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CLIO NO CIO

O CORPO PORNOGRAFADO:
recortes da história do cinema pornô

Viegas Fernandes da Costa
Pornografia X Erotismo
 Pornografia: escritos sobre prostitutas.
 “erotismo das massas”.
 Tende à estimulação sexual.
 Transgride através do obsceno (aquilo que está fora
de cena).
 Na indústria cultural, a transgressão é organizada,
disciplinada.

 Erotismo: deriva do Deus Eros.
 Conceito empregado a partir do séc. XIX.

 A ética capitalista: ênfase no privado
Cinema pornô: alguns números
 Os EUA são os maiores produtores de filmes pornôs

do mundo. Com faturamento de US$ 3,6 bilhões em
2006, a indústria emprega 6 mil pessoas e
movimenta nas prateleiras das locadoras 4 mil títulos
a cada ano.
 O principal pólo de produção está na Califórnia e foi
apelidado de Porn Valley (Vale do Pornô)
 No Brasil, a indústria faturou R$ 300 milhões em
2006, um crescimento de 15% nos últimos 5 anos.
Os cachês de famosos podem chegar a R$ 500 mil.
[Fonte: Revista IstoÉ].
Fragmentos da mídia
 Cinearte, Rio de janeiro, 24/04/1929, p. 3.

“Annunciando espectaculos só para homens parece
que o empresario actual daquella malfadada casa
conseguiu destruir a “guigne” que sobre ella pesava
(...). Sob a capa de films scientificos apparecem por
ahi apenas incitamentos aos mais baixos
sentimentos humanos (...). Ainda na semana
passada figurou no cartaz um film de “Conselhos aos
casados, aos que vão se casar e até aos que
desejam saber o que fazem os casados.”
 Cinearte, Rio de janeiro, 10/07/1929, p. 7.

“Um destes dias, quando ainda estavam no terreno da
propaganda, à porta do Cinema, um rapazola, com
barbas e com avental de enfermeiro (...) distribuia
reclames do film. E fazia empenho em os entregar a
senhoritas e crianças que por ali passassem. E
nestes reclames, com abundancia de termos
“scientificos”, havia também uma abundancia de
veneno malicioso.
É preciso que isto termine. Não para que os puritanos
sejam ouvidos. Porque isto não é puritanismo. E sim
para que CINEMA seja uma coisa mais digna. Feito
para explorar films com enredos. E não esses.
Porque films “scientificos” e de “prophylaxia sexual”
são dignos de escolas de medicina (...) e não de
ambientes repletos de individuos de physionomia
duvidosa e com reclames mais duvidosos do que as
physionomias dos individuos.”
Críticos
 Conservadores: pornografia como sintoma e causa da

decadência dos valores morais e sociais. (O cinema
metapornô expõe a questão: Calígula, Giselle)
 Liberais: A pornografia é a substituição do caos pela
ordem. As perversões pornográficas significam apenas a
expressão de fantasias, muitas vezes reprimidas,
constituindo-se mais em forma de divertimento, excitação
ou mesmo de ultraje, do que em ação contundente contra
a ordem social.
 Feministas 1: homens são os sujeitos da pornografia, que
é produzida para sua gratificação e prazer, e a mulher é
objeto. “A pornografia é a teoria, o estupro é a prática.”
Crítica
 Feministas 2: pensam a pornografia como uma

forma de expressão que pode alcançar nível artístico,
feminilizando de algum modo as representações ao
situar a mulher como sujeito e como produtora de
pornografia.
 Feministas 3: “acreditam no direito da mulher de
‘foder’ tão agressiva, tirânica e cruelmente como os
homens” (Abreu, 1996).
Gêneros do pornô
 Soft core
 Hard core

Convencional heterossexual
 Convencional homossexual
 Interracial
 Cumshot / creampie / anal / DP vaginal / DP
anal / humilhação / locais públicos / fist
fucking, gang bang, etc...

Gêneros do pornô
 Bizarro
 Coprofilia / fagia
 Urologamia
 Zoofilia
 Grávidas
 Amputados
 Geriatria
 Anões
 Anomalias
 Banho romano (vômito)
 Inserção de objetos, etc...
O gênero pornô
(e suas semelhanças com os musicais e os filmes de artes marciais)

 Contém números de ação sexual explícita.
 Uso de efeitos sonoros.
 Narrativa frágil, secundária. O importante é o

número.
 Os números (que interrompem a narrativa)
são performances.
Stags films
 Filmes curtos.
 Master-shot (plano frontal, de conjunto),









com mudanças de enquadramento e
cortes abruptos.
Perspectiva do Voyeur.
Roteiros simples.
Closes nos genitais femininos.
Homossexualidade feminina.
Mulher como personagem e tema
central.
O filme encerrava com o gozo externo.
Tinham um caráter “pedagógico”.
Anos 1930 - 60
 Nos anos 30 Hollywood inaugura a censura interna

através do Código Hays, proibindo referências ao
sexo, prazer e obscenidade.
 Anos 40: Exploitation movies. Tematizam a miséria
humana (drogas, alcoolismo, prostituição). Exibidos
em salas de subúrbios.
 Anos 50: Nudies. Mostravam cenas de naturismo. A
nudez completa não estava autorizada.
Pin-ups (Betty Page) e filmes de
strip-tease com cenas de masturbação
da dançarina.


“The immoral Mr. Teas”
(Dir. Russ Meyer, 1959)
Anos 60: a transição.
 Anos 60: BEAVERS




Sem penetração
Ação sexual sugerida.
Simulação de cunnilingus entre mulheres.

 Exploitations

com

inspiração

no

cinema

escandinavo.
 1969: legalização da pornografia na Dinamarca.
 Anos 70: o hard core. Na década de 80 os
próprios diretores se censuram para sobreviver
no mercado e evitar a censura oficial.
Anos 70: Garganta Profunda
 Deep Throath. Dir. Gerard

Damiano, 1972. Com Linda
Lovelace e Harry Reems.
 1ª filme pornográfico com
narrativa ficcional
estruturada de forma linear,
com cenas coloridas e
sonoras de sexo explícito e
close nas genitálias.
 Público: 500 mil depois de 6
meses da estreia.
 Ejaculação para a câmera.
Anos 70: O Diabo na Carne da Srta.
Jones
 Devil in Miss Jones. Dir.

Gerard Damiano, 1972.
Com Georgina Spelvin
(39 anos) e Harry
Reems.
 Virgem madura que
comete suicídio e
experiencia várias
práticas sexuais para
justificar sua entrada no
inferno.
 Cena de zoofilia.
Anos 70: Atrás da Porta Verde
 Behind the green door. Dir.

Mitchell Bros, 1972. Com
Merilyn Chambers, até então
conhecida como uma pura e
casta modelo de propagandas
de sabonete.
 Narra a história de uma mulher
sequestrada e levada para um
clube sexual secreto, onde é
possuída de diversas formas
sobre um palco e diante de um
público, sem ser assombrada
por sentimentos de culpa.
A pornochanchada brasileira
 Antes das pornochanchadas, destaque para o filme “Os







Cafajestes” (Dir. Ruy Guerra, 1962). Com influências da
Nouvelle Vague, traz no elenco Norma Benguel, que
protagoniza a primeira nudez frontal do cinema brasileiro.
Reflexo da onda de permissividade da época (principalmente
nos anos 70).
Exposição da nudez feminina (a nudez frontal masculina
aparece em poucos filmes, e no final do período).
Erotismo implícito e humor (apelo popular, através do
escracho e do deboche – Bakhtin e o conceito de realismo
grotesco).
Temas das tramas: paqueras, conquistas amorosas,
virgindade, adultério, viúva disponível e fogosa, dilemas do
“dar e do comer”.
 Star System: Vera Fischer, Helena Ramos, Aldine

Muller, Matilde Mastrangi, Sandra Bréa, David
Cardoso.
 Produzidos na Boca do Lixo (São Paulo).
 A partir do fim dos anos 70 e início dos 80, sofrem a
concorrência dos filmes estrangeiros, do
videocassete e da abertura política. Os filmes se
tornam mais explícitos
A Fêmea do Mar
(Dir. Ody Fraga, 1975)
A Super Fêmea
(Dir. Anibal Massaini Neto, 1973)
Histórias que Nossas Babás Não Contavam
(Dir. Oswaldo de Oliveira, 1979)
Oh! Rebuceteio
(Dir. Claudio Cunha, 1984)
O hard core brasileiro
 Começa a formar um star system apenas a partir da

metade da década de 1990.
 Na década de 1980, investimento no bizarro (zoofilia)
 Produções baratas, principalmente produzidas para o
suporte de vídeo. Cenas de sexo em locais públicos.
 Século XXI, ingresso de atores e atrizes reconhecidos:
Alexandre Frota, Regininha Poltergeist, Rita Cadillac,
Gretchen, Leila Lopes etc. (processo inverso ao da
pornochanchada).
Anos 90 e...
 Novos suportes propiciam o surgimento do pornovídeo e

dos filmes produzidos exclusivamente para a internet.
 Ênfase no número e gradativo desaparecimento da
narrativa ficcional. (O vídeo se impõe pelo “realismo”)
 O sexo perde sua intenção de transgressão contra as
estruturas sociais vigentes e torna-se expressão da
uniformização dos desejos e padronização dos prazeres.
 O corpo é o instrumento real de trabalho, ampliando o
conceito de performance, explorando as possibilidades de
uso dos limites físicos. Pênis cada vez maiores, atrizes
mais submissas e ações mais selvagens
 Diluição da fronteira entre o convencional e o não-

convencional, com ênfase no anal, DP, creampie,
cumshot, gang-bang, fist-fucking, etc.
 A lógica do big brother.
 Gonzo: mistura desleixo e naturalidade nas
gravações, empregando atrizes iniciantes e
equipamento sofisticado.
 John Stagliano: a perspectiva do espectador.
Bibliografia Básica
 ABREU, Nuno Cesar. Olhar pornô: a representação do obsceno







no cinema e no vídeo. Campinas: Mercado de Letras, 1996.
BRANCO, Lúcia Castello. O que é erotismo. São Paulo:
Brasiliense, 1984.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de
saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
LEITE Jr., Jorge. Das maravilhas e prodígios sexuais: a
pornografia bizarra como entretenimento. São Paulo:
Annablume, 2006.
MORAES, Eliane R. & LAPEIZ, Sandra M. O que é pornografia.
São Paulo: Abril Cultural; Brasiliense, 1985.
WINCKLER, Carlos Roberto. Pornografia e sexualidade no
Brasil. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
Autor: Viegas Fernandes da Costa
Contato: viegasfernandesdacosta@gmail.com
Blog: http://viegasdacosta.blogspot.com

Artigo desta palestra:
http://viegasdacosta.blogspot.com.br/2010/10/o-co
Data: outubro de 2009.

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História do Cinema Pornô

  • 1. CLIO NO CIO O CORPO PORNOGRAFADO: recortes da história do cinema pornô Viegas Fernandes da Costa
  • 2. Pornografia X Erotismo  Pornografia: escritos sobre prostitutas.  “erotismo das massas”.  Tende à estimulação sexual.  Transgride através do obsceno (aquilo que está fora de cena).  Na indústria cultural, a transgressão é organizada, disciplinada.  Erotismo: deriva do Deus Eros.  Conceito empregado a partir do séc. XIX.  A ética capitalista: ênfase no privado
  • 3. Cinema pornô: alguns números  Os EUA são os maiores produtores de filmes pornôs do mundo. Com faturamento de US$ 3,6 bilhões em 2006, a indústria emprega 6 mil pessoas e movimenta nas prateleiras das locadoras 4 mil títulos a cada ano.  O principal pólo de produção está na Califórnia e foi apelidado de Porn Valley (Vale do Pornô)  No Brasil, a indústria faturou R$ 300 milhões em 2006, um crescimento de 15% nos últimos 5 anos. Os cachês de famosos podem chegar a R$ 500 mil. [Fonte: Revista IstoÉ].
  • 4. Fragmentos da mídia  Cinearte, Rio de janeiro, 24/04/1929, p. 3. “Annunciando espectaculos só para homens parece que o empresario actual daquella malfadada casa conseguiu destruir a “guigne” que sobre ella pesava (...). Sob a capa de films scientificos apparecem por ahi apenas incitamentos aos mais baixos sentimentos humanos (...). Ainda na semana passada figurou no cartaz um film de “Conselhos aos casados, aos que vão se casar e até aos que desejam saber o que fazem os casados.”
  • 5.  Cinearte, Rio de janeiro, 10/07/1929, p. 7. “Um destes dias, quando ainda estavam no terreno da propaganda, à porta do Cinema, um rapazola, com barbas e com avental de enfermeiro (...) distribuia reclames do film. E fazia empenho em os entregar a senhoritas e crianças que por ali passassem. E nestes reclames, com abundancia de termos “scientificos”, havia também uma abundancia de veneno malicioso.
  • 6. É preciso que isto termine. Não para que os puritanos sejam ouvidos. Porque isto não é puritanismo. E sim para que CINEMA seja uma coisa mais digna. Feito para explorar films com enredos. E não esses. Porque films “scientificos” e de “prophylaxia sexual” são dignos de escolas de medicina (...) e não de ambientes repletos de individuos de physionomia duvidosa e com reclames mais duvidosos do que as physionomias dos individuos.”
  • 7. Críticos  Conservadores: pornografia como sintoma e causa da decadência dos valores morais e sociais. (O cinema metapornô expõe a questão: Calígula, Giselle)  Liberais: A pornografia é a substituição do caos pela ordem. As perversões pornográficas significam apenas a expressão de fantasias, muitas vezes reprimidas, constituindo-se mais em forma de divertimento, excitação ou mesmo de ultraje, do que em ação contundente contra a ordem social.  Feministas 1: homens são os sujeitos da pornografia, que é produzida para sua gratificação e prazer, e a mulher é objeto. “A pornografia é a teoria, o estupro é a prática.”
  • 8. Crítica  Feministas 2: pensam a pornografia como uma forma de expressão que pode alcançar nível artístico, feminilizando de algum modo as representações ao situar a mulher como sujeito e como produtora de pornografia.  Feministas 3: “acreditam no direito da mulher de ‘foder’ tão agressiva, tirânica e cruelmente como os homens” (Abreu, 1996).
  • 9. Gêneros do pornô  Soft core  Hard core Convencional heterossexual  Convencional homossexual  Interracial  Cumshot / creampie / anal / DP vaginal / DP anal / humilhação / locais públicos / fist fucking, gang bang, etc... 
  • 10. Gêneros do pornô  Bizarro  Coprofilia / fagia  Urologamia  Zoofilia  Grávidas  Amputados  Geriatria  Anões  Anomalias  Banho romano (vômito)  Inserção de objetos, etc...
  • 11. O gênero pornô (e suas semelhanças com os musicais e os filmes de artes marciais)  Contém números de ação sexual explícita.  Uso de efeitos sonoros.  Narrativa frágil, secundária. O importante é o número.  Os números (que interrompem a narrativa) são performances.
  • 12. Stags films  Filmes curtos.  Master-shot (plano frontal, de conjunto),        com mudanças de enquadramento e cortes abruptos. Perspectiva do Voyeur. Roteiros simples. Closes nos genitais femininos. Homossexualidade feminina. Mulher como personagem e tema central. O filme encerrava com o gozo externo. Tinham um caráter “pedagógico”.
  • 13. Anos 1930 - 60  Nos anos 30 Hollywood inaugura a censura interna através do Código Hays, proibindo referências ao sexo, prazer e obscenidade.  Anos 40: Exploitation movies. Tematizam a miséria humana (drogas, alcoolismo, prostituição). Exibidos em salas de subúrbios.  Anos 50: Nudies. Mostravam cenas de naturismo. A nudez completa não estava autorizada. Pin-ups (Betty Page) e filmes de strip-tease com cenas de masturbação da dançarina. 
  • 14. “The immoral Mr. Teas” (Dir. Russ Meyer, 1959)
  • 15. Anos 60: a transição.  Anos 60: BEAVERS    Sem penetração Ação sexual sugerida. Simulação de cunnilingus entre mulheres.  Exploitations com inspiração no cinema escandinavo.  1969: legalização da pornografia na Dinamarca.  Anos 70: o hard core. Na década de 80 os próprios diretores se censuram para sobreviver no mercado e evitar a censura oficial.
  • 16. Anos 70: Garganta Profunda  Deep Throath. Dir. Gerard Damiano, 1972. Com Linda Lovelace e Harry Reems.  1ª filme pornográfico com narrativa ficcional estruturada de forma linear, com cenas coloridas e sonoras de sexo explícito e close nas genitálias.  Público: 500 mil depois de 6 meses da estreia.  Ejaculação para a câmera.
  • 17. Anos 70: O Diabo na Carne da Srta. Jones  Devil in Miss Jones. Dir. Gerard Damiano, 1972. Com Georgina Spelvin (39 anos) e Harry Reems.  Virgem madura que comete suicídio e experiencia várias práticas sexuais para justificar sua entrada no inferno.  Cena de zoofilia.
  • 18. Anos 70: Atrás da Porta Verde  Behind the green door. Dir. Mitchell Bros, 1972. Com Merilyn Chambers, até então conhecida como uma pura e casta modelo de propagandas de sabonete.  Narra a história de uma mulher sequestrada e levada para um clube sexual secreto, onde é possuída de diversas formas sobre um palco e diante de um público, sem ser assombrada por sentimentos de culpa.
  • 19. A pornochanchada brasileira  Antes das pornochanchadas, destaque para o filme “Os     Cafajestes” (Dir. Ruy Guerra, 1962). Com influências da Nouvelle Vague, traz no elenco Norma Benguel, que protagoniza a primeira nudez frontal do cinema brasileiro. Reflexo da onda de permissividade da época (principalmente nos anos 70). Exposição da nudez feminina (a nudez frontal masculina aparece em poucos filmes, e no final do período). Erotismo implícito e humor (apelo popular, através do escracho e do deboche – Bakhtin e o conceito de realismo grotesco). Temas das tramas: paqueras, conquistas amorosas, virgindade, adultério, viúva disponível e fogosa, dilemas do “dar e do comer”.
  • 20.  Star System: Vera Fischer, Helena Ramos, Aldine Muller, Matilde Mastrangi, Sandra Bréa, David Cardoso.  Produzidos na Boca do Lixo (São Paulo).  A partir do fim dos anos 70 e início dos 80, sofrem a concorrência dos filmes estrangeiros, do videocassete e da abertura política. Os filmes se tornam mais explícitos
  • 21. A Fêmea do Mar (Dir. Ody Fraga, 1975)
  • 22. A Super Fêmea (Dir. Anibal Massaini Neto, 1973)
  • 23. Histórias que Nossas Babás Não Contavam (Dir. Oswaldo de Oliveira, 1979)
  • 25. O hard core brasileiro  Começa a formar um star system apenas a partir da metade da década de 1990.  Na década de 1980, investimento no bizarro (zoofilia)  Produções baratas, principalmente produzidas para o suporte de vídeo. Cenas de sexo em locais públicos.  Século XXI, ingresso de atores e atrizes reconhecidos: Alexandre Frota, Regininha Poltergeist, Rita Cadillac, Gretchen, Leila Lopes etc. (processo inverso ao da pornochanchada).
  • 26. Anos 90 e...  Novos suportes propiciam o surgimento do pornovídeo e dos filmes produzidos exclusivamente para a internet.  Ênfase no número e gradativo desaparecimento da narrativa ficcional. (O vídeo se impõe pelo “realismo”)  O sexo perde sua intenção de transgressão contra as estruturas sociais vigentes e torna-se expressão da uniformização dos desejos e padronização dos prazeres.  O corpo é o instrumento real de trabalho, ampliando o conceito de performance, explorando as possibilidades de uso dos limites físicos. Pênis cada vez maiores, atrizes mais submissas e ações mais selvagens
  • 27.  Diluição da fronteira entre o convencional e o não- convencional, com ênfase no anal, DP, creampie, cumshot, gang-bang, fist-fucking, etc.  A lógica do big brother.  Gonzo: mistura desleixo e naturalidade nas gravações, empregando atrizes iniciantes e equipamento sofisticado.  John Stagliano: a perspectiva do espectador.
  • 28. Bibliografia Básica  ABREU, Nuno Cesar. Olhar pornô: a representação do obsceno      no cinema e no vídeo. Campinas: Mercado de Letras, 1996. BRANCO, Lúcia Castello. O que é erotismo. São Paulo: Brasiliense, 1984. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. LEITE Jr., Jorge. Das maravilhas e prodígios sexuais: a pornografia bizarra como entretenimento. São Paulo: Annablume, 2006. MORAES, Eliane R. & LAPEIZ, Sandra M. O que é pornografia. São Paulo: Abril Cultural; Brasiliense, 1985. WINCKLER, Carlos Roberto. Pornografia e sexualidade no Brasil. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
  • 29. Autor: Viegas Fernandes da Costa Contato: viegasfernandesdacosta@gmail.com Blog: http://viegasdacosta.blogspot.com Artigo desta palestra: http://viegasdacosta.blogspot.com.br/2010/10/o-co Data: outubro de 2009.