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Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
1
UM POUCO DE GASTRONOMIA NA TEORIA E NA PRÁTICA
PROFA. ROSANA TOLEDO
rftoledo@uol.com.br
“A arte de temperar está em saber fundir o aroma particular de cada um dos temperos
com o sabor geral dos pratos”
Paul Bocuse
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
2
1. Apresentação da Cozinha Profissional
Rosana Toledo1
1.1. Qualificação da Brigada de Cozinha, Normas e Ética da Cozinha Profissional.
Para uma boa dinâmica na cozinha profissional é muito importante observar o seu porte
e respeitar sua hierarquia. A conduta profissional da Brigada de Cozinha2
é primordial para
a organização e fluidez do trabalho.
Além de observar as normas do estabelecimento em que trabalha, o profissional da
cozinha não coleciona apenas técnicas e receitas. O bom cozinheiro utiliza seus cinco
sentidos para transformar o ato de cozinhar em arte culinária.
O bom profissional sabe que é necessário estar sempre aprendendo, experimentando,
corrigindo e principalmente se auto-aperfeiçoando.
O bom profissional é aquele que promove seu próprio crescimento e o crescimento de
toda a equipe em que trabalha. É aquele que trabalha observando a Ética.3
Cada estabelecimento cria e desenvolve suas próprias regras e normas para o bom
desenvolvimento da cozinha, porém existe um consenso nos princípios básicos para manter
a organização da cozinha, seja em seus aspectos físicos, seja em seus aspectos de
organização da brigada de cozinha:
 Limpeza – A cozinha deve ser mantida em ordem e limpa, durante toda a sua
rotina de trabalho. Cada objeto, utensílio ou gênero deve ser mantido no seu
devido lugar e conservado limpo. É importante lembrar que a cozinha representa
um trabalho de equipe e que a limpeza do local de trabalho e a higiene pessoal são
primordiais para a manutenção da saúde daqueles que manipulam e consomem os
alimentos produzidos. Neste sentido existem normas legais dos organismos
oficiais que regulamentam o funcionamento de uma cozinha profissional. Estas
normas serão expostas no capítulo 5.
 Planejamento – Todas as atividades a serem desenvolvidas na cozinha devem ser
planejadas e distribuídas para toda a equipe. O planejamento da cozinha
profissional deve compreender desde a programação de um cardápio, da definição
dos cargos e atividades até a organização da limpeza, da manutenção e do
1
Apostila desenvolvida pela Profa. Rosana Toledo, responsável por disciplinas específicas no Curso Superior
de Tecnologia em Gastronomia.
2
Brigada de cozinha - A Brigada de uma cozinha é formada por um grupo de profissionais, sob comando de
um chefe de cozinha, com o objetivo de preparar as iguarias a serem servidas no restaurante, nos banquetes e
em outros pontos de venda.
3
Ética - Parte da filosofia que aborda os fundamentos da Moral. Moral é o corpo de preceitos e regras que
visa dirigir as ações do homem, segundo a justiça e a equidade natural, princípios da honestidade.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
3
abastecimento. Para a produção das receitas, planejamento significa providenciar,
com antecedência todos os ingredientes, os utensílios e equipamentos necessários.
Se a equipe de trabalho planeja suas atividades, conseqüentemente, o resultado
será harmonia e profissionalismo, isto é, excelência na qualidade das produções
culinárias, respeito mútuo e condições de desenvolver um trabalho cada vez
melhor.
1.2. A Hierarquia da Cozinha Profissional
Para uma melhor compreensão da hierarquia, serão apresentadas as funções de cada
cargo de uma cozinha profissional. Excluindo a função do Chef de Cozinha e Sub-Chefe de
Cozinha, todos os demais chefes são chamados de Chefes de Partida4
.
1.2.1. “Chef” de Cozinha
O “chef” de Cozinha, além de planejar e supervisionar os trabalhos, exerce a
atividade de um cozinheiro. É um cozinheiro que conhece todas as produções clássicas da
cozinha internacional e todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. A presença de um
“Chef” de Cozinha ocorre em restaurantes e hotéis que apresentam cardápios com maior
elaboração.
Funções principais de um “Chef” de Cozinha:
 Planejar, dirigir, supervisionar o trabalho e treinar a brigada de cozinha.
 Planejar menus e cardápios, criar e elaborar receitas e fichas técnicas.5
 Preparar planos de trabalho, escalas de revezamento da brigada de cozinha.
 Assegurar a qualidade na execução dos pratos, como também, supervisionar a qualidade
da apresentação dos mesmos.
 Avaliar as atividades planejadas e executadas em relatórios diários.
 Supervisionar os produtos estocados na cozinha, observando a qualidade de
conservação e necessidades de compra.
 Organizar e “cantar” os pedidos para as diversas praças6
da cozinha.
 Organizar inventários e controles.
1.2.2. 1º Cozinheiro e/ou Sub-chefe
4
Chefe de partida – É o responsável pela manutenção, organização e produção da área da cozinha, na qual é
especializado.
5
Ficha técnica – é uma ficha onde se encontram todas as informações para produção da receita, como também
o seu custo, valores calóricos, tipo de receita e demais informações, conforme a finalidade profissional da
cozinha.
6
Praças – Divisões físicas e de recursos humanos da brigada da cozinha. Ex.: confeitaria, copa, cozinha
central, etc.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
4
É o cozinheiro que conhece todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. Pode
ser o único responsável em pequenas cozinhas e no caso de cozinhas de maior porte e
sofisticação, o 1° cozinheiro, neste caso sub-chefe, assiste diretamente o “Chef” de
Cozinha. No caso de ser o único responsável na cozinha, absorve as funções de um “Chef”
de Cozinha.
Funções principais de Sub-chefe:
 Substituir o “chef”, na sua ausência.
 Dar assistência ao “chef” de cozinha.
 Receber e controlar as mercadorias solicitadas.
 Supervisionar a higiene pessoal da equipe e dos locais de trabalho.
 Supervisionar a qualidade da alimentação dos empregados.
 Preparar a cozinha para o início e encerramento das atividades.
 Responsável pelo controle das produções das praças.
1.2.3. Chefe Garde-Manger
É o cozinheiro especializado em pratos frios: carnes, charcutarias, saladas, mousses,
molhos frios e reaproveitamento dos alimentos cozidos. Responsável pela preparação
inicial dos alimentos, mise-en-place 7
e pela conservação dos alimentos que necessitem de
refrigeração e dos cozidos.
Funções principais de um Chefe Gard-Manger
 Supervisiona e treina sua equipe.
 Prepara a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos de seu setor.
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Escalfar8
pescados que necessitem para o seu processo de conservação.
 Preparar marinados9
, salmouras e molhos emulsionados.
 Preparar ingredientes para recheios.
 Montar saladas, sanduíches, canapés e similares.
 Abrilhantar10
e apresentar pratos frios.
 Montar e decorar mesas de buffet com arranjos de flores, de frutas, etc.
1.2.4. Chefe Rotisseur
7
Mise-in-place – pré-preparo de utensílios e ingredientes para produção dos alimentos e apresentação dos
pratos.
8
Escalfar – termo técnico de método de cocção
9
Marinada – Mistura de temperos e ervas, vinhos, vinagres e azeites para temperar e aromatizar carnes em
geral.
10
Abrilhantar – Técnica de “embelezar” pratos.
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específicas no curso superior de gastronomia
5
É o cozinheiro responsável pela preparação de todos os pratos assados no forno, na
grelha ou na chapa e responsável também pelas frituras.
Funções principais de um Chefe Rotisseur:
 Supervisiona e treina sua equipe.
 Prepara a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos do seu setor.
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Cortar e tornear legumes para fritar ou assar, no caso da ausência do Chefe Legumier.
 Assar carnes no forno, na chapa ou na grelha.
 Assar massas no forno.
 Guisar e brasear11
alimentos.
 Montar e apresentar pratos quentes
1.2.5. Chefe Entremetier
Especializado em legumes e guarnições12
quentes como arroz, cereais, sopas e ovos
e suas derivações, inclusive agri-doces.
Funções principais de um Chefe Entremetier
 Supervisiona e treina sua equipe.
 Prepara a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos do seu setor.
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Cortar e tornear legumes e verduras, no caso da ausência do Chefe Legumier.
 Preparar purês de legumes.
 Cozinhar ovos e suas produções básicas.
 Preparar sopas e guarnições para pratos quentes.
1.2.6. Chefe Saucier
Especializado em molhos quentes, caldos básicos e pratos com carnes, aves ou
peixes, guisados ou braseados, cozidos em molhos.
Funções principais de um Chefe Saucier:
 Supervisiona e treina sua equipe.
 Preparar a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos de seu setor.
11
Guisar e brasear – termos técnicos de métodos de cocção – ver definição em Parte II
12
Guarnição – Alimentos preparados com o objetivo de complementar e adornar o ingrediente principal do
prato.
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Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
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6
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Guisar e brasear alimentos.
 Preparar fundos e caldos13
.
 Cozinhar molhos básicos e derivados
 Preparar molhos emulsionados
 Montar e apresentar pratos quentes
1.2.7. Chefe Patissier
É o chef especializado em produtos de confeitaria. Seu local de trabalho, ou melhor,
sua cozinha é independente das demais praças. Ao chefe Patissier subordina-se o
confeiteiro.
Funções principais de um Chefe Patissier
 Supervisionar e treinar sua equipe.
 Preparar a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos da confeitaria.
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Preparar as massas doces e salgadas para as diversas produções na cozinha e na
confeitaria.
 Modelar, montar e rechear massas.
 Assar massas.
 Preparar recheios, cremes e coberturas de confeitaria.
 Abrilhantar e decorar massas de confeitaria.
 Preparar doces.
 Preparar massa de sorvetes.
 Montar mesa de buffet de sobremesas
 Flambar, fritar e gratinar sobremesas.
 Elaborar e criar receitas doces
1.2.8. Padeiro – Masseiro
É um técnico especializado em massas e produtos de padaria. Sua função existe em
grandes cozinhas e é subordinado ao Chefe Patissier.
Principais funções de um Padeiro:
 Determinar a lista de compras e estocar e conservar os produtos.
 Preparar massas em geral para a cozinha e confeitaria.
 Produzir e rechear massas italianas, pães e pizzas.
 Assar as produções de massas.
13
Fundos e caldos – termo técnico de bases para molhos
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7
1.2.9. Açougueiro – Boucher
É o técnico especializado nas preparações de carnes para o cozimento. Sua função é
subordinada ao Chefe Garde-Manger e ao Chefe Rotisseur.
Principais funções do Boucher:
 Controlar e conservar todas as carnes.
 Limpar, cortar e porcionar as carnes, miúdos, ossos, peixes, moluscos, crustáceos e
aves.
1.2.10. Ajudante de Cozinha
Sua função é acompanhar e dar assistência ao chefe e aos cozinheiros de seu setor.
Desempenha as tarefas mais simples na preparação dos alimentos. Trabalha com supervisão
de seus chefes. Limpa móveis, equipamentos e utensílios e a cozinha.
1.2.11. Aboyeur
Sua função é receber as comandas14
e “cantar” os pedidos para as diversas praças da
cozinha. A saída dos pedidos também se encontra sob seu controle. O aboyeur é
encontrado em cozinhas de grande porte. Para médio e pequeno porte, esta função é
absorvida pelo 1º Cozinheiro ou Chefe de Cozinha.
1.2.12. Tournant
Sua função é de substituir chefes de partida, durante o período de férias, folgas semanais e
doenças.
1.2.13. Copeiro – Lancheiro
É o cozinheiro da copa central de um hotel.
Principais funções do Copeiro:
 Preparar a lista de compras para o setor.
 Estocar e conservar os produtos da copa.
 Preparar o setor para o início e fim dos serviços.
 Cortar frios e charcutarias.
 Preparar conservas de legumes e carnes.
 Preparar sucos e vitaminas, mingaus e mamadeiras.
 Fritar alimentos.
 Preparar sanduíches e aperitivos.
 Preparar molhos emulsionados.
14
Comanda – Ordem de serviço onde são especificados os pedidos dos clientes.
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8
 Cozinhar ovos e derivados.
 Montar pequenas saladas e sobremesas.
 Preparar café, chás e leites, inclusive café da manhã em hotéis.
1.2.14. Peão de Cozinha – Stuart
O Stuart desempenha exclusivamente as atividades de limpeza e lavagem na cozinha. Lava
móveis, equipamentos, utensílios internos de uso da cozinha, copos e utensílios de
apresentação dos pratos. Sua função também inclui a manutenção da limpeza de pisos,
janelas e bancadas.
1.3. Classificação e Organização da Cozinha Profissional
A classificação e a organização da cozinha profissional dependem de vários fatores, como o
tamanho do estabelecimento, a categoria e objetivo do restaurante. Esses fatores irão
influenciar na concepção da cozinha e de suas instalações necessárias, tipo de organização
da cozinha convencional15
ou moderna16
, porte da brigada de cozinha, número de chefes de
partida. A classificação que se segue foi concebida pelo ponto de vista de porte, tamanho da
cozinha profissional. É importante observar que grande porte, não implica melhor
qualidade. A qualidade está nos objetivos e manutenção dos mesmos por parte do
estabelecimento e na escolha de seus profissionais. A apresentação da classificação e
organização da cozinha profissional será através de organogramas.
1.3.1. Cozinha de Pequeno Porte
15
Convencional - Hierarquia e organização clássica francesa.
16
Moderna – Hierarquia e organização simplificada.
Chef de
Cozinha
1º
Cozinheiro
Stuart
1º
Cozinheiro
Garde
Manger
Cozinheiro
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Cozinheiro
Stuart
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específicas no curso superior de gastronomia
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1.3.2. Cozinha de Médio Porte
Chef de Cozinha
1º Cozinheiro
Garde Manger
Cozinheiro
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Confeiteiro
Rotisseur Entremetier Saucier Patissier
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Stuart
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Stuart
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1.3.3. Cozinha de Grande Porte
2. Equipamentos, Móveis e Ferramentas da Cozinha Profissional
2.1. Equipamentos de preparação
São equipamentos manuais ou mecânicos que servem para cortar, bater, ralar etc.
alimentos crus ou cozidos. Os mais utilizados na cozinha moderna são:
2.1.1. Moedor de carne
Manual ou elétrico, tritura e mói todo tipo de alimento mole tipo carnes, legumes
etc. após o uso deve ser lavado imediatamente evitando o ressecamento de resíduos em seu
interior. Não introduzir alimentos duros para o corte.
Chef de Cozinha
Garde Manger
Cozinheiro
Ajudante
Ajudante
Confeiteiro
RotisseurEntremetier Saucier Patissier
Cozinheiro
Boucher
Ajudante
Padeiro
Legumier
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Ajudante
Tournant
Aboyeur
Sub-chefe
1º Cozinheiro
1º Cozinheiroou
ou
Ajudante
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2.1.2. Triturador – Cutter
Transforma em pasta todo tipo de alimento crus ou cozidos. Usado para patês,
mousses de carnes e demais produções pastosas. Deve ser lavado após o uso. Afiar sempre
as facas. Nunca introduzir as mãos sob a tampa ao operá-lo.
2.1.3. Cortador de frios
Máquina elétrica usada para cortar alimentos semi-duros em fatias uniformes.
Funcionam automaticamente ou com a ajuda de um braço movido manualmente. As
lâminas devem sempre estar afiadas. Limpar após o uso.
2.1.4. Descascador de batatas
Pode também ser usado para outros tubérculos e raízes. Possui um disco revestido
por uma lixa. Os produtos são introduzidos com água para o descascamento e lavagem
simultâneos. O interior da máquina, após o uso, de ser lavado com escova.
2.1.5. Cortador de legumes
Corta os legumes em diferentes formas. Apresentam-se em vários tamanhos e existem
alguns tipos elétricos. Deve ser desmontado para a lavagem após o uso.
2.1.6. Batedeira
Usada para misturar ou amassar diferentes alimentos: molhos friso, cremes, massas
de cozinha, pastas, produtos de confeitaria etc. Possui um braço de 3 tipos: batedor é um
conjunto de arames cruzados, misturador tem a forma de pá aberta e amassador, a forma de
um gancho. Lavar após o uso com água e detergente.
2.1.7. Serra mecânica
Usada para cortar ossos e carnes congeladas, permitindo um corte uniforme e reto
(corte americano). Cuidado com as mãos durante o manuseio. Manter sempre limpo após o
uso.
2.1.8. Liquidificador
Tritura e liquidifica os alimentos em alta velocidade. Nunca sobrecarregar com alimentos
duros e em grande quantidade. Lavar o copo superior após o uso. Não introduzir as mãos ou
qualquer objeto auxiliar durante a operação.
2.1.9. Espremedor de frutas
Usado para retirar o suco de frutas cítricas. Existem vários tamanhos e podem ser
manuais ou elétricos. Desmontar para fazer a limpeza correta.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
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2.1.10. Balanças
Mecânica ou eletrônica de alta precisão. Usadas para o controle de mercadorias e
preparação das receitas, devem ser niveladas para o registro exato do peso. Manter sempre
limpas.
Precauções gerais
• Verificar fios e tomadas elétricas se estão em bom estado para evitar curto e choques;
• Montar todas as peças dos equipamentos antes de iniciar o uso;
Nunca introduzir as mãos nas partes móveis durante a operação;
• Evitar roupas que possam se prender nas peças móveis das máquinas durante o uso.
2.2. Equipamentos de Cocção
Princípios Gerais de Funcionamento
São equipamentos em forma de móveis providos de queimadores ou outra fonte de
calor, alimentada a gás, eletricidade, carvão, óleo ou lenha e servem para preparar
alimentos e mantê-los quente.
O calor é transmitido aos alimentos de duas maneiras:
1. Por contato direto ou irradiação de um condutor metálico instalado sobre a fonte de
calor (chapa, grelha, etc.);
2. Por um transmissor auxiliar como água, vapor d‟água, gordura, ar quente etc.
2.2.1. Bloco de Cozinha – Unidade de Cocção
É o conjunto de equipamentos unidos em um só bloco. Localiza-se no centro da área de
trabalho e composto das seguintes partes:
 Fogão Central
É o equipamento mais usado na cozinha. Podem ser elétricos ou a gás. Possuem suporte
sobre os queimadores ou resistência para a sua utilização. Existem tipos que funcionam a
carvão ou a lenha. Deve ser mantido sempre lavado com água e sabão após cada etapa de
trabalho.
 Banho – Maria
Usado para manter quente o alimento sob ação do calor transmitido pela água aquecida.
Pode ser elétrico ou a gás.
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13
 Grelhas e Chapas
Possuem unidades de calor instaladas debaixo das chapas ou grelhas de metal que
aquecidas assam ou frigem os alimentos. Raspar para a limpeza depois de cada uso.
 Fritadeiras
Preparam alimentos fritos em banho de óleo.
 Forno
Usado para assar, estufar, guisar e cozinhar em banho-maria. O calor emitido age sobre
os alimentos de maneira uniforme. A temperatura é regulada por termostato. Podem ser a
gás, lenha, elétrico. Existem fornos a vapor que permitem a operação com vários tipos de
alimentos simultaneamente. Os fornos que não possuem auto-limpante devem ser
desmontados e limpos periodicamente.
 Caldeirão
Usado para preparar alimentos em grande quantidade, em líquido ou vapor. O corpo é
revestido de parede de aço por onde circula o vapor. Dispõe de tampa hermética provida de
válvulas de segurança. Lavar apenas com água e detergente e não usar objetos que
arranhem o seu interior. Deve ser feita a manutenção periódica por pessoal especializado.
 Salamandra
Usada para gratinar os alimentos através da irradiação de calor de um metal quente
sobre os alimentos. Fazer limpeza periódica desmontando as partes móveis.
Precauções
• Há perigo de explosões nos equipamentos a gás. Observar o funcionamento adequado das
chaves de controle de gás;
• Não avivar fogos de carvão ou lenha derramando combustíveis líquidos sobre eles;
• Equipamentos elétricos podem causar curtos ou choques. Pedir manutenção periódica e
observar fios condutores e interruptores de energia elétrica;
• Equipamentos a vapor podem explodir. Certifique-se do bom estado para o
funcionamento e limpeza das válvulas de segurança.
2.2.2. Equipamentos de refrigeração
São móveis ou conjuntos de câmaras ligadas a um sistema de refrigeração e servem
para conservar os alimentos sob a ação do frio. Existem dois tipos principais: geladeiras (de
0 a 12°C) e freezers (abaixo de -18°C ). Composto de 3 partes principais:
1. O compressor ligado a um eletromotor
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
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14
2. O condensador e
3. As serpentinas
O compressor e o condensador são sempre instalados fora dos recintos onde se guardam
os alimentos refrigerados e têm a função de manter a refrigeração no ambiente interno. A
manutenção destes equipamentos deve ser feita por técnicos especializados. Cuidado ao
limpar para não ferir as serpentinas. Observar a temperatura interna dos equipamentos para
a sua utilização adequada. Manter as serpentinas sempre livre de gelo. Abrir somente
quando necessário e o menor tempo possível. Os mais usados são:
 Câmaras Frias
Servem para armazenar alimentos em baixas temperaturas. Possuem câmaras
refrigeradoras e congeladas. Para evitar que o ar externo penetre na câmara é comum
instalar uma antecâmara. Recomenda-se dividi-las em secções isoladas com sua própria
finte de resfriamento. Deve ser localizado o mais longe possível de qualquer fonte de calor.
A limpeza deve ser feita periodicamente com água e sabão após o desligamento completo
do equipamento. Todo o gelo deve ser removido das paredes e serpentinas.
 Geladeiras
Possuem características idênticas às câmaras, porém de tamanho menor e podem se
apresentar como refrigeradores ou congeladores. Devem estar localizadas na área de
conservação dos alimentos e a limpeza deve ser feita se necessário.
 Refrigeradores – Balcão
São dotados de vidros para a exposição de mercadorias com portas escorregadias para
facilitar o serviço.
 Refrigeradores – Mesa
Têm a altura de uma mesa, portas na frente e compartimentos internos para a colocação
de recipientes. Devem ser mantidos limpos.
2.2.3. Móveis de Cozinha
São equipamentos sem funcionamento próprio usado para guardar as mercadorias e
possibilitar a preparação dos alimentos sobre eles. São feitos de diversos materiais e podem
ter prateleiras e gavetas. Os móveis de maior uso são:
 Mesas de trabalho
Tem uma superfície lisa e horizontal montada sobre uma estrutura de base. Podem ser
de aço inoxidável, mármore, madeira e outros materiais. Algumas possuem gavetas para
ferramentas e condimentos. Servem também para a instalação de equipamentos.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
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15
 Prateleiras
Podem estar adaptadas às mesas ou paredes. Estrutura metálica, alvenaria ou madeira.
São muito úteis na cozinha para a colocação de utensílios, gêneros alimentícios etc.
 Balcões
Parecidos com mesas de trabalho, porém possuem equipamentos de conservação tipo
estufa para a utilização em copas e área de garçons.
 Carros-Estantes
São mesas de trabalho e prateleiras providos de rodas para transportar materiais de
cozinha e diversas mercadorias.
Todos os móveis acima mencionados requerem limpeza contínua para o uso apropriado.
A moderna concepção higiênica desaconselha o uso de móveis de madeira.
2.2.4. Recipientes de Cozinha para Cocção
São utensílios que servem para receber os alimentos utilizados na cozinha. Servem para
preparar, esquentar e conservar os alimentos. Podem ser feitos de vários materiais. Os mais
usados são:
 Caçarolas
Usados para a cocção dos alimentos e podem ser de diversos materiais. Variam de
tamanho e formato e podem conter de 2 a 30 litros. Podem ter duas asas ou cônicas com
cabo.
 Caldeirões
Tem forma cilíndrica, duas asas e de maior tamanho que as caçarolas, permitem
preparações de maior quantidade de alimentos, 0 a 100 litros de capacidade.
 Frigideiras
De aço, alumínio ou cobre, base redonda com bordas baixas e servem para a preparação
de diversos alimentos, revestidos ou não de material antiaderente e devem ser
cuidadosamente lavadas.
 Assadeiras
Peças de metal, de base retangular ou ovalar e servem para a utilização em fornos.
Podem servir de banho-maria para pequenas preparações.
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16
Recipientes de Cozinha para Conservação
 Travessas de plástico
Têm a forma de bandejas e são usadas para conservar alimentos sob refrigeração.
 Travessas de inox
 Cestas
De metal ou material plástico servem para armazenar alimentos sob refrigeração que
requerem maior circulação de ar.
 Potes herméticos
2.2.5. Recipientes para Apresentação dos Alimentos
São peças em que se apresentam comestíveis preparados tipo: pratos, taças, tigelas,
travessas, sopeiras, legumeiras, molheiras, panelas de barro, saladeira. Podem ser de
material refratário de vidro ou loca para alimentos quentes e cristais para bebidas e
coquetéis. São eles:
 Pratos
Rasos: em cerâmica ou porcelana para servir iguarias prontas.
Sobremesa: de tamanho menor que os rasos, servem para sobremesas.
Fundos: usados para servir sopas e similares, côncavo com capacidade de ¼ de litro.
Saladas: possuem formatos e tamanhos diversos e usados de acordo com a salada a ser
servida.
 Taças
Em louça, com duas asas, servem alimentos líquidos, quentes ou frios, sobre um pires.
 Sopeiras
Servem para apresentar as sopas antes de servir no prato.
 Travessas
Servem para servir os alimentos à mesa, podem ser de diversos materiais.
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 Panelas de Barro
Usadas para preparar e servir pratos típicos regionais.
 Molheiras
Pequeno utensílio onde se apresentam os molhos frios ou quentes.
 Recipientes Refratários
De várias formas ou tamanhos, em vidro ou louça refratária ao calor, usado para
preparar e servir pratos gratinados, tortas, souflés.
 Taças para Coquetéis
Serve alimentos líquidos tipo coquetel, sobre gelo em recipiente acoplado.
Os utensílios devem ser lavados com água e sabão e esterilizados para o uso. Não
utilizar esponjas de aço.
2.2.6. Ferramentas de Cozinha
Servem para manipular alimentos. Recebem, transportam, medem, coam, cortam,
trituram, armam, picam e afilam os alimentos para a sua preparação. Podem ser de diversos
materiais tais como: metais, fibras, telas, madeiras e outros. Os principais tipos são:
 Garfo de cozinha
Possuem duas pontas finas, retas e paralelas. Servem para virar carnes durante a cocção
e segurar alimentos para serem trinchados.
 Espátula
É um tipo de faca sem fio e servem para panquecas, fritadas e assados na chapa.
 Escumadeira
Serve para retirar espumas e resíduos de cocção.
 Colher de arame
Tem a forma da escumadeira mas são feitas de arame trançado e servem para retirar
comestíveis de líquidos e frituras.
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Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
18
 Coador – Caçarola
Serve para separar produtos fervidos de caldos e água. Serve também para escorrer
alimentos preparados e lavagem de outros crus.
 Coador Chinox
Serve para passar sopas, cremes e molhos.
 Concha
Usada para tirar porções de caldos, molhos, sopas, fundos, guisados e outros alimentos
envolvidos em líquidos.
 Batedor de arame
Feito de arame flexível entrecruzado e serve para bater ovos, cremes e molhos.
 Batedor de bife
Serve para achatar carnes cruas.
 Passador de purê
Serve para tornar em pasta os legumes cozidos e macios.
 Socador
É uma peça de madeira abaulada com cabo e serve para amassar temperos.
 Peneira
Serve para passar farinhas, legumes e carnes cozidas ou para fazer purês e pastas.
 Faca grande de cozinha
Tem lâmina larga e termina em ponta fina. Mede até 35 cm, servem para reduzir em
porções carnes, ossos, aves, peixes, legumes etc.
 Faca para trinchar
Possui 40 cm e serve para cortar peças grandes de carne.
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específicas no curso superior de gastronomia
19
 Faca para açougue
Tem lâmina lisa e fixa e o dorso reforçado para cortes de carnes cruas.
 Faca desossadora
É uma faca pequena com o dorso reforçado, lâmina lisa e pode ser flexível, usada para
desossar carnes cruas.
 Faca para filetear
Tem lamina comprida e estreita e serve para cortar rosbife, frios e carnes finamente,
retirar filés de peixes.
 Faca para legumes e frutas
Podem ser grandes, médias ou pequenas e servem para cortar legumes e frutas em
diferentes formas.
 Faca boleadora
Serve para bolear polpas e frutas e legumes.
 Faca descascadora
Serve para descascar frutas e legumes.
 Mandolim
Retangular, tem lâminas afixadas no centro por onde passam os alimentos para serem
cortados, fileteados etc.
 Cortador de batatas e legumes
Cortar uniformemente legumes e batatas em palito ou quadrado.
 Meia-lua
Tipo de faca com lâmina em meia-lua com dois pegadores laterais para picar legumes e
condimentos.
 Faca de pão
Comprida e larga, semi-flexível, com serras para cortar pães.
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específicas no curso superior de gastronomia
20
 Cortador de Ovos
Serve para cortar ovos cozidos e descascados.
 Machadinha – Cutelo
Servem para picar ossos e separar costelas, possuem lâmina larga e dura com o dorso
reforçado.
 Serra
Lâmina de aço dentado presa a uma armação de metal e serve para cortar ossos e carnes
congeladas.
 Amolador e Afilador
Serve para amolar e afilar facas de cozinha e equipamentos de preparação.
 Agulhas
Usadas para lardear e suturar peças inteiras de carnes, aves e peixes.
 Tesouras
Servem para trinchar aves e peixes pequenos, auxiliar na abertura de embalagens na
cozinha e dividir massas de pães.
 Abridores
Servem para abrirem latas de preparos industrialmente e se apresentam em vários tipos
e tamanho.
Observações gerais
• Essas ferramentas não devem ser expostas ao calor.
• Não lavá-los em água fervente.
• Os instrumentos de corte devem ser usados sobre uma tábua de corte.
• Usar somente ferramentas limpas e livres de oxidação.
• Usar sempre o fusil (chaira) para manter o fio da faca.
• Manusear os instrumentos pontiagudos sempre pelos cabos.
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específicas no curso superior de gastronomia
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Informações Técnicas Culinárias
Os Alimentos e suas aplicações na Gastronomia
1. Informações Técnicas Culinárias
1.1. Métodos de Cocção
São técnicas utilizadas no preparo dos alimentos crus sob a ação de calor. Os
comestíveis são cozidos com a finalidade de torná-los aptos para serem consumidos,
facilitando a digestão, adquirindo sabor especial e melhor apresentação. Existem regras
padronizadas para a cocção dos alimentos que constituem a essência do trabalho do
cozinheiro. Classificam-se de três formas:
 Calor seco – desidratar o alimento – método concentrante
 Calor úmido – hidratar o alimento – método dissolvente
 Calor misto – Concentrar e dissolver o sabor
1.1.1. Calor seco
Usa-se esse método para alimentos tenros, compostos de fibras macias para a rápida
penetração do calor seco, acentuando o sabor devido à cocção simultânea do seu suco
natural. Os métodos clássicos são:
1.1.1.1 Assar ao forno
É um método pelo qual se aplica ar quente nos alimentos. Assar no forno é um
método direto de cocção, sem adição de líquidos. Os alimentos são temperados previamente
com ervas, vinha d‟alhos, sal grosso. Os alimentos podem ser regados com gordura.
As carnes assadas no forno podem apresentar as seguintes características17
:
TIPO DE CARNE COR DO SUCO
TEMPERATURA
INTERNA
GRAU DE
COCÇÃO
VERMELHA VERMELHO ESCURO 45ºC CRUA
VERMELHA VERMELHO 50ºC SANGRENTA
VERMELHA ROSADO 60ºC AO PONTO
VERMELHA CLARO/LÍMPIDO 75ºC BEM-COZIDA
VITELA CLARO/LÍMPIDO 85ºC BEM-COZIDA
PORCO/AVE CLARO/LÍMPIDO 85ºC BEM-COZIDA
17
Tabelas extraídas de – „Teichmann, Ione – Tecnologia Culinária – Editora da Universidade de Caxias do
Sul, 2000, Caxias do Sul, RS
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específicas no curso superior de gastronomia
22
O calor seco pode ser utilizado na cocção de outros alimentos. Conforme a
constituição do alimento e estrutura do ingrediente, existem temperaturas (médias) que são
exigidas para alcançar bons resultados de cozimento e aparência:
1.1.1.2 Assar na chapa ou grelha
Método de cocção, o qual permite o cozimento do alimento, mantendo o seu sabor e
os seus sucos internos. É um método que cozinha rapidamente o ingrediente. A temperatura
inicial é de 220/250ºC, selagem do alimento, continuando com temperaturas mais baixas,
180/200ºC, até ponto desejado.
1.1.1.3 Gratinar
É um método que tem como objetivo irradiar calor sobre a superfície do alimento. A
temperatura é alta, 250ºC a 300ºC. O objetivo é colorir o alimento. Usa-se um equipamento
especial chamado salamandra e a exposição ao calor é muito rápida.
1.1.1.4 Saltear
É um método de cocção rápida do alimento, de pequeno porte, cujo procedimento é
realizado através da fritura do alimento em pouca gordura, com fogo alto, conservando
sabor e textura. O objetivo deste método é colorir e agregar sabores rapidamente. Se o
ingrediente for uma proteína animal, os resíduos formados no fundo da panela (roti) podem
ser utilizados para preparar molhos. O método utilizado para a formação do molho é
chamado de “deglacear o roti”, o qual consiste em agregar água à panela para soltar todos
os resíduos da fritura.
1.1.1.5 Fritar
É o método que consiste em imergir o alimento em gordura quente, formando uma
crosta ao redor de todo o alimento. Nesse método, pode-se utilizar freqüentemente o
empanamento. Existem quatro formas tradicionais de empanamento:
 Empanar a milanesa
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido inteiro e na farinha
de rosca.
 Empanar a dorê
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo e no ovo batido.
 Empanar a Orly
Consiste em cobrir o alimento com uma massa feita de farinha, ovos e líquido
(água, leite, vinho ou cerveja).
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 Empanar a inglesa
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido inteiro e na farinha
feita de pão fresco.
Alimento Temperatura
Massas cruas – roscas, bolinhos 170ºC / 175ºC
Massas cozidas – risoles, croquetes 180ºC / 185ºC
Batatas 150ºC / 190ºC
1.1.1.6 Abafar
Cocção muito rápida do alimento no seu próprio teor de umidade (180ºC).
1.1.1.7 Refogar
Cocção do alimento aquecido em gordura (180ºC)
1.1.1.8 Poêler
Método de cocção que se utiliza o forno, em temperatura moderada, o que permite
um cozimento brando no próprio suco do alimento.
1.1.2. Calor úmido
O objetivo de se utilizar um método de cocção com calor úmido é o de amolecer os
alimentos. Nesse método o vapor de água penetra nas fibras e quebra sua consistência. Os
comestíveis perdem em parte o sabor e o valor nutritivo. As substâncias aromáticas naturais
dos alimentos passam para o líquido. De cozimento, o qual é um importante componente da
produção alimentar.
1.1.2.1 Branquear
Cocção de alimentos delicados, através de líquido quente. O tempo de cocção é de
alguns minutos, o que possibilita firmeza do alimento e seu pré-preparo para congelamento,
conservas e frituras.
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1.1.2.2 Ferver
Consiste em cozinhar o alimento, completamente, mediante aplicação direta do
calor através de líquido em ebulição.
1.1.2.3 À vapor
Consiste em cozer os alimentos rapidamente, com aumento da temperatura do
recipiente de cozimento, através do aumento da pressão interna do mesmo.
1.1.3. Calor misto
O calor misto compreende método de cocção em que é utilizado o calor seco e
úmido, de forma alternada ou em conjunto.
1.1.3.1 Estufar
É um procedimento que se emprega pouco ou nenhum líquido na cocção. O
cozimento é lento (100ºC/120ºC) e se mantém a panela tampada para manter o calor e
impedir a evaporação.
1.1.3.2 Brasear
Serve para grandes peças de carnes. Faz-se como o estufar, com pouco líquido e
cozimento lento.
1.1.3.3 Guisar
É um método de cocção em que se refoga o alimento, mexendo-o sempre. Pode-se
adicionar líquido se necessário, porém o alimento deve se manter úmido, contudo sem
molho. Não usar a panela tampada para guisar um alimento.
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específicas no curso superior de gastronomia
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Produções: Métodos de cocção 1
Receita: Couve * Classificação: Guarnição
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- Couve manteiga 3 folhas
2- Sal QB **
3- Alho 1 dente
4- Cebola 20 GR
5- Bacon 40 GR
6- Óleo 25 ML
Modo de preparo:
1- Lavar e picar a Juliénne fina a couve.
2- Cozinhá-la abafada em uma panela com tampa.
3- Picar bem fino o alho, a cebola e o bacon e fritá-los no óleo.
4- Adicionar a couve, misturando-os bem.
5- Verificar o sal e deixar cozinhar por 5 minutos
OBS:
* Cozimento Abafado
Receita: Bifes de panela * Classificação: Prato principal
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- Bifes pequenos de patinho 2 Unid.
2- Batata 1 Unid.
3- Cebola 1/2 Unid.
4- Tomate 1 Unid.
5- Óleo 50 ML
6- Sal Q.B. ***
7- Orégano seco Q.B. ***
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26
8- Extrato de tomate 25 GR
Modo de preparo:
1- Descascar as batatas, cortá-las em rodelas e reservá-las em água.
2- Lavar e cortar os tomates em rodelas.
3- Descascar as cebolas e cortá-las em rodelas.
4- Em uma panela, colocar a metade do óleo.
5- Colocar no fundo a cebola.
6- Em cima da cebola os bifes e polvilhar com sal.
7- Sobre os bifes as rodelas de tomate e polvilhar com orégano.
8- Estufar com a panela bem tampada e a fogo brando.
9- Na metade do cozimento regar com o extrato de tomates dissolvido em água.
10- Terminar de cozinhar, tampado.
* Cozimento estufado.
Receita: Batatas Sautées
Classificação:
Guarnição
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- Batatas 3 Unid.
2- Sal Q.S. **
3- Manteiga 25 GR
4- Salsinha picada bem fina Q.S. **
Modo de preparo:
1- Descascar as batatas e cortá-las em rodelas grossas.
2- Cozinhá-las em água com sal.
3- Salteá-las em uma frigideira (Sautésse) com a manteiga e a salsinha.
* Cozimento, saltear.
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Métodos de cocção 2.
Receita: Picadinho a jardineira * Classificação: Prato principal
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- Filé mignon 300 GR
2- Óleo 50 ML
3- Alho 2 dentes
4- Cebola 50 GR
5- Louro 1 Flh.
6- Jadineira de legumes pré-cozida
congelada 250 GR
7- Extrato de tomate 50 GR
8- Sal Q.S. **
9- Orégano seco Q.S. **
Modo de preparo:
1- Picar o filé em cubos bem pequenos.
2- Picar o alho e a cebola bem pequenos e fritar no óleo.
3- Adicionar a carne e fritar mexendo
sempre.
4- Adicionar o louro e salgar.
5- Adicionar o extrato de tomate dissolvido na água.
6- Adicionar o orégano e deixar cozinhar.
7- Descongelar a jardineira no microondas e adicioná-la no
picadinho.
8- Deixar cozinhar por 05 minutos.
* Método de cozimento, guisar.
Receita: Brócolis alho-óleo * Classificação: Guarnição
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitário Preço parcial
1- Brócolis fresco 1/2 MAÇO
2- Alho 5 dentes
3- Óleo 100 ML
Modo de preparo:
1- Limpar os brócolis
2- Esquentar água em uma panela.
3- Quando ferver, colocar os brócolis por alguns minutos.
4- Retirar, deixar esfriar bem ( choque térmico)
5- Picar o alho bem pequeno e fritar no óleo até dourar.
6- Adicionar os brócolis e deixar cozinhar "al dente".
* Cozimento, branquear.
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Receita: Frango ensopado * Classificação: Prato principal
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- Frango 3 sobrecoxa.
2- Óleo 50 ML
3- Alho 1 DENTE
4- Cebola 100 GR
5- Cenoura 50 GR
6- Louro Q.S. **
7- Orégano seco Q.S. **
8- Caldo de galinha concentrado Q.S. **
9- Sal Q.S. **
10- Extrato de tomate 50 GR
Modo de preparo:
1- Salgar o frango.
2- Descascar as cenouras e cortá-las em rodelas.
3- Picar o alho e a cebola e fritá-los a branco no óleo.
4- Adicionar o frango, o louro e as cenouras.Refogar tudo.
5- Adicionar o extrato de tomate disolvido em 250 ml de caldo (feito com o caldo concentrado)
6- Deixar cozinhar tampado.
* Método de cozimento, ensopar.
2. Temperos e Ervas
2.1. Ervas e especiarias para produções culinárias salgadas
As ervas, em primeiro lugar, devem ser escolhidas de acordo com o ingrediente
principal do prato e seu sabor. Por último devemos observar seu efeito visual. Devemos nos
aliar às ervas e aos condimentos, utilizados na receita, para decorar o prato e realçar o
sabor. A salsinha, em especial a salsinha japonesa, é um coringa para enfeites de pratos
salgados. Mas devemos usá-la com muita criatividade para não se obter uma decoração
comum.
Sugestões do uso de temperos, ervas e especiarias para pratos salgados encontram-se no
quadro abaixo.
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Nome da erva
ou especiaria
Características Sugestão de uso
Açafrão
Ramas(pistilo da flor) ou
em pó de cor laranja
Para a elaboração de peixes, frango e arroz
Aipo
Fresco ou na forma de
Sal de Aipo (sementes
secas e moídas com sal)
Fresco - para elaboração de saladas e guarnições cozidas
para carnes peixes e aves. Para elaboração de caldos de
galinha e carne.
Sal de Aipo - para elaboração de molhos para saladas e
pratos quentes, para realçar o sabor de sopas.
Alecrim Fresco ou seco
Para elaboração de carnes, aves e peixes. Molho para
saladas cruas ou cozidas.
Coentro
Folhas frescas ou grãos
moídos
Folhas frescas - Para elaboração de pratos à base de
peixes e crustáceos.
Grãos moídos - Para elaboração de pães de especiarias,
biscoitos.
Cominho Grãos secos ou moídos
Grãos secos – Para elaboração de pães de especiarias
(polvilhado por cima do pão), saladas de batatas e
legumes
Grãos moídos - Para elaboração de carnes e sopas.
Manjerona Erva fresca ou seca
Para elaboração de aves, peixes, ovos. Para aromatizar e
dar sabor a saladas de tomates, legumes frescos ou
cozidos e molhos para massa.
Mostarda
Grãos inteiros ou
moídos
Para elaboração de molhos, em geral, para carnes, aves e
peixes. A mostarda em pasta pode ser usada para
temperar previamente carnes e aves e na montagem de
sanduíches e canapés.
Noz - moscada Inteira ou em pó
Para elaboração de molhos bechamel (brancos), legumes
cozidos, tempero de carnes, aves e peixes. Para
elaboração de ovos e guarnições de batatas.
Orégano Folhas secas
Para elaboração de molhos de tomates, para temperar
previamente aves e, levemente, peixes
Papoula
Sementes miúdas na cor
azul escuro. Leve sabor
de nozes
Para elaboração de pratos que levem queijo. Molhos
bechamel (brancos) e para saladas.
Páprica Pó de cor vermelha
Para elaboração de aves, carnes, alguns pratos com
peixe, pratos com queijo (ricota) e molhos para salada.
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30
Nome da erva
ou especiaria
Características Sugestão de uso
Pimenta do
reino
Grãos brancos, verdes,
rosas ou pretos ou grãos
moídos
Tempero básico para quase todas as elaborações de
pratos salgados. A pimenta do reino verde é especial
para preparação e apresentação de carnes. As sementes
coloridas em grãos servem como aromatização e
decoração de pratos.
Salsa Erva fresca ou seca
Para elaborar quase todos os tipos de alimentos. A salsa
japonesa é excelente para decoração.
Sálvia Erva fresca ou seca
Para temperar previamente carnes, aves e recheios de
tortas a base de queijo.
Segurelha Erva fresca ou seca
Para elaborar e temperar previamente aves, carne, ovos,
legumes. Para elaboração de feijão branco e molhos para
saladas.
Tomilho Fresca ou seca Para elaboração de carnes, aves, legumes molhos e sopas
2.2. Ervas e especiarias para produções culinárias doces
As ervas e especiarias para a elaboração da sobremesa devem ser usadas com
parcimônia, principalmente para decorar a sobremesa. Recomenda-se a utilização da erva
ou especiaria que se encontra na receita. O Importante é realçar o sabor.
Sugestões do uso de ervas e especiarias para sobremesas encontram-se no quadro abaixo.
Nome da erva
ou especiaria
Características Sugestão de uso
Anis
Estrela inteira, a sua
semente,ou aromatizante
Para elaboração de caldas doces e decoração
Canela Rama ou em pó
Rama - para a elaboração de caldas para pudins,
bolos, frutas e sorvetes.
Pó - para elaboração de bolos e sorvetes.
Noz-moscada Inteira ou em pó
Para elaboração de bolos e biscoitos. Pode ser ralada,
no ralo fino e utilizada em pouquíssima quantidade
em cima de sobremesas que levem mel
Papoula
Sementes miúdas na cor
azul escuro. Leve sabor de
nozes
Na elaboração de bolos, biscoitos, folhados e na
decoração de (empratados)
Cravo Inteiro ou em pó
Para elaboração caldas doces, bolos, biscoitos.
Decoração de frutas cítricas.
Erva- doce
Sementes miúdas em tons
de verde
Para a elaboração de bolos, biscoitos, pães doces e na
decoração (empratados)
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Nome da erva
ou especiaria
Características Sugestão de uso
Gengibre
Raiz inteira, em pó fresco
ou moído
Para elaboração de caldas, doces e utilizado em
pouquíssima quantidade na decoração
Gergelim
Sementes pequenas na cor
branca ou preta
Para elaboração de bolos, pães, biscoitos, folhados e
na decoração(empratados)
Hortelã
A erva fresca é o melhor
modo de utilização
Para elaboração de molhos frescos e decoração
(empratados e travessas)
Produções:
Receita: TALHARIM À MODA DE MÁLASIA Classificação: PRATO PRINCIPAL
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- TALHARIM FRESCO 250 G.
2- PIMENTA DEDO DE MOÇA MOIDA 1 UNID.
3- GENGIBRE PICADO 10 G.
4- CEBOLA PICADA 50 G.
5- COENTRO DESIDRATADO MOIDO Q.S. ***
6- SEMENTES DE ANIZ MOIDAS Q.S. ***
7- COMINHO MOIDO Q.S. ***
8- CURCUMA MOIDA Q.S. ***
9- ÓLEO 50 ML.
10- CALDO DE GALINHA 400 ML.
11- BATATAS COZIDAS ESMAGADAS 200 G.
12- AMENDOIM MOIDO 50 G.
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32
13- SAL Q.S. ***
Modo de preparo:
1- EM UMA CAÇAROLA AQUECER O ÓLEO E FRITAR A CEBOLA, O GENGIBRE, A PIMENTA
E AS ESPECIARIAS MOIDAS.
2- ADICIONAR O CALDO DE GALINHA E DEIXAR COZINHAR POR 5 MINUTOS
3- ADICIONAR AS BATATAS PARA OBTER UM MOLHO GROSSO E LISO. SALGAR
4- COZINHAR OS TALHARINES "AO DENTE" EM AGUA COM SAL. ESCORRER.
5- COLOCAR OS TALHARINES EM UMA TRAVESSA E EM CIMA O MOLHO
Receita: FRANGO À MODA DE GEÓRGIA Classificação: PRATO PRINCIPAL
Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial
1- SOBRECOXA DE FRANGO 500 gr
2- LIMÃO 1 UNID.
3- LOURO 1 FOL.
4- TOMILHO SECO Q.S. ***
5- PIMENTA DO REINO BRANCA MOIDA Q.S. ***
6- MANTEIGA 50 G.
7- CEBOLA 150 G.
8- TOMATES CONCASSÉS 500 G.
9- SAL Q.S. ***
10- VINHO BRANCO 50 ML.
11- SEMENTES DE COENTRO
ESMAGADAS Q.S. ***
12- ENDRO FRESCO PICADO FINO Q.S. ***
Modo de preparo:
1- CORTAR O FRANGO NAS JUNTAS E TEMPERAR COM SAL E PIMENTA. RESERVAR.
2- EM UMA CAÇAROLA, FRITAR O FRANGO NA MANTEIGA ATÉ ADQUIRIR A COR MARROM
DOURADO. RETIRÁ-LOS E RESERVAR.
3- NO MESMO ÓLEO DA PANELA FRITAR A CEBOLA PICADA.
4- ADICIONAR O COENTRO, O TOMILHO, O LOURO, O VINHO E O TOMATE. DEIXAR
FERVER.
5- COLOCAR NO MOLHO O FRANGO RESERVADO.
6- CORTAR O LIMÃO EM RODELAS E COLOCÁ-LO SOBRE O FRANGO.
7- TAMPAR A PANELA E DEIXAR COZINHAR ATÉ O FRANGO ESTAR MACIO. SE SECAR
ADICIONAR MAIS VINHO OU AGUA, CASO SEJA
NECESSÁRIO.
8- SALPICAR COM O ENDRO PICADO ANTES DE SERVIR.
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3. Leguminosas, Cereais e Derivados.
São comestíveis de origem vegetal usado como acompanhamento ou elementos de
ligação de pratos, apresentados em estado natural ou refinados (farinhas ou sêmolas). No
beneficiamento dos grãos, perde-se grande parte do valor nutritivo pela retirada de uma
película que cobre a polpa. As farinhas integrais são produtos descascados em que se
conservam estas películas. Os produtos mais utilizados são:
3.1. Leguminosas e Cereais
 Trigo cereal cultivado no mundo inteiro, em regiões de clima temperado, de uso
milenar. A farinha é mais utilizada na cozinha. Podem ser de grão duro (massas de
levedura e pastifício) ou mole (ligação de molhos, sopas e massas de pastelaria);
 Milho originário da América do Sul, cultivado em clima temperado e quente. Usado
verde em grão debulhado ou seco, triturado e transformado em farinhas. Muito comum
em pratos regionais;
 Centeio proveniente de climas frios, usado na panificação em forma de farinha;
 Aveia cereal de clima temperado usado em flocos ou farinhas na confeitaria;
 Cevada utilização restrita na cozinha, mais usada para bolos, panquecas (blinis);
 Arroz originário da Ásia, de clima subtropical, é o alimento básico do mundo, usado na
cozinha internacional e regional para sopas, entradas, saladas, pratos fortes e
sobremesas;
 Feijão é uma leguminosa que cresce em todos os climas, apresenta-se preto, roxo,
pintado, amarelo, braço etc. as sementes são consumidas extraídas de vagens. Também
consumido em pratos internacionais e regionais.
 Ervilha é um grão obtido da vagem de ervilha cultivada em hortas. Pode ser consumida
em vagens inteiras (ervilha torta) ou em grãos frescos, conservas ou secos para os mais
diversos pratos;
 Grão-de-bico grão de vagem da Ásia, usado seco e cozido em pratos regionais;
 Lentilha planta rasteira da família das leguminosas de uso difundido na cozinha
européia;
 Soja leguminosa muito nutritiva originando vários subprodutos: farinha, óleo, proteína
texturizada (carne de soja) etc.
3.2. Derivados
3.2.1. Farinha
Substância finamente moída obtida de grãos de cereais. Utilizadas como elementos
de ligação, massas, sopas, pudins etc. podem ser fortes (integrais) ou suaves (refinadas).
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3.2.2. Sêmola
É o grão seco, moído grosseiramente e serve para massas de cozinha, confeitarias e
sopas.
3.2.3. Fécula
Extraído de cereais e legumes de raiz e tubérculos. É um pó amido, resultado da
trituração a seco, eliminada a água. Insolúvel na água engrossa a partir de 60°C. As mais
usadas na cozinha são: milho, arroz, mandioca (polvilho), sagu etc. Produtos muito usados
na confeitaria e em cozinhas regionais, de alto poder de brilho e transparentes.
Existem outros subprodutos de importância na cozinha como: glicose, óleos, álcool, com
flakes etc.
Observações gerais
 Separar as impurezas dos alimentos antes de prepara-los;
 Colocar de molhos na água fria os grãos inteiros antes de cozinha-los;
 Os grãos frescos são conservados sob refrigeração;
 Os grãos secos são conservados em ambiente naturais e ventilados por muito tempo;
 Os grãos frescos devem ter cor intensa e polpa rugosa;
 Os grãos secos se apresentam sem cheiro, bem secos e com a polpa lisa, livres de pós
que indicam a presença de bichos;
 As farinhas possuem data de validade de acordo com o processo de refinamento.
Observar as embalagens.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
35
Produções
RECEITA: Risotto de Cevada com Chourizo Espanhol
Ingredientes Quantidade
Unidade
Para marinada:
Cevada em grãos 150 Gr
Vinho branco seco 20 Ml
Cardamomo em semente 1 Unid
Anis estrelado 1 Unid
Canela em pau 5 Cm
Tomilho fresco 1 Ramo
Água 500 Ml
Para risoto:
Ervilhas frescas 30 Gr
Chourizo espanhol 30 Gr
Cebola 120 Gr
Alho 20 Gr
Vinho branco seco 50 Ml
Manteiga 100 Gr
Queijo Parmesão 50 Gr
Sal Qb
Pimenta Qb
Louro Q Folhas
Fundo de claro de aves 500 Ml
Modo de Preparo:
Marinada:
1. Numa panela funda, aquecer a água até quase ferver e retirar do fogo;
2. Adicionar os ingredientes da marinada cobrindo toda a cevada;
3. Manter a marinada até a água esfriar totalmente e os ingredientes da marinada liberarem o
aroma;
4. Escorrer a água e retirar os ingredientes da marinada.
Risoto:
5. Numa panela funda, aquecer a manteiga e suar o alho picado, a folha de louro e a cebola
picada;
6. Adicionar a cevada e misturar envolvendo todos os grãos com a manteiga;
7. Adicionar o vinho e deixar evaporar o álcool;
8. Adicionar aos poucos, o fundo claro de aves aquecido, mexendo sempre, até os grãos
ficarem cozidos “al dente” e a mistura ficar cremosa;
9. Adicionar as ervilhas frescas branqueadas e o chourizo espanhol cortado em cubos
pequenos e fritos;
10. Finalizar com o queijo parmesão e ajustar o tempero.
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específicas no curso superior de gastronomia
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Ficha técnica
Receita: - Cozido Espanhol
Ingredientes Quantidade Unidade
Grão de bico 150 G
Costelinha de porco salgada 100 G
Lingüiça calabresa 50 G
Lingüiça portuguesa 50 G
Lombo de porco 100 G
Tomilho Q/B
Salsa Q/B
Sal Q/B
Pimenta do reino
Tomate concassé 70 G
Alho 30 G
Cebola 100 G
Modo de preparo
1. Deixar o grão de bico de molho de véspera, cozinhar ate ficar al dente, retirar a casca.
2. Colocar também a costelinha salgada de molho.
3. Cortar as lingüiças em rodelas, cortar o lombo em cubos médios.
4. Suar o alho e a cebola, juntar as carnes e fritar ate ficarem levemente douradas.
5. Juntar o grão de bico e água para cozinhar.
6. Adicionar o tomate e tomilho e cozinhar até as carnes ficarem macias.
7. Corrigir os temperos e finalizar com salsa picada.
Ficha técnica
Receita: - Feijão
Ingredientes Quantidade Unidade
Feijão carioquinha 200 G
Alho 25 G
Cebola 30 G
Folha de louro 1 Unid
Água Q/B
Modo de preparo
Cozinhar o feijão em panela de pressão com água, sal e folha de louro.
Assim que chegar no ponto onde o grão esteja macio.
Desligar e preparar o tempero com alho e cebola.
Adicionar o tempero e corrigir o sal.
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NOME DESCRIÇÃO USOS
FEIJÕES
Azuki ou adzuki
Feijão marrom avermelhado
com uma linha branca em
um dos lados; sabor
levemente adocicado; nativo
da China.
Pratos asiáticos, em principal
na culinária japonesa e
chinesa, em pratos salgados e
na confeitaria.
Preto
Feijão preto e brilhante, de
tamanho médio, arredondado
e com formato de rim.
Pratos mexicanos e brasileiros
(incluindo a feijoada).
Feijão-fradinho ou feijão-de-corda
ou feijão-macassar
Feijão de cor creme com
uma mancha preta ao redor
do hilo, de tamanho médio e
com formato de rim.
Pratos caribenhos e do sul dos
Estados Unidos (incluindo o
Hoppin‟John), brasileiros
como o acarajé.
Cannelini
Feijão de tamanho médio,
liso e branco, com formato
de rim.
Sopas e pratos italianos
Grão-de-bico
Feijão de tamanho médio,
com formato de bolota, de
cor alourada a marrom.
Pratos do Mediterrâneo e do
Meio Leste, saladas.
Fava ou feijão de Windsor
Feijão achatado e grande,
verde quando fresco e
marrom quando desidratado;
é nativo do norte da África e
hoje cultivado por gregos e
egípcios.
Pratos do Mediterrâneo
(incluindo falafel).
Flageolet
Feijão de tamanho médio,
levemente achatado e oval,
verde ou branco.
Na França é servido
tradicionalmente com cordeiro
assado.
Kidney ou feijão-roxinho
Feijão longo e curvo, com
formato de rim, de cor rosa
escuro até marrom.
Pratos mexicanos, chili com
carne e saladas; no Brasil em
saladas, sopas e como
acompanhamento.
Lentilhas
Feijão pequeno, redondo e
achatado, de cor verde,
marrom, laranja, amarela ou
verde escuro.
Sopas, guisados,
acompanhamentos, purês.
Feijão-de-lima ou feijão manteiga ou
feijão de Madagascar
Feijão de tamanho médio,
achatado e branco.
Acompanhamentos, incluindo
succotash.
Mung
Feijão redondo, pequeno,
verde ou amarelo.
Pratos asiáticos.
Feijão branco ou navy ou Boston
Feijão redondo, liso,
pequeno e branco.
Sopas; o tradicional “feijões
assados de Boston”, cassoulet.
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Pigeon ou “ervilha” gunga
É chamado de “ervilha” pelo
formato redondo; é pequeno,
de cor branca fosca e com
manchas laranja e marrom; é
nativo da África.
Pratos africanos, indianos e
caribenhos.
Pinto ou feijão-rajadinho ou feijão-
verde
Feijão de tamanho médio
com formato de rim, de cor
creme com manchinhas rosa.
Pratos latino americanos
incluindo feijões refritos, e o
italiano pasta e fagioli; no
Brasil é usado como
acompanhamento.
Soissons
Feijão branco, oval e de
tamanho médio.
Cassoulet
Soja
Feijão preto ou amarelo,
redondo e de tamanho
médio.
Pratos asiáticos.
NOME DESCRIÇÃO USOS
PRODUTOS DERIVADOS DO FEIJÃO
Pasta de soja
Molho grosso de soja
fermentada, farinha e sal.
Pratos asiáticos.
Pasta de feijão, picante
Pasta de feijão com pimenta
a chili moída.
Pratos asiáticos.
Pasta de feijão, doce e vermelha
Purê de feijões vermelhos e
açúcar.
Pratos asiáticos doces.
Miso Pasta de soja japonesa. Sopas e molhos japoneses.
Tofu
Proteína de soja coagulada,
leve e branca.
Pratos asiáticos.
Ervilha
Frescas: várias espécies;
desidratadas: verdes ou
amarelas, lisas ou enrugadas.
Frescas / congeladas:
acompanhamento, purês,
sopas; frescas: sopas e purês.
TRIGO
Inteiro
Semente do trigo não
refinada ou minimamente
processada.
Acompanhamento.
Quebrado
Semente do trigo
grosseiramente quebrada ou
minimamente processada.
Acompanhamento ou como
cereal quente.
Bulgur
Trigo descascado, leve ou
muito quebrado, pré-cozido e
desidratado.
Acompanhamento, salada
(tabbouleh)
Semolina
Semente do trigo polida
(embrião e germe removidos)
inteiro ou moído.
Pasta, farinha, couscous
(abaixo).
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39
Couscous
Bolinhas de semolina, pré-
cozidas.
Acompanhamento
(geralmente servida com
guisado de mesmo nome).
Farinha
Cereal do trigo polido e
moído.
Cereal matinal.
Farelo
“Cobertura” ou casca da
semente de trigo; flocos.
Adicionado a produtos
assados; adicionado a cereais
preparados e outros alimentos
para incrementar a dieta de
fibras.
Germe
Embrião da semente de trigo;
flocos.
Adicionado a produtos
assados; adicionado a cereais
para auxiliar no sabor e
nutrientes.
NOME DESCRIÇÃO USOS
Farinha de trigo
Semente de trigo finamente
moída; apresenta-se em
diversos tipos, variando de
país para país, e na sua
composição e
processamento.
Produtos assados,
principalmente de
panificação.
ARROZ
Marrom
Grãos descascados com
embrião intacto; grão longo,
médio ou curto; pode ser
enriquecido.
Acompanhamento, outros.
Branco
Grãos polidos, geralmente
enriquecidos; grãos longos
ou curtos.
Grão longo:
acompanhamento, outros;
grão curto: pudins.
Convertido
Grãos polidos pré-cozidos
podem ser enriquecidos.
Acompanhamento, outros.
Basmati
Grãos longos extra, polidos e
delicados.
Acompanhamento, incluindo
pilaf.
Arborio italiano de grão curto
Grão curto polido; tipos
incluindo o arborio e
piedmontese.
Risotto.
Selvagem
Grão marrom escuro longo,
não relatado como um arroz
normal.
Acompanhamentos, recheios e
outros.
Glutinoso
Grão curto e redondo, com
muito amido; preto quando
com casca e branco quando
polido.
Sushi, outros pratos orientais.
Farinha de arroz Arroz polido moído muito Engrossamento.
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finamente.
MILHO
Canjica
Sementes descascadas
inteiras; desidratado ou
enlatado.
Acompanhamento incluindo
succotash, em sopas ou
guisados.
Cereal de milho meio moído Canjica quebrada.
Acompanhamento, mingau,
produtos assados.
Farinha de milho
Grãos descascados moídos
não muito fino; branco ou
amarelo.
Produtos assados, coberturas,
polenta.
Masa harina
Milho processado com cal
para remover a casca,
mediamente moído;
desidratado, em massa, cru
ou tortillas cozidas.
Tortillas e outros pratos
mexicanos.
Amido de milho
Grãos descascados muito
finamente moídos.
Engrossamento e cobertura.
CEVADA
Em conserva ou esmagada
Grãos grosseiros inteiros;
moído (mingau de cevada).
Acompanhamento, mingau,
sopas, farináceo: produtos
assados.
Cevadinha
Graõs inteiros polidos;
moído (farinha de cevada).
Acompanhamento, mingau,
sopas; farinha: produtos
assados.
AVEIA
Aveia inteira Cereal meio pilado ou frutos. Como cereal e recheio.
Farinha de aveia ou mingau de
aveia
Flocos trilhados, cortados, de
cocção rápida e instantânea.
Como cereal, bolos, cookies,
pães de massa rápida.
Farelo de aveia
“Cobertura” externa ou casca
do grão de flocos.
Adicionado a cereais e a
produtos assados para dietas à
base de fibras.
OUTROS
Araruta
Pó de amido muito fino
produzido a partir de uma
raiz tropical.
Engrossamento.
Trigo Sarraceno
Grão meio pilados
grosseiramente quebrados e
inteiros (kashi), farinha.
Inteiro: acompanhamento;
farinha: panquecas e produtos
assados.
Filé
Pó de amido produzido a
partir das folhas do sassafras.
Engrossamento
(especialmente em pratos de
culinária Creole como o
gumbo).
Painço Inteirom, farinha.
Acompanhamentos e pães
achatados.
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Centeio
Quebrado, farinha (frutos
inteiros são aceitáveis).
Quebrados: acompanhamento;
farinha: produtos assados.
Sorgo Inteiro, farinha, xarope.
Mingau, pães achatados,
cerveja, xaropes e melaços.
4. Legumes
4.1. Tipos de Legumes
4.1.1. Legumes de raiz
Crescem debaixo ou à flor da terra. As variedades de maior uso na cozinha são:
batata, cenoura, beterraba, aipo (salsão), rabanete, nabo, mandioca, inhame etc.
4.1.2. Legumes de bulbo
Crescem à flor da terra e como trepadeira. As folhas externas são a capa protetora
dos vegetais. Muito usados como ingredientes aromáticos e componentes de sopas, molhos,
saladas. Os mais conhecidos são: cebola, alho, alho porro, echalote (cebola suave) etc.
4.1.3. Legumes de fruto
Crescem em forma de trepadeira ou à flor da terra. A polpa é a principal parte
comestível. Podem ser comidos com sementes e cascas. Os principais são: tomate,
pimentão, pepino, abóbora, berinjela, chuchu, quiabo, jiló, maxixe etc.
4.1.4. Legumes de talo
A parte comestível é o talo. Muito usado na cozinha. Os mais conhecidos são:
aspargos, palmito, aipo, funcho etc.
4.1.5. Legumes de flor
Crescem destacados da terra e as partes comestíveis são os botões ou fundos. São
preparados cozidos em sopas, purês, entradas ou acompanhamentos. Come-se também as
folhas tenras. Os mais usados são: couve-flor, alcachofra, brócolis etc.
4.1.6. Legumes de folhas
Produtos de hortas e compostos de raiz, talo e folha. Come-se as folhas e os talos
tenros. Os mais usados são: repolho, alface, almeirão, couve de Bruxelas, endivias,
espinafre, acelga, agrião, chicória frise etc.
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4.1.7. Cogumelos
São considerados legumes por apresentarem características similares. Crescem nos
bosques ou podem ser cultivados. Possuem talo, cabeça e raiz. Os talos e as cabeças são
comestíveis. Os mais conhecidos são: trufa, champignon, morriles, shiitake, shimedji,
porcini etc.
ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO
Acelga
Suas folhas de
coloração verde claro
são comestíveis assim
como o talo.
Deve ser fresca, tenra,
limpa e sem a marca de
inseto. As folhas
murchas, danificadas,
amareladas não devem
ser utilizadas.
Cozida.
Crua em salada.
Agrião
Folhas comestíveis,
frágeis, poucas raízes.
As de folhas bem
verdes e esticadas.
Crua em salada.
Obs.: Deve ser
cuidadosamente lavada
e colocada em água
com vinagre. As hastes
são boas para sopa.
Aipo
Folhas e caule
comestíveis; conhecida
também como salsão.
Cor nítida, folhas bem
esticadas. Conservar
somente as partes
tenras do caule.
Cru em saladas.
Cru temperadas com
sal.
Cozido.
Alcachofra
Come-se o fundo da
flor e a base da folha.
Muito rica em vitamina
C.
Cor nítida, folhas
frágeis e esticadas,
fundo
desenvolvido.Folhas
moles na base indicam
miolo estragado.
Cozida.
Em guarnições.
Recheada.
Alface
Há diversas espécies:
americana, lisa,
bailarina, etc.
Folhas frescas e tenras.
Crua em saladas.
Ornamentação de
pratos.
Alho poró
Planta semelhante à
cebola, folhas largas,
cor verde escura e
bulbo branco.
Evitar os bulbos moles.
Crua em saladas.
Ornamentação de
pratos.
Almeirão Folhas comestíveis
Folhas novas para
saladas.Folhas menos
tenras para cozimento
Cru em salada.
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ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO
Aspargos Talo comestível
Haste muito branca,
curta e bastante
espessa. As hastes
longas são fibrosas e
pouco aproveitáveis.
Batata inglesa Tubérculo comestível.
Lisa, firme e limpa.
Após o corte brilhante,
úmida, doce. A parte
verde, que às vezes são
observadas, deve ser
eliminada, pois têm
gosto amargo.
Como guarnição.
Purês
“Rougôuts”
Fritas
Salteadas
Cozidas.
Batata doce Tubérculo comestível
Lisa, de boa forma,
firme e sem cortes,
sinais de
apodrecimento ou
picadas de inseto.
Cozida.
Frita.
Berinjela Fruto comestível
Casca
lisa,brilhante,sem
manchas, ou picadas de
inseto.
Cozida.
Refogada.
Frita.
Beterraba Raiz comestível Lisa, firme, sem fendas.
Cozida.
Em saladas.
Brócolis
Caule, folhas e flores
comestíveis.
Tenros, evitando os
murchos e de cores
amareladas.
Cozido.
Cenoura Raiz comestível
Limpa, firme, fresca.
As temperadas curtas e
as vermelhas longas
são as melhores.
Cozida.
Refogada.
Couve Folhas comestíveis.
Evitar as de talo curto,
ou folhas murchas,
amareladas.
Cozida.
Crua em salada.
Couve-flor Flores comestíveis
Branca, firme: evitar as
amarelas e as rijas.
Cozida.
Guarnição.
Escarola e chicória Folhas comestíveis As bastante cerradas.
Crua em salada.
Cozida.
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ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO
Feijão
Leguminosa, originária
provavelmente do
Brasil ou Paraguai, hoje
espalhada em todo o
mundo. Pode ser
consumido verde ou
seco (feijão,
propriamente dito).
Evitar os bichados ou
carcomidos. Existem
muitas
variedades:feijão
branco,feijão
chumbinho, feijão
lava,feijão manteiga,
feijão mulatinho,feijão
preto, feijão de soja,
etc.
Cozido.
Obs.: é a base da
alimentação popular
do Brasil e também de
muitos outros povos.
Mostarda Folhas comestíveis
Folhas verdes, frescas e
sem picadas de insetos.
Cozida.
Nabo
Raiz e folhas
comestíveis
Pesado, liso e branco.
Cozido.Acompanhado
bem com carnes
gordas, carneiros,
patos.
Pepino Fruto comestível
Firme, fresco, lustroso,
cor verde, boa forma.
Cru na salada.
Pimentão Fruto comestível
Pele lisa, cor nítida,
brilhante.Pode ser tanto
verde quanto maduro e
neste caso tem
coloração vermelha.
Cozido.
Assado.
Cru.
Rabanete Fruto comestível
Liso, firme, tenro. Os
de maior tamanho são
às vezes picantes e
ocos.
Cru em salada.
Quiabo Fruto comestível
Novo, fresco, limpo e
firme.
Refogado.
Cozido.
Serralha Folhas comestíveis
Frescas de cor verde
não muito escuro.
Cru em salada
Cozida.
Tomate Fruto comestível
Firmes, lisos, redondos,
cor nítida e uniforme.
Recusar os manchados.
Cru em salada ou
como enfeite.
Preparação de molhos.
Empregado como
condimento e
colorante.
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ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO
Vagem manteiga
Casca do fruto de
algumas leguminosas
como feijão e ervilha.
Possui um fio fibroso
ao longo de cada lado,
que precisa ser retirado
antes de ser cozida.
Larga e comprida cor
verde brilhante, tenra e
quebradiça; não deve
ser murcha ou
apresentar sinais de
insetos.
Cozida.
Vagem comum
Vagem do feijão preto.
Não apresenta fibras ao
longo dos lados.
Roliça, de cor mais
verde que a vagem
manteiga.
Cozida.
Vagem de ervilha
Mais larga e menos
comprida e espessa de
que a vagem de feijão
Cor verde, quebradiça e
frágil. As amarelas são
maduras e duras.
Cozida.
4.2. Tipos de cortes de legumes
TIPO DE CORTE NOME MEDIDAS
Cubo
Bretone 2 cm
Cubo
Parmentier 1,2 cm
Cubo
Macedoine 1 cm
Cubo
Printanier 8 mm
Cubo
Parisiènne 5 mm
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Cubo
Brunoise 3 mm
Bastões
Pont-neuf 1,5 cm x 7 cm
Bastões
Fritas 1 cm x 5 cm
Bastões
Bâtonnet 8 mm x 3 cm
Bastões
Mignonnete 6 mm x 4 cm
Bastões
Jardinière 3 mm x 2 cm
Bastões
Alumette 3 mm x 5 cm
Bastões
Julienne 3 mm x 3 cm
Bastões
Paille Mais fino que julienne
Boleadas
Parisienne 1,5 cm
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Boleadas
Noisette 1 cm
Boleadas
Printanière 8 mm
Boleadas
Royalle 6 mm
Fatiados
Chips Ø do legume x 2 mm
Fatiados
Soufflé ou Vichy Ø do legume x 3 mm
Torneados
Château 6 cm de altura
Torneados
Fondant 5 cm de altura
Torneados
Cocotte 4 cm de altura
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Torneados
Olivette 2 cm de altura
Espiral
Chatouillard Corte livre
Corte Irregular
Paysanne Corte livre
Corte Irregular
Concasser Corte livre
Corte talhado
Francesa
Corte livre, de acordo
com o tamanho do
legume
Corte quadriculado laminado Gaufrettes
Largura ou diâmetro
do legume
Corte julienne para folhas Chifounad
Bases de Cozinha
Bases da cozinha são preparações compostas por diferentes ingredientes, utilizadas para
facilitar a confecção de determinadas produções culinárias; sevem também para modificar
ou melhorar o sabor, a textura, a cor e o aroma dos alimentos.
 Ligações – são ligas que proporcionam o adensamento de líquidos como fundos,
molhos, cremes, etc. Exemplo: cereais e derivados tubérculos e derivados, legumes e
frutas ricas em amido.
 Aromáticos – ingredientes com propriedade de realçar o sabor e aroma de alimentos,
geralmente legumes, ervas e especiarias. E importante observar sempre as proporções
de ingredientes aromáticos já que cada proporção irá conferir uma característica.
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 Fundos – são preparações líquidas, aromáticas, ligeiramente concentrada que se obtém
fervendo em água dois tipos básicos de ingredientes:
a. Ingredientes que darão a característica básica ao fundo – ave, peixe, vitela, etc.
b. Ingredientes que compõe a guarnição aromática – mirepoix, bouquet garni,
cebola, louro, alho, etc.
 Embelezadores e Melhoradores – ingredientes que ao serem adicionados aos fundos,
sopas, molhos, etc., proporcionam melhor aparência (cor, por exemplo) e sabor.
Diagrama de Bases de Cozinha e suas ramificações
 Bases de Cozinha
 Ligações
- Féculas – liga protéica de origem vegetal – para engrossar caldos e molhos.
FUNDOS LIGAÇÕES AROMÁTICOS EMBELEZADORES
MELHORADORES
BASES DE COZINHA
Claro Escuro
Roux Beurre Manié
Féculas Ovos Gelatina Sangue
Ligações
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- Roux – liga cozida de farinha de trigo ou amido e gordura. Pode ser Branco, amarelo,
escuro e negro dependendo da permanência do amido no calor.
A proporção para confecção do roux e 50% gordura + 50% amido
Roux branco consistência aveludado e homogêneo, tempo de permanência em fogo brando
3 minutos, poder de espessamento 100%.
Roux Amarelo consistência aveludada e coloração amarelo brilhante, permanência em
fogo 3 a 5 minutos em fogo brando, poder de espessamento 80%.
Roux escuro consistência levemente aveludada com coloração marrom, tempo de
permanência 5 a 8 minutos em fogo brando, poder de espessamento 50%, o roux nesta
coloração confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e
etc...
Roux negro consistência flocada com coloração de torrado, permanência acima de 8
minutos em fogo brando, poder de espessamento 20 a 30%, o roux nesta coloração confere
não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e etc...
- Beurre Manié – liga crua de farinha de trigo e manteiga – Para engrossar caldos e
molhos ferventes.
Proporção igual a do Roux 50%¨de gordura + 50% de amido (farinha de trigo).
Utilizado em preparações que estão prontas e precisam de espessamento imediato,
adicionado ao liquido quente e batido com o auxilio de um fouet, ate atingir a consistência
desejada.
- Ovos – liga protéica de origem animal – ovos inteiros para dar firmeza em produções
da confeitaria; gemas emulsionam a parte de lquido com a gordura das preparações
quentes ou frias (maionese molho frio e holandês molho quente).
- Gelatina – liga e estabilizante de origem animal, colágeno extraído de tecidos
conjuntivos e ossos.
Utilizada para dar consistência a líquidos e preparações que serão servidas frias,
dependendo da quantidade de açúcar ou teor ácido a quantidade de gelatina aumenta.
- Agar-Agar – liga e estabilizante de origem vegetal extraída de algas marinhas.
- Sangue – liga de origem animal – quando adicionado a líquidos ácidos e aquecido,
proporciona adensamento dos mesmos. Utilizado em molhos e embutidos.
- Slurry - liga homogênea de liquido com amido, geralmente água e amido de milho
mas pode ser caldo ou leite e farinha de trigo, araruta ou féculas.
Mistura feita com o farináceo adicionando o liquido até que torne homogêneo e depois
acrescenta a mistura a preparação que deve ser espessada.
Proporção 1 parte de amido para 2 partes de água.
Exemplo: 10 g de amido para 20 ml de água.
- Liason - liga protéica de origem animal com baixo poder de espessamento, utilizado
para agregar sabor e espessamento.
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
específicas no curso superior de gastronomia
51
O creme de leite confere textura a molhos e caldos deixando com consistência aveludada e
brilhante a gema por sua vez ajuda no espessamento e coloração de molhos.
Proporção 25% de gemas + 75% de creme de leite.
- Manteiga - ingrediente usado para finalização em molhos, usado em líquidos quentes
para emulsionar e dar brilho ao molho, neste caso a manteiga tem que ser gelada para
garantir uma emulsão uniforme e não separe o molho (talhar), não a necessidade de fervura.
- Creme de leite – ingrediente que atua como espessante assim que colocado em redução.
 Aromáticos
São composições à base de legumes, ervas e especiarias que são adicionados a fundos,
sopas, molhos com a finalidade de realçar e acentuar o sabor.
Salmora – o sal pode ser aplicado de diversas formas seja para marinar o alimento ou
temperá-lo na hora do cozimento – polvilhado (sal fino e grosso), esfregado (sal
grosso).
Vinha d’alhos – marinada com elemento diluente de vinho ou vinagre, acrescido de
salmora e aromatizado com alho, cebola, pimenta em grãos, etc.
Vegetais – são utilizados vegetais aromáticos que proporcionam sabor, cor e melhor
apresentação nas produções culinárias.
Purês – vegetais e legumes aromáticos e coloridos reduzidos a purês e agregados nos
alimentos para realçar e melhorar aspecto e sabor.
Mirepoix - vegetais aromáticos cortados em cubos pequenos usados para realçar o
sabor de fundos, sopas, molhos: Composto de 50% de cebola, 25% de cenoura e 25%
de salsão.
Salmora Vinha D'Alhos
Purês Mirepoix
Brunoise
Vegetais
Aromáticos
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Mirepoix branco - É a mirepoix retirando-se a cenoura e adicionando-se o alho porro
e/ou nabo. Utiliza-se para aromatizar molhos claros e fundos.
Outras combinações de ervas aromáticas:
Matignon - É o mirepoix com gordura, adicionando-se bacon ou presunto.
Bouquet Garni - Composto basicamente de salsão, cenoura, salsinha, tomilho, louro e
funcho (erva doce) amarrados. Retira-se após fornecer ao fundo, molho ou sopa, o sabor
desejado. Os ingredientes do bouquet podem variar de acordo com a região.
Sachet d’épices - Dente de alho (opcional), folha de louro, pimenta em grão, cravo da
Índia (opcional), ramo de tomilho e talo de salsinha envoltos em pano fino ou étamine.
Igualmente ao bouquet, é retirado após a utilização.
Cebola Brulée - Cebola cortada ao meio e tostada na chapa ou frigideira. Além de
aromatizar, acentua a cor de fundos e molhos escuros.
Cebola Piquée - Cebolas descascadas e cortadas ao meio. Leva uma folha de louro
espetada em um pequeno corte lateral e dois cravos da Índia, um de cada lado do corte.
- Duxelles - mistura de cogumelos bem picados e salteado em manteiga, cebola, alho
poró, vinho branco, utilizado para conferir sabor e textura em molhos e preparações
diversas.
 Fundos
Claros Vegetais Gordurosos Escuros
Fundos
Fundo Claro
de Carne
Fundo Claro
de Aves
Fumet Court - Bouillon
Fundo Claro
de Peixes
Fundo Claro
de Vegetais
Fundo Claro
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53
- Fundo Claro de Carne – aparas e ossos de carne, alho, mirepoix, bouquet garni ou
sachet d‟épices e água.
- Fundo Claro de Aves – aparas e ossos de aves, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet
d‟épices e água.
- Fundo Claro de Peixe - aparas e ossos de peixes, alho, mirepoix, bouquet garni ou
sachet d‟épices e água.
- Fumet - aparas e ossos de peixes, vinho branco, alho, mirepoix, bouquet garni ou
sachet d‟épices e água.
- Court – Bouillon – vegetais e ervas aromáticas, especiarias e um ácido (vinho, vinagre,
suco de frutas ácidas, etc.).
- Fundo claro de vegetais – vegetais, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e
água.
 Embelezadores e Melhoradores
- Ligas finas – Ingredientes que têm a capacidade de adensar suavemente os preparados.
Gemas, féculas, etc..
- Gorduras – Ingredientes que pelo seu teor de gordura, suavizam ou espessam os
alimentos em que serão adicionados. Manteiga, iogurte, requeijão, etc..
- Corantes – Ingredientes cujo colorido irão proporcionar mais vida às produções
culinárias. Podem ser igualmente aromatizantes. Páprica, mostarda, açafrão, etc.
Ligas finas Gorduras Corantes
Embelezadores
Melhoradores
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específicas no curso superior de gastronomia
54
Produções
Ficha Técnica:
Receita: Fundo de carne
Classificação: base de cozinha
Ingredientes: % Quantidades Unidade
Ossos e aparas de carne 500 G
Cebola 100 G
Salsão 50 G
Alho poro 50 G
Cenoura 50 G
Bouquet garni 1 Unidade
Modo de Preparo:
1° levar os ossos ao forno em temperatura moderada, até tostar
2° “queimar” a cebola na chapa ou na panela (cebola brulêe)
3° murchar o mirepoix na panela.
4° adicionar a água e cozinhar em pré-ebulição (fogo baixo) por 2 - 4 horas (redução 50%)
5° na metade do cozimento, retirar os aromáticos.
6° limpar constantemente a superfície.
7° coar e usar ou armazenar.
Ficha Técnica:
Receita: fundo de aves
Classificação: base de cozinha
Ingredientes: % Quantidades Unidade
Aparas e ossos de frango 500 Kg
Cebola 100 G
Salsão 50 G
Cenoura 50 G
Alho poro 50 G
Bouquet garni 1 Unidade
Modo de Preparo:
1- escaldar os ossos e aparas
2- levar ao fogo em uma panela com a água e juntar os vegetais e o aromático
3- deixar cozinhar em pré-ebulição (fogo baixo) de 2-4 horas (redução 50%)
4- ir limpando constantemente a superfície, após a metade do tempo retirar o aromático.
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específicas no curso superior de gastronomia
55
FUNDO CLARO DE VEGETAIS:
Rendimento 1 Litro
Ingredientes Quantidade Unidade De Medida
ÓLEO DE MILHO 20 MILILITROS
CEBOLA 50 GRAMAS
ALHO-PORÓ 30 GRAMAS
CENOURA 25 GRAMAS
SALSÃO 25 GRAMAS
TOMATE 25 GRAMAS
DENTE DE ALHO 1 UNIDADES
ÁGUA 1,5 LITRO
SACHET D'ÉPICES 1 UNIDADE
MODO DE PREPARO:
1. CORTAR OS VEGETAIS EM CUBOS MÉDIOS.
2. AQUECER O ÓLEO.
3. ACRESCENTAR OS VEGETAIS E SUA-LOS.
4. ACRESCENTAR A ÁGUA FRIA E OS AROMÁTICOS.
5. COZINHAR LENTAMENTE POR 30 A 40 MINUTOS.
6. COAR, USAR OU ARMAZENAR.
Sopas
Alimentos líquidos servidos como entrada ao início das refeições ou como prato exclusivo.
Feitas na base de fundos (caldos aromatizados) que lhe são sabor e consistência.
Classificada segundo a temperatura, fria ou quente ou pela sua característica: método de
preparação e composição:
 Consomes e Caldos
 Potages e Purês
 Creme e Veloutés
 Sopas Especiais, Regionais e Caseiras
A composição das sopas possui elementos básicos:
 Fundos
Elemento líquido de maior volume e básico para todas as sopas. Do tipo do fundo depende
o sabor, a cor e a limpidez.
 Ligas
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56
Engrossa o fundo, mas não empregada em todo tipo de sopa (consomes, caldos, especiais).
 Aromáticos
Melhoram, modificam e intensificam o sabor das sopas.
 Produtos Especiais
Melhoradores tipo: ovos e creme de leite: tornam a sopa mais requintada.
 Tipos de sopas
São consideradas sopas básicas todas as sopas que levam na composição os elementos
principais e condimentos complementares.
Com a adição de outros ingredientes se obtêm sopas derivadas e compostas.
Sopas básicas
Consomé
Caldo reduzido por cocção, melhorado por intermédio de carnes e legumes e clarificado.
Condimentado com sal e cheiro verde.
Consomé Duplo
Duplamente concentrado reduzido 50% do volume, servido frio ou quente, aromatizado
com vinho e engrossado.
Caldo
Sopa fina e rala, condimentada e totalmente desengordurada.
Potage
Composta de caldo e condimentos, engrossados com parte de seus ingredientes e às vezes
com o auxílio de uma liga, sopa completa.
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57
Purê
Potage com ingredientes passados na peneira.
Creme
Caldo, purê de legumes ou carne e leite ou creme de leite e como liga são utilizados cereais
ou molho branco.
Velouté
Caldo ligado com roux, margarina e farinha de trigo, e no final uma liga fina de creme de
leite, ovos e manteiga.
Sopas Especiais, Regionais e Caseiras
Produtos de cozinha típica tradicional em que varia o processo de elaboração.
Produções
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58
Sopa creme básica
Roux = 30g de farinha de trigo + 30g de manteiga
1 colher (sopa) de cebola picada
1 colher (sopa) de manteiga
150 gramas de palmito ou aspargos
1/2 litro de caldo de galinha
100 ml de creme de leite fresco
Pimenta-do-reino
Noz-moscada
Sal
Em uma panela refogar a cebola picada em 1 colher (sopa) de manteiga até a
cebola estar macia. Picar os palmitos ou aspargos e acrescentar ao refogado, refogar
por mais 3 minutos e acrescentar o caldo levando à fervura em fogo baixo. Em uma
panela pequena misturar a manteiga e a farinha de trigo, levando ao fogo para
cozinhar por 2 minutos. Colocar a mistura na panela da sopa e ferver por mais 5
minutos em fogo baixo. Colocar em um liquidificador e bater até obter uma mistura
bem lisa e cremosa, retornar o creme à panela e acrescentar o creme de leite e ferver
por mais 30 segundos. Temperar com sal, pimenta-do-reino branca e noz moscada.
Servir com torradas.
Sopa purê de couve flor
1/2 couve-flor pequena
1 colher de (sopa) de manteiga
1/2 litro de caldo de carne
50 gramas de fiambre
Pimenta à gosto
125 ml de leite
Sal à gosto
2 batatas
Divida a couve-flor em raminhos e lave impecavelmente. Descasque as batatas e corte
em quadrados. Leve tudo para cozinhar no caldo de carne temperado com um pouco
de pimenta. Passe pelo o passador e dissolva o purê obtido com o leite quente. Leve a
sopa a ferver suavemente durante alguns minutos. Antes de servir, e já fora do fogo,
adicione a manteiga. Guarneça a sopa com fiambre picado. Fiambre é uma carne de
porco preparada para comer fria, geralmente cortada em fatias.
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59
Canja de legumes
1 copo de arroz lavado e escorrido
3 e ½ copos de água fervente
1/3 de uma abobrinha cortada em pedaços pequenos
1 cebola cortada em pedaços pequenos
1 batata média, cortada em pedaços pequenos
2 filés de frango, cortado em pedaços pequenos
½ cebola ralada
2 dentes de alhos amassados
3 colheres de azeite
Sal a gosto
Salsinha picada a gosto
Aqueça o azeite e frite a cebola e o alho até dourar. Acrescente o filé de frango já
temperado com o sal. Deixe dourar. Junte o arroz e mexa por alguns instantes.
Acrescente então a abobrinha, a cenoura e a batata. Mexa. Coloque a água quente.
Deixe cozinhar em fogo baixo até o arroz e os legumes ficarem macios. Depois de
cozido, acrescente a salsinha bem picadinha.
Molhos clássicos
1. Molho bechamel
2. Molho velouté
3. Molho espanhol
4. Molho de tomate
5. Molho holandês
I – MOLHOS A BASE DE ROUX
Roux: Significa castanho escuro ou marrom (francês).
Farinha + manteiga ( na mesma proporção)
Base do molho bechamel e do molho velouté
Bechamel: Roux + leite aromatizado
Velouté: Roux + fundo
1) Molho branco
20g de farinha de trigo
20g de manteiga
400ml de leite
2) Molho Bechamel
Roux + leite aromatizado com cebola pique
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60
Sal
Noz moscada
Variações:
a) Molho mornay: Bechamel + queijo parmesão ralado
b) Molho 4 queijos: Bechamel + queijo mussarela, parmesão ralado,
gorgonzola, catupiry + creme de leite fresco
3) Molho velouté
25g de manteiga
25g de farinha de trigo
1/2 litro de fundo (aves / peixe / carne)
Variações:
a) Molho aurore: velouté de peixe + purê de tomates
b) Molho Cardinale: velouté de peixe + lagosta + creme de leite
fresco + pimenta caiena
c) Molho sunny citrus: velouté + suco de laranja
II – MOLHOS ESCUROS
1) Molho escuro básico
1/2 litro de caldo de carne bovina ou vitela (ferver 20 minutos)
1 1/4 colheres (sopa) de araruta em 60ml de água fria ( pasta)
Junte ao caldo e bata com fouet até engrossar.
Obs: outros espessantes: farinha de trigo, gema de ovo e creme de leite,
manteiga, amido
2) Molho espanhol
350ml de molho escuro básico
75g de cogumelo paris picado
1/2 colher (sopa) de purê de tomate
Deixar ferver, em fogo brando, por 15 minutos
Coe antes de utilizar
3) Demi glacê
Molho espanhol concentrado
Variações do molho espanhol
a) Molho madeira: molho espanhol + manteiga + vinho madeira +
champignon
b) Molho Robert: molho espanhol + cebola + manteiga + vinho
branco seco + vinagre de vinho branco + mostarda Dijon
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
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61
c) Molho poivre: molho espanhol + cebola + cenoura + alho poro
(mirepoix)+ vinho branco seco + pimenta do reino verde
esmagada no vinagre + manteiga
d) Molho chasseur: molho espanhol + cebolas miúdas + manteiga +
cogumelos + vinagre de vinho branco + molho de tomate + salsa
e) Molho charcutiére: molho espanhol + vinho branco seco + cebolas
miúdas + picles + mostarda Dijon
III – MOLHOS DE MANTEIGA (EMULSIFICADOS)
1) Molho hollandaise
3 gemas e 3 colheres (sopa) de água quente, emulsificar em fogo
bem baixo (ou banho-maria) por 3 minutos
Junte 175g de manteiga clarificada morna, aos poucos. Bata
vigorosamente.
Aos poucos vá colocando e batendo suco de ½ limão
Acrescentar sal e pimenta do reino branca.
2) Molho béarnaise
Ferva 4 pimentas do reino em grão esmagadas, 1 cebola pequena
picada, 2 colheres (sopa) de estragão fresco picado e 3 colheres
(sopa) de vinagre de vinho tinto. Reduzir 2/3.
Tire do fogo e acrescente 3 gemas. Volte ao fogo baixo e bata por 3
minutos. Junte 175g de manteiga clarificada, batendo.
Acrescente sal e pimenta caiena.
Variações do molho hollandaise
a) Mousseline: acrescente creme de leite fresco batido ligeiramente
b) Mostarda: acrescente mostarda Dijon
c) Maltese: casca de laranja escaldada e picada a julienne e suco de
½ laranja
d) Noisette: substitua a manteiga clarificada por manteiga derretida
até chegar ao tom acastanhado.
IV. Molho de tomate.
Tomate concassé (500g)
Cebola (100g)
Alho (1 dente)
Bouquet garni ( 1 unid.)
Manteiga (25g)
Extrato de tomate (50 g)
Sal
 Cozinhar a cebola e o allho, brunoise, com a manteiga
Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia
Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e
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62
 Acrescentar o extrato de tomate e cozinhar
rapidamente, para perder a acidez
 Em seguida incorporar o tomate concassé.
 Juntar o bouquet garni, sal e pimenta (opcional).
 Mexer bem e cozinhar tampado até o tomate se
desmanchar por completo.
 Retificar os temperos e passar no chinois.
Apostila cozinha basica_unip_2009

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  • 1. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 1 UM POUCO DE GASTRONOMIA NA TEORIA E NA PRÁTICA PROFA. ROSANA TOLEDO rftoledo@uol.com.br “A arte de temperar está em saber fundir o aroma particular de cada um dos temperos com o sabor geral dos pratos” Paul Bocuse
  • 2. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 2 1. Apresentação da Cozinha Profissional Rosana Toledo1 1.1. Qualificação da Brigada de Cozinha, Normas e Ética da Cozinha Profissional. Para uma boa dinâmica na cozinha profissional é muito importante observar o seu porte e respeitar sua hierarquia. A conduta profissional da Brigada de Cozinha2 é primordial para a organização e fluidez do trabalho. Além de observar as normas do estabelecimento em que trabalha, o profissional da cozinha não coleciona apenas técnicas e receitas. O bom cozinheiro utiliza seus cinco sentidos para transformar o ato de cozinhar em arte culinária. O bom profissional sabe que é necessário estar sempre aprendendo, experimentando, corrigindo e principalmente se auto-aperfeiçoando. O bom profissional é aquele que promove seu próprio crescimento e o crescimento de toda a equipe em que trabalha. É aquele que trabalha observando a Ética.3 Cada estabelecimento cria e desenvolve suas próprias regras e normas para o bom desenvolvimento da cozinha, porém existe um consenso nos princípios básicos para manter a organização da cozinha, seja em seus aspectos físicos, seja em seus aspectos de organização da brigada de cozinha:  Limpeza – A cozinha deve ser mantida em ordem e limpa, durante toda a sua rotina de trabalho. Cada objeto, utensílio ou gênero deve ser mantido no seu devido lugar e conservado limpo. É importante lembrar que a cozinha representa um trabalho de equipe e que a limpeza do local de trabalho e a higiene pessoal são primordiais para a manutenção da saúde daqueles que manipulam e consomem os alimentos produzidos. Neste sentido existem normas legais dos organismos oficiais que regulamentam o funcionamento de uma cozinha profissional. Estas normas serão expostas no capítulo 5.  Planejamento – Todas as atividades a serem desenvolvidas na cozinha devem ser planejadas e distribuídas para toda a equipe. O planejamento da cozinha profissional deve compreender desde a programação de um cardápio, da definição dos cargos e atividades até a organização da limpeza, da manutenção e do 1 Apostila desenvolvida pela Profa. Rosana Toledo, responsável por disciplinas específicas no Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia. 2 Brigada de cozinha - A Brigada de uma cozinha é formada por um grupo de profissionais, sob comando de um chefe de cozinha, com o objetivo de preparar as iguarias a serem servidas no restaurante, nos banquetes e em outros pontos de venda. 3 Ética - Parte da filosofia que aborda os fundamentos da Moral. Moral é o corpo de preceitos e regras que visa dirigir as ações do homem, segundo a justiça e a equidade natural, princípios da honestidade.
  • 3. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 3 abastecimento. Para a produção das receitas, planejamento significa providenciar, com antecedência todos os ingredientes, os utensílios e equipamentos necessários. Se a equipe de trabalho planeja suas atividades, conseqüentemente, o resultado será harmonia e profissionalismo, isto é, excelência na qualidade das produções culinárias, respeito mútuo e condições de desenvolver um trabalho cada vez melhor. 1.2. A Hierarquia da Cozinha Profissional Para uma melhor compreensão da hierarquia, serão apresentadas as funções de cada cargo de uma cozinha profissional. Excluindo a função do Chef de Cozinha e Sub-Chefe de Cozinha, todos os demais chefes são chamados de Chefes de Partida4 . 1.2.1. “Chef” de Cozinha O “chef” de Cozinha, além de planejar e supervisionar os trabalhos, exerce a atividade de um cozinheiro. É um cozinheiro que conhece todas as produções clássicas da cozinha internacional e todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. A presença de um “Chef” de Cozinha ocorre em restaurantes e hotéis que apresentam cardápios com maior elaboração. Funções principais de um “Chef” de Cozinha:  Planejar, dirigir, supervisionar o trabalho e treinar a brigada de cozinha.  Planejar menus e cardápios, criar e elaborar receitas e fichas técnicas.5  Preparar planos de trabalho, escalas de revezamento da brigada de cozinha.  Assegurar a qualidade na execução dos pratos, como também, supervisionar a qualidade da apresentação dos mesmos.  Avaliar as atividades planejadas e executadas em relatórios diários.  Supervisionar os produtos estocados na cozinha, observando a qualidade de conservação e necessidades de compra.  Organizar e “cantar” os pedidos para as diversas praças6 da cozinha.  Organizar inventários e controles. 1.2.2. 1º Cozinheiro e/ou Sub-chefe 4 Chefe de partida – É o responsável pela manutenção, organização e produção da área da cozinha, na qual é especializado. 5 Ficha técnica – é uma ficha onde se encontram todas as informações para produção da receita, como também o seu custo, valores calóricos, tipo de receita e demais informações, conforme a finalidade profissional da cozinha. 6 Praças – Divisões físicas e de recursos humanos da brigada da cozinha. Ex.: confeitaria, copa, cozinha central, etc.
  • 4. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 4 É o cozinheiro que conhece todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. Pode ser o único responsável em pequenas cozinhas e no caso de cozinhas de maior porte e sofisticação, o 1° cozinheiro, neste caso sub-chefe, assiste diretamente o “Chef” de Cozinha. No caso de ser o único responsável na cozinha, absorve as funções de um “Chef” de Cozinha. Funções principais de Sub-chefe:  Substituir o “chef”, na sua ausência.  Dar assistência ao “chef” de cozinha.  Receber e controlar as mercadorias solicitadas.  Supervisionar a higiene pessoal da equipe e dos locais de trabalho.  Supervisionar a qualidade da alimentação dos empregados.  Preparar a cozinha para o início e encerramento das atividades.  Responsável pelo controle das produções das praças. 1.2.3. Chefe Garde-Manger É o cozinheiro especializado em pratos frios: carnes, charcutarias, saladas, mousses, molhos frios e reaproveitamento dos alimentos cozidos. Responsável pela preparação inicial dos alimentos, mise-en-place 7 e pela conservação dos alimentos que necessitem de refrigeração e dos cozidos. Funções principais de um Chefe Gard-Manger  Supervisiona e treina sua equipe.  Prepara a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos de seu setor.  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Escalfar8 pescados que necessitem para o seu processo de conservação.  Preparar marinados9 , salmouras e molhos emulsionados.  Preparar ingredientes para recheios.  Montar saladas, sanduíches, canapés e similares.  Abrilhantar10 e apresentar pratos frios.  Montar e decorar mesas de buffet com arranjos de flores, de frutas, etc. 1.2.4. Chefe Rotisseur 7 Mise-in-place – pré-preparo de utensílios e ingredientes para produção dos alimentos e apresentação dos pratos. 8 Escalfar – termo técnico de método de cocção 9 Marinada – Mistura de temperos e ervas, vinhos, vinagres e azeites para temperar e aromatizar carnes em geral. 10 Abrilhantar – Técnica de “embelezar” pratos.
  • 5. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 5 É o cozinheiro responsável pela preparação de todos os pratos assados no forno, na grelha ou na chapa e responsável também pelas frituras. Funções principais de um Chefe Rotisseur:  Supervisiona e treina sua equipe.  Prepara a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos do seu setor.  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Cortar e tornear legumes para fritar ou assar, no caso da ausência do Chefe Legumier.  Assar carnes no forno, na chapa ou na grelha.  Assar massas no forno.  Guisar e brasear11 alimentos.  Montar e apresentar pratos quentes 1.2.5. Chefe Entremetier Especializado em legumes e guarnições12 quentes como arroz, cereais, sopas e ovos e suas derivações, inclusive agri-doces. Funções principais de um Chefe Entremetier  Supervisiona e treina sua equipe.  Prepara a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos do seu setor.  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Cortar e tornear legumes e verduras, no caso da ausência do Chefe Legumier.  Preparar purês de legumes.  Cozinhar ovos e suas produções básicas.  Preparar sopas e guarnições para pratos quentes. 1.2.6. Chefe Saucier Especializado em molhos quentes, caldos básicos e pratos com carnes, aves ou peixes, guisados ou braseados, cozidos em molhos. Funções principais de um Chefe Saucier:  Supervisiona e treina sua equipe.  Preparar a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos de seu setor. 11 Guisar e brasear – termos técnicos de métodos de cocção – ver definição em Parte II 12 Guarnição – Alimentos preparados com o objetivo de complementar e adornar o ingrediente principal do prato.
  • 6. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 6  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Guisar e brasear alimentos.  Preparar fundos e caldos13 .  Cozinhar molhos básicos e derivados  Preparar molhos emulsionados  Montar e apresentar pratos quentes 1.2.7. Chefe Patissier É o chef especializado em produtos de confeitaria. Seu local de trabalho, ou melhor, sua cozinha é independente das demais praças. Ao chefe Patissier subordina-se o confeiteiro. Funções principais de um Chefe Patissier  Supervisionar e treinar sua equipe.  Preparar a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos da confeitaria.  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Preparar as massas doces e salgadas para as diversas produções na cozinha e na confeitaria.  Modelar, montar e rechear massas.  Assar massas.  Preparar recheios, cremes e coberturas de confeitaria.  Abrilhantar e decorar massas de confeitaria.  Preparar doces.  Preparar massa de sorvetes.  Montar mesa de buffet de sobremesas  Flambar, fritar e gratinar sobremesas.  Elaborar e criar receitas doces 1.2.8. Padeiro – Masseiro É um técnico especializado em massas e produtos de padaria. Sua função existe em grandes cozinhas e é subordinado ao Chefe Patissier. Principais funções de um Padeiro:  Determinar a lista de compras e estocar e conservar os produtos.  Preparar massas em geral para a cozinha e confeitaria.  Produzir e rechear massas italianas, pães e pizzas.  Assar as produções de massas. 13 Fundos e caldos – termo técnico de bases para molhos
  • 7. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 7 1.2.9. Açougueiro – Boucher É o técnico especializado nas preparações de carnes para o cozimento. Sua função é subordinada ao Chefe Garde-Manger e ao Chefe Rotisseur. Principais funções do Boucher:  Controlar e conservar todas as carnes.  Limpar, cortar e porcionar as carnes, miúdos, ossos, peixes, moluscos, crustáceos e aves. 1.2.10. Ajudante de Cozinha Sua função é acompanhar e dar assistência ao chefe e aos cozinheiros de seu setor. Desempenha as tarefas mais simples na preparação dos alimentos. Trabalha com supervisão de seus chefes. Limpa móveis, equipamentos e utensílios e a cozinha. 1.2.11. Aboyeur Sua função é receber as comandas14 e “cantar” os pedidos para as diversas praças da cozinha. A saída dos pedidos também se encontra sob seu controle. O aboyeur é encontrado em cozinhas de grande porte. Para médio e pequeno porte, esta função é absorvida pelo 1º Cozinheiro ou Chefe de Cozinha. 1.2.12. Tournant Sua função é de substituir chefes de partida, durante o período de férias, folgas semanais e doenças. 1.2.13. Copeiro – Lancheiro É o cozinheiro da copa central de um hotel. Principais funções do Copeiro:  Preparar a lista de compras para o setor.  Estocar e conservar os produtos da copa.  Preparar o setor para o início e fim dos serviços.  Cortar frios e charcutarias.  Preparar conservas de legumes e carnes.  Preparar sucos e vitaminas, mingaus e mamadeiras.  Fritar alimentos.  Preparar sanduíches e aperitivos.  Preparar molhos emulsionados. 14 Comanda – Ordem de serviço onde são especificados os pedidos dos clientes.
  • 8. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 8  Cozinhar ovos e derivados.  Montar pequenas saladas e sobremesas.  Preparar café, chás e leites, inclusive café da manhã em hotéis. 1.2.14. Peão de Cozinha – Stuart O Stuart desempenha exclusivamente as atividades de limpeza e lavagem na cozinha. Lava móveis, equipamentos, utensílios internos de uso da cozinha, copos e utensílios de apresentação dos pratos. Sua função também inclui a manutenção da limpeza de pisos, janelas e bancadas. 1.3. Classificação e Organização da Cozinha Profissional A classificação e a organização da cozinha profissional dependem de vários fatores, como o tamanho do estabelecimento, a categoria e objetivo do restaurante. Esses fatores irão influenciar na concepção da cozinha e de suas instalações necessárias, tipo de organização da cozinha convencional15 ou moderna16 , porte da brigada de cozinha, número de chefes de partida. A classificação que se segue foi concebida pelo ponto de vista de porte, tamanho da cozinha profissional. É importante observar que grande porte, não implica melhor qualidade. A qualidade está nos objetivos e manutenção dos mesmos por parte do estabelecimento e na escolha de seus profissionais. A apresentação da classificação e organização da cozinha profissional será através de organogramas. 1.3.1. Cozinha de Pequeno Porte 15 Convencional - Hierarquia e organização clássica francesa. 16 Moderna – Hierarquia e organização simplificada. Chef de Cozinha 1º Cozinheiro Stuart 1º Cozinheiro Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Cozinheiro Stuart
  • 9. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 9 1.3.2. Cozinha de Médio Porte Chef de Cozinha 1º Cozinheiro Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Confeiteiro Rotisseur Entremetier Saucier Patissier Ajudante Ajudante Ajudante Stuart Ajudante Ajudante Ajudante Stuart
  • 10. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 10 1.3.3. Cozinha de Grande Porte 2. Equipamentos, Móveis e Ferramentas da Cozinha Profissional 2.1. Equipamentos de preparação São equipamentos manuais ou mecânicos que servem para cortar, bater, ralar etc. alimentos crus ou cozidos. Os mais utilizados na cozinha moderna são: 2.1.1. Moedor de carne Manual ou elétrico, tritura e mói todo tipo de alimento mole tipo carnes, legumes etc. após o uso deve ser lavado imediatamente evitando o ressecamento de resíduos em seu interior. Não introduzir alimentos duros para o corte. Chef de Cozinha Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Confeiteiro RotisseurEntremetier Saucier Patissier Cozinheiro Boucher Ajudante Padeiro Legumier Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Tournant Aboyeur Sub-chefe 1º Cozinheiro 1º Cozinheiroou ou Ajudante
  • 11. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 11 2.1.2. Triturador – Cutter Transforma em pasta todo tipo de alimento crus ou cozidos. Usado para patês, mousses de carnes e demais produções pastosas. Deve ser lavado após o uso. Afiar sempre as facas. Nunca introduzir as mãos sob a tampa ao operá-lo. 2.1.3. Cortador de frios Máquina elétrica usada para cortar alimentos semi-duros em fatias uniformes. Funcionam automaticamente ou com a ajuda de um braço movido manualmente. As lâminas devem sempre estar afiadas. Limpar após o uso. 2.1.4. Descascador de batatas Pode também ser usado para outros tubérculos e raízes. Possui um disco revestido por uma lixa. Os produtos são introduzidos com água para o descascamento e lavagem simultâneos. O interior da máquina, após o uso, de ser lavado com escova. 2.1.5. Cortador de legumes Corta os legumes em diferentes formas. Apresentam-se em vários tamanhos e existem alguns tipos elétricos. Deve ser desmontado para a lavagem após o uso. 2.1.6. Batedeira Usada para misturar ou amassar diferentes alimentos: molhos friso, cremes, massas de cozinha, pastas, produtos de confeitaria etc. Possui um braço de 3 tipos: batedor é um conjunto de arames cruzados, misturador tem a forma de pá aberta e amassador, a forma de um gancho. Lavar após o uso com água e detergente. 2.1.7. Serra mecânica Usada para cortar ossos e carnes congeladas, permitindo um corte uniforme e reto (corte americano). Cuidado com as mãos durante o manuseio. Manter sempre limpo após o uso. 2.1.8. Liquidificador Tritura e liquidifica os alimentos em alta velocidade. Nunca sobrecarregar com alimentos duros e em grande quantidade. Lavar o copo superior após o uso. Não introduzir as mãos ou qualquer objeto auxiliar durante a operação. 2.1.9. Espremedor de frutas Usado para retirar o suco de frutas cítricas. Existem vários tamanhos e podem ser manuais ou elétricos. Desmontar para fazer a limpeza correta.
  • 12. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 12 2.1.10. Balanças Mecânica ou eletrônica de alta precisão. Usadas para o controle de mercadorias e preparação das receitas, devem ser niveladas para o registro exato do peso. Manter sempre limpas. Precauções gerais • Verificar fios e tomadas elétricas se estão em bom estado para evitar curto e choques; • Montar todas as peças dos equipamentos antes de iniciar o uso; Nunca introduzir as mãos nas partes móveis durante a operação; • Evitar roupas que possam se prender nas peças móveis das máquinas durante o uso. 2.2. Equipamentos de Cocção Princípios Gerais de Funcionamento São equipamentos em forma de móveis providos de queimadores ou outra fonte de calor, alimentada a gás, eletricidade, carvão, óleo ou lenha e servem para preparar alimentos e mantê-los quente. O calor é transmitido aos alimentos de duas maneiras: 1. Por contato direto ou irradiação de um condutor metálico instalado sobre a fonte de calor (chapa, grelha, etc.); 2. Por um transmissor auxiliar como água, vapor d‟água, gordura, ar quente etc. 2.2.1. Bloco de Cozinha – Unidade de Cocção É o conjunto de equipamentos unidos em um só bloco. Localiza-se no centro da área de trabalho e composto das seguintes partes:  Fogão Central É o equipamento mais usado na cozinha. Podem ser elétricos ou a gás. Possuem suporte sobre os queimadores ou resistência para a sua utilização. Existem tipos que funcionam a carvão ou a lenha. Deve ser mantido sempre lavado com água e sabão após cada etapa de trabalho.  Banho – Maria Usado para manter quente o alimento sob ação do calor transmitido pela água aquecida. Pode ser elétrico ou a gás.
  • 13. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 13  Grelhas e Chapas Possuem unidades de calor instaladas debaixo das chapas ou grelhas de metal que aquecidas assam ou frigem os alimentos. Raspar para a limpeza depois de cada uso.  Fritadeiras Preparam alimentos fritos em banho de óleo.  Forno Usado para assar, estufar, guisar e cozinhar em banho-maria. O calor emitido age sobre os alimentos de maneira uniforme. A temperatura é regulada por termostato. Podem ser a gás, lenha, elétrico. Existem fornos a vapor que permitem a operação com vários tipos de alimentos simultaneamente. Os fornos que não possuem auto-limpante devem ser desmontados e limpos periodicamente.  Caldeirão Usado para preparar alimentos em grande quantidade, em líquido ou vapor. O corpo é revestido de parede de aço por onde circula o vapor. Dispõe de tampa hermética provida de válvulas de segurança. Lavar apenas com água e detergente e não usar objetos que arranhem o seu interior. Deve ser feita a manutenção periódica por pessoal especializado.  Salamandra Usada para gratinar os alimentos através da irradiação de calor de um metal quente sobre os alimentos. Fazer limpeza periódica desmontando as partes móveis. Precauções • Há perigo de explosões nos equipamentos a gás. Observar o funcionamento adequado das chaves de controle de gás; • Não avivar fogos de carvão ou lenha derramando combustíveis líquidos sobre eles; • Equipamentos elétricos podem causar curtos ou choques. Pedir manutenção periódica e observar fios condutores e interruptores de energia elétrica; • Equipamentos a vapor podem explodir. Certifique-se do bom estado para o funcionamento e limpeza das válvulas de segurança. 2.2.2. Equipamentos de refrigeração São móveis ou conjuntos de câmaras ligadas a um sistema de refrigeração e servem para conservar os alimentos sob a ação do frio. Existem dois tipos principais: geladeiras (de 0 a 12°C) e freezers (abaixo de -18°C ). Composto de 3 partes principais: 1. O compressor ligado a um eletromotor
  • 14. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 14 2. O condensador e 3. As serpentinas O compressor e o condensador são sempre instalados fora dos recintos onde se guardam os alimentos refrigerados e têm a função de manter a refrigeração no ambiente interno. A manutenção destes equipamentos deve ser feita por técnicos especializados. Cuidado ao limpar para não ferir as serpentinas. Observar a temperatura interna dos equipamentos para a sua utilização adequada. Manter as serpentinas sempre livre de gelo. Abrir somente quando necessário e o menor tempo possível. Os mais usados são:  Câmaras Frias Servem para armazenar alimentos em baixas temperaturas. Possuem câmaras refrigeradoras e congeladas. Para evitar que o ar externo penetre na câmara é comum instalar uma antecâmara. Recomenda-se dividi-las em secções isoladas com sua própria finte de resfriamento. Deve ser localizado o mais longe possível de qualquer fonte de calor. A limpeza deve ser feita periodicamente com água e sabão após o desligamento completo do equipamento. Todo o gelo deve ser removido das paredes e serpentinas.  Geladeiras Possuem características idênticas às câmaras, porém de tamanho menor e podem se apresentar como refrigeradores ou congeladores. Devem estar localizadas na área de conservação dos alimentos e a limpeza deve ser feita se necessário.  Refrigeradores – Balcão São dotados de vidros para a exposição de mercadorias com portas escorregadias para facilitar o serviço.  Refrigeradores – Mesa Têm a altura de uma mesa, portas na frente e compartimentos internos para a colocação de recipientes. Devem ser mantidos limpos. 2.2.3. Móveis de Cozinha São equipamentos sem funcionamento próprio usado para guardar as mercadorias e possibilitar a preparação dos alimentos sobre eles. São feitos de diversos materiais e podem ter prateleiras e gavetas. Os móveis de maior uso são:  Mesas de trabalho Tem uma superfície lisa e horizontal montada sobre uma estrutura de base. Podem ser de aço inoxidável, mármore, madeira e outros materiais. Algumas possuem gavetas para ferramentas e condimentos. Servem também para a instalação de equipamentos.
  • 15. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 15  Prateleiras Podem estar adaptadas às mesas ou paredes. Estrutura metálica, alvenaria ou madeira. São muito úteis na cozinha para a colocação de utensílios, gêneros alimentícios etc.  Balcões Parecidos com mesas de trabalho, porém possuem equipamentos de conservação tipo estufa para a utilização em copas e área de garçons.  Carros-Estantes São mesas de trabalho e prateleiras providos de rodas para transportar materiais de cozinha e diversas mercadorias. Todos os móveis acima mencionados requerem limpeza contínua para o uso apropriado. A moderna concepção higiênica desaconselha o uso de móveis de madeira. 2.2.4. Recipientes de Cozinha para Cocção São utensílios que servem para receber os alimentos utilizados na cozinha. Servem para preparar, esquentar e conservar os alimentos. Podem ser feitos de vários materiais. Os mais usados são:  Caçarolas Usados para a cocção dos alimentos e podem ser de diversos materiais. Variam de tamanho e formato e podem conter de 2 a 30 litros. Podem ter duas asas ou cônicas com cabo.  Caldeirões Tem forma cilíndrica, duas asas e de maior tamanho que as caçarolas, permitem preparações de maior quantidade de alimentos, 0 a 100 litros de capacidade.  Frigideiras De aço, alumínio ou cobre, base redonda com bordas baixas e servem para a preparação de diversos alimentos, revestidos ou não de material antiaderente e devem ser cuidadosamente lavadas.  Assadeiras Peças de metal, de base retangular ou ovalar e servem para a utilização em fornos. Podem servir de banho-maria para pequenas preparações.
  • 16. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 16 Recipientes de Cozinha para Conservação  Travessas de plástico Têm a forma de bandejas e são usadas para conservar alimentos sob refrigeração.  Travessas de inox  Cestas De metal ou material plástico servem para armazenar alimentos sob refrigeração que requerem maior circulação de ar.  Potes herméticos 2.2.5. Recipientes para Apresentação dos Alimentos São peças em que se apresentam comestíveis preparados tipo: pratos, taças, tigelas, travessas, sopeiras, legumeiras, molheiras, panelas de barro, saladeira. Podem ser de material refratário de vidro ou loca para alimentos quentes e cristais para bebidas e coquetéis. São eles:  Pratos Rasos: em cerâmica ou porcelana para servir iguarias prontas. Sobremesa: de tamanho menor que os rasos, servem para sobremesas. Fundos: usados para servir sopas e similares, côncavo com capacidade de ¼ de litro. Saladas: possuem formatos e tamanhos diversos e usados de acordo com a salada a ser servida.  Taças Em louça, com duas asas, servem alimentos líquidos, quentes ou frios, sobre um pires.  Sopeiras Servem para apresentar as sopas antes de servir no prato.  Travessas Servem para servir os alimentos à mesa, podem ser de diversos materiais.
  • 17. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 17  Panelas de Barro Usadas para preparar e servir pratos típicos regionais.  Molheiras Pequeno utensílio onde se apresentam os molhos frios ou quentes.  Recipientes Refratários De várias formas ou tamanhos, em vidro ou louça refratária ao calor, usado para preparar e servir pratos gratinados, tortas, souflés.  Taças para Coquetéis Serve alimentos líquidos tipo coquetel, sobre gelo em recipiente acoplado. Os utensílios devem ser lavados com água e sabão e esterilizados para o uso. Não utilizar esponjas de aço. 2.2.6. Ferramentas de Cozinha Servem para manipular alimentos. Recebem, transportam, medem, coam, cortam, trituram, armam, picam e afilam os alimentos para a sua preparação. Podem ser de diversos materiais tais como: metais, fibras, telas, madeiras e outros. Os principais tipos são:  Garfo de cozinha Possuem duas pontas finas, retas e paralelas. Servem para virar carnes durante a cocção e segurar alimentos para serem trinchados.  Espátula É um tipo de faca sem fio e servem para panquecas, fritadas e assados na chapa.  Escumadeira Serve para retirar espumas e resíduos de cocção.  Colher de arame Tem a forma da escumadeira mas são feitas de arame trançado e servem para retirar comestíveis de líquidos e frituras.
  • 18. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 18  Coador – Caçarola Serve para separar produtos fervidos de caldos e água. Serve também para escorrer alimentos preparados e lavagem de outros crus.  Coador Chinox Serve para passar sopas, cremes e molhos.  Concha Usada para tirar porções de caldos, molhos, sopas, fundos, guisados e outros alimentos envolvidos em líquidos.  Batedor de arame Feito de arame flexível entrecruzado e serve para bater ovos, cremes e molhos.  Batedor de bife Serve para achatar carnes cruas.  Passador de purê Serve para tornar em pasta os legumes cozidos e macios.  Socador É uma peça de madeira abaulada com cabo e serve para amassar temperos.  Peneira Serve para passar farinhas, legumes e carnes cozidas ou para fazer purês e pastas.  Faca grande de cozinha Tem lâmina larga e termina em ponta fina. Mede até 35 cm, servem para reduzir em porções carnes, ossos, aves, peixes, legumes etc.  Faca para trinchar Possui 40 cm e serve para cortar peças grandes de carne.
  • 19. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 19  Faca para açougue Tem lâmina lisa e fixa e o dorso reforçado para cortes de carnes cruas.  Faca desossadora É uma faca pequena com o dorso reforçado, lâmina lisa e pode ser flexível, usada para desossar carnes cruas.  Faca para filetear Tem lamina comprida e estreita e serve para cortar rosbife, frios e carnes finamente, retirar filés de peixes.  Faca para legumes e frutas Podem ser grandes, médias ou pequenas e servem para cortar legumes e frutas em diferentes formas.  Faca boleadora Serve para bolear polpas e frutas e legumes.  Faca descascadora Serve para descascar frutas e legumes.  Mandolim Retangular, tem lâminas afixadas no centro por onde passam os alimentos para serem cortados, fileteados etc.  Cortador de batatas e legumes Cortar uniformemente legumes e batatas em palito ou quadrado.  Meia-lua Tipo de faca com lâmina em meia-lua com dois pegadores laterais para picar legumes e condimentos.  Faca de pão Comprida e larga, semi-flexível, com serras para cortar pães.
  • 20. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 20  Cortador de Ovos Serve para cortar ovos cozidos e descascados.  Machadinha – Cutelo Servem para picar ossos e separar costelas, possuem lâmina larga e dura com o dorso reforçado.  Serra Lâmina de aço dentado presa a uma armação de metal e serve para cortar ossos e carnes congeladas.  Amolador e Afilador Serve para amolar e afilar facas de cozinha e equipamentos de preparação.  Agulhas Usadas para lardear e suturar peças inteiras de carnes, aves e peixes.  Tesouras Servem para trinchar aves e peixes pequenos, auxiliar na abertura de embalagens na cozinha e dividir massas de pães.  Abridores Servem para abrirem latas de preparos industrialmente e se apresentam em vários tipos e tamanho. Observações gerais • Essas ferramentas não devem ser expostas ao calor. • Não lavá-los em água fervente. • Os instrumentos de corte devem ser usados sobre uma tábua de corte. • Usar somente ferramentas limpas e livres de oxidação. • Usar sempre o fusil (chaira) para manter o fio da faca. • Manusear os instrumentos pontiagudos sempre pelos cabos.
  • 21. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 21 Informações Técnicas Culinárias Os Alimentos e suas aplicações na Gastronomia 1. Informações Técnicas Culinárias 1.1. Métodos de Cocção São técnicas utilizadas no preparo dos alimentos crus sob a ação de calor. Os comestíveis são cozidos com a finalidade de torná-los aptos para serem consumidos, facilitando a digestão, adquirindo sabor especial e melhor apresentação. Existem regras padronizadas para a cocção dos alimentos que constituem a essência do trabalho do cozinheiro. Classificam-se de três formas:  Calor seco – desidratar o alimento – método concentrante  Calor úmido – hidratar o alimento – método dissolvente  Calor misto – Concentrar e dissolver o sabor 1.1.1. Calor seco Usa-se esse método para alimentos tenros, compostos de fibras macias para a rápida penetração do calor seco, acentuando o sabor devido à cocção simultânea do seu suco natural. Os métodos clássicos são: 1.1.1.1 Assar ao forno É um método pelo qual se aplica ar quente nos alimentos. Assar no forno é um método direto de cocção, sem adição de líquidos. Os alimentos são temperados previamente com ervas, vinha d‟alhos, sal grosso. Os alimentos podem ser regados com gordura. As carnes assadas no forno podem apresentar as seguintes características17 : TIPO DE CARNE COR DO SUCO TEMPERATURA INTERNA GRAU DE COCÇÃO VERMELHA VERMELHO ESCURO 45ºC CRUA VERMELHA VERMELHO 50ºC SANGRENTA VERMELHA ROSADO 60ºC AO PONTO VERMELHA CLARO/LÍMPIDO 75ºC BEM-COZIDA VITELA CLARO/LÍMPIDO 85ºC BEM-COZIDA PORCO/AVE CLARO/LÍMPIDO 85ºC BEM-COZIDA 17 Tabelas extraídas de – „Teichmann, Ione – Tecnologia Culinária – Editora da Universidade de Caxias do Sul, 2000, Caxias do Sul, RS
  • 22. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 22 O calor seco pode ser utilizado na cocção de outros alimentos. Conforme a constituição do alimento e estrutura do ingrediente, existem temperaturas (médias) que são exigidas para alcançar bons resultados de cozimento e aparência: 1.1.1.2 Assar na chapa ou grelha Método de cocção, o qual permite o cozimento do alimento, mantendo o seu sabor e os seus sucos internos. É um método que cozinha rapidamente o ingrediente. A temperatura inicial é de 220/250ºC, selagem do alimento, continuando com temperaturas mais baixas, 180/200ºC, até ponto desejado. 1.1.1.3 Gratinar É um método que tem como objetivo irradiar calor sobre a superfície do alimento. A temperatura é alta, 250ºC a 300ºC. O objetivo é colorir o alimento. Usa-se um equipamento especial chamado salamandra e a exposição ao calor é muito rápida. 1.1.1.4 Saltear É um método de cocção rápida do alimento, de pequeno porte, cujo procedimento é realizado através da fritura do alimento em pouca gordura, com fogo alto, conservando sabor e textura. O objetivo deste método é colorir e agregar sabores rapidamente. Se o ingrediente for uma proteína animal, os resíduos formados no fundo da panela (roti) podem ser utilizados para preparar molhos. O método utilizado para a formação do molho é chamado de “deglacear o roti”, o qual consiste em agregar água à panela para soltar todos os resíduos da fritura. 1.1.1.5 Fritar É o método que consiste em imergir o alimento em gordura quente, formando uma crosta ao redor de todo o alimento. Nesse método, pode-se utilizar freqüentemente o empanamento. Existem quatro formas tradicionais de empanamento:  Empanar a milanesa Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido inteiro e na farinha de rosca.  Empanar a dorê Consiste em passar o alimento na farinha de trigo e no ovo batido.  Empanar a Orly Consiste em cobrir o alimento com uma massa feita de farinha, ovos e líquido (água, leite, vinho ou cerveja).
  • 23. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 23  Empanar a inglesa Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido inteiro e na farinha feita de pão fresco. Alimento Temperatura Massas cruas – roscas, bolinhos 170ºC / 175ºC Massas cozidas – risoles, croquetes 180ºC / 185ºC Batatas 150ºC / 190ºC 1.1.1.6 Abafar Cocção muito rápida do alimento no seu próprio teor de umidade (180ºC). 1.1.1.7 Refogar Cocção do alimento aquecido em gordura (180ºC) 1.1.1.8 Poêler Método de cocção que se utiliza o forno, em temperatura moderada, o que permite um cozimento brando no próprio suco do alimento. 1.1.2. Calor úmido O objetivo de se utilizar um método de cocção com calor úmido é o de amolecer os alimentos. Nesse método o vapor de água penetra nas fibras e quebra sua consistência. Os comestíveis perdem em parte o sabor e o valor nutritivo. As substâncias aromáticas naturais dos alimentos passam para o líquido. De cozimento, o qual é um importante componente da produção alimentar. 1.1.2.1 Branquear Cocção de alimentos delicados, através de líquido quente. O tempo de cocção é de alguns minutos, o que possibilita firmeza do alimento e seu pré-preparo para congelamento, conservas e frituras.
  • 24. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 24 1.1.2.2 Ferver Consiste em cozinhar o alimento, completamente, mediante aplicação direta do calor através de líquido em ebulição. 1.1.2.3 À vapor Consiste em cozer os alimentos rapidamente, com aumento da temperatura do recipiente de cozimento, através do aumento da pressão interna do mesmo. 1.1.3. Calor misto O calor misto compreende método de cocção em que é utilizado o calor seco e úmido, de forma alternada ou em conjunto. 1.1.3.1 Estufar É um procedimento que se emprega pouco ou nenhum líquido na cocção. O cozimento é lento (100ºC/120ºC) e se mantém a panela tampada para manter o calor e impedir a evaporação. 1.1.3.2 Brasear Serve para grandes peças de carnes. Faz-se como o estufar, com pouco líquido e cozimento lento. 1.1.3.3 Guisar É um método de cocção em que se refoga o alimento, mexendo-o sempre. Pode-se adicionar líquido se necessário, porém o alimento deve se manter úmido, contudo sem molho. Não usar a panela tampada para guisar um alimento.
  • 25. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 25 Produções: Métodos de cocção 1 Receita: Couve * Classificação: Guarnição Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- Couve manteiga 3 folhas 2- Sal QB ** 3- Alho 1 dente 4- Cebola 20 GR 5- Bacon 40 GR 6- Óleo 25 ML Modo de preparo: 1- Lavar e picar a Juliénne fina a couve. 2- Cozinhá-la abafada em uma panela com tampa. 3- Picar bem fino o alho, a cebola e o bacon e fritá-los no óleo. 4- Adicionar a couve, misturando-os bem. 5- Verificar o sal e deixar cozinhar por 5 minutos OBS: * Cozimento Abafado Receita: Bifes de panela * Classificação: Prato principal Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- Bifes pequenos de patinho 2 Unid. 2- Batata 1 Unid. 3- Cebola 1/2 Unid. 4- Tomate 1 Unid. 5- Óleo 50 ML 6- Sal Q.B. *** 7- Orégano seco Q.B. ***
  • 26. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 26 8- Extrato de tomate 25 GR Modo de preparo: 1- Descascar as batatas, cortá-las em rodelas e reservá-las em água. 2- Lavar e cortar os tomates em rodelas. 3- Descascar as cebolas e cortá-las em rodelas. 4- Em uma panela, colocar a metade do óleo. 5- Colocar no fundo a cebola. 6- Em cima da cebola os bifes e polvilhar com sal. 7- Sobre os bifes as rodelas de tomate e polvilhar com orégano. 8- Estufar com a panela bem tampada e a fogo brando. 9- Na metade do cozimento regar com o extrato de tomates dissolvido em água. 10- Terminar de cozinhar, tampado. * Cozimento estufado. Receita: Batatas Sautées Classificação: Guarnição Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- Batatas 3 Unid. 2- Sal Q.S. ** 3- Manteiga 25 GR 4- Salsinha picada bem fina Q.S. ** Modo de preparo: 1- Descascar as batatas e cortá-las em rodelas grossas. 2- Cozinhá-las em água com sal. 3- Salteá-las em uma frigideira (Sautésse) com a manteiga e a salsinha. * Cozimento, saltear.
  • 27. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 27 Métodos de cocção 2. Receita: Picadinho a jardineira * Classificação: Prato principal Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- Filé mignon 300 GR 2- Óleo 50 ML 3- Alho 2 dentes 4- Cebola 50 GR 5- Louro 1 Flh. 6- Jadineira de legumes pré-cozida congelada 250 GR 7- Extrato de tomate 50 GR 8- Sal Q.S. ** 9- Orégano seco Q.S. ** Modo de preparo: 1- Picar o filé em cubos bem pequenos. 2- Picar o alho e a cebola bem pequenos e fritar no óleo. 3- Adicionar a carne e fritar mexendo sempre. 4- Adicionar o louro e salgar. 5- Adicionar o extrato de tomate dissolvido na água. 6- Adicionar o orégano e deixar cozinhar. 7- Descongelar a jardineira no microondas e adicioná-la no picadinho. 8- Deixar cozinhar por 05 minutos. * Método de cozimento, guisar. Receita: Brócolis alho-óleo * Classificação: Guarnição Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitário Preço parcial 1- Brócolis fresco 1/2 MAÇO 2- Alho 5 dentes 3- Óleo 100 ML Modo de preparo: 1- Limpar os brócolis 2- Esquentar água em uma panela. 3- Quando ferver, colocar os brócolis por alguns minutos. 4- Retirar, deixar esfriar bem ( choque térmico) 5- Picar o alho bem pequeno e fritar no óleo até dourar. 6- Adicionar os brócolis e deixar cozinhar "al dente". * Cozimento, branquear.
  • 28. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 28 Receita: Frango ensopado * Classificação: Prato principal Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- Frango 3 sobrecoxa. 2- Óleo 50 ML 3- Alho 1 DENTE 4- Cebola 100 GR 5- Cenoura 50 GR 6- Louro Q.S. ** 7- Orégano seco Q.S. ** 8- Caldo de galinha concentrado Q.S. ** 9- Sal Q.S. ** 10- Extrato de tomate 50 GR Modo de preparo: 1- Salgar o frango. 2- Descascar as cenouras e cortá-las em rodelas. 3- Picar o alho e a cebola e fritá-los a branco no óleo. 4- Adicionar o frango, o louro e as cenouras.Refogar tudo. 5- Adicionar o extrato de tomate disolvido em 250 ml de caldo (feito com o caldo concentrado) 6- Deixar cozinhar tampado. * Método de cozimento, ensopar. 2. Temperos e Ervas 2.1. Ervas e especiarias para produções culinárias salgadas As ervas, em primeiro lugar, devem ser escolhidas de acordo com o ingrediente principal do prato e seu sabor. Por último devemos observar seu efeito visual. Devemos nos aliar às ervas e aos condimentos, utilizados na receita, para decorar o prato e realçar o sabor. A salsinha, em especial a salsinha japonesa, é um coringa para enfeites de pratos salgados. Mas devemos usá-la com muita criatividade para não se obter uma decoração comum. Sugestões do uso de temperos, ervas e especiarias para pratos salgados encontram-se no quadro abaixo.
  • 29. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 29 Nome da erva ou especiaria Características Sugestão de uso Açafrão Ramas(pistilo da flor) ou em pó de cor laranja Para a elaboração de peixes, frango e arroz Aipo Fresco ou na forma de Sal de Aipo (sementes secas e moídas com sal) Fresco - para elaboração de saladas e guarnições cozidas para carnes peixes e aves. Para elaboração de caldos de galinha e carne. Sal de Aipo - para elaboração de molhos para saladas e pratos quentes, para realçar o sabor de sopas. Alecrim Fresco ou seco Para elaboração de carnes, aves e peixes. Molho para saladas cruas ou cozidas. Coentro Folhas frescas ou grãos moídos Folhas frescas - Para elaboração de pratos à base de peixes e crustáceos. Grãos moídos - Para elaboração de pães de especiarias, biscoitos. Cominho Grãos secos ou moídos Grãos secos – Para elaboração de pães de especiarias (polvilhado por cima do pão), saladas de batatas e legumes Grãos moídos - Para elaboração de carnes e sopas. Manjerona Erva fresca ou seca Para elaboração de aves, peixes, ovos. Para aromatizar e dar sabor a saladas de tomates, legumes frescos ou cozidos e molhos para massa. Mostarda Grãos inteiros ou moídos Para elaboração de molhos, em geral, para carnes, aves e peixes. A mostarda em pasta pode ser usada para temperar previamente carnes e aves e na montagem de sanduíches e canapés. Noz - moscada Inteira ou em pó Para elaboração de molhos bechamel (brancos), legumes cozidos, tempero de carnes, aves e peixes. Para elaboração de ovos e guarnições de batatas. Orégano Folhas secas Para elaboração de molhos de tomates, para temperar previamente aves e, levemente, peixes Papoula Sementes miúdas na cor azul escuro. Leve sabor de nozes Para elaboração de pratos que levem queijo. Molhos bechamel (brancos) e para saladas. Páprica Pó de cor vermelha Para elaboração de aves, carnes, alguns pratos com peixe, pratos com queijo (ricota) e molhos para salada.
  • 30. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 30 Nome da erva ou especiaria Características Sugestão de uso Pimenta do reino Grãos brancos, verdes, rosas ou pretos ou grãos moídos Tempero básico para quase todas as elaborações de pratos salgados. A pimenta do reino verde é especial para preparação e apresentação de carnes. As sementes coloridas em grãos servem como aromatização e decoração de pratos. Salsa Erva fresca ou seca Para elaborar quase todos os tipos de alimentos. A salsa japonesa é excelente para decoração. Sálvia Erva fresca ou seca Para temperar previamente carnes, aves e recheios de tortas a base de queijo. Segurelha Erva fresca ou seca Para elaborar e temperar previamente aves, carne, ovos, legumes. Para elaboração de feijão branco e molhos para saladas. Tomilho Fresca ou seca Para elaboração de carnes, aves, legumes molhos e sopas 2.2. Ervas e especiarias para produções culinárias doces As ervas e especiarias para a elaboração da sobremesa devem ser usadas com parcimônia, principalmente para decorar a sobremesa. Recomenda-se a utilização da erva ou especiaria que se encontra na receita. O Importante é realçar o sabor. Sugestões do uso de ervas e especiarias para sobremesas encontram-se no quadro abaixo. Nome da erva ou especiaria Características Sugestão de uso Anis Estrela inteira, a sua semente,ou aromatizante Para elaboração de caldas doces e decoração Canela Rama ou em pó Rama - para a elaboração de caldas para pudins, bolos, frutas e sorvetes. Pó - para elaboração de bolos e sorvetes. Noz-moscada Inteira ou em pó Para elaboração de bolos e biscoitos. Pode ser ralada, no ralo fino e utilizada em pouquíssima quantidade em cima de sobremesas que levem mel Papoula Sementes miúdas na cor azul escuro. Leve sabor de nozes Na elaboração de bolos, biscoitos, folhados e na decoração de (empratados) Cravo Inteiro ou em pó Para elaboração caldas doces, bolos, biscoitos. Decoração de frutas cítricas. Erva- doce Sementes miúdas em tons de verde Para a elaboração de bolos, biscoitos, pães doces e na decoração (empratados)
  • 31. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 31 Nome da erva ou especiaria Características Sugestão de uso Gengibre Raiz inteira, em pó fresco ou moído Para elaboração de caldas, doces e utilizado em pouquíssima quantidade na decoração Gergelim Sementes pequenas na cor branca ou preta Para elaboração de bolos, pães, biscoitos, folhados e na decoração(empratados) Hortelã A erva fresca é o melhor modo de utilização Para elaboração de molhos frescos e decoração (empratados e travessas) Produções: Receita: TALHARIM À MODA DE MÁLASIA Classificação: PRATO PRINCIPAL Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- TALHARIM FRESCO 250 G. 2- PIMENTA DEDO DE MOÇA MOIDA 1 UNID. 3- GENGIBRE PICADO 10 G. 4- CEBOLA PICADA 50 G. 5- COENTRO DESIDRATADO MOIDO Q.S. *** 6- SEMENTES DE ANIZ MOIDAS Q.S. *** 7- COMINHO MOIDO Q.S. *** 8- CURCUMA MOIDA Q.S. *** 9- ÓLEO 50 ML. 10- CALDO DE GALINHA 400 ML. 11- BATATAS COZIDAS ESMAGADAS 200 G. 12- AMENDOIM MOIDO 50 G.
  • 32. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 32 13- SAL Q.S. *** Modo de preparo: 1- EM UMA CAÇAROLA AQUECER O ÓLEO E FRITAR A CEBOLA, O GENGIBRE, A PIMENTA E AS ESPECIARIAS MOIDAS. 2- ADICIONAR O CALDO DE GALINHA E DEIXAR COZINHAR POR 5 MINUTOS 3- ADICIONAR AS BATATAS PARA OBTER UM MOLHO GROSSO E LISO. SALGAR 4- COZINHAR OS TALHARINES "AO DENTE" EM AGUA COM SAL. ESCORRER. 5- COLOCAR OS TALHARINES EM UMA TRAVESSA E EM CIMA O MOLHO Receita: FRANGO À MODA DE GEÓRGIA Classificação: PRATO PRINCIPAL Ingredientes: Quantidade Unidade Preço unitario Preço parcial 1- SOBRECOXA DE FRANGO 500 gr 2- LIMÃO 1 UNID. 3- LOURO 1 FOL. 4- TOMILHO SECO Q.S. *** 5- PIMENTA DO REINO BRANCA MOIDA Q.S. *** 6- MANTEIGA 50 G. 7- CEBOLA 150 G. 8- TOMATES CONCASSÉS 500 G. 9- SAL Q.S. *** 10- VINHO BRANCO 50 ML. 11- SEMENTES DE COENTRO ESMAGADAS Q.S. *** 12- ENDRO FRESCO PICADO FINO Q.S. *** Modo de preparo: 1- CORTAR O FRANGO NAS JUNTAS E TEMPERAR COM SAL E PIMENTA. RESERVAR. 2- EM UMA CAÇAROLA, FRITAR O FRANGO NA MANTEIGA ATÉ ADQUIRIR A COR MARROM DOURADO. RETIRÁ-LOS E RESERVAR. 3- NO MESMO ÓLEO DA PANELA FRITAR A CEBOLA PICADA. 4- ADICIONAR O COENTRO, O TOMILHO, O LOURO, O VINHO E O TOMATE. DEIXAR FERVER. 5- COLOCAR NO MOLHO O FRANGO RESERVADO. 6- CORTAR O LIMÃO EM RODELAS E COLOCÁ-LO SOBRE O FRANGO. 7- TAMPAR A PANELA E DEIXAR COZINHAR ATÉ O FRANGO ESTAR MACIO. SE SECAR ADICIONAR MAIS VINHO OU AGUA, CASO SEJA NECESSÁRIO. 8- SALPICAR COM O ENDRO PICADO ANTES DE SERVIR.
  • 33. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 33 3. Leguminosas, Cereais e Derivados. São comestíveis de origem vegetal usado como acompanhamento ou elementos de ligação de pratos, apresentados em estado natural ou refinados (farinhas ou sêmolas). No beneficiamento dos grãos, perde-se grande parte do valor nutritivo pela retirada de uma película que cobre a polpa. As farinhas integrais são produtos descascados em que se conservam estas películas. Os produtos mais utilizados são: 3.1. Leguminosas e Cereais  Trigo cereal cultivado no mundo inteiro, em regiões de clima temperado, de uso milenar. A farinha é mais utilizada na cozinha. Podem ser de grão duro (massas de levedura e pastifício) ou mole (ligação de molhos, sopas e massas de pastelaria);  Milho originário da América do Sul, cultivado em clima temperado e quente. Usado verde em grão debulhado ou seco, triturado e transformado em farinhas. Muito comum em pratos regionais;  Centeio proveniente de climas frios, usado na panificação em forma de farinha;  Aveia cereal de clima temperado usado em flocos ou farinhas na confeitaria;  Cevada utilização restrita na cozinha, mais usada para bolos, panquecas (blinis);  Arroz originário da Ásia, de clima subtropical, é o alimento básico do mundo, usado na cozinha internacional e regional para sopas, entradas, saladas, pratos fortes e sobremesas;  Feijão é uma leguminosa que cresce em todos os climas, apresenta-se preto, roxo, pintado, amarelo, braço etc. as sementes são consumidas extraídas de vagens. Também consumido em pratos internacionais e regionais.  Ervilha é um grão obtido da vagem de ervilha cultivada em hortas. Pode ser consumida em vagens inteiras (ervilha torta) ou em grãos frescos, conservas ou secos para os mais diversos pratos;  Grão-de-bico grão de vagem da Ásia, usado seco e cozido em pratos regionais;  Lentilha planta rasteira da família das leguminosas de uso difundido na cozinha européia;  Soja leguminosa muito nutritiva originando vários subprodutos: farinha, óleo, proteína texturizada (carne de soja) etc. 3.2. Derivados 3.2.1. Farinha Substância finamente moída obtida de grãos de cereais. Utilizadas como elementos de ligação, massas, sopas, pudins etc. podem ser fortes (integrais) ou suaves (refinadas).
  • 34. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 34 3.2.2. Sêmola É o grão seco, moído grosseiramente e serve para massas de cozinha, confeitarias e sopas. 3.2.3. Fécula Extraído de cereais e legumes de raiz e tubérculos. É um pó amido, resultado da trituração a seco, eliminada a água. Insolúvel na água engrossa a partir de 60°C. As mais usadas na cozinha são: milho, arroz, mandioca (polvilho), sagu etc. Produtos muito usados na confeitaria e em cozinhas regionais, de alto poder de brilho e transparentes. Existem outros subprodutos de importância na cozinha como: glicose, óleos, álcool, com flakes etc. Observações gerais  Separar as impurezas dos alimentos antes de prepara-los;  Colocar de molhos na água fria os grãos inteiros antes de cozinha-los;  Os grãos frescos são conservados sob refrigeração;  Os grãos secos são conservados em ambiente naturais e ventilados por muito tempo;  Os grãos frescos devem ter cor intensa e polpa rugosa;  Os grãos secos se apresentam sem cheiro, bem secos e com a polpa lisa, livres de pós que indicam a presença de bichos;  As farinhas possuem data de validade de acordo com o processo de refinamento. Observar as embalagens.
  • 35. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 35 Produções RECEITA: Risotto de Cevada com Chourizo Espanhol Ingredientes Quantidade Unidade Para marinada: Cevada em grãos 150 Gr Vinho branco seco 20 Ml Cardamomo em semente 1 Unid Anis estrelado 1 Unid Canela em pau 5 Cm Tomilho fresco 1 Ramo Água 500 Ml Para risoto: Ervilhas frescas 30 Gr Chourizo espanhol 30 Gr Cebola 120 Gr Alho 20 Gr Vinho branco seco 50 Ml Manteiga 100 Gr Queijo Parmesão 50 Gr Sal Qb Pimenta Qb Louro Q Folhas Fundo de claro de aves 500 Ml Modo de Preparo: Marinada: 1. Numa panela funda, aquecer a água até quase ferver e retirar do fogo; 2. Adicionar os ingredientes da marinada cobrindo toda a cevada; 3. Manter a marinada até a água esfriar totalmente e os ingredientes da marinada liberarem o aroma; 4. Escorrer a água e retirar os ingredientes da marinada. Risoto: 5. Numa panela funda, aquecer a manteiga e suar o alho picado, a folha de louro e a cebola picada; 6. Adicionar a cevada e misturar envolvendo todos os grãos com a manteiga; 7. Adicionar o vinho e deixar evaporar o álcool; 8. Adicionar aos poucos, o fundo claro de aves aquecido, mexendo sempre, até os grãos ficarem cozidos “al dente” e a mistura ficar cremosa; 9. Adicionar as ervilhas frescas branqueadas e o chourizo espanhol cortado em cubos pequenos e fritos; 10. Finalizar com o queijo parmesão e ajustar o tempero.
  • 36. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 36 Ficha técnica Receita: - Cozido Espanhol Ingredientes Quantidade Unidade Grão de bico 150 G Costelinha de porco salgada 100 G Lingüiça calabresa 50 G Lingüiça portuguesa 50 G Lombo de porco 100 G Tomilho Q/B Salsa Q/B Sal Q/B Pimenta do reino Tomate concassé 70 G Alho 30 G Cebola 100 G Modo de preparo 1. Deixar o grão de bico de molho de véspera, cozinhar ate ficar al dente, retirar a casca. 2. Colocar também a costelinha salgada de molho. 3. Cortar as lingüiças em rodelas, cortar o lombo em cubos médios. 4. Suar o alho e a cebola, juntar as carnes e fritar ate ficarem levemente douradas. 5. Juntar o grão de bico e água para cozinhar. 6. Adicionar o tomate e tomilho e cozinhar até as carnes ficarem macias. 7. Corrigir os temperos e finalizar com salsa picada. Ficha técnica Receita: - Feijão Ingredientes Quantidade Unidade Feijão carioquinha 200 G Alho 25 G Cebola 30 G Folha de louro 1 Unid Água Q/B Modo de preparo Cozinhar o feijão em panela de pressão com água, sal e folha de louro. Assim que chegar no ponto onde o grão esteja macio. Desligar e preparar o tempero com alho e cebola. Adicionar o tempero e corrigir o sal.
  • 37. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 37 NOME DESCRIÇÃO USOS FEIJÕES Azuki ou adzuki Feijão marrom avermelhado com uma linha branca em um dos lados; sabor levemente adocicado; nativo da China. Pratos asiáticos, em principal na culinária japonesa e chinesa, em pratos salgados e na confeitaria. Preto Feijão preto e brilhante, de tamanho médio, arredondado e com formato de rim. Pratos mexicanos e brasileiros (incluindo a feijoada). Feijão-fradinho ou feijão-de-corda ou feijão-macassar Feijão de cor creme com uma mancha preta ao redor do hilo, de tamanho médio e com formato de rim. Pratos caribenhos e do sul dos Estados Unidos (incluindo o Hoppin‟John), brasileiros como o acarajé. Cannelini Feijão de tamanho médio, liso e branco, com formato de rim. Sopas e pratos italianos Grão-de-bico Feijão de tamanho médio, com formato de bolota, de cor alourada a marrom. Pratos do Mediterrâneo e do Meio Leste, saladas. Fava ou feijão de Windsor Feijão achatado e grande, verde quando fresco e marrom quando desidratado; é nativo do norte da África e hoje cultivado por gregos e egípcios. Pratos do Mediterrâneo (incluindo falafel). Flageolet Feijão de tamanho médio, levemente achatado e oval, verde ou branco. Na França é servido tradicionalmente com cordeiro assado. Kidney ou feijão-roxinho Feijão longo e curvo, com formato de rim, de cor rosa escuro até marrom. Pratos mexicanos, chili com carne e saladas; no Brasil em saladas, sopas e como acompanhamento. Lentilhas Feijão pequeno, redondo e achatado, de cor verde, marrom, laranja, amarela ou verde escuro. Sopas, guisados, acompanhamentos, purês. Feijão-de-lima ou feijão manteiga ou feijão de Madagascar Feijão de tamanho médio, achatado e branco. Acompanhamentos, incluindo succotash. Mung Feijão redondo, pequeno, verde ou amarelo. Pratos asiáticos. Feijão branco ou navy ou Boston Feijão redondo, liso, pequeno e branco. Sopas; o tradicional “feijões assados de Boston”, cassoulet.
  • 38. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 38 Pigeon ou “ervilha” gunga É chamado de “ervilha” pelo formato redondo; é pequeno, de cor branca fosca e com manchas laranja e marrom; é nativo da África. Pratos africanos, indianos e caribenhos. Pinto ou feijão-rajadinho ou feijão- verde Feijão de tamanho médio com formato de rim, de cor creme com manchinhas rosa. Pratos latino americanos incluindo feijões refritos, e o italiano pasta e fagioli; no Brasil é usado como acompanhamento. Soissons Feijão branco, oval e de tamanho médio. Cassoulet Soja Feijão preto ou amarelo, redondo e de tamanho médio. Pratos asiáticos. NOME DESCRIÇÃO USOS PRODUTOS DERIVADOS DO FEIJÃO Pasta de soja Molho grosso de soja fermentada, farinha e sal. Pratos asiáticos. Pasta de feijão, picante Pasta de feijão com pimenta a chili moída. Pratos asiáticos. Pasta de feijão, doce e vermelha Purê de feijões vermelhos e açúcar. Pratos asiáticos doces. Miso Pasta de soja japonesa. Sopas e molhos japoneses. Tofu Proteína de soja coagulada, leve e branca. Pratos asiáticos. Ervilha Frescas: várias espécies; desidratadas: verdes ou amarelas, lisas ou enrugadas. Frescas / congeladas: acompanhamento, purês, sopas; frescas: sopas e purês. TRIGO Inteiro Semente do trigo não refinada ou minimamente processada. Acompanhamento. Quebrado Semente do trigo grosseiramente quebrada ou minimamente processada. Acompanhamento ou como cereal quente. Bulgur Trigo descascado, leve ou muito quebrado, pré-cozido e desidratado. Acompanhamento, salada (tabbouleh) Semolina Semente do trigo polida (embrião e germe removidos) inteiro ou moído. Pasta, farinha, couscous (abaixo).
  • 39. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 39 Couscous Bolinhas de semolina, pré- cozidas. Acompanhamento (geralmente servida com guisado de mesmo nome). Farinha Cereal do trigo polido e moído. Cereal matinal. Farelo “Cobertura” ou casca da semente de trigo; flocos. Adicionado a produtos assados; adicionado a cereais preparados e outros alimentos para incrementar a dieta de fibras. Germe Embrião da semente de trigo; flocos. Adicionado a produtos assados; adicionado a cereais para auxiliar no sabor e nutrientes. NOME DESCRIÇÃO USOS Farinha de trigo Semente de trigo finamente moída; apresenta-se em diversos tipos, variando de país para país, e na sua composição e processamento. Produtos assados, principalmente de panificação. ARROZ Marrom Grãos descascados com embrião intacto; grão longo, médio ou curto; pode ser enriquecido. Acompanhamento, outros. Branco Grãos polidos, geralmente enriquecidos; grãos longos ou curtos. Grão longo: acompanhamento, outros; grão curto: pudins. Convertido Grãos polidos pré-cozidos podem ser enriquecidos. Acompanhamento, outros. Basmati Grãos longos extra, polidos e delicados. Acompanhamento, incluindo pilaf. Arborio italiano de grão curto Grão curto polido; tipos incluindo o arborio e piedmontese. Risotto. Selvagem Grão marrom escuro longo, não relatado como um arroz normal. Acompanhamentos, recheios e outros. Glutinoso Grão curto e redondo, com muito amido; preto quando com casca e branco quando polido. Sushi, outros pratos orientais. Farinha de arroz Arroz polido moído muito Engrossamento.
  • 40. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 40 finamente. MILHO Canjica Sementes descascadas inteiras; desidratado ou enlatado. Acompanhamento incluindo succotash, em sopas ou guisados. Cereal de milho meio moído Canjica quebrada. Acompanhamento, mingau, produtos assados. Farinha de milho Grãos descascados moídos não muito fino; branco ou amarelo. Produtos assados, coberturas, polenta. Masa harina Milho processado com cal para remover a casca, mediamente moído; desidratado, em massa, cru ou tortillas cozidas. Tortillas e outros pratos mexicanos. Amido de milho Grãos descascados muito finamente moídos. Engrossamento e cobertura. CEVADA Em conserva ou esmagada Grãos grosseiros inteiros; moído (mingau de cevada). Acompanhamento, mingau, sopas, farináceo: produtos assados. Cevadinha Graõs inteiros polidos; moído (farinha de cevada). Acompanhamento, mingau, sopas; farinha: produtos assados. AVEIA Aveia inteira Cereal meio pilado ou frutos. Como cereal e recheio. Farinha de aveia ou mingau de aveia Flocos trilhados, cortados, de cocção rápida e instantânea. Como cereal, bolos, cookies, pães de massa rápida. Farelo de aveia “Cobertura” externa ou casca do grão de flocos. Adicionado a cereais e a produtos assados para dietas à base de fibras. OUTROS Araruta Pó de amido muito fino produzido a partir de uma raiz tropical. Engrossamento. Trigo Sarraceno Grão meio pilados grosseiramente quebrados e inteiros (kashi), farinha. Inteiro: acompanhamento; farinha: panquecas e produtos assados. Filé Pó de amido produzido a partir das folhas do sassafras. Engrossamento (especialmente em pratos de culinária Creole como o gumbo). Painço Inteirom, farinha. Acompanhamentos e pães achatados.
  • 41. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 41 Centeio Quebrado, farinha (frutos inteiros são aceitáveis). Quebrados: acompanhamento; farinha: produtos assados. Sorgo Inteiro, farinha, xarope. Mingau, pães achatados, cerveja, xaropes e melaços. 4. Legumes 4.1. Tipos de Legumes 4.1.1. Legumes de raiz Crescem debaixo ou à flor da terra. As variedades de maior uso na cozinha são: batata, cenoura, beterraba, aipo (salsão), rabanete, nabo, mandioca, inhame etc. 4.1.2. Legumes de bulbo Crescem à flor da terra e como trepadeira. As folhas externas são a capa protetora dos vegetais. Muito usados como ingredientes aromáticos e componentes de sopas, molhos, saladas. Os mais conhecidos são: cebola, alho, alho porro, echalote (cebola suave) etc. 4.1.3. Legumes de fruto Crescem em forma de trepadeira ou à flor da terra. A polpa é a principal parte comestível. Podem ser comidos com sementes e cascas. Os principais são: tomate, pimentão, pepino, abóbora, berinjela, chuchu, quiabo, jiló, maxixe etc. 4.1.4. Legumes de talo A parte comestível é o talo. Muito usado na cozinha. Os mais conhecidos são: aspargos, palmito, aipo, funcho etc. 4.1.5. Legumes de flor Crescem destacados da terra e as partes comestíveis são os botões ou fundos. São preparados cozidos em sopas, purês, entradas ou acompanhamentos. Come-se também as folhas tenras. Os mais usados são: couve-flor, alcachofra, brócolis etc. 4.1.6. Legumes de folhas Produtos de hortas e compostos de raiz, talo e folha. Come-se as folhas e os talos tenros. Os mais usados são: repolho, alface, almeirão, couve de Bruxelas, endivias, espinafre, acelga, agrião, chicória frise etc.
  • 42. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 42 4.1.7. Cogumelos São considerados legumes por apresentarem características similares. Crescem nos bosques ou podem ser cultivados. Possuem talo, cabeça e raiz. Os talos e as cabeças são comestíveis. Os mais conhecidos são: trufa, champignon, morriles, shiitake, shimedji, porcini etc. ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO Acelga Suas folhas de coloração verde claro são comestíveis assim como o talo. Deve ser fresca, tenra, limpa e sem a marca de inseto. As folhas murchas, danificadas, amareladas não devem ser utilizadas. Cozida. Crua em salada. Agrião Folhas comestíveis, frágeis, poucas raízes. As de folhas bem verdes e esticadas. Crua em salada. Obs.: Deve ser cuidadosamente lavada e colocada em água com vinagre. As hastes são boas para sopa. Aipo Folhas e caule comestíveis; conhecida também como salsão. Cor nítida, folhas bem esticadas. Conservar somente as partes tenras do caule. Cru em saladas. Cru temperadas com sal. Cozido. Alcachofra Come-se o fundo da flor e a base da folha. Muito rica em vitamina C. Cor nítida, folhas frágeis e esticadas, fundo desenvolvido.Folhas moles na base indicam miolo estragado. Cozida. Em guarnições. Recheada. Alface Há diversas espécies: americana, lisa, bailarina, etc. Folhas frescas e tenras. Crua em saladas. Ornamentação de pratos. Alho poró Planta semelhante à cebola, folhas largas, cor verde escura e bulbo branco. Evitar os bulbos moles. Crua em saladas. Ornamentação de pratos. Almeirão Folhas comestíveis Folhas novas para saladas.Folhas menos tenras para cozimento Cru em salada.
  • 43. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 43 ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO Aspargos Talo comestível Haste muito branca, curta e bastante espessa. As hastes longas são fibrosas e pouco aproveitáveis. Batata inglesa Tubérculo comestível. Lisa, firme e limpa. Após o corte brilhante, úmida, doce. A parte verde, que às vezes são observadas, deve ser eliminada, pois têm gosto amargo. Como guarnição. Purês “Rougôuts” Fritas Salteadas Cozidas. Batata doce Tubérculo comestível Lisa, de boa forma, firme e sem cortes, sinais de apodrecimento ou picadas de inseto. Cozida. Frita. Berinjela Fruto comestível Casca lisa,brilhante,sem manchas, ou picadas de inseto. Cozida. Refogada. Frita. Beterraba Raiz comestível Lisa, firme, sem fendas. Cozida. Em saladas. Brócolis Caule, folhas e flores comestíveis. Tenros, evitando os murchos e de cores amareladas. Cozido. Cenoura Raiz comestível Limpa, firme, fresca. As temperadas curtas e as vermelhas longas são as melhores. Cozida. Refogada. Couve Folhas comestíveis. Evitar as de talo curto, ou folhas murchas, amareladas. Cozida. Crua em salada. Couve-flor Flores comestíveis Branca, firme: evitar as amarelas e as rijas. Cozida. Guarnição. Escarola e chicória Folhas comestíveis As bastante cerradas. Crua em salada. Cozida.
  • 44. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 44 ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO Feijão Leguminosa, originária provavelmente do Brasil ou Paraguai, hoje espalhada em todo o mundo. Pode ser consumido verde ou seco (feijão, propriamente dito). Evitar os bichados ou carcomidos. Existem muitas variedades:feijão branco,feijão chumbinho, feijão lava,feijão manteiga, feijão mulatinho,feijão preto, feijão de soja, etc. Cozido. Obs.: é a base da alimentação popular do Brasil e também de muitos outros povos. Mostarda Folhas comestíveis Folhas verdes, frescas e sem picadas de insetos. Cozida. Nabo Raiz e folhas comestíveis Pesado, liso e branco. Cozido.Acompanhado bem com carnes gordas, carneiros, patos. Pepino Fruto comestível Firme, fresco, lustroso, cor verde, boa forma. Cru na salada. Pimentão Fruto comestível Pele lisa, cor nítida, brilhante.Pode ser tanto verde quanto maduro e neste caso tem coloração vermelha. Cozido. Assado. Cru. Rabanete Fruto comestível Liso, firme, tenro. Os de maior tamanho são às vezes picantes e ocos. Cru em salada. Quiabo Fruto comestível Novo, fresco, limpo e firme. Refogado. Cozido. Serralha Folhas comestíveis Frescas de cor verde não muito escuro. Cru em salada Cozida. Tomate Fruto comestível Firmes, lisos, redondos, cor nítida e uniforme. Recusar os manchados. Cru em salada ou como enfeite. Preparação de molhos. Empregado como condimento e colorante.
  • 45. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 45 ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS ESCOLHA PREPARAÇÃO Vagem manteiga Casca do fruto de algumas leguminosas como feijão e ervilha. Possui um fio fibroso ao longo de cada lado, que precisa ser retirado antes de ser cozida. Larga e comprida cor verde brilhante, tenra e quebradiça; não deve ser murcha ou apresentar sinais de insetos. Cozida. Vagem comum Vagem do feijão preto. Não apresenta fibras ao longo dos lados. Roliça, de cor mais verde que a vagem manteiga. Cozida. Vagem de ervilha Mais larga e menos comprida e espessa de que a vagem de feijão Cor verde, quebradiça e frágil. As amarelas são maduras e duras. Cozida. 4.2. Tipos de cortes de legumes TIPO DE CORTE NOME MEDIDAS Cubo Bretone 2 cm Cubo Parmentier 1,2 cm Cubo Macedoine 1 cm Cubo Printanier 8 mm Cubo Parisiènne 5 mm
  • 46. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 46 Cubo Brunoise 3 mm Bastões Pont-neuf 1,5 cm x 7 cm Bastões Fritas 1 cm x 5 cm Bastões Bâtonnet 8 mm x 3 cm Bastões Mignonnete 6 mm x 4 cm Bastões Jardinière 3 mm x 2 cm Bastões Alumette 3 mm x 5 cm Bastões Julienne 3 mm x 3 cm Bastões Paille Mais fino que julienne Boleadas Parisienne 1,5 cm
  • 47. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 47 Boleadas Noisette 1 cm Boleadas Printanière 8 mm Boleadas Royalle 6 mm Fatiados Chips Ø do legume x 2 mm Fatiados Soufflé ou Vichy Ø do legume x 3 mm Torneados Château 6 cm de altura Torneados Fondant 5 cm de altura Torneados Cocotte 4 cm de altura
  • 48. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 48 Torneados Olivette 2 cm de altura Espiral Chatouillard Corte livre Corte Irregular Paysanne Corte livre Corte Irregular Concasser Corte livre Corte talhado Francesa Corte livre, de acordo com o tamanho do legume Corte quadriculado laminado Gaufrettes Largura ou diâmetro do legume Corte julienne para folhas Chifounad Bases de Cozinha Bases da cozinha são preparações compostas por diferentes ingredientes, utilizadas para facilitar a confecção de determinadas produções culinárias; sevem também para modificar ou melhorar o sabor, a textura, a cor e o aroma dos alimentos.  Ligações – são ligas que proporcionam o adensamento de líquidos como fundos, molhos, cremes, etc. Exemplo: cereais e derivados tubérculos e derivados, legumes e frutas ricas em amido.  Aromáticos – ingredientes com propriedade de realçar o sabor e aroma de alimentos, geralmente legumes, ervas e especiarias. E importante observar sempre as proporções de ingredientes aromáticos já que cada proporção irá conferir uma característica.
  • 49. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 49  Fundos – são preparações líquidas, aromáticas, ligeiramente concentrada que se obtém fervendo em água dois tipos básicos de ingredientes: a. Ingredientes que darão a característica básica ao fundo – ave, peixe, vitela, etc. b. Ingredientes que compõe a guarnição aromática – mirepoix, bouquet garni, cebola, louro, alho, etc.  Embelezadores e Melhoradores – ingredientes que ao serem adicionados aos fundos, sopas, molhos, etc., proporcionam melhor aparência (cor, por exemplo) e sabor. Diagrama de Bases de Cozinha e suas ramificações  Bases de Cozinha  Ligações - Féculas – liga protéica de origem vegetal – para engrossar caldos e molhos. FUNDOS LIGAÇÕES AROMÁTICOS EMBELEZADORES MELHORADORES BASES DE COZINHA Claro Escuro Roux Beurre Manié Féculas Ovos Gelatina Sangue Ligações
  • 50. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 50 - Roux – liga cozida de farinha de trigo ou amido e gordura. Pode ser Branco, amarelo, escuro e negro dependendo da permanência do amido no calor. A proporção para confecção do roux e 50% gordura + 50% amido Roux branco consistência aveludado e homogêneo, tempo de permanência em fogo brando 3 minutos, poder de espessamento 100%. Roux Amarelo consistência aveludada e coloração amarelo brilhante, permanência em fogo 3 a 5 minutos em fogo brando, poder de espessamento 80%. Roux escuro consistência levemente aveludada com coloração marrom, tempo de permanência 5 a 8 minutos em fogo brando, poder de espessamento 50%, o roux nesta coloração confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e etc... Roux negro consistência flocada com coloração de torrado, permanência acima de 8 minutos em fogo brando, poder de espessamento 20 a 30%, o roux nesta coloração confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e etc... - Beurre Manié – liga crua de farinha de trigo e manteiga – Para engrossar caldos e molhos ferventes. Proporção igual a do Roux 50%¨de gordura + 50% de amido (farinha de trigo). Utilizado em preparações que estão prontas e precisam de espessamento imediato, adicionado ao liquido quente e batido com o auxilio de um fouet, ate atingir a consistência desejada. - Ovos – liga protéica de origem animal – ovos inteiros para dar firmeza em produções da confeitaria; gemas emulsionam a parte de lquido com a gordura das preparações quentes ou frias (maionese molho frio e holandês molho quente). - Gelatina – liga e estabilizante de origem animal, colágeno extraído de tecidos conjuntivos e ossos. Utilizada para dar consistência a líquidos e preparações que serão servidas frias, dependendo da quantidade de açúcar ou teor ácido a quantidade de gelatina aumenta. - Agar-Agar – liga e estabilizante de origem vegetal extraída de algas marinhas. - Sangue – liga de origem animal – quando adicionado a líquidos ácidos e aquecido, proporciona adensamento dos mesmos. Utilizado em molhos e embutidos. - Slurry - liga homogênea de liquido com amido, geralmente água e amido de milho mas pode ser caldo ou leite e farinha de trigo, araruta ou féculas. Mistura feita com o farináceo adicionando o liquido até que torne homogêneo e depois acrescenta a mistura a preparação que deve ser espessada. Proporção 1 parte de amido para 2 partes de água. Exemplo: 10 g de amido para 20 ml de água. - Liason - liga protéica de origem animal com baixo poder de espessamento, utilizado para agregar sabor e espessamento.
  • 51. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 51 O creme de leite confere textura a molhos e caldos deixando com consistência aveludada e brilhante a gema por sua vez ajuda no espessamento e coloração de molhos. Proporção 25% de gemas + 75% de creme de leite. - Manteiga - ingrediente usado para finalização em molhos, usado em líquidos quentes para emulsionar e dar brilho ao molho, neste caso a manteiga tem que ser gelada para garantir uma emulsão uniforme e não separe o molho (talhar), não a necessidade de fervura. - Creme de leite – ingrediente que atua como espessante assim que colocado em redução.  Aromáticos São composições à base de legumes, ervas e especiarias que são adicionados a fundos, sopas, molhos com a finalidade de realçar e acentuar o sabor. Salmora – o sal pode ser aplicado de diversas formas seja para marinar o alimento ou temperá-lo na hora do cozimento – polvilhado (sal fino e grosso), esfregado (sal grosso). Vinha d’alhos – marinada com elemento diluente de vinho ou vinagre, acrescido de salmora e aromatizado com alho, cebola, pimenta em grãos, etc. Vegetais – são utilizados vegetais aromáticos que proporcionam sabor, cor e melhor apresentação nas produções culinárias. Purês – vegetais e legumes aromáticos e coloridos reduzidos a purês e agregados nos alimentos para realçar e melhorar aspecto e sabor. Mirepoix - vegetais aromáticos cortados em cubos pequenos usados para realçar o sabor de fundos, sopas, molhos: Composto de 50% de cebola, 25% de cenoura e 25% de salsão. Salmora Vinha D'Alhos Purês Mirepoix Brunoise Vegetais Aromáticos
  • 52. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 52 Mirepoix branco - É a mirepoix retirando-se a cenoura e adicionando-se o alho porro e/ou nabo. Utiliza-se para aromatizar molhos claros e fundos. Outras combinações de ervas aromáticas: Matignon - É o mirepoix com gordura, adicionando-se bacon ou presunto. Bouquet Garni - Composto basicamente de salsão, cenoura, salsinha, tomilho, louro e funcho (erva doce) amarrados. Retira-se após fornecer ao fundo, molho ou sopa, o sabor desejado. Os ingredientes do bouquet podem variar de acordo com a região. Sachet d’épices - Dente de alho (opcional), folha de louro, pimenta em grão, cravo da Índia (opcional), ramo de tomilho e talo de salsinha envoltos em pano fino ou étamine. Igualmente ao bouquet, é retirado após a utilização. Cebola Brulée - Cebola cortada ao meio e tostada na chapa ou frigideira. Além de aromatizar, acentua a cor de fundos e molhos escuros. Cebola Piquée - Cebolas descascadas e cortadas ao meio. Leva uma folha de louro espetada em um pequeno corte lateral e dois cravos da Índia, um de cada lado do corte. - Duxelles - mistura de cogumelos bem picados e salteado em manteiga, cebola, alho poró, vinho branco, utilizado para conferir sabor e textura em molhos e preparações diversas.  Fundos Claros Vegetais Gordurosos Escuros Fundos Fundo Claro de Carne Fundo Claro de Aves Fumet Court - Bouillon Fundo Claro de Peixes Fundo Claro de Vegetais Fundo Claro
  • 53. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 53 - Fundo Claro de Carne – aparas e ossos de carne, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. - Fundo Claro de Aves – aparas e ossos de aves, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. - Fundo Claro de Peixe - aparas e ossos de peixes, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. - Fumet - aparas e ossos de peixes, vinho branco, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. - Court – Bouillon – vegetais e ervas aromáticas, especiarias e um ácido (vinho, vinagre, suco de frutas ácidas, etc.). - Fundo claro de vegetais – vegetais, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água.  Embelezadores e Melhoradores - Ligas finas – Ingredientes que têm a capacidade de adensar suavemente os preparados. Gemas, féculas, etc.. - Gorduras – Ingredientes que pelo seu teor de gordura, suavizam ou espessam os alimentos em que serão adicionados. Manteiga, iogurte, requeijão, etc.. - Corantes – Ingredientes cujo colorido irão proporcionar mais vida às produções culinárias. Podem ser igualmente aromatizantes. Páprica, mostarda, açafrão, etc. Ligas finas Gorduras Corantes Embelezadores Melhoradores
  • 54. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 54 Produções Ficha Técnica: Receita: Fundo de carne Classificação: base de cozinha Ingredientes: % Quantidades Unidade Ossos e aparas de carne 500 G Cebola 100 G Salsão 50 G Alho poro 50 G Cenoura 50 G Bouquet garni 1 Unidade Modo de Preparo: 1° levar os ossos ao forno em temperatura moderada, até tostar 2° “queimar” a cebola na chapa ou na panela (cebola brulêe) 3° murchar o mirepoix na panela. 4° adicionar a água e cozinhar em pré-ebulição (fogo baixo) por 2 - 4 horas (redução 50%) 5° na metade do cozimento, retirar os aromáticos. 6° limpar constantemente a superfície. 7° coar e usar ou armazenar. Ficha Técnica: Receita: fundo de aves Classificação: base de cozinha Ingredientes: % Quantidades Unidade Aparas e ossos de frango 500 Kg Cebola 100 G Salsão 50 G Cenoura 50 G Alho poro 50 G Bouquet garni 1 Unidade Modo de Preparo: 1- escaldar os ossos e aparas 2- levar ao fogo em uma panela com a água e juntar os vegetais e o aromático 3- deixar cozinhar em pré-ebulição (fogo baixo) de 2-4 horas (redução 50%) 4- ir limpando constantemente a superfície, após a metade do tempo retirar o aromático.
  • 55. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 55 FUNDO CLARO DE VEGETAIS: Rendimento 1 Litro Ingredientes Quantidade Unidade De Medida ÓLEO DE MILHO 20 MILILITROS CEBOLA 50 GRAMAS ALHO-PORÓ 30 GRAMAS CENOURA 25 GRAMAS SALSÃO 25 GRAMAS TOMATE 25 GRAMAS DENTE DE ALHO 1 UNIDADES ÁGUA 1,5 LITRO SACHET D'ÉPICES 1 UNIDADE MODO DE PREPARO: 1. CORTAR OS VEGETAIS EM CUBOS MÉDIOS. 2. AQUECER O ÓLEO. 3. ACRESCENTAR OS VEGETAIS E SUA-LOS. 4. ACRESCENTAR A ÁGUA FRIA E OS AROMÁTICOS. 5. COZINHAR LENTAMENTE POR 30 A 40 MINUTOS. 6. COAR, USAR OU ARMAZENAR. Sopas Alimentos líquidos servidos como entrada ao início das refeições ou como prato exclusivo. Feitas na base de fundos (caldos aromatizados) que lhe são sabor e consistência. Classificada segundo a temperatura, fria ou quente ou pela sua característica: método de preparação e composição:  Consomes e Caldos  Potages e Purês  Creme e Veloutés  Sopas Especiais, Regionais e Caseiras A composição das sopas possui elementos básicos:  Fundos Elemento líquido de maior volume e básico para todas as sopas. Do tipo do fundo depende o sabor, a cor e a limpidez.  Ligas
  • 56. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 56 Engrossa o fundo, mas não empregada em todo tipo de sopa (consomes, caldos, especiais).  Aromáticos Melhoram, modificam e intensificam o sabor das sopas.  Produtos Especiais Melhoradores tipo: ovos e creme de leite: tornam a sopa mais requintada.  Tipos de sopas São consideradas sopas básicas todas as sopas que levam na composição os elementos principais e condimentos complementares. Com a adição de outros ingredientes se obtêm sopas derivadas e compostas. Sopas básicas Consomé Caldo reduzido por cocção, melhorado por intermédio de carnes e legumes e clarificado. Condimentado com sal e cheiro verde. Consomé Duplo Duplamente concentrado reduzido 50% do volume, servido frio ou quente, aromatizado com vinho e engrossado. Caldo Sopa fina e rala, condimentada e totalmente desengordurada. Potage Composta de caldo e condimentos, engrossados com parte de seus ingredientes e às vezes com o auxílio de uma liga, sopa completa.
  • 57. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 57 Purê Potage com ingredientes passados na peneira. Creme Caldo, purê de legumes ou carne e leite ou creme de leite e como liga são utilizados cereais ou molho branco. Velouté Caldo ligado com roux, margarina e farinha de trigo, e no final uma liga fina de creme de leite, ovos e manteiga. Sopas Especiais, Regionais e Caseiras Produtos de cozinha típica tradicional em que varia o processo de elaboração. Produções
  • 58. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 58 Sopa creme básica Roux = 30g de farinha de trigo + 30g de manteiga 1 colher (sopa) de cebola picada 1 colher (sopa) de manteiga 150 gramas de palmito ou aspargos 1/2 litro de caldo de galinha 100 ml de creme de leite fresco Pimenta-do-reino Noz-moscada Sal Em uma panela refogar a cebola picada em 1 colher (sopa) de manteiga até a cebola estar macia. Picar os palmitos ou aspargos e acrescentar ao refogado, refogar por mais 3 minutos e acrescentar o caldo levando à fervura em fogo baixo. Em uma panela pequena misturar a manteiga e a farinha de trigo, levando ao fogo para cozinhar por 2 minutos. Colocar a mistura na panela da sopa e ferver por mais 5 minutos em fogo baixo. Colocar em um liquidificador e bater até obter uma mistura bem lisa e cremosa, retornar o creme à panela e acrescentar o creme de leite e ferver por mais 30 segundos. Temperar com sal, pimenta-do-reino branca e noz moscada. Servir com torradas. Sopa purê de couve flor 1/2 couve-flor pequena 1 colher de (sopa) de manteiga 1/2 litro de caldo de carne 50 gramas de fiambre Pimenta à gosto 125 ml de leite Sal à gosto 2 batatas Divida a couve-flor em raminhos e lave impecavelmente. Descasque as batatas e corte em quadrados. Leve tudo para cozinhar no caldo de carne temperado com um pouco de pimenta. Passe pelo o passador e dissolva o purê obtido com o leite quente. Leve a sopa a ferver suavemente durante alguns minutos. Antes de servir, e já fora do fogo, adicione a manteiga. Guarneça a sopa com fiambre picado. Fiambre é uma carne de porco preparada para comer fria, geralmente cortada em fatias.
  • 59. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 59 Canja de legumes 1 copo de arroz lavado e escorrido 3 e ½ copos de água fervente 1/3 de uma abobrinha cortada em pedaços pequenos 1 cebola cortada em pedaços pequenos 1 batata média, cortada em pedaços pequenos 2 filés de frango, cortado em pedaços pequenos ½ cebola ralada 2 dentes de alhos amassados 3 colheres de azeite Sal a gosto Salsinha picada a gosto Aqueça o azeite e frite a cebola e o alho até dourar. Acrescente o filé de frango já temperado com o sal. Deixe dourar. Junte o arroz e mexa por alguns instantes. Acrescente então a abobrinha, a cenoura e a batata. Mexa. Coloque a água quente. Deixe cozinhar em fogo baixo até o arroz e os legumes ficarem macios. Depois de cozido, acrescente a salsinha bem picadinha. Molhos clássicos 1. Molho bechamel 2. Molho velouté 3. Molho espanhol 4. Molho de tomate 5. Molho holandês I – MOLHOS A BASE DE ROUX Roux: Significa castanho escuro ou marrom (francês). Farinha + manteiga ( na mesma proporção) Base do molho bechamel e do molho velouté Bechamel: Roux + leite aromatizado Velouté: Roux + fundo 1) Molho branco 20g de farinha de trigo 20g de manteiga 400ml de leite 2) Molho Bechamel Roux + leite aromatizado com cebola pique
  • 60. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 60 Sal Noz moscada Variações: a) Molho mornay: Bechamel + queijo parmesão ralado b) Molho 4 queijos: Bechamel + queijo mussarela, parmesão ralado, gorgonzola, catupiry + creme de leite fresco 3) Molho velouté 25g de manteiga 25g de farinha de trigo 1/2 litro de fundo (aves / peixe / carne) Variações: a) Molho aurore: velouté de peixe + purê de tomates b) Molho Cardinale: velouté de peixe + lagosta + creme de leite fresco + pimenta caiena c) Molho sunny citrus: velouté + suco de laranja II – MOLHOS ESCUROS 1) Molho escuro básico 1/2 litro de caldo de carne bovina ou vitela (ferver 20 minutos) 1 1/4 colheres (sopa) de araruta em 60ml de água fria ( pasta) Junte ao caldo e bata com fouet até engrossar. Obs: outros espessantes: farinha de trigo, gema de ovo e creme de leite, manteiga, amido 2) Molho espanhol 350ml de molho escuro básico 75g de cogumelo paris picado 1/2 colher (sopa) de purê de tomate Deixar ferver, em fogo brando, por 15 minutos Coe antes de utilizar 3) Demi glacê Molho espanhol concentrado Variações do molho espanhol a) Molho madeira: molho espanhol + manteiga + vinho madeira + champignon b) Molho Robert: molho espanhol + cebola + manteiga + vinho branco seco + vinagre de vinho branco + mostarda Dijon
  • 61. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 61 c) Molho poivre: molho espanhol + cebola + cenoura + alho poro (mirepoix)+ vinho branco seco + pimenta do reino verde esmagada no vinagre + manteiga d) Molho chasseur: molho espanhol + cebolas miúdas + manteiga + cogumelos + vinagre de vinho branco + molho de tomate + salsa e) Molho charcutiére: molho espanhol + vinho branco seco + cebolas miúdas + picles + mostarda Dijon III – MOLHOS DE MANTEIGA (EMULSIFICADOS) 1) Molho hollandaise 3 gemas e 3 colheres (sopa) de água quente, emulsificar em fogo bem baixo (ou banho-maria) por 3 minutos Junte 175g de manteiga clarificada morna, aos poucos. Bata vigorosamente. Aos poucos vá colocando e batendo suco de ½ limão Acrescentar sal e pimenta do reino branca. 2) Molho béarnaise Ferva 4 pimentas do reino em grão esmagadas, 1 cebola pequena picada, 2 colheres (sopa) de estragão fresco picado e 3 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto. Reduzir 2/3. Tire do fogo e acrescente 3 gemas. Volte ao fogo baixo e bata por 3 minutos. Junte 175g de manteiga clarificada, batendo. Acrescente sal e pimenta caiena. Variações do molho hollandaise a) Mousseline: acrescente creme de leite fresco batido ligeiramente b) Mostarda: acrescente mostarda Dijon c) Maltese: casca de laranja escaldada e picada a julienne e suco de ½ laranja d) Noisette: substitua a manteiga clarificada por manteiga derretida até chegar ao tom acastanhado. IV. Molho de tomate. Tomate concassé (500g) Cebola (100g) Alho (1 dente) Bouquet garni ( 1 unid.) Manteiga (25g) Extrato de tomate (50 g) Sal  Cozinhar a cebola e o allho, brunoise, com a manteiga
  • 62. Considerações e receitas sobre Técnicas Básicas de Gastronomia Apostila desenvolvida por Rosana Fernandez Medina Toledo, professora responsável por disciplinas práticas e específicas no curso superior de gastronomia 62  Acrescentar o extrato de tomate e cozinhar rapidamente, para perder a acidez  Em seguida incorporar o tomate concassé.  Juntar o bouquet garni, sal e pimenta (opcional).  Mexer bem e cozinhar tampado até o tomate se desmanchar por completo.  Retificar os temperos e passar no chinois.