2. FILOSOFIA: ORIGENS E TEMAS
(PRÉ-SOCRÁTICOS)
COSMOLOGIAS
(MITOLOGIA)
COSMOGONIA
DISCURSOS
RACIONAIS
AÇÕES DOS
DEUSES
Atividade filosófica surge na Grécia Antiga, durante o século VI
a.C.
1. Do mito ao logos: origens da filosofia.
5. A mitologia grega
A passagem da consciência mítica para a filosofia
deveu-se a um longo processo de transformações
políticas, sociais e econômicas que culminaram no
aparecimento dos primeiros sábios gregos no século
VI a.C
6. A mitologia grega
• A religião dos gregos era politeísta e os deuses eram
imortais, embora apresentassem características
humanas;
• os mitos eram recitados de memória em praça pública
pelos aedos e rapsodos, cantores ambulantes e
poetas, como Homero e Hesíodo.
7. Homero Poeta grego a quem foi atribuída a compilação
da Ilíada e Odisseia, dois dos maiores poemas épicos da
Grécia Antiga. Sabe-se muito pouco sobre Homero, e
informações como ano de nascimento e local de origem
são debatidas até hoje. Alguns historiadores chegam a
afirmar que ele pode não ter, de fato, existido.
Na vida dos gregos, as epopeias desempenhavam um
papel pedagógico significativo, pois descreviam a
história grega e transmitiam os valores culturais
mediante o relato das realizações dos deuses e dos
antepassados.
Pode ter nascido na Jônia, no
século VIII a.C.
8. Homero As ações heroicas relatadas nas epopeias mostravam a
constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar o
protegido, ora para perseguir o inimigo. Nessas histórias,
o indivíduo é presa do destino, concebido como
imutável.
O herói vivia na dependência dos deuses e do destino,
faltando a ele a noção de vontade pessoal, de liberdade;
Ser escolhido pelos deuses era sinal de reconhecimento
e se diferenciava dos outros homens por deter a virtude
do guerreiro belo e bom, que se manifestava pela
coragem e pela força, sobretudo no campo de batalha.
Pode ter nascido na Jônia, no
século VIII a.C.
9. Hesíodo
Poeta que teria vivido por volta do final do século VIII e
princípios do VII a.C.
Na sua obra Teogonia, relatou as origens do mundo e
dos deuses, em que as forças emergentes da natureza
vão se transformando nas próprias divindades. Por isso a
teogonia é também uma cosmogonia, na medida em que
narra como todas as coisas surgiram do Caos para
compor a ordem do Cosmo
10. O mito hoje
A filosofia e outros modos de compreensão, como o senso comum, a arte, a
ciência e a religião, não podem negar que o mito continua na raiz da nossa
capacidade de compreender o que nos rodeia. A função fabuladora persiste nos
contos populares, no folclore, na literatura, nas artes em geral e em várias
expressões da vida diária.
Exemplos:
As histórias em quadrinhos, filmes, novelas ou contos de fada, nos quais, por exemplo, o
maniqueísmo exprime o arquétipo da luta entre o bem e o mal, presente nas narrativas
míticas;
11. Causas da origem da filosofia
No período arcaico (do século VIII ao VI a.C.), a Grécia passou por
transformações muito específicas nas relações sociais e políticas,
proporcionando a lenta passagem do mito para a reflexão filosófica.
A nova visão do mundo e do indivíduo que então se esboçava
resultou de inúmeros fatores:
a) A redescoberta da escrita
Na Grécia, a escrita já existira no período micênico, mas
desapareceu no século XII a.C., para ressurgir apenas entre os
séculos IX e VIII a.C., por influência dos fenícios. Nesse
ressurgimento, a escrita assumiu uma nova função. Enquanto os
rituais eram cheios de fórmulas mágicas, os escritos passaram a ser
divulgados em praça pública, sujeitos à discussão e à crítica.
12. Causas da origem da filosofia
b) A moeda
Na época da aristocracia rural, a economia grega era pré-monetária, pois a
riqueza estava baseada em terras e rebanhos. As relações sociais,
impregnadas de caráter sobrenatural, eram fortemente marcadas pela
posição social de pessoas consideradas superiores em razão da origem
divina de seus ancestrais.
A moeda, surgida por volta do século VII a.C., facilitou os negócios e
enriqueceu os comerciantes, o que acelerou a substituição dos valores
aristocráticos por valores da nova classe em ascensão.
13. Causas da origem da filosofia
c) A lei escrita
Até então, a justiça dependia da interpretação da
vontade divina ou da arbitrariedade dos reis, mas os
legisladores Drácon, Sólon e Clístenes sinalizaram uma
nova era, porque, com a lei escrita, a norma se tornava
comum a todos e sujeita à discussão e à modificação.
As reformas da legislação fundaram a pólis sobre nova
base, porque, ao expressarem o ideal igualitário da
democracia nascente, a unificação do corpo social
enfraqueceu a hierarquia do poder aristocrático das
famílias.
14. Causas da origem da filosofia
d) O cidadão da pólis
O nascimento da pólis (a cidade-Estado grega), foi um acontecimento decisivo. O
fato de ter como centro a ágora (praça pública), espaço onde eram debatidos
assuntos de interesse comum, favorecia o desenvolvimento do discurso político.
Elaborava-se desse modo o novo ideal de justiça, pelo qual todo cidadão tinha
direito ao poder. A noção de justiça assumia caráter político, e não apenas moral, ou
seja, não se referia apenas ao indivíduo e aos interesses da tradição familiar, mas à
sua atuação na comunidade.
15. Causas da origem da filosofia
e) A consolidação da democracia
O apogeu da democracia ateniense ocorreu no século V a.C., quando Péricles
governava. Os cidadãos livres, fossem ricos ou pobres, tinham acesso à assembleia.
Tratava-se de uma democracia direta, em que não eram escolhidos representantes, e
cada cidadão participava diretamente das decisões de interesse comum.
16. OS PRÉ-SOCRÁTICOS: EXAMINANDO A PHYSIS EM BUSCA DA
ARCHÉ.
Os primeiros filósofos, Filósofos da natureza ou naturalistas;
A atenção desses filósofos estava voltada para uma nova forma
explicativa baseada na racionalidade.
Investigavam, tentavam conhecer e explicar o conjunto das coisas
naturais que existem no mundo material_ natureza (physis)
Uma busca pelo princípio/fonte fundamental que daria origem a
tudo (arché).
2. A filosofiapré-socrática
17. 2. A filosofiapré-socrática
O pensamento pré-socrático desenvolveu-se entre uma cosmologia monista e
outra pluralista;
Os monistas identificavam apenas um elemento constitutivo de todas as coisas;
Para os pluralistas, não existe um único princípio compondo todas as coisas da
physis, mas múltiplos.
18. Resumindo
1 O que foram as epopeias e qual o seu significado cultural na
Grécia antiga?
2 Considerando o pensamento grego, que transformação
representou a passagem da cosmogonia para as explicações
cosmológicas?
3 O que distingue os filósofos monistas dos pluralistas?
19. As cosmologias dos pré-socráticos
A inspiração dessa dinâmica é nas cartas do jogo TCG Pokémon.
20. As cosmologias dos pré-socráticos
Elementos Presentes nas Cartas
1.Nome do Filósofo;
2.Nome do Elemento;
3.Imagem do filósofo;
4.Um desenho representativo do
elemento;
5.Um tipo de ataque (com nome e
efeito);
6.Uma descrição da teoria do filósofo
21. As cosmologias dos filósofos de Mileto.
Examinaram a passagem do uno ao múltiplo no surgimento do Universo.
O fundamentodo
Universo é o AR!
TALES A SUBSTÂNCIAFUNDAMENTALÉ
ÁPEIRON- O ILIMITADO.
22.
23. Ser ou devir,
Eis a questão!
A mudança é permanente/ DEVIR O movimento é
FLUXO ilusão
A verdade está no vir a ser A verdade é o ser
Mobilismo/ multiplicidade Monismo/Ontologia
Tensão dos contrários O ser é uno, eterno,
imutável e indivisível
“Ninguém pode banhar-se duas
vezes no mesmo rio”. “O ser é e não pode não ser”.
25. COSMOLÓGICO ANTROPOLÓGICO
SofistaS “sábio”
afirmavam a ideia da relatividade do
conhecimento.
Sócrates filósofo
defendia a capacidade humana para
conhecer a verdade.
AFIRMAVA o caráter universal da verdade.
Relativismo cultural
26. SOFISTAS: Relativismo da verdade, estavam ligados ao
ensino da retórica e oratória.
“O HOMEMÉ A MEDIDADE TODASAS COISAS” (PROTÁGORASDE ABDERA
(490-422 A.c)
28. a filosofia socrática: A ignorância como ponto de partida. (P.280)
O reconhecimento da ignorância é o passo inicial e fundamental na buscado conhecimento.
29. Qual a importância, afinal,
dessa suposta ignorância de
Sócrates para o
desenvolvimento de sua
proposta filosófica?
30. Método dialético socrático
Dois momentos fundamentais:
1º Irônico-refutatório (ironia)
Expressa através de perguntas a seu interlocutor. O caminho
socrático para a sabedoria deve ser trilhado pelo próprio indivíduo,
que deve chegar a reconhecer seus preconceitos e opiniões,
rejeitando-os através da razão.
2º Maiêutica (obstetrícia)
Quando “traz à luz” o conhecimento. Auxiliando na efetivação do
“parto” trabalhoso da verdade.
31. É praticando a dúvida que nos tornamos
racionalmente capacitados a identificar
e, consequentemente, remover o que for
falso. A eliminação do saber aparente é
essencial para a busca da verdade.
Meta da filosofia
socrática VERDADE
33. Dogmatismo e ceticismo
DISCUSSÕES FILOSÓFICAS EM TORNO DA VERDADE.
CETICISMO:
corrente filosófica
que nega a
capacidade humana
de conhecimento.
DOGMATISMO:
doutrina que tem a
noção de que há
verdades indiscutíveis,
que não se prestam ao
exame racional.
34. Qual a fonte do
conhecimento?
2º Bim
A discussãosobrea fontedo conhecimento
O conhecimento como problema filosófico.
35. RACIONALISMO: A VERDADEIRA FONTE DO CONHECIMENTO É A
RAZÃO./ Inatismo.
Os sentidos são fonte de enganos e ilusões.
O conhecimento é anterior à experiência dos sentidos (a priori)/apriorístico
As percepções dos nossos sentidos tem função complementar.
EMPIRISMO: O CONHECIMENTO INICIA-SE COM OS
SENTIDOS.
Não há ideias inatas e saber apriorístico, e sim capacidade racional.
O conhecimento é posterior à experiência
A Capacidade racional transforma sensações
ideias
noções
conceitos
36. 4. Temas de filosofia: ÉTICA E POLÍTICA (p.257-260).
Filosofia política e ética lidam com temas diretamente relacionados
ao mundo da prática e possuem pontos de confluência.
A moral como problema filosófico
O que é moral? SOCIEDADE
Um conjunto de valores e de regras
que regem a vida humana em
sociedade, estabelecendo padrões de
comportamento.
37. A ética ou filosofia moral:
Reflexão teórica acerca da moral.
Prevalece o entendimento de que ética é a área do saber filosófico
dedicada aos estudos fenômenos e fundamentos morais.
A ÉTICA INVESTIGA ASPECTOS
CONCEITUAIS, HISTÓRICOS,
SOCIAIS E CULTURAIS DA MORAL.
A MORAL É O OBJETO DE CONHECIMENTO DA ÉTICA.
A ÉTICA PROBLEMATIZA A MORAL.
FILOSOFIAMORAL
38. A. A filosofia e as questões morais (p.258-260)
AS CARACTERÍSTICAS DAAÇÃO MORAL.
2 LIBERDADE DE ESCOLHA DO SUJEITO.
1 GERAr CONSEQUÊNCIAS (boas ou ruins)
PARA OUTRAS PESSOAS.
3 O CONHECIMENTO DAS CIRCUNSTÂNCIAS
NAS QUAIS SE REALIZAM AS AÇÕES.
39. B. A FILOSOFIA E AS QUESTÕES POLÍTICAS
(p.260-261).
A sociedade política é uma realização da natureza humana ou é o produto de um
contrato social?
A política se define essencialmente pela busca do bem comum ou tempor meta
central o exercício do poder?
40. Teoria política maquiaveliana
REALISMO POLÍTICO
Efetividade histórica
Mas, sendo minha intenção
escrever algo de útil [...]
pareceu-me mais
conveniente ir em busca da
verdade extraída dos fatos, e
não da imaginação.
Quando alguém
fala mal da teoria
idealista
Segura meu mundo das ideias
Algum problema, maquiavélico?
41. Maquiavel, quais
as relações entre
ÉTICA e
POLÍTICA?
A política é movida por uma
moralidade própria, diferente dos
princípios morais valorizados nas
demais relações sociais e deve ser
compreendida sob o prisma do
exercício do poder.
42. A virtude reside na avaliação das situações e
na escolha dos procedimentos favoráveis à
estabilidade do poder político [...] O
governante competente vale-se tanto da lei
quanto da força. O governante deve saber
quando necessário agir como raposa ou ao
modo de um leão.