos
equipamentos e consequentemente fazer regredir ou abortar todo o percurso
até aí empreendido, ao mesmo tempo que desmoraliza e cria insegurança na
sua utilização por parte dos educadores/professores.
56. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
9. Obstáculos à integração
das TIC nas escolas
57. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
Recursos financeiros
Razões derivadas das próprias tecnologias e do elevado
ritmo de desenvolvimento tecnológico
Razões com base cultural e de natureza psicológica
58. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
Recursos financeiros
As tecnologias são muito dispendiosas, não só em termos de investimento
inicial (instalação de infra-estruturas, aquisição de computadores e
periféricos, aquisição de software, etc.), como do investimento resultante
da rápida desatualização dessas tecnologias.
Para além disso é necessário não esquecer os avultados investimentos que a
introdução das tecnologias requer, por exemplo em termos custos
relacionados com o funcionamento e manutenção dos sistemas, com a
formação de pessoal, com despesas de telecomunicações, etc.
O que sobra do orçamento, depois de remunerado o pessoal, vai
prioritariamente para a manutenção do parque imobiliário, muitas das vezes
gasto ou para a aquisição de materiais de base, e dificilmente pode ser
comprimido.
59. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
Razões derivadas das próprias tecnologias e do elevado ritmo de
desenvolvimento tecnológico
Para além dos custo das tecnologias, é conhecida a rapidez com que os
equipamentos informáticos ficam obsoletos, com as consequências nefastas
para uma Escola que em regra não está bem equipada e dificilmente pôde
dispor do tempo de experimentação e maturação de cada nova tecnologia
disponível. Assim, talvez mais do que possuir o “último grito” tecnológico, a
questão principal seja saber como tirar partido e rentabilizar qualquer
tecnologia, mesmo que “ultrapassada”.
60. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
Razões com base cultural e de natureza psicológica
Resistência à mudança e à inércia própria da instituição escolar;
Incapacidade de inovação e mudança;
Atitudes dos professores de indiferença, resistência ou até rejeição a estes
novos meios e ferramentas de trabalho;
Receio de poderem vir a ser integralmente substituídos pela máquina;
Receio do professor de ser ultrapassado pelos próprios alunos;
(preocupação mais recente) Receio de virem a ser substituídos, não por
máquinas, mas por outros professores mais bem preparados, sem
complexos sobre a utilização destas novas ferramentas e com competências
específicas para delas tirar partido, colocando-as sobretudo ao serviço do
que é fundamental – a aprendizagem.
61. 9. Obstáculos à integração das TIC nas escolas
O efetivo acesso às tecnologias é essencialmente uma
questão de natureza pedagógica que passa sobretudo por
uma preparação adequada dos professores (formação) e
pelas condições das escolas para os alunos poderem tirar
partido dos computadores enquanto ferramentas de
aprendizagem.
62. 10. A importância da formação inicial e contínua
10. A importância da
formação inicial e contínua
63. 10. A importância da formação inicial e contínua
A integração de tecnologia na escola, por
muito avançada que essa seja, não é
capaz, só por si, de se transformar em
inovação pedagógica. De facto, a inovação
pedagógica não reside na tecnologia, mas
sim na mente de quem desenhará o
contexto em que a tecnologia será
utilizada – o PROFESSOR.
64. 10. A importância da formação inicial e contínua
Para intervir o Educador/Professor necessita de:
Dispor de conhecimentos e habilidades;
Conhecer os objetos sobre os quais exercerá as suas ações;
Saber como proceder para alcançar os objetivos que apresenta;
Ter competências indispensáveis à execução dos procedimentos
necessários ao alcance das metas estabelecidas.
65. 10. A importância da formação inicial e contínua
Instituições formação inicial
Responsabilidade de dotar os futuros professores
com as competências básicas e com a confiança
necessárias para utilizar as TIC e prepará-los para
estes saberem retirar delas mais-valias
pedagógicas.
66. 10. A importância da formação inicial e contínua
É obvio que se o professor não compreender a utilidade das TIC, não as
irá utilizar.
É crucial estes terem uma visão positiva de modo a poder influenciar as
suas decisões no que concerne à utilização das TIC no
ensino/aprendizagem. As suas perceções e intenções prenunciam a
integração (ou não) dos computadores nas salas de aula, enquanto que
a integração com sucesso irá depender de outros fatores, como a
competência e formação.
As perceções influenciam as intenções e estas influenciam o
comportamento.
As perceções dos professores sobre a utilidade das TIC são importantes
para determinar a intenção de utilizá-las na sua instrução.
67. 10. A importância da formação inicial e contínua
As perceções dos professores estão ligadas às suas anteriores
experiências com computadores, assim como as perceções e atitudes
positivas podem ser correlacionadas com o grau da sua experiência
anterior com o computador.
Os professores que têm confiança na sua habilidade em utilizar o
computador, verão também positivamente o uso do computador na sala
de aula.
A convicção dos professores sobre a sua eficácia no computador tem
mostrado predizer a integração do computador na sala de aula.
Uma baixa auto-eficácia e falta de conhecimentos informáticos
constituem obstáculos na integração e utilização de computadores na sala
de aula.
68. 10. A importância da formação inicial e contínua
Segundo Gialamas, V. & Nikolopoulou (2009), apesar de se apropriarem
da tecnologia enquanto estão no seu papel de alunos (por exemplo, para
preparar planos de aulas, realizar trabalhos), os professores resistem a
ver as tecnologias como parte do seu relacionamento com as crianças e
expressam pouco desejo em utilizar os computadores com estas, como
futuros professores.
69. 10. A importância da formação inicial e contínua
A formação de Educadores/Professores deve desenvolver
algumas áreas chave:
Desenvolver a compreensão dos Educadores/Professores acerca da
tecnologia da educação: existe uma ampla falta de conhecimento sobre
as possibilidades e objetivos do uso das TIC em contexto educativo;
Ajuda-los a ver de que modo o trabalho que habitualmente
desenvolvem com os alunos e a experiência que já detêm pode ser
adaptada e potenciada pelo desenvolvimento de atividades que
recorram à utilização da tecnologia;
Desenvolver a sua confiança na capacidade de utilização das TIC; a falta
de segurança e a ansiedade são os fatores que mais inibem a utilização
das novas tecnologias pelos Educadores/Professores;
70. 10. A importância da formação inicial e contínua
Identificar atividades diversas a partir das quais os professores possam
começar a relacionar-se com as TIC, providenciando a possibilidade de
experienciarem por si próprios essa utilização antes de a ensaiarem com
as crianças;
Fornecer oportunidades para troca de ideias e partilha de práticas.
Importa fazer sentir aos Educadores/Professores que as tecnologias, para
além de instrumentos promotores de experiências educativas junto das
crianças, são também meios de comunicação e de colaboração entre
profissionais.
71. 10. A importância da formação inicial e contínua
No caso particular das TIC, onde se requer uma atualização permanente, a
formação contínua deverá assumir um papel preponderante para que os
professores passem a integrar as TIC em contexto educativo. A formação de
professores emerge não só como um direito e um dever, mas também
como uma estratégia de atualização de professores capaz de responder aos
desafios colocados por um sistema educativo de mudança.
74. 11. Software educativo: o que é?
O que é um software educativo?
Não há consenso quanto à sua definição.
No entanto, existem 2 perspetivas.
75. 11. Software educativo: o que é?
1ª perspectiva: 2ª perspectiva:
• Para Panqueva (1988) software • Para Mena (2000), software educativo
educativo corresponde aos é um software criado com uma
programas que permitem apoiar finalidade específica de ser utilizado
as funções educativas; como meio didáctico; quer dizer, para
• Squires & MacDougall (1997) facilitar os processos de ensino e
referem que é aquele que se aprendizagem, tanto na sua
utiliza em contextos modalidade tradicional
educativos, seja ou não presencial, como na reflexiva e à
especificamente desenhado para distância;
este uso; • Lamas et al., (2002) referem que é
• Gros (1997) refere que é qualquer uma aplicação informática, que
produto utilizado com uma suportada sobre uma estratégia
finalidade educativa. pedagógica bem definida e apoia
directamente o processo de ensino-
aprendizagem.
76. 11. Software educativo: o que é?
Para alguns autores como Panqueva (1988), Squires &
MacDougall (1997) e Gros (1997), o que caracteriza o SE é a sua
inserção em contextos de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva,
qualquer programa pode ser considerado de SE se adequadamente
utilizado pela escola, mesmo que não tenha sido produzido com a
finalidade de uso no sistema educativo.
Por outro lado, Mena (2000) e Lamas et al. (2002), consideram que o
SE deverá ser concebido com uma finalidade didáctica específica e
uma estratégia pedagógica bem definida para apoiar e facilitar o
processo de ensino e de aprendizagem.
77. 11. Qualidade do software educativo
Qualidade do Software Educativo
A qualidade do software é determinante no desenvolvimento de
experiências de aprendizagem adequadas, sendo uma tarefa que
assume particular dificuldade, dado o mercado estar inundado de
programas que se clamam de educativos, graficamente em geral muito
atrativos, mas que, quando explorados se revelam dececionantes.
78. 11. Software educativo: o que é?
A interacção deve ser mediada pelo professor, entre aluno/utilizador
e o programa.
O SE deve apresentar uma intencionalidade educativa a partir de uma
fundamentação pedagógica e uma facilidade de uso, não exigindo do
aluno conhecimentos computacionais prévios, mas permitindo que
qualquer utilizador seja capaz de desenvolver as suas actividades .
79. 11. Características do software educativo
Assim, as crianças parecem beneficiar da utilização de aplicações
que:
Apresentem características que encorajem a exploração e a
imaginação, por oposição aos programas muito estruturados do tipo
exercício e prática;
Sejam amigáveis e intuitivas, ou seja, fáceis de usar, apresentando menus
e ícones figurativos facilmente associáveis à sua função;
Sejam flexíveis, permitindo responder a diversas necessidades e
objetivos educacionais, fornecendo feedbacks positivos e pistas que (se
necessário) guiem a criança;
80. 11. Características do software educativo
Atribuam à criança um papel ativo, solicitando
reações, escolhas, exploração, tomada de decisões, realização de
atividades;
Facilitem e promovam a cooperação entre crianças - em lugar da
competitividade - e, consequentemente, a comunicação;
Disponibilizem informação adicional aos adultos, sobre objetivos do
programa, idades adequadas, sugestões de acompanhamento da
atividade, e ainda indicações relativas a instalação e resolução de
eventuais problemas.
81. 11. Características do software educativo
Conteúdos apropriados à idade;
As crianças devem sentir-se motivadas e capazes de o utilizar;
Deve permitir que as crianças ajustem os níveis do jogo sem a ajuda de um
adulto;
Devem oferecer escolhas que as crianças possam controlar;
Devem ser simples e ter uma estrutura fácil, de maneira a que as crianças
não precisem de ler;
Deve ser “rápido” para que as crianças não tenham de esperar muito tempo
para que o jogo “carregue”;
Interface simples e intuitivo, um sistema de navegação não linear e sistemas
de ajuda e de participação.
82. 12. A importância do Educador/Professor quando a criança
utiliza o computador
12. A importância do
Educador/Professor quando
a criança utiliza o
computador
83. 12. A importância do Educador/Professor quando a criança
utiliza o computador
Ao utilizar as tecnologias informáticas, o educador/professor deve estar
preparado para escolher os programas adequados, qual a melhor altura para
introduzir propostas utilizando o computador, como organizar o espaço e o
tempo em redor do computador.
Anteriormente, o educador/professor era o único “transmissor” de
conhecimento, devendo passar, agora, a ser o mediador de inúmeras ações nas
suas diversas vertentes.
Esta redefinição do papel docente não significa que o trabalho do
educador/professor perca o valor ou seja substituído pelos
computadores, muito pelo contrário, a importância do educador no processo
de ensino-aprendizagem continua a ter extrema relevância, pois atua como
dinamizador dos intercâmbios, construtor de materiais, agente motivador e
fomentador do espírito crítico, supervisor, avaliador, etc. (Rey, 2005;
Ihmeideh, 2009).
84. 12. A importância do Educador/Professor quando a criança
utiliza o computador
Papel do Educador/Professor
Acesso a experiências e vivências, e à
criação de espaços próprios que
facultem o contacto com o
computador e a exploração do mesmo
85. 13. Vantagens para o Educador/Professor ao utilizar o
computador
13. Vantagens para o
Educador/Professor ao
utilizar o computador
86. 13. Vantagens para o Educador/Professor ao utilizar o
computador
As tecnologias, para além de instrumentos promotores de experiências educativas junto
das crianças, são também ferramentas para os educadores/professores:
São meios de comunicação e de colaboração entre profissionais (estabelecer interação
entre pares e especialistas, formação);
Programas de processamento de texto e bases de dados, folhas de
cálculo, conferências online, os programas hipermédia e multimédia (como o MS Power
Point™), programação informática, isto é, os programas de estrutura aberta e sem uma
finalidade curricular específica podem ser valiosas ferramentas (elaborar fichas de
trabalho, grelhas de avaliação/observação, planificação de atividades, fichas de
atividades, elaboração de panfletos informativos para os pais, …);
Construção de páginas para a Internet/blogs e a utilização pedagógica do correio
eletrónico;
Benefício de situações relacionadas com a resolução de problemas burocráticos e
gestão dos centros educativos;
……
87. 13. Vantagens para o Educador/Professor ao utilizar o
12. Fontes de informação úteis
computador
Wikipedia Repositorium da Universidade do Minho
Repositório Científico de Acesso
Repositorium da Universidade de Aveiro
Aberto de Portugal
88. 13. Vantagens para o Educador/Professor ao utilizar o
computador
As tecnologias e a Internet oferecem oportunidades para o
desenvolvimento profissional, que até há poucos anos não
podíamos equacionar. À medida que os Educadores/Professores se
tornam utilizadores mais competentes e confiantes da
tecnologia, utilizando-a no âmbito da sua formação
profissional, tornam-se também mais aptos a utilizarem-na
adequadamente com os seus alunos (Jonassen et al., 2003).
90. 14. Práticas com TIC: software mais utilizado
Videoconferências
Artpad – pintura virtual
Ver e ouvir animações
Comunicação com Jogos e histórias
família e outros
92. 14. Práticas com TIC: outro software utilizado
Partilha de documentos
Partilha de ficheiros áudio
Partilha de apresentações
Slideshows e videoslideshows
Videoslideshows
Moviemaker
Fazer filmes
93. 14. Práticas com TIC: outro software utilizado
Storybird - Histórias
Nuvens de palavras
Digital storytelling
Photostory
Prezi – Apresentações dinâmicas
94. 14. Práticas com TIC: Pré-Escolar
Exemplos de publicações em blogues:
Hoje fomos aos Açores (Pequenos Passos) (Videoconferência)
http://pequenospassos-luz.blogspot.pt/2012/03/hoje-fomos-aos-acores-e-
adoramos.html
O que eu mudaria na minha mãe (Bloguefólio) (exemplo de utilização de Prezi)
http://blogue-folio.blogspot.pt/2012/05/o-que-eu-mudaria-na-minha-mae.html
Ainda (e sempre) Abril (Bloguefólio) (Animoto)
http://blogue-folio.blogspot.pt/2012/04/ainda-e-sempre-abril.html
Conhecer a nossa história (Bloguefólio) (flixtime)
http://blogue-folio.blogspot.pt/2012/04/conhecer-nossa-historia.html
Brincadeiras (Pequenos passos) (Slideshare)
http://pequenospassos-luz.blogspot.pt/2012/02/brincadeiras.html
Bons hábitos na cantina
http://blogue-folio.blogspot.pt/2012/05/bons-habitos-na-cantina.html
96. 14. Práticas com TIC: Pré-Escolar
Sapo saltador
http://www.cercifaf.org.pt/mosaico.edu/ca/index_ca.htm
97. 14. Práticas com TIC: exemplos de sites com jogos
Biblioteca do Gigante
http://www.lusoinfo.com/biblioteca/index.html
Pintar
http://www.coloring4all.com/drawing_game_online.htm
Variados jogos
http://www.escolagames.com.br/
Jogos para Pré-Escolar
http://nonio.eses.pt/eusei/jardim.asp?t=0
Iguais ou diferentes
http://www.vedoque.com/jogos/jogo.php?j=iguaisfim.swf
Jogos para meninas!
http://br.barbie.com/activities/fantasy/princess/12dp/
http://online.winxclub.com/centro-web/
98. 14. Práticas com TIC: exemplos de sites com jogos
Quadro para escrever letras
http://www.1papacaio.com.br/modules/CWGames/games/papaquadro.swf
Tiro ao dente
http://www.smartkids.com.br/jogos-educativos/higiene-bucal-tiro-ao-dente.html
Sitio dos miúdos
http://www.sitiodosmiudos.pt/57/default.asp
Jogos do Rafa
http://www.rafa.pt/index.php
Histórias
http://historiasparapre.blogspot.pt/
Histórias
www.historiadodia.pt
99. 14. Práticas com TIC: exemplos de sites com jogos
The scale of the universe
http://htwins.net/scale2/
Jogos
http://www.junior.te.pt/servlets/Jardim?P=Jogos
Draw a stickman
http://www.drawastickman.com/
100. 14. Práticas com TIC: exemplos de sites com jogos
Este seminário mudou a vossa
opinião relativamente às TIC na
educação? Em que sentido?
britoarita@gmail.com