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 Nasceu em Atenas, Grécia;
 Abandonou a preocupação com o mundo físico
(natureza) e passou a preocupar-se com questões
metafísicas, ou seja, que vão além do mundo
físico, como bom, belo, justiça, virtude, coragem,
etc.;
 Nada escreveu e, de seus ensinamentos, temos
conhecimento através dos diálogos de Platão,
principalmente;
 Foi mestre de Platão;
 Seus métodos de ensino consistiam na ironia
(pergunta) e maiêutica (dar a luz as ideias);
 Conversava com as pessoas em praça pública e
nada cobrava para ensinar;
 Incomodou muita gente em sua época,
principalmente os sofistas, pois estes
acreditavam ser impossível conhecer a verdade e
cobravam muito caro para ensinar;
 Foi considerado pelo Oráculo de Delfos o
homem mais sábio de Atenas;
 Apesar de ter sido considerado o homem mais
sábio, humildemente dizia: “só sei que nada sei”;
 Admitia a própria ignorância sobre
determinados assuntos para, então, adquirir um
conhecimento verdadeiro;
 Foi condenado à morte, acusado de corromper a
juventude ateniense através de seus
ensinamentos;
 E foi, também, acusado de ateísmo e de zombar
da quantidade e da personificação dos deuses
(antropomorfismo dos deuses).
Quem eram? O que faziam?
 A palavra sofista, em grego, significa sábio.
Portanto, os sofistas eram grandes sábios de sua
época;
 Acreditavam que era impossível conhecer a
verdade sobre as coisas e o mundo;
 Por isso, podemos dizer que eram rivais de
Sócrates;
 Cobravam muito caro para ensinar o discurso
(ou oratória) e a retórica (a arte de se comunicar
de forma eficaz e persuasiva);
 Tinham a habilidade de transformar um
argumento fraco em forte;
 Por tudo isso, podem ser considerados os
primeiros advogados do mundo.
Um dos mais importantes e influentes
sofistas, ele dizia que:
“O homem é a medida de todas as coisas, das
coisas que são, enquanto são, e das coisas que não
são, enquanto não são”.
O que ele quis dizer com isso?
Que a verdade é relativa, ou seja, vai
depender do ponto de vista de cada um. O que é
correto para uma pessoa, por exemplo, pode não
ser para outra.
Sofista que acreditava que a persuasão era
essencial aos homens. Dizia que:
“Nada existe que possa ser conhecido; se
pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado,
se pudesse ser comunicado não poderia ser
compreendido”.
Portanto, o homem não pode conhecer
verdadeiramente nada.
Sócrates tinha enorme compromisso com a
verdade, se preocupava em encontrar um conceito
que fosse universal, ou seja, que valesse para todas
as pessoas em qualquer parte do tempo e do
espaço. A universalidade é, na verdade, uma das
grandes características da Filosofia.
Porém, os sofistas eram considerados
relativistas, ou seja, para eles não existia uma
verdade universal que pudesse ser conhecida.
Tudo, na verdade, não passa de opinião ou da
conveniência do mais forte.
 Considerado um dos clássicos da Filosofia;
 Foi discípulo de Sócrates;
 Todas as suas obras (livros) são em forma de
diálogos;
 Sua doutrina principal é das ideias, também
conhecida como mundo das ideias ou teoria
das formas;
 As ideias são entidades imutáveis e eternas do
pensamento e servem para explicar a aquisição
dos conceitos e significados das palavras.
Para ele, os sentidos revelam como as coisas
são múltiplas e estão sempre mudando. Porém, a
razão revela a unidade e a permanência das coisas.
A ideia (forma) é o objeto próprio do conhecimento
intelectual; é a realidade metafísica, necessária e
universal, que ultrapassa o mundo das coisas
sensíveis, que são particulares e contingentes, ou
seja, não necessárias.
Assim, para Platão, o mundo sensível consiste
na aparência das coisas e é objeto da opinião (doxa).
Enquanto que o mundo das ideias, a verdadeira
realidade, é objeto da razão, do conhecimento
racional e científico (episteme).
No livro A República, o filósofo apresenta sua
teoria das ideias e dá o seu conceito de Justiça,
baseando-se na cidade (pólis) imaginária que ele
cria. A célebre Alegoria (Mito) da Caverna também
é apresentada neste livro e é a base da filosofia
prática platônica.
A pólis platônica
O Conceito de Justiça
Afinal, o que é a justiça?
Para explicar este conceito, Platão cria
uma cidade (pólis) ideal (imaginária),
divide-a em setores e distribui funções para
cada setor.
Portanto, diz Platão, justiça é dar a
cada um o que lhe é devido. É a cidade
funcionando de forma perfeita com os
setores interligados em harmonia.
A Teoria das Ideias
O Mito da Caverna
 Era biólogo;
 Não era de Atenas;
 Foi discípulo de Platão;
 Estudou durante 20 anos na Academia de
Platão, mas discordou do mestre;
 Para ele, o mundo das ideias não corresponde à
verdade;
 Acusado de infidelidade ao mestre, declarou:
“amigo de Platão, mas mais amigo da
verdade”.
Acreditava na existência de um motor
imóvel, ou seja, aquele que move tudo e todos, mas
que não precisa ser movimentado. Mais tarde, esta
ideia foi usada por São Tomás de Aquino como um
argumento da prova da existência de Deus.
Para Aristóteles, matéria e forma estão juntas
nos indivíduos, não separados, como propôs
Platão. Não existe, por exemplo, O cavalo, mas este
cavalo, aquele, etc.
Dessa forma, ele cataloga três distinções sobre
os seres:
ESSÊNCIA ACIDENTE
É tudo aquilo que faz com
a que a coisa (o ser) seja o
que é. Por exemplo: a nossa
forma humana. Ela não
muda, é a mesma para
todos.
São as características
variáveis e mutáveis do
ser. Por exemplo: existem
pessoas de cabelo
comprido, curto, barba
longa, pele clara, escura,
etc.
NECESSIDADE CONTINGÊNCIA
As características
essenciais são necessárias,
ou seja, não podem deixar
de existir, caso contrário, a
própria coisa (o ser)
deixará de existir.
Por exemplo:
Sócrates é necessariamente
homem (humano)...
As características
contingentes são as
variáveis e mutáveis, ou
seja, os acidentes.
... mas é contingentemente
calvo (careca).
ATO POTÊNCIA
Uma coisa pode ser una...
Uma coisa, em ato, será ela
mesma.
Por exemplo:
A semente é, em ato,
semente...
A árvore, em ato, é árvore,
mas...
...e múltipla.
...mas ela contém a
árvore em potência.
...pode ser lenha em
potência.
Afresco pintado por Rafael Sanzio, representa a Academia
de Platão. Foi pintada entre 1509 e 1510 na Stanza della
Segnatura sob encomenda do Vaticano.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance
da história da filosofia. São Paulo (SP):
Companhia das Letras, 1995. 555p.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da
filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 10.
ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 298 p.
SANZIO, Rafael. A Escola de Atenas. Afresco.
1509-1510.

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2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles

  • 1.
  • 2.  Nasceu em Atenas, Grécia;  Abandonou a preocupação com o mundo físico (natureza) e passou a preocupar-se com questões metafísicas, ou seja, que vão além do mundo físico, como bom, belo, justiça, virtude, coragem, etc.;  Nada escreveu e, de seus ensinamentos, temos conhecimento através dos diálogos de Platão, principalmente;  Foi mestre de Platão;
  • 3.  Seus métodos de ensino consistiam na ironia (pergunta) e maiêutica (dar a luz as ideias);  Conversava com as pessoas em praça pública e nada cobrava para ensinar;  Incomodou muita gente em sua época, principalmente os sofistas, pois estes acreditavam ser impossível conhecer a verdade e cobravam muito caro para ensinar;  Foi considerado pelo Oráculo de Delfos o homem mais sábio de Atenas;
  • 4.  Apesar de ter sido considerado o homem mais sábio, humildemente dizia: “só sei que nada sei”;  Admitia a própria ignorância sobre determinados assuntos para, então, adquirir um conhecimento verdadeiro;  Foi condenado à morte, acusado de corromper a juventude ateniense através de seus ensinamentos;  E foi, também, acusado de ateísmo e de zombar da quantidade e da personificação dos deuses (antropomorfismo dos deuses).
  • 5. Quem eram? O que faziam?  A palavra sofista, em grego, significa sábio. Portanto, os sofistas eram grandes sábios de sua época;  Acreditavam que era impossível conhecer a verdade sobre as coisas e o mundo;  Por isso, podemos dizer que eram rivais de Sócrates;
  • 6.  Cobravam muito caro para ensinar o discurso (ou oratória) e a retórica (a arte de se comunicar de forma eficaz e persuasiva);  Tinham a habilidade de transformar um argumento fraco em forte;  Por tudo isso, podem ser considerados os primeiros advogados do mundo.
  • 7. Um dos mais importantes e influentes sofistas, ele dizia que:
  • 8. “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, e das coisas que não são, enquanto não são”. O que ele quis dizer com isso? Que a verdade é relativa, ou seja, vai depender do ponto de vista de cada um. O que é correto para uma pessoa, por exemplo, pode não ser para outra.
  • 9. Sofista que acreditava que a persuasão era essencial aos homens. Dizia que:
  • 10. “Nada existe que possa ser conhecido; se pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado, se pudesse ser comunicado não poderia ser compreendido”. Portanto, o homem não pode conhecer verdadeiramente nada.
  • 11. Sócrates tinha enorme compromisso com a verdade, se preocupava em encontrar um conceito que fosse universal, ou seja, que valesse para todas as pessoas em qualquer parte do tempo e do espaço. A universalidade é, na verdade, uma das grandes características da Filosofia. Porém, os sofistas eram considerados relativistas, ou seja, para eles não existia uma verdade universal que pudesse ser conhecida. Tudo, na verdade, não passa de opinião ou da conveniência do mais forte.
  • 12.
  • 13.  Considerado um dos clássicos da Filosofia;  Foi discípulo de Sócrates;  Todas as suas obras (livros) são em forma de diálogos;  Sua doutrina principal é das ideias, também conhecida como mundo das ideias ou teoria das formas;  As ideias são entidades imutáveis e eternas do pensamento e servem para explicar a aquisição dos conceitos e significados das palavras.
  • 14. Para ele, os sentidos revelam como as coisas são múltiplas e estão sempre mudando. Porém, a razão revela a unidade e a permanência das coisas. A ideia (forma) é o objeto próprio do conhecimento intelectual; é a realidade metafísica, necessária e universal, que ultrapassa o mundo das coisas sensíveis, que são particulares e contingentes, ou seja, não necessárias.
  • 15. Assim, para Platão, o mundo sensível consiste na aparência das coisas e é objeto da opinião (doxa). Enquanto que o mundo das ideias, a verdadeira realidade, é objeto da razão, do conhecimento racional e científico (episteme). No livro A República, o filósofo apresenta sua teoria das ideias e dá o seu conceito de Justiça, baseando-se na cidade (pólis) imaginária que ele cria. A célebre Alegoria (Mito) da Caverna também é apresentada neste livro e é a base da filosofia prática platônica.
  • 17. O Conceito de Justiça Afinal, o que é a justiça? Para explicar este conceito, Platão cria uma cidade (pólis) ideal (imaginária), divide-a em setores e distribui funções para cada setor. Portanto, diz Platão, justiça é dar a cada um o que lhe é devido. É a cidade funcionando de forma perfeita com os setores interligados em harmonia.
  • 18. A Teoria das Ideias
  • 19. O Mito da Caverna
  • 20.
  • 21.  Era biólogo;  Não era de Atenas;  Foi discípulo de Platão;  Estudou durante 20 anos na Academia de Platão, mas discordou do mestre;  Para ele, o mundo das ideias não corresponde à verdade;  Acusado de infidelidade ao mestre, declarou: “amigo de Platão, mas mais amigo da verdade”.
  • 22. Acreditava na existência de um motor imóvel, ou seja, aquele que move tudo e todos, mas que não precisa ser movimentado. Mais tarde, esta ideia foi usada por São Tomás de Aquino como um argumento da prova da existência de Deus. Para Aristóteles, matéria e forma estão juntas nos indivíduos, não separados, como propôs Platão. Não existe, por exemplo, O cavalo, mas este cavalo, aquele, etc. Dessa forma, ele cataloga três distinções sobre os seres:
  • 23. ESSÊNCIA ACIDENTE É tudo aquilo que faz com a que a coisa (o ser) seja o que é. Por exemplo: a nossa forma humana. Ela não muda, é a mesma para todos. São as características variáveis e mutáveis do ser. Por exemplo: existem pessoas de cabelo comprido, curto, barba longa, pele clara, escura, etc.
  • 24. NECESSIDADE CONTINGÊNCIA As características essenciais são necessárias, ou seja, não podem deixar de existir, caso contrário, a própria coisa (o ser) deixará de existir. Por exemplo: Sócrates é necessariamente homem (humano)... As características contingentes são as variáveis e mutáveis, ou seja, os acidentes. ... mas é contingentemente calvo (careca).
  • 25. ATO POTÊNCIA Uma coisa pode ser una... Uma coisa, em ato, será ela mesma. Por exemplo: A semente é, em ato, semente... A árvore, em ato, é árvore, mas... ...e múltipla. ...mas ela contém a árvore em potência. ...pode ser lenha em potência.
  • 26. Afresco pintado por Rafael Sanzio, representa a Academia de Platão. Foi pintada entre 1509 e 1510 na Stanza della Segnatura sob encomenda do Vaticano.
  • 27. GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo (SP): Companhia das Letras, 1995. 555p. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 10. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 298 p. SANZIO, Rafael. A Escola de Atenas. Afresco. 1509-1510.