A tetralogia de Fallot é caracterizada por quatro anormalidades: comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta. É a cardiopatia congênita cianótica mais comum em crianças maiores, com prevalência de 0,21 casos por 1000 nascidos vivos. Clinicamente pode se manifestar com cianose que piora com o esforço, perda de consciência e cansaço.
1. Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Medicina
Departamento de Cirurgia
MEDB46 Cirurgia Torácica Vascular
e Angiológica
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS
Vanessa Lys Boeira
Virginia Moraes
FMB-UFBa 2008.2
2. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
♥ Anormalidades presentes na estrutura e na função
circulatória presentes ao nascimento
♥ Etiologia:
♥ Associada a fatores genéticos e ambientais
♥ Rubéola
♥ Exposição a drogas teratogênicas
♥ Etilismo
3. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS
Ocorrem devido a lesões que resultam em
diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar
Ocorre por obstrução ao nível da valva
pulmonar, abaixo ou acima desta
Nível único: estenose pulmonar
Múltiplos níveis: tetralogia de Fallot
4. CLASSIFICAÇÃO DO PONTO DE VISTA CLÍNICO
o Cardiopatias cianóticas por diminuição do fluxo
pulmonar
o Tetralogia de Fallot
o Trilogia de Fallot ( CIA+ EP)
o Atresia Pulmonar + CIV (Fallot extremo)
o Atresia Tricúspide Anomalia de Ebstein
o Cardiopatias complexas cianóticas por mistura artério-
venosa
o Drenagem anômala total ou parcial das veias pulmonares DVSVD
Dupla via de saída do VD
o Ventrículo único
o Truncus arteriosus
o TGVB Transposição dos Grandes vasos da base
o Síndrome da hipoplasia do VE
5. CIANOSE
Origem grega “ cyanos” : azul-escuro.
Pele e mucosas em condições Clínicas especiais:
Cinzenta-Violeta.
♥ Mecanismo
Coloração da Pele: Pigmentação X Vascularização.
Adulto normal = 12,5-15g Hb/100 mL 5g Hb reduzida
= Cianose.
Obs: Valor absoluto de Hb( Não relação Hb reduzida/ Hb
total.(policitemia X anemia).
6. TIPOS DE CIANOSE:
A)Central: Hipoxemia Arterial.
O2 ambiente;
Ventilação inadequada(enfisema, tumores, atelectasias)
TRANSTORNOS DE PERFUSÃO (Cardiopatias
congênitas, ICC, embolias)
SHUNTs D-E
B) Periférica: Estase/vasoconstricção
Fenômeno de Raynaud.
C) Alteração da Hb
7. SEMIOLOGIA DA CIANOSE
Locais mais comuns :leito ungueal, extremidades
digitais, lábios e lobos da orelha.
Negros: coloração da língua e mucosa oral.
Referir se a cianose é generalizada ou localizada.
Achados concomitantes:
unha em vidro de relógio, sopro cardíaco, assimetria de
pulsos periféricos, formato do tórax,edema de MMII
8. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Tetralogia de Fallot
Transposição de grandes Vasos
Atresia Pulmonar
Estenose Pulmonar
Anomalia de Ebstein
10. ESTENOSE PULMONAR
Defeito congênito relativamente comum.
10% em crianças
Predomínio no sexo feminino.
Ocorrência familiar em 2% dos casos.
Estenose Valvar é o lugar mais comum de
acometimento, podendo ser Sub ou Supravalvar
Os septos IA e IV estão íntegros.
11.
12. ESTENOSE PULMONAR
Causas:
Tetralogia de Fallot.
Síndrome da rubéola congênita.
Estenose pulmonar secundária a síndrome carcinóide.
Síndrome de Noonan.
Estenoses isoladas em posição sub ou supravalvar.
14. ESTENOSE PULMONAR
FISIOPATOLOGIA
♥ Subvalvular
Estreitamento fibromuscular de VD.
Doença de VD com dupla câmara.
Hipertrofia global de VD.
♥ Supravalvar
Areas isoladas ou múltiplas de estreitamento da artéria aorta
e seus ramos.
Dispneia e fadiga.
Sobrecarga de pressão-VD
15. ESTENOSE PULMONAR
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Assintomáticos
Dispnéia
Insuficiência Cardíaca direita
Exame físico:
distensão venosa jugular,
impulso paraesternal,
clique e sopro de ejeção sistólicos,
componente pulmonar de B2 suave e tardio
16. ESTENOSE PULMONAR
DIAGNÓSTICO
Eletrocardiograma
Normal,
Hipertrofia de VD
Bloqueio de ramo direito
Ecocardiografia
Anatomia valvar
Local da estenose
Espessamento do folheto valvar
Tamanho e função de VD Se o pico do jato de velocidade ao
Cateterismo cardíaco Doppler for > 3m/segundo
Raramente é necessário (gradiente pico sistólico
estimado>36mmHg) e a dilatação
ACC/AHA recomenda com balão puder ser realizada
quando indicada.
17. ESTENOSE PULMONAR
OUTRAS PREOCUPAÇÕES CLÍNICAS
Endocardite infecciosa
Incidência é baixa
Risco maior que na população me geral.
AHA-2007 profilaxia com antimicrobiana
apenas para pctes com maior risco de
desenvolver endocardite.
Arritmia
Aumento da incidência de arritmia.
Extra-sístole ventricular e supraventricular.
18. ESTENOSE PULMONAR
TRATAMENTO CIRÚRGICO
A) Indicação:
- Indicado na Estenose Moderada/Grave(Gdte >
50mmHg, no adulto)
Neonatos e lactentes: pressão VD = 60-70% da
PAS(60-70 mmHg)
B)Excisão cirúrgica Valvar:
Reservada aos casos de VP extremamente displásica(
Cúspides grosseiras + anel Valvar diminuto)
Associada a ampliação do anel por retalho.
19. ESTENOSE PULMONAR
TRATAMENTO CIRÚRGICO
C)Valvoplastia por cateter balão(dilatação percutânea da valva
pulmonar com balão)
Técnica iniciada c/ Rubio-Alvarez e col,1951(SNG), em
substituição da Valvotomia descrita por
Brock,1948.(mortalidade).
Consolidada por Jean Kan e col em 1982(primeiros empregos
de cateteres p/ correção de Card. congênita)
Objetivo : Ausência de Hipertensão VD e Regurgitação
pulmonar.
Restrições : Nível de calcificação valvar; Difícil acesso TP do
RN = Horizontalização Infundibular.
Modalidade terapêutica de escolha, quando empregada fora
do período neonatal
21. ANOMALIA DE EBSTEIN
Anormalidades da valva tricúspide e ventrículo direito
Igualmente distribuída entre os sexos;
Folhetos da valva tricúspide deslocados em sentido caudal
Prevalência da anomalia de Ebstein é de cerca de 1 em 50.000 a 200.000.
Por razões desconhecidas, ocorre com maior freqüência em filhos de mães
que tomam lítio durante a gravidez.
Variabilidade morfológica X presença de outras malformações associadas.
22.
23. ANATOMO-FISIOPATOLOGIA
Lesão primária: Deslocamento caudal Valvar , com exceção
do Folheto anterior.
Folheto Septal displásico e aderido à parede VD; Folheto
anterior = “Vela de navio” + Cordas tendíneas “bizarras”
* Fixação da margem livre do F.Anterior no ápice do VD
Perfurações valvulares.
M.Papilares anômalos.
Comunicação IA (forame Oval patente): 90%
24. ANATOMO-FISIOPATOLOGIA
VD dividido em 2
compartimentos:Ventrículo
Atrializado X Ventrículo funcional
3ª Camara anômala = Infundíbulo.
Trajeto Coronário e sistema de
condução normais
Comunicação IA ou forame Oval
pérvio.
25. Anomalia de Ebstein
Classificação:
Leve, moderada e grave.
Base na extensão do deslocamento apical dos folhetos da valva
tricúspide com regurgitação resultante, e o grau de dilatação do
lado direito da câmara cardíaca e disfunção.
Outra classificação mais detalhada que é baseada nos achado
anatômicos em cirurgia que propôs quatro graus de anomalia.
26. Anomalia de Ebstein
Apresentação Clínica
É muito variável, variando de assintomática a sintomas graves
Em uma revisão de 220 pacientes com anomalia de Ebstein, a
apresentação mais comum variou com a idade de apresentação:
Fetos - um exame de rotina pré-natal anormal (86 por cento)
Recém-nascidos - cianose (74 por cento)
Crianças - insuficiência cardíaca (43 por cento)
Crianças - um murmúrio incidentais em crianças (63 por cento)
Adolescentes e adultos - de arritmia (42 por cento)
Idade precoce na apresentação foi associada a outras lesões
cardíacas, como a estenose pulmonar ou atresia.
28. Anomalia de Ebstein
Exame Físico
Doença menos grave sopro e um clique
Doença mais grave: cianose
Um sopro sistólico de regurgitação tricúspide é um achado
comum;
Onda v no pulso venoso Jugular (por regugitação Tricúspide)
Desdobramento de 1ª e 2ª bulhas.
Sopro Sistólico e/ou Diastólico ao longo de borda esternal E
Hepatomegalia, sobretudo no RN
29. EXAMES COMPLEMENTARES
ECG
Desvio de Eixo p/ D + Bloqueio de Ramo D.
Intervalo PR alargado e onda P anormal(Atrio aumentado).
Arritmias, Taquicardias, flutter atrial (7% morte súbita)
RX
Coração em formato “globular”.
Ápice do coração elevado c/ relação ao diafragma
↓ Vascularização pulmonar
ECOCARDIOGRAFIA
Inserção da Tricúspide
Precisão descritiva(defeitos co-existentes),
Risco associado de arritmias ao Cateterismo-30%.
30. TRATAMENTO
Acompanhamento dos
pacientes.
Medicamentoso:
• Diuréticos, Digoxina.
o Ablação por cateter:
• Arritmias e taquiarritmias.
31. TRATAMENTO CIRÚRGICO:
Excisão valvar até os anos 70Complicações
tromboembólicas, disfunção protética e necessidade de
reoperação, endocardites = mortalidade.
A evolução das técnicas ecocardiográficas + experiência
cirúrgica: Geometria do VD e (dis)função tricúspide.
Carpentier et al/1988: Preservação/restauração da valva
tricúspide concomitante com volume/forma
VDMaximizando função do VD, hemodinâmica e
neutralizando cianose.
32. CIRURGIA
Operação de Starnes (paliativa)
Fechamento do orifício tricúspide com tampão;
Septectomia atrial;
Derivação sistêmica-artéria pulmonar;
reparo futuro tipo Fontan
35. TETRALOGIA DE FALLOT
Defeito do septo ventricular
Estenose pulmonar
(obstrução da via de saída
do VD)
Hipertrofia ventricular
direita
Aorta cavalgando o septo
interventricular
36. MORFOLOGIA
Desvio ântero-superior do septo
infundibular
Desalinhamento
Dextroposição de
CIV Estenose Pulmonar
Aorta
Hipertrofia de VD
37. TETRALOGIA DE FALLOT
Descrita em 1888 por Fallot
Prevalência de 0,21/1000 nascidos vivos
Mais frequente das CCC em crianças maiores
Clínica:
♥ Quando cansado abaixa-se ( fluxo pulmonar e
saturação de O2)
♥ Episódios de perda de consciência
♥ Cianose que depende do grau de obstrução do VD
(shunt D/E)
♥ Maior pressão VD = maior grau de cianose
Exame físico:
♥ Impulso ventricular direito; 2ª bulha única
♥ Sopro sistólico e Sopro diastolico
38. QUADRO CLÍNICO E FISIOPATOLOGIA
Baixa saturação de O2 no sangue arterial
determina:
Alterações estato-ponderais
Crises de hipoxemia:
Dispnéia intensa e até convulsões
Perda de consciência
A cianose não é miuto intensa ao nascimento; os sintomas se
acentuam com o desenvolvimento (ex físico)
Policitemia
Cianose = aumento na produção da eritropoietina,
hipocratismo digital
CIV e a Estenose Pulmonar além de produzirem
sopros determinam hipertrofias ventriculares
41. TETRALOGIA DE FALLOT
Rx de Tórax
Dextro-posição aórtica emcerca de 30%
saliência no mediastino superior direito
O infundíbulo do VD pela hipertrofia pode ser
confundido com o ramo esquerdo da AP.
Concavidade do arco médio associada à hipertrofia
do VD em casos graves
Imagem radiológica clássica : “coração em bota”
42. ECOCARDIOGRAMA
posição aórtica;
estenose hipotrofia ou atresia, da válvula e tronco da artéria pulmonar
dimensão da CIV
grau de hipertrofia do infundíbulo e paredes do VD.
44. CATETERISMO
É indicado antes do reparo
Paliação prévia
Suspeita de presença de colaterais aórtico-
pulmonares e anormalidades na ramificação da AP
Como método diagnóstico é invasivo
Indicação: ecocardiograma não elucidativo
45. TETRALOGIA DE FALLOT: TRATAMENTO
CLÍNICO
Controle rigoroso da hemoglobina
Propanolol (0,5 a 1,5 mg/kg/dia) promove relaxamento
musculatura infundibular
Crises de Hipóxia
Posição genupeitoral: ↑ RVP
Oxigenoterapia e expansão volumétrica
Morfina (0,2 mg/kg) - Abolir Taquipnéia
Ketamina (1 a 3 mg/kg) - Sedação e ↑ RVP
PROPANOLOL
Manter Sat O2 > 75% e Hb = 15g/dL (ou Ht = 45%)
Corrigir acidose e evitar desidratação
Fallot Extremo Prostaglandina E1 infusão contínua
46. TETRALOGIA DE FALLOT
o Indicações para cirurgia:
o Surto clássico na TDF cianótica
o Queda de PA, alteração do nível de consciência
47. TETRALOGIA DE FALLOT
Tratamento cirúrgico
Paliativo : confecção de Shunts
1) Aórtico-pulmonar Potts-Smith, Waterston-Cooleyshunt de
Glenn, shunt de Glenn bidirecional ou hemi-Fontan,
Fontan, Kawashima
2) Subclávio-pulmonar tipo Blalock-Taussig clássico ou
modificado
50. TETRALOGIA DE FALLOT
Correção Cirúrgica definitiva
1) Fechamento da CIV
2) Ressecção muscular e alargamento do
infundíbulo ou via de saída do VD
3) Comissurotomia, Alargamento ou
ressecção da válvula e ou anel pulmonar
4) Alargamento do tronco da artéria pulmonar
5) Correção das anomalias associadas
55. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
♥ Principal cardiopatia congênita cianótica no período
neonatal.
♥ Anomalia caracterizada por um erro embriológico
na septação e rotação helicoidal aorto-pulmonar
♥ Fisiologicamente há inversão dos fluxos:
VE circulação pulmonar
VD circulação sistêmica.
56. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Aorta proveniente de ventrículo morfologicamente
direito
Artéria Pulmonar proveniente de ventrículo
morfologicamente esquerdo
Anomalias associadas:
CIV 40%
Coarctação/ interrupção do arco aórtico 10%
Obstrução do trato de saída do VE 5 a 10%
Ramificação anormal de coronárias em 1/3 dos pcts
57. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Transposição Simples
SIV intacto
Cianose profunda logo após o nascimento
Piora com fechamento do CA
Sobrevida depende do tamanho da CIA
Reabertura do CA com infusão de PGE1:mistura no
nível arterial
Anormalidade fisiológica:
• Redução da oxigenação
• Sobrecarga de volume em VD e VE
58. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
SIMPLES
http://f.i.uol.com.br/folha/equilibrio/images/10239205.gif
59. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Transposição complexa
A fisiologia é essencialmente inalterada em relação
à transposição simples
CIV ou CIVs permitem mistura em um nível
adicional
Saturação sistêmica maior que na TGV simples
Quadro clínico semelhante
Ocorre ICC associada
60. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
COMPLEXA
http://coracao2010.blogspot.com/2010/02/transposicao-das-grandes-arterias.html
61. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Clínica
Mais comuns: cianose e aumento da área cardíaca
ICC que é freqüente e precoce.
Só há sobrevida se houver: PCA, CIA ou CIV
Logo após o nascimento ocorre hipertrofia do VD
Característica da doença
Determina
Resultados cirúrgicos
Chance de sobrevivência depois da correção.
62. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Exame Físico
Abaulamento paraesternal esquerdo por aumento de
VD
Precórdio hiperativo
B2 desdobrada ou não;
Sopro sistólico:
Hiperfluxo ou estenose do trato de saída de VE (pulmonar).
Hipocratismo digital acentuado nas crianças mais
velhas.
63. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Alterações Radiográficas
Contorno cardíaco “em ovo”
Com a da resistencia pulmonar, a vascularização
pulmonar
Dilatação de câmaras direitas
Tronco da artéria pulmonar não visível
65. ARTERIOGRAFIA
Cateter com extremidade no VD – a injeção do
contraste opacifica a Aorta
66. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Eletrocardiograma
É incaracterístico e dependende da forma anatômica
Pode apresentar bradicardia sinusal e bloqueio
atrioventricular.
Ecocardiograma
É o exame mais fidedigno
Permite:
Descrição acurada das alterações anatômicas
classificação e alterações associadas
67. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS:
TRATAMENTO
Paliativo:
Artriosseptostomia por balão de Rashkind
Uso de PGE1
Cirurgia de Blalock – Hanlon
Toracotomia lateral D pelo 5º EIC
Atriosseptectomia
Ressecação de parte do septo interatrial
Sem uso de CEC
70. TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
Tratamento:
Cirurgias para correção total
Técnica de Rastelli (correção das vias de saída VD e VE com
tubo protético)
Técnica de Senning (inversão do fluxo atrial através de túnel
com retalho )
Técnica de Jatene (Correção anatômica, com re-implante
das coronárias)
75. ATRESIA PULMONAR
COM CIV
o Forma extrema da Tetralogia de Fallot.
o Barreira ao fluxo pulmonar + shunt D-E
o S/ comunicação direta entre VD e Aa. Pulmonar
o Valva e tronco pulmonares são atrésicos
o Pode ser vista isoladamente ou associada a outras
síndromes;
76. ATRESIA PULMONAR
COM CIV
Débito ventricular é ejetado no interior da aorta.
Fluxo sangüíneo pulmonar depende das colaterais
brônquicas ou de um ductus arteriosus patente.
77. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Semelhantes à Tetralogia de Fallot.
Cianose ao nascer.
Exame Físico
Sopro sistólico brando;
B1 seguida por clique de ejeção;
B2 é intensa e única em base;
Sopro contínuo audível sob clavículas (devido ao ductus
arteriosus patente e fluxo brônquico colateral).
79. CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
Tipo A
o É a mais comum;
o O canal arterial é a única fonte
de suprimento sanguíneo;
o Os pacientes podem se tornar
hipoxêmicos;
o Mortalidade de 50% aos 6
meses e 90% com um ano de
vida;
o São tratados clinicamente
prostaglandinas.
Grupo A → todos os segmentos
pulmonares são conectados às AAPP
centrais
80. CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
O canal arterial pode
se fechar;
A cianose pode ou não
acontecer;
10% morre no 1ºano
de vida,
50% aos 3 a 5 anos
90% aos 10 anos.
Grupo B → alguns segmentos pulmonares são
supridos pelos ramos das AAPP centrais,
enquanto outros segmentos são supridos pelas
artérias colaterais sistêmico-pulmonares
(ACSP).
81. CLASSIFICAÇÃO
BARBERO-MARCIA E JANETE
Tem grande fluxo
sanguíneo pulmonar
ao nascimento;
Podem apresentar
sinais ou sintomas de
ICC;
As crises de cianose
são menos frequentes;
Grupo C → todos os segmentos
pulmonares são supridos
exclusivamente pelas ACSP, sendo as
AAPP centrais ausentes
82. APRESENTAÇÃO
Crianças pouco cianóticas e dessaturadas durante
as primeiras 48 horas;
Com o decorrer do tempo fica mais cianótico e
hipoxêmico.
Tem grande fluxo sanguíneo pulmonar ao
nascimento;
Podem apresentar sinais ou sintomas de ICC;
As crises de cianose são menos frequentes;
83. DIAGNÓSTICO
Ecocardiografia
define o diagnóstico intracardíaco;
Cateterismo
Necessário para definir a circulação colateral;
87. TRATAMENTO
Uso imediato de PGE1
Correção dos distúrbios metabólicos ácidos básicos
Otimização da ventilação e oxigenação
Cirurgia definitiva:
Paciente com artérias pulmonares confluentes
Pacientes com PA-CIV e MAPCA
Unifocalização da artéria pulmonar
88. CIRURGIA
Orientada pela classificação de BARBERO-MARCIA &
JANETE;
Conecta-se, inicialmente, as colaterais de cada lado às
artérias pulmonares nativas ipsilaterais;
Realizar anastomose de Blalock-Taussig(paliativa)
Se houver crescimento satisfatório do leito vascular
pulmonar:
Comunicação interventricular é fechada;
VD é finalmente conectado ao tronco da artéria pulmonar com um
tubo extracardíaco em idade oportuna;
89. BIBLIOGRAFIA
Sabiston, tratado de cirurgia, 17ª edição
Uptodate, Overview of the management of tetralogy
of Fallot, 2009
http://www.brunorocha.com.br/portal/?p=142
http://www.portalesmedicos.com/images/publicacio
nes/tetralogia_de_fallot/tetralogia_de_fallot_cirugia.
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