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Workshop: Kanban
O que é “Kanban”?
Era isso!
Obrigado!
Jogo: “Flip the cards”
O que precisamos:
4 “operários”
4 “gerentes”
1 “cliente”
5 cronômetros
Jogo: “Flip the cards”
Alguns pontos a discutir:
Como vocês se sentiram com os diferentes limites de cartas?
Qual das variações te deixaram mais estressados? Por quê?
Qual a diferença de mentalidade entre virar tudo de uma vez e virar
em lotes e 5? E lote de 1?
Como vocês explicam as diferenças de tempos?
3 números interessantes
WIP (Work in Process): Número de “coisas” que uma
pessoa ou um grupo de pessoas está fazendo ao
mesmo tempo
Lead Time: tempo que leva para que uma tarefa seja
executada (atravessar todo o fluxo), do início ao fim
Throughput (vazão): Capacidade de trabalho realizado
por unidade de tempo.
Lei de Little
LEAD TIME =
http://blog.kudoos.com.br/gestao-agil/entendendo-lei-de-little/
THROUGHPUT
WIP
O que é “Kanban”?
kanban (com k minúsculo):
Processo visual que informa o que produzir, quando e quanto; é um indicador
visual de capacidade e disponibilidade para produzir mais/oferecer mais
serviço. Em tecnologia, normalmente é um “quadro kanban”.
Kanban Method
Processo de mudança evolucionária de
processos, primeiramente definida por David J.
Anderson no livro “Kanban: Sucessfull Evolutionary
Change for your Technology Business” em 2010,
inspirado no Toyota Production System e em
conceitos de Lean Software Development de Mary
e Tom Poppendieck.
É um “meta-processo”
Não substitui processos atuais (ex Scrum); simplesmente auxilia esses
processos na identificação de problemas e acompanhamento de
melhorias.
Não existe “Framework Kanban” ou “receita de implantação”, apenas
“Princípios” a serem usados juntamente a outros processos.
É um “meta-processo” deboas
Dá pra começar com algo muito, muito simples, e evoluir de boas, sem
correria
Princípios de Kanban
Princípio 1: Visualize o trabalho
Crie seu primeiro quadro kanban com o processo que você faz hoje.
Mapeie o processo desde o momento que uma demanda é aceita
(comprometimento feito), até o momento em que ela é entregue ao
cliente
Em geral, o simples fato de mapear e visualizar o processo (também
conhecido como “value stream map” ou “mapa de corrente de valor”) já
traz à tona muitos pontos a serem melhorados no processo
Princípio 2: Limite “Work in Process” (WIP)
WIP e Qualidade
WIP e Produtividade
Como definir o WIP
1. Duas formas: por “coluna” ou por “grupos”
WIP limit de “ready for dev” até “done” (inclusive)
Como definir o WIP
1. Recomenda-se fazer por grupo, mais especificamente
no bloco de trabalho onde será contado o “lead time”
2. Qual número iniciar? Comece com seu 90% do seu WIP
atual, e vá baixando gradativamente (sem correria,
deboas) até chegar entre 2x e 1.5x o tamanho do time
(por exemplo, time de 10 pessoas = WIP Limit de 15)
Princípio 3: Gerencie Fluxo
“All we are doing is looking at the time line from the moment the
customer gives us an order to the point when we collect the cash. And we
are reducing that time line by removing the non-value-added wastes.”
- Taichi Ono, Toyota
- Encontre gargalos
- Foque em reduzir tempo de fila ao invés de tempo de
trabalho
- Monitore “lead time” e througput
- Monitore qualidade
- Foque no serviço e no fluxo de trabalho como um
Regra fundamental do Kanban
“O trabalho é puxado, e não empurrado”
Ou seja, mesmo que o limite WIP esteja permitindo, mesmo que a pessoa
esteja disponível, sempre cabe à pessoa puxar a carta para trabalhar (da
coluna da esquerda pra coluna dela); ninguém pode empurrar o trabalho pra
pessoa.
Por quê? Comprometimento, qualidade, e por que é uma questão de gentileza
e respeito :D
Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
"Avoid local measures of
effectiveness or efficiencies. Measure
the performance of the entire system
to the goal."
The Goal, E. Goldratt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es
Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
4 20 3 12 5 ?
Theory of Constraints (Teoria das Restrições)
O fluxo global do sistema é limitado pelo gargalo (restrição)
Processo de melhoria contínua:
1.IDENTIFICAR a restrição
2.DECIDIR como tirar maior proveito da restrição
3.SUBORDINAR o resto do processo ao gargalo, alinhando todo o
sistema
4.ELEVAR (otimizar, maximizar) as restrição para incrementar sua
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5.REPETIR o processo, encontrando a próxima restrição
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es
Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es
Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
Redução do tamanho do lote: chave para agilidade
Lotes menores significam melhor gerenciamento de risco,
são mais fáceis de serem compreendidos, mais fáceis de
fazer handover, testar, corrigir bugs, e ajudam na redução
de WIP.
Também aumentam a previsibilidade do processo e criam
mais oportunidades para ajustes às mudanças de
requisitos, reduzindo o “tempo de reposta”.
Ou seja, possibilitam desenvolvimento realmente ágil.
Kanban: O que medir?
Throughput (vazão): número de itens feitos por unidade
de tempo
Qualidade: bugs, taxa de rejeição (“efeito carrossel”)
Lead Time, Cycle Time, Touch Time
Eficiência de Processo (Touch Time/Lead Time)
Demandas de Falha x Demandas de Valor
O que anotar na carta do Kanban?
Número no
sistema de
gerenciamento
de projeto
Data inicial:
quando o
compromisso
foi assumido
Título (pode
ser mais curto
do que na user
story)
Responsável
(responsáveis)
Data final: quando a carta foi
entregue em produção/ao
cliente
Opcional:
contador de
quantas vezes a
story foi rejeitada
pelo QA e
retrabalhada
(métrica de
qualidade)
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indicador que
essa story era
um bug (métrica
de qualidade)
Cummulative Flow Diagram (CFD)
Onde começar?
Comece onde você está (“cole” o
Kanban em cima do teu
processo atual)
Concorde em implantar
mudanças graduais, e evoluir
gradativamente
Respeite papéis, processos e
responsabilidades correntes
Onde começar? (sendo um pouco mais específico)
1. Crie o primeiro kanban board em grupo (lembre-se,
para o processo atual, resista à tentação de já querer
introduzir melhorias ou colocar um processo “ideal”)
2. Crie um kanban físico e com caneta mesmo, pois ele
vai mudar um bocado ainda
3. “Rode” esse kanban board por 1 ou 2 semanas pra
sentir se ele precisa de ajustes, em especial em relação
ao processo mapeado
4. Defina um limite WIP inicial
Comece hoje!
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sobre todas as outras; idealmente o WIP Limit do expedite lane tem que
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Lean: redução de desperdícios
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Workshop Kanban - julho 2016

  • 2. O que é “Kanban”?
  • 4. Jogo: “Flip the cards” O que precisamos: 4 “operários” 4 “gerentes” 1 “cliente” 5 cronômetros
  • 5. Jogo: “Flip the cards” Alguns pontos a discutir: Como vocês se sentiram com os diferentes limites de cartas? Qual das variações te deixaram mais estressados? Por quê? Qual a diferença de mentalidade entre virar tudo de uma vez e virar em lotes e 5? E lote de 1? Como vocês explicam as diferenças de tempos?
  • 6. 3 números interessantes WIP (Work in Process): Número de “coisas” que uma pessoa ou um grupo de pessoas está fazendo ao mesmo tempo Lead Time: tempo que leva para que uma tarefa seja executada (atravessar todo o fluxo), do início ao fim Throughput (vazão): Capacidade de trabalho realizado por unidade de tempo.
  • 7. Lei de Little LEAD TIME = http://blog.kudoos.com.br/gestao-agil/entendendo-lei-de-little/ THROUGHPUT WIP
  • 8. O que é “Kanban”?
  • 9. kanban (com k minúsculo): Processo visual que informa o que produzir, quando e quanto; é um indicador visual de capacidade e disponibilidade para produzir mais/oferecer mais serviço. Em tecnologia, normalmente é um “quadro kanban”.
  • 10. Kanban Method Processo de mudança evolucionária de processos, primeiramente definida por David J. Anderson no livro “Kanban: Sucessfull Evolutionary Change for your Technology Business” em 2010, inspirado no Toyota Production System e em conceitos de Lean Software Development de Mary e Tom Poppendieck.
  • 11. É um “meta-processo” Não substitui processos atuais (ex Scrum); simplesmente auxilia esses processos na identificação de problemas e acompanhamento de melhorias. Não existe “Framework Kanban” ou “receita de implantação”, apenas “Princípios” a serem usados juntamente a outros processos.
  • 12. É um “meta-processo” deboas Dá pra começar com algo muito, muito simples, e evoluir de boas, sem correria
  • 14. Princípio 1: Visualize o trabalho Crie seu primeiro quadro kanban com o processo que você faz hoje. Mapeie o processo desde o momento que uma demanda é aceita (comprometimento feito), até o momento em que ela é entregue ao cliente Em geral, o simples fato de mapear e visualizar o processo (também conhecido como “value stream map” ou “mapa de corrente de valor”) já traz à tona muitos pontos a serem melhorados no processo
  • 15. Princípio 2: Limite “Work in Process” (WIP)
  • 18. Como definir o WIP 1. Duas formas: por “coluna” ou por “grupos” WIP limit de “ready for dev” até “done” (inclusive)
  • 19. Como definir o WIP 1. Recomenda-se fazer por grupo, mais especificamente no bloco de trabalho onde será contado o “lead time” 2. Qual número iniciar? Comece com seu 90% do seu WIP atual, e vá baixando gradativamente (sem correria, deboas) até chegar entre 2x e 1.5x o tamanho do time (por exemplo, time de 10 pessoas = WIP Limit de 15)
  • 20. Princípio 3: Gerencie Fluxo “All we are doing is looking at the time line from the moment the customer gives us an order to the point when we collect the cash. And we are reducing that time line by removing the non-value-added wastes.” - Taichi Ono, Toyota - Encontre gargalos - Foque em reduzir tempo de fila ao invés de tempo de trabalho - Monitore “lead time” e througput - Monitore qualidade - Foque no serviço e no fluxo de trabalho como um
  • 21. Regra fundamental do Kanban “O trabalho é puxado, e não empurrado” Ou seja, mesmo que o limite WIP esteja permitindo, mesmo que a pessoa esteja disponível, sempre cabe à pessoa puxar a carta para trabalhar (da coluna da esquerda pra coluna dela); ninguém pode empurrar o trabalho pra pessoa. Por quê? Comprometimento, qualidade, e por que é uma questão de gentileza e respeito :D
  • 22. Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints) "Avoid local measures of effectiveness or efficiencies. Measure the performance of the entire system to the goal." The Goal, E. Goldratt https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es
  • 23. Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints) 4 20 3 12 5 ?
  • 24. Theory of Constraints (Teoria das Restrições) O fluxo global do sistema é limitado pelo gargalo (restrição) Processo de melhoria contínua: 1.IDENTIFICAR a restrição 2.DECIDIR como tirar maior proveito da restrição 3.SUBORDINAR o resto do processo ao gargalo, alinhando todo o sistema 4.ELEVAR (otimizar, maximizar) as restrição para incrementar sua capacidade 5.REPETIR o processo, encontrando a próxima restrição https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
  • 25. Uma forma de otimizar um gargalo: “buffer” com WIP Limit estrito https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_restri%C3%A7%C3%B5es Teoria das Restrições (ToC - Theory of Constraints)
  • 26. Redução do tamanho do lote: chave para agilidade Lotes menores significam melhor gerenciamento de risco, são mais fáceis de serem compreendidos, mais fáceis de fazer handover, testar, corrigir bugs, e ajudam na redução de WIP. Também aumentam a previsibilidade do processo e criam mais oportunidades para ajustes às mudanças de requisitos, reduzindo o “tempo de reposta”. Ou seja, possibilitam desenvolvimento realmente ágil.
  • 27. Kanban: O que medir? Throughput (vazão): número de itens feitos por unidade de tempo Qualidade: bugs, taxa de rejeição (“efeito carrossel”) Lead Time, Cycle Time, Touch Time Eficiência de Processo (Touch Time/Lead Time) Demandas de Falha x Demandas de Valor
  • 28. O que anotar na carta do Kanban? Número no sistema de gerenciamento de projeto Data inicial: quando o compromisso foi assumido Título (pode ser mais curto do que na user story) Responsável (responsáveis) Data final: quando a carta foi entregue em produção/ao cliente Opcional: contador de quantas vezes a story foi rejeitada pelo QA e retrabalhada (métrica de qualidade) Opcional: indicador que essa story era um bug (métrica de qualidade)
  • 30. Onde começar? Comece onde você está (“cole” o Kanban em cima do teu processo atual) Concorde em implantar mudanças graduais, e evoluir gradativamente Respeite papéis, processos e responsabilidades correntes
  • 31. Onde começar? (sendo um pouco mais específico) 1. Crie o primeiro kanban board em grupo (lembre-se, para o processo atual, resista à tentação de já querer introduzir melhorias ou colocar um processo “ideal”) 2. Crie um kanban físico e com caneta mesmo, pois ele vai mudar um bocado ainda 3. “Rode” esse kanban board por 1 ou 2 semanas pra sentir se ele precisa de ajustes, em especial em relação ao processo mapeado 4. Defina um limite WIP inicial
  • 33. Como lidar com demandas de última hora? Expedite Lane: permite que uma demanda seja atendida com prioridade sobre todas as outras; idealmente o WIP Limit do expedite lane tem que ser 1, para evitar abusos
  • 34. Lean: redução de desperdícios Os 7 desperdícios do desenvolvimento de software (Mary Poppendieck) 1. Trabalho parcialmente implementado 2. Features desnecessárias 3. Relearning (reaprender algo que você ou outra pessoa já aprendeu antes) 4. Handoffs (passar trabalho de uma pessoa para outra) 5. Atrasos 6. Trocas de contexto e tipos de tarefas 7. Bugs e defeitos Oitavo desperdício, talvez o maior de todos (Don