Teste diagnostico-portugues-5ano

1. 1www.raizeditora.pt
Português - 5.º ano
ESCOLA: _________________________________________________________________________________
NOME: __________________________________________ N.º: ___ TURMA: ___ ANO LETIVO: _____/_____
AVALIAÇÃO: __________________ PROFESSOR: _________________ ENC. EDUCAÇÃO: _________________
GRUPO I
1. Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
MARES E OCEANOS
OS TEUS PÉS podem estar assentes na terra. No entanto, mais de dois terços do
nosso planeta estão cobertos de água. Mares e oceanos constituem 71% da
superfície da Terra. Influenciam o clima, fornecem-nos alimentos, energia e
valiosos minerais, além de serem o habitat de uma fascinante variedade de
plantas e animais.
Os oceanos e os mares formaram-se há milhões de anos, quando a Terra arrefeceu
do seu estado em fusão1. O vapor de água saiu do seu interior em erupções
vulcânicas, arrefeceu a caiu sob a forma de chuva. Encheu vastas depressões e
bacias que rodeavam massas de terra rochosa. Estas deslocaram-se gradualmente
até formarem os continentes e oceanos como hoje existem. Os rios que se
formaram na Terra e corriam para os mares dissolveram minerais das rochas,
tornando salgada a água dos mares e oceanos.
MARÉS
Duas vezes por dia o nível das águas sobe e desce. Estas mudanças são chamadas
«marés». São provocadas principalmente pela força da gravidade2 da Lua sobre a
Terra. Quando a Lua está situada sobre o oceano a sua gravidade puxa a água
para si. A água sobe também no lado oposto da Terra, porque a própria Terra é
atraída para a Lua.
AS CORRENTES
A água dos oceanos está constantemente a mover-se em grandes fluxos circulares,
as correntes, que podem ser tão rápidas como uma pessoa a andar. Os ventos
soprando sobre a superfície dos oceanos dão origem a essas correntes que levam
água quente ou fria às costas dos continentes, sendo determinantes dos seus
climas. Por vezes as correntes são submarinas, movendo-se em sentido contrário
ao das correntes de superfície. Por exemplo, as correntes de superfície
transportam
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transportam água quente, afastando-a da zona do equador, enquanto as correntes
submarinas levam a água fria ao equador. A maioria dos mares tem fortes
correntes, mas as águas do mar dos Sargaços, situado no Atlântico Norte, são
quase paradas, provocando uma acumulação enorme de algas.
SOB OS OCEANOS
Uma estranha paisagem esconde-se sob os oceanos. Existem rochedos enormes,
grandes cordilheiras3 e fendas profundas, todos muito maiores do que os
existentes em terra. Grande parte do leito dos oceanos é plano e estende-se até 6
km da superfície. Fendas abrem-se até 11 km de profundidade, ou seja, mais do
que a mais alta montanha continental. As montanhas submarinas e os vulcões
elevam-se do leito plano, alguns acima da superfície da água, formando ilhas. Os
mares junto das plataformas continentais não são muito profundos. Os recifes de
corais e os atóis4 erguem-se do fundo dos mares quentes.
ONDAS
A superfície do mar nunca está quieta, mesmo nos dias de maior calmaria. As
ondas sobem e descem sem parar, atingindo as costas, quer enrolando-se, quer
quebrando-se contra as margens. As ondas são provocadas por ventos que sopram
sobre o oceano; a sua força pode ser aproveitada para gerar energia elétrica.
Contudo, existem vagas de grande altura, tremendamente destruidoras. São
provocadas por tempestades, tremores de terra e erupções vulcânicas e tão fortes
que destroem portos e construções costeiras.
COSTAS
As terras altas terminam em falésias5 junto ao mar e as terras baixas vão
descendo em declive6 formando praias. As ondas atiram pedras contra a base das
falésias provocando a queda de rochedos, originando, assim, a formação do
recorte da costa (baías, cabos). Rochedos de formas bizarras, arcos e cavernas têm
a mesma origem. A ação contínua das ondas sobre as rochas acaba por parti-las
em seixos e estes, por fratura e desgaste, vão-se transformando em areia.
Dorling KINDERSLEY (1992). A Minha Primeira Enciclopédia Verbo,
Vol. 4 (trad. Fernanda Maria Tavares). Lisboa: Verbo (pp. 77-78)
NOTAS
1
estado em fusão – estado de derretimento.
2
gravidade – peso.
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cordilheiras – conjuntos de serras.
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atóis – ilhas.
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falésias – costa com rochas escarpadas banhadas pelo mar.
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declive – inclinação.
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Responde às questões seguintes, de acordo com o sentido do texto.
1. Assinala com X, de 1.1 a 1.3, a opção correta que completa cada frase.
1.1 O texto que leste
anuncia eventos.
expõe informações.
apresenta notícias.
narra aventuras.
1.2 A superfície da Terra é constituída por
mais terra do que água.
mais água do que terra.
igual quantidade de água e de terra.
apenas terra.
1.3 O pronome sublinhado na frase «Quando a Lua está situada sobre o oceano a sua gravidade puxa
a água para si.» (linhas 16-17), refere-se a
Lua.
oceano.
gravidade.
água.
2. Assinala com X todas as afirmações verdadeiras.
A. A Terra nunca sofreu alterações.
B. A alteração do nível das águas acontece apenas uma vez por dia.
C. As correntes existem apenas à superfície da água.
D. Debaixo dos oceanos existem variadas coisas.
3. Após a leitura do texto, a Maria fez o seguinte comentário.
Maria: Há momentos em que o mar está calmo, mesmo nunca estando quieto. No entanto, por vezes,
mostra a sua revolta e pode ser destruidor.
Explica, por palavras tuas, por que razão o comentário da Maria é adequado.
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4. Escreve, em cada espaço da coluna A, a única letra correspondente da coluna B. Cada letra da coluna B só
pode ser usada uma vez.
COLUNA A COLUNA B
A. Movimento da água dos oceanos.
Marés B. Paisagem debaixo dos oceanos.
Correntes C. Subida ou descida do nível das águas.
Costas D. Terras altas junto ao mar.
E. Terra ou areia em contacto com o mar.
GRUPO II
1. Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
Era uma vez uma menina que nunca vira o mar. Chamava-se Maria Poeirinha.
Ela e a sua família eram pobres, viviam numa aldeia tão interior que acreditavam
que o rio que ali passava não tinha nem fim nem foz.
Poeirinha só ganhara um irmão, o Zeca Zonzo, que era desprovido1 de juízo.
Cabeça sempre no ar, as ideias lhe voavam como balões em final de festa. Na
miséria em que viviam, nada destoava2. Até Poeirinha tinha sonhos pequenos,
mais de areia do que castelos. (…)
Certa vez, a menina adoeceu gravemente. Num instante, ela ficou vizinha da
morte. O Tio não teve dúvida: teriam que a levar à costa.
Para que se curasse, disse ele. Para que ela renascesse tomando conta
daquelas praias de areia e onda. E descobrisse outras praias dentro dela.
– Mas o mar cura assim tão de verdade?
– Vocês não entendem? – respondia ele. – Não há tempo a perder. Metam a
menina no barco que a corrente a leva em salvadora viagem.
Contudo, a menina estava tão fraca que a viagem se tornou impossível. Todos
se aproximavam da cabeceira e ali ficavam sem saber o que fazer, sem saber o que
dizer. A mãe pegou nas mãos da menina e entoou as velhas melodias de embalar.
Em vão. A menina apenas ganhava palidez e o seu respirar era o de um fatigado
passarinho. Já se preparavam as finais despedidas quando o irmão Zeca Zonzo
trouxe um papel e uma caneta.
– Vou-lhe mostrar o mar, maninha.
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Todos pensaram que ele iria desenhar o oceano. Que iria azular o papel e no
meio da cor iria pintar uns peixes. E o Sol em cima, como vela em bolo de
aniversário. Mas não. Zonzo apenas rabiscou com letra gorda a palavra
mar
Mia COUTO (2013). O beijo da palavrinha.
Alfragide: Editorial Caminho (texto com supressões)
NOTAS
1
desprovido de juízo – sem juízo.
2
destoava – não condizia ou combinava.
1. Ordena, de 1 a 5, os momentos da narrativa.
Esta menina ficou gravemente doente.
A menina estava tão fraca que não foi possível realizar a viagem até ao mar.
A Maria Poeirinha pertencia a uma família pobre e vivia numa aldeia.
Zeca Zonzo escreveu a palavra «mar».
O Tio considerava que o mar era a cura para a Maria Poeirinha.
2. Assinala com X, de 2.1 a 2.3, a opção correta.
2.1 A Maria Poeirinha nunca tinha visto o mar porque
tinha medo da agitação das ondas.
vivia num país onde não havia costa marítima.
vivia numa aldeia do interior.
estava muito doente.
2.2 «– Não há tempo a perder.» (linha 13)
Com esta fala, em relação ao estado de saúde da menina, o Tio revela
medo.
entusiasmo.
indiferença.
preocupação.
2.3 A expressão «salvadora viagem» (linha 14) significa
viagem libertadora.
passeio extraordinário.
viagem invulgar.
passeio de aventura.

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3. Relê as linhas 15 a 20.
As pessoas pensavam que a Maria Poeirinha iria morrer? Justifica a tua resposta.
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4. Refere o que fez a mãe quando a filha estava prestes a morrer.
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5. Zeca Zonzo encontrou uma solução para o problema.
Transcreve do texto a frase ou expressão que apresenta essa solução.
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6. Explica, por palavras tuas, a importância do mar no desenrolar da ação desta história.
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7. Zeca Zonzo escreveu num papel a palavra mar, para tentar salvar a irmã.
O que terá acontecido de seguida?
Expõe a tua opinião.
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GRUPO III
1. Preenche os espaços com os sinais de pontuação adequados.
Zeca Zonzo disse à irmã
Vou-lhe mostrar o mar maninha
Não vale a pena exclamaram os outros
2. Reescreve a frase seguinte no singular.
Os moradores da aldeia fizeram umas petições pela menina.
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3. Assinala com X o conjunto em que todas as palavras pertencem à mesma família.
4. Assinala com X a classe a que pertence cada palavra sublinhada.
Nome Adjetivo
A. Aquela menina estava muito doente.
B. A doente não conseguiu fazer a viagem até ao mar.
C. A Maria Poeirinha ainda era pequena.
D. A pequena observou o desenho que o irmão fez.
marinheiro
marear
maresia
martírio
barcaça
embarcar
embarcação
barcada
ondulado
ondulação
onde
onda
A
C
B
A

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5. Das palavras sublinhadas, no texto seguinte, seleciona apenas as que são pronomes e regista-as no
espaço correspondente.
6. Rodeia o predicado, na frase seguinte.
O mar é uma cura para as doenças.
GRUPO IV
No texto que leste, o Zeca Zonzo tentou solucionar o problema de saúde da irmã, escrevendo num
papel a palavra mar.
Imagina que a Maria Poeirinha sobreviveu.
Escreve um texto, imaginando como foi a sua vida.
O teu texto, com um mínimo de 90 palavras, deve incluir:
– um momento de diálogo;
– um título adequado.
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A mãe, o tio e o irmão observavam a menina. Ela estava muito fraca
e apresentava uma palidez cada vez maior. Esta era devida à
doença. Esta doença era bastante grave.
A nossa esperança era a visita ao mar. A sua vida dependia disso e a
nossa também, talvez!
Pronome possessivo Pronome demonstrativo Pronome pessoal

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Propostas de solução / Cotações:
GRUPO I (20 pontos)
1.1 expõe informações. (3 pontos)
1.2 mais água do que terra. (3 pontos)
1.3 Lua. (3 pontos)
2. D. (3 pontos)
3. O comentário da Maria é adequado, porque «a superfície do mar nunca está quieta». As ondas estão em
constante movimento, mesmo nos momentos em que o mar está mais calmo. Existem também grandes ondas
«provocadas por tempestades, tremores de terra e erupções vulcânicas» que chegam a ser destruidoras dada a
intensidade da sua força. (5 pontos)
4. C, A, E. (3 pontos)
GRUPO II (30 pontos)
1. 2, 4, 1, 5, 3. (3 pontos)
2.1 vivia numa aldeia do interior. (3 pontos)
2.2 preocupação. (3 pontos)
2.3 viagem libertadora. (3 pontos)
3. Todos pensavam que a Maria Poeirinha iria morrer, porque todos estavam sem saber o que fazer
perante a situação de saúde da menina e até já se preparavam as despedidas. (5 pontos)
4. «A mãe pegou nas mãos da menina e entoou as velhas melodias de embalar.» (3 pontos)
5. «Vou-lhe mostrar o mar, maninha.» (2 pontos)
6. No desenrolar da ação desta história, o mar funciona como cura ou salvação para o problema de
saúde da Maria Poeirinha. (5 pontos)
7. Resposta pessoal. SUGESTÃO: A escrita da palavra mar fez com que Maria Poeirinha contactasse com
o mar e se curasse. (3 pontos)

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GRUPO III (20 pontos)
1.
Zeca Zonzo disse à irmã:
– Vou-lhe mostrar o mar, maninha.
– Não vale a pena! – exclamaram os outros.
(5 pontos)
2. O morador da aldeia fez uma petição pela menina. (3 pontos)
3. B. (3 pontos)
4. A. Adjetivo.
B. Nome.
C. Adjetivo.
D. Nome.
(3 pontos)
5. Pronome possessivo: nossa. Pronome demonstrativo: esta. Pronome pessoal: ela. (3 pontos)
6. é uma cura para as doenças. (3 pontos)
GRUPO IV (30 pontos)