5. Parede abdominal
Pele
Tela subcutânea
M. oblíquo
externo
M. oblíquo
interno
M. Transverso
do abdome
M. reto do
abdome
M. Piramidal
Peritônio
Parietal
Fáscia
extraperitoneal
6. Pele e tela subcutânea
Na pele, as linhas de forças são transversais.
O tecido subcutâneo tem constituição célulo-
adiposa e possui três fascias:
• Fáscia de Camper: mais superficial
• Fáscia de Scarpa: mais profunda
• Fáscia Intermediária: entre as duas
10. Músculo oblíquo externo
• O: Fáscia externa das 7ª últimas
costelas
I: Linha Alba
• Mais superficial
• Origina o ligamento inguinal
11.
12.
13. Músculo oblíquo interno
• Profundo ao m. oblíquo externo
• O: Três últimas cartilagens costais /
crista do púbis / linha alba
I: Crista ilíaca / EIAS / ligamento
inguinal
14.
15. M. Transverso do abdome
• Mais profundo da parede abdominal
antero-lateral
• O: 6 últimas cartilagens costais /
aponeurose tóraco-lombar / crista
ilíaca / ligamento inguinal
I: Linha alba / crista do púbis
16.
17. M. Reto abdominal e M. Piramidal
M. Reto abdominal
• O: Púbis
I: Cartilagens costais (5ª a 7ª) /
Processo xifóide
M. Piramidal
O: Púbis
I: Linha alba
Variável
18.
19. Peritônio Parietal
• Membrana serosa
• Abaixo da fáscia extraperitoneal
• Reveste a parede abdominal
• Cavidade peritoneal
• Peritônio visceral cobre as vísceras
• Aa. e Vv. Epigástricas (superior e
inferior)
• Inervação: T7 a T12 e L1.
20.
21. Intestino Grosso
• Estende-se da extremidade do íleo até o ânus
• 2 flexuras
• 3 tênias (livre, omental e mesocólica)
• Saculações
• 1,5 m aproximadamente
• Ceco / apêndice vermiforme / colo
(ascendente, transverso, descendente e
sigmóideo) / reto / canal anal
• Omento maior
• Apêndices omentais
22.
23.
24. Apêndice Vermiforme
• É um tubo de extremidade cega,
estreito, oco, ligado ao ceco.
• Possui grandes massas de tecido
linfóide
• Suspenso a partir do íleo terminal pelo
mesoapêndice.
• Confluência das tênias do colo
• Aa. Cecal (anterior / posterior) /
apendicular
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31. • Base Anatômica (apêndice)
• Patologia (apendicite)
• Diagnóstico
Pré-operatório
• Técnica cirúrgica Anestesia
(apendicectomia) Vias de acesso
Ressecção do apêndice
Pós-operatório
• Complicações
32. Patologia
• Inflamação do apêndice com intensa dor
abdominal
• É geralmente uma emergência médica que
necessita de cirurgia
• Se não tratada a tempo, pode ocorrer
infecção generalizada
• Pode ocorrer em qualquer idade, porém
prevalece em adolescentes e adultos jovens
33.
34. • Base Anatômica (apêndice)
• Patologia (apendicite)
• Diagnóstico
Pré-operatório
• Técnica cirúrgica Anestesia
(apendicectomia) Vias de acesso
Ressecção do apêndice
Pós-operatório
• Complicações
36. • Base Anatômica (apêndice)
• Patologia (apendicite)
• Diagnóstico
Pré-operatório
• Técnica cirúrgica Anestesia
(apendicectomia) Vias de acesso
Ressecção do apêndice
Pós-operatório
• Complicações
37. Técnica cirúrgica
Pré-operatório
• Paciente deve estar em jejum
• Uso de antimicrobianos
Anestesia
• Anestesia geral, raquianestesia (espaço
subaracnóideo) ou bloqueio peridural
• A anestesia geral é mais adequada
(endovenosa)
38.
39. Vias de acesso
• Pode ser abordado por diversas incisões:
• Incisão de McBurney é a mais utilizada
o Incisão oblíqua perpendicular a uma linha que une a cicatriz umbilical a
crista ilíaca anterossuperior
o Pele -> tela subcutânea -> aponeurose do M. oblíquo externo -> M. oblíquo
interno -> M. transverso do abdome -> peritônio parietal -> cavidade
peritoneal
• Incisão de Rockey-Davis
o Incisão transversa
o Acompanha as linhas de força da pele
• Incisões verticais
o Quando há duvida do diagnóstico
o Sinais clínicos de peritonite generalizada
• Via laparoscópica
o Equipes treinadas
o Minimamente invasiva
o Indicada quando há duvida no diagnóstico e em pacientes obesos
41. Incisão sobre o ponto de Mcburney (terço externo da linha
imaginária entre umbigo e espinha ilíaca
antero-superior) de 4 a 5 cm de extensão, pele e subcutâneo.
43. Utilização dos afastadores de farabeuf para
exposição da aponeurose do oblíquo maior,
seguida de abertura da aponeurose no
sentido de suas fibras com bisturi e tesoura.
48. Liberação do peritônio parietal por
dissecção romba. Depois pinçamento e
abertura do peritônio
com afastadores de farabeuf. Sigam os
passos meus fios:
1- Pinça peritônio
51. Ressecções do apêndice
• Aberta a cavidade peritonial e exposto o apêndice,
sua ressecção é levada e feita da seguinte forma:
1. Exposição do mesoapêndice (dissecado) e artéria
apendicular (pinçada)
2. Esmagamento do apêndice
3. Sutura em bolsa aplicada a camada seromuscular do
ceco
4. Secção do apêndice
5. Invaginação do coto apendicular
6. Fechamento da cavidade por planos
7. Drenagem (em alguns casos) quando apresentar
abcesso no abdome
52. • Base Anatômica (apêndice)
• Patologia (apendicite)
• Diagnóstico
Pré-operatório
• Técnica cirúrgica Anestesia
(apendicectomia) Vias de acesso
Ressecção do apêndice
Pós-operatório
• Complicações
53. Complicações
• A complicação mais frequente é a infecção
da incisão cirúrgica
• Abcessos pélvicos e subfrênicos são a
segunda maior complicação
• A deiscência do coto apendicular é uma
complicação pouco comum
54. HÉRNIA INGUINAL
Uma hérnia inguinal é uma protrusão ou passagem de um
saco peritoneal, com ou sem conteúdo abdominal, através de
uma parte fragilizada da parede abdominal na virilha.
55. Região inguinal (virilha)
• É a área de junção entre a
parede abdominal anterior e a
coxa. Processo
• Limites: Caudamente, ao Vaginal
ligamento inguinal;
cranialmente, a linha
horizontal; medialmente,
borda lateral m. reto do
abdome
Canal
inguinal
Homens: Funículo
Espermático
Mulheres:
Ligamento
redondo do útero
57. Canal Inguinal
• O canal inguinal é uma passagem que se
estende em uma direção inferior e medial,
logo acima e paralelo à metade inferior do
ligamento inguinal.
• Ele começa no anel inguinal profundo e
continua por aproximadamente 4 cm,
terminando no anel inguinal superficial.
• Nos homens – funículo espermático
• Nas mulheres – lig. Redondo do útero
58.
59.
60. Paredes do Canal Inguinal
• Formada em toda a • Formada em toda a sua
sua extensão pela extensão pela fáscia
aponeurose do transversal.
músculo oblíquo
externo.
Parede Parede
anterior posterior
Teto Assoalho
• Formado pelas • Formado pela
fibras arqueadas dos metade medial do
músculos transverso ligamento inguinal.
e oblíquo interno do
abdome.
61.
62.
63.
64. Funículo Espermático
Consiste em estruturas passando entre as cavidades abdominopélvica e os
testículos e em três revestimentos de fáscias:
o O ducto deferente
o a artéria para o dueto deferente (da artéria vesical inferior);
o a artéria testicular (da aorta abdominal);
o o plexo venoso pampiniforme (veias testiculares);
o a artéria e veia cremastérica (pequenos vasos associados com a fáscia
cremásterica);
o o ramo genital do nervo genitofemoral (inervação para o
o músculo cremáster);
o fibras nervosas aferentes viscerais e simpáticas;
o vasos linfáticos;
o remanescentes do processo vaginal.
o Fáscia espermática interna
o Fáscia cremastérica
o Fáscia espermática externa
65.
66. Ligamento redondo do útero
• O ligamento redondo do útero é uma estrutura
em forma de cordão que passa do útero para o
anel inguinal profundo pelo qual penetra o canal
inguinal.
• Ele passa pelo canal inguinal e sai através do
anel inguinal superficial. Neste ponto ele muda
de uma estrutura em forma de cordão para
alguns fios de tecido ligados ao tecido conectivo
associado aos lábios maiores.
• Ao atravessar o canal inguinal, ele adquire os
mesmos revestimentos encontrados no funículo
espermático em homens.
67. Hérnia inguinal
Uma hérnia inguinal é uma protrusão ou Hérnia inguinal
passagem de um saco peritoneal, com ou sem pode ser:
conteúdo abdominal, através de uma parte
fragilizada da parede abdominal na virilha.
Direta: através
da parede
posterior do
canal inguinal.
Indireta: através
do anel inguinal
profundo.
68. Hérnia inguinal direta
• É Um saco peritoneal que penetra a
extremidade medial do canal inguinal
diretamente através de uma parede
posterior fragilizada.
• Esta protuberância ocorre medialmente aos
vasos epigástricos inferiores no trígono
inguinal (triângulo de Hesselbach)
69.
70.
71. Hérnia Inguinais Indiretas
• A hérnia inguinal indireta é o mais comum
dos dois tipos de hérnia inguinal. Ela
ocorre porque alguma parte, ou todo, do
remanescente embrionário do processo
vaginal permanece aberto ou evidente. Por
isso é referido como sendo de origem
congênita.
72.
73. Redutível: seus conteúdos podem ser reposicionados
Irredutível ou encarcerada: não pode ser reduzida;
Estrangulada: suprimento sanguíneo comprometido para seus
conteúdos;
*Hérnia de Richter
75. Diagnóstico
• São notadas como um abaulamento intermitente ou recorrente da região inguinal.
• A maioria é assintomática ou provoca desconforto relacionado ao volume e
sensação de peso no local. Alguns queixam de dor com irradiação para face ântero-
medial da coxa e para o escroto.
• Nas hérnias mais volumosas o diagnóstico é óbvio à simples inspeção
visual. Hérnias menores exigem exame mais cuidadoso para serem detectadas.
Exame Físico
• Inspeção e palpação do abdômen e parede abdominal, exame cuidadoso
da região inguinal e escroto procurando tumefações, abaulamentos,
assimetrias, nódulos.
• Paciente pode estar em pé ou em decúbito
• No homem a protrusão do saco herniário pode ser percebida utilizando
o dedo indicador no anel inguinal superficial, através da invaginação do
hemi-escroto
78. Diagnóstico Diferencial
• Hérnias inguinoescrotais volumosas, de abaulamento
elíptico o que progridem no sentido medial geralmente
são indiretas.
• Nas hérnias diretas o abaulamento é mais arredondado
e a progressão para fora é vertical
• Nem sempre é possível a diferenciação entre hérnia
direta e indireta, mas isto não é importante, uma vez que
em ambas o tratamento será cirúrgico e o diagnóstico
será confirmado durante o ato operatório.
80. Tratamento Cirúrgico
• O tratamento cirúrgico é indicado em todo caso
diagnosticado.
• O tratamento conservador sob observação cuidadosa e
utilização de funda é controverso, mas pode ser aceitável
em idosos com risco cirúrgico elevado e com hérnias
inguinais pequenas e assintomáticas.
• A operação para tratamento das hérnias inguinais é
constituída de três partes:
1. Dissecção das estruturas inguinais
2. Tratamento do saco herniário
3. Reconstrução da parede inguinal
81. Tratamento Cirúrgico
Cuidados Pré - Operatórios
• Redução manual da hérnia encarcerada
• Pacientes com comorbidades e risco cirúrgico recomenda-se o
uso do antibiótico cefazolina
Anestesia
• Anestesia local e sedação em adultos
• Anestesia geral em crianças e pacientes
ansiosos
• Raque ou peridural é uma alternativa
intermediária
Posição
• Decúbito dorsal
82. Tratamento Cirúrgico
Acesso
• Inguinotomia de Felizet:
Transversa de 5 cm a 6cm, a partir do tudo púbico e
estendendo-se até o fim dos pelos pubianos
• Inguinotomia oblíqua:
Paralela ao ligamento inguinal, de 8 cm a 10 cm, a partir
do tubérculo púbico em direção à crista ilíaca ântero-
superior.
83. Tratamento Cirúrgico
• Já foram descritas mais de 300 técnicas de tratamento de correção
Hérnica Inguinal.
• Os princípios gerais de todas incluem:
• Identificação dos pontos de herniação
• Dissecção cuidadosa do saco herniário e das estruturas próximas
• Fechamento e ligadura do saco herníario
• Estreitamento do orifício do anel inguinal profundo (hérnia
inguinal indireta)
• Reconstrução e reforço sem tensão do assoalho inguinal
85. Tempos cirúrgicos principais de
hernioplastia indireta
1. Abrir fáscia subcutânea superficial (de Camper)
2. Ligar e seccionar os vasos epigástricos superficiais (quando presentes)
3. Abrir a fáscia sucutânea profunda (de Scarpa) e Músculoaponeurótica (de
Gallaudet)
4. Fazer a divulsão com os afastadores manuais para expor bem a aponeurose do
músculo oblíquo externo e o anel inguinal superficial
86. 5. Iniciar a incisão da aponeurose do m. oblíquo externo no sentido de suas fibras, procurando o nervo
inguinal para evitar sua lesão
6. Sob visão direta do nervo, estender a incisão da aponeurose até o anel inguinal superficial distalmente e
até o nível do anel inguinal profundo
7. Reparar o nervo ileoinguinal
8. Dissecar o retalho lateral da aponeurose do MOE até atingir e identificar o ligamento inguinal
9. Identificar e dissecar com cuidado o trato iliopúbico ( de Thompson; ele é a reflexão da fáscia transversal)
10. Separar o retalho medial da aponeurose do MOE para expor o m. oblíquo interno
11. Repara cada um dos dois retalhos aponeuróticos
12. Proteger o nervo ileoinguinal
13. No homem, liberar o cordão espermático
14. Separar o Funículo do tubérculo púbico
15. Circundar o funículo espermático ( na mulher, disseca-se o lig. Redondo do útero circundado pelo m.
cremaster)
16. Identificar o saco hérniário situado, nas hérnias indiretas, na região medial e anterior do cordão inguinal,
entre as fibras do cremaster e, nas hérnias diretas, no assoalho inguinal no triângulo de Hasselbach
17. Identificar o anel inguinal profundo (Lipoma pré-herniário)
18. Dissecar o m. cremaster
19. Dissecar o lipoma pré-herniário.
87. 20. Dissecar todo o saco herniário, separando-o dos elementos do fúniculo, até atingir o anel
inguinal profundo
21. Abrir o saco longitudinalmente, formando dois retalho peritoniais
22. Identificar o conteúdo do saco e sua viabilidade, introduzindo com muita delicadeza para dentro
da cavidade abdominal
23. Fechar o “colo” do saco
24. Cortar transversalmente os dois retalho do saco e introduzir o coto proximal do saco para dentro
do anel inguinal profundo
25. Em mulheres, ligar e seccionar o lig. Redondo do útero e o tecido que o circuncida ao nível do
anel inguinal profundo junto ao púbis
26. Pesquisar uma hérnia indireta no cordão espermático e uma direta no assoalho inguinal
27. Pesquisar o anel femoral e verificar se existe abertura maior de uma polpa digital junto aos vasos
femorais, bem com ao presença de saco herníário
88. Tempos cirúrgicos principais de
hernioplastia indireta
Terminada a dissecção do funículo espermático (ou do lig. Redondo) e
a ligadura alta do saco herniário, optar o tipo de técnica no reforço do
assoalho da região inguinal:
• Bassini-Zimmermann-Aguirre em mulheres que não realizam
grandes esforços físicos
• Shouldice em Homens que não realizam grandes esforços físicos e
possuem uma fáscia transversal íntegra
• Falci-lichtenstein em pessoas que realizam grandes esforços ou
com o assoalho do canal inguinal enfraquecido ou destruído
89. Tempos cirúrgicos principais de
hernioplastia indireta
Etapa final comum a todas as técnicas de reparo da hérnia inguinal:
28. Fechar a aponeurose do MOE
29. Fechar o subcutâneo das fáscias de Scarpa e Camper
30. Fechar a pele