SlideShare a Scribd company logo
1 of 10
Introdução
A ginástica, propriamente chamada ginástica artística, tem se convertido num dos desportos mais
populares. Seu enorme atractivo, tanto para os jovens como para os maiores, coincide com o
aumento do tempo, que as pessoas dedicam a diversão.
No homem pré-histórico a actividade física tinha papel relevante para sua sobrevivência,
expressa principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se. O exercício físico de
carácter utilitário e sistematizado de forma rudimentar, era transmitido através das gerações e
fazia parte dos jogos, rituais e festividades.
O ser humano começou a interessar-se pela ginástica a milhares de anos. Naqueles distantes dias,
os homens recorriam a exercícios como treinamento para a guerra. Hoje o cenário mudou, ela,
pratica-se quase todo mundo para o equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais e, a diversão.
Este trabalho procura contextualizar a Ginástica no cenário da Educação Física enfocando seu
surgimento, campos de actuação, a sua importância, apresentando uma visão global do universo
da Ginástica e com uma abordagem do rolamento á frente..
I. A história da Ginástica
A ginástica, enquanto actividade física, tem suas origens na Antiguidade, uma vez que os
exercícios típicos do esporte já eram desempenhados pelos homens pré-históricos com o intuito
de se protegerem de ameaças naturais. Por volta de 2600 a.C., especialmente em civilizações
orientais, os exercícios da ginástica passaram a fazer parte de festividades, jogos e rituais
religiosos.
Contudo, pode-se dizer que foi na Grécia que a ginástica ganhou grande destaque, se tornando
um elemento fundamental para a educação física dos gregos. De facto, os mesmos a conceberam
como uma forma de busca por corpos e mentes sãos, dando à modalidade um papel fundamental
na busca do equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais. Além disso, a valorização grega do
ideal de beleza humana favoreceu ainda mais a evolução da ginástica, uma vez que sua prática
era vista como uma forma de cultuar o corpo.
Posteriormente, na civilização romana, o esporte se afastou bastante de sua faceta grega, já que a
valorização do corpo era vista como algo imoral pelos romanos. Assim, nesta época, a prática da
ginástica se resumiu apenas a exercícios destinados à preparação militar. A rejeição do culto à
beleza física também foi registrada durante a Idade Média, aspecto que resultou na perda da
importância do esporte nesta época. Desta forma, a ginástica retomou sua evolução somente com
o Renascentismo e a revalorização das referências culturais da antiguidade clássica.
Para a maioria dos especialistas, a ginástica actual teve no início do século XIX o seu grande
momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa,
Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos. Desde então, a
modalidade não parou de se desenvolver. Em 23 de Julho de 1881, foi fundada a Federação
Europeia de Ginástica, entidade que se tornaria posteriormente, em 1921, a actualmente
conhecida FIG (Federação Internacional de Ginástica).
1.1 Começo da ginástica moderna
Em 1.811, um maestro de escola de Berlim, Ludwing Jahn (1.778 - 1.852), fundou uma escola
de ginástica ao ar livre, criando aparelhos para usar na escola. Grande parte do actual
equipamento competitivo evoluiu a partir de seus desenhos. Devido a sua imensa contribuição ao
desporto, Jahn é lembrado como Turnvater Jahn, “Pai da Ginástica”.
Na mesma época, na Suíça, Pehr Henrik Ling (1.776 - 1.838) introduziu um tipo diferente de
ginástica. Seu sistema, baseado no exercício colectivo, aspirava a desenvolver um ritmo perfeito
do movimento. Os métodos de Ling foram adoptados também para o treinamento militar. Os dois
estilos , desenvolvimento muscular com o uso de aparelhos e movimento rítmico, competiram
em popularidade. E nasceram Clubes de Ginástica Internacionais.
Gradualmente estes clubes estabeleceram associações nacionais para controlar os treinamentos e
as competições. Mais tarde, o Belga Nicolas Cuperus, fundou a Federação Internacional de
Ginástica (F.I.G.) que unia as diversas associações nacionais.
A Ginástica é um conteúdo muito importante para a Educação Física escolar, no
desenvolvimento das crianças e adolescentes. Esta modalidade além de ter um caráter lúdico,
melhora flexibilidade, alongamento, resistência muscular, força de explosão, força estática e
força dinâmica, além é claro de ajudar consideravelmente na melhora da coordenação motora.
1.2 Importância da Ginástica
Além dos benefícios fisiológicos da actividade física no organismo, as evidencias mostram
que existem alterações nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos em actividade física
regular. Essas evidências sugerem que o processo cognitivo é mais rápido e mais eficiente em
indivíduos fisicamente activos por mecanismos indirectos como: diminuição da pressão arterial,
diminuição nos níveis de colesterol (LDL) no plasma, diminuição dos níveis de triglicerídeos e
inibição da agregação plaquetária. (NIEMAN, 1999)
Dentre os efeitos psicológicos, a diminuição da tensão emocional pode ser considerada como
um dos mais importantes, sendo alguns dos seus mecanismos a curto e longo prazo segundo
Nieman (1999).
1.3 Tipos de Ginásticas
Existem vários tipos de ginástica, porém as modalidades mais comuns são :
 A ginástica geral;
 Olímpica (artística);
 Acrobática;
 Rítmica.
• A Ginástica Geral é um campo bastante abrangente da ginástica, valendo-se de vários
tipos de manifestações, tais como, danças, expressões folclóricas e jogos, apresentados
através de actividades livres e criativas, sempre fundamentadas em actividades ginásticas.
Objectiva promover o lazer saudável, proporcionando bem-estar físico, psíquico e social
aos praticantes, favorecendo a performance colectiva, respeitando as individualidades, em
busca da auto separação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para sua prática, seja
quanto às possibilidades de execução, sexo, ou idade, ou ainda quanto à utilização de
elementos materiais, musicais e coreográficos, havendo a preocupação de apresentar
neste contexto aspectos da cultura nacional, sempre sem competitivos, sem esquecer que
a Ginástica Geral está inserida no contexto da Educação Física e é uma ferramenta
importante da Educação Geral. (FONTOURA, 2001)
Entretanto, por sua característica de apropriar-se das opções de outras modalidades, adaptando-as,
mechando-as e recriando-as, conforme as suas próprias propostas, a modalidade Ginástica Geral, pela
sua multiplicidade de possibilidades de expressão e pela facilidade de incorporação dos processos
formativos e educacionais, caracterizada pela universidade de gestos, facilmente transforma-se numa
actividade, que pode contribuir de forma bastante significativa no processo global educacional, de
forma pessoal e na prática da Educação Física continuada, dependendo da metodologia utilizada para
trabalhá-la. (FONTOURA, 2001)
• A Ginástica olímpica ou artística pode ser dividida por vários aparelhos, sendo dividida
por sexo. Os aparelhos masculinos são: solo, cavalo com alça, argolas, salto, barras
paralelas simétricas e barra horizontal/fixa. E os aparelhos masculinos são: paralelas
assimétricas, salto, trave de equilíbrio e solo.
Em cada prova se realizam dois conjuntos de exercícios, um chamado de obrigatório e outro
chamado de livre, criado pelo próprio atleta. Para contagem dos pontos são levados em
consideração: dificuldade, combinação, originalidade e execução. (BOURGEOIS, 1998)
• Ginástica Acrobática (Esportes Acrobáticos), embora seja o nome oficial do esporte,
ela é frequentemente chamada de Acrobacia. E embora a Acrobacia fosse grandemente
desenvolvida no século VII devido a criação do circo, ela como um esporte é
relativamente jovem. As primeiras competições mundiais datam de 1973. Muitos ginastas
se aposentam da ginástica olímpica para passar à ginástica acrobática. (PUBLIO, 2002)
A Ginástica Acrobática é dividida nas modalidades masculino com dupla e quarteto, feminina
com dupla e trio, e mista que é somente em dupla. Os acrobatas em grupo devem executar três
séries. Uma de equilíbrio, uma dinâmica e outra combinada. As séries dinâmicas são mais ativas
e com elementos de lançamentos com voos do parceiro. As séries de equilíbrio valorizam os
exercícios estáticos. Em níveis mais altos, a terceira série é uma combinação das duas séries
anteriores. Todas as séries são executadas com música e com coreografia. Isto ajuda enriquecer o
movimento do corpo. (RAMOS, 2007)
A figura que segue representa a um exemplo de exibição da ginástica acrobática.
Figura1: Trio feminino acrobático em apresentação..
• Ginástica Rítmica: A ginástica rítmica, também conhecida como GRD ou ginástica
rítmica desportiva (nomenclatura antiga), é uma ramificação da ginástica que possui
infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e
dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o
manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a
bola, as maças e a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de competição, tem ainda
uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada em média aos seis anos e não
há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou
em conjunto. Seus eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de
realização varia entre 75 segundos, para as provas individuais, e 150 para as provas
colectivas
A história nos mostra que é um desporte recente, muito complexo e que teve seu início
na necessidade e competência de um grande profissional em querer desenvolver a
percepção musical através de movimentos corporais e expressivos. É interessante como a
Ginástica Rítmica cada vez mais praticada no mundo e em constante reestruturação
procura aprimorar a estreita relação entre a perfeição técnica e a arte de executar
movimentos expressos através da música. Seu objectivo é analisar através do da história o
desenvolvimento da Ginástica Rítmica no Brasil e no mundo e perceber suas
características e especificidades. (MOLINARI, 2000)
Afigura que segue mostra uma prática da ginástica rítmica.
2. ROLAMENTO PARA FRENTE
ROLAMENTO PARA FRENTE EXECUÇÃO:
Pede-se ao aluno que agache e faça uma bolinha com o corpo (queixo e pernas no peito), as
mãos devem ficar espalmadas no solo um pouco a frente dos pés. Ao comando do professor o
aluno fará impulsão para frente sem desfazer a bolinha com o corpo, tocará primeiro no solo as
costas (região do trapézio) depois a lombar e quadril. Para finalizar o movimento, o aluno ficará
com os pés juntos e fará força para cima, para ficar de pé.
Determinantes Técnicas:
• Desequilibrar o corpo para a frente, através da projecção dos ombros para a frente;
• Apoiar bem as palmas das mãos no solo, à largura dos ombros, com os dedos bem
afastados, de forma a sustentar o peso do corpo e direccionar o movimento;
• Flectir a cabeça para a frente, olhando para o peito;
• Estender as pernas elevando a bacia;
• Apoiar a nuca no solo;
• Manter-se engrupado até ao fim do rolamento;
• Levantar-se sem o apoio das mãos no solo;
• Terminar em equilíbrio.
As figuras 3 e 4 mostram a execução do rolamento em frente.
Figura 3
Figura 4
Figura 4

More Related Content

What's hot

História da educação física
História da educação física História da educação física
História da educação física
Marcone Almeida
 
Historia da educação física no mundo
Historia da educação física no mundoHistoria da educação física no mundo
Historia da educação física no mundo
Maryanne Guimarães
 
Introdução ao estudo do esporte
Introdução ao estudo do esporteIntrodução ao estudo do esporte
Introdução ao estudo do esporte
Rafael Laurindo
 
Ginástica rítmica na escola
Ginástica rítmica na escolaGinástica rítmica na escola
Ginástica rítmica na escola
evandrolhp
 

What's hot (20)

Os mais importantes métodos ginásticos
Os mais importantes métodos ginásticosOs mais importantes métodos ginásticos
Os mais importantes métodos ginásticos
 
Metodologia do Ensino da ginástica
Metodologia do Ensino da ginásticaMetodologia do Ensino da ginástica
Metodologia do Ensino da ginástica
 
História da educação física
História da educação física História da educação física
História da educação física
 
Historia da educação física no mundo
Historia da educação física no mundoHistoria da educação física no mundo
Historia da educação física no mundo
 
Métodos ginásticos
Métodos ginásticosMétodos ginásticos
Métodos ginásticos
 
Sedentarismo
SedentarismoSedentarismo
Sedentarismo
 
Introdução ao estudo do esporte
Introdução ao estudo do esporteIntrodução ao estudo do esporte
Introdução ao estudo do esporte
 
História do Atletismo
História do AtletismoHistória do Atletismo
História do Atletismo
 
Ginástica rítmica na escola
Ginástica rítmica na escolaGinástica rítmica na escola
Ginástica rítmica na escola
 
Atletismo
AtletismoAtletismo
Atletismo
 
Lutas.
Lutas.Lutas.
Lutas.
 
Capacidades físicas
Capacidades físicasCapacidades físicas
Capacidades físicas
 
Ginástica
GinásticaGinástica
Ginástica
 
Ginástica geral
Ginástica geralGinástica geral
Ginástica geral
 
Esportes de aventura e radicais 2º A
Esportes de aventura e radicais 2º AEsportes de aventura e radicais 2º A
Esportes de aventura e radicais 2º A
 
Saiba Tudo sobre Capacidades físicas
Saiba Tudo sobre Capacidades físicasSaiba Tudo sobre Capacidades físicas
Saiba Tudo sobre Capacidades físicas
 
Slide história da educação física-blog
Slide história da educação física-blogSlide história da educação física-blog
Slide história da educação física-blog
 
Método Ginástico Francês
Método Ginástico FrancêsMétodo Ginástico Francês
Método Ginástico Francês
 
Capacidades FíSicas
Capacidades FíSicasCapacidades FíSicas
Capacidades FíSicas
 
Atividade física adaptada
Atividade física adaptadaAtividade física adaptada
Atividade física adaptada
 

Similar to Ginastica

A história da ginástica confunde
A história da ginástica confundeA história da ginástica confunde
A história da ginástica confunde
EDNA LIMA
 
Aula 02 módulo de ginastica
Aula 02 módulo de ginasticaAula 02 módulo de ginastica
Aula 02 módulo de ginastica
Hemanuelle Jacob
 
Ginastica calistenica.
Ginastica calistenica.Ginastica calistenica.
Ginastica calistenica.
Ajudar Pessoas
 

Similar to Ginastica (20)

história da ginática 2 ano.pptx
história da ginática 2 ano.pptxhistória da ginática 2 ano.pptx
história da ginática 2 ano.pptx
 
história da ginática 2 ano.pptx
história da ginática 2 ano.pptxhistória da ginática 2 ano.pptx
história da ginática 2 ano.pptx
 
Histórico da ginástica
Histórico da ginásticaHistórico da ginástica
Histórico da ginástica
 
A história da ginástica confunde
A história da ginástica confundeA história da ginástica confunde
A história da ginástica confunde
 
Apostila ginastica - BETINHO
Apostila ginastica - BETINHOApostila ginastica - BETINHO
Apostila ginastica - BETINHO
 
Trabalho dani
Trabalho daniTrabalho dani
Trabalho dani
 
Aula 02 módulo de ginastica
Aula 02 módulo de ginasticaAula 02 módulo de ginastica
Aula 02 módulo de ginastica
 
slides - tutor externo unid 2 INTTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA.pptx
slides - tutor externo unid 2 INTTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA.pptxslides - tutor externo unid 2 INTTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA.pptx
slides - tutor externo unid 2 INTTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA.pptx
 
Apostila ed.fisica ensino_medio
Apostila ed.fisica ensino_medioApostila ed.fisica ensino_medio
Apostila ed.fisica ensino_medio
 
Teoria e pratica da ginastica artistica
Teoria e pratica da ginastica artisticaTeoria e pratica da ginastica artistica
Teoria e pratica da ginastica artistica
 
Ginastica calistenica.
Ginastica calistenica.Ginastica calistenica.
Ginastica calistenica.
 
Ginástica
Ginástica Ginástica
Ginástica
 
Grecia
GreciaGrecia
Grecia
 
Universidade estadual do piauí – uespi história da ed. física
Universidade estadual do piauí – uespi   história da ed. físicaUniversidade estadual do piauí – uespi   história da ed. física
Universidade estadual do piauí – uespi história da ed. física
 
42207_32419ad4d567a55e477dc94c73fa2fe0.pdf
42207_32419ad4d567a55e477dc94c73fa2fe0.pdf42207_32419ad4d567a55e477dc94c73fa2fe0.pdf
42207_32419ad4d567a55e477dc94c73fa2fe0.pdf
 
Ginastica para todos av1
Ginastica para todos av1Ginastica para todos av1
Ginastica para todos av1
 
Celine_10ºD
Celine_10ºDCeline_10ºD
Celine_10ºD
 
Cinesio
CinesioCinesio
Cinesio
 
Ginástica
GinásticaGinástica
Ginástica
 
metodos e planos para o ensino
metodos e planos para o ensinometodos e planos para o ensino
metodos e planos para o ensino
 

More from Universidade Pedagogica

More from Universidade Pedagogica (20)

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
 
Sistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docxSistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docx
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
 
Gestao participativa.docx
Gestao participativa.docxGestao participativa.docx
Gestao participativa.docx
 
Individual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdfIndividual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdf
 
Individual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docxIndividual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
 
Teorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leituraTeorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leitura
 

Recently uploaded

Recently uploaded (8)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 

Ginastica

  • 1. Introdução A ginástica, propriamente chamada ginástica artística, tem se convertido num dos desportos mais populares. Seu enorme atractivo, tanto para os jovens como para os maiores, coincide com o aumento do tempo, que as pessoas dedicam a diversão. No homem pré-histórico a actividade física tinha papel relevante para sua sobrevivência, expressa principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se. O exercício físico de carácter utilitário e sistematizado de forma rudimentar, era transmitido através das gerações e fazia parte dos jogos, rituais e festividades. O ser humano começou a interessar-se pela ginástica a milhares de anos. Naqueles distantes dias, os homens recorriam a exercícios como treinamento para a guerra. Hoje o cenário mudou, ela, pratica-se quase todo mundo para o equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais e, a diversão. Este trabalho procura contextualizar a Ginástica no cenário da Educação Física enfocando seu surgimento, campos de actuação, a sua importância, apresentando uma visão global do universo da Ginástica e com uma abordagem do rolamento á frente..
  • 2. I. A história da Ginástica A ginástica, enquanto actividade física, tem suas origens na Antiguidade, uma vez que os exercícios típicos do esporte já eram desempenhados pelos homens pré-históricos com o intuito de se protegerem de ameaças naturais. Por volta de 2600 a.C., especialmente em civilizações orientais, os exercícios da ginástica passaram a fazer parte de festividades, jogos e rituais religiosos. Contudo, pode-se dizer que foi na Grécia que a ginástica ganhou grande destaque, se tornando um elemento fundamental para a educação física dos gregos. De facto, os mesmos a conceberam como uma forma de busca por corpos e mentes sãos, dando à modalidade um papel fundamental na busca do equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais. Além disso, a valorização grega do ideal de beleza humana favoreceu ainda mais a evolução da ginástica, uma vez que sua prática era vista como uma forma de cultuar o corpo. Posteriormente, na civilização romana, o esporte se afastou bastante de sua faceta grega, já que a valorização do corpo era vista como algo imoral pelos romanos. Assim, nesta época, a prática da ginástica se resumiu apenas a exercícios destinados à preparação militar. A rejeição do culto à beleza física também foi registrada durante a Idade Média, aspecto que resultou na perda da importância do esporte nesta época. Desta forma, a ginástica retomou sua evolução somente com o Renascentismo e a revalorização das referências culturais da antiguidade clássica. Para a maioria dos especialistas, a ginástica actual teve no início do século XIX o seu grande momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa, Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos. Desde então, a modalidade não parou de se desenvolver. Em 23 de Julho de 1881, foi fundada a Federação Europeia de Ginástica, entidade que se tornaria posteriormente, em 1921, a actualmente conhecida FIG (Federação Internacional de Ginástica).
  • 3. 1.1 Começo da ginástica moderna Em 1.811, um maestro de escola de Berlim, Ludwing Jahn (1.778 - 1.852), fundou uma escola de ginástica ao ar livre, criando aparelhos para usar na escola. Grande parte do actual equipamento competitivo evoluiu a partir de seus desenhos. Devido a sua imensa contribuição ao desporto, Jahn é lembrado como Turnvater Jahn, “Pai da Ginástica”. Na mesma época, na Suíça, Pehr Henrik Ling (1.776 - 1.838) introduziu um tipo diferente de ginástica. Seu sistema, baseado no exercício colectivo, aspirava a desenvolver um ritmo perfeito do movimento. Os métodos de Ling foram adoptados também para o treinamento militar. Os dois estilos , desenvolvimento muscular com o uso de aparelhos e movimento rítmico, competiram em popularidade. E nasceram Clubes de Ginástica Internacionais. Gradualmente estes clubes estabeleceram associações nacionais para controlar os treinamentos e as competições. Mais tarde, o Belga Nicolas Cuperus, fundou a Federação Internacional de Ginástica (F.I.G.) que unia as diversas associações nacionais. A Ginástica é um conteúdo muito importante para a Educação Física escolar, no desenvolvimento das crianças e adolescentes. Esta modalidade além de ter um caráter lúdico, melhora flexibilidade, alongamento, resistência muscular, força de explosão, força estática e força dinâmica, além é claro de ajudar consideravelmente na melhora da coordenação motora. 1.2 Importância da Ginástica Além dos benefícios fisiológicos da actividade física no organismo, as evidencias mostram que existem alterações nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos em actividade física regular. Essas evidências sugerem que o processo cognitivo é mais rápido e mais eficiente em indivíduos fisicamente activos por mecanismos indirectos como: diminuição da pressão arterial, diminuição nos níveis de colesterol (LDL) no plasma, diminuição dos níveis de triglicerídeos e inibição da agregação plaquetária. (NIEMAN, 1999)
  • 4. Dentre os efeitos psicológicos, a diminuição da tensão emocional pode ser considerada como um dos mais importantes, sendo alguns dos seus mecanismos a curto e longo prazo segundo Nieman (1999). 1.3 Tipos de Ginásticas Existem vários tipos de ginástica, porém as modalidades mais comuns são :  A ginástica geral;  Olímpica (artística);  Acrobática;  Rítmica. • A Ginástica Geral é um campo bastante abrangente da ginástica, valendo-se de vários tipos de manifestações, tais como, danças, expressões folclóricas e jogos, apresentados através de actividades livres e criativas, sempre fundamentadas em actividades ginásticas. Objectiva promover o lazer saudável, proporcionando bem-estar físico, psíquico e social aos praticantes, favorecendo a performance colectiva, respeitando as individualidades, em busca da auto separação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para sua prática, seja quanto às possibilidades de execução, sexo, ou idade, ou ainda quanto à utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos, havendo a preocupação de apresentar neste contexto aspectos da cultura nacional, sempre sem competitivos, sem esquecer que a Ginástica Geral está inserida no contexto da Educação Física e é uma ferramenta importante da Educação Geral. (FONTOURA, 2001) Entretanto, por sua característica de apropriar-se das opções de outras modalidades, adaptando-as, mechando-as e recriando-as, conforme as suas próprias propostas, a modalidade Ginástica Geral, pela sua multiplicidade de possibilidades de expressão e pela facilidade de incorporação dos processos formativos e educacionais, caracterizada pela universidade de gestos, facilmente transforma-se numa actividade, que pode contribuir de forma bastante significativa no processo global educacional, de forma pessoal e na prática da Educação Física continuada, dependendo da metodologia utilizada para trabalhá-la. (FONTOURA, 2001)
  • 5. • A Ginástica olímpica ou artística pode ser dividida por vários aparelhos, sendo dividida por sexo. Os aparelhos masculinos são: solo, cavalo com alça, argolas, salto, barras paralelas simétricas e barra horizontal/fixa. E os aparelhos masculinos são: paralelas assimétricas, salto, trave de equilíbrio e solo. Em cada prova se realizam dois conjuntos de exercícios, um chamado de obrigatório e outro chamado de livre, criado pelo próprio atleta. Para contagem dos pontos são levados em consideração: dificuldade, combinação, originalidade e execução. (BOURGEOIS, 1998) • Ginástica Acrobática (Esportes Acrobáticos), embora seja o nome oficial do esporte, ela é frequentemente chamada de Acrobacia. E embora a Acrobacia fosse grandemente desenvolvida no século VII devido a criação do circo, ela como um esporte é relativamente jovem. As primeiras competições mundiais datam de 1973. Muitos ginastas se aposentam da ginástica olímpica para passar à ginástica acrobática. (PUBLIO, 2002) A Ginástica Acrobática é dividida nas modalidades masculino com dupla e quarteto, feminina com dupla e trio, e mista que é somente em dupla. Os acrobatas em grupo devem executar três séries. Uma de equilíbrio, uma dinâmica e outra combinada. As séries dinâmicas são mais ativas e com elementos de lançamentos com voos do parceiro. As séries de equilíbrio valorizam os exercícios estáticos. Em níveis mais altos, a terceira série é uma combinação das duas séries anteriores. Todas as séries são executadas com música e com coreografia. Isto ajuda enriquecer o movimento do corpo. (RAMOS, 2007) A figura que segue representa a um exemplo de exibição da ginástica acrobática. Figura1: Trio feminino acrobático em apresentação..
  • 6. • Ginástica Rítmica: A ginástica rítmica, também conhecida como GRD ou ginástica rítmica desportiva (nomenclatura antiga), é uma ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de competição, tem ainda uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou em conjunto. Seus eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de realização varia entre 75 segundos, para as provas individuais, e 150 para as provas colectivas A história nos mostra que é um desporte recente, muito complexo e que teve seu início na necessidade e competência de um grande profissional em querer desenvolver a percepção musical através de movimentos corporais e expressivos. É interessante como a Ginástica Rítmica cada vez mais praticada no mundo e em constante reestruturação procura aprimorar a estreita relação entre a perfeição técnica e a arte de executar
  • 7. movimentos expressos através da música. Seu objectivo é analisar através do da história o desenvolvimento da Ginástica Rítmica no Brasil e no mundo e perceber suas características e especificidades. (MOLINARI, 2000) Afigura que segue mostra uma prática da ginástica rítmica.
  • 8. 2. ROLAMENTO PARA FRENTE ROLAMENTO PARA FRENTE EXECUÇÃO: Pede-se ao aluno que agache e faça uma bolinha com o corpo (queixo e pernas no peito), as mãos devem ficar espalmadas no solo um pouco a frente dos pés. Ao comando do professor o aluno fará impulsão para frente sem desfazer a bolinha com o corpo, tocará primeiro no solo as costas (região do trapézio) depois a lombar e quadril. Para finalizar o movimento, o aluno ficará com os pés juntos e fará força para cima, para ficar de pé. Determinantes Técnicas: • Desequilibrar o corpo para a frente, através da projecção dos ombros para a frente; • Apoiar bem as palmas das mãos no solo, à largura dos ombros, com os dedos bem afastados, de forma a sustentar o peso do corpo e direccionar o movimento; • Flectir a cabeça para a frente, olhando para o peito; • Estender as pernas elevando a bacia; • Apoiar a nuca no solo; • Manter-se engrupado até ao fim do rolamento; • Levantar-se sem o apoio das mãos no solo; • Terminar em equilíbrio. As figuras 3 e 4 mostram a execução do rolamento em frente. Figura 3