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TEORIA DA CONTABILIDADE


    Celina Ritt Blazina
Introdução

       Contabilidade na História

   Evolução do Pensamento Contábil

  Enfoques à Teoria da Contabilidade.


Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Estrutura Conceitual Básica
              da     Contabilidade.


O patrimônio como objeto da contabilidade –
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e
                   Despesas.
INTRODUÇÃO

 Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio,
     representando-o de forma sistemática para servir como
  instrumento básico de orientação para a tomada de decisões.

Diante deste contexto, estuda-se a teoria da contabilidade com a
  finalidade de se obter subsídios suficientes para a aplicação do
            conhecimento prático no processo contábil.
Sem o embasamento teórico, a contabilidade perderia seu foco,
      principalmente porque as demonstrações contábeis não
               atenderiam aos padrões estabelecidos.
No Brasil, a estrutura da teoria contábil é definida por órgãos
     regulamentadores, como o CFC (Conselho Federal de
   Contabilidade, criado pelo Decreto-Lei 9295/46) e o CPC -
            Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
 O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão
   responsável por buscar a convergência da contabilidade
brasileira às normas internacionais. Foi criado pela Resolução
   CFC 1.055/05, sendo que fazem parte deste comitê várias
 entidades brasileiras como: Bovespa, Ibracon (Instituto dos
   Auditores Independentes do Brasil) e Fipecafi ( Fundação
  Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).
 além do próprio Conselho Federal de Contabilidade - CFC.
A Contabilidade na História

A história da contabilidade é tão antiga quanto
   a própria história da civilização. Está ligada
     às primeiras manifestações humanas da
  necessidade social de proteção à posse e de
      perpetuação e interpretação dos fatos
    ocorridos com o objeto material de que o
  homem sempre dispôs para alcançar os fins
                    propostos.
Quando deixou a caça, o homem voltou-se
     à organização da agricultura e do
    pastoreio. A organização econômica
 acerca do direito do uso do solo acarretou
    em separatividade, rompendo a vida
  comunitária, surgindo divisões e o senso
    de propriedade. Assim, cada pessoa
        criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta
 pessoa não era dissolvido, mas passado
  como herança aos filhos ou parentes. A
 herança recebida dos pais (pater, patris),
denominou-se patrimônio. O termo passou
   a ser utilizado para quaisquer valores,
    mesmo que estes não tivessem sido
                  herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a
 necessidade de registros do comércio. Há
   indícios de que as primeiras cidades
comerciais eram dos fenícios. A prática do
 comércio não era exclusiva destes, sendo
    exercida nas principais cidades da
               Antiguidade.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de
  simples registros ou relatórios sobre o fato.
  Mas as cobranças de impostos, na Babilônia
        já se faziam com escritas, embora
        rudimentares. Um escriba egípcio
     contabilizou os negócios efetuados pelo
      governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir
  maior quantidade de valores, preocupava-
  lhe saber quanto poderiam render e qual a
   forma mais simples de aumentar as suas
  posses; tais informações não eram de fácil
  memorização quando já em maior volume,
            requerendo registros.
Foi este pensamento do "futuro" que levou o
 homem aos primeiros registros a fim de que
       pudesse conhecer as suas reais
    possibilidades de uso, de consumo, de
                produção etc.

      Com o surgimento das primeiras
  administrações particulares apareciam a
 necessidade de controle, que não poderiam
ser feitos sem o devido registro, a fim de que
      se pudesse prestar conta da coisa
                administrada.
A medida em que as operações econômicas
   se tornam complexas, o seu controle se
   refinava. As escritas governamentais da
   República Romana (200 a.C.) já traziam
  receitas de caixa classificadas em rendas
   e lucros, e as despesas compreendidas
    nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, as inovações na
  contabilidade foram introduzidas por
     governos locais e pela igreja.

  Mas é na Itália que surge o termo
              Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência



      contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO

   Período que se inicia com as primeiras
  civilizações e vai até 1202 da Era Cristã,
  quando apareceu o Liber Abacci (O livro
dos Ábacos), de autoria Leonardo Fibonacci.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL

Período que vai de 1202 da Era Cristã até
  1494, quando apareceu o Tratactus de
 Computis et Scripturis (Contabilidade por
 Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli,
 através do livro “Summa de Arithmetica,
   Geometria proportioni et propornaliti”
Publicado em 1494,o livro de Luca Pacioli
enfatizando que à teoria contábil do débito
     e do crédito (Método das partidas
    dobradas) corresponde à teoria dos
  números positivos e negativos, obra que
   contribuiu para inserir a contabilidade
 entre os ramos do conhecimento humano.
Sobre o Método das Partidas Dobradas,
  Frei Luca Pacioli expôs a terminologia
  adaptada:
"Per " , mediante o qual se reconhece o
  devedor;
"A " , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois
         o credor, prática que se usa até hoje.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO

 Período que vai de 1494 até 1840, com o
   aparecimento da Obra "La Contabilità
  Applicatta alle Amministrazioni Private e
   Pubbliche" , da autoria de Franscesco
  Villa, premiada pelo governo da Áustria.
         Obra marcante na história da
                Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO
          CIENTÍFICO

Período que se inicia em 1840 e continua
          até os dias de hoje.
CONTABILIDADE NO BRASIL

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa (1808)
  incrementou a atividade colonial, exigindo devido
 ao aumento dos gastos públicos e também da renda
  nos Estados um melhor aparato fiscal. Para tanto,
 constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
  Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808).
   As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram
    compostas de um inspetor, um contador e um
      procurador fiscal, responsáveis por toda a
 arrecadação, distribuição e administração financeira
                        e fiscal.
Regulamentada pelo decreto nº 9295 de
 1946, a profissão de contador tem suas
atribuições definidas pela resolução 560,
    de 1983, do Conselho Federal de
               Contabilidade.
 No Brasil, o dia 22 de setembro marca
também a criação, em 1945, do curso de
ciências contábeis, através do decreto nº
                   7988
Contabilidade como uma arte, uma ciência
             ou uma técnica?

   Arte: é a manifestação do belo – nos
   primórdios quando a contabilidade era
 registrada pela escrita, pode ter sido uma
  arte, a beleza da forma dos registros em
                      si.
Técnica representa um processo lógico,
  ordenado da atividade humana. É a
  realização de algo com habilidade e
               destreza..
A contabilidade possui uma técnica para
  seu processamento, mas também é um
conjunto de atitudes e atividades racionais
  que objetivam controlar e demonstrar de
 forma sistematizada o patrimônio de uma
                 entidade.
Entende-se por Ciência como um conjunto
    de atitudes e de atividades racionais,
  dirigidos ao conhecimento com objetivo
     limitado, capaz de ser submetido à
                 verificação.
Portanto, definiu-se que a contabilidade é
uma ciência social. Sua natureza traduz a
preocupação com a compreensão da
maneira com que os indivíduos ligados à
área contábil criam, modificam e
interpretam os fenômenos contábeis, e as
informações que repassam aos usuários
representando a realidade.
Vejamos o conceito oficial de Contabilidade,
enunciado no I Congresso Brasileiro de
Contabilistas, em 1924:

CONTABILIDADE É A CIÊNCIA QUE ESTUDA
E PRATICA AS FUNÇÕES DE ORIENTAÇÃO,
DE CONTROLE E DE REGISTRO RELATIVAS
À ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICA.
A responsabilidade do profissional
contábil não está apenas em captar,
quantificar, registrar e informar os
fatos contábeis da entidade, mas
também em analisar e revisar estes
fatos, demonstrando suas causas
determinantes e constitutivas.
Azienda – é o complexo de obrigações,
bens materiais e direitos em valores
que uma pessoa física ou jurídica tenha
sobre ele poderes de administração e
disponibilidade.
Objeto da contabilidade:

Defini-se como objeto da contabilidade
o seu campo de aplicação, ou seja,
O PATRIMÔNIO das entidades
econômico-administrativas, ou como
tais, as aziendas.
Como Patrimônio, entende-se o conjunto
de bens, direitos e obrigações das
entidades.

Portanto a contabilidade tem como
objetivo permitir o controle e o estudo do
patrimônio das entidades.
Finalidade da Contabilidade

Fornecer informações econômicas e
 financeiras acerca das entidades.
As informações de natureza econômica
compreendem, principalmente os fluxos de
receitas e de despesas, que geram lucros ou
prejuízos, e as variações no patrimônio.

As informações de natureza financeira
abrangem principalmente os fluxos de caixa
e do capital de giro das entidades.
Usuários das Informações Contábeis

    São todas as pessoas físicas ou
    jurídicas que, diretamente ou
 indiretamente, tenham interesse na
 avaliação e no desenvolvimento da
               entidade.
Podemos citar como exemplos de tais
pessoas: os administradores, os sócios e
acionistas da entidade, o governo, os
bancos, etc.
Campo de aplicação
   Consiste no ramo de estudo dos
   contabilistas, ou seja, no que eles
trabalham. E seu campo de atuação se
   traduz nas entidades econômico-
     administrativas como um todo.
Entidades econômico-administrativas são
definidas como sendo organizações
dotadas de capital e patrimônio, geridas
por ação administrativas em relação à
atividade de pessoas, e que apresentam
um fim determinado (finalidade).
Com relação ao fim que se destinam, as
   entidades podem ser classificadas em:
a) Entidades com fins lucrativos – visam
   lucros, a fim de preservar e aumentar
   seu patrimônio próprio.(empresas
   comerciais, industriais, etc).
b) Entidades com fins socioeconômicos -
São chamadas de instituições, visam
reverter seus resultados em benefício de
seus integrantes. São as associações,
sindicatos).
c) Entidades com fins sociais
  Não têm fins lucrativos, se destinam a um
 fim em prol do interesse coletivo (Entes
 Federados, ONG’s, etc).
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
       CONTÁBIL
CORRENTES DE PENSAMENTO CONTÁBIL


     • Escola Contista (1494)
  • Escola Personalista (1867)
    • Escola Controlista (1880)
• Escola Norte-Americana (1887)
   • Escola Neocontista (1914)
      • Escola Alemã (1917)
  • Escola Aziendalista (1922)
 • Escola Patrimonialista (1926)
Técnicas Contábeis
Podemos enumerar 04 (quatro) técnicas
       contábeis, quais sejam:
           A Escrituração
         As Demonstrações
             A Auditoria
        Análises de Balanços
A Escrituração consiste em registrar nos
 livros próprios (diário, razão, caixa, etc.)
Todos os fatos administrativos que ocorrem
 na rotina das entidades.
As Demonstrações são quadros técnicos
e analíticos, com aspectos qualitativos e
quantitativos, com dados extraídos dos
registros contábeis da empresa.
A Auditoria consiste na verificação da
exatidão dos dados contidos nas
demonstrações financeiras, através de
exame detalhado dos registros contábeis,
em confronto com os respectivos
documentos que os originaram.
Análise de Balanços – é o exame e a
interpretação dos dados contidos nas
demonstrações financeiras, com o fim de
transformar esses dados em informações
diversas sobre a situação da entidade.
As principais áreas de atuação
               são:
• Contabilidade Fiscal – participa do
  processo de elaboração de informação
  para o fisco, e é responsável pelo
  planejamento tributário da empresa.
• Contabilidade Pública – área de controle e gestão
  das finanças pública.

• Contabilidade de Custos – fornece importantes
  informações na formação de preço da empresa.

• Contabilidade Gerencial – voltada para a melhor
  utilização dos recursos econômicos da empresa,
  por meio de adequado controle dos insumos
  efetuado por um sistema de informação contábil.
• Auditoria – por meio de empresas de
 auditoria ou de setores internos da
  empresa,controla a confiabilidade das
 informações e a legalidade dos atos
 praticados pelos administradores.
• Perícia Contábil – atua na elaboração
de laudos em processos judiciais ou
extrajudiciais.
• Contabilidade Financeira – responsável pela
  elaboração e consolidação das demonstrações
  contábeis para fins
  externos.
• Análise Econômico-financeira – atua na elaboração
  de análises da situação patrimonial de uma
  organização com base em seus relatórios contábeis.

• Avaliação de Projetos – elaboração e análise de
   viabilidade de longo prazo, com a estimativa do
   fluxo de caixa e o cálculo de sua atratividade para a
  empresa.
• Contabilidade Atuarial – responsável pela
  contabilidade de fundos de pensão e empresas de
  previdência privada.

• Contabilidade Ambiental – responsável por
  informações sobre o impacto ambiental da empresa
  no meio ambiente.

• Contabilidade Social – dimensionando o impacto
  social da empresa, com sua agregação de riqueza e
  seus custos sociais, produtividade, distribuição da
  riqueza.
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade

• Os Princípios Fundamentais de Contabilidade
  são os conceitos básicos que constituem o
  núcleo essencial que deve guiar a profissão na
  consecução dos objetivos da Contabilidade, que
  consistem em apresentar informação
  estruturada para os usuários.
Os Princípios são: a forma, o meio e a
estrutura de que a contabilidade se utiliza
para chegar aos objetivos. São como
placas indicativas, apontando o caminho a
seguir.
• Postulados são os dogmas ou premissas
  que não precisam ser demonstrados, ou
  comprovados e,

• Convenções são o estabelecimento de
  limites nos procedimentos da atuação do
  profissional.
ILUSTRAÇÃO

Limite da construção
                                    Convenções contábeis




                                                                          PRUDÊNCIA
                            REGISTrO PELO




                                                            COMPETÊNCIA
          OPORTUNiDADE




                                              ATUALIZAÇÃO
                                               MONETARIA
                              ORIGINAL
                               VALOR



                                                                                      Paredes




                                                                                      Base
                         ENTIDADE                    CONTINUIDADE
As convenções contábeis

•   Objetividade
•   Materialidade
•   Consistência e
•   Conservadorismo.
• A objetividade é importante para que não haja distorções nas
  informações contábeis, ou seja, o contador deverá ser o mais
  objetivo possível para descrever o evento contábil. Deste modo,
  atende-se o objetivo da contabilidade que é a informação, de forma
  clara e precisa.
• A materialidade ou relevância tem a ver com a definição de qual
  material será relevante para o contador disponibilizar em seus
  relatórios. Um exemplo claro desta convenção é a relação Custo X
  Benefício.
• A consistência tem a ver com critérios, ou seja, uma vez adotado
  um critério contábil, o mesmo não deverá ser mudado, pelo menos,
  de um ano para outro, para não impossibilitar comparações dos
  relatórios (no decorrer do tempo).
• A convenção do conservadorismo confunde-se com o próprio
  princípio da prudência.
Os      Princípios    Fundamentais      de
Contabilidade representam a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da
Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e
profissional.
RESOLUÇÃO CFC N.º RESOLUÇÃO
       CFC N.º 1.282/10
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
São Princípios de Contabilidade:
•   I) o da ENTIDADE;
•   II) o da CONTINUIDADE;
•   III) o da OPORTUNIDADE;
•   IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
•   V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
•   VI) o da COMPETÊNCIA e
•   VII) o da PRUDÊNCIA.

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  • 1. TEORIA DA CONTABILIDADE Celina Ritt Blazina
  • 2. Introdução Contabilidade na História Evolução do Pensamento Contábil Enfoques à Teoria da Contabilidade. Princípios Fundamentais de Contabilidade.
  • 3. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. O patrimônio como objeto da contabilidade – Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas.
  • 4. INTRODUÇÃO Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, representando-o de forma sistemática para servir como instrumento básico de orientação para a tomada de decisões. Diante deste contexto, estuda-se a teoria da contabilidade com a finalidade de se obter subsídios suficientes para a aplicação do conhecimento prático no processo contábil. Sem o embasamento teórico, a contabilidade perderia seu foco, principalmente porque as demonstrações contábeis não atenderiam aos padrões estabelecidos.
  • 5. No Brasil, a estrutura da teoria contábil é definida por órgãos regulamentadores, como o CFC (Conselho Federal de Contabilidade, criado pelo Decreto-Lei 9295/46) e o CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão responsável por buscar a convergência da contabilidade brasileira às normas internacionais. Foi criado pela Resolução CFC 1.055/05, sendo que fazem parte deste comitê várias entidades brasileiras como: Bovespa, Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) e Fipecafi ( Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras). além do próprio Conselho Federal de Contabilidade - CFC.
  • 6. A Contabilidade na História A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
  • 7. Quando deixou a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
  • 8. Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
  • 9. A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
  • 10. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
  • 11. À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava- lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
  • 12. Foi este pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. Com o surgimento das primeiras administrações particulares apareciam a necessidade de controle, que não poderiam ser feitos sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
  • 13. A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refinava. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
  • 14. No período medieval, as inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é na Itália que surge o termo Contabilitá.
  • 15. Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
  • 16. CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO Período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abacci (O livro dos Ábacos), de autoria Leonardo Fibonacci.
  • 17. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL Período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, através do livro “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti”
  • 18. Publicado em 1494,o livro de Luca Pacioli enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito (Método das partidas dobradas) corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
  • 19. Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada: "Per " , mediante o qual se reconhece o devedor; "A " , pelo qual se reconhece o credor. Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.
  • 20. CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO Período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
  • 21. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
  • 22. CONTABILIDADE NO BRASIL No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa (1808) incrementou a atividade colonial, exigindo devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.
  • 23. Regulamentada pelo decreto nº 9295 de 1946, a profissão de contador tem suas atribuições definidas pela resolução 560, de 1983, do Conselho Federal de Contabilidade. No Brasil, o dia 22 de setembro marca também a criação, em 1945, do curso de ciências contábeis, através do decreto nº 7988
  • 24. Contabilidade como uma arte, uma ciência ou uma técnica? Arte: é a manifestação do belo – nos primórdios quando a contabilidade era registrada pela escrita, pode ter sido uma arte, a beleza da forma dos registros em si.
  • 25. Técnica representa um processo lógico, ordenado da atividade humana. É a realização de algo com habilidade e destreza..
  • 26. A contabilidade possui uma técnica para seu processamento, mas também é um conjunto de atitudes e atividades racionais que objetivam controlar e demonstrar de forma sistematizada o patrimônio de uma entidade.
  • 27. Entende-se por Ciência como um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigidos ao conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação.
  • 28. Portanto, definiu-se que a contabilidade é uma ciência social. Sua natureza traduz a preocupação com a compreensão da maneira com que os indivíduos ligados à área contábil criam, modificam e interpretam os fenômenos contábeis, e as informações que repassam aos usuários representando a realidade.
  • 29. Vejamos o conceito oficial de Contabilidade, enunciado no I Congresso Brasileiro de Contabilistas, em 1924: CONTABILIDADE É A CIÊNCIA QUE ESTUDA E PRATICA AS FUNÇÕES DE ORIENTAÇÃO, DE CONTROLE E DE REGISTRO RELATIVAS À ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICA.
  • 30. A responsabilidade do profissional contábil não está apenas em captar, quantificar, registrar e informar os fatos contábeis da entidade, mas também em analisar e revisar estes fatos, demonstrando suas causas determinantes e constitutivas.
  • 31. Azienda – é o complexo de obrigações, bens materiais e direitos em valores que uma pessoa física ou jurídica tenha sobre ele poderes de administração e disponibilidade.
  • 32. Objeto da contabilidade: Defini-se como objeto da contabilidade o seu campo de aplicação, ou seja, O PATRIMÔNIO das entidades econômico-administrativas, ou como tais, as aziendas.
  • 33. Como Patrimônio, entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades. Portanto a contabilidade tem como objetivo permitir o controle e o estudo do patrimônio das entidades.
  • 34. Finalidade da Contabilidade Fornecer informações econômicas e financeiras acerca das entidades.
  • 35. As informações de natureza econômica compreendem, principalmente os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e as variações no patrimônio. As informações de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro das entidades.
  • 36. Usuários das Informações Contábeis São todas as pessoas físicas ou jurídicas que, diretamente ou indiretamente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento da entidade.
  • 37. Podemos citar como exemplos de tais pessoas: os administradores, os sócios e acionistas da entidade, o governo, os bancos, etc.
  • 38. Campo de aplicação Consiste no ramo de estudo dos contabilistas, ou seja, no que eles trabalham. E seu campo de atuação se traduz nas entidades econômico- administrativas como um todo.
  • 39. Entidades econômico-administrativas são definidas como sendo organizações dotadas de capital e patrimônio, geridas por ação administrativas em relação à atividade de pessoas, e que apresentam um fim determinado (finalidade).
  • 40. Com relação ao fim que se destinam, as entidades podem ser classificadas em: a) Entidades com fins lucrativos – visam lucros, a fim de preservar e aumentar seu patrimônio próprio.(empresas comerciais, industriais, etc).
  • 41. b) Entidades com fins socioeconômicos - São chamadas de instituições, visam reverter seus resultados em benefício de seus integrantes. São as associações, sindicatos).
  • 42. c) Entidades com fins sociais Não têm fins lucrativos, se destinam a um fim em prol do interesse coletivo (Entes Federados, ONG’s, etc).
  • 44. CORRENTES DE PENSAMENTO CONTÁBIL • Escola Contista (1494) • Escola Personalista (1867) • Escola Controlista (1880) • Escola Norte-Americana (1887) • Escola Neocontista (1914) • Escola Alemã (1917) • Escola Aziendalista (1922) • Escola Patrimonialista (1926)
  • 45. Técnicas Contábeis Podemos enumerar 04 (quatro) técnicas contábeis, quais sejam: A Escrituração As Demonstrações A Auditoria Análises de Balanços
  • 46. A Escrituração consiste em registrar nos livros próprios (diário, razão, caixa, etc.) Todos os fatos administrativos que ocorrem na rotina das entidades.
  • 47. As Demonstrações são quadros técnicos e analíticos, com aspectos qualitativos e quantitativos, com dados extraídos dos registros contábeis da empresa.
  • 48. A Auditoria consiste na verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações financeiras, através de exame detalhado dos registros contábeis, em confronto com os respectivos documentos que os originaram.
  • 49. Análise de Balanços – é o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações financeiras, com o fim de transformar esses dados em informações diversas sobre a situação da entidade.
  • 50. As principais áreas de atuação são:
  • 51. • Contabilidade Fiscal – participa do processo de elaboração de informação para o fisco, e é responsável pelo planejamento tributário da empresa.
  • 52. • Contabilidade Pública – área de controle e gestão das finanças pública. • Contabilidade de Custos – fornece importantes informações na formação de preço da empresa. • Contabilidade Gerencial – voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, por meio de adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação contábil.
  • 53. • Auditoria – por meio de empresas de auditoria ou de setores internos da empresa,controla a confiabilidade das informações e a legalidade dos atos praticados pelos administradores.
  • 54. • Perícia Contábil – atua na elaboração de laudos em processos judiciais ou extrajudiciais.
  • 55. • Contabilidade Financeira – responsável pela elaboração e consolidação das demonstrações contábeis para fins externos. • Análise Econômico-financeira – atua na elaboração de análises da situação patrimonial de uma organização com base em seus relatórios contábeis. • Avaliação de Projetos – elaboração e análise de viabilidade de longo prazo, com a estimativa do fluxo de caixa e o cálculo de sua atratividade para a empresa.
  • 56. • Contabilidade Atuarial – responsável pela contabilidade de fundos de pensão e empresas de previdência privada. • Contabilidade Ambiental – responsável por informações sobre o impacto ambiental da empresa no meio ambiente. • Contabilidade Social – dimensionando o impacto social da empresa, com sua agregação de riqueza e seus custos sociais, produtividade, distribuição da riqueza.
  • 57. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade • Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são os conceitos básicos que constituem o núcleo essencial que deve guiar a profissão na consecução dos objetivos da Contabilidade, que consistem em apresentar informação estruturada para os usuários.
  • 58. Os Princípios são: a forma, o meio e a estrutura de que a contabilidade se utiliza para chegar aos objetivos. São como placas indicativas, apontando o caminho a seguir.
  • 59. • Postulados são os dogmas ou premissas que não precisam ser demonstrados, ou comprovados e, • Convenções são o estabelecimento de limites nos procedimentos da atuação do profissional.
  • 60. ILUSTRAÇÃO Limite da construção Convenções contábeis PRUDÊNCIA REGISTrO PELO COMPETÊNCIA OPORTUNiDADE ATUALIZAÇÃO MONETARIA ORIGINAL VALOR Paredes Base ENTIDADE CONTINUIDADE
  • 61. As convenções contábeis • Objetividade • Materialidade • Consistência e • Conservadorismo.
  • 62. • A objetividade é importante para que não haja distorções nas informações contábeis, ou seja, o contador deverá ser o mais objetivo possível para descrever o evento contábil. Deste modo, atende-se o objetivo da contabilidade que é a informação, de forma clara e precisa. • A materialidade ou relevância tem a ver com a definição de qual material será relevante para o contador disponibilizar em seus relatórios. Um exemplo claro desta convenção é a relação Custo X Benefício. • A consistência tem a ver com critérios, ou seja, uma vez adotado um critério contábil, o mesmo não deverá ser mudado, pelo menos, de um ano para outro, para não impossibilitar comparações dos relatórios (no decorrer do tempo). • A convenção do conservadorismo confunde-se com o próprio princípio da prudência.
  • 63. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional.
  • 64. RESOLUÇÃO CFC N.º RESOLUÇÃO CFC N.º 1.282/10 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
  • 65. São Princípios de Contabilidade: • I) o da ENTIDADE; • II) o da CONTINUIDADE; • III) o da OPORTUNIDADE; • IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; • V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; • VI) o da COMPETÊNCIA e • VII) o da PRUDÊNCIA.