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Universidade Federal da Bahia
     Faculdade de Medicina
    Departamento de Cirurgia
 MEDB46 Cirurgia Torácica Vascular
          e Angiológica




CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS
                               Vanessa Lys Boeira
                                     Virginia Moraes


                                FMB-UFBa 2008.2
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
♥   Anormalidades presentes na estrutura e na função
    circulatória presentes ao nascimento

♥   Etiologia:
    ♥ Associada a fatores genéticos e ambientais
    ♥ Rubéola
    ♥ Exposição a drogas teratogênicas
    ♥ Etilismo
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS
 Ocorrem devido a lesões que resultam em
  diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar
 Ocorre por obstrução ao nível da valva
  pulmonar, abaixo ou acima desta
 Nível único: estenose pulmonar

 Múltiplos níveis: tetralogia de Fallot
CLASSIFICAÇÃO DO PONTO DE VISTA CLÍNICO
o   Cardiopatias cianóticas por diminuição do fluxo
    pulmonar
    o   Tetralogia de Fallot
    o   Trilogia de Fallot ( CIA+ EP)
    o   Atresia Pulmonar + CIV (Fallot extremo)
    o   Atresia Tricúspide Anomalia de Ebstein
o   Cardiopatias complexas cianóticas por mistura artério-
    venosa
    o   Drenagem anômala total ou parcial das veias pulmonares DVSVD
        Dupla via de saída do VD
    o   Ventrículo único
    o   Truncus arteriosus
    o   TGVB Transposição dos Grandes vasos da base
    o   Síndrome da hipoplasia do VE
CIANOSE
   Origem grega “ cyanos” : azul-escuro.
   Pele e mucosas em condições Clínicas especiais:
    Cinzenta-Violeta.


♥   Mecanismo
   Coloração da Pele: Pigmentação X Vascularização.
   Adulto normal = 12,5-15g Hb/100 mL  5g Hb reduzida
    = Cianose.
   Obs: Valor absoluto de Hb( Não relação Hb reduzida/ Hb
    total.(policitemia X anemia).
TIPOS DE CIANOSE:

A)Central: Hipoxemia Arterial.
 O2 ambiente;
 Ventilação inadequada(enfisema, tumores, atelectasias)
 TRANSTORNOS DE PERFUSÃO (Cardiopatias
  congênitas, ICC, embolias)
 SHUNTs D-E


B) Periférica: Estase/vasoconstricção
 Fenômeno de Raynaud.


C) Alteração da Hb
SEMIOLOGIA DA CIANOSE
   Locais mais comuns :leito ungueal, extremidades
    digitais, lábios e lobos da orelha.

   Negros: coloração da língua e mucosa oral.

   Referir se a cianose é generalizada ou localizada.

   Achados concomitantes:
       unha em vidro de relógio, sopro cardíaco, assimetria de
        pulsos periféricos, formato do tórax,edema de MMII
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS


   Tetralogia   de Fallot

   Transposição    de grandes Vasos

   Atresia   Pulmonar

   Estenose     Pulmonar

   Anomalia     de Ebstein
ESTENOSE PULMONAR
ESTENOSE PULMONAR
 Defeito   congênito relativamente comum.
 10%   em crianças
 Predomínio    no sexo feminino.
 Ocorrência   familiar em 2% dos casos.
 Estenose    Valvar é o lugar mais comum de
 acometimento, podendo ser Sub ou Supravalvar
 Os   septos IA e IV estão íntegros.
ESTENOSE PULMONAR

 Causas:
  Tetralogia de Fallot.
  Síndrome da rubéola congênita.
  Estenose pulmonar secundária a síndrome carcinóide.
  Síndrome de Noonan.
  Estenoses isoladas em posição sub ou supravalvar.
ESTENOSE PULMONAR
FISIOPATOLOGIA

Valvar:
 Espessamento fibroso e fusão da comissuras –
  boca de peixe.
 Dilatação pós-estenótica da artéria pulmonar

 Hipertrofia e dilatação de VD
ESTENOSE PULMONAR
    FISIOPATOLOGIA
♥ Subvalvular
 Estreitamento fibromuscular de VD.
 Doença de VD com dupla câmara.

 Hipertrofia global de VD.



♥ Supravalvar
 Areas isoladas ou múltiplas de estreitamento da artéria aorta
  e seus ramos.
 Dispneia e fadiga.

 Sobrecarga de pressão-VD
ESTENOSE PULMONAR
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Assintomáticos
 Dispnéia

 Insuficiência Cardíaca direita



   Exame físico:
       distensão venosa jugular,
       impulso paraesternal,
       clique e sopro de ejeção sistólicos,
       componente pulmonar de B2 suave e tardio
ESTENOSE PULMONAR
DIAGNÓSTICO

 Eletrocardiograma
   Normal,
   Hipertrofia de VD
   Bloqueio de ramo direito
 Ecocardiografia
    Anatomia valvar
    Local da estenose
    Espessamento do folheto valvar
    Tamanho e função de VD Se o pico do jato de velocidade ao
 Cateterismo   cardíaco        Doppler for > 3m/segundo
   Raramente é necessário       (gradiente pico sistólico
                                estimado>36mmHg) e a dilatação
  ACC/AHA recomenda             com balão puder ser realizada
                                quando indicada.
ESTENOSE PULMONAR
OUTRAS PREOCUPAÇÕES CLÍNICAS
Endocardite infecciosa
 Incidência é baixa
 Risco maior que na população me geral.
 AHA-2007 profilaxia com antimicrobiana
  apenas para pctes com maior risco de
  desenvolver endocardite.

Arritmia
 Aumento da incidência de arritmia.
 Extra-sístole ventricular e supraventricular.
ESTENOSE PULMONAR
       TRATAMENTO CIRÚRGICO

A) Indicação:
 - Indicado na Estenose Moderada/Grave(Gdte >

  50mmHg, no adulto)
 Neonatos e lactentes: pressão VD = 60-70% da
  PAS(60-70 mmHg)

B)Excisão cirúrgica Valvar:
 Reservada aos casos de VP extremamente displásica(
  Cúspides grosseiras + anel Valvar diminuto)
 Associada a ampliação do anel por retalho.
ESTENOSE PULMONAR
          TRATAMENTO CIRÚRGICO
C)Valvoplastia por cateter balão(dilatação percutânea da valva
  pulmonar com balão)
 Técnica iniciada c/ Rubio-Alvarez e col,1951(SNG), em
  substituição da Valvotomia descrita por
  Brock,1948.(mortalidade).
 Consolidada por Jean Kan e col em 1982(primeiros empregos
  de cateteres p/ correção de Card. congênita)
 Objetivo : Ausência de Hipertensão VD e Regurgitação
  pulmonar.
 Restrições : Nível de calcificação valvar; Difícil acesso TP do
  RN = Horizontalização Infundibular.
 Modalidade terapêutica de escolha, quando empregada fora
  do período neonatal
ANOMALIA DE EBSTEIN
ANOMALIA DE EBSTEIN


   Anormalidades da valva tricúspide e ventrículo direito

   Igualmente distribuída entre os sexos;

   Folhetos da valva tricúspide deslocados em sentido caudal

   Prevalência da anomalia de Ebstein é de cerca de 1 em 50.000 a 200.000.

   Por razões desconhecidas, ocorre com maior freqüência em filhos de mães
    que tomam lítio durante a gravidez.

   Variabilidade morfológica X presença de outras malformações associadas.
ANATOMO-FISIOPATOLOGIA

   Lesão primária: Deslocamento caudal Valvar , com exceção
    do Folheto anterior.

   Folheto Septal displásico e aderido à parede VD; Folheto
    anterior = “Vela de navio” + Cordas tendíneas “bizarras”

   * Fixação da margem livre do F.Anterior no ápice do VD 
    Perfurações valvulares.

   M.Papilares anômalos.

   Comunicação IA (forame Oval patente): 90%
ANATOMO-FISIOPATOLOGIA

   VD dividido em 2
    compartimentos:Ventrículo
    Atrializado X Ventrículo funcional

   3ª Camara anômala = Infundíbulo.

   Trajeto Coronário e sistema de
    condução normais

   Comunicação IA ou forame Oval
    pérvio.
Anomalia de Ebstein

Classificação:

   Leve, moderada e grave.

   Base na extensão do deslocamento apical dos folhetos da valva
    tricúspide com regurgitação resultante, e o grau de dilatação do
    lado direito da câmara cardíaca e disfunção.

   Outra classificação mais detalhada que é baseada nos achado
    anatômicos em cirurgia que propôs quatro graus de anomalia.
Anomalia de Ebstein
             Apresentação Clínica

   É muito variável, variando de assintomática a sintomas graves

   Em uma revisão de 220 ​pacientes com anomalia de Ebstein, a
    apresentação mais comum variou com a idade de apresentação:
   Fetos - um exame de rotina pré-natal anormal (86 por cento)

   Recém-nascidos - cianose (74 por cento)

   Crianças - insuficiência cardíaca (43 por cento)

   Crianças - um murmúrio incidentais em crianças (63 por cento)

   Adolescentes e adultos - de arritmia (42 por cento)

   Idade precoce na apresentação foi associada a outras lesões
    cardíacas, como a estenose pulmonar ou atresia.
Anomalia de Ebstein
Sintomas
 Cianose
 Palpitação- taquiarritmia

 Dispnéia

 Fadiga
Anomalia de Ebstein
                    Exame Físico
 Doença menos grave sopro e um clique
 Doença mais grave: cianose

 Um sopro sistólico de regurgitação tricúspide é um achado
  comum;
 Onda v no pulso venoso Jugular (por regugitação Tricúspide)

 Desdobramento de 1ª e 2ª bulhas.



   Sopro Sistólico e/ou Diastólico ao longo de borda esternal E

   Hepatomegalia, sobretudo no RN
EXAMES COMPLEMENTARES
ECG
 Desvio de Eixo p/ D + Bloqueio de Ramo D.
 Intervalo PR alargado e onda P anormal(Atrio aumentado).
 Arritmias, Taquicardias, flutter atrial (7% morte súbita)


RX
 Coração em formato “globular”.
 Ápice do coração elevado c/ relação ao diafragma
 ↓ Vascularização pulmonar


ECOCARDIOGRAFIA
 Inserção da Tricúspide
 Precisão descritiva(defeitos co-existentes),
 Risco associado de arritmias ao Cateterismo-30%.
TRATAMENTO

    Acompanhamento dos
     pacientes.

    Medicamentoso:

 •   Diuréticos, Digoxina.

 o   Ablação por cateter:

 •   Arritmias e taquiarritmias.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:

   Excisão valvar até os anos 70Complicações
    tromboembólicas, disfunção protética e necessidade de
    reoperação, endocardites = mortalidade.

   A evolução das técnicas ecocardiográficas + experiência
    cirúrgica: Geometria do VD e (dis)função tricúspide.

   Carpentier et al/1988: Preservação/restauração da valva
    tricúspide concomitante com volume/forma
    VDMaximizando função do VD, hemodinâmica e
    neutralizando cianose.
CIRURGIA
   Operação de Starnes (paliativa)
     Fechamento do orifício tricúspide com tampão;
     Septectomia atrial;
     Derivação sistêmica-artéria pulmonar;



   reparo futuro tipo Fontan
REPARO FUTURO TIPO   FONTAN
TETRALOGIA DE FALLOT
TETRALOGIA DE FALLOT
   Defeito do septo ventricular
   Estenose pulmonar
    (obstrução da via de saída
    do VD)
   Hipertrofia ventricular
    direita
   Aorta cavalgando o septo
    interventricular
MORFOLOGIA

              Desvio ântero-superior do septo
                       infundibular




          Desalinhamento




                                                Dextroposição de
    CIV             Estenose Pulmonar
                                                      Aorta



                     Hipertrofia de VD
TETRALOGIA DE FALLOT
 Descrita em 1888 por Fallot
 Prevalência de 0,21/1000 nascidos vivos
 Mais frequente das CCC em crianças maiores
 Clínica:
    ♥ Quando cansado abaixa-se ( fluxo pulmonar e
      saturação de O2)
    ♥ Episódios de perda de consciência
    ♥ Cianose que depende do grau de obstrução do VD
      (shunt D/E)
        ♥   Maior pressão VD = maior grau de cianose
   Exame físico:
    ♥   Impulso ventricular direito; 2ª bulha única
    ♥   Sopro sistólico e Sopro diastolico
QUADRO CLÍNICO E FISIOPATOLOGIA
   Baixa saturação de O2 no sangue arterial
    determina:
     Alterações estato-ponderais
     Crises de hipoxemia:
         Dispnéia intensa e até convulsões
         Perda de consciência

         A cianose não é miuto intensa ao nascimento; os sintomas se
          acentuam com o desenvolvimento (ex físico)
       Policitemia
           Cianose = aumento na produção da eritropoietina,
            hipocratismo digital


   CIV e a Estenose Pulmonar além de produzirem
    sopros determinam hipertrofias ventriculares
TETRALOGIA DE FALLOT
DIAGNÓSTICO
   Radiografia de tórax

   Ecocardiografia

   Eletrocardiografia
TETRALOGIA DE FALLOT
   Rx de Tórax
TETRALOGIA DE FALLOT
   Rx de Tórax
   Dextro-posição aórtica emcerca de 30%
       saliência no mediastino superior direito


   O infundíbulo do VD pela hipertrofia pode ser
    confundido com o ramo esquerdo da AP.

   Concavidade do arco médio associada à hipertrofia
    do VD em casos graves
       Imagem radiológica clássica : “coração em bota”
ECOCARDIOGRAMA




 posição aórtica;
 estenose hipotrofia ou atresia, da válvula e tronco da artéria pulmonar
 dimensão da CIV
 grau de hipertrofia do infundíbulo e paredes do VD.
ELETROCARDIOGRAFIA




  Sinais de hipertrofia de VD
      Desvio do eixo para a direita
CATETERISMO
 É indicado antes do reparo
 Paliação prévia

 Suspeita de presença de colaterais aórtico-
  pulmonares e anormalidades na ramificação da AP
 Como método diagnóstico é invasivo
     Indicação:   ecocardiograma não elucidativo
TETRALOGIA DE FALLOT: TRATAMENTO
CLÍNICO
   Controle rigoroso da hemoglobina

   Propanolol (0,5 a 1,5 mg/kg/dia)  promove relaxamento
    musculatura infundibular

   Crises de Hipóxia
     Posição genupeitoral: ↑ RVP
     Oxigenoterapia e expansão volumétrica
     Morfina (0,2 mg/kg) - Abolir Taquipnéia
     Ketamina (1 a 3 mg/kg) - Sedação e ↑ RVP
     PROPANOLOL
     Manter Sat O2 > 75% e Hb = 15g/dL (ou Ht = 45%)
     Corrigir acidose e evitar desidratação
    Fallot Extremo  Prostaglandina E1 infusão contínua
TETRALOGIA DE FALLOT
o   Indicações para cirurgia:
    o Surto clássico na TDF cianótica
    o Queda de PA, alteração do nível de consciência
TETRALOGIA DE FALLOT
Tratamento cirúrgico
Paliativo : confecção de Shunts
   1) Aórtico-pulmonar Potts-Smith, Waterston-Cooleyshunt de
    Glenn, shunt de Glenn bidirecional ou hemi-Fontan,
    Fontan, Kawashima

    2) Subclávio-pulmonar tipo Blalock-Taussig clássico ou
    modificado
SHUNT BLALOCK-TAUSSIG
SHUNT BLALOCK-TAUSSIG
TETRALOGIA DE FALLOT
Correção Cirúrgica definitiva

1) Fechamento da CIV
2) Ressecção muscular e alargamento do
   infundíbulo ou via de saída do VD
3) Comissurotomia, Alargamento ou
   ressecção da válvula e ou anel pulmonar
4) Alargamento do tronco da artéria pulmonar
5) Correção das anomalias associadas
TETRALOGIA DE FALLOT : CORREÇÃO
CIRÚRGICA DEFINITIVA
TETRALOGIA DE FALLOT : CORREÇÃO
CIRÚRGICA DEFINITIVA
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
♥   Principal cardiopatia congênita cianótica no período
    neonatal.

♥   Anomalia caracterizada por um erro embriológico
    na septação e rotação helicoidal aorto-pulmonar

♥   Fisiologicamente há inversão dos fluxos:
     VE    circulação pulmonar
     VD    circulação sistêmica.
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
 Aorta proveniente de ventrículo morfologicamente
  direito
 Artéria Pulmonar proveniente de ventrículo
  morfologicamente esquerdo
 Anomalias associadas:
     CIV 40%
     Coarctação/ interrupção do arco aórtico 10%
     Obstrução do trato de saída do VE 5 a 10%
     Ramificação anormal de coronárias em 1/3 dos pcts
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Transposição Simples
 SIV intacto

 Cianose profunda logo após o nascimento

 Piora com fechamento do CA

 Sobrevida depende do tamanho da CIA
       Reabertura do CA com infusão de PGE1:mistura no
        nível arterial
   Anormalidade fisiológica:
    • Redução da oxigenação
    • Sobrecarga de volume em VD e VE
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
SIMPLES




 http://f.i.uol.com.br/folha/equilibrio/images/10239205.gif
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Transposição complexa
 A fisiologia é essencialmente inalterada em relação
  à transposição simples
 CIV ou CIVs permitem mistura em um nível
  adicional
 Saturação sistêmica maior que na TGV simples

 Quadro clínico semelhante

 Ocorre ICC associada
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
COMPLEXA




http://coracao2010.blogspot.com/2010/02/transposicao-das-grandes-arterias.html
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
 Clínica
 Mais comuns: cianose e aumento da área cardíaca

 ICC que é freqüente e precoce.

 Só há sobrevida se houver: PCA, CIA ou CIV

 Logo após o nascimento ocorre hipertrofia do VD
       Característica da doença
       Determina
         Resultados cirúrgicos
         Chance de sobrevivência depois da correção.
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
   Exame Físico
    Abaulamento paraesternal esquerdo por aumento de
     VD
   Precórdio hiperativo
   B2 desdobrada ou não;
   Sopro sistólico:
       Hiperfluxo ou estenose do trato de saída de VE (pulmonar).

   Hipocratismo digital acentuado nas crianças mais
    velhas.
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
   Alterações Radiográficas
       Contorno cardíaco “em ovo”
       Com a  da resistencia pulmonar, a vascularização
        pulmonar 
       Dilatação de câmaras direitas
       Tronco da artéria pulmonar não visível
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
ARTERIOGRAFIA




  Cateter com extremidade no VD – a injeção do
            contraste opacifica a Aorta
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
   Eletrocardiograma
     É incaracterístico e dependende da forma anatômica
     Pode apresentar bradicardia sinusal e bloqueio
      atrioventricular.


   Ecocardiograma
     É o exame mais fidedigno
     Permite:
          Descrição acurada das alterações anatômicas
         classificação e alterações associadas
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS:
TRATAMENTO
Paliativo:
 Artriosseptostomia por balão de Rashkind
 Uso de PGE1
 Cirurgia de Blalock – Hanlon
   Toracotomia lateral D pelo 5º EIC
   Atriosseptectomia
   Ressecação de parte do septo interatrial
   Sem uso de CEC
CIRURGIA DE BLALOCK – HANLON
CIRURGIA DE BLALOCK – HANLON
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Tratamento:
   Cirurgias para correção total

   Técnica de Rastelli (correção das vias de saída VD e VE com
    tubo protético)

   Técnica de Senning (inversão do fluxo atrial através de túnel
    com retalho )

   Técnica de Jatene (Correção anatômica, com re-implante
    das coronárias)
TÉCNICA DE RASTELLI
TÉCNICA DE JATENE
ATRESIA PULMONAR COM CIV
ATRESIA PULMONAR
COM CIV
ATRESIA PULMONAR
COM CIV
o   Forma extrema da Tetralogia de Fallot.

o   Barreira ao fluxo pulmonar + shunt D-E

o   S/ comunicação direta entre VD e Aa. Pulmonar
    o   Valva e tronco pulmonares são atrésicos

o   Pode ser vista isoladamente ou associada a outras
    síndromes;
ATRESIA PULMONAR
COM CIV

   Débito ventricular é ejetado no interior da aorta.



   Fluxo sangüíneo pulmonar depende das colaterais
    brônquicas ou de um ductus arteriosus patente.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
   Semelhantes à Tetralogia de Fallot.

   Cianose ao nascer.

   Exame Físico
   Sopro sistólico brando;
   B1 seguida por clique de ejeção;
   B2 é intensa e única em base;
   Sopro contínuo audível sob clavículas (devido ao ductus
    arteriosus patente e fluxo brônquico colateral).
ATRESIA PULMONAR COM
CIV
CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
   Tipo A
o   É a mais comum;
o   O canal arterial é a única fonte
    de suprimento sanguíneo;
o   Os pacientes podem se tornar
    hipoxêmicos;
o    Mortalidade de 50% aos 6
    meses e 90% com um ano de
    vida;
o   São tratados clinicamente
    prostaglandinas.

                                  Grupo A → todos os segmentos
                                  pulmonares são conectados às AAPP
                                  centrais
CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
   O canal arterial pode
    se fechar;

   A cianose pode ou não
    acontecer;

 10% morre no 1ºano
  de vida,
 50% aos 3 a 5 anos
 90% aos 10 anos.
                            Grupo B → alguns segmentos pulmonares são
                            supridos pelos ramos das AAPP centrais,
                            enquanto outros segmentos são supridos pelas
                            artérias colaterais sistêmico-pulmonares
                            (ACSP).
CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
   Tem grande fluxo
    sanguíneo pulmonar
    ao nascimento;

   Podem apresentar
    sinais ou sintomas de
    ICC;

   As crises de cianose
    são menos frequentes;
                            Grupo C → todos os segmentos
                            pulmonares são supridos
                            exclusivamente pelas ACSP, sendo as
                            AAPP centrais ausentes
APRESENTAÇÃO

   Crianças pouco cianóticas e dessaturadas durante
    as primeiras 48 horas;

   Com o decorrer do tempo fica mais cianótico e
    hipoxêmico.

   Tem grande fluxo sanguíneo pulmonar ao
    nascimento;

   Podem apresentar sinais ou sintomas de ICC;

   As crises de cianose são menos frequentes;
DIAGNÓSTICO
   Ecocardiografia
       define o diagnóstico intracardíaco;


   Cateterismo
       Necessário para definir a circulação colateral;
EXAMES COMPLEMENTARES
Raio-X de Tórax:
Coração aumentado;
Padrão reticular de fluxo
  brônquico colateral.
EXAMES COMPLEMENTARES
   Ecocardiograma:
       Define o diagnóstico intracardíaco
          do calibre da aorta ascendente,
        CIV subaórtica,
       saída de VD fechada,
       s/ valva pulmonar detectável. (achados semelhantes a
        Tetralogia de Fallot)


   Ventriculografia direita:
       Opacificação da aorta, de tamanho aumentado.
ATRESIA PULMONAR COM
CIV

   AO

                      VD


        VE
                           AO
   VD            VE
TRATAMENTO
    Uso imediato de PGE1

    Correção dos distúrbios metabólicos ácidos básicos

    Otimização da ventilação e oxigenação

    Cirurgia definitiva:

     Paciente com artérias pulmonares confluentes
        Pacientes com PA-CIV e MAPCA
       Unifocalização da artéria pulmonar
CIRURGIA
   Orientada pela classificação de BARBERO-MARCIA &
    JANETE;
       Conecta-se, inicialmente, as colaterais de cada lado às
        artérias pulmonares nativas ipsilaterais;

       Realizar anastomose de Blalock-Taussig(paliativa)

       Se houver crescimento satisfatório do leito vascular
        pulmonar:

           Comunicação interventricular é fechada;

           VD é finalmente conectado ao tronco da artéria pulmonar com um
            tubo extracardíaco em idade oportuna;
BIBLIOGRAFIA
 Sabiston, tratado de cirurgia, 17ª edição
 Uptodate, Overview of the management of tetralogy
  of Fallot, 2009
 http://www.brunorocha.com.br/portal/?p=142

 http://www.portalesmedicos.com/images/publicacio
  nes/tetralogia_de_fallot/tetralogia_de_fallot_cirugia.
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  • 1. Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia MEDB46 Cirurgia Torácica Vascular e Angiológica CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS Vanessa Lys Boeira Virginia Moraes FMB-UFBa 2008.2
  • 2. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ♥ Anormalidades presentes na estrutura e na função circulatória presentes ao nascimento ♥ Etiologia: ♥ Associada a fatores genéticos e ambientais ♥ Rubéola ♥ Exposição a drogas teratogênicas ♥ Etilismo
  • 3. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS  Ocorrem devido a lesões que resultam em diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar  Ocorre por obstrução ao nível da valva pulmonar, abaixo ou acima desta  Nível único: estenose pulmonar  Múltiplos níveis: tetralogia de Fallot
  • 4. CLASSIFICAÇÃO DO PONTO DE VISTA CLÍNICO o Cardiopatias cianóticas por diminuição do fluxo pulmonar o Tetralogia de Fallot o Trilogia de Fallot ( CIA+ EP) o Atresia Pulmonar + CIV (Fallot extremo) o Atresia Tricúspide Anomalia de Ebstein o Cardiopatias complexas cianóticas por mistura artério- venosa o Drenagem anômala total ou parcial das veias pulmonares DVSVD Dupla via de saída do VD o Ventrículo único o Truncus arteriosus o TGVB Transposição dos Grandes vasos da base o Síndrome da hipoplasia do VE
  • 5. CIANOSE  Origem grega “ cyanos” : azul-escuro.  Pele e mucosas em condições Clínicas especiais: Cinzenta-Violeta. ♥ Mecanismo  Coloração da Pele: Pigmentação X Vascularização.  Adulto normal = 12,5-15g Hb/100 mL  5g Hb reduzida = Cianose.  Obs: Valor absoluto de Hb( Não relação Hb reduzida/ Hb total.(policitemia X anemia).
  • 6. TIPOS DE CIANOSE: A)Central: Hipoxemia Arterial.  O2 ambiente;  Ventilação inadequada(enfisema, tumores, atelectasias)  TRANSTORNOS DE PERFUSÃO (Cardiopatias congênitas, ICC, embolias)  SHUNTs D-E B) Periférica: Estase/vasoconstricção  Fenômeno de Raynaud. C) Alteração da Hb
  • 7. SEMIOLOGIA DA CIANOSE  Locais mais comuns :leito ungueal, extremidades digitais, lábios e lobos da orelha.  Negros: coloração da língua e mucosa oral.  Referir se a cianose é generalizada ou localizada.  Achados concomitantes:  unha em vidro de relógio, sopro cardíaco, assimetria de pulsos periféricos, formato do tórax,edema de MMII
  • 8. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS  Tetralogia de Fallot  Transposição de grandes Vasos  Atresia Pulmonar  Estenose Pulmonar  Anomalia de Ebstein
  • 10. ESTENOSE PULMONAR  Defeito congênito relativamente comum.  10% em crianças  Predomínio no sexo feminino.  Ocorrência familiar em 2% dos casos.  Estenose Valvar é o lugar mais comum de acometimento, podendo ser Sub ou Supravalvar  Os septos IA e IV estão íntegros.
  • 11.
  • 12. ESTENOSE PULMONAR Causas:  Tetralogia de Fallot.  Síndrome da rubéola congênita.  Estenose pulmonar secundária a síndrome carcinóide.  Síndrome de Noonan.  Estenoses isoladas em posição sub ou supravalvar.
  • 13. ESTENOSE PULMONAR FISIOPATOLOGIA Valvar:  Espessamento fibroso e fusão da comissuras – boca de peixe.  Dilatação pós-estenótica da artéria pulmonar  Hipertrofia e dilatação de VD
  • 14. ESTENOSE PULMONAR FISIOPATOLOGIA ♥ Subvalvular  Estreitamento fibromuscular de VD.  Doença de VD com dupla câmara.  Hipertrofia global de VD. ♥ Supravalvar  Areas isoladas ou múltiplas de estreitamento da artéria aorta e seus ramos.  Dispneia e fadiga.  Sobrecarga de pressão-VD
  • 15. ESTENOSE PULMONAR MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Assintomáticos  Dispnéia  Insuficiência Cardíaca direita  Exame físico:  distensão venosa jugular,  impulso paraesternal,  clique e sopro de ejeção sistólicos,  componente pulmonar de B2 suave e tardio
  • 16. ESTENOSE PULMONAR DIAGNÓSTICO  Eletrocardiograma Normal, Hipertrofia de VD Bloqueio de ramo direito  Ecocardiografia Anatomia valvar Local da estenose Espessamento do folheto valvar Tamanho e função de VD Se o pico do jato de velocidade ao  Cateterismo cardíaco Doppler for > 3m/segundo Raramente é necessário (gradiente pico sistólico estimado>36mmHg) e a dilatação ACC/AHA recomenda com balão puder ser realizada quando indicada.
  • 17. ESTENOSE PULMONAR OUTRAS PREOCUPAÇÕES CLÍNICAS Endocardite infecciosa  Incidência é baixa  Risco maior que na população me geral.  AHA-2007 profilaxia com antimicrobiana apenas para pctes com maior risco de desenvolver endocardite. Arritmia  Aumento da incidência de arritmia.  Extra-sístole ventricular e supraventricular.
  • 18. ESTENOSE PULMONAR TRATAMENTO CIRÚRGICO A) Indicação:  - Indicado na Estenose Moderada/Grave(Gdte > 50mmHg, no adulto)  Neonatos e lactentes: pressão VD = 60-70% da PAS(60-70 mmHg) B)Excisão cirúrgica Valvar:  Reservada aos casos de VP extremamente displásica( Cúspides grosseiras + anel Valvar diminuto)  Associada a ampliação do anel por retalho.
  • 19. ESTENOSE PULMONAR TRATAMENTO CIRÚRGICO C)Valvoplastia por cateter balão(dilatação percutânea da valva pulmonar com balão)  Técnica iniciada c/ Rubio-Alvarez e col,1951(SNG), em substituição da Valvotomia descrita por Brock,1948.(mortalidade).  Consolidada por Jean Kan e col em 1982(primeiros empregos de cateteres p/ correção de Card. congênita)  Objetivo : Ausência de Hipertensão VD e Regurgitação pulmonar.  Restrições : Nível de calcificação valvar; Difícil acesso TP do RN = Horizontalização Infundibular.  Modalidade terapêutica de escolha, quando empregada fora do período neonatal
  • 21. ANOMALIA DE EBSTEIN  Anormalidades da valva tricúspide e ventrículo direito  Igualmente distribuída entre os sexos;  Folhetos da valva tricúspide deslocados em sentido caudal  Prevalência da anomalia de Ebstein é de cerca de 1 em 50.000 a 200.000.  Por razões desconhecidas, ocorre com maior freqüência em filhos de mães que tomam lítio durante a gravidez.  Variabilidade morfológica X presença de outras malformações associadas.
  • 22.
  • 23. ANATOMO-FISIOPATOLOGIA  Lesão primária: Deslocamento caudal Valvar , com exceção do Folheto anterior.  Folheto Septal displásico e aderido à parede VD; Folheto anterior = “Vela de navio” + Cordas tendíneas “bizarras”  * Fixação da margem livre do F.Anterior no ápice do VD  Perfurações valvulares.  M.Papilares anômalos.  Comunicação IA (forame Oval patente): 90%
  • 24. ANATOMO-FISIOPATOLOGIA  VD dividido em 2 compartimentos:Ventrículo Atrializado X Ventrículo funcional  3ª Camara anômala = Infundíbulo.  Trajeto Coronário e sistema de condução normais  Comunicação IA ou forame Oval pérvio.
  • 25. Anomalia de Ebstein Classificação:  Leve, moderada e grave.  Base na extensão do deslocamento apical dos folhetos da valva tricúspide com regurgitação resultante, e o grau de dilatação do lado direito da câmara cardíaca e disfunção.  Outra classificação mais detalhada que é baseada nos achado anatômicos em cirurgia que propôs quatro graus de anomalia.
  • 26. Anomalia de Ebstein Apresentação Clínica  É muito variável, variando de assintomática a sintomas graves  Em uma revisão de 220 ​pacientes com anomalia de Ebstein, a apresentação mais comum variou com a idade de apresentação:  Fetos - um exame de rotina pré-natal anormal (86 por cento)  Recém-nascidos - cianose (74 por cento)  Crianças - insuficiência cardíaca (43 por cento)  Crianças - um murmúrio incidentais em crianças (63 por cento)  Adolescentes e adultos - de arritmia (42 por cento)  Idade precoce na apresentação foi associada a outras lesões cardíacas, como a estenose pulmonar ou atresia.
  • 27. Anomalia de Ebstein Sintomas  Cianose  Palpitação- taquiarritmia  Dispnéia  Fadiga
  • 28. Anomalia de Ebstein Exame Físico  Doença menos grave sopro e um clique  Doença mais grave: cianose  Um sopro sistólico de regurgitação tricúspide é um achado comum;  Onda v no pulso venoso Jugular (por regugitação Tricúspide)  Desdobramento de 1ª e 2ª bulhas.  Sopro Sistólico e/ou Diastólico ao longo de borda esternal E  Hepatomegalia, sobretudo no RN
  • 29. EXAMES COMPLEMENTARES ECG  Desvio de Eixo p/ D + Bloqueio de Ramo D.  Intervalo PR alargado e onda P anormal(Atrio aumentado).  Arritmias, Taquicardias, flutter atrial (7% morte súbita) RX  Coração em formato “globular”.  Ápice do coração elevado c/ relação ao diafragma  ↓ Vascularização pulmonar ECOCARDIOGRAFIA  Inserção da Tricúspide  Precisão descritiva(defeitos co-existentes),  Risco associado de arritmias ao Cateterismo-30%.
  • 30. TRATAMENTO  Acompanhamento dos pacientes.  Medicamentoso: • Diuréticos, Digoxina. o Ablação por cateter: • Arritmias e taquiarritmias.
  • 31. TRATAMENTO CIRÚRGICO:  Excisão valvar até os anos 70Complicações tromboembólicas, disfunção protética e necessidade de reoperação, endocardites = mortalidade.  A evolução das técnicas ecocardiográficas + experiência cirúrgica: Geometria do VD e (dis)função tricúspide.  Carpentier et al/1988: Preservação/restauração da valva tricúspide concomitante com volume/forma VDMaximizando função do VD, hemodinâmica e neutralizando cianose.
  • 32. CIRURGIA  Operação de Starnes (paliativa)  Fechamento do orifício tricúspide com tampão;  Septectomia atrial;  Derivação sistêmica-artéria pulmonar;  reparo futuro tipo Fontan
  • 35. TETRALOGIA DE FALLOT  Defeito do septo ventricular  Estenose pulmonar (obstrução da via de saída do VD)  Hipertrofia ventricular direita  Aorta cavalgando o septo interventricular
  • 36. MORFOLOGIA Desvio ântero-superior do septo infundibular Desalinhamento Dextroposição de CIV Estenose Pulmonar Aorta Hipertrofia de VD
  • 37. TETRALOGIA DE FALLOT  Descrita em 1888 por Fallot  Prevalência de 0,21/1000 nascidos vivos  Mais frequente das CCC em crianças maiores  Clínica: ♥ Quando cansado abaixa-se ( fluxo pulmonar e saturação de O2) ♥ Episódios de perda de consciência ♥ Cianose que depende do grau de obstrução do VD (shunt D/E) ♥ Maior pressão VD = maior grau de cianose  Exame físico: ♥ Impulso ventricular direito; 2ª bulha única ♥ Sopro sistólico e Sopro diastolico
  • 38. QUADRO CLÍNICO E FISIOPATOLOGIA  Baixa saturação de O2 no sangue arterial determina:  Alterações estato-ponderais  Crises de hipoxemia:  Dispnéia intensa e até convulsões  Perda de consciência  A cianose não é miuto intensa ao nascimento; os sintomas se acentuam com o desenvolvimento (ex físico)  Policitemia  Cianose = aumento na produção da eritropoietina, hipocratismo digital  CIV e a Estenose Pulmonar além de produzirem sopros determinam hipertrofias ventriculares
  • 39. TETRALOGIA DE FALLOT DIAGNÓSTICO  Radiografia de tórax  Ecocardiografia  Eletrocardiografia
  • 40. TETRALOGIA DE FALLOT  Rx de Tórax
  • 41. TETRALOGIA DE FALLOT  Rx de Tórax  Dextro-posição aórtica emcerca de 30%  saliência no mediastino superior direito  O infundíbulo do VD pela hipertrofia pode ser confundido com o ramo esquerdo da AP.  Concavidade do arco médio associada à hipertrofia do VD em casos graves  Imagem radiológica clássica : “coração em bota”
  • 42. ECOCARDIOGRAMA  posição aórtica;  estenose hipotrofia ou atresia, da válvula e tronco da artéria pulmonar  dimensão da CIV  grau de hipertrofia do infundíbulo e paredes do VD.
  • 43. ELETROCARDIOGRAFIA Sinais de hipertrofia de VD Desvio do eixo para a direita
  • 44. CATETERISMO  É indicado antes do reparo  Paliação prévia  Suspeita de presença de colaterais aórtico- pulmonares e anormalidades na ramificação da AP  Como método diagnóstico é invasivo  Indicação: ecocardiograma não elucidativo
  • 45. TETRALOGIA DE FALLOT: TRATAMENTO CLÍNICO  Controle rigoroso da hemoglobina  Propanolol (0,5 a 1,5 mg/kg/dia)  promove relaxamento musculatura infundibular  Crises de Hipóxia  Posição genupeitoral: ↑ RVP  Oxigenoterapia e expansão volumétrica  Morfina (0,2 mg/kg) - Abolir Taquipnéia  Ketamina (1 a 3 mg/kg) - Sedação e ↑ RVP  PROPANOLOL  Manter Sat O2 > 75% e Hb = 15g/dL (ou Ht = 45%)  Corrigir acidose e evitar desidratação Fallot Extremo  Prostaglandina E1 infusão contínua
  • 46. TETRALOGIA DE FALLOT o Indicações para cirurgia: o Surto clássico na TDF cianótica o Queda de PA, alteração do nível de consciência
  • 47. TETRALOGIA DE FALLOT Tratamento cirúrgico Paliativo : confecção de Shunts 1) Aórtico-pulmonar Potts-Smith, Waterston-Cooleyshunt de Glenn, shunt de Glenn bidirecional ou hemi-Fontan, Fontan, Kawashima 2) Subclávio-pulmonar tipo Blalock-Taussig clássico ou modificado
  • 50. TETRALOGIA DE FALLOT Correção Cirúrgica definitiva 1) Fechamento da CIV 2) Ressecção muscular e alargamento do infundíbulo ou via de saída do VD 3) Comissurotomia, Alargamento ou ressecção da válvula e ou anel pulmonar 4) Alargamento do tronco da artéria pulmonar 5) Correção das anomalias associadas
  • 51. TETRALOGIA DE FALLOT : CORREÇÃO CIRÚRGICA DEFINITIVA
  • 52. TETRALOGIA DE FALLOT : CORREÇÃO CIRÚRGICA DEFINITIVA
  • 55. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS ♥ Principal cardiopatia congênita cianótica no período neonatal. ♥ Anomalia caracterizada por um erro embriológico na septação e rotação helicoidal aorto-pulmonar ♥ Fisiologicamente há inversão dos fluxos:  VE circulação pulmonar  VD circulação sistêmica.
  • 56. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS  Aorta proveniente de ventrículo morfologicamente direito  Artéria Pulmonar proveniente de ventrículo morfologicamente esquerdo  Anomalias associadas:  CIV 40%  Coarctação/ interrupção do arco aórtico 10%  Obstrução do trato de saída do VE 5 a 10%  Ramificação anormal de coronárias em 1/3 dos pcts
  • 57. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS Transposição Simples  SIV intacto  Cianose profunda logo após o nascimento  Piora com fechamento do CA  Sobrevida depende do tamanho da CIA  Reabertura do CA com infusão de PGE1:mistura no nível arterial  Anormalidade fisiológica: • Redução da oxigenação • Sobrecarga de volume em VD e VE
  • 58. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS SIMPLES http://f.i.uol.com.br/folha/equilibrio/images/10239205.gif
  • 59. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS Transposição complexa  A fisiologia é essencialmente inalterada em relação à transposição simples  CIV ou CIVs permitem mistura em um nível adicional  Saturação sistêmica maior que na TGV simples  Quadro clínico semelhante  Ocorre ICC associada
  • 60. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS COMPLEXA http://coracao2010.blogspot.com/2010/02/transposicao-das-grandes-arterias.html
  • 61. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS  Clínica  Mais comuns: cianose e aumento da área cardíaca  ICC que é freqüente e precoce.  Só há sobrevida se houver: PCA, CIA ou CIV  Logo após o nascimento ocorre hipertrofia do VD  Característica da doença  Determina  Resultados cirúrgicos  Chance de sobrevivência depois da correção.
  • 62. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS  Exame Físico  Abaulamento paraesternal esquerdo por aumento de VD  Precórdio hiperativo  B2 desdobrada ou não;  Sopro sistólico:  Hiperfluxo ou estenose do trato de saída de VE (pulmonar).  Hipocratismo digital acentuado nas crianças mais velhas.
  • 63. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS  Alterações Radiográficas  Contorno cardíaco “em ovo”  Com a  da resistencia pulmonar, a vascularização pulmonar   Dilatação de câmaras direitas  Tronco da artéria pulmonar não visível
  • 65. ARTERIOGRAFIA Cateter com extremidade no VD – a injeção do contraste opacifica a Aorta
  • 66. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS  Eletrocardiograma  É incaracterístico e dependende da forma anatômica  Pode apresentar bradicardia sinusal e bloqueio atrioventricular.  Ecocardiograma  É o exame mais fidedigno  Permite:  Descrição acurada das alterações anatômicas  classificação e alterações associadas
  • 67. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS: TRATAMENTO Paliativo:  Artriosseptostomia por balão de Rashkind  Uso de PGE1  Cirurgia de Blalock – Hanlon  Toracotomia lateral D pelo 5º EIC  Atriosseptectomia  Ressecação de parte do septo interatrial  Sem uso de CEC
  • 68. CIRURGIA DE BLALOCK – HANLON
  • 69. CIRURGIA DE BLALOCK – HANLON
  • 70. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS Tratamento:  Cirurgias para correção total  Técnica de Rastelli (correção das vias de saída VD e VE com tubo protético)  Técnica de Senning (inversão do fluxo atrial através de túnel com retalho )  Técnica de Jatene (Correção anatômica, com re-implante das coronárias)
  • 75. ATRESIA PULMONAR COM CIV o Forma extrema da Tetralogia de Fallot. o Barreira ao fluxo pulmonar + shunt D-E o S/ comunicação direta entre VD e Aa. Pulmonar o Valva e tronco pulmonares são atrésicos o Pode ser vista isoladamente ou associada a outras síndromes;
  • 76. ATRESIA PULMONAR COM CIV  Débito ventricular é ejetado no interior da aorta.  Fluxo sangüíneo pulmonar depende das colaterais brônquicas ou de um ductus arteriosus patente.
  • 77. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Semelhantes à Tetralogia de Fallot.  Cianose ao nascer.  Exame Físico  Sopro sistólico brando;  B1 seguida por clique de ejeção;  B2 é intensa e única em base;  Sopro contínuo audível sob clavículas (devido ao ductus arteriosus patente e fluxo brônquico colateral).
  • 79. CLASSIFICAÇÃO BARBERO-MARCIA E JANETE  Tipo A o É a mais comum; o O canal arterial é a única fonte de suprimento sanguíneo; o Os pacientes podem se tornar hipoxêmicos; o Mortalidade de 50% aos 6 meses e 90% com um ano de vida; o São tratados clinicamente prostaglandinas. Grupo A → todos os segmentos pulmonares são conectados às AAPP centrais
  • 80. CLASSIFICAÇÃO BARBERO-MARCIA E JANETE  O canal arterial pode se fechar;  A cianose pode ou não acontecer;  10% morre no 1ºano de vida,  50% aos 3 a 5 anos  90% aos 10 anos. Grupo B → alguns segmentos pulmonares são supridos pelos ramos das AAPP centrais, enquanto outros segmentos são supridos pelas artérias colaterais sistêmico-pulmonares (ACSP).
  • 81. CLASSIFICAÇÃO BARBERO-MARCIA E JANETE  Tem grande fluxo sanguíneo pulmonar ao nascimento;  Podem apresentar sinais ou sintomas de ICC;  As crises de cianose são menos frequentes; Grupo C → todos os segmentos pulmonares são supridos exclusivamente pelas ACSP, sendo as AAPP centrais ausentes
  • 82. APRESENTAÇÃO  Crianças pouco cianóticas e dessaturadas durante as primeiras 48 horas;  Com o decorrer do tempo fica mais cianótico e hipoxêmico.  Tem grande fluxo sanguíneo pulmonar ao nascimento;  Podem apresentar sinais ou sintomas de ICC;  As crises de cianose são menos frequentes;
  • 83. DIAGNÓSTICO  Ecocardiografia  define o diagnóstico intracardíaco;  Cateterismo  Necessário para definir a circulação colateral;
  • 84. EXAMES COMPLEMENTARES Raio-X de Tórax: Coração aumentado; Padrão reticular de fluxo brônquico colateral.
  • 85. EXAMES COMPLEMENTARES  Ecocardiograma:  Define o diagnóstico intracardíaco  do calibre da aorta ascendente,  CIV subaórtica,  saída de VD fechada,  s/ valva pulmonar detectável. (achados semelhantes a Tetralogia de Fallot)  Ventriculografia direita:  Opacificação da aorta, de tamanho aumentado.
  • 86. ATRESIA PULMONAR COM CIV AO VD VE AO VD VE
  • 87. TRATAMENTO  Uso imediato de PGE1  Correção dos distúrbios metabólicos ácidos básicos  Otimização da ventilação e oxigenação  Cirurgia definitiva:  Paciente com artérias pulmonares confluentes  Pacientes com PA-CIV e MAPCA  Unifocalização da artéria pulmonar
  • 88. CIRURGIA  Orientada pela classificação de BARBERO-MARCIA & JANETE;  Conecta-se, inicialmente, as colaterais de cada lado às artérias pulmonares nativas ipsilaterais;  Realizar anastomose de Blalock-Taussig(paliativa)  Se houver crescimento satisfatório do leito vascular pulmonar:  Comunicação interventricular é fechada;  VD é finalmente conectado ao tronco da artéria pulmonar com um tubo extracardíaco em idade oportuna;
  • 89. BIBLIOGRAFIA  Sabiston, tratado de cirurgia, 17ª edição  Uptodate, Overview of the management of tetralogy of Fallot, 2009  http://www.brunorocha.com.br/portal/?p=142  http://www.portalesmedicos.com/images/publicacio nes/tetralogia_de_fallot/tetralogia_de_fallot_cirugia. jpg