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Fármacos utilizados no mal de Alzeihmer
A doença de Alzeihmer (DA) é uma desordem neurodegenerativa, ela é responsável por cerca
de 50-60% dos casos de demência em pessoas acima de 65 anos, é tempo dependente, ou
seja, quanto mais idosa a pessoa mais a chance de desenvolver DA, durante a evolução da
doença se forma as placas neuríticas e os novelos neurofibrilares que leva à morte neuronal.
Todo este processo resulta em perda da função neuronal e dano sináptico, com subsequente
comprometimento da memória, da coordenação motora e do raciocínio, além de perda da
capacidade cognitiva e demência. Em nível celular, a DA está associada à redução das taxas de
acetilcolina (ACh) no processo sináptico, diminuindo a neurotransmissão colinérgica cortical,
além de outros neurotransmissores como noradrenalina, dopamina, serotonina e glutamato.
Existe tratamento específico, porém não há cura definitiva. O tratamento é baseado na
alteração do sistema colinérgico, buscando uma melhoria na transmissão, visando minimizar
os sintomas, proteger o sistema nervoso e retardar o máximo possível à evolução da doença.
Dentre as drogas utilizadas existe uma classe chamada inibidores das colinesterases (I-chE),
são as principais drogas utilizadas para o tratamento da DA. Seu uso é baseado no
pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa aumentar a biodisponibilidade de
Ach na fenda sináptica. Para isso esses medicamentos inativam a enzima acetilcolinesterase
que esta presente na fenda sináptica que degrada a Ach, desse modo se tem o aumento de
Ach, que podem agir nos receptores pós sinapticos. Exemplos de I-chE são Donezil,
Rivastignima, Galantadina.
Outra classe terapêutica utilizada é a antiglutamatergica que é capaz de reduzir a deterioração
cognitiva e funcional em pacientes portadores de demência moderada a grave, ela pode ser
combinada com a terapia I-chE. Nessa classe se encontra a memantina que é um antagonista
não competitivo dos receptores NMDA, ou seja, a memantina bloqueia o canal que é aberto
quando o glutamato se liga no seu receptor. A memantina possui ação neuroprotetora contra
a ativação excitotóxica de receptores de glutamato, pois bloqueia a entrada de cálcio e sódio
do meio extracelular para o intracelular do neurônio.
Há outras abordagem terapêuticas que ainda vem sendo estudadas dentre elas se destacam os
antioxidantes, a hipótese seria que o estresse oxidativo libera radicais livres que contribuem
para o desenvolvimento da DA, esses fármacos retardariam a evolução e causariam um efeito
neuroprotetor.
Extrato de Ginko-biloba, aumenta o aporte sanguíneo pela vasodilatação cerebral, o que
reduziria os radicais livres do tecido nervoso prevenindo assim a neurotoxicidade causada
pelas placas neuríticas, alem disso inibiria as vias apoptoticas e melhoraria processos
cognitivos, habilidade gerais e a memória. Mas os estudos ainda estão em andamento sobre a
sua eficácia terapêutica ou preventiva de seu uso.
Os antiiflamatorios não esteroidais (AINES) seria outra terapia para a DA, ele diminuiria a
inflamação formada no tecido nervoso pelas placas neuríticas e os novelos neurofibrilares, mas
esse beneficio é restrito aos usuários crônicos de AINES.
Pode-se concluir que o efeito das drogas hoje aprovadas para o tratamento da DA limitam-se
retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora temporária do
estado funcional do paciente.

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  • 2. Pode-se concluir que o efeito das drogas hoje aprovadas para o tratamento da DA limitam-se retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora temporária do estado funcional do paciente.