O documento discute as contribuições da linguística aplicada na formação de professores de língua materna e estrangeiras. A linguística aplicada surgiu na década de 1940 com foco no ensino de inglês e privilegiou pesquisas indutivas. No Brasil, as pesquisas iniciaram com análise contrastiva e depois se voltaram para leitura. Recentemente, há estudos sobre letramentos múltiplos e críticos.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
La ufg
1. CONTRIBUIÇÕES DA LINGUÍSTICA APLICADA NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA
MATERNA E LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Vera Menezes
(UFMG/CNPq/FAPEMIG)
2. ORIGEM DA LINGUÍSTICA APLICADA
O termo linguística aplicada surgiu na década de
40, segundo Kaplan (2002), em um esforço dos
professores de língua que desejavam se alinhar
aos estudos “científicos” da linguística e se
dissociar dos professores de literatura.
A origem da linguística aplicada está nos estudos
sobre ensino de língua inglesa. (1948 Language
Learning)
3. ORIGEM DA LINGUÍSTICA APLICADA
A LA privilegiava a pesquisa sobre ensino de
língua inglesa (KAPLAN, 1985)
A LA tem privilegiado a perspectiva indutiva, isto é,
a pesquisa a partir das observações de situações
da linguagem no mundo real.
4. DEFINIÇÃO
“Estudo da linguagem e de problemas relacionados
com a linguagem em situações específicas onde se
usa ou se aprende línguas.” (Applied Linguistics
Journal)
http://www.oxfordjournals.org/our_journals/applij/about.html
A LA surgiu durante o apogeu do estruturalismo
linguístico e da psicologia skineriana.
10. A PESQUISA EM LA NO BRASIL
De acordo com Cavalcanti (2004, p.25),
década de 70 = análise contrastiva
Década de 80 = leitura.
Década de 90 = sinais de diversificação nas
pesquisas.
11. ANÁLISE CONTRASTIVA
Conceito de língua como conjunto de estruturas
Comparação entre sistemas revela as dificuldades
linguísticas
Ensino de línguas é sinônimo de criação de
hábitos automáticos
Previsão de erros. Testagem de hipótese
12. ANÁLISE CONTRASTIVA
Muitas pesquisas no Brasil sobre análise de erros.
Pesquisas sobre leitura (ES) colocam a ênfase na
semelhança e não nas diferenças entre os idiomas
Preconceito contra a análise de erros.
13. Os estudos sobre ensino de
língua estrangeira acabaram
influenciando os estudos em
alfabetização.
Exercícios estruturais foram usados
em atividades de alfabetização.
Uso de drills
Ex.:
O peixe vermelho.
Os peixes vermelhos.
14. A PESQUISA SOBRE LEITURA
Pontos positivos
Estratégias de aprendizagem
Retórica
Estudo de gêneros
Pontos negativos
ESP passou a ser sinônimo de leitura
Leitura como habilidade privilegiada nos PCNS
Apagamento das habilidades orais
15. LETRAMENTOS
“...NÃO SÓ A PALAVRA ESCRITA, MAS TAMBÉM A COMUNICAÇÃO
VISUAL, AUDITIVA, ESPACIAL.” (SOARES, 2002)
PROFUSÃO DE CONCEITOS DE LETRAMENTO:
Letramento digital Letramento matemático
Letramento em vídeo game
Letramento eletrônico
Letramento computacional
Letramento multimodal
Letramento tecnológico
Letramento fílmico
Letramento funcional
Letramento jurídico Letramento informacional
Letramento ecológico Letramento em novas
mídias
Letramento religioso
Letramento racial
Educação, cultura, competência, habilidade
16. TENDÊNCIA E PERSPECTIVAS NOS ANOS 90
(GRABE, 2002)
Ensino auto-reflexivo (pesquisação)
Estudos críticos (análise crítica do discurso,
pedagogia crítica
Língua em uso em contextos acadêmicos e de
trabalho
Linguística de corpora
Multilingualismo e bilinguismo
Avaliação
O papel da linguística aplicada
17. INFLUÊNCIAS POSITIVAS E NEGATIVAS DOS
ESTUDOS EM LA
Letramento crítico X ensino da língua
A tradução
Aquisição X aprendizagem
Língua estrangeira X L2 X língua adicional
Gêneros: narrativa
Aprendizagem individual X colaborativa
Métodos e técnicas X prática reflexiva
18. PREVISÕES DE KAPLAN EM 2002
Descrição linguística como recurso central para a
pesquisa (Linguística de Corpus)
Maior uso da tecnologia e de aplicativos na
pesquisa, no ensino e na tradução; Uso de
avaliações mediadas por computador
Como consequência um aluno mais autônomo e
mais engajado em práticas colaborativas