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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
     SUDOESTE DA BAHIA

 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
      AGRÍCOLA E SOLOS

TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE
     ORIGEM VEGETAL


    Prof: Daniel M. Tapia T.
     Eng. Agrônomo MSc
             2006
PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DE
  PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
A seleção de variedades apropriadas é um
importante passo no sentido de se obter um
produto de boa qualidade.

         Uma determinada variedade pode
         possuir características muito boas
         com relação a produção, resistência
         a doenças e época de maturação
         adequada, porém pode não ser
         recomendada devido a sua baixa
         qualidade para processamento.
Por outro lado, algumas variedades
podem ser apropriadas para serem
processadas por appertização, porém
podem não sê-lo para congelamento
ou desidratação.
FRUTAS


  As frutas constituem uma matéria prima
            altamente perecível
Devem ser processadas o mais rapidamente
possível após a colheita.
Empregar (quando necessário)
armazenamento refrigerado
 técnicas de processamento satisfatórias, a fim
de que se possa oferecer ao mercado consumidor
um produto tal que satisfaça a sua exigência, que
se torna cada vez maior com o passar dos anos.
Quando a matéria prima chega a industria, ela
 deve apresentar as características desejáveis
     para finalidade a que foi destinada.
Condições Necessárias às frutas


  Tamanho uniforme
Apresentar cor, aroma, sabor e textura
adequados, que devem ser preservados ao
máximo no processamento.
Métodos de processamento que podem ser
empregados para a conservação de frutas


Conservação pelo calor

Conservação pelo frio

Conservação pelo controle de umidade.
Conservação de frutas pelo Calor

   Sob o ponto de vista econômico é o de
           maior importância.


    Operações no processamento

   As operações podem apresentar
variações dependendo do tipo de fruta
ou conserva que esta sendo elaborada
Colheita             Transporte      Descarregamento


1-Limpeza e Seleção
                       2-Classificação
 4-Branqueamento                         3-Preparo
   Resfriamento

              5-Acondicionamento
                                         6-Exaustão
  7-Fechamento hermético
           8-Esterilização
            Resfriamento                  9-Prova de
                                          esterilização
Colheita
   O ponto de maturação da fruta depende a que
ela se destina.
   Elaboração de frutas ao xarope: colhidas
maduras ou quase
   Para a confecção de geléias, compotas e frutas
cristalizadas: comumente são colhidas de vez.
  Cuidados extremos devem ser dados a colheita.
Transporte

   Deve ser o mais rápido possível
algumas frutas devem estar na industria
24 horas após colhidas.
Descarregamento

  Deve ser feito com o máximo de cuidado para
evitar batidas e ferimentos
Limpeza e Seleção


   Geralmente mergulhando-se as frutas em água
ou por aspersão desta sobre as frutas, enquanto
sobem por um plano inclinado, conduzidas por
esteiras ou roletes.


 Seleção:   separação das frutas machucadas,
manchadas ou com outro defeito qualquer, que
poderão ser utilizadas na confecção de geléias,
doces em massa, polpadas, vinagres etc
Classificação

    De grande importância no processamento
industrial ( matéria prima de tamanho heterogêneo)
  Após a seleção: classificação em lotes (tamanho)
  Vai permitir uma demarcação rigorosa nos tempos
de tratamentos nas operações de branqueamento e
esterilização.
Preparo

Conforme tipo de conserva: podem ou não ser
descascadas, descaroçadas, cortadas em
pedaços ou desintegradas

Laranja, maracujá etc.: extração do suco.

Dependendo da fruta: descascamento à mão,
com faca especial, ou solução de hidróxido de
sódio ou potássio fervente a 1,5 ou 2%.
Branqueamento


 Consiste em mergulhar as frutas
devidamente preparadas, em água fervente,
ou tratá-las com vapor por um tempo
determinado ( é o mais indicado, porque
neste caso a perda de sólidos solúveis é bem
menor).
Objetivos desta operação:

• eliminar ar dos tecido,
• promover desinfecção superficial,
• evitar oxidações prejudiciais,
• inativar enzimas em geral,
• fixar a cor, o aroma e o sabor da fruta,
• fazer que a consistência fique firme embora
tenra.
Resfriamento

  Deve ser feito logo após o branqueamento para
que o material não seja prejudicado pela ação
prolongada do calor.
  O material pode ser mergulhado em água fria ou
ser submetido a uma serie de aspersores, pelo
tempo necessário para esfriar.
Acondicionamento



É feito em latas ou vidros apropriados
Exaustão

 Recipientes abertos / parcialmente fechados:
colocados em banho-maria quase fervente, chegando a
água até uns 2cm da parte superior deles.


 Na industria as latas abertas atravessam um túnel
onde é insuflado vapor com a finalidade de retirar o
máximo possível de ar do interior do recipiente, antes
de fechá-los hermeticamente
Esterilização

Banho maria (100oC)

Autoclaves (acima de 100oC)

As frutas, de um modo geral, apresentam pH abaixo
de 4,5.

Finalidade: destruir os microrganismos que
poderiam ocasionar deterioração posterior do
produto.
Resfriamento

 Deve ser feito imediatamente após a esterilização

  Mergulha-se os recipientes em água fria (evitando-
se a exposição do produto à ação do calor)

  No caso de vidros: resfriamento cuidadoso, pois
eles são muito sensíveis à mudanças bruscas de
temperatura.
Prova de esterilização
Consiste em deixar recipientes (latas ou
vidros), de cada partida, em câmaras a 37 oC
por quinze dias, ou a temperatura ambiente
durante um mês.

Nestas condições, se o material não apresentar
indício algum de alteração (abaulamento do
recipiente, por exemplo), significa que a
esterilização foi perfeita e, então será liberada
para o mercado consumidor.
Conservas de Frutas
As conservas de frutas pelo calor podem, de um modo geral, ser
enquadradas em dois grupos - A e B.
Grupo A                  Grupo B
Frutas ao xarope (ou em calda)      Compota

       Polpa de frutas               Geléia
        Néctar e purê              Geleiada
        Suco de frutas           Doce em massa
       Xarope de frutas             Polpada
                                 Pasta de frutas

                                      Frutas
                                   cristalizadas
                                 Frutas glaceadas
Conservas do Grupo A


São conservas que devido ao seu elevado teor de
umidade, são obrigatoriamente esterilizadas pelo
processo Appert, isto é em recipientes
hermeticamente fechados.
Polpa de frutas

As frutas são preparadas (com ou sem
casaca, porém sem sementes) e após o
aquecimento, desintegradas ou não, são
colocadas em latas ou vidros, fechados
hermeticamente e submetidos à esterilização
e resfriamento.
Suco de frutas

 É o caldo extraído das frutas, por prensagem ou
outro meio qualquer que, sem adição de
qualquer     substância,     é    submetido    à
pasteurização, acondicionado (em latas ou
vidros) e fechado hermeticamente
Classificação dos sucos quanto ao volume
   Natural ou não concentrado: é o suco in natura
 conservado sem nenhuma concentração

   Concentrado: é o suco de maior concentração que
o natural, por eliminação de parte de sua água por
evaporação, ao ar livre ou a vácuo, ou por meio de
outros processos como congelamento parcial e
centrifugação. A concentração pode atingir até 65-68
o
  Brix, dependendo da fruta e viscosidade do suco.
Concentrado
Natural
Classificação dos sucos (natural como o
concentrado) quanto a sua composição

  Integral: contendo sólidos em suspensão

  Clarificado: sem sólidos em suspensão, que
  são     eliminados    por   filtração   ou
  centrifugação
• Néctar e purê: No néctar, as frutas sem
  sementes (com ou sem casca) são
  desintegradas, peneiradas e adicionadas,
  via de regra igual volume de xarope de
  sacarose a 15oBrix.
• Acondicionamento (latas ou vidros),
  submetido a exaustão, fechado
  hermeticamente, esterilizado e resfriado.
  O purê é semelhante à polpa de frutas,
  porém finamente peneirado.
• Xarope de frutas: O suco é extraído e é
  adicionado    açúcar   em    quantidade
  suficiente para dar alta concentração
  (60% ou mais de sólidos), ou em
  quantidade menor, mas com posterior
  concentração até esse ponto.
Conservas do Grupo B
Apresentam baixo teor de umidade e alta concentração
de sólidos (principalmente sacarose)

Podem      ser     conservadas        em   recipientes
hermeticamente fechados ou não.

Este   grupo recebe hoje uma outra denominação, ou
seja, conservação pela concentração de açúcar ou pela
tensão osmótica.
Geléias

          sucos de frutas livres de sólidos
          em suspensão, que graças à pecti-
          na, à acidez e ao açúcar
          adicionado geleificam.

          A pectina constitui-se de exten-
          sas cadeias de ácido poligalactu-
          rônico, parcialmente esterificado
          pelo metanol, conjuntamente com
          açúcar em concentração
          aproximada de 65%, em meio
          ácido, formar géis.
Limites de pH, para se obter uma geléia:   3,1 a 3,6.

Abaixo do limite: tendência  à exsudação de água ou
“syneresis” e se acima, não geleificará.

Pectina         acidez      açúcar      geleificação

Adição do açúcar         concentração por aquecimento

“no ponto”         percentagem de sólidos atingir 60 a
70%.

Caldo     contiver muita pectina, de altíssimo poder
geleificante, e a acidez for suficiente, pode-se considerar
no ponto quando tiver 60% de sólidos.

 Se as condições são inversas, precisa-se aumentar até
Compota

As   frutas são cozidas em xarope de sacarose, geralmente até
alta concentração, de modo que absorvem xarope e este recebe o
suco da fruta tomando bastante o gosto e o aroma desta.
 Para certas frutas tenras, cujo cozimento em xarope é rápido,
não existe quase diferença entre compota e fruta ao xarope, a não
ser que a concentração da calda da compota seja maior que a do
xarope.
• Geleiada: É uma geléia que contém
  suspensas frutas inteiras (quando
  pequenos como morangos, framboesas)
  ou em pedaços, ou mesmo
  desintegradas.
• Doce em massa: é uma geléia contendo
 polpa de fruta. É a polpa (caldo com
 sólidos em suspensão) desintegrada que,
 graças à pectina, à acidez e ao açúcar
 adicionado, se geleifica.

• A diferença, com relação à elaboração de
  geléia, é que em vez de se extrair o caldo,
  reduz-se a polpa da fruta à massa.
  Quanto mais desintegrada for a polpa
  melhor e mais fino será o doce. Nestas
  condições, como para geléias, há
  necessidade do equilíbrio entre pectina, a
  acidez e o teor de açúcar.
• Polpada: É um doce em massa que,
  devido ao baixo teor de pectina, ou ao
  excesso de açúcar, ou a insuficiente
  acidez, não toma consistência, ficando
  pastosa. Há frutas que devido à sua
  composição não dão doce em massa,
  mas dão polpada. Polpadas são
  comumente feitos com resíduos da
  extração do caldo que vai servir na
  elaboração das geléias. Mas, neste caso,
  obtém-se um produto inferior.
• Pasta de frutas: São como doces em
  massa, apenas diferem no final, pois em
  vez de serem acondicionadas logo que
  prontos são espalhados em camadas de
  pequena espessura (1,0 a 1,5 cm) e
  postos a secar. São geralmente cortados
  em losangos e polvilhados com açúcar.
• Frutas cristalizadas: São frutas
  preparadas como para compotas, cozidas
  em dias sucessivos em xarope com teor
  crescente de sacarose, até alta
  concentração; depois são limpas e postas
  em novo xarope com concentração de
  72% de açúcar, cozidas brandamente,
  retiradas, postas a secar e então pela
  cristalização da sacarose, ficam cobertas
  de pequenos cristais de açúcar.
• Frutas glaceadas: São quase como as
  anteriores. A diferença é que o xarope
  final, em vez de ser sacarose pura, é de
  uma mistura de sacarose e glicose na
  proporção de 3 para 1. A cristalização é
  mais demorada e forma uma camada
  contínua de açúcar em vez de pequenos
  cristais.
Conservação de frutas pelo frio
A conservação de frutas pelo frio pode ser feita
    por refrigeração e por congelamento
 Refrigeração
Conservadas em temperaturas superiores a 0oC ou a
-1 ou -2oC.

Conservação é temporária (vantagem de conservar a
textura e propriedades organolépticas do produto)

Conservação muito utilizada na economia doméstica e
industrias como um meio de preservar a matéria prima
para posterior processamento.
Congelamento:




• As frutas são conservadas em
  temperaturas bem inferiores a 0oC. O
  congelamento altera as características
  físicas da fruta.
Etapas do Processo


                           Colheita

              Transporte         Descarregamento

*no lugar do branqueamento às
  vezes prefere-se fazer um        Limpeza         Seleção
  tratamento com SO2 ou com
  ácido       ascórbico.     O
  congelamento poder lento ou                      Preparo
  rápido.
** Todas estas operações, com
  exceção do congelamento e                        *Branqueam./Resfriam.
  do     armazenamento      em
  câmaras        frias,    são
  semelhantes às utilizadas na                      Acondicionamento
  conservação de frutas pelo
  calor, por tanto não serão
  descritas novamente.                             **Congelam./ Câmaras
Congelamento lento ou comum



 O congelamento comum é feito à temperaturas
inferiores a 0oC, mais comumente abaixo de -18oC.

Neste caso a conservação é definida, mas altera até
certo grau a textura e propriedades organolépticas do
material
Congelamento rápido
    Por processos especiais e utilizando-se temperaturas mais
    baixas que a comum (geralmente abaixo de -40oC), o material é
    congelado quase que instantaneamente.


 Este processo não apresenta as desvantagens da
 congelamento comum.

 Através deste processo os produtos preservam a
 textura e suas qualidades organolépticas em
 melhores condições, mesmo comparando-se aos
 resultados obtidos por refrigeração.


 No congelamento rápido os cristais formados são
    muito menores e causam menor dano às células.
    Além disso, sendo mais curto o tempo de
    congelamento, menor tempo é dado para a difusão
Após o congelamento o armazenamento é feito a cerca
  de -18oC, que garante a preservação do produto por
  tempo quase indefinido, dependendo da natureza da
  fruta. O congelamento é, todavia, mais empregada para
  hortaliças do que para frutas.
Conservação de frutas pelo controle da umidade
  Este método de conservação tem como principio a
eliminação de quase toda ou parte da água do produto
  Obtêm-se assim condições para que se conserve sem
alterações,   desde    que    esteja        devidamente
acondicionado.
  A conservação pelo controle da umidade é feita por
secagem natural e desidratação.
Secagem natural
A secagem natural ou sol é feita por exposição do
  alimento ao sol

Se   bem conduzida produz um material bastante
  concentrado e de alta qualidade, porém para
  grandes quantidades destes alimentos, tal processo
  é inexeqüível pois depende de muitos fatores que
  são incontroláveis e imprevisíveis.

  Secagem artificial desidratação
Este   processo é feito em aparelhos especiais
  (secadores) onde as condições de desidratação
  podem ser controladas.
colheita

      Transporte

           Descarregamento   Limpeza e Seleção


                                Classificação


                                  Preparo


                             Branqueamento ou
                             tratamento com SO2


                                 Desidratação

                               Acondicionamento
A escolha do tipo de secador a ser utilizado deve ser
 orientada pela natureza do material a ser
 processado, pelo tipo de produto final a ser obtido,
 pelos aspectos econômicos e pelas condições
 operatórias.
Os secadores mais comuns são: tambor, de esteira,
 de túnel, de aspersão, de cabina .
Sendo os de cabina e os de túnel os mais utilizados
 para frutas inteiras ou em pedaços.
A desidratação apresenta maiores vantagens do que
 a secagem nos seguintes aspectos: controle do
 ambiente, menor área de serviço, condições
 sanitárias facilmente controláveis, rendimento maior
 e produto final de melhor qualidade.
Conservação de hortaliças pelo calor
A conservação pelo calor é um dos processos mais
importantes como visto anteriormente com as frutas .
Conservação de legumes e hortaliças pelo
                   frio
 •Assim como para s frutas, a conservação de
 legumes e hortaliças pelo frio pode ser dividida em
 dois grupos:

  Refrigeração:
Tipo   de conservação temporária, em que se emprega
 temperaturas geralmente de 0oC para cima.
 Nas industrias este processo é utilizado para preservar
 a matéria prima enquanto aguarda-se o processamento
 final.
 Por refrigeração se conservam: tomate a 0oC; couve,
 repolho e alface 1oC, cebola, cenoura e nabo a 2oC e
 aspargo a 4oC
Congelamento

 O esquema geral de
  operações

 Colheita
 Transporte
 Descarregamento
 Limpeza e seleção
 Classificação
 Preparo
 Branqueamento
 Resfriamento
 Acondicionamento
 Congelamento
 Armazenamento em
  câmaras frias
 Mercado consumidor.
Conservação de legumes e hortaliças pelo
   controle da umidade: desidratação

A secagem natural, assim como aquela sem controle
  levada a efeito em estufas, fornos etc, vêm
  gradativamente    perdendo     terreno    para a
  desidratação que, mercê dos aperfeiçoamentos nos
  diferentes processos de preparo do material,
  proporciona produtos de mais alta qualidade.


De uma maneira geral as operações de secagem e
  desidratação são as mesmas que para fruta.
Conservação de legumes e hortaliças por
            anti-sépticos

Os   principais produtos de legumes e hortaliças
 conservados por meio de anti-sépticos são os
 chamados picles.


Picles   são legumes e hortaliças não raro algumas
 frutas, conservados em salmoura ou em vinagre,
 com o sem fermentação lática e com ou sem a
 adição de açúcar ou especiarias.
•Podem ser divididos:


Picles em Fermentados
salmoura
           não fermentados



Picles em Ácidos
          Doces
          Aromatizados
vinagre
Fruticultura e Horticultura no Brasil
Produção Frutas: 30 milhões ton/Ano
  Perdas: 20 a 35%


Produção Hortaliças: 27 milhões ton/Ano
  Perdas: 20 a 50%


Custos de perdas:         4,5 bilhões/ Ano




Principais causas: Embalagem e transporte
              Falta de tecnologia na cadeia produtiva
OBRIGADO
Processamento de produtos de origem vegetal
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Processamento de produtos de origem vegetal

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E SOLOS TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL Prof: Daniel M. Tapia T. Eng. Agrônomo MSc 2006
  • 2. PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
  • 3. A seleção de variedades apropriadas é um importante passo no sentido de se obter um produto de boa qualidade. Uma determinada variedade pode possuir características muito boas com relação a produção, resistência a doenças e época de maturação adequada, porém pode não ser recomendada devido a sua baixa qualidade para processamento.
  • 4. Por outro lado, algumas variedades podem ser apropriadas para serem processadas por appertização, porém podem não sê-lo para congelamento ou desidratação.
  • 5. FRUTAS As frutas constituem uma matéria prima altamente perecível Devem ser processadas o mais rapidamente possível após a colheita. Empregar (quando necessário) armazenamento refrigerado  técnicas de processamento satisfatórias, a fim de que se possa oferecer ao mercado consumidor um produto tal que satisfaça a sua exigência, que se torna cada vez maior com o passar dos anos.
  • 6. Quando a matéria prima chega a industria, ela deve apresentar as características desejáveis para finalidade a que foi destinada.
  • 7. Condições Necessárias às frutas Tamanho uniforme
  • 8. Apresentar cor, aroma, sabor e textura adequados, que devem ser preservados ao máximo no processamento.
  • 9. Métodos de processamento que podem ser empregados para a conservação de frutas Conservação pelo calor Conservação pelo frio Conservação pelo controle de umidade.
  • 10. Conservação de frutas pelo Calor  Sob o ponto de vista econômico é o de maior importância. Operações no processamento As operações podem apresentar variações dependendo do tipo de fruta ou conserva que esta sendo elaborada
  • 11. Colheita Transporte Descarregamento 1-Limpeza e Seleção 2-Classificação 4-Branqueamento 3-Preparo Resfriamento 5-Acondicionamento 6-Exaustão 7-Fechamento hermético 8-Esterilização Resfriamento 9-Prova de esterilização
  • 12. Colheita O ponto de maturação da fruta depende a que ela se destina. Elaboração de frutas ao xarope: colhidas maduras ou quase Para a confecção de geléias, compotas e frutas cristalizadas: comumente são colhidas de vez. Cuidados extremos devem ser dados a colheita.
  • 13.
  • 14. Transporte Deve ser o mais rápido possível algumas frutas devem estar na industria 24 horas após colhidas.
  • 15. Descarregamento Deve ser feito com o máximo de cuidado para evitar batidas e ferimentos
  • 16. Limpeza e Seleção Geralmente mergulhando-se as frutas em água ou por aspersão desta sobre as frutas, enquanto sobem por um plano inclinado, conduzidas por esteiras ou roletes. Seleção: separação das frutas machucadas, manchadas ou com outro defeito qualquer, que poderão ser utilizadas na confecção de geléias, doces em massa, polpadas, vinagres etc
  • 17.
  • 18.
  • 19. Classificação De grande importância no processamento industrial ( matéria prima de tamanho heterogêneo) Após a seleção: classificação em lotes (tamanho) Vai permitir uma demarcação rigorosa nos tempos de tratamentos nas operações de branqueamento e esterilização.
  • 20.
  • 21. Preparo Conforme tipo de conserva: podem ou não ser descascadas, descaroçadas, cortadas em pedaços ou desintegradas Laranja, maracujá etc.: extração do suco. Dependendo da fruta: descascamento à mão, com faca especial, ou solução de hidróxido de sódio ou potássio fervente a 1,5 ou 2%.
  • 22. Branqueamento Consiste em mergulhar as frutas devidamente preparadas, em água fervente, ou tratá-las com vapor por um tempo determinado ( é o mais indicado, porque neste caso a perda de sólidos solúveis é bem menor).
  • 23. Objetivos desta operação: • eliminar ar dos tecido, • promover desinfecção superficial, • evitar oxidações prejudiciais, • inativar enzimas em geral, • fixar a cor, o aroma e o sabor da fruta, • fazer que a consistência fique firme embora tenra.
  • 24. Resfriamento Deve ser feito logo após o branqueamento para que o material não seja prejudicado pela ação prolongada do calor. O material pode ser mergulhado em água fria ou ser submetido a uma serie de aspersores, pelo tempo necessário para esfriar.
  • 25. Acondicionamento É feito em latas ou vidros apropriados
  • 26. Exaustão Recipientes abertos / parcialmente fechados: colocados em banho-maria quase fervente, chegando a água até uns 2cm da parte superior deles. Na industria as latas abertas atravessam um túnel onde é insuflado vapor com a finalidade de retirar o máximo possível de ar do interior do recipiente, antes de fechá-los hermeticamente
  • 27. Esterilização Banho maria (100oC) Autoclaves (acima de 100oC) As frutas, de um modo geral, apresentam pH abaixo de 4,5. Finalidade: destruir os microrganismos que poderiam ocasionar deterioração posterior do produto.
  • 28. Resfriamento Deve ser feito imediatamente após a esterilização Mergulha-se os recipientes em água fria (evitando- se a exposição do produto à ação do calor) No caso de vidros: resfriamento cuidadoso, pois eles são muito sensíveis à mudanças bruscas de temperatura.
  • 29. Prova de esterilização Consiste em deixar recipientes (latas ou vidros), de cada partida, em câmaras a 37 oC por quinze dias, ou a temperatura ambiente durante um mês. Nestas condições, se o material não apresentar indício algum de alteração (abaulamento do recipiente, por exemplo), significa que a esterilização foi perfeita e, então será liberada para o mercado consumidor.
  • 30. Conservas de Frutas As conservas de frutas pelo calor podem, de um modo geral, ser enquadradas em dois grupos - A e B.
  • 31. Grupo A Grupo B Frutas ao xarope (ou em calda) Compota Polpa de frutas Geléia Néctar e purê Geleiada Suco de frutas Doce em massa Xarope de frutas Polpada Pasta de frutas Frutas cristalizadas Frutas glaceadas
  • 32. Conservas do Grupo A São conservas que devido ao seu elevado teor de umidade, são obrigatoriamente esterilizadas pelo processo Appert, isto é em recipientes hermeticamente fechados.
  • 33. Polpa de frutas As frutas são preparadas (com ou sem casaca, porém sem sementes) e após o aquecimento, desintegradas ou não, são colocadas em latas ou vidros, fechados hermeticamente e submetidos à esterilização e resfriamento.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40. Suco de frutas É o caldo extraído das frutas, por prensagem ou outro meio qualquer que, sem adição de qualquer substância, é submetido à pasteurização, acondicionado (em latas ou vidros) e fechado hermeticamente
  • 41. Classificação dos sucos quanto ao volume Natural ou não concentrado: é o suco in natura conservado sem nenhuma concentração Concentrado: é o suco de maior concentração que o natural, por eliminação de parte de sua água por evaporação, ao ar livre ou a vácuo, ou por meio de outros processos como congelamento parcial e centrifugação. A concentração pode atingir até 65-68 o Brix, dependendo da fruta e viscosidade do suco.
  • 44. Classificação dos sucos (natural como o concentrado) quanto a sua composição Integral: contendo sólidos em suspensão Clarificado: sem sólidos em suspensão, que são eliminados por filtração ou centrifugação
  • 45.
  • 46. • Néctar e purê: No néctar, as frutas sem sementes (com ou sem casca) são desintegradas, peneiradas e adicionadas, via de regra igual volume de xarope de sacarose a 15oBrix. • Acondicionamento (latas ou vidros), submetido a exaustão, fechado hermeticamente, esterilizado e resfriado. O purê é semelhante à polpa de frutas, porém finamente peneirado.
  • 47. • Xarope de frutas: O suco é extraído e é adicionado açúcar em quantidade suficiente para dar alta concentração (60% ou mais de sólidos), ou em quantidade menor, mas com posterior concentração até esse ponto.
  • 48. Conservas do Grupo B Apresentam baixo teor de umidade e alta concentração de sólidos (principalmente sacarose) Podem ser conservadas em recipientes hermeticamente fechados ou não. Este grupo recebe hoje uma outra denominação, ou seja, conservação pela concentração de açúcar ou pela tensão osmótica.
  • 49. Geléias sucos de frutas livres de sólidos em suspensão, que graças à pecti- na, à acidez e ao açúcar adicionado geleificam. A pectina constitui-se de exten- sas cadeias de ácido poligalactu- rônico, parcialmente esterificado pelo metanol, conjuntamente com açúcar em concentração aproximada de 65%, em meio ácido, formar géis.
  • 50.
  • 51.
  • 52. Limites de pH, para se obter uma geléia: 3,1 a 3,6. Abaixo do limite: tendência à exsudação de água ou “syneresis” e se acima, não geleificará. Pectina acidez açúcar geleificação Adição do açúcar concentração por aquecimento “no ponto” percentagem de sólidos atingir 60 a 70%. Caldo contiver muita pectina, de altíssimo poder geleificante, e a acidez for suficiente, pode-se considerar no ponto quando tiver 60% de sólidos.  Se as condições são inversas, precisa-se aumentar até
  • 53. Compota As frutas são cozidas em xarope de sacarose, geralmente até alta concentração, de modo que absorvem xarope e este recebe o suco da fruta tomando bastante o gosto e o aroma desta.  Para certas frutas tenras, cujo cozimento em xarope é rápido, não existe quase diferença entre compota e fruta ao xarope, a não ser que a concentração da calda da compota seja maior que a do xarope.
  • 54. • Geleiada: É uma geléia que contém suspensas frutas inteiras (quando pequenos como morangos, framboesas) ou em pedaços, ou mesmo desintegradas.
  • 55. • Doce em massa: é uma geléia contendo polpa de fruta. É a polpa (caldo com sólidos em suspensão) desintegrada que, graças à pectina, à acidez e ao açúcar adicionado, se geleifica. • A diferença, com relação à elaboração de geléia, é que em vez de se extrair o caldo, reduz-se a polpa da fruta à massa. Quanto mais desintegrada for a polpa melhor e mais fino será o doce. Nestas condições, como para geléias, há necessidade do equilíbrio entre pectina, a acidez e o teor de açúcar.
  • 56. • Polpada: É um doce em massa que, devido ao baixo teor de pectina, ou ao excesso de açúcar, ou a insuficiente acidez, não toma consistência, ficando pastosa. Há frutas que devido à sua composição não dão doce em massa, mas dão polpada. Polpadas são comumente feitos com resíduos da extração do caldo que vai servir na elaboração das geléias. Mas, neste caso, obtém-se um produto inferior.
  • 57. • Pasta de frutas: São como doces em massa, apenas diferem no final, pois em vez de serem acondicionadas logo que prontos são espalhados em camadas de pequena espessura (1,0 a 1,5 cm) e postos a secar. São geralmente cortados em losangos e polvilhados com açúcar.
  • 58. • Frutas cristalizadas: São frutas preparadas como para compotas, cozidas em dias sucessivos em xarope com teor crescente de sacarose, até alta concentração; depois são limpas e postas em novo xarope com concentração de 72% de açúcar, cozidas brandamente, retiradas, postas a secar e então pela cristalização da sacarose, ficam cobertas de pequenos cristais de açúcar.
  • 59. • Frutas glaceadas: São quase como as anteriores. A diferença é que o xarope final, em vez de ser sacarose pura, é de uma mistura de sacarose e glicose na proporção de 3 para 1. A cristalização é mais demorada e forma uma camada contínua de açúcar em vez de pequenos cristais.
  • 60. Conservação de frutas pelo frio A conservação de frutas pelo frio pode ser feita por refrigeração e por congelamento Refrigeração Conservadas em temperaturas superiores a 0oC ou a -1 ou -2oC. Conservação é temporária (vantagem de conservar a textura e propriedades organolépticas do produto) Conservação muito utilizada na economia doméstica e industrias como um meio de preservar a matéria prima para posterior processamento.
  • 61. Congelamento: • As frutas são conservadas em temperaturas bem inferiores a 0oC. O congelamento altera as características físicas da fruta.
  • 62. Etapas do Processo Colheita Transporte Descarregamento *no lugar do branqueamento às vezes prefere-se fazer um Limpeza Seleção tratamento com SO2 ou com ácido ascórbico. O congelamento poder lento ou Preparo rápido. ** Todas estas operações, com exceção do congelamento e *Branqueam./Resfriam. do armazenamento em câmaras frias, são semelhantes às utilizadas na Acondicionamento conservação de frutas pelo calor, por tanto não serão descritas novamente. **Congelam./ Câmaras
  • 63. Congelamento lento ou comum  O congelamento comum é feito à temperaturas inferiores a 0oC, mais comumente abaixo de -18oC. Neste caso a conservação é definida, mas altera até certo grau a textura e propriedades organolépticas do material
  • 64. Congelamento rápido  Por processos especiais e utilizando-se temperaturas mais baixas que a comum (geralmente abaixo de -40oC), o material é congelado quase que instantaneamente.  Este processo não apresenta as desvantagens da congelamento comum.  Através deste processo os produtos preservam a textura e suas qualidades organolépticas em melhores condições, mesmo comparando-se aos resultados obtidos por refrigeração.  No congelamento rápido os cristais formados são muito menores e causam menor dano às células. Além disso, sendo mais curto o tempo de congelamento, menor tempo é dado para a difusão
  • 65. Após o congelamento o armazenamento é feito a cerca de -18oC, que garante a preservação do produto por tempo quase indefinido, dependendo da natureza da fruta. O congelamento é, todavia, mais empregada para hortaliças do que para frutas.
  • 66. Conservação de frutas pelo controle da umidade Este método de conservação tem como principio a eliminação de quase toda ou parte da água do produto Obtêm-se assim condições para que se conserve sem alterações, desde que esteja devidamente acondicionado. A conservação pelo controle da umidade é feita por secagem natural e desidratação.
  • 67. Secagem natural A secagem natural ou sol é feita por exposição do alimento ao sol Se bem conduzida produz um material bastante concentrado e de alta qualidade, porém para grandes quantidades destes alimentos, tal processo é inexeqüível pois depende de muitos fatores que são incontroláveis e imprevisíveis. Secagem artificial desidratação Este processo é feito em aparelhos especiais (secadores) onde as condições de desidratação podem ser controladas.
  • 68. colheita Transporte Descarregamento Limpeza e Seleção Classificação Preparo Branqueamento ou tratamento com SO2 Desidratação Acondicionamento
  • 69. A escolha do tipo de secador a ser utilizado deve ser orientada pela natureza do material a ser processado, pelo tipo de produto final a ser obtido, pelos aspectos econômicos e pelas condições operatórias. Os secadores mais comuns são: tambor, de esteira, de túnel, de aspersão, de cabina . Sendo os de cabina e os de túnel os mais utilizados para frutas inteiras ou em pedaços. A desidratação apresenta maiores vantagens do que a secagem nos seguintes aspectos: controle do ambiente, menor área de serviço, condições sanitárias facilmente controláveis, rendimento maior e produto final de melhor qualidade.
  • 70. Conservação de hortaliças pelo calor A conservação pelo calor é um dos processos mais importantes como visto anteriormente com as frutas .
  • 71. Conservação de legumes e hortaliças pelo frio •Assim como para s frutas, a conservação de legumes e hortaliças pelo frio pode ser dividida em dois grupos: Refrigeração: Tipo de conservação temporária, em que se emprega temperaturas geralmente de 0oC para cima.  Nas industrias este processo é utilizado para preservar a matéria prima enquanto aguarda-se o processamento final.  Por refrigeração se conservam: tomate a 0oC; couve, repolho e alface 1oC, cebola, cenoura e nabo a 2oC e aspargo a 4oC
  • 72. Congelamento  O esquema geral de operações  Colheita  Transporte  Descarregamento  Limpeza e seleção  Classificação  Preparo  Branqueamento  Resfriamento  Acondicionamento  Congelamento  Armazenamento em câmaras frias  Mercado consumidor.
  • 73. Conservação de legumes e hortaliças pelo controle da umidade: desidratação A secagem natural, assim como aquela sem controle levada a efeito em estufas, fornos etc, vêm gradativamente perdendo terreno para a desidratação que, mercê dos aperfeiçoamentos nos diferentes processos de preparo do material, proporciona produtos de mais alta qualidade. De uma maneira geral as operações de secagem e desidratação são as mesmas que para fruta.
  • 74. Conservação de legumes e hortaliças por anti-sépticos Os principais produtos de legumes e hortaliças conservados por meio de anti-sépticos são os chamados picles. Picles são legumes e hortaliças não raro algumas frutas, conservados em salmoura ou em vinagre, com o sem fermentação lática e com ou sem a adição de açúcar ou especiarias.
  • 75. •Podem ser divididos: Picles em Fermentados salmoura não fermentados Picles em Ácidos Doces Aromatizados vinagre
  • 76. Fruticultura e Horticultura no Brasil Produção Frutas: 30 milhões ton/Ano Perdas: 20 a 35% Produção Hortaliças: 27 milhões ton/Ano Perdas: 20 a 50% Custos de perdas: 4,5 bilhões/ Ano Principais causas: Embalagem e transporte Falta de tecnologia na cadeia produtiva
  • 77.