2. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS EM UTI
• HISTÓRICO DA ENFERMAGEM EM
TERAPIA INTENSIVA
• A enfermagem, enquanto profissão, teve
início na Inglaterra, no século XIX, com o
trabalho de Florence Nightingale,
recrutando e treinando um grupo de
mulheres para colaborarem nos cuidados
e na higiene dos soldados feridos durante
a Guerra da Criméia (1854-1856).
• Nessa época, surgiu a ideia de
classificar os doentes de acordo
com o grau de dependência,
• dispondo-os nas enfermarias de tal
maneira que os mais graves ficassem
próximos à área de trabalho dos
enfermeiros,
• para maior vigilância e melhor
3. • As unidades de terapia intensiva
evoluíram
• criação das salas de recuperação, na
década de 1920, para assistência a
pacientes de neurocirurgia, no
Hospital Johns Hopkins
• na década de 1930, em Tubingen, na
Alemanha, com a assistência intensiva
pós- operatória.
• Na década de 1940 surgiram as salas
de recuperação cirúrgica em Nova
Iorque e em Nova Orléans.
• No final da década de 1950, em Los
Angeles, foi desenvolvida a primeira
unidade de choque, com a introdução
de monitorização cardiovascular
invasiva dos pacientes em estado
crítico e com traumatismo.
• Em 1962, estabeleceu-se em Kansas
City, Estados Unidos, a primeira
unidade de vigilância a pacientes vítimas
4. • Aos poucos foram surgindo unidades
especiais para outros pacientes:
• cirúrgicos, neurológicos, queimados,
portadores de crises respiratórias,
renais, metabólicas agudas e outras.
• Mas tarde, definiu-se terapia intensiva
especializada nas áreas de obstetrícia,
pediatria e neonatologia.
• No Brasil, a implantação das Unidades de
Terapia Intensiva (UTIS) teve inicio na
década de 1970.
5. • Atualmente, é uma unidade presente no contexto hospitalar.
• O surgimento da pratica em UTI representou um marco
dentro dos progressos obtidos pelos hospitais em nosso
século,
• visto que, os pacientes graves eram tratados nas próprias
enfermarias,
• faltando, área física adequada, além de recursos materiais e
humanos para uma melhor qualidade desse cuidado.
6. DEFINIÇ
ÃO
• Unidade de Terapia Intensiva
• combinação de cuidados intensivos
de enfermagem com a constante
atenção médica, no atendimento
dispensado ao paciente crítico.
• Todo método de trabalho na UTI é
criado a partir de sua organização,
visando ao desenvolvimento das
atividades que proporcionam a
concretização de seus objetivos.
7. • O planejamento da unidade é tarefa da equipe multiprofissional
com visão ampla e coletiva, dotada de coerência de
propósitos, estritamente unida e motivada para um objetivo
comum.
• A equipe multiprofissional da UTI é formada por:
• Médico;
• Enfermeira;
• Nutricionista;
• Fisioterapeuta;
• Família;
• Líder espiritual.
8. • É condição indispensável na
organização que toda a equipe
esteja apta a cooperar no
desenvolvimento das atividades, dentro
de uma filosofia de trabalho já
delineada com o espírito de terapia
intensiva.
• Estabelece-se que as atuações de todos
os membros da equipe têm a mesma
importância, isto é, toda atividade se
reveste do caráter de
indispensabilidade.
• O sucesso do tratamento na unidade
está condicionado a um bom
atendimento ao paciente pela equipe
9. • O pessoal de enfermagem desempenha um papel significativo
nesse atendimento e a consciência profissional.
• Para que o sucesso seja alcançado é necessário que a equipe de
enfermagem preencha os requisitos
• (capacidade de trabalho, discernimento, prioridade,
responsabilidade e iniciativa)
• treinamentos, reciclagens e orientações regulares.
10. PLANTA FÍSICA E
FLUXOGRAMA
• A planta física da Unidade de Terapia
Intensiva deve proporcionar:
• Observação individual e de conjunto dos
pacientes, devem ficar visíveis à
enfermagem na mesa central de controle;
• Espaço suficiente para mobilização do
paciente e
locomoção do pessoal ;
• Tranquilidade e ambiente agradável (sem
ruídos ou poluições);
• Atendimento a paciente de ambos os sexos,
sem discriminação de grupos etários;
• Meios para intercomunicação;
• Fácil acesso e controlado, sem ter trânsito
para outros departamentos;
• Boa iluminação e boa aeração;
• Rápido atendimento, facilitando os
cuidados de enfermagem e manejo da
11. • A UTI deve localizar-se próxima ao serviço de emergência (pronto
socorro), ao centro cirúrgico e ao centro de recuperação pós-
anestésica
• com facilidade de acesso aos serviços auxiliares de radiologia e
laboratórios.
• É importante que esteja bem afastada das áreas de intensa
movimentação, mas tendo acesso direto aos elevadores.
12. NÚMERO DE
LEITOS
• hospital geral,
• 10% da capacidade de leitos para UTI.
• Uma UTI deve contar com, no mínimo
05 leitos em hospitais com capacidade
para 100 ou mais leitos.
• Os leitos devem ficar o possível isolado
um dos outros, contendo canalização
de vácuo, ar comprimido e oxigênio.
• O ideal é 8 a 12 leitos por unidade.
• Caso se indique maior número de leitos,
deve ser dividida em subunidades.
• Proporcionando maior eficiência
de atendimento da equipe de
trabalho.
13. FORMA DA UNIDADE
• A unidade deve ter amplas
aberturas de vidros ou janelas
(teladas), o revestimento feito
com materiais que deixem
o mínimo de junções e sejam
laváveis, lisos e não
- absorventes.
• A disposição dos leitos de UTI
pode ser em área comum
(tipo vigilância – aberta),
quartos fechados ou mista.
14. • A área comum proporciona observação
contínua do paciente.
• a separação dos leitos por
divisórias, proporciona
privacidade aos pacientes.
• Unidades com leitos com quartos fechados
devem ser dotados de painéis de vidro,
para facilitar a observação,
proporcionam maior privacidade, redução
do nível de ruído e isolamento dos
infectados e imunossuprimidos.
• (necessária uma central de monitorização
no posto de enfermagem, com
transmissão de onda eletrocardiográfica e
frequência cardíaca).
• A unidade mista combina os dois
tipos de disposição e tem sido
15. ELEMENTOS DA
UNIDADE
• a) Área para recepção do paciente;
• b) Área de pacientes,
• c) Área de cada leito:
• d) Posto de enfermagem ;
• e) Área de preparo de medicação,
• f) Área para estocagem de material e equipamento;
• g) Sala de utilidades. (limpeza, esterilização e estocagem),
• h) Sanitário para pacientes,
• i) Vestiário;
• j) Copa para funcionários;
• k) Copa de pacientes, destinado ao serviço de nutrição e dietética ;
• l) Conforto médico, quarto para plantonista;
• m) Área de descanso dos funcionários, (deve contar com sanitários masculinos e femininos, dotados de chuveiro e
armários);
• n) Sala de reuniões, sala de estudos, sala para aulas;
• o) Sala de espera de visitas, (antessala, contendo sanitários: feminino e masculino);
• p) Laboratório;
• q) Secretária;
• r)Sala de arquivo;
• s) Área para higienização de leitos (lavagem dos leitos pós-alta).
16. EQUIPAMENTOS
• Estes devem ser de fácil
operacionalidade, eficiente e de
utilidade comprovada, que tenha
assistência técnica contínua e
eficaz, que atinja as finalidades
das unidades, oferecendo
segurança na assistência ao
paciente.
• Os equipamentos da UTI devem
ser de uso exclusivo da mesma,
não podendo ser utilizado e
deslocado para outras áreas
do hospital.
17. • Os equipamentos dividem-se em grupos:
• a) Equipamentos especializados para o atendimento de
algumas patologias:
• monitores, central de monitorização,
eletroencefalógrafo, eletrocardiógrafo,
• carro de emergência, desfibrilador e cardioversor, marca-passo
cardíaco (externo),
• balão intra-aórtico, oxímetros, respiradores ciclados a pressão e
volume, holter, aparelho para medida do debito cardíaco (PVC).
18. • b) Equipamentos de apoio:
• instrumental para pequena cirurgia, punção lombar, dissecção
de veia, traqueotomia,
• pacotes de curativo e cateterismo vesical, trocater,
• cama-balança, aparelho para dosagem de gases
sanguíneos (gasometria), glicosímetro, bombas de
infusão,
• negatoscópio, oftalmoscópio, otoscópio, aparelho portátil de RX.
19. • c) Equipamento geral: todo material para
atendimento,
• carro de banho, foco portátil, umidificador,
• fluxômetro, suporte de soro, cadeira de rodas,
• hamper, mesa de cabeceira, bolsa de água quente,
etc...
20. • d) Equipamento ou material de consumo:
• algodão, agulhas, equipos, almotolias,
• almofariz (“pilão para dilacerar
comprimidos”),
• sondas, seringas, esparadrapos, etc.
21. • e) Suprimentos:
• todo material extra
• avental para isolamento, bacias inoxidável, cadarço de
algodão, etc
22. • f) Roupa:
• paciente/rotina;
• funcionário/privativa ou
não.
23. LIMPEZA, MONTAGEM E TESTE DO
PAINEL
• Finalidade da técnica:
• Proporcionar ao paciente, condições adequadas para a realização de
oxigenação, ventilação, nebulização e aspiração de secreções.
• Composição do painel por paciente:
• Fontes de gases (seis pontos).
• Oxigênio
• 1ª saída = fluxômetro + umidificador+ extensão de látex estéril.
• 2ª saída = livre (para o respirador mecânico).
• Vácuo
• 1ª saída = aspirador+ extensão de látex estéril.
• 2ª saída = aspirador+ extensão de látex estéril.
• Ar comprimido
• 1ª saída = aspirador + extensão de látex estéril.
• 2ª saída = livre (para o respirador mecânico).
24. • Oito tomadas para rede elétrica:
• 1ª Monitor cardíaco.
• 2ª, 3ª e 4ª Bomba de infusão (droga vasoativa).
• 5ª Respirador mecânico.
• 6ª Aspirador elétrico (se necessário) ou
Eletrocardiógrafo.
• 7ª Foco de luz.
• 8ª Monitorização invasiva.
25. • Ambú + Mascara.
• Gabinete de aço - para guarda de frascos coletores de secreção,
sondas de aspiração, luvas, seringa, AD estéril para instilação
no tubo endotraqueal, frasco de 500ml com AD para lavagem
do látex de aspiração etc.
• Duas prateleiras - fixas, de aço para apoio do monitor cardíaco e da
bomba de infusão.
• Suportes de soro (de parede) ou suporte de soro de chão para
instalação da PVC (pressão venosa central) e/ou
monitorização invasiva.
• Campainha de comunicação paciente/enfermagem.
26. MATERIAL:
• Um fluxômetro de oxigênio e o respectivo
umidificador.
• Quatro extensões de látex esterilizadas fechadas.
• Um aspirador para rede de ar comprimido.
• Escova para limpeza de tubos e frascos.
• Dois aspiradores para rede de vácuo.
• Solução detergente.
• Balde com solução.
• Panos de limpeza.
• Luvas.
27. PROCEDIMENT
OS:
• 1) Calçar luvas.
• 2) Levar um balde grande para colocar o material do painel.
• 3) Retirar do painel todos os aspiradores de secreção (vidros e válvulas), extensões de látex, umidificador
de oxigênio,
ambú com mascara, e colocá-los no balde com solução.
• Deixar no painel o fluxômetro de oxigênio, deverá ser limpo no próprio painel.
• 4) Desprezar o conteúdo dos frascos no vaso sanitário do banheiro .
• 5) Encaminhar o balde com os matérias para o expurgo.
• 6) Mergulhar todo o material nos recipientes do expurgo, nas soluções corretas.
• 7) Deixar todo o material em solução por 30 minutos.
• 8) Limpar todo o painel do quarto com solução fenólica. Esta limpeza inclui: pontos de gases, tomadas,
gabinete de aço, prateleiras de aço e suportes de soro.
• 9) Retirar o material dos recipientes do expurgo, e lavá-los em água corrente com escova e sabão.
• 10) Deixar o material escorrer e secar em campo limpo.
• 11) Encaminhar as extensões de látex para esterilização em oxido de etileno completamente secas.
• 12) Encaminhar todo o material limpo e seco ate a unidade do paciente.
• 13) Proceder à montagem do painel, conforme a padronização estipulada.
• 14) Testar todos os componentes do painel: foco de luz, saídas de oxigênios, vácuos e ar comprimido, além
da
campainha.
28. OBSERVAÇOES:
• A limpeza, montagem e teste do painel deve ser feita quando ocorre:
internação, transferência, alta ou óbito.
• O teste do painel deve ser feito a cada plantão, ou no mínimo uma vez por
dia.
• O painel de gazes deve ser o mais simples possível.
• O uso de frascos coletores de secreção (3.000ml ou 5.000ml) se faz
obrigatório,
para prevenir entupimento na rede.
• Manter o ambú montado com a mascara para cada paciente, devido ao risco
da falta de energia elétrica ou para outras situações como: aspiração
endotraqueal com hiperventilação ou numa emergência cárdio-respiratória,
bem como evitar infecção cruzada.
• Evitar o uso de extensões elétricas no quarto,
• Aparelhos de alto consumo energético devem ser ligados em tomadas do
quarto, localizadas fora do painel de gazes (ex.: RX, equipamento de
30. ADMISSÃO
Um paciente é admitido na UTI quando apresenta
insuficiência de um ou mais sistemas
fundamentais,
como o respiratório e/ou cardiovascular, caso seja
grave e/ou recuperável.
Serão admitidos pacientes que inspiram
cuidados intensivos, tais como:.
• em estados graves (comprometimento de função
vital,
ex.: IRA, PCR, pacientes em estado de
coma, politraumatizado, intoxicações
graves),
• paciente de alto risco, (que apresentam
possibilidade
iminente de sério comprometimento de função
vital,
ex.: insuficiência coronariana aguda,
enfartados, arritmias cardíacas,
31. • Estes pacientes podem vir diretamente internados ou transferidos
de uma unidade de internação.
• A internação é solicitada pelo médico assistente e efetuada após
concordância da equipe da UTI, condicionada à existência da vaga.
• Este, após concorda, notifica o enfermeiro(a) responsável pela
unidade, esclarecendo o diagnostico e a gravidade do caso.
32.
33. • O leito e o material são preparados de acordo com a
patologia
• Bandeja para aspiração, intubação;
• Vacuômetro, fluxômetro de oxigênio e respirador
• Monitor e cabo;
• Impressos;
• Esfigmomanômetro e estetoscópio;
• Carro de emergência e desfibrilador.
• Ao receber o paciente na unidade, o enfermeiro(a) deve
sempre prepará-lo psicologicamente – quando o mesmo
não está em coma,
34. ALT
A
• A alta deve ser dada logo que
desapareçam os sintomas presentes na
admissão, por decisão da equipe da
unidade.
• Após receber alta, retorna para clinica,
aos
cuidados de seu médico assistente,o qual
na admissão deixou seu leito
bloqueado na clinica de
origem, em casos de pronto - socorro, o
setor de internação providencia o bloqueio
do leito na clinica adequada.
• A permanênciade um doente na UTI deve-
se
limitar ao necessário para superar a situação
crítica que determinou a sua admissão.
• Pode ocorrer complicação durante a
permanência na UTI, sendo então a sua
alta após restabelecer seu equilíbrio
funcional básico.
• Uma porcentagem mínima de doentes de
UTI
35. TRANSFERÊNCIA
• Ocorre quando o paciente
necessita de cuidados de
enfermagem ainda intenso, mas
de assistência médica
periódica, estes devem ser
transferidos para uma unidade
de cuidados intermediários.
• Outro tipo seria a transferência
do paciente para uma UTI
especializada em sua patologia
(ex: cardíaca).
36. ÓBIT
O
• Uma alta mortalidade, usualmente entre 10 e 20%, é inerente à
natureza do trabalho em UTI,
37. ENFERMAGEM NA UTI
• A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UTI
• O sucesso ou fracasso da UTI é
totalmente dependente da qualidade e
da motivação de seu corpo médico e de
enfermagem.
• A equipe de enfermagem da UTI tem
uma responsabilidade muito maior do
que a de qualquer outra unidade,
• precisa ser apta a manter constante
observação e estar pronta para reconhecer
e notificar alteração significativa nas
condições do paciente.
38. • Deve haver na unidade uma enfermeira-chefe em tempo
integral,
• preparo especial, pois cuidar de pacientes em UTI, demanda
uma bagagem de conhecimentos e aplicação não exigidos
do enfermeiro de outras áreas.
39. • Um enfermeiro qualificado por experiência e educação formal,
• designado como responsável pela enfermagem na unidade,
• além de apresentar um julgamento maduro, estabilidade emocional,
qualidade de liderança e habilidade de ensino,
• deve ter experiência de enfermagem geral, para adquirir uma ampla
visão dos problemas relativos ao cuidado do paciente e dos
procedimentos e métodos de tratamento,
• deve possuir a habilidade de trabalhar eficientemente com sua equipe e
com o corpo clinico.
40. • Auxiliares de enfermagem bem treinados e motivados contribuem
para a manutenção de um bom padrão de atendimento.
• É altamente desejável que a equipe de enfermagem se
dedique inteiramente aos pacientes.
41. • Outros profissionais, além da
enfermagem, participam do
atendimentoe as
são então divididas
e pratica
terapêutica
na
responsabilidad
es procura-se
uma
unidade.
• Os papeis de cada um se reveste de
igual importância, como objetivo
central a recuperação do paciente e a
prevenção de danos.
• Os grupos precisam trabalhar
em cooperação e dirigir suas ações
para as necessidades, compartilhando
objetivos e programas que propiciem
uma abordagem unificada.
• As atividades desenvolvidas na UTI
exigem um espírito de equipe,
comunicações claras, respeito
mútuo, confiança e compreensão
entre os grupos de trabalho
42. RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM
• Obter os dados, preliminares do paciente e estabelecer prioridades;
• Relacionar os pertences (paciente);
• Prover o paciente (roupas adequadas);
• Prestar os primeiros cuidados: verificar SSVV, monitorização,
oxigenoterapia, cateterismo vesical, eletrocardiograma (ECG), administrar
a medicação prescrita, colher material para exames de laboratório, etc.;
• Orientar o paciente, (finalidade da UTI);
• Orientar a família, (sobre a rotina da UTI: horário de visita, duração da
visita e sobre obtenção de informações sobre o estado do paciente);
• Fazer o exame físico do paciente e elaborar o plano de cuidados
baseados em suas necessidades físicas e psicológicas, patologia e
prescrição médica, a qual sofrerá alterações de acordo com a
evolução.
43. DEVERES DO PESSOAL DE ENFERMAGEM
• Receber o plantão;
• Verificar condições de uso de material e
equipamento;
• Estabelecer prioridades para atendimento ao
paciente;
• Prestar cuidados de enfermagem;
• Controlar SSVV, entradas de soro, alimentação,
diurese, drenos, e outros. Anotar em impresso
apropriado;
• Fazer anotações no que se refere aos
cuidados e observações feitas ao paciente;
• Assistir o médico no tratamento e exames do
paciente;
• Cumprir e fazer cumprir normas, regulamentos e
44. CUIDADOS DIÁRIOS (DEPENDENDO DA
PATOLOGIA)
• Verificar sinais vitais e o balanço hídrico, (de hora em
hora);
• Desobstruir as vias aéreas, (através da aspiração oro e
nasotraqueal e estimulá-lo a tossir);
• Trocar o curativo, (diariamente e sempre que
necessário);
• Manter constantemente a nebulização, (com água
destilada, no caso de intubados ou
traqueostomizados);
• Mobilizar o paciente no leito, (prevenindo posições
viciosas e ulceras de decúbito);
• Controlar rigorosamente, o gotejamento dos soros;
• Observar constantemente o ritmo e a frequência
cardíaca no
monitor;
• O paciente em coma mantê-lo com os olhos
fechados e cobertos com gaze umedecida em
soro fisiológico;
45. ÉTICA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM
UTI
• São as seguintes as regras éticas a serem observadas pelo profissional de
enfermagem:
• Não se ausentar do leito sem substituto, (presença imprescindível para uma vida);
• A vigilância ao paciente é contínua, (qualquer descuido ou atraso, pode ser FATAL);
• Receber o paciente, com respeito e atenção, (é um ser humano intensamente
abalado);
• Não discutir, nem comentar fatos junto aos doentes;
• Cumprir as determinações, com precisão e pontualidade, (a enfermagem é preciso
membro da
equipe da UTI);
• Não levar problemas da UTI, para outros setores, (as ocorrências da unidade
poderão ser mal interpretadas);
• Respeitar a hierarquia funcional;
• Cultivar eficiência e disciplina;
• Criar e manter o elevado espírito de equipe;
• Participar ativamente de cursos e treinamentos.
46. NECESSIDADES ADICIONAIS DE UMA UTI
• laboratórios
• serviço radiológico
• próprio fisioterapeuta.
• um técnicoem ventiladores
e outros
equipamentos,
• uma secretária,
• pessoal administrativo,
• Serviço de limpeza e
serviços gerais.
48. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE
ENFERMAGEM NA UTI:
• a) Entubação endotraqueal:
• Assegurar uma via aérea livre e ventilação adequada, com
respiração espontânea ou por ventilação mecânica.
• O paciente pode necessitar de entubação por uma ou mais das
seguintes razões:
• Manutenção de oxigenação adequada;
• Proteção das vias respiratórias;
• Acesso para aspiração das secreções pulmonares;
• Conexão a um ventilador mecânico.
• A entubação pode ser por via nasal ou oral: nasotraqueal ou oro-
traqueal.
49. • Paciente agitado pode ser usado medicação com finalidade de
relaxamento muscular e sedação,
• o nível de consciência e a estabilidade dos SSVV determinam se a
sedação deve ser leve ou forte
• - Quelicin 500mg, 1 frasco diluído em 10ml (1ml/50mg) EV;
• - Diazepínicos – 10 a 20mg EV;
• - Midazolan - Dormonid 15mg.
50. • Providenciar o material necessário para entubação:
• Cânulas endotraqueais, geralmente para o adulto, o diâmetro indicado é
7,5mm a 9mm, testar o balão;
• Laringoscópio – conjunto de cabo com lâminas retas e curvas, (testar a
lâmpada);
• Intermediário;
• Ambú;
• Cadarço para fixação;
• Seringa 10 ml, para inflar o balonete (cuff), (5 a 8 ml);
• Luvas estéreis;
• Gaze;
• Estetoscópio;
• Fio guia;
• Xylocaína gel e spray, (para anestesiar a faringe e lubrificar a cânula);
• Cânula de Guedel, para evitar que o paciente morda o tubo, facilitar a higiene
oral e a aspiração de secreção acumula na cavidade orofaríngea, usar n.º
0 ao 5 .
51.
52. Assistência de enfermagem ao paciente
entubado:
• Carro de emergência com o material necessário completo,
• Se o paciente estiver consciente, fazer o preparo psicológico,
• Aspirar orofaringe se necessário, retirar prótese dentaria;
• Posicionar o paciente, fazer hiperextensão com a cabeça
afastando da cartilagem cricóide, facilitando a entubação;
• Insuflação do cuff o suficiente para não escapar ar entre o tubo e a
traqueia;
• Fixar cânula endotraqueal com cadarço, antes colocando a
cânula de Guedel;
• Observar e marcar o tubo na parte superior para controle de possível
deslocamento do mesmo (anotar o numero da cânula utilizada e o
número fixado);
• Desinsuflar o cuff rigorosamente 5 minutos de 4/4 horas, para
evitar ulceração traqueal;
• Trocar diariamente a fixação da cânula, observando sinais de
ulceração no ângulo da boca;
• Paciente consciente (entubado) fazer comunicação (escrita -
mímica), explicar que ele não pode falar, acalma-lo, induzir
segurança, pois o tubo é incomodo;
53. • Fazer higiene oral para evitar ressecamento e mau hálito, lubrificando
lábios para não formar crostas;
• Normalmente ao recobrar a consciência tenta retirar o tubo, tentar
orienta- lo não sendo possível restringir no leito;
• Paciente entubado, agitado com sudorese, com alteração
frequência cardíaca é sinal de hipóxia por obstrução
parcial da cânula;
• Na extubação, orientar para tossir e expectorar secreção antes de
retirar a cânula, aspirar oro e nasofaringe, esvaziar o cuff, aspirar
o tubo endotraqueal, o médico responsável retira a cânula;
• Tempo máximo de permanência com a cânula é de 5 a 7 dias, após
deverá ser feito traqueotomia;
54. Complicaçõe
s:
• Broncoespasmo;
• Traumatismo pelo laringoscópio (quebra de dentes,
lacerações em lábios, boca, mucosas da faringe e
laringe);
• Vômitos e broncoaspiração de sangue no
momento da entubação, aplicação anestésico;
• Refluxo vagal com arritmia e parada cardíaca em
bradicardia externa por estimulação mecânica da
traqueia;
• Lesões na faringe;
• Infecções;
• Oclusão da cânula com secreção;
• Estenose de traqueia.
55. Traqueostomia
• casos em que a obtenção de via não pode ser conseguida
através do tubo oro ou nasotraqueal, as causas principais são:
• Insuficiência respiratória obstrutiva por corpos estranhos em
via aérea alta (traumatismos, infecções, neoplasia, disfunção
da laringe);
• Quando há intolerância do tubo endotraqueal pelo paciente;
• Após laringectomia;
• Edema de glote;
• Secreções impossíveis de serem bem aspiradas através
do tubo traqueal;
• Necessidade de diminuir o espaço morto;
• Previsão de manutenção da prótese respiratória por
período prolongado;
• Paciente neurológico que necessitam de via aérea artificial
livre;
• Pacientes com ventilação mecânica prolongada.
56. Vantagens da traqueostomia
• Sempre que possível, deve ser um procedimento eletivo e
realizado no C.C., ou realizada em condições assépticas,
com avental e campos cirúrgicos.
• A traqueotomia oferece, maior conforto para o paciente, menor
risco de deslocamento do tubo, maior facilidade de limpeza das
vias aéreas.
57. Material
:
• Providenciar caixa cirúrgica de material para traqueostomia;
• Bisturi lamina 22(pele) e 12(abertura da traqueia);
• Cânula de traqueostomia de acordo com a característica física do
paciente,
• Seringa de 10ml para infiltração de anestésico;
• Seringa de 20ml para insuflação do cuff;
• Campos (simples e fenestrado), luvas estéril;
• Fios cirúrgicos (algodão);
• Aventais, gorros e mascaras;
• Xylocaína 2% s/v;
• Seringa e agulhas;
• Antissépticos;
• Gazes;
• Foco refletor;
• Sistema de aspiração;
• Bisturi elétrico.
58. Preparação do
paciente:
A região cervical anterior deve ficar exposta ao máximo,
com o auxilio de um coxim sob os ombros do paciente, na
altura das escapulas,
para manter a cabeça e pescoço em
hiperextensão. A cabeceira do leito deve ser
elevada a 20 graus
59.
60.
61. Complicações da traqueostomia
• Infecção;
• Hemorragia;
• Hematoma;
• Lesão de tireóide paratireóide, lesão grandes vasos;
• Traqueia: infecção, estenose, necrose, ulceração, perfuração,
fistula;
• Broncopneumonia;
• Lesão de pleura pneumotórax, enfisema subcutâneo.
• Deslocamento da cânula;
• Obstrução da cânula por secreção;
62.
63. Assistência de enfermagem na traqueostomia:
• Preparar todo material essencial para a
traqueostomia;
• Orientar psicologicamente o paciente (consciente)
quanto a finalidade, perda de voz, etc,.
• Colocar em decúbito dorsal com um coxim sub-
cervical para expor o campo;
• Assistir o médico, no ato cirúrgico, o que for
necessário;
• O índice de contaminação de traqueostomia é
alto, portanto ter o máximo rigor de assepsia;
• Aspiração com técnica rigorosa, sempre que
necessário;
• Curativo diariamente e quando necessário no
início o discreto sangramento é normal;
64. • A primeira troca de cânula deve ser realizada de 7 a
10 dias após a realização da traqueostomia, com toda
a máxima assepsia (colocar data).
• As trocas subsequentes vão depender da quantidade e
do tipo de secreção apresentada pelo paciente;
• Desinsuflar cuff de 4/4horas por um período 3 a 5
minutos, antes com aspiração da oro e nasofaringe para
evitar refluxo, observando sinais precoce de hipóxia;
• Observar o aspecto do líquido aspirado.
• Caso contenha alimento, mudar a cânula (o balão cuff)
pode ser herniado;
• Colher material para cultura caso haja infecção
pulmonar e dentro da cânula;
• Cuidados com a cânula, quando metálica lavar a cânula
interna sempre que necessário, quando plástica cuidados
com o balão;
• Observar fixação da cânula com cadarço e evitar: a
movimentação da mesma e a compressão exagerada da
região cervical(traumatismo);
• Comunicação paciente (escrita-mímica),
tamponamento orifício cânula com gazes estéreis
(consegue falar);
• Observar enfisema subcutâneo.
65. Aspiração de secreções
• A aspiração de secreções das
vias aéreas é suficiente
nos casos mais simples
para resolver as
insuficiências respiratórias do
tipo obstrutivo por acúmulo de
secreção, pode ser feita em
três situações:
• pacientes traqueostomizados,
• com entubação naso ou
oro- traqueal
• quando não há uma via
artificial para eliminação de
66. Material para aspiração
• Preparar o material:
• um frasco de vidro para coletar
secreção e uma extensão de
látex,
• sonda de aspiração de
vários tamanhos (nº14
ou 12),
• gazes esterilizadas,
• luvas (estéreis),
• soro para lavar a sonda
(dois frascos com água
destilada, identificados um
para sonda orofaringe e
outro para lavar a sonda
67. Técnica de aspiração
• Colocar a luva apenas na mão direita;
• Segura com esta mão a sonda de aspiração;
• Introduzir ou retirar a sonda do orifício traqueal, sem aspirar;
• Aspiração deve ser feita fazendo movimentos giratórios para
não traumatizar a traqueia, cada sucção deverá durar de 3 a 5
segundos.
• O tempo de aspiração não deve ser superior a 30 segundos cada
vez,
exceto em casos do paciente apresentar grande quantidade de
secreções (em caso de cianose suspender imediatamente a
aspiração);
• Quando o nível do líquido drenado alcançar mais da metade do
frasco
coletor, este deve ser esvaziado e limpo. O frasco muito cheio
dificultará a sucção (redução vácuo);
• Guiar a sonda para o brônquio esquerdo ou direito
movimentando a cabeça;
• Não aspirar seguidamente;
• Oxigenar o paciente;
• Usar sondas separadas para orofaringe e traqueia;
• Observar durante a aspiração a presença de cianose, taquicardia,
68. Complicações e
riscos:
• Observar durante a aspiração
a presença de cianose,
taquicardia, agitação,
arritmias;
• Traumatismo de mucosa,
podendo levar a infecção e
estenose;
• Contaminação (infecção).
69. Uso do ambú: unidade manual de respiração artificial (Artificial Manual
Breathing Unit)
• Empregado nos casos em que a
necessidade de ventilação for de curta
duração, como transporte de pacientes
ou
etapa na instalação dos
respiradores mecânicos;
• Liberar vias aéreas, (com a
hiperextensão
do pescoço e deslocamento da
mandíbula para frente, a obstrução
pode ser aliviada);
• Retirar prótese, (se houver vomito, a
cabeça do paciente deve ser virada
para o lado e a boca aspirada);
• Restabelecimento da respiração;
• A máscara acoplada ao ambú, com a
administração de oxigênio a 100% (15
L/min.), é aplicada sobre a face do