O documento discute a relação entre ecologia e espiritismo. Apresenta como Allan Kardec e Ernst Haeckel, fundadores destes campos, reconheceram a interdependência entre os seres vivos e o meio ambiente. Também analisa como frases comumente usadas no espiritismo, como "a vida verdadeira é a vida espiritual" e "estou aqui de passagem", por vezes legitimam o desinteresse pelos assuntos terrenos e ecológicos.
1. PALESTRA – A ECOLOGIA Á LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
Ao se deparar com o tema Ecologia e Espiritismo, é muito
provável que, em um primeiro momento, muitos de nós nos
perguntemos o que um teria a ver com o outro. De fato, logo de
cara, eles não aparentam ser assuntos correlatos.
Mas, analisando a origem de ambos, vemos que, assim como
Ernst Haeckel, cientista alemão que primeiro usou o termo
Ecologia e a definiu como “o estudo da casa ou do lugar onde
vivemos”, seu contemporâneo Allan Kardec, o Codificador do
Espiritismo, nos trouxe respostas, através dos espíritos, sobre
as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem e
o quanto um depende do outro.
Um expositor espírita do Rio de janeiro, chamado André
Trigueiro, relata que há pelo menos duas frases repetidas com
frequência no Movimento Espírita que poderiam explicar esse
distanciamento dos assuntos ecológicos.
Uma dessas frases é a seguinte: “A verdadeira vida é a
vida espiritual”. Concordamos inteiramente. Para o
espírita, faz sentido acreditar que a verdadeira vida é a vida
espiritual.
É forçoso admitir, porém, que muitos de nós usamos esta frase
para legitimar o desinteresse, a desatenção, o completo
desapego dos assuntos terrenos.
“Eu estou aqui de passagem” é outra frase bastante
repetida. Com ela, afirma-se a impermanência, a
transitoriedade de todas as coisas e dependendo da forma
como se diz, “eu estou aqui de passagem” podem estar
reforçando o estoque de desapreço e desinteresse pelos
assuntos do aqui e do agora.
2. Por que vou me preocupar com o AQUECIMENTO GLOBAL se
em breve não estarei mais aqui? Por que economizar água e
energia se estarei desencarnado em alguns anos?
É evidente que, mesmo de passagem, devemos nos preocupar
com os nossos rastros. Pela lei de causa e efeito, o eventual
desperdício ou uso irresponsável dos recursos naturais terá
implicações em nosso processo evolutivo.
Portanto, não é porque a vida é transitória que não precisamos
prestar atenção naquilo que fazemos — e também naquilo que
deixamos de fazer, apenas porque retornaremos em breve à
pátria espiritual. Cabe a nós identificar quais ações podemos
fazer, e de que jeito, para tornar este mundo um lugar melhor e
mais justo.
Portanto, mesmo de passagem, há que se cuidar melhor do
mundo onde estagiamos em nossa jornada evolutiva.
Nós não estamos dissociado do meio natural, a natureza nos
inclui, o meio ambiente começa no meio da gente e o sistema
terra compreende a nossa espécie, os nosso pensamentos e
sentimentos determinam ocorrências na natureza, e quanto
mais nós observarmos principalmente nas obras de André Luiz
e Emmanuel como isso a mais de 50 anos já vem sendo dito,
mas o espiritismo poderá ajudar a ciência descortinar novos
horizontes de investigação, no que é pertinente e urgente.
Assim, tudo no Universo se liga, tudo se encadeia; tudo se
acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade. A
Gênese
Retiremos dos cenários naturais as lições indispensáveis à
nossa vida: Somos interdependentes. Não viveremos em
paz sem construir a paz dos outros. Temos funções
específicas. "Ouvindo a Natureza" Do livro "Ideal Espírita",
cap. 44, F.C.X., edição CEC
3. O que poderá acontecer ao mundo se continuarem as
atuais agressões contra a natureza?
- Acontece que estamos agredindo, não a natureza, mas a
nós próprios e responderemos pelos nossos desmandos.
É importante pensar que se criou a Ecologia para prevenir
estes abusos.
Aqueles que acreditarem na Ecologia acima de seus
próprios interesses nos auxiliarão nessa defesa do nosso
mundo natural, da nossa vida simples na Terra, que
poderia ser uma vida de muito mais saúde e de muito mais
tranqüilidade se nós respeitássemos coletivamente todos
os dons da natureza.
Mas, se continuarmos agredindo-a demasiadamente, o
preço será pago por nós próprios, porque depois
voltaremos em novas gerações, plantando árvores,
acalentando sementes, modificando o curso dos rios,
despoluindo as águas, drenando os pântanos e criando
filtros que nos libertem da poluição.
O problema será sempre do homem. Teremos que refazer
tudo, porque estamos agindo atualmente contra nós
mesmos.
No livro missionários da Luz, André Luiz nos ensina como
cuidar da nossa psicosfera e uma das lições é essa:
"Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e
vivificante, e toda criatura que cultiva a oração, com o
devido equilíbrio do sentimento, transforma-se
gradativamente, em foco irradiante de energias da
Divindade." Livro: Missionários da Luz - Chico
Xavier/André Luiz
4. Nós podemos transformar a nossa saúde, a saúde das nossas
células, a nossa disposição renovada para o trabalho, a partir
da nossa vigilância do nosso pensamento.
Esse mensagem nos remete a refletirmos o nível da miopia e
cegueira das ciências materialistas, ao mesmo tempo revela o
quanto somos bombardeados todos os dias, no sentindo
positivo, bom, por energias edificantes, que nos chegam dos
lugares próximos e muito longe.
Descem sobre a fronte humana, em cada minuto; bilhões
de raios cósmicos, oriundos de estrelas e planetas
amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos
raios solares, caloríficos e luminosos, que a ciência
terrestre mal começa a conhecer.
Os raios gama, provenientes do radium que se desintegra
incessantemente no solo, e os de várias expressões
emitidos pela água e pelos metais, alcançam os habitantes
da Terra pelos pés, determinando consideráveis
influenciações.
E, em sentido horizontal, experimenta o homem a atuação
dos raios magnéticos exteriorizados pelos vegetais, pelos
irracionais e pelos próprios semelhantes.
No jardim botânico tem uma árvore que foi eternizada com uma
placa em homenagem a Tom Jobim, que morava por perto e
não perdia a chance de passear pelo jardim e abraçar aquela
árvore.
Nós entramos no automóvel todo emborrachado, nos
encapsula sobre quatro rodas, nos usamos sapatos, sandália e
tênis de borracha e nos isolamos, perdemos o contato e o link
com nutrientes energéticos que brotam das entranhas da terra,
nós somos ANALFABETOS AMBIENTAIS.
5. Chico Xavier na sua vida pessoal nos trás lições vivenciadas,
praticadas por ele, dessa sensibilidade para com o meio
natural, Lord, Dom negrito, brinquinho são os nomes de
batismo de alguns cachorrinhos adotados por Chico Xavier,
eram companheiros de jornadas em um degrau inferior de
evolução, mas eram companheiros de jornadas com os quais
Chico trocava carinho, afeto, confiança, alguns desses animais
obtiveram permissão para participar de reuniões mediúnicas ou
sessões públicas no Centro Espirita em Uberaba, para
inquietação de confrade, o que este cachorro está fazendo
aqui? Mas ninguém ousava falar mexer quando era informado
é o cachorro do Chico.
Diz a lenda, deixar isso por conta do folclore, que um desses
cãezinhos era tão afinado com o espírito da reunião que na
hora da prece colocava as duas patinhas sobre a mesa e
baixava a cabeça.
E o roseiral de Uberaba? Diz Chico sobre as rosas que
cultivava com tanto carinho e atenção
Os espíritos me pediram que plantasse ao redor de casa um
certo número de flores, como gosto de rosas, plantei rosas. Os
espíritos explicam que as flores tem um corpo dinâmico, que
vai até ao perfume, em bora só vejamos as pétalas, o perfume
cria uma atmosfera balsâmica, propiciando mais recursos para
permanência dos espíritos em nosso meio.