1. Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes infecciosos (20-300 ηm de
diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de ácido
nucléico(DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla. Os ácidos
nucléicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório protéico formado
por uma ou váriasproteínas, o qual pode ainda ser revestido por um
complexo envelope formado por uma bicamada lipídica.
[1][2]
As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos
vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de
resolução dosmicroscópios ópticos, sendo mais comum para a visualização o uso
de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se comparados a células, e não são
consideradosorganismos, pois não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo
o potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia metabólica.
Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de células para se
multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de
crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm:
aminoácidos e nucleotídeos; maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia
metabólica (ATP
Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes.
[1][2]
Porém, uma vez dentro da célula, a
capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em
poucas horas, milhares de novos vírus. Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos
os domínios (Eukarya, Archaea e Bacteria). Desta maneira, os vírus representam a maior
diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais
juntos.
–A origem dos vírus
A origem dos vírus não é inteiramente clara, e provavelmente, esta seja tão complexa quanto
a origem da vida.
[1]
Porém, foram propostas algumas hipóteses:
Evolução química: Os vírus podem representar micróbios extremamente reduzidos,
formas primordiais de vida que apareceram separadamente na sopa primordial que deu
origem às primeiras células. Com base nisto as diferentes variedades de vírus teriam tido
origens diversas e independentes. No entanto, esta hipótese tem pouca aceitação.
Evolução retrógrada: Os vírus teríam se originado a partir de microrganismos parasitas
intracelulares que ao longo do tempo perderam partes do genoma responsáveis pela
codificação de proteínas envolvidas em processos metabólicos essenciais, mantendo-se
apenas os genes que garantiriam aos vírus sua identidade e capacidade de replicação.
DNA auto-replicante: Os vírus originaram-se a partir de sequências de DNA auto-
replicantes (plasmídeos e transposons) que assumiram uma função parasita para
sobreviverem na natureza.
Origem celular: Os vírus podem ser derivados de componentes de células de seus
próprios hospedeiros que se tornaram autônomos, comportando-se como genes que
passaram a existir independentemente da célula. Algumas regiões do genoma de certos
vírus assemelham-se a sequências de genes celulares que codificam proteínas funcionais.
Esta hipótese é apontada como a mais provável para explicar a origem dos vírus