2. • Modo de produção que surge na Idade Moderna. Teve base nas propostas liberais,
difundidas pelo mundo a partir das Revoluções Industrial e Francesa.
• Não deve ser analisado somente pelo viés econômico, mas também como modelo de
organização social (a partir da formação das classes sociais e de suas desigualdades).
• Tem como características básicas a defesa da propriedade privada, a busca pelo lucro, o
livre mercado e a intensa industrialização.
• As principais críticas relacionadas a esse sistema referem-se à intensa exploração
sofrida pelos traba-lhadores, à reprodução das desigualdades sociais, à defesa do
consumismo como ideal de felicidade e à transformação dos elementos essenciais das
relações sociais em mercadorias.
CAPITALISMO
3. A Cepal e a construção de um pensamento
desenvolvimentista para a América Latina
• A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe
(Cepal) foi criada em 1948 como um órgão da ONU para
elaborar estudos voltados para o desenvolvimento da América
Latina.
• Entre seus principais pesquisadores estiveram os brasileiros
Celso Furtado e Fernando Henrique Cardoso, o argentino Raul
Prebisch e o chileno Enzo Faletto.
• Dos debates realizados surgiram teorias sobre o chamado
subdesenvolvimento do continente e os possíveis caminhos
para sua superação.
• Atualmente, a Cepal busca trabalhar a construção de um
desenvolvimento sustentável para o continente latino-
americano.
4. TEORIAS PRODUZIDAS PELA CEPAL
Teoria do subdesenvolvimento: pensada a partir do
antagonismo entre os “países centrais” (caracterizados pelo
intenso desenvolvimento industrial) e os “países
periféricos” (nações subdesenvolvidas), caracterizado pelo
comportamento ativo dos primeiros frente a passividade dos
segundos no contexto das dinâmicas econômicas globais.
Teoria da dependência: baseada nos princípios da teoria do
subdesenvolvimento, buscava ampliar a visão desta,
agregando a noção de imperialismo a partir da dependência
que os países periféricos tinham em relação aos países
centrais. O atraso tecnológico e a ausência de poder nas
relações comerciais por parte dos países periféricos
reforçavam esta dependência. A teoria afirmava também que
a dominação não era exercida apenas por grupos externos,
mas também por elites locais, que colaboravam na
reprodução da exclusão das classes populares.
5. Globalização e desenvolvimento
• A consolidação do modelo neoliberal a partir do início da década de
1980 acarretou também a implementação do “Estado Mínimo”.
• Algumas de suas características são: o aumento das privatizações de
empresas estatais, a redução dos gastos públicos e o fortalecimento das
instituições financeiras em detrimento das instituições da sociedade
civil (como, por exemplo, o enfraquecimento da atuação de sindicatos).
• Durante todo o período de auge do modelo neoliberal as tendências
desenvolvimentistas foram sendo substituídas por políticas de caráter
“global” (como oposição às de desenvolvimento a partir do Estado
nacional).
• Com as sucessivas crises do neoliberalismo pelo mundo durante todo
o início do século XXI, as teorias desenvolvimentistas voltaram a ser
pensadas. A partir do viés dos grupos excluídos pela globalização em
curso, tem-se tentado estimular a geração de empregos (principalmente
para os jovens) e consolidar os direitos das minorias sociais até então
marginalizadas.