SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
MESSIAS S. CAVALCANTE




A VERDADEIRA HISTÓRIA DA
      CACHAÇA
Ao menos se acreditarmos no silêncio dos documentos, a difusão
  da aguardente, se ocorreu logo, ficou por algum tempo encoberta por
outras tarefas mais imperiosas da produção açucareira, possivelmente
 restrita ao consumo doméstico. Descrições de cronistas, missionários,
  mapas de arrecadação fiscal, relatórios administrativos da situação
 dos engenhos, e mesmo as leis que tratavam de regular o comércio e a
       distribuição sobre o açúcar, no início do século XVI e ainda nas
    primeiras décadas do século XVII, não mencionam a existência de
                 aguardente, nome que aparece associado à destilação.
          Luciano Figueiredo & Renato Pinto Venâncio (2005),
                       Águas Ardentes: O Nascimento da Cachaça232*


         Neste caso ele (o rum) foi provavelmente inventado nas ilhas
espanholas de Hispaniola ou Cuba (onde foi chamado de aguardiente
    ou ‘água ardente’) ou por colonos portugueses no litoral do Brasil
                                (onde seria depois chamado cachaça).
                              Wayne Curtis, And a Bottle of Rum197



*Os números sobrescritos correspondem ao número da Fonte (pág. 503-556)
 de onde foi obtida a respectiva informação.
A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
SUMÁRIO




APRESENTAÇÃO ............................................................... ............11
BEBO PORQUE É LÍQUIDO! .......................................................... 15
  Até bicho bebe! ................................................................. 20
  Fermentadas e destiladas ................................................ 22
  Paixões nacionais .............................................................. 24
      Carnaval ......................................................................... 25
      Futebol ........................................................................... 26
  Cachaça .............................................................................. 31
  Resumo ............................................................................... 34
QUEM INVENTOU A CACHAÇA? .................................................. 35
  De onde vem o nome cachaça? ..................................... 35
  Onde está a certidão de nascimento? .......................... 53
  Vai ver que foi o índio! ................................................... 57
  Bebidas dos índios ........................................................... 61
  Será que foi o africano? .................................................. 81
  Cachaça/Escambo ............................................................ 84
  A honra é do europeu? ................................................... 86
  Nasceu ou não no século XVI? ..................................... 90
  Parece que nasceu no século XVII ................................ 97
  Resumo ............................................................................. 106
CACHAÇA: TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE ............. 107
  Cachaça e rum – Irmãos gêmeos? ................................ 107
  Uma cachaça para cada gosto ........................................ 114
Envasamento da cachaça ............................................... 119
  Cachaça no barril ............................................................ 120
  Cachaça na garrafa .......................................................... 127
  Pensa que é fácil fazer uma boa cachaça? .................. 137
  Cachaça e pão de queijo ................................................. 141
  Eta cachaça ruim da peste! ............................................ 143
  Artifício para driblar barreiras ..................................... 158
  Resumo ............................................................................. 164
TERRA (DA CACHAÇA) À VISTA! ................................................. 165
  Cachaça a bordo .............................................................. 165
  Adivinha quem chegou para nos jantar? ..................... 166
  Quem descobriu o Brasil? ............................................. 169
  Se beber não navegue! .................................................... 178
  Piratas .............................................................................. 181
  Índios na idade da pedra ................................................ 186
  Mandioca .......................................................................... 189
  A gentinha que veio...! .................................................... 191
  Bicho de pé ....................................................................... 192
  Resumo ............................................................................. 197
ENGENHOS DE AÇÚCAR .............................................................. 199
  Implantação dos engenhos no Brasil ........................... 200
  Escravos no engenho ...................................................... 204
  Papéis dos engenhos ....................................................... 208
  Açúcar colonial ................................................................ 211
  Inimigos do canavial ....................................................... 216
  Proibir ou taxar? ............................................................. 217
  Decadência dos engenhos .............................................. 228
  Engenhos de rapadura .................................................... 236
  Cangaceiros ..................................................................... 238
  O sufoco dos alambiques ............................................... 243
  Setor sucroalcooleiro ..................................................... 246
  Resumo ............................................................................. 252
CACHAÇA NO ALTAR .................................................................. 253
   Cultos indígenas ............................................................. 262
   Cultos africanos ...............................................................264
   Cachaça e inquisição ...................................................... 266
   Resumo ............................................................................. 273
CACHAÇA DESBRAVADORA ......................................................... 275
   Desbravando pela água .................................................. 277
   Desbravando a pé ............................................................ 290
   Bandeirantes ................................................................... 294
   Desbravando com boiadas ............................................. 297
   Tropeiros .......................................................................... 300
   Viajantes e outros escribas ............................................ 307
   Resumo ............................................................................. 316
DATAS E LOCAIS DA CACHAÇA .................................................... 317
   Resumo ............................................................................. 338
CACHAÇA NAS LETRAS ............................................................... 339
   Resumo ............................................................................. 501
FONTES .................................................................................... 503
ÍNDICE REMISSIVO ..................................................................... 557
A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
APRESENTAÇÃO




M
            uito já se estudou e se escreveu sobre bebidas alcoó-
            licas, versando sobre suas origens e suas interrela-
            ções com o ser humano. Assim, de forma sucinta, este
tema é abordado inicialmente. Uma vez que o futebol, o carnaval e a
cachaça fazem parte importante da cultura brasileira eles são em se-
guida ligeiramente mencionados como um aperitivo antes de ser ser-
vido o prato principal, ou melhor, a bebida principal, que é a cachaça.
    O próprio termo cachaça não encontra unanimidade quanto à
sua origem, não obstante a sua aplicação à bebida alcoólica derivada
da cana de açúcar seja razoavelmente bem documentada, tendo sua
genealogia associada inicialmente às escumas originadas durante o
processo da produção do açúcar.
    Apesar de fazer parte do cotidiano do brasileiro há séculos, há
poucas certezas sobre as origens da cachaça e muitos que escrevem
sobre o assunto são obrigados a deixar, por ausência de suporte do-
cumental, muitas lagunas. Alguns preenchem estes vazios com su-
12                        Messias S. Cavalcante




posições razoáveis, calcadas em evidências históricas, enquanto ou-
tros apelam para achismos, baseando-se em fatos desprovidos de
comprovação. Outros afirmam que foi criada em determinado local e
em determinada época, sem apresentar registros históricos que cor-
roborem suas afirmações.
     Pode-se observar que em todos os escritos sobre a cachaça, consta
que foi criada no Brasil na primeira metade do século XVI. Será que
isto é uma verdade incontestável ou mero nacionalismo? Documen-
tos históricos permitem rastrear o nascimento da cachaça apenas a
partir da mesma época do nascimento do rum. Enquanto Portugal
estava sob o domínio da Espanha, de 1580 a 1640, que coincide com
o aparecimento da cachaça e do rum, navios espanhóis aportavam
tanto nas costas brasileiras como em outras colônias espanholas.
Poderia a aguardente de cana de açúcar, cujo nome variava de acordo
com a colônia que a produzia, ter sido gerada fora do Brasil?
     O objetivo do presente levantamento é tentar lançar alguma luz
sobre alguns aspectos ainda obscuros como, por exemplo, quando,
onde e quem inventou a cachaça. Para introduzir estes temas, a pre-
sença de bebidas alcoólicas no cotidiano do europeu e nas embarca-
ções que singravam os mares é apresentada.
     Na tentativa de encontrar respostas a estas questões foi efetua-
do um pequeno histórico sobre o descobrimento do Brasil e a im-
plantação de engenhos de açúcar, o berço da cachaça. A ascensão
dessa primeira indústria que progrediu na colônia, sem contar a da
extração do pau-brasil, e sua importância como geradora de povoa-
ções, que depois progrediram para cidades, bem como a importância
dos senhores de engenho ao longo dos séculos são delineadas.
     Como atores dessa odisséia, que é a criação da cachaça, havia os
índios, os escravos africanos e os colonizadores europeus, todos ver-
sados em bebidas alcoólicas. A possibilidade de cada um destes po-
vos ter descoberto o vinho de cana (caldo de cana fermentado), que
deu origem à cachaça, é aventada.
A verdadeira história da cachaça             13



     Inicialmente a cachaça e o rum eram uma só bebida, produzidas
com as mesmas matérias primas e pelos mesmos métodos. As dúvi-
das que ainda pairam sobre os primeiros passos dados para a criação
do rum são as mesmas da cachaça. Com o tempo, enquanto o rum
manteve como fonte praticamente todas as matérias primas origi-
nais, na produção da cachaça começou-se a utilizar apenas uma de-
las, o caldo de cana fermentado. Os motivos para esta especialização
são discutidos. As razões para a tentativa do Brasil em tentar impor
ao mundo o conceito de que a cachaça é uma aguardente distinta do
rum também são aventadas.
     O desbravamento do sertão brasileiro feito a pé e por utilização
de canoas em busca de riquezas minerais e escravos, assim como
por boiadeiros à procura de novos pastos para o gado e tropeiros
transportando mercadorias para os povoados, é descrito, sempre tendo
em vista a presença da cachaça. Os papéis desempenhados por estes
grupos de pioneiros na criação de povoados e cidades são descritos.
     É também feita uma abordagem sobre o papel da Igreja Católica,
na época colonial, no que se refere à cachaça. Embora combatesse
práticas religiosas e de costumes que iam contra seus ensinamen-
tos, inclusive o uso de bebidas alcoólicas, vários religiosos possuíam
engenhos que produziam cachaça. Em muitos casos a cachaça ser-
via como instrumento para a catequização dos índios.
     Um dos capítulos contém, cronologicamente, datas relevantes
para a história da cachaça. Em outro, algumas palavras relacionadas
à cachaça e obtidas de livros de ficção como contos e romances, bem
como de relatos históricos e sites da internet são apresentadas alfa-
beticamente.
     As informações foram obtidas através de escritos de piratas, co-
lonizadores, invasores, pesquisadores, historiadores, religiosos e li-
vros que abordam o assunto. Artigos, obras e blogs presentes na
internet foram também de grande ajuda. Além de apresentar os re-
gistros deixados por essas obras sobre fatos relacionados à cachaça,
14                        Messias S. Cavalcante




assuntos paralelos com conotações curiosas ou de interesse foram
também incluídos. Na maioria das vezes, os relatos e opiniões dos
autores consultados são transcritos literalmente uma vez que este
recurso empresta um colorido adicional à narrativa.
     Os números sobrescritos, por exemplo o 26 em: “Jânio Quadros,
Orador de outros tempos26” (pág. 15), correspondem ao número da
Fonte (pág. 503-556) de onde foi obtida a respectiva informação.
     No final, um Índice Remissivo detalhado é apresentado para fa-
cilitar a busca dos assuntos.
     Meu profundo e sincero agradecimento a Maria Cláudia Curim-
baba pelas palavras de incentivo ao longo da elaboração deste livro e
pelo gentil patrocínio do mesmo.

                                                  Messias S. Cavalcante

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiro
Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiroContos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiro
Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiroGuilhermeRighettiFan
 
Modas sertanejas cifras & tab's
Modas sertanejas cifras & tab'sModas sertanejas cifras & tab's
Modas sertanejas cifras & tab'sNome Sobrenome
 
Livro De Receitas Das Comunidades Rurais
Livro De Receitas Das Comunidades RuraisLivro De Receitas Das Comunidades Rurais
Livro De Receitas Das Comunidades RuraisBombokado Kado
 
Musicas cifradas pop rock 3
Musicas cifradas pop rock 3Musicas cifradas pop rock 3
Musicas cifradas pop rock 3Elvis Live
 
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012Confraria Paranaense
 
Danação
DanaçãoDanação
Danaçãocasijor
 
Lembranças do Ayoká
Lembranças do AyokáLembranças do Ayoká
Lembranças do AyokáNevas_Amaral
 
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 finalConfraria Paranaense
 

Mais procurados (16)

Livro De Receitas 2
Livro De Receitas 2Livro De Receitas 2
Livro De Receitas 2
 
Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiro
Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiroContos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiro
Contos populares-do-brasil-2a-edicao-cadernos-do-mundo-inteiro
 
Camargo emerson zíngaro - cifras de músicas sertanejas
Camargo emerson zíngaro -  cifras de músicas sertanejasCamargo emerson zíngaro -  cifras de músicas sertanejas
Camargo emerson zíngaro - cifras de músicas sertanejas
 
CRENÇAS E LENDAS DO UAUPES
CRENÇAS E LENDAS DO UAUPESCRENÇAS E LENDAS DO UAUPES
CRENÇAS E LENDAS DO UAUPES
 
Modas sertanejas cifras & tab's
Modas sertanejas cifras & tab'sModas sertanejas cifras & tab's
Modas sertanejas cifras & tab's
 
Livro De Receitas Das Comunidades Rurais
Livro De Receitas Das Comunidades RuraisLivro De Receitas Das Comunidades Rurais
Livro De Receitas Das Comunidades Rurais
 
Musicas cifradas pop rock 3
Musicas cifradas pop rock 3Musicas cifradas pop rock 3
Musicas cifradas pop rock 3
 
160 receitas de molhos
160 receitas de molhos160 receitas de molhos
160 receitas de molhos
 
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 9 jan fev mar 2012
 
Danação
DanaçãoDanação
Danação
 
Lembranças do Ayoká
Lembranças do AyokáLembranças do Ayoká
Lembranças do Ayoká
 
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final3 revista literária voo da gralha azul numero 3  marco abril 2010 final
3 revista literária voo da gralha azul numero 3 marco abril 2010 final
 
Receitas de bacalhau
Receitas de bacalhauReceitas de bacalhau
Receitas de bacalhau
 
Comida di Buteco
Comida di ButecoComida di Buteco
Comida di Buteco
 
Arqueologia vt leiatrecho
Arqueologia vt leiatrechoArqueologia vt leiatrecho
Arqueologia vt leiatrecho
 
Songbook capoeira
Songbook capoeiraSongbook capoeira
Songbook capoeira
 

Semelhante a A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante

4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010
4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 20104 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010
4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010Confraria Paranaense
 
As mensgaens da água masru emoto
As mensgaens da água   masru emotoAs mensgaens da água   masru emoto
As mensgaens da água masru emotoLubarck Crow
 
Textos diversos primeiro ao quarto ano
Textos diversos primeiro ao quarto anoTextos diversos primeiro ao quarto ano
Textos diversos primeiro ao quarto anoKelly Arduino
 
Agatha christie desenterrando o passado
Agatha christie   desenterrando o passadoAgatha christie   desenterrando o passado
Agatha christie desenterrando o passadoJp Prof
 
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011Confraria Paranaense
 
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdf
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdfCERTEAU, M. A Escrita da história.pdf
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdfMartaGama7
 
Livro dos jogos tradicionais portugueses
Livro dos jogos tradicionais portuguesesLivro dos jogos tradicionais portugueses
Livro dos jogos tradicionais portuguesesmarferreira1971
 
Jogos tradicionais infantis
Jogos tradicionais infantisJogos tradicionais infantis
Jogos tradicionais infantisDébora Frazao
 
Jogos tradicionais para crianças
Jogos tradicionais para criançasJogos tradicionais para crianças
Jogos tradicionais para criançasEvandro Felipe
 
As bem aventuranças de c.h.spurgeon
As bem aventuranças de c.h.spurgeonAs bem aventuranças de c.h.spurgeon
As bem aventuranças de c.h.spurgeonDeusdete Soares
 
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)IEAD PG
 
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis Reachers
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis ReachersCARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis Reachers
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis ReachersSammis Reachers
 
Receitas de isamara amancio
Receitas de isamara amancioReceitas de isamara amancio
Receitas de isamara amancioartedecozinhar1
 
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdf
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdfAllan Kardec - Obras Póstumas.pdf
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdfVIEIRA RESENDE
 
Subtilezas do erro. pdf
Subtilezas do erro. pdfSubtilezas do erro. pdf
Subtilezas do erro. pdfBeba Mamani
 

Semelhante a A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante (20)

4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010
4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 20104 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010
4 revista o voo da gralha azul numero 4 maio junho 2010
 
As mensgaens da água masru emoto
As mensgaens da água   masru emotoAs mensgaens da água   masru emoto
As mensgaens da água masru emoto
 
Movimentos, Trânsitos & Memórias: Temas e Abordagens
Movimentos, Trânsitos & Memórias: Temas e AbordagensMovimentos, Trânsitos & Memórias: Temas e Abordagens
Movimentos, Trânsitos & Memórias: Temas e Abordagens
 
Textos ler-escrever
Textos ler-escrever Textos ler-escrever
Textos ler-escrever
 
Textos diversos primeiro ao quarto ano
Textos diversos primeiro ao quarto anoTextos diversos primeiro ao quarto ano
Textos diversos primeiro ao quarto ano
 
Agatha christie desenterrando o passado
Agatha christie   desenterrando o passadoAgatha christie   desenterrando o passado
Agatha christie desenterrando o passado
 
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011
Almanaque O Voo da Gralha Azul numero 7 junho a agosto 2011
 
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdf
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdfCERTEAU, M. A Escrita da história.pdf
CERTEAU, M. A Escrita da história.pdf
 
Livro dos jogos tradicionais portugueses
Livro dos jogos tradicionais portuguesesLivro dos jogos tradicionais portugueses
Livro dos jogos tradicionais portugueses
 
Jogos tradicionais infantis
Jogos tradicionais infantisJogos tradicionais infantis
Jogos tradicionais infantis
 
Jogos tradicionais para crianças
Jogos tradicionais para criançasJogos tradicionais para crianças
Jogos tradicionais para crianças
 
As bem aventuranças de c.h.spurgeon
As bem aventuranças de c.h.spurgeonAs bem aventuranças de c.h.spurgeon
As bem aventuranças de c.h.spurgeon
 
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)
Natanael Cortez - Os Dois Tributos (986)
 
Apostila literatura
Apostila literaturaApostila literatura
Apostila literatura
 
Apostila literatura
Apostila literaturaApostila literatura
Apostila literatura
 
OBRAS-PRIMAS DO CINEMA BRASILEIRO
OBRAS-PRIMAS DO CINEMA BRASILEIROOBRAS-PRIMAS DO CINEMA BRASILEIRO
OBRAS-PRIMAS DO CINEMA BRASILEIRO
 
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis Reachers
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis ReachersCARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis Reachers
CARTAS E RETORNOS - Poesia - Sammis Reachers
 
Receitas de isamara amancio
Receitas de isamara amancioReceitas de isamara amancio
Receitas de isamara amancio
 
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdf
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdfAllan Kardec - Obras Póstumas.pdf
Allan Kardec - Obras Póstumas.pdf
 
Subtilezas do erro. pdf
Subtilezas do erro. pdfSubtilezas do erro. pdf
Subtilezas do erro. pdf
 

Mais de Sá Editora

Feliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaFeliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaSá Editora
 
Feliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaFeliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaSá Editora
 
Valores de família
Valores de famíliaValores de família
Valores de famíliaSá Editora
 
Palavra Perdida - Oya Baydar
Palavra Perdida - Oya BaydarPalavra Perdida - Oya Baydar
Palavra Perdida - Oya BaydarSá Editora
 
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011Sá Editora
 
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson Ferreira
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson FerreiraPsicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson Ferreira
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson FerreiraSá Editora
 
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010Sá Editora
 
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitci
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitciAs preces sao_imutavis_tuna_kiremitci
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitciSá Editora
 
Cartas Ao Cão - Capítulo 1
Cartas Ao Cão - Capítulo 1Cartas Ao Cão - Capítulo 1
Cartas Ao Cão - Capítulo 1Sá Editora
 
Sumô Um Outro Olhar
Sumô Um Outro OlharSumô Um Outro Olhar
Sumô Um Outro OlharSá Editora
 

Mais de Sá Editora (12)

Feliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaFeliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranha
 
Feliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranhaFeliz aniversário, querida estranha
Feliz aniversário, querida estranha
 
Valores de família
Valores de famíliaValores de família
Valores de família
 
Palavra Perdida - Oya Baydar
Palavra Perdida - Oya BaydarPalavra Perdida - Oya Baydar
Palavra Perdida - Oya Baydar
 
A concubina
A concubinaA concubina
A concubina
 
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011
CATÁLOGO DE TÍTULOS COM INDICAÇÃO ESCOLAR 2011
 
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson Ferreira
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson FerreiraPsicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson Ferreira
Psicanálise - O que ela pode fazer por você - Lenilson Ferreira
 
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010
Velórios inusitados - Mário Marinho - Sá Editora 2010
 
Zinedine Zidane
Zinedine ZidaneZinedine Zidane
Zinedine Zidane
 
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitci
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitciAs preces sao_imutavis_tuna_kiremitci
As preces sao_imutavis_tuna_kiremitci
 
Cartas Ao Cão - Capítulo 1
Cartas Ao Cão - Capítulo 1Cartas Ao Cão - Capítulo 1
Cartas Ao Cão - Capítulo 1
 
Sumô Um Outro Olhar
Sumô Um Outro OlharSumô Um Outro Olhar
Sumô Um Outro Olhar
 

Último

EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfIBEE5
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING Mary Alvarenga
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974AnaRitaFreitas7
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxAntonioVieira539017
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderLucliaResende1
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiMary Alvarenga
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 

Último (20)

EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 

A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante

  • 1. MESSIAS S. CAVALCANTE A VERDADEIRA HISTÓRIA DA CACHAÇA
  • 2. Ao menos se acreditarmos no silêncio dos documentos, a difusão da aguardente, se ocorreu logo, ficou por algum tempo encoberta por outras tarefas mais imperiosas da produção açucareira, possivelmente restrita ao consumo doméstico. Descrições de cronistas, missionários, mapas de arrecadação fiscal, relatórios administrativos da situação dos engenhos, e mesmo as leis que tratavam de regular o comércio e a distribuição sobre o açúcar, no início do século XVI e ainda nas primeiras décadas do século XVII, não mencionam a existência de aguardente, nome que aparece associado à destilação. Luciano Figueiredo & Renato Pinto Venâncio (2005), Águas Ardentes: O Nascimento da Cachaça232* Neste caso ele (o rum) foi provavelmente inventado nas ilhas espanholas de Hispaniola ou Cuba (onde foi chamado de aguardiente ou ‘água ardente’) ou por colonos portugueses no litoral do Brasil (onde seria depois chamado cachaça). Wayne Curtis, And a Bottle of Rum197 *Os números sobrescritos correspondem ao número da Fonte (pág. 503-556) de onde foi obtida a respectiva informação.
  • 4. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................... ............11 BEBO PORQUE É LÍQUIDO! .......................................................... 15 Até bicho bebe! ................................................................. 20 Fermentadas e destiladas ................................................ 22 Paixões nacionais .............................................................. 24 Carnaval ......................................................................... 25 Futebol ........................................................................... 26 Cachaça .............................................................................. 31 Resumo ............................................................................... 34 QUEM INVENTOU A CACHAÇA? .................................................. 35 De onde vem o nome cachaça? ..................................... 35 Onde está a certidão de nascimento? .......................... 53 Vai ver que foi o índio! ................................................... 57 Bebidas dos índios ........................................................... 61 Será que foi o africano? .................................................. 81 Cachaça/Escambo ............................................................ 84 A honra é do europeu? ................................................... 86 Nasceu ou não no século XVI? ..................................... 90 Parece que nasceu no século XVII ................................ 97 Resumo ............................................................................. 106 CACHAÇA: TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE ............. 107 Cachaça e rum – Irmãos gêmeos? ................................ 107 Uma cachaça para cada gosto ........................................ 114
  • 5. Envasamento da cachaça ............................................... 119 Cachaça no barril ............................................................ 120 Cachaça na garrafa .......................................................... 127 Pensa que é fácil fazer uma boa cachaça? .................. 137 Cachaça e pão de queijo ................................................. 141 Eta cachaça ruim da peste! ............................................ 143 Artifício para driblar barreiras ..................................... 158 Resumo ............................................................................. 164 TERRA (DA CACHAÇA) À VISTA! ................................................. 165 Cachaça a bordo .............................................................. 165 Adivinha quem chegou para nos jantar? ..................... 166 Quem descobriu o Brasil? ............................................. 169 Se beber não navegue! .................................................... 178 Piratas .............................................................................. 181 Índios na idade da pedra ................................................ 186 Mandioca .......................................................................... 189 A gentinha que veio...! .................................................... 191 Bicho de pé ....................................................................... 192 Resumo ............................................................................. 197 ENGENHOS DE AÇÚCAR .............................................................. 199 Implantação dos engenhos no Brasil ........................... 200 Escravos no engenho ...................................................... 204 Papéis dos engenhos ....................................................... 208 Açúcar colonial ................................................................ 211 Inimigos do canavial ....................................................... 216 Proibir ou taxar? ............................................................. 217 Decadência dos engenhos .............................................. 228 Engenhos de rapadura .................................................... 236 Cangaceiros ..................................................................... 238 O sufoco dos alambiques ............................................... 243 Setor sucroalcooleiro ..................................................... 246 Resumo ............................................................................. 252
  • 6. CACHAÇA NO ALTAR .................................................................. 253 Cultos indígenas ............................................................. 262 Cultos africanos ...............................................................264 Cachaça e inquisição ...................................................... 266 Resumo ............................................................................. 273 CACHAÇA DESBRAVADORA ......................................................... 275 Desbravando pela água .................................................. 277 Desbravando a pé ............................................................ 290 Bandeirantes ................................................................... 294 Desbravando com boiadas ............................................. 297 Tropeiros .......................................................................... 300 Viajantes e outros escribas ............................................ 307 Resumo ............................................................................. 316 DATAS E LOCAIS DA CACHAÇA .................................................... 317 Resumo ............................................................................. 338 CACHAÇA NAS LETRAS ............................................................... 339 Resumo ............................................................................. 501 FONTES .................................................................................... 503 ÍNDICE REMISSIVO ..................................................................... 557
  • 8. APRESENTAÇÃO M uito já se estudou e se escreveu sobre bebidas alcoó- licas, versando sobre suas origens e suas interrela- ções com o ser humano. Assim, de forma sucinta, este tema é abordado inicialmente. Uma vez que o futebol, o carnaval e a cachaça fazem parte importante da cultura brasileira eles são em se- guida ligeiramente mencionados como um aperitivo antes de ser ser- vido o prato principal, ou melhor, a bebida principal, que é a cachaça. O próprio termo cachaça não encontra unanimidade quanto à sua origem, não obstante a sua aplicação à bebida alcoólica derivada da cana de açúcar seja razoavelmente bem documentada, tendo sua genealogia associada inicialmente às escumas originadas durante o processo da produção do açúcar. Apesar de fazer parte do cotidiano do brasileiro há séculos, há poucas certezas sobre as origens da cachaça e muitos que escrevem sobre o assunto são obrigados a deixar, por ausência de suporte do- cumental, muitas lagunas. Alguns preenchem estes vazios com su-
  • 9. 12 Messias S. Cavalcante posições razoáveis, calcadas em evidências históricas, enquanto ou- tros apelam para achismos, baseando-se em fatos desprovidos de comprovação. Outros afirmam que foi criada em determinado local e em determinada época, sem apresentar registros históricos que cor- roborem suas afirmações. Pode-se observar que em todos os escritos sobre a cachaça, consta que foi criada no Brasil na primeira metade do século XVI. Será que isto é uma verdade incontestável ou mero nacionalismo? Documen- tos históricos permitem rastrear o nascimento da cachaça apenas a partir da mesma época do nascimento do rum. Enquanto Portugal estava sob o domínio da Espanha, de 1580 a 1640, que coincide com o aparecimento da cachaça e do rum, navios espanhóis aportavam tanto nas costas brasileiras como em outras colônias espanholas. Poderia a aguardente de cana de açúcar, cujo nome variava de acordo com a colônia que a produzia, ter sido gerada fora do Brasil? O objetivo do presente levantamento é tentar lançar alguma luz sobre alguns aspectos ainda obscuros como, por exemplo, quando, onde e quem inventou a cachaça. Para introduzir estes temas, a pre- sença de bebidas alcoólicas no cotidiano do europeu e nas embarca- ções que singravam os mares é apresentada. Na tentativa de encontrar respostas a estas questões foi efetua- do um pequeno histórico sobre o descobrimento do Brasil e a im- plantação de engenhos de açúcar, o berço da cachaça. A ascensão dessa primeira indústria que progrediu na colônia, sem contar a da extração do pau-brasil, e sua importância como geradora de povoa- ções, que depois progrediram para cidades, bem como a importância dos senhores de engenho ao longo dos séculos são delineadas. Como atores dessa odisséia, que é a criação da cachaça, havia os índios, os escravos africanos e os colonizadores europeus, todos ver- sados em bebidas alcoólicas. A possibilidade de cada um destes po- vos ter descoberto o vinho de cana (caldo de cana fermentado), que deu origem à cachaça, é aventada.
  • 10. A verdadeira história da cachaça 13 Inicialmente a cachaça e o rum eram uma só bebida, produzidas com as mesmas matérias primas e pelos mesmos métodos. As dúvi- das que ainda pairam sobre os primeiros passos dados para a criação do rum são as mesmas da cachaça. Com o tempo, enquanto o rum manteve como fonte praticamente todas as matérias primas origi- nais, na produção da cachaça começou-se a utilizar apenas uma de- las, o caldo de cana fermentado. Os motivos para esta especialização são discutidos. As razões para a tentativa do Brasil em tentar impor ao mundo o conceito de que a cachaça é uma aguardente distinta do rum também são aventadas. O desbravamento do sertão brasileiro feito a pé e por utilização de canoas em busca de riquezas minerais e escravos, assim como por boiadeiros à procura de novos pastos para o gado e tropeiros transportando mercadorias para os povoados, é descrito, sempre tendo em vista a presença da cachaça. Os papéis desempenhados por estes grupos de pioneiros na criação de povoados e cidades são descritos. É também feita uma abordagem sobre o papel da Igreja Católica, na época colonial, no que se refere à cachaça. Embora combatesse práticas religiosas e de costumes que iam contra seus ensinamen- tos, inclusive o uso de bebidas alcoólicas, vários religiosos possuíam engenhos que produziam cachaça. Em muitos casos a cachaça ser- via como instrumento para a catequização dos índios. Um dos capítulos contém, cronologicamente, datas relevantes para a história da cachaça. Em outro, algumas palavras relacionadas à cachaça e obtidas de livros de ficção como contos e romances, bem como de relatos históricos e sites da internet são apresentadas alfa- beticamente. As informações foram obtidas através de escritos de piratas, co- lonizadores, invasores, pesquisadores, historiadores, religiosos e li- vros que abordam o assunto. Artigos, obras e blogs presentes na internet foram também de grande ajuda. Além de apresentar os re- gistros deixados por essas obras sobre fatos relacionados à cachaça,
  • 11. 14 Messias S. Cavalcante assuntos paralelos com conotações curiosas ou de interesse foram também incluídos. Na maioria das vezes, os relatos e opiniões dos autores consultados são transcritos literalmente uma vez que este recurso empresta um colorido adicional à narrativa. Os números sobrescritos, por exemplo o 26 em: “Jânio Quadros, Orador de outros tempos26” (pág. 15), correspondem ao número da Fonte (pág. 503-556) de onde foi obtida a respectiva informação. No final, um Índice Remissivo detalhado é apresentado para fa- cilitar a busca dos assuntos. Meu profundo e sincero agradecimento a Maria Cláudia Curim- baba pelas palavras de incentivo ao longo da elaboração deste livro e pelo gentil patrocínio do mesmo. Messias S. Cavalcante